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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE Margarete Terezinha de Andrade Costa Mônica Cecília Gonçalves Condessa Franke Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S/A., mais informações www.iesde.com.br

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE

Margarete Terezinha de Andrade CostaMônica Cecília Gonçalves Condessa Franke

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE

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Fundação Biblioteca NacionalISBN 978-85-387-4767-3

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE

Margarete Terezinha de Andrade CostaMônica Cecília Gonçalves Condessa Franke

IESDE BRASIL S/ACuritiba

2015

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© 2015 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

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Produção

Capa: IESDE BRASIL S/A.Imagem da capa: Shutterstock

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

________________________________________________________________________C872L

Costa, Margarete Terezinha de AndradeLegislação e políticas públicas para a diversidade / Margarete Terezinha de

Andrade Costa, Mônica Cecília Gonçalves Condessa Franke. - 1. ed. - Curitiba, PR : IESDE BRASIL S/A, 2015.

136 p. : il. ; 21 cm.

ISBN 978-85-387-4767-3

1. Professores - Formação. 2. Prática de ensino. 3. Educação - Política gover-namental. I. Franke, Mônica Cecília Gonçalves Condessa. II. Título.

15-20438 CDD: 370.71 CDU: 37.02________________________________________________________________________27/02/2015 27/02/2015

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Apresentação

O Guia de Estudos da disciplina de Legislação e Políticas Públicas para a Diversidade tem como objetivo pontuar e apresentar as políticas públicas de educação inclusiva presentes em diversos documentos legais, buscando perceber suas contribuições na perspectiva de uma educação inclusiva.

Este estudo está pautado nas políticas de inclusão que consideraram diferentes alunos em distintos contextos educacionais e em uma educação de respeito às dife-renças e valorização de suas habilidades. Para tanto, considerou-se a Legislação e o paradigma da alteridade frente à diversidade, assim como Integração e inclusão na educação, incluem-se nesta categoria também a Educação no Campo e a Educação Indígena. Para concluir voltou-se o olhar também à Educação em Tempo Integral e ao Projeto político-pedagógico na perspectiva da diversidade.

Espera-se que este material subsidie a formação de educadores que tenham novos olhares na perspectiva inclusiva, com propostas que possam ser discutidas, aprofundadas, reinventadas e de preferência bem sucedidas no cenário educacional especial inclusivo. As discussões não se limitam a este texto, pois deseja estimular novas leituras, análises, considerações e atitudes favoráveis a uma política de educa-ção para todos sem estigmas, discriminação e segregação.

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Sobre as autoras

Margarete Terezinha de Andrade Costa

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), e em Magistério de 1.º e 2.º graus pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Curitiba. Graduada em Pedagogia e em Letras Português-Inglês, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Mônica Cecília Gonçalves Condessa Franke

Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduada em Pedagogia pela UFPR.

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Sumário

Aula 01 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE 9

CONCEITO DE ALTERIDADE E A RELAÇÃO COM A DIVERSIDADE 11

DIVERSIDADE COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO 14

DIREITO À DIVERSIDADE 17

Aula 02 LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADE 21

A DIVERSIDADE NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 23

PARADIGMA DA ALTERIDADE 26

LEGISLAÇÃO E A POLÍTICA DE INCLUSÃO 29

Aula 03 DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR 33

DIVERSIDADE – DESAFIO OU NOVAS EXPERIÊNCIAS? 35

O CURRÍCULO NA DIVERSIDADE 38

PAPEL DO PROFESSOR 41

Aula 04 LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE 45

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS 47

LDB – EDUCAÇÃO ESPECIAL E DIVERSIDADE 50

LEI DA ACESSIBILIDADE 54

Aula 05 INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO 57

FORMAÇÃO DO PROFESSOR 59

CURRÍCULO E INTEGRAÇÃO 62

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 65

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Sumário

Aula 06 A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 69

A ESCOLA E OS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 71

A FAMÍLIA E AS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 74

A INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS 77

Aula 07 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO 81

BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO NO CAMPO 83

LEGISLAÇÃO 88

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA 92

Aula 08 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA 95

BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO INDÍGENA 97

LEGISLAÇÃO 101

POLÍTICAS PÚBLICAS 105

Aula 09 LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 111

BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 113

LEGISLAÇÃO 116

POLÍTICAS PÚBLICAS 120

Aula 10 PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE 125

PROJETO POLÍTICO 127

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E A EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA 130

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO COM VISTAS À DIVERSIDADE 133

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Compreender alteridade e diversidade no contexto da inclusão educacional.

ALTERIDADE X DIVERSIDADE –

O DIFERENTE

Aula 01

Objetivo:

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ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTEPa r t e

01

CONCEITO DE ALTERIDADE E A RELAÇÃO COM A DIVERSIDADE

Conceituar e definir alteridade talvez sejam mais simples do que exercê-la. O dicionário Houaiss traz o significado: “na-tureza ou condição do que é outro, do que é distinto”. A antro-pologia conceitua alteridade como “a aventura de se colocar no lugar do outro, de ver como o outro vê, de compreender um conhecimento que não é nosso” (GUSMÃO, 1997, p. 01). Alteridade para a antropologia é muito importante, pois é a ciência que estuda a cultura, a sociedade e as possibilidades de evolução das relações humanas. Assim como na antropologia, a filosofia alteridade é o colocar-se no lugar do outro, ser o outro, constituir-se como outro.

A alteridade colabora nas relações humanas, pois é somen-te por meio da experiência que conseguimos compreender o outro. Sobre a relação da educação com a alteridade:

[...] contribui para o professor perceber o dife-rencial de cada indivíduo tornando-se flexível, respeitando as variações do grupo. É papel dela também a igualdade no olhar para com o outro, pois a alteridade consiste em aceitar o ser como ele é em suas ações pessoais sem demarcação de certo ou errado. (BRANDÃO, 2008, p. 17)

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ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTEPa r t e

01No decorrer da vida percebemos as diferenças de cada um

e que essas diferenças proporcionam a identidade do indivíduo. E que diferente tem uma peculiaridade interessante, pois ele pode ser parcial ou total, desde que não seja semelhante. O di-cionário Houaiss traz o significado de diversidade como “a qua-lidade daquilo que é diverso, diferente, variado e variedade”. Sobre o olhar da exclusão, a pessoa diferente é aquela que não compartilha dos mesmos modelos comportamentais e físicos da maioria da população.

Mantoan (2003) adverte que compreender a diversidade hu-mana é condição fundamental para entender como aprendemos e compreendemos o mundo e a nós mesmos. Então, entender a diversidade como uma condição humana é progredir no proces-so de educação de qualidade para todos, ofertando um aten-dimento educacional especializado a que deles necessitarem.

Sugiro uma reflexão sobre o diferente, a diversidade, a al-teridade para que possamos contribuir efetivamente para uma educação melhor com uma evolução a passos largos.

Extra

Recomendamos a leitura do artigo Um olhar sobre: Educação, Cultura, Alteridade, de Anna Paula Lins Brandão e Celiomar Porfírio Ramos. Disponível em: <http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos/article/view/798/557>. Acesso em: 19 jan. 2015.

Atividade

Como a alteridade contribui para o professor na educação?

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ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTEPa r t e

01

Referências BRANDÃO, Anna Paula Lins; RAMOS, Celiomar Porfírio. Um olhar sobre: educação, cultura, alteridade. SINOP, 2008. Disponível em: <http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos/article/view/798/557>. Acesso em: 20 jan. 2015.

GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de. Antropologia e educação: Origem de um diálogo. In: Caderno CEDES. v. 18, n. 43, Campinas, dez. 1997.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ensino inclusivo/Educação (de qualidade) para todos. Revista Integração, n. 20, p. 29-32, 1998.

_______. Inclusão: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

VILELA-RIBEIRO, Eveline Borges; BENITE, Anna Maria Canavarro; Vilelea, Edda Borges. Sala de Aula e diversidade. Revista Educação Especial. Santa Maria, v. 26, n. 45, p. 145-160, jan./abr. 2013. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/viewFile/3209/pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Resolução da atividade

A alteridade contribui para o professor perceber o dife-rencial de cada indivíduo, tornando-se flexível, respeitando as variações do grupo. A alteridade consiste em aceitar o ser como ele é em suas ações pessoais sem demarcação de certo ou errado.

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Pa r t e

02 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE

DIVERSIDADE COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO Ao refletirmos sobre a diversidade percebemos que as di-

ferenças são marcas fundamentais nas relações sociais, por ser-mos diferentes é que temos valor, e que são elas, as diferenças, que nos fazem especiais.

Anteriormente a escola comum tradicional e a escola espe-cial caminharam paralelamente, ambas seletivas. A escola co-mum selecionava as pessoas que se adaptavam ao seu contexto. Já a instituição especial recebia os alunos segregados, aqueles considerados “menos capazes” e que necessitavam de atendi-mentos especializados.

O modelo segregacionista é uma maneira de “driblar” as desigualdades sociais escondendo as diferenças individuais e dando lugar ao preconceito. Tal postura acabou evidenciando o fracasso escolar, destacando os fatores sociais, culturais e também os pedagógicos.

As grandes inspirações para as novas políticas públicas e as diversas ideias foram a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada na Espanha em 1994, e a publi-cação da Declaração de Salamanca, que deu início a uma men-talidade que ressaltou a necessidade de apoio às crianças e jo-vens com tais necessidades, a fim de promover a educação para todos. No Brasil, a partir de 1994, nova legislação foi sanciona-da, dando os respaldos necessários às escolas com o objetivo em atender às crianças e acreditando que a educação inclusiva é a melhor forma de promover a diversidade e a solidariedade entre os alunos especiais e aqueles considerados normais.

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Pa r t e

02ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE

É necessário refletir em qual contexto estamos atuando, quem somos nós neste contexto, quem são nossos alunos e o que queremos que eles sejam.

Somente depois de refletir sobre estes pontos é que o pro-fessor pode sentir-se um sujeito ativo do processo e utilizar de maneira apropriada materiais que facilitam o encaminhamen-to pedagógico. Assim o professor estará apto a fazer um bom trabalho. A aprendizagem ocorrerá por meio das experiências sociais, dos vínculos efetivados, dos desafios oferecidos e da intervenção pedagógica apropriada.

Extra

Recomendamos a leitura do artigo Sala de aula e diversi-dade, de Eveline Borges Vilela-Ribeiro, Anna Maria Canavarro Benite, Edda Borges Vilela. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/ view/3209>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Atividade

Escreva um pouco sobre a importância da Declaração de Salamanca na educação inclusiva.

Referências BENITE, Anna Maria Canavarro; VILELA, Edda Borges; VILELA-RIBEIRO, Eveline Borges. Sala de Aula e diversidade. Revista Educação Especial. Santa Maria. v. 26, n. 45, p. 145-160, jan. abr. 2013. Disponível em: <http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial>. Acesso em: 20 jan. 2015.

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Pa r t e

02 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE

DUTRA, Claudia. Gestão para a inclusão. Revista do Centro Educação. Santa Maria, n. 26, 2005. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacao especial/article/view/4372/2566>. Acesso em: 20 jan. 2015.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora, & STOLTZ, Tania. Educação, cidadania e inclusão social. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2006.

Resolução da atividade

A grande inspiração para as novas políticas públicas e as diversas ideias foi a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada na Espanha em 1994 e da pu-blicação da Declaração de Salamanca que se deu início a uma mentalidade que ressaltou a necessidade de apoio às crianças e jovens com tais necessidades a fim de promover o objetivo da Educação para Todos.

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Pa r t e

03ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE

DIREITO À DIVERSIDADEHá diversas vertentes sobre o termo direito. Neste estu-

do o foco será sobre “o justo” e pelo aspecto do conjunto de normas.

Sob o aspecto legal na história da educação inclusiva que acompanha o momento histórico, a legislação que sustenta a inclusão é ampla, essencial e garante o acesso à educação para todos. No que se refere às políticas e práticas curriculares, elas promovem efetivamente a garantia de acesso e permanência na educação básica de qualidade para todos.

Sob o outro aspecto, do que é justo e correto, Dutra (2005) explica que a inclusão é a transformação do sistema educacio-nal, transformação da escola, com foco nos objetivos educa-cionais, e por meio das metas devem-se organizar os recursos necessários para que os alunos sejam atendidos, passando a existir a educação inclusiva, como bem explica Carvalho:

A educação inclusiva surgiu como uma nova pers-pectiva de atenção à diversidade, visando a con-templar, nos diversos âmbitos dos sistemas edu-cativos, todos os estudantes no exercício de seus direitos à escolarização. (CARVALHO, 2013, p. 263)

Nessa perspectiva, o aluno, enquanto inclusão, será aten-dido quando forem satisfeitos três aspectos:

1.º – Quando a sua presença na escola abrangê-lo como sujeito de direito.

2.º – Quanto ao relacionamento livre de preconceito e discriminação.

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Pa r t e

03 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE

3.º – Currículo aberto, flexível e amplo que possibilite a aprendizagem de todos respeitando as diferentes formas de aprender com o foco na construção de conhecimentos, para que se aprenda e desenvolva.

A inclusão tem como objetivo a eliminação de barreiras, bem como a valorização da diversidade, focando no desen-volvimento pessoal e social e atendendo às necessidades edu-cacionais dos alunos por meio de acessibilidade física e nas comunicações.

Na medida em que se assegura o direito ao que foi mencio-nado acima, também é garantido o direito à conscientização da sociedade sobre as reais necessidades desses alunos.

Extra

Recomendamos a leitura do artigo Educação Especial e Inclusiva no Ordenamento Jurídico Brasileiro, de Erenice Natália Soares de Carvalho. Disponível em: <http://cascavel. ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/ article/view/4662>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Atividade

Acredito que todos concordam que o aluno com necessida-des especiais deve ser atendido dentro de suas necessidades. Quais são os aspectos que a escola terá que abranger para po-der dizer que ele está sendo atendido satisfatoriamente?

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Pa r t e

03ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE

Referências CARVALHO, Erenice Natália Soares. Educação especial e inclusiva no ordenamento jurídico brasileiro. Revista Educação Especial. Santa Maria, v. 26, n. 46, p. 261-276 maio/ago. 2013. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacao especial/article/view4662/pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015.

DUTRA, Claudia. Gestão para a Inclusão. Revista do Centro Educação. Santa Maria, n. 26. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/4372/2566>. Acesso em: 20 jan. 2015.

GUÉRIOS, Etienne & STOLTZ, Tania. Educação, inclusão e exclusão social: contribuições para o debate. Curitiba: Aos Quatro Ventos 2007.

