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Informações documentárias: Kobashi e a organização do conhecimento e da informação • A relação da autora com os termos: “organização da informação” e “organização do conhecimento”- uma busca em base de dados Disciplina: Elaboração de resumos documentários e indexação, Solange Puntel Mostafa Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Ciências da Informação e da Documentação Discentes: Felipe, Rodrigo, André, Vander, João e Luís *Rembrandt

Informações documentárias

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• A relação da autora com os termos: “organização da informação” e

“organização do conhecimento”- uma busca em base de dados

Disciplina: Elaboração de resumos documentários e indexação, Solange Puntel Mostafa

Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão PretoFaculdade de Filosofia Ciências e Letras

Ciências da Informação e da Documentação

Discentes: Felipe, Rodrigo, André, Vander, João e Luís

*Rembrandt

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*Van Gogh

A base de dados BRAPCI: www.brapci.ufpr.br

Pautou-se a busca na base com os termos: “organização da informação”, “organização do conhecimento” e vinculados ao nome Kobashi. A base nos retornou com 7 artigos de pertinência na estruturação e na construção do conhecimento cientifico nas metodologias documentárias e processos indexatórios.

Interessante ressaltar a remissiva gerada pela base, do qual na pesquisa feita por tais termos, as palavras - chave sugeridas remetem ao trabalho de indexação.

“cartografia temática  conceitos  dissertações  dissertações e teses  indicadores bibliométricos  indicadores bibliométricos;  

institucionalização da pesquisa científica  institucionalização da pesquisa científica;  linguagens documentárias  

lingüística e ciência da informação  organização da informação  organização do conhecimento  teorias do conceito  teses  ”

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Nair Yumiko Kobashi

KOBASHI, Nair Yumiko é professora da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo, e elabora pesquisas no campo das construções documentárias e indexação. Em sua tese: A elaboração de informações documentárias: em busca de uma metodologia, Kobashi aborda os diversos aspectos metodológicos na criação de textos documentais (resumos) tais como o afeto causado na recuperação da informação.

Na construção dessa metodologia em sua tese, Kobashi faz um levantamento bibliográfico de mais de 150 referencias como base empírica para embasar tal trabalho. Kobashi aponta aspectos cognitivos, semânticos, tipos de resumos, formas e formatos indexatórios.

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*Paul Klee

Resumos documentários: uma proposta metodológica

“De um modo geral, concebe-se a elaboração de resumos como uma operação que consiste em tratar textos: seleciona-se dos mesmos as informações consideradas essenciais, tendo em vista a produção de um novo texto condensado” (p.1)

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*Cezanne

A seleção de informações é, nesse sentido, uma das operações centrais dos processos que visam a obter representações condensadas. Seu fundamento repousa na distinção entre informação essencial e informação acessória do texto de partida.” (p.1)“Assim, o resumo é um produto que mantém com o texto uma relação de Similaridade”(p.1)

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*Picasso

“a expressão concreta de um raciocínio científico é o texto científico, no qual o autor expõe as operações do espírito que o conduziram da observação de certos fatos empíricos ao enunciado de proposições denominadas de forma diversa: teses, hipóteses, interpretações, comentários, conclusões, explicações, etc...” (p,2) (Gardin)

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*Giacomo Balla

“É no interior da atividade de conhecer, portanto, que se define o texto científico: uma unidade de comunicação do saber, dotado de certos elementos estruturais “ (p.2)

“A primeira coluna do quadro relaciona as categorias textuais e, a segunda, descreve a natureza de cada uma delas.” (p.3)

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*Albert Bierstadt

TEXTO CANôNICO:

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*Portinari

TEXTO DISSERTATIVO:

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*Ivan Konstantinovich Aivazovskii

Elaborando resumo:

“ler o texto para identificar seu tema, categoria responsável pela

condensação semântica do texto ao seu nível hierárquico mais geral.” (p.5)

“selecionar as informações consideradas pertinentes para o tipo

de produto que se quer elaborar”.(p.5)

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*Nadezhda Udaltsova

GT7: PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CT&I - BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA, INFOMETRIA: CONCEITOS E

APLICAÇÕES

“Análise da constituição e institucionalização da bibliometria, da cientometria e da infometria.“

Segundo Boustany (1997), a análise estatística de informações bibliográficas e a formulação de modelos ou leis vêm sendo feitas desde o século XIX. Sua expressão mais sistemática, porém, teve início no século XX, com os trabalhos de Lotka. A partir daí, as informações bibliográficas ou factuais, reunidas em bancos de dados públicos, de acesso gratuito ou mantidos por serviços comerciais, foram objeto de inúmeros estudos que resgataram ou deram origem a novas designações, de acordo com o objeto em foco: cientometria, infometria, tecnometria, museometria, arquiometria, iconometria, biblioteconometria, webmetria, entre outras. (ROSTAING, 1996).

