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Universidade Federal da Grande DouradosPrograma de Pós-Graduação em Educação
Faculdade de Educação
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Cap. II – Crítica aos fundamentos e à teoria positivista da Administração Educacional - Jalali
Trabalho feito na disciplina Estudos em Gestão Educacional, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
Dourados-MS2011
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De acordo com Jalali (1995), Greenfield tenta demonstrar que inadequação da utilização do método científico, pelo menos do método científico positivista no estudo dos fenômenos sociais e particularmente no estudo da administração educacional.
Greenfield vê as organizações e sua administração como:
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O que são organizações?
O que é a teoria organizacional?
Como deveriam ser conduzidas as pesquisas sobre elas?
A partir das críticas feitas, a autora elenca três questões para discutir o segundo capítulo, considerando a compreensão de Greenfield, sendo elas:
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Ao contextualizar sobre o subjetivismo de Greenfield, Jalali (1995), cita que esse subjetivismo diz respeito a filosofia da ciência, que compreende alguns aspectos, que seguem:
A natureza do mundo social como produto da mente humana
A natureza do conhecimento como subjetiva e adquirida através da experiência pessoal
A natureza humana como criadora do seu meio ou dotada de livre-arbítrio
E a natureza da metodologia adequada para se conhecer o mundo social como diográfica, ou seja, preocupada em compreender como o indivíduo cria e interpreta o mundo em que se encontra.
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→ Os cientistas do Movimento Teórico acreditavam que o que faltava na administração educacional, era uma teoria científica capaz de prever ao administrador as consequências das suas possíveis ações. Essa teoria teria a função de descrever a realidade, não informando, no entanto, qual a melhor atitude a ser tomada.
Para Greenfield, a elaboração dessa teoria deveria ser capaz de:
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O fundamento da teoria organizacional deveria ser a interpretação da experiência humana, e em nome dessa compreensão e simplicidade, a teoria normalmente não considera a variedade e complexidade da experiência humanas nas organizações. Logo, em sua essência:
a organização é experiência
Para Greenfield, esse contexto de idéias do qual compreendemos nossa experiência é o que deveria ser entendido por organização.
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o Para Jalali (1995, P. 36), “ao elaborar uma teoria, o cientista não deveria se preocupar apenas com os fatos observáveis, mas também com os valores que os indivíduos trazem consigo para a organização. São esses valores que determinam como cada membro da organização está compreendendo os fatos, e é essa compreensão que determina sua ação”.Nesse sentido, a autora ressalta:
Como os valores não podem ser validados logicamente, pois valores são afirmados e não comprovados,
utilizar uma metodologia que considere como real também o não mensurável é essencial, pois se há a pretensão de elaborar uma teoria de fato,
isso pode ajudar o administrador educacional a resolver os problemas escolares.
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“A teoria organizacional não deveria apenas descrever o processo que as pessoas utilizam na construção da realidade, mas elas deveriam de certa maneira ser essa realidade”(JALALI, 1995, p. 37).
A teoria assim concebida não poderia prever acontecimentos,
já que ela se refere a uma realidade subjetiva e não objetiva.
A teoria positivista da administração educacional falhou em ajudar o administrador por ignorar o contexto essencialmente moral da educação e da administração.
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Há um discussão de vários críticos sobre a teoria de Greenfield acerca da natureza da organização da administração educacional, sendo eles:
Willower
ele defende a objetividade e Greenfield o subjetivismoGreenfield defende os valores (com
sua observação) e valores não podem ser derivados de fatos.
Willower defende além disso, os fatos.
ambos criticam o empirismo e positivismo
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Teorias sociais devem ser como obras de arte baseadas na experiência única, mas compartilhada com outros, ligando a experiência individual à realidade ou dão sentido aos acontecimentos, segundo Greenfield.Willower não percebe as explicações científicas como verdades absolutas, entende que é preciso haver uma claridade na comunicação das idéias e procedimentos utilizados pelo cientista social.
não vê no subjetivismo a solução para os problemas da administração educacional
considera a teoria de Greenfield como ingênua
concorda com Greenfield que a noção de organizações como independente das intenções
e propósitos humanos
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usa Evers e Lakomski
Greenfield afirma que durante uma pesquisa, alguns fatos empíricos são considerados como válidos e outros irrelevantes (1978). Esses autores divergem com as idéias de Greenfield, pois segundo eles, o mesmo ataca a objetividade científica, não somente a objetividade das ciências, mas também das ciências naturais. Logo, estabelecem as seguintes conclusões:
Se toda evidência
objetiva que existe para a
teoria científica é evidência
empírica, e
se a evidência empírica nunca é
suficiente para se escolher
entre diferentes
teorias, então
escolher entre teorias
científicas opostas na
administração
educacional é uma
questão de vontade,
intenção e valores
humanos
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O pensamento de Evers e Lakosmki segue essa linha de raciocínio:
Mesmo quando se está tentando compreender uma realidade interna subjetiva, o que está em questão é um comportamento padronizado ou um comportamento compreensível, pois mesmo um realidade subjetiva assume estabilidade e uma certa medida de coerência intersubjetiva através do tempo;
Os ganhos que temos, guiando nossas observações do mundo externo pela ciência, serão os mesmos se aceitarmos tal guia também para a observação de nosso mundo interior. Adotando a metodologia pragmática, sugerem que tanto a ciência como a interpretação no estudo organizacional: as categorias de análise da teoria popular deveriam ser utilizadas livremente nas situações em que mais se obtém sucesso empírico, mas a verdadeira estória deveria ser vista como a fornecida pelo mecanismo teórico das ciências naturais.
Em suma, algumas diferenças foram reconhecidas tanto por Greenfield e seus críticos, que seria a justificativa a necessidade de mudança da epistemologia positivista adotada nos estudos organizacionais e de que a epistemologia positivista não pode ser o único guia da pesquisa organizacional e administrativa
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→ Para entender a elaboração de uma teoria, deve-se considerar os seguintes aspectos:
Aquilo que guia uma pesquisa
Aquilo que se olha durante
uma pesquisa
O como se olha
O como se valida as
conclusões a que se chega
no final da pesquisa
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O segundo capítulo é finalizado com a autora considerando e salientando que: Greenfield ressalta que as organizações são pessoas, elas estão nas pessoas e não fora delas. A teoria alternativa deve reconhecer que as organizações estão baseadas na vontade humana e na sua capacidade de escolher – no seu poder de fazer o mundo à sua volta se conformar com seus desejos e intenções. Logo, as organizações são invenções sociais, elas são um artifício, observá-las é como ir ao teatro assistir uma peça. A organização não é um sistema, uma estrutura auto-suficiente, como pretendem as teorias positivistas.