GUERREIRO, Elaine Maria Bessa Rebello. A acessibilidade e a educação: um direito constitucional como base para um direito social da pessoa com deficiência. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 25, n. 43, maio/ago. 2012. p. 217-232. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/4415/3816>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Resolução da atividade

A escola deverá abrangê-lo como sujeito de direito na sua participação e no relacionamento livre de preconceito e dis-criminação. E ainda apresentar um currículo aberto, flexível e amplo, que possibilite a aprendizagem de todos, respeitando as diferentes formas de aprender com o foco na construção de conhecimentos, para que se aprenda e desenvolva.

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Pa r t e

03 ALTERIDADE X DIVERSIDADE – O DIFERENTE

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Compreender e relacionar alteridade, diversidade, legislação

e inclusão educacional.

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA

DA ALTERIDADE

Aula 02

Objetivos:

Jupi

ter I

mag

es

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 23

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

01

A DIVERSIDADE NA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

A Constituição Federal, as leis, as diretrizes, os decretos, as normas, os documentos norteadores, as portarias, as resolu-ções, as instruções, os pareceres e as declarações orientam e auxiliam na efetivação do direito à educação de todos os alunos e orientam as condições de equidade no sistema de ensino na inclusão educacional com qualidade. Atualmente, a legislação brasileira posiciona-se pelo atendimento dos alunos com neces-sidades educacionais especiais preferencialmente em classes comuns das escolas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino.

A concepção de educação inclusiva, com base nos princípios do direito de todos à educação e valori-zação da diversidade humana fundamenta a polí-tica de educação especial que orienta os sistemas de ensino para garantir o acesso de todos às esco-las comuns da sua comunidade e o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos. (MEC, 2003, p. 9)

Não basta as ordens superiores, a adequação de espaço, aceitar o aluno e excluir o preconceito para que a inclusão ocor-ra, é preciso que haja, ao mesmo tempo, as adequações dos re-cursos pedagógicos e a capacitação do corpo docente e gestor, e esse avanço deve ser feito também por toda a sociedade.

A grande lacuna é a falta de informação quanto a uma es-tatística correta e completa quanto à quantidade de pessoas

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE24

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

01com necessidades especiais. Pois é com base em demanda que se cria a necessidade e por consequência, as leis que norteiam o atendimento. Uma estatística correta facilitaria não só a cria-ção de leis como também atenderia às reais necessidades da diversidade.

Ao longo de toda a trajetória da educação especial e a di-versidade, a legislação tem por objetivos impulsionar ações edu-cacionais voltadas às pessoas educação inclusiva. Justificando a necessidade de se reestruturar os sistemas de ensino, que têm como meta as respostas às necessidades educacionais de todos os alunos. Surgindo uma nova maneira de pensar para que os objetivos sejam alcançados, estão incluídos à preservação da dignidade e à busca da identidade como cidadãos, podendo ser alcançado não só pela a implementação da política nacional de educação especial, mas com o esclarecimento da sociedade.

Extra

Sugerimos a leitura do artigo Convenção Internacional so-bre os direitos das pessoas com deficiências: destaques para o debate sobre a educação, de Kátia Regina Moreno Caiado. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/ index.php/educacaoespecial/article/view/813>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Atividade

Qual o papel da legislação educacional frente à diversidade?

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 25

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

01

Referências BLATTES, Ricardo Lovatto. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais – orientações gerais e marcos legais. 2. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006. 343 p.

CUNHA, Eugênio (Org.). Práticas pedagógicas para a inclusão e a diversidade. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2011.

GUERREIRO, Elaine Maria Bessa Rebello. A acessibilidade e a educação: um direito constitucional como base para um direito social da pessoa com decifiência. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 25, n. 43, maio/ago. 2012. p. 217-232. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/4415/3816>. Acesso em: 20 jan. 2015.

PEREZ, Susana Graciela Pérez Barrera Pérez. Políticas públicas para as Altas Habilidades/Superdotação: incluir ainda é preciso. Revista Educação Especial. Santa Maria, v. 27, n. 50, set./dez. 2014. p. 627-640. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/%20educacaoespecial/article/view/14274/pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Resolução da atividade

Auxilia na efetivação do direito à educação de todos os alunos e orienta as condições de equidade no sistema de ensino na inclusão educacional com qualidade.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE26

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

02

PARADIGMA DA ALTERIDADEPercebe-se dentro da diversidade e da inclusão educacio-

nal uma sequência de paradigmas. Um dos paradigmas da alte-ridade que se pode ressaltar é a heterogeneidade. É função do sistema educacional reconhecer as múltiplas diferenças e saber que nada é igual, uniforme. Ainda tem-se uma grande necessi-dade do vínculo, de aceitar e ser aceito.

Em algumas sociedades, ser negro, ser velho, ser mulher, ser criança, ser deficiente, entre outros, representa uma condição de subalternidade de diretos e desempenho de funções sociais. E nes-se contexto de complexa trama de relações sociais que se manifestam diversas formas de controle, de discriminação e opressão. (MARQUES, 2007, p. 145)

O outro paradigma em destaque é papel do professor, que direciona o ensino às necessidades dos alunos, adaptando o cur-rículo para atendê-los. A educação inclusiva não representa a mera aceitação dos alunos na escola com suas diferenças, mas para que haja a inclusão dos alunos com necessidades espe-ciais, algumas adaptações devem ser feitas nas escolas, tanto físicas como curriculares. Outro diferencial é incluir nos proje-tos a capacitação dos professores, para que o docente adquira mais segurança e maior habilidade em atender esses alunos. A capacitação dos docentes e gestores facilita o encaminhamen-to e direciona o ensino de maneira mais eficaz e competente. Junto com a capacitação é a adaptação da proposta pedagógica à escola inclusiva, livres de práticas discriminatórias, livre de preconceitos e sem estabelecer os limites do outro.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 27

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

02Estudos indicam que professores que encontraram mais

sucesso e menos ansiedade diante do trabalho inclusivo estão vinculados à aceitação da diversidade e gratificação nas ativi-dades desenvolvidas com os alunos independente de suas con-dições físicas, psicológicas ou cognitivas. No entanto, as pes-quisas também mostraram que quando os professores sofrem para lecionar, por inúmeros fatores dentre eles a não aceitação ou a falta de capacitação, gerando insegurança, os efeitos são negativos e há pouco progresso.

O processo de inclusão deve ser entendido também como um posicionamento político e social em favor da educação es-pecial com objetivo de alcançar as relações mais igualitárias para todos.

Extra

Sugere-se a leitura do artigo Diversidade e educação es-pecial em diálogos: reflexões sobre os discursos da inclusão, de Antônio Carlos do Nascimento Osório e Tatiana Calheiros Lapa Leão. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/8269>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Atividade

Qual a indicação que o texto sugere para um trabalho eficaz no que se refere à atuação do professor e equipe pedagógica?

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE28

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

02

Referências MARQUES, Carlos Alberto. Rompendo paradigmas: as constribuições de Vygotsky, Paulo Freire e Foucault. Porto Alegre: FACITEC, 2007.

MARQUEZA, Reinoldo. A inclusão na perspectiva do novo paradigma da ciência. Revista Educação Especial, Santa Maria, n. 26, 2005. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/4396/2570>. Acesso em: 21 jan. 2015.

SMEHA, Luciane Najar. Prazer e sofrimento docente nos processos de inclusão escolar. Revista Educação Especial, Santa Maria, n. 31, p. 37-48. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/ article/view/8/20>. Acesso em: 20 jan. 2015.

Resolução da atividade

A capacitação dos docentes e gestores facilita o enca-minhamento e direciona o ensino de maneira mais eficaz e competente.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 29

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

03

LEGISLAÇÃO E A POLÍTICA DE INCLUSÃO Oficialmente a educação inclusiva situou-se na história do

Brasil em 1854, com aos incentivos de Dom Pedro II, que criou organizações para atender aos “portadores de deficiências” – nomenclatura usada na época.

Somente a partir do fim do século XX, por iniciativa do Ministério da Educação e Cultura (MEC), se iniciou a política de educação especial, devido às diversas reivindicações de pais e or-ganizações voltadas para pessoas com necessidades especiais.

Dando um grande salto temporal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394, de 20 de dezembro de 1996, abrange e contempla o ensino especial de maneira muito significativa, mas geral e sem explicações. Já com nova no-menclatura “pessoas com necessidades especiais”, reconhece as necessidades educacionais especiais, sendo o atendimento educacional especializado marcado pela abertura de possibili-dades para a realização de transformações no currículo escolar para assegurar o direito da adaptação curricular, metodologia e recursos específicos. Para esses alunos se fazem necessários os serviços de apoio especializado para garantir o seu ensino e aprendizagem.

Diferentemente da LDB, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva indica a inclu-são plena dos alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas e classes comuns. Na perspectiva mais específica, a Política Nacional de Educação Especial/08 visa instituir políti-cas públicas que têm como diretrizes:

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE30

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

03o atendimento educacional especializado na iden-tificação, elaboração e organização de recursos pedagógicos e de acessibilidade para a eliminação das barreiras para uma participação mais efeti-va dos alunos, considerando as suas necessida-des específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado devem se diferenciar daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização (BRASIL, 2008, p. 10).

Já os documentos normativos determinam como os siste-mas de ensino podem proporcionar um atendimento em salas de recursos, centros especializados públicos ou instituições co-munitárias, garantindo a política de inclusão.

Extra

Sugerimos o leitura da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politi-caeducespecial.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2015.

Atividade

O que indica a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) ?

Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Públicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 21 jan. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 31

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

03_________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008. In: Inclusão – Revista da Educação Especial, v. 4, n. 1, jan./jun. 2008.

CAIADO, Katia Regina Moreno. Convenção Internacional sobre os direitos das pessoas com deficiências: destaques para o debate sobre a educação. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 22, n. 35, p. 329-338, set./dez. 2009. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article /view /813/556>. Acesso em: 21 jan. 2015.

JESUS, Denise Meyrelles. et al. Inclusão, práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto Alegre: Mediação FACITEC, 2007.

OSORIO, Antonio Carlos do Nascimento; LEÃO, Tatiana Calheiros Lapa. Diversidade e educação especial em diálogos: reflexões sobre os discursos da inclusão. Revista Educação Especial, v. 26, n. 47, p. 685-698, set./dez. 2013. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/8269>. Acesso em: 20 Jan. 2015.

Resolução da atividade

Indica a inclusão plena dos alunos com necessidades educa-cionais especiais nas escolas e classes comuns.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE32

LEGISLAÇÃO E O PARADIGMA DA ALTERIDADEPa r t e

03

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Compreender a diversidade, contextualizando-a com currículo e o

papel do professor.

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO –

UM NOVO OLHAR

Aula 03

Objetivo:

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ty Im

ages

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 35

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

01

DIVERSIDADE – DESAFIO OU NOVAS EXPERIÊNCIAS?

Quando os professores assumem uma nova sala de aula, devem considerar que nela encontrarão diversidade. Precisam estar conscientes de que as classes não são homogêneas, uma vez que todos os alunos são diferentes. A pluralidade social, cultural e étnica envolve não só as escolas, mas também a re-alidade brasileira. Os professores necessitam estar capacita-dos para atender aos educandos diante da diversidade. Entre a capacitação e a prática existem diferenças. Assim, encarar a diversidade é um desafio ou uma nova experiência?

São diversos significados para definir a palavra desafio, se-gundo o dicionário Houaiss duas delas são: “o ato de incitar al-guém para que faça algo além de suas possibilidades” ou ainda, “tarefa difícil de ser executada”. Para explicar a palavra expe-riência, foi selecionada a definição elaborada por Abbagnano (2003, p. 406),

“participação pessoal em situações repetíveis [...] en-tendido como uma situação ou estado de coisas quais-quer que se repitam com suficiente uniformidade para dar a capacidade de resolver alguns problemas.”

Diante da vontade de cumprir o que foi proposto, pode-se dizer que se está frente às escolhas: “a vontade são as escolhas que fazemos para aliar nossas ações às nossas intenções”, como bem coloca Hunter (2004, p. 122) e ainda completa que “todos temos que fazer escolhas a respeito de nosso comportamento e aceitar a responsabilidade por essas escolhas”.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE36

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

01Ao relacionar o desafio e as novas experiências, percebe-

-se que quando se escolhe aceitar um desafio, dá-se chances às novas experiências, pois só a partir do momento que se en-frenta uma tarefa difícil de ser executada é que se consegue experiência para enfrentar outros desafios, aprimorar o traba-lho e desenvolvê-lo com mais capacidade e ainda melhor.

Conclusão: desafios constantes direcionam o ser humano a novas experiências, novas experiências direcionam-no à capa-cidade de resolver problemas e, mais experiências levam-no à maior capacitação. O grande desafio além de enfrentar o novo, o diferente, é não querer ser apenas a pessoa que ensina, mas também ser quem educa. Sem estar com a mente engessada, evitando o cristalizado, dissolvendo os pensamentos criados e impostos pela sociedade, é preciso aceitar o desafio, viver as novas experiências, educar os alunos com o trabalho voltado para a diversidade na educação.

Extra

Um ótimo artigo para complementar a aula: Desafios da diversidade na escola, de Neusa Maria Mendes Gusmão. Disponível em: <www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9158/7749> Acesso em: 22 jan. 2015.

Atividade

Segundo o texto, quais as vantagens de aceitar um desafio?

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 37

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

01

Referências ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes 2003.

GUSMÃO, Neusa Maria Mandes. Desafios da diversidade na escola. Revista Mediações, Londrina, v. 5, n. 2, p. 9-28, jul./dez, 2000. Disponível em: <www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/9158/7749>. Acesso em: 22 jan. 2015.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

HUNTER, James C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.

STOBÄUS, Claus Dieter; MOSQUERA, Juan Jose Mourifilio. Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva. 2 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

Resolução da atividade

Aceitar um desafio é dar chances às novas experiências, pois só a partir do momento que se enfrenta uma tarefa difícil de ser executada é que se consegue experiência para enfren-tar outros desafios, aprimorar o trabalho e desenvolvê-lo com mais capacidade e ainda melhor.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE38

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

02

O CURRÍCULO NA DIVERSIDADE “Amar o igual é amar a si mesmo, o desafio está em amar o diferente”.

Paulo Freire

Flexibilidade é a palavra chave para iniciar o texto que se refere ao currículo na diversidade. A flexibilidade é a capaci-dade que as pessoas têm ao interpretar diversas informações e situações e conseguir encontrar respostas alternativas diante de uma mesma situação. A aprendizagem para desenvolver esta capacidade inicia-se na convivência com as pessoas diferentes, atitudes e valores distintos e até distantes dos experimenta-dos, na aproximação das diferentes raças, culturas e crenças, tornando-se necessário a aprendizagem ao respeito e claro re-conhecendo o direito de todos a conviver.