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*Renoir

“Apresentar, inicialmente, breve histórico da constituição do campo, os principais conceitos da bibliometria, da cientometria e da infometria para, em seguida, abordar algumas tendências atuais dos estudos métricos da informação. “

Bibliometria, cientometria e infometria: breve histórico

“Gabriel Peignol, pesquisou a produção universal de livros no período compreendido entre a metade do século XV e início do século XIX.”

Século XX se constitui sua legitimação;

A bibliometria foi caracterizada por Pritchard (1969) como conjunto de métodos e técnicas quantitativos para a gestão de bibliotecas e instituições envolvidas com o tratamento de informação.

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*Thomas Eakins

QUANTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE CIENTÍFICA:

Lotka, Bradford, Zipf e Price ;

A lei do quadrado inverso, de Lotka (1926), refere-se ao cálculo da produtividade de autores de artigos científicos.;

A lei de Bradford (1934), por sua vez, trata da dispersão dos autores em diferentes publicações periódicas;

Lei de Zipf, apresentada em 1935, refere-se à freqüência da ocorrência de palavras num texto longo. Lei quantitativa fundamental da atividade humana, Zipf extraiu sua lei de um princípio geral do “esforço mínimo”: palavra cujo custo de utilização seja pequeno ou cuja transmissão demande esforço mínimo são frequentemente usadas em texto grande.

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*Umberto Boccioni

Price, que se valeu das propostas de Lotka, Bradford e Zipf para formular suas leis cienciométricas, os estudos quantitativos adquiriram novos contornos, centrando-se fundamentalmente, na análise da dinâmica da atividade científica, incluindo tanto os produtos quanto os produtores de ciência;

MAPAS DA CIÊNCIA:Os referidos mapas têm por base, segundo Price (1965), as "relações estruturais de uma rede de referências e citações", projeto que será desenvolvido no Institute for Scientific Information (ISI), na década de 70, por meio de métodos de co-citação. (POLANCO, 1995);

A análise multidimensional, aplicada às palavras-chave de registros bibliográficos, configura-se como uma das contribuições teóricas mais recentes aos métodos quantitativos. Baseado no cálculo matricial e na álgebra linear, esse método supõe a classificação automática dos dados e sua representação por meio de cartografias temáticas.

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*San Giorgio Maggiore

O termo infometria, por sua vez, foi proposto em 1987, pela International Federation of Documentation / Federação Internacional de Documentação (FID), para designar o conjunto das atividades métricas relativas à informação, cobrindo tanto a bibliometria quanto a cientometria.

Dessa forma Polanco(1995):[...] a infometria comporta uma síntese da bibliometria e da cientometria, mas também como Brookes destacou tão bem, ela significa uma abertura ao estudo matemático da informação e sobre suas formas documentárias (Ciência social da informação) seja eletrônica ou física [...]

BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA E INFOMETRIA, distinções:“A bibliometria tem como objetos de estudo os livros ou as revistas científicas, cujas análises se vinculam à gestão de bibliotecas e bases de dados. A cientometria preocupa-se com a dinâmica da ciência, como atividade social, tendo como objetos de análise a produção, a circulação e o consumo da produção científica. A infometria, por sua vez, abarca as duas primeiras, tendo desenvolvido métodos e ferramentas para mensurar e analisar os aspectos cognitivos da ciência.”

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*Francis Bacon

Conceitos operacionais centrais:

A produtividade de autores de artigos científicos (com base nas leis de Lotka e Price); o núcleo e a dispersão de artigos em periódicos científicos (lei de Bradford); e a freqüência de palavras em textos longos (lei de Zipf).

O cálculo de co-ocorrências (de autores, de palavras, de instituições), fundada em métodos de análise multidimensional é uma das áreas que vem crescendo de forma acentuada nos estudos métricos contemporâneos.

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*DalíMAPAS DA CIÊNCIA E DA TECNICA:

Criação de 3 novos Workshops na: 12th International Conference on Scientometrics and Informetrics, Rio de Janeiro, julho de 2009, para a visualização da informação:

WK1: este workshop objetiva identificar e avaliar pesquisas interdisciplinares: métricas e mapas;WK2: este workshop objetiva visualizar e analisar a literatura científica com CitySpace. Ressalta-se que CiteSpace é uma aplicação Java para analisar e visualizar redes de co-citação, como Chen (2004) esclarece. A meta central do CiteSpace é facilitar a análise de tendências emergentes num determinado campo de conhecimento. Permite ao usuário se informar com rapidez das novidades na área e, então, tirar proveito. WK3: este workshop objetiva utilizar mapas de ciência para ensinar ciência.

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Umberto Boccioni

Na visualização da informação, temos 2 eixos:

*consideração o modo como essas técnicas exploram o substrato visual, as marcas e as propriedades visuais do desenho;

*as técnicas são classificadas de acordo com as características dos dados a serem visualizados (visualização maior dos que utilizam a informação científica);

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*Lyubov Popova

Os dendogramas constituem outra técnica de visualização de dados. Também conhecidos como diagrama de árvore, permitem visualizar, hierarquicamente, resultados de análise de agrupamentos.

Fachin e Santos (2009), que analisaram, com fins exploratórios, os registros da área de organização da informação e do conhecimento, armazenados em Library and Information Science Abstracts (LISA).

Da análise dos agrupamentos, infere-se que, na Base LISA, os artigos indexados com o descritor knowledge organization têm conteúdos relativos aos fundamentos da organização do conhecimento, enquanto os artigos indexados com o descritor knowledge representation são relativos às aplicações ditas tecnológicas da organização do conhecimento.

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O núcleo e a dispersão na distribuição de dados

Dois fenômenos podem ser destacados nas representações visuais dos estudos bibliométricos, cientométricos e infométricos: a conjunção e a disjunção de dados.

O núcleo representa o grupo de dados que aparecem com as maiores freqüências, relativamente ao conjunto dos itens analisados. Levando-se em consideração a Lei de Lotka, o núcleo simboliza os autores mais férteis numa área de especialidade.

A dispersão representa os dados de baixa freqüência relativamente ao conjunto de dados. Segundo a mesma lei de Lotka, a dispersão corresponde à grande diversidade de autores que publicam muito pouco dentro da área de especialidade estudada.

Nesta modelização, o núcleo é o espaço no qual se distribuem os elementos bibliográficos redundantes e / ou que identificam certa área ou certo domínio de especialização. Na zona da dispersão, é onde se distribuem os elementos que representam a individualidade ou a variação da área.

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Porque os diferentes atores da comunicação de conhecimento científico tenderiam a se submeter a tal regra? Dos estudos realizados para responder a esta indagação, decorreram duas regras:

1. A vantagem do acúmulo (cumulative advantage) – subentende-se que quanto maior a freqüência de uma referência bibliográfica, maior a tendência a reutilizá-la;

2. A especialização – quanto maior a freqüência de uma referência bibliográfica, menor a quantidade de informação a ela associada e, portanto, maior é a probabilidade de que seja rejeitada em favor de uma referência mais específica ou inovadora.

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Pontuações

Breve histórico dos estudos quantitativos da informação para, em seguida, abordar as tendências dos estudos contemporâneos sobre o tema. Esse percurso permite tirar algumas conclusões:

1. O campo dos estudos métricos, embora tenha origens remotas, se consolidou a partir da década de 50. 2. Os objetos de estudo passaram, gradativamente, da contagem de livros e revistas, para fins de gestão, para a interpretação da atividade científica e para orientar políticas de ciência. 3. Novos métodos de abordagem e tecnologias foram sendo criados para correlacionar dados, como estudos de citação, co-autorias e co-words. 4. A visualização de informações ganha, desde os anos 90, lugar de destaque. 5. Os estudos métricos se aproximam, cada vez mais, das ciências ditas “moles” (CHS) porque estas últimas oferecem teorias e modelos que permitem interpretar os dados em contextos culturais, políticos, ideológicos e econômicos distintos. 6. Ao lado dos estudos de natureza externalista, vêm crescendo os estudos internalistas. Significa, portanto, que aos estudos de quantificação de autores, de artigos e de citações, agregam-se estudos sobre os conteúdos dos trabalhos científicos.