Ensinamentos estes que se iniciam em casa com a família, e que vem à prova em sala de aula; que se concretizam na orga-nização e aplicação do currículo na escola que por sua vez visa à flexibilidade para lidar com a diversidade humana.

Um currículo que atenda à diversidade precisa ser demo-crático, garantir que todos tenham acesso a um alicerce cientí-fico e cultural, articulando com os conhecimentos, experiências e práticas sociais dos alunos. Já que o currículo é um conjun-to organizado do que se espera que a escola ensine, ele não só deve atender os diferentes grupos de alunos, mas também desenvolver em seu corpo discente as diversas competências para o desenvolvimento dos potenciais, por meio de projetos

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 39

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

02educativos amplos e diversificados para atender à suas reais necessidades e visando a autonomia, desenvolvimento pessoal, interpessoal e profissional.

Um currículo deve despertar e estimular a criatividade, incentivar a descoberta de si mesmo, o autoconhecimento, de-senvolver a autoestima e formar o aluno para a vida com com-petência. Como bem explica Antunes (2001, p. 18-22),

o aluno competente é aquele que enfrenta os de-safios de seu tempo usando os saberes que apren-deu e empregando, em todos os campos de sua ação, as habilidades antes apreendidas em sala de aula. [...] aprender não é estocar informações, mas transformar-se, reestruturando passo a passo o sistema de compreensão do mundo.”

Reter a informação não é tão importante quanto saber o que fazer com ela.

Extra

Sugere-se a leitura de uma publicação do MEC: Indagações sobre currículo: diversidade e currículo – Brasília: Ministério da Educação, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2015.

Atividade

A que um currículo precisa atender?

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE40

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

02

Referências ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2001.

BRASIL. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2015.

GUÉRIOS, Etienne. & STOLTZ, Tania. Educação, inclusão e exclusão social: contribuições para o debate. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2007.

LIBÂNEO, José Carlos & ALVES, Nilda. Diálogos entre didáticas e currículo. São Paulo: Cortez, 2012.

Resolução da atividade

Um currículo deve atender à diversidade, desta forma, precisa ser democrático, garantir que todos tenham acesso a um alicerce científico e cultural, articulando com os conheci-mentos, experiências e práticas sociais dos alunos.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 41

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

03

PAPEL DO PROFESSOR A imitação faz parte do rol de atitudes dos seres huma-

nos. A imitação, cópia intencional das ações de outra pessoa, inicia-se ainda na infância e estende-se por toda a vida. Quando o aluno opta pela carreira de docente, por exemplo, este já se espelhou em alguns profissionais, normalmente aquele que aflorou o sentimento de educador: que incentiva, apoia, esti-mula, educa e inspira o aluno a se tornar o profissional que se pretende.

Este professor inicia sua carreira com deveres e direitos. O primeiro e mais importante é sua formação e capacitação profissional. O professor precisa estar apto e capacitado para a sua nova jornada, evidentemente esta capacitação inicia-se no primeiro dia e não tem previsão de finalização. Além do do-mínio dos conteúdos, o professor necessita se capacitar para atender à diversidade.

O papel do professor é muito extenso e inclui acolher os alunos de maneira individual, conhecer seus potenciais, dificul-dades, habilidades e acompanhá-los, ensinar valores, atitudes para uma boa convivência, respeito às regras, só assim conse-guirá atendê-los dentro da diversidade.

O professor também deve exercer sua função em uma pers-pectiva pedagógica dentro da comunidade e da escola, como elaborar juntamente com os outros profissionais da escola o projeto político pedagógico e colaborar com a gestão escolar.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE42

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

03O professor é o agente do currículo juntamente com os

alunos e toda a comunidade escolar.

[...] a formação do professor é um desafio cons-tante. Não se trata de o professor ter conheci-mento das especificidades e características das deficiências ou dos indicadores de altas habili-dades/superdotação dos alunos, mas, sobretudo, do professor ressignificar a base da sua prática educativa, ou seja, pensar o currículo, o planeja-mento e a avaliação sob a ótica da valorização da diversidade e do respeito à diferença. (FREITAS, 2008, p. 27)

O professor deve atuar diante da diversidade com uma edu-cação de qualidade, por meio de um conjunto de ações concre-tas com o objetivo de otimizar o tempo e promover condições reais para o ensino e aprendizagem de todos os alunos.

Extra

Sugerimos a leitura da revista Inclusão: Revista da Educação Especial, da Secretaria de Educação Especial, v. 4, n. 1, Janeiro/Junho 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2015.

Atividade

Comente sobre o papel do professor.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 43

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

03

Referências FREITAS, Soraia Napoleão. Colóquio – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. In: Inclusão – Revista da Educação Especial. Brasília: Secretaria de Educação Especial. v. 4, n. 1, jan./jun. 2008. p. 18-32.

PARRAT-DAYAN, Silvia. Como enfrentar a indisciplina na escola. São Paulo: Contexto, 2008.

Resolução da atividade

Resposta pessoal, no entanto, espera-se que o aluno tenha compreendido que o papel do professor é atender aos alunos de maneira individual, conhecer seus potenciais, dificuldades, ha-bilidades e acompanhá-lo, ensinar valores, atitudes para uma boa convivência e respeito às regras.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE44

DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO – UM NOVO OLHAR

Pa r t e

03

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Conhecer as legislações que atendem à diversidade.

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A

DIVERSIDADE

Aula 04

Objetivo:

Thin

ksto

ck/G

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es

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 47

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

01

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICASO primeiro passo para uma mudança é o reconhecimento

da necessidade em criar alternativas para superar as práticas discriminatórias na educação, suprindo-as com uma legislação eficaz.

A primeira legislação que contempla o atendimento educa-cional às pessoas com deficiência foi sancionada em 1961. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferen-cialmente dentro do sistema geral de ensino.

A mudança seguinte aconteceu em 1971 com a Lei 5.692/71, que altera a LDBEN de 1961, ao definir “tratamento especial” para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”. (BRASIL, 1971)

Como consequência da Lei 5.692/71, em 1973, foi criado, por meio do Decreto 72.425, de 03/07/73, o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil que tinha por objetivos impulsionar ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas com altas habilidades/superdotação.

Caminhando para o ano de 1988 no qual a Constituição Federal traz como um dos seus objetivos fundamentais “promo-ver o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3.º,

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE48

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

01inciso IV). Também define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pes-soa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. O artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimen-to educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).

O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei 8.069/90, no artigo 55, reforça a legislação ao determinar que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupi-los na rede regular de ensino”.

E por fim, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394, de 20 de dezembro de 1996, abrange o ensino es-pecial de uma maneira muito mais significativa.

Extra

Sugerimos a leitura do Estatuto da criança e do Adolescente (ECA). Disponível em: <www.planalto.gov.br/cci-vil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 25 jan. 2015.

Atividade

Quanto à diversidade, faça uma rápida análise de como é abordada na Constituição Federal.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 49

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

01

Referências BRASIL. Constituição Da República Federal do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal. 1988. Publicada no Diário Oficial da União. de 5.10.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.

______. Decreto n. 72.425, de 03 de Julho de 1973, Cria o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), e da outras providências. Publicada no Diário Oficial da União – Seção 1 – 4/7/1973. Disponível em: <www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-72425-3-julho-1973-420888-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 29 jan. 2015.

______. Lei n. 8.069/90 de 13 de Julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Publicada no Diário Oficial da União. 16.7.1990 e retificado em 27.9.1990. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 29 jan. 2015.

______. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Publicada no Diário Oficial da União. de 27.12.1961 e retificado em 28.12.1961. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4024.htm>. Acesso em: 20 jan. 2015.

______. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1.° e 2.º graus, e dá outras providências. Poder Executivo. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 12 ago. 1971. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692.htm>. Acesso em: 22 jan. 2015.

_____. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 23 jan. 2015.

Resolução da atividade

A Constituição Federal tem como objetivo “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3.º, inciso IV).

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LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

02

LDB – EDUCAÇÃO ESPECIAL E DIVERSIDADEA atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei

9.394/96, no capítulo V – Da Educação Especial, trata no seu artigo 58 (com nova redação dada pela Lei 12.796/2013):

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede re-gular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei 12.796/2013)

§1.º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

§2.º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sem-pre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas clas-ses comuns de ensino regular.

§3.º A oferta de educação especial, dever cons-titucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. (BRASIL, 1996)

Ainda sobre educação especial, o artigo 59 da LDB, de-termina que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos “com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e al-tas habilidades ou superdotação”:

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LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

02I – currículos, métodos, técnicas, recursos educa-tivos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas de-ficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento espe-cializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apre-sentam uma habilidade superior nas áreas artísti-ca, intelectual ou psicomotora;

V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respecti-vo nível do ensino regular. (BRASIL, 1996)

Já o artigo 60 nos traz que:

Os órgãos normativos dos sistemas de ensino esta-belecerão critérios de caracterização das institui-ções privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial,

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LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

02para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. (BRASIL, 1996)

O seu parágrafo único, com redação nova sancio-nada pela Lei 12.796/2013, explica que o aten-dimento da educação especial será preferencial-mente ampliado na rede pública regular de ensino.

Extra

Sugestão de complementação de estudo: Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, com foco no Capítulo V – Da Educação Especial. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l9394.htm>. Acesso em: 26 jan. 2015.

Atividade

Em relação à educação especial e à diversidade, do que trata o artigo 59 da LDB?

Referências BRASIL. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Publicada no Poder Executivo. Brasília, DF. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4024.htm>. Acesso em: 20 jan. 2015.

______. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1.° e 2.º graus, e dá outras providências. Poder Executivo. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 12 ago. 1971. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692.htm>. Acesso em: 22 jan. 2015.

______. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 23 jan. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 53

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

02

Resolução da atividade

Os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos: currí-culo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamen-tal, em virtude de suas deficiências; e assegura a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar, indica que professores com especialização adequada para aten-dimento especializado e professores do ensino regular capaci-tados para a integração desses educandos nas classes comuns.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE54

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

03

LEI DA ACESSIBILIDADE O Portal do MEC traz a definição do termo acessibilidade

como: “incluir a pessoa com deficiência na participação de ati-vidades como o uso de produtos, serviços e informações”.

O Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, conhecido como a Lei da Acessibilidade

[...] regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novem-bro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de de-zembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilida-de das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. (BRASIL, 2004)

Este decreto também regulamenta o atendimento priori-tário às pessoas deficiência ou com mobilidade reduzida. No seu artigo 8.º, do Capítulo lll, considera a acessibilidade como:

I – acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos es-paços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dis-positivos, sistemas e meios de comunicação e in-formação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movi-mento, a circulação com segurança e a possibili-dade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em [...]. (BRASIL, 2004)

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 55

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

03A implementação da acessibilidade arquitetônica e urba-

nística e a acessibilidade aos serviços de transportes coletivos é amparada nos títulos dos capítulos IV e V respectivamente neste mesmo decreto.

O artigo 47 deste decreto salienta que “será obrigatória a acessibilidade nos portais e sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras de deficiência visual, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis”. (BRASIL, 2004)

O capítulo VIII neste decreto dispõe sobre o programa nacio-nal de acessibilidade. Que propõe apoio, promoção de capacita-ção e especialização de recursos humanos em acessibilidade e aju-das técnicas, acompanhamento e aperfeiçoamento da legislação sobre acessibilidade, cooperação com estados, Distrito Federal e municípios para a elaboração de estudos e diagnósticos sobre a situação da acessibilidade arquitetônica, urbanística, de transpor-te, comunicação e informação, entre outros.

Mais do que a vigência do decreto, o importante é a socie-dade estar de braços abertos, com bom senso para atender às pessoas que necessitam de um olhar e um atendimento espe-cial, garantindo a acessibilidade.

Extra

Sugere-se a leitura do artigo Acessibilidade na agenda da inclusão social e educacional, de Tatiane Negrini et al. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/1632>. Acesso em: 26 jan. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE56

LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A DIVERSIDADE

Pa r t e

03

Atividade

Como o decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, consi-dera acessibilidade?

Referências BRASIL. Decreto n. 5.296 de 2 de Dezembro de 2004. Regulamenta as Leis n. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm>. Acesso em: 26 jan. 2015.

BRASIL, MEC, Secretaria de Educação Especial. Inclusão – Revista da Educação Especial, Brasília, 2005. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2015.

NEGRINI, Tatiane; COSTA, Leandra Costa da; ORTIZ, Leodi Conceição Meireles; FREITAS Soraia Napoleão. Acessibilidade na agenda da inclusão social e educacional. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 23, n. 37, maio/ago. 2010 p. 287-298. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/1632/1276>. Acesso em: 26 jan. 2015.

PORTAL MEC. Acessibilidade. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/?option=com_content&id=20000&Itemid=1276>. Acesso em: 5 fev. 2015.

Resolução da atividade

I – acessibilidade: condição para utilização, com seguran-ça e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de trans-porte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobi-lidade reduzida. (BRASIL, 2004)

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Compreender como se dá a formação do professor

e relacionar currículo e práticas pedagógicas inclusivas.

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA

EDUCAÇÃO

Aula 05

Objetivos:

Jupi

ter I

mag

es/D

PI Im

agen

s

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 59

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

01

FORMAÇÃO DO PROFESSOR Para a análise da formação do professor, com destaque na

integração e inclusão de alunos com necessidades especiais, faz-se necessário buscar na legislação as diretrizes específicas e as alternativas possíveis para a real inclusão educacional.

Não há dúvidas de que o marco jurídico é a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira (LDB 9.394/96), que apontou alterações em todos os níveis da educação. A LDB destina um capítulo à formação de professores, assinalando os fundamen-tos metodológicos, os tipos e as modalidades de ensino, bem como as instituições responsáveis pelos cursos de formação ini-cial de professores. No artigo 59, reconhece-se a importância da formação de professores especializados para atender às pes-soas com necessidades especiais, sob quaisquer modalidades de ensino.

Sabe-se, porém que há uma distância entre o apregoado em lei e sua efetivação; e não há dúvidas quanto à necessi-dade de melhoria da formação de professores como condição efetiva para a inclusão de alunos na rede regular de ensino. O despreparo e a falta de informação sobre alunos trazem ao professor sentimentos de incapacidade, receio e até mesmo re-jeição. Mesmo porque, tal diversidade, às vezes, não é aceita socialmente pelo próprio professor. Daí a importância de voltar--se a uma formação que promova o trabalho com a diversidade existente entre os alunos.

Sendo assim, pode-se afirmar que a maioria dos professo-res não está preparada para receber alunos com necessidades

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INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

01especiais. Não basta simplesmente aceitar o aluno em salas re-gulares de ensino sem promover seu crescimento cognitivo. Os professores precisam promover situações de ensino potenciali-zando a aprendizagem de cada um. É importante salientar que, de modo geral, a formação recebida pelos professores influen-cia diretamente no desenvolvimento dos educandos (LIBÂNEO, 1998). Para isso, o professor igualmente precisa aprender, tanto em sua formação inicial como na sua educação continuada.

Por fim, para que aconteçam transformações essenciais no quadro educacional brasileiro há que se buscar a capacitação de professores, voltada ao atendimento à diversidade dos alunos.

Extra

Indicamos a leitura do texto de José Carlos Libâneo Adeus professor, adeus professora? Novas exigências edu-cacionais e profissão docente. Disponível em: <www.luciavas concelos.com.br/novo/professor/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=1471&Itemid=31>. Acesso em: 2 fev. 2015.

Atividade

Considerando que a legislação brasileira apregoa a inclusão dos alunos com necessidades especiais em salas de aulas regu-lares, aponte dois tópicos necessários para a efetivação da lei de forma plena na realidade brasileira.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 61

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

01

Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23.12.1996. Disponível: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 31 jan. 2015.

LIBÂNEO José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998. Disponível em: <www.luciavasconcelos.com.br/novo/professor/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=1471&Itemid=31>. Acesso em: 2 fev. 2015.

Resolução da atividade

As respostas podem estar entre um dos itens abaixo:

• Formação inicial do professor voltado à inclusão;

• Formação continuada do professor voltada à inclusão;

• Discussão sobre a diversidade de forma mais ampla entre professores;

• Capacitação de professores voltada ao atendimento à diversidade dos alunos.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE62

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

02

CURRÍCULO E INTEGRAÇÃOPara a integração e inclusão de alunos com necessidades

especiais na classe regular é imperativo que se façam adapta-ções que atendam às mais variadas diversidades. A flexibiliza-ção do currículo é uma delas.

Uma visão prática mostra a necessidade de adaptações de acessibilidade ao currículo com a eliminação de barreiras ar-quitetônicas: o aluno precisa conviver no ambiente escolar com autonomia, tanto no âmbito físico, como no material e no co-municacional (rampas, acessos, intérpretes).

Já a visão cognitiva pede ações pedagógicas com adapta-ções nos componentes curriculares: objetivos, conteúdos, ava-liações, métodos, planejamentos, atividades de sala de aula, sem perda de conhecimento para o aluno.

O currículo inclusivo busca atender às necessidades indivi-duais de todos os alunos, sejam estes especiais ou não, por isso ele é flexível sem deixar de ser objetivo. Não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado, os alunos com necessida-des especiais devem aprender as mesmas coisas que os demais, mesmo que seja com o uso de metodologias diferenciadas. Fernandes (2006) explica que no currículo inclusivo prevale-ce a ideia de que a flexibilização, ou a adaptação curricular, seja prerrogativa para celebrar as diferenças em sala de aula, contrastando com a prática tradicional na qual se pensava que todos os alunos aprendem da mesma forma, com as mesmas es-tratégias metodológicas, com os mesmos materiais e no mesmo tempo/faixa etária.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 63

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

02Importante salientar que a avaliação deve acompanhar o

currículo em sua flexibilidade e, da mesma forma, deve ga-rantir o aprendizado de todos os alunos, evitando simplifica-ção ou quaisquer tipos de facilidades em relação ao conteúdo avaliado. Avaliar com instrumentos diferenciados não significa cobrar menos, cobra-se o mesmo conteúdo, porém de formas diferentes.

Considerando que o trabalho pedagógico será realizado em sala de aula regular e que o currículo é um suporte do trabalho do professor, para sua efetivação, este deve estar adaptado aos alunos com necessidades especiais e também aos professores. Daí a necessidade de um suporte pedagógico constante para estas duas categorias: aluno e professor. Estas duas instâncias são o foco do processo educativo.

Por outro lado, é inquietante pensar que as adaptações curriculares enfoquem somente no professor e no aluno. Eles são o centro do processo, mas não podem trabalhar sozinhos, sem os necessários suportes. A escola, os núcleos, as secretarias devem subsidiar este trabalho para que ele seja eficaz.

Extras

Indicamos a leitura do material Indagações sobre currí­culo: diversidade e currículo, da Secretaria de Educação Básica – MEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag4.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE64

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

02

Atividade

Sinteticamente, quais seriam as principais adaptações de um currículo inclusivo?

Referência FERNANDES, Sueli. Fundamentos para Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2006.

Resolução da atividade

As respostas podem variar em:

• Flexibilização;

• Adptação de acessibilidade;

• Adpatação dos componentes curriculares: objetivos, conteúdos, critérios de avaliação, métodos, planeja-mento, atividades de sala de aula;

• O trabalho do professor;

• O apoio pedagógico fora de sala de aula.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 65

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

03

PRÁTICAS PEDAGÓGICASPartindo do pressuposto de que a escola tem como papel

converter os saberes históricos e culturais em saberes escola-res, toda a ação educacional deve voltar-se para práticas que efetivem o trabalho com os conhecimentos e valores cognitivos.

Neste sentido, a prática pedagógica inclusiva deve ser vol-tada para a heterogeneidade educativa em que os diferentes alunos, com os mais diversificados percursos de escolariza-ção, possam desenvolver-se no processo ensino-aprendizagem. (JESUS, 2002)

Com uma base política que sustenta a inclusão escolar, de-ve-se pensar nas possibilidades de aplicá-las nas escolas. Assim, cabe aos profissionais da educação, de acordo com suas funções específicas (regente, pedagogo, administrador), admitir este papel e arquitetar espaços para sua efetivação.

Dois pontos são interessantes para a análise do processo de práticas pedagógicas inclusivas:

O primeiro é que muito se faz nas escolas e pouco se divul-ga, ao se aproximar do “chão da escola” percebe-se a superação que muitos professores conseguem com recursos ínfimos. A tro-ca de experiências e a construção coletiva são essenciais para o avanço educacional e a formação continuada. Daí a necessi-dade de sistematizar processos de partilha de conhecimentos e significados de atividades realizadas. Este seria um caminho certeiro para rever práticas, examinar trajetórias, definir ca-minhos, apropriar conhecimentos, possibilitando potencializar

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INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

03o fazer pedagógico que verdadeiramente acolha as expecta-tivas e necessidades das pessoas inclusas em seu processo de escolarização.

O segundo ponto é que para atender à comunidade em que a escola está inserida, deve-se conhecer e considerar a for-mação sociocultural dos alunos. Os profissionais da educação precisam levar em consideração que os alunos, sejam eles in-clusos ou não, possuem um universo de saberes precedentes ao ingresso na escola. Estes saberes foram construídos histórica e socialmente e geraram o seu desenvolvimento particular.

Assim, as atividades desenvolvidas em sala de aula regular devem privilegiar os conhecimentos dos alunos garantindo uma prática significativa. Neste contexto, o professor é o mediador que, por meio de interação e intervenção constantes, busca a heterogeneidade dos alunos em sala de aula.

Extra

Um material interessante é a entrevista de Eugênio Cunha sobre inclusão e diversidade. Disponível em: <http://revistaguia fundamental.uol.com.br/professores-atividades/107/imprime 291877.asp>. Acesso em: 2 fev. 2015.

Atividade

Com relação às práticas pedagógicas inclusivas, comente a necessidade de trocas de experiências entre os profissionais da educação.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 67

INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

03

Referência JESUS, Denise Meyrelles et al. (Org.). Inclusão: práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto Alegre: Mediação, 2007.

Resolução da atividade

A troca de experiências e a construção coletiva de prá-tica são essenciais para o avanço educacional e a formação continuada.

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INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO NA EDUCAÇÃOPa r t e

03

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Compreender a relação escola X família e verificar a possibilidade de trabalho para

pessoas com necessidades especiais.

A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM

NECESSIDADES ESPECIAIS

Aula 06

Objetivos:

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 71

A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

01

A ESCOLA E OS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

O Plano Nacional de Educação (PNE) traz duas questões importantes no que se refere à Educação Especial. A primeira é o direito à educação, comum a todas as pessoas, e a segunda é o direito de receber essa educação sempre que possível junto às demais nas escolas ditas “regulares”.

O atendimento educacional pode acontecer de diferentes e complementares formas: participação nas classes comuns, nas salas de recursos, em salas especiais ou na escola especial.

Muitas são as necessidades apresentadas pela população; é possível estabelecer diretrizes comuns para todas as escolas, entretanto é facilmente constatada a inexistência, insuficiên-cia, inadequação e/ou precariedade na maioria delas para o acolhimento dos alunos com necessidades especiais. Este é o grande desafio para os sistemas de ensino.

O IMPACTO DE TER DEFICIÊNCIA NO BRASIL

Quem possui algum tipo de deficiência, tem...

2 vezes mais chance de... não frequentar a escola (entre 7 e 14 anos)

2 vezes mais chance de... não ser alfabetizado (entre 7 a 14 anos)

4 vezes mais chance de... não ser alfabetizado (entre 12 a 17 anos)Fonte: Tabulação especial sobre equidade de amostra do Censo Demográfico 2000 (IBGE) –

Unicef, junho/2003.

Fonte: ANDRÉS, 2014, p. 11

Faz-se necessário pensar seriamente na inclusão que garan-ta o atendimento à diversidade. Desde a sensibilização dos de-mais alunos e comunidade, o repensar curricular, a qualificação

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE72

A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

01dos professores, a produção e utilização de materiais pedagógi-cos apropriados, o transporte escolar adaptado e até a qualifi-cação dos profissionais que os atendam.

A legislação brasileira propõe uma escola pública regular integradora, inclusiva, aberta à diversidade dos alunos; tam-bém prevê paralelamente uma escola especial que apoie os programas de integração nos diferentes níveis de ensino e prin-cipalmente nas diversas regiões do país, não voltando somente aos grandes centros.

É importante ressaltar que a lei prevê o atendimento pre-coce, até como forma preventiva. Daí as políticas de aplicação de testes nos diferentes níveis de ensino para identificação de problemas e indicações para tratamentos adequados.

A educação especial considera também as crianças com al-tas habilidades (superdotação ou talentosas), estas de difícil identificação, necessitando de observação sistemática com vis-tas a verificar a intensidade, a frequência e a consistência dos traços, ao longo de seu desenvolvimento.

Tem-se assim todo um aparato legal que justifica o trabalho com pessoas com necessidades especiais. Basta agora cobrar das autoridades sua aplicabilidade e efetivação.

Extra

Uma dica muito interessante de leitura: Pessoas com de-ficiência nos Censos Polulacionais e Educação Inclusiva, de Aparecida Andrés, estudo publicado em novembro de 2014 pela

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 73

A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

01Consultoria Legislativa da Camara dos Deputados. Disponível em: <www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/ estnottec/tema11/2014_14137.pdf>. Acesso em: 6 fev. 2015.

Atividade

Faça um pequeno comentário sobre a importância do aten-dimento precoce a alunos com necessidades especiais.

Referências ANDRÉS, Aparecida. Pessoas com Deficiência nos Censos Populacionais e Educacão Inclusiva. Brasília: Camara dos Deputados, Novembro/2014. Disponível em: <www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/ estnottec/ tema11/2014_14137.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2014.

BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de Junho de 2014. Aprova o Plano Nacional da Educação – PNE e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 26.06.2014. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/ Lei/L13005.htm>. Acesso em: 4 fev. 2014.

BRASIL. MEC. SEESP. Plano Nacional de Educação – Educação especial. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/plano1.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014.

Resolução da atividade

O atendimento precoce é uma forma de prevenção e tra-tamento para crianças com necessidades especiais, facilitando sua adaptação.

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A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

02

A FAMÍLIA E AS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Definir família é um exercício difícil, pode-se dizer que é o lugar onde acontecem as relações de afinidade e afetividade entre pessoas que coabitam o mesmo espaço. Nela há o primei-ro momento de socialização da criança que vive experiências de solidariedade, confiabilidade e interação que tem peso funda-mental em sua formação.

Quando a família tem em sua composição uma pessoa com necessidades especiais, as influências mútuas que nela se formam sofrem tensões que podem fortalecer seus laços ou desintegrá-la.

De acordo com o artigo 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), os pais ou res-ponsáveis têm a obrigação de matricular seus fi-lhos nas classes comuns do ensino regular. Para a criança conviver em sociedade e, futuramente, participar do mercado de trabalho, a porta de entrada é a escola. Existem famílias que não co-nhecem esse direito, outras pensam que a escola não irá fazer muita diferença na vida da criança com deficiência por achar que ela não tem capa-cidade para aprender ou porque será discriminada (BRASIL, 2012, p. 06).

Para a família, a entrada da criança na escola é um des-nudar das relações que acontecem em sua intimidade. A en-trada na escola de um filho com necessidades especiais gera

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A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

02conflito tanto para os pais quanto para a criança, que sente a separação do conforto do lar e depara-se com novos desafios. É essencial que a família se conscientize de que ela faz parte de um contexto social, que exerce influências sobre o indivíduo, preparando-o para o mundo escolar.

Cabe também à escola criar oportunidades para desenvol-ver competências interpessoais, comunicacionais e sociais nas crianças que acolhe e principalmente desenvolver uma identi-dade pessoal positiva. Certamente na integração/inclusão es-colar, o aluno, com a orientação dos profissionais e da família, poderá ampliar tais competências pessoais.

Muitas vezes, a participação da família, que é de grande relevância, fica abaixo do necessário. Uma forma de ajudar as famílias é promover o contato com outras famílias que enfren-tam, ou não, problemas com necessidades especiais.

Pais conscientes e mobilizados para ajudar, apoiar e tra-balhar em conjunto aprendem e fortalecem formas de superar dificuldades uns com os outros.

O trabalho de integração é necessário para não se excluir, e fazer com que os alunos especiais tenham as mesmas oportu-nidades que qualquer outra pessoa.

Extra

Recomendamos o artigo de Altemir José Gonçalves Barbosa e Larissa Dias de Oliveira Estresse e enfrentamento em pais de pessoas com necessidades especiais. Publicado em Psicologia

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A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

02em Pesquisa – UFJF, julho-dezembro de 2008. Disponível em: <www.ufjf.br/psicologiaempesquisa/files/2009/11/v2n2004.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2015.