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Estudos para implantação de ferramenta de apoio a gestão de linguagens documentárias vocabulário

controlado da USPA organização e a recuperação da informação fundamentam-se em pressupostos aceitos na área da ciência da informação. O pressuposto com mais destaque e importância afirma que a organização da informação é uma atividade intelectual que apresenta ao menos três dimensões (SVENONIUS, 2001):

a) dimensão social: se explicita no fato de ser uma atividade institucional; nessa medida ela deve estar em harmonia com os objetivos da instituição no interior da qual se desenvolve.

b) dimensão teórico/metodológica: se relaciona aos aspectos cognitivos, o seja, ao conhecimento crítico acumulado pela área, o que permite propor hipóteses de solução de problemas do campo.

c) dimensão operacional: que se refere ao modo de organizar o trabalho, tendo em vista os instrumentos que podem ser utilizados no processo.

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Seguindo essas três dimensões especialista em bibliotecas do sistema desenvolveram um projeto pelo qual foram responsáveis pela criação e orientação metodológica conhecido como “Vocabulário Controlado do Departamento Técnico do Sistema de Bibliotecas da USP (SIBi/USP)”, o qual conta com professores especialistas nos assuntos do vocabulário SIbi/USP, assim garantindo consistência da terminologia e dos sistemas conceituais de cada área, caracterizando sua dimensão. O qual em conjunto com o suporte da área da informática, iniciou se um projeto no qual o resultado foi um banco de dados bibliográficos da USP (Dedalus).

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Gerenciamento do vocabulário controlado do SIBI/USP

O “Vocabulário Controlado do SIBi/USP” foi criado para ser usado pelo Banco DEDALUS, o qual foi feita uma proposta de um projeto para garantir seu crescimento controlado e harmonioso, através de atualizações permanentes dos vocabulários controlados, assim corrigindo descritores e introduzindo notas para descritores ambíguos. Gerando assim uma política de manutenção e atualização de uma linguagem documentaria, na prática, deve prever dois aspectos: o gerenciamento do processo e o controle terminológico.

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O primeiro aspecto refere-se ao gerenciamento do processo inclui a elaboração de diretrizes, a definição dos mecanismos de revisão e atualização, o estabelecimentos de prazos a verificação de falhas e solução dos problemas detectadosO segundo aspecto refere-se à análise dos descritores e não descritores, à revisão/atualização das relações entre eles e à consulta de fontes e/ou especialistas da área para garantir a pertinência das modificações a serem introduzidas.

Dessa forma sempre mantendo o banco DEDALUS atualizado sobre os padrões diretrizes e normas de construção e manutenção para o vocabulários controlados.

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S I S T E M A D E S U G E S T Õ E S D O V O C A B U L Á R I O C O N T R O L A D O D A U S P - S I B I X 653

A manutenção e gerenciamento do vocabulário se efetiva com o uso do vocabulário controlado da SIBi/USP denominado SIBIX 653, desenvolvido pelo departamento tecnico SIBi/USP.

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O SIBIX 653 foi implementado a partir do delineamento do fluxo de informação proposto pela equipe responsável pelo gerenciamento do Vocabulário. É constituído por uma base de dados, um conjunto de programas que controla o fluxo da informação e propicia a interface para o usuário (bibliotecários indexadores do Sistema), por meio de formulário disponível para preenchimento on-line, sendo assim uma ferramenta essencial de gerenciamento do vocabulario pois permite fazer o acompanhamento ágil e seguro das decisões pelas diversas instâncias envolvidas no processo.

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ANÁLISE DOCUMENTÁRIA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Levantar questões relacionadas à interface da Análise Documentária com a Inteligência Artificial. Nesse sentido, procuraremos expor as perspectivas que se abrem para a Análise Documentária ao adotar os pressupostos e técnicas de Inteligência Artificial; e demonstrar que os mesmos mostram-se utilizáveis nas operações documentárias de análise, síntese e representação de informações/conhecimentos.

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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E DOCUMENTAÇÃO:

A Inteligência Artificial (I.A.) é uma área da Informática voltada à construção de sistemas com caraterísticas associadas à inteligência do comportamento humano, particularmente aquelas relacionadas com a compreensão da linguagem natural, aquisição de conhecimentos, raciocínios e processos cognitivos. Os sistemas "inteligentes" distinguem-se dos sistemas tradicionais, que lidam com dados numéricos, por terem como objeto o processamento de ideias e de conhecimentos representados por símbolos (CATENAT, 1984; VALLE, 1984). As perspectivas de aplicação de Inteligência Artificial são bastante variadas, abrangendo, entre outras, o reconhecimento de imagens, formas e voz, resolução de problemas, demonstração de teoremas, tradução automática e manipulação de dispositivos robóticos.

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Aplicação da I.A. à Documentação:

As pesquisas para aplicação da I.A. ao nosso campo de interesse, a Documentação, vêm sendo feitas tanto em atividades de processamento quanto de recuperação da informação.As aplicações da I.A. à Documentação são, contudo, limitadas, e podem ser ampliadas e melhoradas. A exploração de sua aplicação à Análise Documentária mostra-se extremamente promissora, como veremos a seguir.

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Análise Documentária e I.A.:

A aproximação da Análise Documentária da Inteligência Artificial, e mais especificamente dos Sistemas Especialistas, deu-se por três razões fundamentais:a) convergência de objetivos - tratamento e representação de dados e conhecimentos;b) convergência de problemas - como tratar e representar dados e conhecimentos qualitativos, em linguagem natural e em diferentes áreas de conhecimento;c) convergência de instrumentos - sistemas de representação específicos tanto na Análise Documentária e Informática, como em cada área de conhecimento.

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CONCLUSÃO: Essa inter-relação fica clara, sem dúvida, na fase de elaboração da Base de Conhecimentos, na medida em que os seus instrumentos (objeto, atributo) dependem de sistemas de representação, cuja construção e uso são comuns à I.A. e às técnicas documentárias.Por outro lado, o exercício sistematiza um procedimento que é comum tanto aos documentalistas como aos leitores-cientistas, procedimento que se baseia nos seguintes postulados:a) o volume de publicações, e, portanto de conhecimentos, é inversamente proporcional à capacidade de consumo. Quanto maior a produção, menor a possibilidade de absorção.b) os bancos de dados bibliográficos e/ou conceituais são registros sofisticados mas, por se terem tornado exaustivos, comprometeram a especificidade (quantidade x qualidade).

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O objetivo é chegar a uma representação que sendo "todo" o conteúdo, seja mais rápida de absorver e portanto mais econômica para ser consultada (GARDIN,1987).Mais ainda, esta tendência instaura como objeto da Documentação já não o documento, nem a informação, mas sim o conhecimento (com base na informação e no documento) um conhecimento (tema) que se quer local (específico) e total (exaustivo) (SOUZA, 1988).

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ARQUEOLOGIA DO TRABALHO IMATERIAL: uma aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses

Os trabalhos de Whitley (1974), realizados no campo da Sociologia da Ciência, são referências teóricas úteis para abordar a institucionalização da pesquisa científica. Segundo o modelo por ele proposto, a pesquisa científica pode ser analisada segundo duas categorias: a institucionalização cognitiva e a institucionalização social.

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Considerações Preliminares:

1) os produtos da pesquisa científica, vistos na ótica da economia informacional, por serem expressões do trabalho imaterial (HARDT e NEGRI, 2002), podem ser descritos e analisados para revelar aspectos da institucionalização da ciência. 2) trabalhos de escavação da produção intelectual, como o aqui proposto, não são novos. De fato, inspira-se em trabalho seminal de Foucault - “A arqueologia do saber”. Seu comentário sobre o porquê da escolha desse título tem servido de base para muitos trabalhos sobre os processos de construção do conhecimento.

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Inicialmente, empreguei essa palavra de maneira um pouco cega, para designar uma forma de análise que não seria efetivamente uma história (no sentido em que se relata, por exemplo, a história das invenções e das idéias), e que tampouco seria uma epistemologia, ou seja, uma análise interna da estrutura de uma ciência. Trata-se de uma coisa diferente, e então eu a chamei de “arqueologia”; depois, retrospectivamente, pareceu-me que o acaso não tinha me guiado muito mal: afinal, essa palavra “arqueologia”, ao preço de uma aproximação que me será perdoada, eu espero, pode querer dizer: descrição do arquivo. Por arquivo, entendo o conjunto de discursos efetivamente pronunciados; e esse conjunto é considerado não somente como um conjunto de acontecimentos que teriam ocorrido uma vez por todas e quepermaneceriam em suspenso, nos limbos ou purgatórios da história, mas também como um conjunto que continua a funcionar, a se transformar através da história, possibilitando o surgimento de outros discursos (FOUCAULT, 2000, p. 145).