Atividade

A escola não pode interferir de forma direta e incisiva na família. Qual seria então uma boa forma de ajudar as famí-lias que enfrentam problemas com filhos com necessidades especiais?

Referências BRASIL. MEC. Cartilha BPC na escola: orientações às famílias. Brasília: 10. Ago. 2012. Disponível para download em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17009&Itemid=913>. Acesso em: 9 fev. 2015.

LOPES Renato Paula Vieira; MARQUEZAN, Reinoldo. O envolvimento da família no processo de integração/inclusão do aluno com necessidades especiais. Disponível em: <www.pedagobrasil.com.br/educacaoespecial/oenvolvimentodafamilia.htm>. Acesso em: 1 fev. 2015.

Resolução da atividade

Uma forma de ajudar as famílias é promover o contato e a interação entre famílias que enfrentam, ou não, problemas com necessidades especiais.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 77

A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

03

A INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

A sociedade somente será mais justa e democrática quan-do houver a inclusão de pessoas com necessidades especiais no convívio social. A legislação específica de adaptação no merca-do de trabalho (Lei 8.213/91), determina acolher estas pesso-as, possibilitando uma integração natural na sociedade.

Quando vista pelos seus potenciais, suas habilidades e suas aptidões, a pessoa com necessidades especiais supera a discri-minação e segregação social. Ela passa a fazer parte da socie-dade como todo cidadão de direito. Entretanto, mesmo tendo seus direitos assegurados por lei e pela própria constituição, evidentemente nem todos têm as mesmas oportunidades. Daí a importância de conhecer o que é previsto em lei.

[...] se não houver acessibilidade significa que há discriminação, condenável do ponto de vista mo-ral e ético e punível na forma da lei. Cada Estado Parte se obriga a promover a inclusão em bases iguais com as demais pessoas, bem como dar aces-so a todas as oportunidades existentes para a po-pulação em geral. (BRASIL, 2007, p. 6)

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada pela ONU em 2007, estabelece como princípios:

a. O respeito pela dignidade inerente, a autono-mia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das pessoas;

b. A não discriminação;

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A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

03c. A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;

d. O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversida-de humana e da humanidade;

e. A igualdade de oportunidades;

f. A acessibilidade;

g. A igualdade entre o homem e a mulher; e

h. O respeito pelo desenvolvimento das capacida-des das crianças com deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua identi-dade. (BRASIL, 2007, p. 17)

A Constituição Federal de 1988 garante a inclusão dos por-tadores de necessidades especiais no mercado de trabalho: “proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência” (BRASIL, CF/88, art. 7.º, inciso XXXII). Assegura também ao Portador de Necessidades Especiais o direito de 20% das vagas para cargo ou emprego público. No artigo 37, inciso VIII, diz: “a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão”. (BRASIL, CF/88)

A Lei da Previdência Social 8.213/91, em seu artigo 93, estabelece que as empresas privadas com mais de 100 funcio-nários, devem preencher entre 2 a 5% de suas vagas com traba-lhadores que possuem alguma necessidade especial.

A lei existe, a legislação contribui para o avanço da igual-dade de direitos, porém não garante sua efetivação visto que

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 79

A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

03esbarra em problemas de ordem prática como acessibilidade, divulgação de vagas, preparação dos empregados em receber os colegas ditos “diferentes”, formação e profissionalização, entre outros.

É notório que as aptidões das pessoas com necessidades especiais as fazem tão ou mais produtivas que qualquer outra pessoa. Podendo até sobressair-se em determinadas funções adaptadas.

Assim, não há dúvidas de que o trabalho é um mecanismo de inserção social. Ele faz com que as pessoas sintam-se reco-nhecidas, realizadas e responsáveis, além de prover uma renda necessária para sua sobrevivência.

Extras

Leia a matéria de Lyane Martinelli: Inclusão Social no Mercado de Trabalho. Publicado em 27 de Setembro, 2010 pela Revista Geração Sustentável. Disponível em: <http://geraca-osustentavel.com.br/2010/09/27/inclusao-social-no-mercado- de-trabalho/>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Outra dica é o livro de Maria de Lourdes B. Canziani: Educação Especial: visão do processo dinâmico e integrado. Livro de 1985, publicado pela Educa, Curitiba/PR.

Atividade

Cite a recomendação legal para empresas que possuem mais de 100 funcionários, quanto à contratação de pessoas com necessidades especiais.

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A EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Pa r t e

03

Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicada no Diário Oficial da União de 05.10.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 4 fev. 2014.

BRASIL. Lei n. 8.213, de 24 de Julho de 1991. Dispões sobre os planos e beneficios da Previdência Social e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 25.7.1991, republicado 11.4.1996 e republicado em 14.8.1998. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 4 fev. 2015.

Resolução da atividade

A Lei da Previdência Social 8.213/91, em seu artigo 93, estabelece que as empresas privadas com mais de 100 funcio-nários, devem preencher entre 2 a 5% de suas vagas com traba-lhadores que possuem alguma necessidade especial.

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Sintetizar a história e esquematizar legislação e políticas públicas referentes à

educação no campo.

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A

EDUCAÇÃO NO CAMPO

Aula 07

Objetivos:

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 83

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

01

BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO NO CAMPO

A história sobre a educação no campo no Brasil é permeada de situações complexas. No Brasil Colônia, a educação para agri-cultores e colonos imigrantes não era considerada prioridade.

Somente a partir da década de 1930, com o manifesto da escola nova, a urbanização e a industrialização do país, as de-mandas da educação do campo e da cidade eram igualmente consideradas.

A partir de 1942, o objetivo do ensino secundário e normal era a formação das elites, e o do ensino profissional era ofere-cer uma formação adequada aos filhos dos operários, aos des-favorecidos e àqueles que precisavam ingressar precocemente na força de trabalho.

Neste mesmo período a Lei Orgânica do Ensino Agrícola 9.613, de 20 de agosto de 1946, estabelecia as bases de organi-zação e de regime do ensino a agrícola, que era o ramo do ensi-no até o segundo grau, destinado essencialmente à preparação profissional dos trabalhadores da agricultura.

Já na década de 50, segundo Silva (2004), o discurso sobre a urbanização foi muito intenso. E com isso, o movimento para os grandes centros era estimulado. Consequentemente, na dé-cada de 60 a educação rural foi tomada pelo Estado como estratégia de contenção do fluxo migratório do campo para a cidade.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE84

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

01A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1961,

em seu art. 105, estabeleceu:

“os poderes públicos instituirão e ampararão ser-viços e entidades que mantenham na zona rural escolas capazes de favorecer a adaptação do ho-mem ao meio e o estímulo de vocações profissio-nais” (BRASIL, Lei 4.024/61).

Com a Constituição Federal de 1988 a educação teve sua gratuidade e obrigatoriedade homologada e houve então “um debate democrático da comunidade educacional”. (ARANHA, 2008, p. 324)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 traz em seu artigo 28 especificamente a oferta da educação para a po-pulação do campo, prevendo currículos e metodologias apro-priados aos interesses dos alunos da zona rural, organização escolar própria, com adequação do calendário escolar as condi-ções climáticas e fases do ciclo agrícola e adequação à natureza do trabalho de cada região.

Segundo uma resolução do MEC:

Art. 1.º A Educação do Campo compreende a Educação Básica em suas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de nível médio in-tegrada com o Ensino Médio e destina-se ao aten-dimento às populações rurais em suas mais va-riadas formas de produção da vida – agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e ou-tros. (BRASIL, MEC: Resolução n. 2, de 28 de abril de 2008)

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 85

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

01Historicamente, não há dúvidas de que o grande marco da

educação rural foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que durante suas lutas criou em seus acampamen-tos e assentamentos escolas com metodologias diferenciadas e condizentes com os interesses dos moradores do campo. Do MST surgiram marcos históricos importantes:

• Em 1997 aconteceu o 1.º Encontro Nacional de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária (1.º ENERA)

• Em 1998 a “I Conferência Nacional: por uma educação básica do campo”

• Em 2002 a aprovação, pelo Conselho Nacional de Educação, da Resolução 1 de 3 de abril, que instituiu as Diretrizes Operacionais da Educação Básica nas Escolas do Campo.

• Em 2008 o Movimento Nacional de Educação do Campo (MUNARIM) .

Extras

Assista aos vídeos sobre a educação no campo:

• Educação no campo é direito e não esmola – Oficina de audiovisual do Biizu Assentamento Palmares II. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=Y7-ksBy-de5w>. Acesso em: 9 fev. 2015.

• Os contrastes na educação cidade X campo. Nova Escola – Educação Rural no Brasil. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=ctFsrUbnql4>. Acesso em: 9 fev. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE86

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

01

Atividade

Qual a relação entre a educação no campo e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra?

Referências ANDREOTTI, Azilde L. As Leis Orgânicas do Ensino de 1942 e 1946 [verbete]. Diponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_leis_organicas_de_ensino_de_1942_e_1946.htm>. Acesso em: 6 fev. 2015.

ARANHA, Maria Lúcia. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2008.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicada no Diário Oficial da União de 05.10.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 4 fev. 2014.

BRASIL. Decreto-Lei n. 9.613, de 20 de Agosto de 1946. Lei Orgânica do Ensino Agrícola. Publicada no Diário Oficial da União de 22.8.1946. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1937-1946/Del9613.htm>. Acesso em: 10 fev. 2015.

BRASIL. MEC. Resolução n. 2, de 28 de abril de 2008. Estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo.

BRASIL. MEC. SEESP. Plano Nacional de Educação – Educação especial. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/plano1.pdf>. Data de acesso: 1 fev. 2014.

SILVA, Maria do Socorro. Educação do Campo e Desenvolvimento: uma relação construída ao longo da história. 2004. Disponível em: <www.contag.org.br/imagens/f299Educacao_do_Campo_e_Desenvolvimento_Sustentavel.pdf>. Acesso em: 7 fev. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 87

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

01

Resolução da atividade

Não há dúvidas de que o grande marco da educação rural foi o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que durante suas lutas criou, em seus acampamentos e assenta-mentos, escolas com metodologias diferenciadas e condizentes com os interesses dos moradores do campo.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE88

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

02

LEGISLAÇÃOA educação no campo tem um palco legislativo interessan-

te e necessário à sua efetivação. Sendo importante conhecer suas determinações constitucionais e educacionais.

A Constituição Federal de 1934 foi a primeira a destinar recursos para a educação rural, conferindo à União o encar-go pelo financiamento do ensino nessas áreas, porém as po-líticas públicas imperiosas para a sua execução jamais foram implementadas.

A Constituição de 1937 relacionou a educação às necessida-des da industrialização, vinculando educação e trabalho. Assim, os sindicatos e empresas, até mesmo as rurais, deveriam ofere-cer o ensino técnico cabendo ao Estado garantir o cumprimento dessa determinação, mas estas também não foram efetivadas.

A Constituição de 1946 voltou-se ao processo de descentra-lização do ensino, sem tirar a responsabilidade da União pelo atendimento escolar. Atrelou recursos para as despesas com educação e garantiu a gratuidade do ensino primário, porém ficou para a empresa agrícola privada o custeio de seus imple-mentos do ensino na zona rural.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961 (Lei 4.024/61) preocupou-se em promover a educação nas áreas ru-rais tendo como finalidade real diminuir a onda migratória para os grandes centros.

A LDB de 1971 (Lei 5.692/71), aprovada em pleno regime militar, determinou como função central da escola a formação para o mercado de trabalho, desvalorizando a formação geral

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 89

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

02do indivíduo. A educação para as regiões rurais foi colocada a serviço da produção agrícola.

A Constituição de 1988, em seu artigo 208, assegurou que “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”.

A LDB de 1996 (9.394/96) reconhece a diversidade socio-cultural e o direito à igualdade e à diferença, possibilitando a definição de diretrizes operacionais para a educação rural sem, no entanto, romper com um projeto global de educação para o país (art. 3.º, 23, 27 e 61). O conceito é de adequação às fina-lidades, aos conteúdos e à metodologia, aos processos próprios de aprendizado do estudante e ao que é específico do campo. Admite a organização escolar própria, a adequação do calendá-rio escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas.

Em 2010, o governo federal aprovou o decreto 7.352, que trata das políticas e programas de educação no campo. É inte-ressante observar os princípios trazidos por este decreto:

Art. 2.º São princípios da educação do campo:

I – respeito à diversidade do campo em seus aspec-tos sociais, culturais, ambientais, políticos, eco-nômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia;

II – incentivo à formulação de projetos político--pedagógicos específicos para as escolas do cam-po, estimulando o desenvolvimento das unidades escolares como espaços públicos de investigação e articulação de experiências e estudos direcio-nados para o desenvolvimento social, economica-mente justo e ambientalmente sustentável, em articulação com o mundo do trabalho;

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE90

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

02III – desenvolvimento de políticas de formação de profissionais da educação para o atendimento da especificidade das escolas do campo, consideran-do-se as condições concretas da produção e repro-dução social da vida no campo;

IV – valorização da identidade da escola do campo por meio de projetos pedagógicos com conteúdos curriculares e metodologias adequadas às reais necessidades dos alunos do campo, bem como flexibilidade na organização escolar, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; e

V – controle social da qualidade da educação esco-lar, mediante a efetiva participação da comunida-de e dos movimentos sociais do campo. (BRASIL, Decreto 7.352/2010).

Extra

Recomendamos a leitura do artigo Educação do Campo: um olhar histórico, uma realidade concreta, dos autores Fabiano de Jesus Ferreira e Elias Canuto Brandão, para a ampliação dos conhecimentos sobre o assunto. Publicado originalmente na Revista Eletrônica de Educação, ano V, n. 09, jul./dez. 2011. Disponível em: <www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/pagi-nas/2012/1/413_546_publipg.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Atividade

Em qual das Constiuições do Brasil o acesso ao ensino obri-gatório e gratuito é colocado como direito público subjetivo?

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 91

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

02

Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicado no Diário Oficial da União de 05.10.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23.12.1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de Julho de 1934). Publicada no Diário Oficial da União de 16.7.1934. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao34.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil (de 10 de novembro de 1937). Publicada no Diário Oficial da União 10.11.1937. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao37.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil (de 18 de setembro de 1946). Publicada no Diário Oficial da União de 19.9.1946, republicado em 25.9.1946 e 15.10.46. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 27.12.1961 e retificado em 28.12.1961. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4024.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1.º e 2.º graus, e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 12.8.1971 Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5692.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. Decreto n. 7.352, de 04 de Novembro de 2010. Dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA. Publicada no Diário Oficial da União de 5.11.2010. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7352.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Resolução da atividade

A Constituição de 1988 em seu artigo 208 assegurou que “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE92

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

03

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA

As escolas do campo, mesmo sendo peculiares e em mino-ria no país, necessitam ter o seus direitos garantidos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96) garante no artigo 28 “na oferta de Educação Básica para a po-pulação rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada região”. Nos incisos I, II e III do mesmo artigo é as-segurado aos camponeses e seus filhos a organização escolar própria, calendário escolar adaptado, conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses da zona rural.