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Explorar as bases de dados de dissertações e teses produzidas no país, descrevê-las e produzir indicadores tem o sentido, portanto, de rememorar e reavaliar a atividade científica desenvolvida na universidade. O projeto proposto requer abordagem interdisciplinar que entrecruza três saberes: os Estudos Sociais da Ciência, a Organização e Representação do Conhecimento e os Métodos Bibliométricos avançados.

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A APLICAÇÃO BIBLIOMÉTRICA À ANÁLISE DE DISSERTAÇÕES E TESES.

Breve caracterização da bibliometriaA bibliometria é uma metodologia de recenseamento das atividades científicas e correlatas, por meio de análise de dados que apresentem as mesmas particularidades. Por meio dessa metodologia, pode-se, por exemplo, identificar a quantidade de trabalhos sobre um determinado assunto; publicados em uma data precisa; publicados por um autor ou por uma instituição ou difundidos por um periódico científico, o grau de desenvolvimento de P&D e de inovação, entre outros. Por meios bibliométricos pode-se, por exemplo, computar dados para comparar e confrontar os elementos presentes em referências bibliográficas de documentos representativos das publicações. Os indicadores bibliométricos vêm ganhando importância crescente como instrumentos para análise da atividade científica e das suas relações com o desenvolvimento econômico e social. Sua construção tem sido incentivada pelos órgãos de fomento à pesquisa como meio para se obter uma visão acurada da produção de ciência, de modo a subsidiar a política científica e avaliar seus resultados.

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Exemplo de mapeamento bibliométrico

Em complemento às aplicações para obtenção de indicadores da ciência, tecnologia e inovação, os estudos recentes da área concentram-se em técnicas de mapeamento bibliométrico para monitorar o desenvolvimento científico (básico ou aplicado), uma vez que eles são considerados instrumentos úteis para identificar padrões na estrutura dos campos científicos, identificar processos de disseminação do conhecimento e visualizar as dinâmicas do desenvolvimento científico, tecnológico e de sua efetiva adoção na produção de bens e serviços.A visualização da informação por meio de mapas baseia-se nos estudos sobre a percepção, que mostram que o ser humano tem primeiro uma percepção global de uma cena antes de atentar para os detalhes (TUFTE, 1983).

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Tais estudos abriram caminhos para explorar as características da percepção global e, consequentemente, para aplicá-las aos sistemas de informação, particularmente nos aspectos relacionados à recuperação de informação, tais como:

_ Exploração rápida de conjuntos de informações desconhecidas;_ Evidenciação de relações e estruturas nas informações;_ Fornecimento de alternativas de acesso a informações pertinentes;_ Classificação interativa de informação.

Classificação hierárquica de descritores – DENDOGRAMA

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A visualização da dinâmica da aplicação de processo científico de “radiação gama à base de cobalto 60” sobre os mais diversos tipos de matérias e organismos vivos evidencia, de forma objetiva, as relações e as estruturas que foram, ao longo dos últimos 30 anos de pesquisa no IPEN, hierarquicamente, estabelecidas entre as temáticas de estudo.

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Classificação, em espaço reduzido, não hierárquica de descritores – ESCALA MULTIDIMENSIONAL (MSD)

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Em que se estuda a mesma categoria S63, o objetivo foi o de representar em espaço reduzido, os “clusters” que se formaram entre as temáticas estudadas, a partir dos processos de radiação gama à base do cobalto 60, bem como as relações que se estabelecerem entre os diversos clusters.

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Fundamentos semânticos e pragmáticos da construção de instrumentos de representação de

informação

por Nair Yumiko Kobashi

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• A Organização da informação, enquanto campo disciplinar, tem como uma de suas preocupações mais importantes propor princípios e métodos para representar “[...]conhecimento institucionalizado e funcionalizado como informação” (Abril, 2004, p. 9).

• A principal questão: como organizar informação para que o conhecimento fique visível e possa ser acessado e fruído?

• o conhecimento e suas representações se expressam pela linguagem.

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• A criação de linguagens para operar em contextos de produção e de busca de informação é, pois, parte constitutiva da preocupação com a funcionalidade dos sistemas de informação

• As Linguagens Documentárias são, nesses dispositivos, instrumentos privilegiados de mediação

• que apresentam dupla função:• a) representar o conhecimento inscrito e• b) promover interação entre usuário e dispositivo.

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As teorias lingüísticas e as linguagens de representação

• Saussure: a língua, concebida como uma atividade social,passa a ser analisada por métodos que entrecruzam diferentes disciplinas.

• Na segunda metade do séc. XX, com a virada pragmática no campo da lingüística, o foco se desloca da estrutura abstrata da língua para o uso que os falantes dela fazem.

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• A idéia central de Bakhtin é que a língua é atividade social que se funda nas necessidades de comunicação (Cintra et al, 2002). Assim, para o pesquisador russo, as instâncias enunciativas são indissociáveis no processo de produção de sentido. Enfatiza-se, assim, a fala, a parole, a enunciação, o diálogo e o que dele resulta: o enunciado.

• A compreensão da natureza essencialmente dialógica da linguagem determina, em larga medida, as propostas de construção de Linguagens documentárias ancoradas na Socioterminologia. Decorre daí a concepção de que as Linguagens documentárias só podem operar adequadamente em horizontes sociais determinados.

Page 54: Informações documentárias

• A incorporação da linguagem do usuário aos sistemas de informação é um fato recente e auspicioso.

• As unidades denominativas próprias dos usuários (as folksonomias) tendem a ser uma instância complementar de indexação dos sistemas de informação. Nesses modelos, admitem-se os processos de registro referencial temático da informação, tanto pelo sistema quanto pelo usuário, de modo a torná-los dialogantes.

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Relações entre termos nas linguagens de representação.

• As Linguagens documentárias são constituídas de unidades especiais. Não por acaso, o signo que interessa é a palavra denominativa ,que são as unidades típicas das Linguagens documentárias.

• São unidades que designam nomeando fenômenos e objetos de campos especializados. Para serem funcionais, essas linguagens explicitam as relações entre os termos que as constituem.

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• Os mecanismos estruturais de fixação do sentido e do valor de cada unidade da Linguagem documentária não existem, portanto, para engessar as formas de representar informação.

• É preciso reconhecer, no entanto, que as Linguagens documentárias, embora úteis, são imperfeitas. Sua atualização permanente é sempre um desafio. É necessário, desse modo, encontrar formas de atualização e adaptação que sigam mais de perto a velocidade e a dinâmica da criação terminológica para que, de fato, seja garantida a sua função comunicacional.

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CUNHA, Isabel Maria Ribeiro Ferin; KOBASHI, Nair Yumiko. Análise documentária e inteligência artificial. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 24, n. 1/4, p. 38-62, 1991.

KOBASHI, Nair Yumiko. Resumos documentários: uma proposta metodológica. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, v. 21, n. 2, p. 201-210, jul./dez. 1997.

LIMA, Vânia Mara Alves; TORRE, Silvia Regina Saran Della; KOBASHI, Nair Yumiko; COUTTO, Mariza Leal de Meirelles do; SANTOS, Cibele Araujo Camargo Marques dos; AMARAL, Maria Célia; TOKAREVICZ, Sandra; GUERRA, Sonia Regina Yole; BOCCATO, Vera Regina Casari; BARCELLOS, João Carlos Holland. Estudos para implantação de ferramenta de apoio à gestão de linguagens documentárias: vocabulário controlado da USP. Transinformação, Campinas, v. 18, n. 1, p. 17-25, jan./abr. 2006.

KOBASHI, Nair Yumiko; SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos. Arqueologia do trabalho imaterial: uma aplicação bibliométrica à análise de dissertações e teses. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, v. 13, n. esp., p. 106-115, 1º sem. 2008.

SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos; KOBASHI, Nair Yumiko. BIBLIOMETRIA, CIENTOMETRIA, INFOMETRIA: conceitos e aplicações. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, João Pessoa, v. 2, n. 1, p. 155-172, 2009.