Mais uma vez percebe-se uma distância dos ditames da lei e sua efetivação, a maioria dos analfabetos no país mora jus-tamente nas zonas rurais, os professores não têm acesso a uma formação plena, as escolas são distantes e não há transporte adequado, mesmo sendo garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) o “acesso à escola pública e gra-tuita próxima de sua residência” (inciso V, art. 53).

O Conselho Nacional de Educação aprovou, em 2001 (complementada pela Resolução 2 em 2008), as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do Campo que contemplam as reivindicações dos movimentos sociais, tais como a valorização da diversidade dos povos do campo, forma-ção especializada aos professores, a adaptação dos conteúdos

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 93

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

03às características locais, o uso de práticas pedagógicas contex-tualizadas, a gestão democrática, o atendimento dos tempos pedagógicos diferenciados entre outros tantos.

O Plano Nacional de Educação para o decênio 2014–2024, na sua meta 8, estabelece que a escolaridade média da popu-lação de 18 a 24 anos deve ser elevada de modo a alcançar o mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, das regiões de menor escolaridade e dos 25% mais pobres.

É importante ressaltar que as escolas no campo asseguram o respeito às culturas locais. Todas as metas e estratégias de va-lorização e expressão da educação dedicadas aos moradores da zona rural são admiráveis e necessárias para resgatar a história da comunidade em que esta inserida.

Assim uma educação simplista não satisfaz à necessidade dos moradores da zona rural, pois estes fazem parte de uma parcela imprescindível da sociedade brasileira.

Extra

É interessante ler o artigo intitulado O poder local na im-plementação de políticas públicas garantidoras de cidadania: Uma abordagem constitucional, de Ricardo Hernany e Diogo Frantz. Disponível em: <www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5194>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Atividade

Aponte dois dos maiores problemas dos alunos das escolas no campo.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE94

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO NO CAMPO

Pa r t e

03

Referências BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23.12.1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Lei n. 10.172, de 09 de Janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional da Educação e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 10.01.2001. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10172.htm>. Acesso em: 4 fev. 2014.

BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de Junho de 2014. Aprova o Plano Nacional da Educação – PNE e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 26.06.2014. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 4 fev. 2014.

BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União 16.7.1990 e retificado em 27.9.1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 7 fev. 2014.

MEC.CNE. Resolução CNE/CEB 1, de 3 de abril de 2002. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12992>. Acesso em: 9 fev. 2015.

MEC.CNE. Resolução CNE/CEB n. 2, de 28 de abril de 2008. Estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2008/rceb002_08.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2015.

Resolução da atividade

As respostas podem estar entre estes itens: escolas distan-tes, falta de transporte adequado, falta de formação especiali-zada aos professores, adaptação dos conteúdos às características locais, o uso de práticas pedagógicas contextualizadas, gestão de-mocrática, atendimento dos tempos pedagógicos diferenciados.

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Sintetizar a história da educação indígena e compreender a legislação e as

políticas públicas relacionadas.

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A

EDUCAÇÃO INDÍGENA

Aula 08

Objetivos:

Mon

key

Busi

ness

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es

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 97

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

01

BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO INDÍGENA

A educação indígena no Brasil tem uma trajetória longa, visto que os índios habitavam estas terras antes da chegada dos colonizadores. Eles tinham um modelo próprio de educação, no qual o saber era acessível a todos, sem graus de setorização e fragmentação. As sociedades indígenas, até hoje, estruturam seu processo educativo sob três aspectos básicos: e a economia, a família e a religião. Diferenciando-se, assim, da educação integracionista e civilizadora do modelo ocidental.

Com a colonização, a escola imposta aos índios teve como princípio educativo a formação cristã e submissa à coroa. Guiada na ciência moderna, o conhecimento era organizado de forma ordenada e fragmentada. Neste período, a educação escolar foi realizada por ordens religiosas, em especial pela Companhia de Jesus, que tinha como objetivo civilizar e converter os índios, principalmente os jovens longe do ambiente nativo.

Desde o começo da República houve uma preocupação em territorializar, civilizar e integrar os povos indígenas na sociedade. Em 1910 criou-se o Serviço de Proteção ao Índio e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPILTN), no qual os índios foram colocados sob tutela estatal e em cada reserva foi instalado um posto do SPI com escolas. Ensinavam-se noções elementares da língua portuguesa com intenção do abandono das línguas nativas e o ensino técnico para formar mão de obra.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE98

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

01Em 1967 o SPI foi substituído pela Fundação Nacional do

Índio (FUNAI), que tem como marco importante o estudo e cria-ção da escrita das línguas indígenas. Com a Lei 6.001/1973, o Ministério do Interior passa a administrar as escolas nas aldeias:

Art. 49. A alfabetização dos índios far-se-á na lín-gua do grupo a que pertençam, e em português, salvaguardado o uso da primeira.

Art. 50. A educação do índio será orientada para a integração na comunhão nacional mediante pro-cesso de gradativa compreensão dos problemas gerais e valores da sociedade nacional, bem como do aproveitamento de suas aptidões individuais. (Lei 6.001/73, artigos 49 e 50)

Na década de 1970, houve um processo de lutas que apon-taram reivindicações pelo direito à diferença, à terra, à saúde e à educação distinta.

Em 1988, a Constituição Federal avalizou o ensino no idio-ma próprio, com processos pedagógicos que permitam aprender de acordo com as diferentes culturas.

Em 1991 as escolas indígenas passam a ser vinculadas ao Ministério da Educação, afirmando a educação escolar como modalidade independente.

No Brasil, os povos indígenas têm reconhecidos suas formas próprias de organização social, seus valores simbólicos, tradições, conhecimentos e processos de constituição de saberes e transmis-são cultural para as gerações futuras. A extensão desses direitos no campo educacional gerou a pos-sibilidade de os povos indígenas se apropriarem

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 99

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

01da instituição escola, atribuindo-lhe identidade e função peculiares. A escola, espaço histórico de imposição de valores e assimilação para incorpo-ração à economia de mercado e, nesse processo, devoradora de identidades, passa a ser reivindica-da pelas comunidades indígenas como espaço de construção de relações intersocietárias baseadas na interculturalidade e na autonomia política. O direito a uma Educação Escolar Indígena – carac-terizada pela afirmação das identidades étnicas, pela recuperação das memórias históricas, pela valorização das línguas e conhecimentos dos po-vos indígenas e pela revitalizada associação entre escola/sociedade/identidade, em conformidade aos projetos societários definidos autonomamen-te por cada povo indígena – foi uma conquista das lutas empreendidas pelos povos indígenas e seus aliados, e um importante passo em direção da democratização das relações sociais no país. (BRASIL, MEC, SECAD. 2007, p. 9)

Extra

Conheça mais sobre as principais ações para a Educação Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação – MEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=635&id=12315&option=com_content&view=article>. Acesso em: 12 fev. 2015.

Atividade

Qual é o significado da sigla SPILTN?

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE100

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

01

Referências BONIN, Iara. Educação escolar indígena e docência: princípios e normas na legislação em vigor. In: BERGAMASCHI, Maria Aparecida (Org.). Povos indígenas & educação. Porto Alegre: Mediação, 2008.

BRASIL. Lei n. 6001, de 19 de Dezembro de 1973. Dispõe sobre o estatuto do ìndio. Publicada no Diário Oficial da União de 21.12.1973. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6001.htm>. Acesso em: 12 fev. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília, 1998. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002078.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. SECAD. Educação Escolar Indígena: diversidade sociocultural indígena diversificando a escola. Brasilia, abril de 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoindigena.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2015.

Resolução da atividade

Serviço de Proteção ao Índio e Localização dos Trabalhadores Nacionais.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 101

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

02

LEGISLAÇÃOA legislação para a educação indígena pode ser vista sob

dois pontos distintos: antes e depois da Constituição Federal de 1988, que contempla a educação indígena em diversos artigos.

No artigo 210 §2.º – “O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e pro-cessos próprios de aprendizagem”. (BRASIL, CF/88)

No art. 215 a lei traz a garantia, apoio e incentivo às ma-nifestações culturais: “§1.º – O Estado protegerá as manifesta-ções das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacio-nal”. (BRASIL, CF/88)

O capítulo VIII é destinado aos índios

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organi-zação social, costumes, línguas, crenças e tradi-ções, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

Art. 232. Os índios, suas comunidades e organiza-ções são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. (BRASIL, CF/88)

Em 1991, de acordo com o Decreto 26, no seu artigo 1.º, foi atribuído ao Ministério da Educação a competência para

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE102

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

02coordenar ações referentes à educação indígena, em todos os níveis e modalidades de ensino.

A Portaria Interministerial (MJ e MEC) n. 559/91 determina a criação dos Núcleos de Educação Escolar Indígena (Neis) nas Secretarias Estaduais de Educação, de caráter interinstitucio-nal com representações de entidades indígenas e com atuação na Educação Escolar Indígena.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 1996 aborda a educação indígena nos seus artigos: 26 – A, 32 (§3.º), 78 e 79. O art. 78, por exemplo, afirma que a educação escolar para os povos indígenas deve ser intercultural e bilíngue para a reafirmação de suas identidades étnicas, recuperação de suas memórias históricas, valorização de suas línguas e ciências.

Os referenciais nacionais para as escolas indígenas de 1998 têm por objetivo oferecer subsídios para a elaboração de pro-jetos pedagógicos e, assim, melhorar a qualidade do ensino e a formação dos alunos indígenas como cidadãos.

O Decreto 6.861/2009 define a organização, estrutura e funcionamento da escola indígena, assim como os objetivos da mesma. Além disso, contém o papel da União e Ministério da Educação no que se refere ao apoio técnico e financeiro e abor-da a organização territorial da educação escolar sob a definição de territórios etnoeducacionais1.

1 Parágrafo único. Cada território etnoeducacional compreenderá, independentemente da divisão político-administrativa do País, as terras indígenas, mesmo que descontínuas, ocupadas por povos indígenas que mantêm relações intersocietárias ca-racterizadas por raízes sociais e históricas, relações políticas e econômicas, filiações linguísticas, valores e práticas culturais compartilhados. (BRASIL, 2009)

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 103

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

02Finalizando, o Referencial Curricular Nacional para as

Escolas indígenas traz o seguinte:

O reconhecimento dos direitos dos povos indígenas no mundo contemporâneo avançou muito em rela-ção a algumas décadas atrás, tanto por parte dos Estados Nacionais, quanto pela comunidade interna-cional. A presença cada vez mais visível e marcante de lideranças indígenas, tanto nos cenários políticos nacionais como internacionais, demonstra a vitali-dade desses povos e seu desejo de fortalecer sua identidade e, onde possível, suas tradições e práti-cas culturais, em um mundo cada vez mais marcado pela globalização, mundialização do mercado e in-tegração na comunicação. Paradoxalmente, a diver-sidade das culturas e a riqueza de conhecimentos, saberes e práticas, tantas vezes negadas pelo saber hegemônico e pelo poder autoritário, são hoje reco-nhecidas e valorizadas, abrindo espaço para a acei-tação da diferença e do pluralismo. (BRASIL, MEC, 1998, p. 30)

Extra

Assista ao filme Olhar Indígena, de Daniel Munduruku, que fala sobre educação indígena. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=WSyjdc4QKsE>. Acesso em: 12 fev. 2015.

Atividade

Em qual língua deve ser ministrado o ensino nas comuni-dades indígenas de acordo com a Constuição Federal de 1988?

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE104

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

02

Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicada no Diário Oficial da União de 05.10.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015

BRASIL Decreto n. 26, de 04 de Fevereiro de 1991. Dispõe sobre a Educação Indígena no Brasil. Publicado no Diário Oficial da União de 5.2.1991. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0026.htm>. Acesso em: 12 fev. 2015.

BRASIL Decreto n. 6.861, de 27 de Maio de 2009. Dispões sobre a Educação Escolar indígena, define sua organização em territórios etnoeducacionais, e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial da União de 28.05.2009. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6861.htm>. Acesso em: 12 fev. 2015.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23.12.1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília, 1998. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002078.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Ministério da Justiça. Portaria Interministerial MJ e MEC n. 559, de 16 de Abril de1991. Disponível em: <www.indigena.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=40>. Acesso em: 12 fev. 2015.

REDIMPE (Rede de Monitoramento de Direitos Indígenas em Pernambuco). Documentos e Legislação da Educação Escolar Indígena. Disponível em: <www.ufpe.br/remdipe/index.php?option=com_content&view=article&id=438&Itemid=253>. Acesso em: 10 fev. 2015.

Resolução da atividade

O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. (BRASIL, CF/88, artigo 210 §2.º)

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 105

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

03

POLÍTICAS PÚBLICAS O sistema de ensino no Brasil reformulou-se após a

Constituição Nacional de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Em relação à educação indígena pode-se afirmar que não foi a legislação que a transformou, e sim os movimentos sociais e lideranças indígenas, com o apoio de intelectuais e religiosos ao longo dos tempos. As conquistas das últimas décadas são frutos de um processo histórico-cultu-ral longo, intenso e conflituoso de reivindicação dos indígenas e seus apoiadores.

Aos processos educativos próprios das sociedades indígenas veio somar-se a experiência escolar, com as várias formas e modalidades que assumiu ao longo da história de contato entre índios e não índios no Brasil. Necessidade formada “pós-conta-to”, a escola assumiu diferentes facetas ao longo da história num movimento que vai da imposição de modelos educacionais aos povos indígenas, através da dominação, da negação de identida-des, da integração e da homogeneização cultural, a modelos educacionais reivindicados pelos índios, dentro de paradigmas de pluralismo cultural e de respeito e valorização de identidades étnicas. É preciso reconhecer que, no Brasil, do século XVI até praticamente a metade deste século, a oferta de programas de educação escolar às comunida-des indígenas esteve pautada pela catequização, civilização e integração forçada dos índios à so-ciedade nacional. Dos missionários jesuítas aos

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE106

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

03positivistas do Serviço de Proteção aos Índios, do ensino catequético ao ensino bilíngue, a tônica foi uma só: negar a diferença, assimilar os índios, fa-zer com que eles se transformassem em algo dife-rente do que eram. Neste processo, a instituição da escola entre grupos indígenas serviu de instru-mento de imposição de valores alheios e negação de identidades e culturas diferenciadas. (BRASIL; MEC, Parecer 14/99, p. 3)

Pensava-se que o povo indígena não tinha educação, daí uma premente necessidade de levar a eles a educação dos não indígenas. Sabe-se que a educação indígena existe e é diferen-te, quiçá até mais apropriada para formação integral do ser humano, havendo a necessidade de políticas públicas específi-cas. O Plano Nacional de Educação traz como objetivo central contribuir para que todo o sistema de ensino e as instituições educacionais exerçam as determinações legais para enfrentar as formas de preconceito, racismo e discriminação e garantir com isso o direito de aprender e a equidade educacional.

Os povos indígenas necessitam de uma educação escolar, pois ela permite a relação com conhecimentos e saberes do mundo não indígena, porém sem minimizar seus modos próprios de educação. A escola deve a ser vista como uma tática de afir-mativa étnica, uma necessidade para o diálogo intercultural. Ela precisa congregar feições da cultura do outro sem interferir nos elementos essenciais da cultura indígena.

A escola indígena pode ser analisada teoricamente como um lugar de demarcação, de acordo com Tassinari (2001, p. 50.), “espaço de trânsito, articulação e troca de conhecimentos,

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 107

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

03assim como um espaço de incompreensões e de redefinições identitárias dos grupos envolvidos nesse processo, índios e não índios”. Isto é, um espaço de encontro, de intercâmbio e comu-nicação entre os dois mundos, “onde as diferenças interétnicas emergem e adquirem novos contornos e onde técnicas e co-nhecimentos provenientes de diferentes tradições podem ser trocados e, assim, reinventados”. (TASSINARI, 2001, p. 50.)

No plano governamental ainda são tímidas as ini-ciativas que garantam uma escola de qualidade que atenda os interesses e direitos dos povos indí-genas em sua especificidade frente aos não índios e em sua diversidade interna (linguística, cultural e histórica). Mas há caminhos seguros que vêm sendo trilhados pela atuação conjunta de grupos indígenas e assessores não índios, ligados a orga-nizações da sociedade civil e universidades. Estas experiências são vivenciadas tanto na forma de escolas com pedagogias, conteúdos e dinâmicas específicas quanto na forma de encontros regio-nais e nacionais de professores indígenas. Há hoje um número expressivo de associações e organiza-ções de professores índios, formulando demandas e fazendo propostas que devem ser incorporadas na definição e implementação de políticas públi-cas educacionais. Em que pese a boa vontade de setores de órgãos governamentais, o quadro geral da educação escolar indígena no Brasil, permeado por experiências fragmentadas e descontínuas, é regionalmente desigual e desarticulado. Há ainda muito a ser feito e construído no sentido da uni-versalização da oferta de uma educação escolar

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE108

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

03de qualidade para os povos indígenas, que venha ao encontro de seus projetos de futuro e de auto-nomia e que garanta sua inclusão no universo dos programas governamentais que buscam a “satisfa-ção das necessidades básicas de aprendizagem”, nos termos da Declaração Mundial sobre Educação para Todos. (BRASIL; MEC, Parecer 14/99, p. 6)

Assim, a educação escolar formal seria o lugar de possibi-lidade à visão entre as duas coletividades, duas civilizações, dois modos de vida: a indígena e a não indígena, admitindo a marcha de duas culturas, tornando-se um espaço de interface entre duas concepções de mundo.

Grande parcela da dívida sociocultural e ambien-tal contraída pelo predatório processo coloniza-dor, ao longo de cinco séculos de dominação sobre os povos indígenas, já não pode ser resgatada. O que nos compete fazer, no atual contexto, com respaldo legal e pela via da educação escolar in-dígena, é buscar reverter o ritmo do processo de negação das diferenças étnicas, da descaracte-rização sociocultural, da destituição territorial, da degradação ambiental e da despopulação dos povos indígenas, que ainda vivem no território brasileiro. Estamos cientes de que a reversão do processo predatório não é suficiente, é preciso garantir que as diversas sociedades indígenas te-nham autonomia para traçar seus próprios desti-nos e poder para defender seus direitos perante à sociedade nacional, na condição de cidadãos bra-sileiros. (BRASIL; MEC, Parecer 14/99, p. 29)

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 109

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

03

Extra

Conheça mais sobre este assunto visitando a página da Fundação Nacional do Índio (FUNAI): <www.funai.gov.br/index.php/educacao-escolar-indigena>. Acesso em: 12 fev. 2015.

Atividade

Por que o povo indígena precisaria de uma educação escolar?

Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicada no Diário Oficial da União de 05.10.1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 9 fev. 2015.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23.12.1996. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.

BRASIL; MEC. Parecer n. 14/99. Diretrizes curriculares nacionais da educação escolar indígena. Publicado no Diário Oficial da União de 19/10/1999. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1999/pceb014_99.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2015.

TASSINARI, Antonella Maria Imperatriz. Escola indígena: novos horizontes teóricos, novas fronteiras de educação. In: SILVA, Aracy Lopes da; FERREIRA, Mariana Kawail Leal. Antropologia, história e educação. São Paulo: Global, 2001.

Resolução da atividade

Os povos indígenas necessitam de uma educação escolar, por ela permitir a relação com conhecimentos e saberes do mundo não indígena, tornando-o mais acessível, porém sem mi-nimizar seus modos próprios de educação.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE110

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO INDÍGENA

Pa r t e

03

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Compreender a história e a importância da educação integral, bem como a legislação

e políticas públicas relacionadas.

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO

EM TEMPO INTEGRAL

Aula 09

Objetivos:

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 113

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

01

BREVE HISTÓRICO SOBRE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

A educação em tempo integral tem sido pensada por distin-tas instâncias em diferentes tempos e espaços.

Na década de 1930 as escolas integrais eram defendidas tanto por representantes do governo quanto pelos anarquistas. Os dois polos com distintos embasamentos: o governo tinha como base a espiritualidade, o nacionalismo cívico, a discipli-na; já os anarquistas viam a igualdade, a autonomia e a liber-dade humana, com intensa preferência política emancipadora.

Anísio Teixeira1, um dos principais mentores do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, propunha que a educação

desse às crianças um programa completo de leitu-ra, aritmética e escrita, ciências físicas e sociais, e mais artes industriais, desenho, música, dança e educação física, saúde e alimento à criança, visto não ser possível educá-la no grau de desnutrição e abandono em que vivia. (TEIXEIRA, 1959, apud BRASIL, 2009, p. 15)

Na década de 1960, Anísio Teixeira como presidente do INEP, organizou o Sistema de Ensino de Brasília como modelo educacional para todo o país.

1 Anísio Spínola Teixeira. Bacharel em Direito, Anísio assumiu em 1924 a Direção da Instrução Pública. A educação gozava de muito pouco reconhecimento social (Saviani, 2007, p. 218) nesse período. Anísio é influenciado por John Dewey e se torna precursor e dinamizador de suas teorias no Brasil. Em 1931 assume o cargo de Diretor Geral da Instrução Pública do Distrito Federal. Em 1950 criou o Instituto Educacional Carneiro Ribeiro, conhecida como Escola Parque, na Bahia, que instituía a educação integral para as crianças de forma nuclear, atendendo às crianças pobres da região. O projeto influenciou outras instituições de ensino em tempo integral e deu muitos frutos, tendo inclusive recebido financiamento da United Nations Educational, Scientific and Cutural Organization (UNESCO). Com a Ditadura Militar (1964-1985), Anísio foi afastado do cargo e teve seus direitos políticos cassados. Em 1971 calava-se a voz de Anísio Teixeira desaparecido em 11 de março do mesmo ano e encontrado morto num fosso de elevador no dia 14. A perícia afirmou que a morte foi acidental, porém, a família acre-dita que Anísio foi vítima da repressão. Adaptado de: http://www.infoescola.com/biografias/anisio-teixeira/.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE114

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

01Na década de 1980, foram criados os Centros Integrados

de Educação Pública (CIEPS) no Rio de Janeiro e os Centros de Educação Integrada (CEIS) em Curitiba, que funcionam até os dias atuais. Darcy Ribeiro idealizou os CIEPs cuja estrutura comportava acolher a “Escola Integral em horário integral”.

Na cidade de São Paulo entre 2000 e 2004 foram instituídos os Centros Educacionais Unificados (CEUs), que se constituíram em experiências de convivência comunitária.

A escola integral pode ser traduzida como a busca de for-mação completa, fundamentada em princípios políticos-ideoló-gicos diversos, porém, trazem naturezas semelhantes, em ter-mos de atividades educativas.

Assim, pensar em educação integral exige refletir sobre a questão das variáveis: tempo, (ampliação da jornada escolar), espaço (situação geográfica e arquitetônica) e apropriação pe-dagógica de espaços de sociabilidade e de diálogo com a comu-nidade local, regional e global.

Extras

Saiba um pouco mais sobre o assunto, assistindo o vídeo Inclusão – Educação Integral – Desafio e Solução – Bloco 0. Dispo-nível em: <www.youtube.com/watch?v=LkR801vdLrg>. Acesso em: 18 fev. 2015.

Leia também o texto de Helena Bomeny: Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/jk/artigos/educacao/manifestopioneiros>. Acesso em: 19 fev. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 115

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

01

Atividade

Quais as variavéis que devem ser pensadas na organização da escola integral?

Referências BRASIL. MEC. Educação Integral: Texto referência para o debate nacional. Série Mais Educação. Brasília: 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cadfinal_educ_integral.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2015.

MARINHO, Iasmim da Costa. Anísio Teixeira. Disponível em: <www.infoescola.com/biografias/anisio-teixeira/>. Acesso em: 18 fev. 2015.

Resolução da atividade

Tempo (ampliação da jornada escolar), espaço (situação geográfica e arquitetônica) e apropriação pedagógica de es-paços de sociabilidade e de diálogo com a comunidade local, regional e global.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE116

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

02

LEGISLAÇÃO A Educação Integral é contemplada na legislação educacio-

nal brasileira e pode ser abarcada na Constituição Federal de 1988, no artigo 205 no qual a educação é tida como direito de todos e visa o pleno desenvolvimento da pessoa e no artigo 227:

É dever da família, da sociedade e do Estado asse-gurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissio-nalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de ne-gligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional 65, de 2010). (BRASIL, CF/88)

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) reconhece a formação específica de proteção que assegure a plena formação da criança e do adoslecente. O ECA indica a ne-cessária integração das políticas sociais públicas, da sociedade e da família. O direito à aprendizagem é claro no artigo 57:

O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes exclu-ídos do ensino fundamental obrigatório. (BRASIL, Lei 8.069/90)

A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9.394/96) traz no artigo 34: “A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 117

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

02quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo pro-gressivamente ampliado o período de permanência na escola” e completa a ideia no parágrafo 2.º “O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino”. O parágrafo 5º., do artigo 87, sugere a conjugação de esforços para a progressão das redes escolares urbanas de ensino fundamental para a modalidade de tempo integral.

De acordo com o Decreto 6.253/2007, “considera-se edu-cação básica em tempo integral a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendido o tempo total que um mesmo aluno per-manece na escola ou em atividades escolares” (art. 4.º).

O Plano Nacional de Educação (Lei 13.005, de 25 de junho de 2014) traz como estratégia para a efetivação da meta 1 (uni-versalizar e ampliar a educação infantil) o item “1.17) estimu-lar o acesso à educação infantil em tempo integral, para todas as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil”. (BRASIL, Lei 13.005/2014)

A Resolução 34, de 6 de Setembro de 2013, designa recur-sos financeiros, nos moldes operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal, para a cumpri-mento de atividades de educação integral e que funcionem nos finais de semana, em conformidade com o Programa Mais Educação.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE118

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

02O ensino em tempo integral é uma das alternativas para

melhorar a educação básica. A intenção é oferecer acompanha-mento pedagógico e diferentes atividades, como prática de es-portes, atividades culturais e de comunicação. Sabe-se, porém que há um descaso no cumprimento legal, daí a necessidade mais uma vez de conhecer os recursos jurídicos e a busca da promoção da equidade1, da universalidade2 e da indivisibilida-de3 da lei.

Extras

Amplie seus conhecimentos assintindo ao programa Repórter Brasil, que convidou Jeovany Machado dos Anjos, coordenador da Educação Integral do Distrito Federal, e Rosilene Corrêa, diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal, para discutirem o assunto.

Especialistas debatem educação integral – Repórter Brasil (noite). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=kN2CUgMPIxA>. Acesso em: 18 fev. 2015.

Atividade

Qual é a intenção primeira da educação integral para a educação básica?

Referências BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de Junho de 2015. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 26.6.2014 – Edição extra. Disponível em: <www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/ 2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 20 fev. 2015.

1 Imparcialidade para reconhecer o direito de cada um2 Os direitos são para todas as crianças e que não pode haver a privação de direitos para um grupo ou outro3 Não dá para separar o direito à educação do direito à saúde, do direito à assistência, do direito ao lazer, ao esporte e à cultura.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 119

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

02BRASIL. Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. Estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente e da outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 13. 07. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 20 fev. 2015.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Publicada no Diário Oficial da União de 05.10.1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 20 fev. 2015.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União de 23.12.1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 20 fev. 2015.

BRASIL. Decreto n. 6.253, de 13 de Novembro de 2007. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, regulamenta a Lei n. 11.494, de 20 de junho de 2007, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6253.htm>. Acesso em: 20 fev. 2015.

BRASIL; MEC; FNDE. Resolução n. 34, de 6 de Setembro de 2013. Destina recursos financeiros, nos moldes operacionais e regulamentares do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal, para assegurar que essas realizem atividades de educação integral e funcionem nos finais de semana, em conformidade com o Programa Mais Educação. Publicada no Diário Oficial da União de 09. 09. 2013. Disponível em: <https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAto Publico&sgl_tipo=RES&num_ato=00000034&seq_ato=000&vlr_ano= 2013&sgl_orgao=FNDE/MEC>. Acesso em: 20 fev. 2015.

CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL. Marcos Legais. Disponível em: <http://educacaointegral.org.br/marcos/>. Acesso em: 20 fev. 2015.

Resolução da atividade

O ensino em tempo integral é uma das alternativas para melhorar a educação básica. A intenção é oferecer acompa-nhamento pedagógico e diversas atividades, como prática de esportes, atividades culturais e de comunicação.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE120

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

03

POLÍTICAS PÚBLICAS Políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade da edu-

cação brasileira são emergentes. Uma das alternativas para elevar os indicadores educacionais é a ampliação da jornada escolar nas redes públicas de ensino.

A realidade brasileira apresenta um aumento de projetos voltados à extensão da jornada na educação básica. Um pro-grama governamental criado como política pública contempo-rânea de educação de ação contra a exclusão social e a margi-nalização cultural é o Programa Mais Educação (PMEd – Portaria Normativa Interministerial n. 17, de 24 de abril de 2007). O programa procede de uma ação conjunta entre os ministérios da educação, do desenvolvimento social, do combate à fome, do esporte, da cultura e da ciência e tecnologia, é fomentado pelo Plano Nacional de Educação.

O PMEd prevê ações socioeducativas no contra turno es-colar para alunos do Ensino Fundamental, ressaltando que a concepção de educação integral é uma educação que se faz em tempo ampliado e/ou integral. Tendo para isso, um currí-culo que contempla não somente a produção do conhecimento científico, mas também o incremento do ser humano em suas múltiplas possibilidades de produzir conhecimento, nos níveis cognitivo, afetivo, físico, estético, ético, cultural e social.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 121

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

03

Fonte: MEC, apud MORAIS, 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE122

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

03Não se pode deixar de ressaltar que são imprescindíveis

políticas de formação de professores. Além da participação dos gestores, o programa prevê que o diretor da escola compartilhe as tomadas de decisões de forma transparente com professores, funcionários, estudantes e famílias.

É evidente que uma política pública só se realiza quan-do sai do papel. O próprio MEC reconhece isso quando finali-za o “Texto referência para o debate nacional” da Série Mais Educação Integral:

As perspectivas de Educação Integral, apresen-tadas neste texto, reafirmam a ideia de que a educação desempenha um papel significativo e imprescindível na formação humana, que não se esgota no espaço físico da escola, tampouco no tempo diário de quatro horas. Reconhece que os estudantes são sujeitos de vivências que, embo-ra relacionadas às idades de formação específi-cas e que requerem atenção também específica, dependem de processos educacionais intencionais abrangentes e da abertura do espaço escolar. Tal abertura, por sua vez, está condicionada ao deba-te sobre os valores com o quais uma dada socieda-de justifica o que diz e o que faz perante as novas gerações. (BRASIL, 2009, p. 49)

É evidente o papel dos órgãos governamentais envolvidos à educação na constituição de políticas públicas para garantir o direito a uma educação de qualidade. Porém, exclusivamente esses órgãos e a escola não são suficientes para abarcar a todas

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 123

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

03essas exigências. É necessário um debate nacional que instigue gestores, professores, estudantes, pais, comunidades, profis-sionais de outras áreas e universidades para a composição de novos fazeres em relação à educação em tempo integral.

Extras

Amplie seus conhecimentos assistindo Mais Educação ga-rante ensino integral a estudantes da rede pública. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=SyNZj33srIc>. Acesso em: 18 fev. 2015.

Outra dica interessante é a leitura do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, publicado integralmente pelo Inep na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (edição de 1984). Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/70Anos/Manifesto_dos_Pioneiros_Educacao_Nova.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2015.

Atividade

O PMEd prevê ações socioeducativas no contraturno esco-lar para alunos de qual nível de ensino?

Referências BRASIL. MEC. Educação Integral: Texto referência para o debate nacional. Série Mais Educação. Brasília: 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cadfinal_educ_integral.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2015.

BRASIL. MEC. Portaria Interministerial n. 17, de 24 de Abril de 2007. Institui o Programa Mais Educação, que visa fomentar a educação integral de crianças, adolescentes e jovens, por meio do apoio a atividades sócio-educativas no contraturno escolar. Ministério da Educação; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério do Esporte; Ministério a Cultura. Publicada no Diário Oficial da União de 26.4.2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/mais_educacao.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2015.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE124

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Pa r t e

03MORAIS, Isabela. Tempo de escola nova. Revista Escola Pública, ed. 42. Editora Segmento: Jan. 2015. Disponível em: <http://revistaescolapublica.uol.com.br/textos/38/tempo-de-escola-nova-311235-1.asp>. Acesso em: 18 fev. 2015.

Resolução da atividade

O PMEd prevê ações socioeducativas no contraturno es-colar para alunos do Ensino Fundamental.

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Analisar o papel do Projeto Político- -Pedagógico na perspectiva da diversidade.

PROJETO POLÍTICO- -PEDAGÓGICO NA

PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Aula 10

Objetivo:

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 127

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

01

PROJETO POLÍTICOA educação não deve ser vista como algo pronto e acabado,

e sim como um projeto em constante construção e, como todo projeto, algo totalmente desafiador e provocativo principal-mente na perspectiva da diversidade.

As confluências dos interesses escolares são organizadas pelo Projeto Político-Pedagógico (PPP) de cada escola. De acor-do com Maia & Costa,

O PPP é, assim, um processo democrático e per-manente de reflexão e de discussão dos proble-mas escolares. Nesse contexto, a sua elaboração é um processo exclusivo da escola para a escola, contando com a real participação de todos seus partícipes e com sua plena efetivação. (MAIA & COSTA, 2013, p. 19)

Pensando na diversidade é importante pontuar, e reforçan-do a citação anterior, que ela não se faz apenas por determina-ções legais, ela deve ser articulada coletivamente e para tal, requer muita discussão e mobilização de todos dos envolvidos no processo educativo.

O Projeto Político-Pedagógico que atenda a diversidade é um grande desafio para a comunidade tanto na dimensão cole-tiva quanto na individual. Assim, ainda segundo Maia & Costa

Toda forma de organização do trabalho pedagógi-co deve estar contemplada no PPP da escola. Este, por ser uma construção democrática, apresenta as decisões coletivas e as formas como estas foram

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE128

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

01eleitas. Neste contexto, devem estar explícitas em sua concepção as formas de superação dos conflitos existentes. É necessário estar expresso, por exemplo, como foram superadas as relações competitivas, corporativas e autoritárias que sur-giram no transcorrer dos trabalhos, ou como se superou a fragmentação do trabalho que maxi-miza as diferenças e hierarquiza os processos de decisão ou a burocratização que existe em todo

processo legislador (MAIA & COSTA, 2013, p. 38).

Assim, a implantação de qualquer decisão escolar deve re-fletir a interação entre escola, família e comunidade. Pois so-mente com a real participação dos envolvidos no processo ele realiza-se de forma plena. Porém sabe-se que este processo é demorado e cansativo, mas deve ser buscado. De acordo com Bobbio,

Quando se quer saber se houve um desenvolvimento da democracia num dado país, o certo é procurar saber se aumentou não o número dos que têm di-reito de participar das decisões que lhes dizem respeito, mas os espaços nos quais podem exercer esse direito. (BOBBIO, 2000, p. 25)

A escola é o espaço institucionalizado que garante a efeti-vação da participação de todos os segmentos que compõem a sociedade. É nela que se deve aprender e ensina a diversidade como algo inerente ao ser humano.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 129

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

01

Extra

Amplie seus conhecimentos assistindo ao vídeo Educação e diversidade, no qual Célia Regina Tokarski, em entrevista, ex-plica sobre a importância das abordagens pedagógicas das di-ferentes temáticas da diversidade. Disponível em: <www.edu-cacao.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15938>. Acesso em: 20 fev. 2015.

Atividade

De acordo com Bobbio (2000, p. 25), como saber se houve um desenvolvimento democrático num país?

Referências BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política. 8 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

MAIA, B. P.; COSTA, M. T.A. Os desafios e superações na construção coletiva do Projeto-Político Pedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2013.

Resolução da atividade

Saber o número de espaços onde se pode exercer o direito democrático.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE130

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

02

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E A EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

O Projeto Político-Pedagógico de cada escola serve para re-fletir a realidade e para tal é necessário realizar um diagnóstico que possa desvelar as reais necessidades da comunidade. Há por traz de todo este processo o entendimento da educação como uma prática social na construção da cidadania, principalmente, segundo Maia e Costa (2013, p. 53), quando “a educação visita sua realidade e propõe mudanças com interesses voltados para a comunidade que a serve e por ela é servida”.

A escola, como instituição, possui uma identidade. Esta é definida por um conjugado de caracteres próprios. Faz-se ne-cessário que a comunidade escolar tenha conhecimento desta identidade e participe de sua efetivação: conversando-a ou mu-dando-a se necessário. Alunos, professores, funcionários, gesto-res não são simples passageiros do processo, são sim condutores dos caminhos norteados pelo Projeto Político-Pedagógico.

Todo método democrático e cidadão exige conhecimento coletivo das decisões e execuções das mesmas. Maia e Costa afirmam que:

O processo democrático requer a participação coletiva nas decisões, na eliminação de relação competitiva, de práticas corporativas e autoritá-rias que reforçam a exclusão social na forma de preconceito, de discriminação e de reprovação escolar. (MAIA & COSTA, 2013, p. 57)

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 131

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

02A construção coletiva do PPP é complexa pela sua natureza

política que requer uma postura crítica por parte de seus com-ponentes, esta complexidade é evidenciada pelo distanciamen-to da população em geral dos fazeres políticos, facilmente con-fundidos com “politicagem”. Política aqui se refere à “busca pela garantia dos compromissos com a formação cidadã, a qual é realmente participativa, responsável, comprometida, crítica e criativa”. (MAIA & COSTA, 2014, p. 18)

Na educação a política está voltada ao desenvolvimento humano. De acordo com Saviani (1983, p. 93) “A dimensão po-lítica se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica”. E somente se construirá uma educação para a cidadania se as diretrizes do processo educativo contemplarem esta categoria em sua essência.

Extras

Amplie sua visão crítica assistindo Política e Cidadania com Mario Sergio Cortella. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=MPGYmQFr9Vw>. Acesso em: 23 fev. 2015.

Para complementar, um texto também de Mario Sergio Cortella: Política è cidadania. Publicado na edição n. 254 de Junho/2002 da Revista Educação – Editora Segmento. Disponível em: <www2.uol.com.br/aprendiz/n_revistas/revista_educacao/junho02/panoramica.htm>. Acesso em: 23 fev. 2015.

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

02

Atividade

Qual a relação entre política e cidadania?

Referências MAIA, Benjamin P. COSTA: Margarete T.A. Os desafios e superações na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2013.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1983.

Resolução da atividade

Política se refere à busca pela garantia dos compromissos com a formação cidadã, a qual é realmente participativa, res-ponsável, comprometida, crítica e criativa.

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE 133

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

03

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO COM VISTAS À DIVERSIDADE

A escola tem um importante papel social na sua comuni-dade, portanto é imprescindível um exercício pedagógico com-petente e socialmente envolvido, particularmente com vistas à diversidade.

Infelizmente a realidade mostra outras faces frente às di-ferenças. De acordo com Barreto,

excluem-se da escola os que não conseguem aprender, excluem-se do mercado de trabalho os que não têm capacidade técnica porque antes não aprenderam a ler e escrever e contar e ex-cluem-se, finalmente, do exercício da cidadania esses mesmos cidadãos, porque não conhecem os valores morais e políticos que fundam a vida de uma sociedade livre democrática e participativa. (BARRETO, 1992, p. 55)

A culpabilidade da exclusão não pode ser direcionada so-mente à escola, mesmo que nela haja mecanismos de seletivi-dade e homogeneização em seus processos. Deve-se lembrar de que a escola reflete a comunidade na qual está inserida, assim é papel de todos reverter a situação quando não corresponde aos anseios coletivos.

Segundo Setubal, Sampaio e Grosbaum (2010) a superação das dificuldades do país não é trabalho de uma única instituição social, mas da Nação como um todo, por meio da construção de um projeto político, econômico e social que vise ao avanço das

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

03condições da existência da população assim como o seu aces-so aos bens socialmente produzidos, incluindo o conhecimento elaborado.

Ao considerar que a escola é formada por sujeitos que tra-zem consigo identidades diferentes entre si deve-se considerar que tal diversidade traz valor ao universo cultural, e seu estudo e conhecimento somente melhora as relações sociais. Este é o real papel da escola: mostrar que os seres humanos, mesmo tendo as mesmas necessidades, são diferenciados, mas têm os mesmos direitos e deveres na sociedade.

Lunardi (2004) coloca que a escola tem a função de consi-derar as múltiplas demandas, redefinindo a sua função social, adequando-se ao contínuo exercício de sua tarefa instituição: formação de cidadãos.

A participação coletiva na escola e comunidade dá-se por meio do diálogo constante. Cabe a todos conhecer o contexto em que se está inserido e trabalhar para adequá-lo ás necessi-dades preeminentes. Para tanto é necessário construir um PPP voltado à diversidade escolar no qual atue como o principal instrumento disseminador das práticas inclusivas.

Extras

O livro Os desafios e superações na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico traz uma visão prática do pro-cesso de construção do PPP e é uma boa fonte de esclarecimen-tos de dúvidas.

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

03MAIA, Benjamin P. COSTA; Margarete T.A. Os desafios e supe-

rações na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2013.

Outra dica interessante de leitura é o texto O PPP como instrumento de interação da comunidade e de intervenção na realidade escolar, da Escola de Gestores da Educação Básica da Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em: <http://coordenacaoescolagestores.mec.gov.br/uft/file.php/1/coord_ped/sala_3/mod03_2unid_2.html>. Acesso em: 23 fev. 2015.

Atividade

Por que a “culpa” da exclusão não pode ser direcionada somente à escola?

Referências BARRETO, Vicente. Educação e violência: reflexões preliminares. In: Zaluar (org.). Violência e educação. São Paulo: Cortez, 1992.

LUNARDI, Giovani. M. A função social da escolarização básica: reflexões sobre as práticas curriculares da escola. In: Congresso Luso – africano brasileiro de ciências sociais. 8. 2004. Coimbra. A questão social no novo milênio. Coimbra: CES, 2004.

SETUBAL, Maria Alice; SAMPAIO, Amélia Cristina da Rocha Teles; GROSBAUM, Marta Wolak. Currículo e Autonomia na Escola. Revista Ideias: currículo, conhecimento e sociedade. 3 ed., São Paulo, n. 26, 2010.

Resolução da atividade

A escola reflete a comunidade na qual está inserida, assim é papel de todos reverter a situação quando não corresponde aos anseios coletivos.

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE

Pa r t e

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LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE

Margarete Terezinha de Andrade CostaMônica Cecília Gonçalves Condessa Franke

LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A DIVERSIDADE

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Fundação Biblioteca NacionalISBN 978-85-387-4767-3

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