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Resultado de uma atividade didática bem sucedida
Estágio em língua portuguesa I
Nathália Luísa Giraud Gasparini
Da escola
• Colégio Florinda Tubino Sampaio.
• Aproximadamente 2000 alunos.
• Infraestrutura: biblioteca, salas de aula, sala de informática, materiais.
• Organização dos professores; debates políticos.
• Quatro períodos semanais de LP. Problemas de horário.
Da turma
• 61A – sexto ano.
• 16 – 20 alunos.
• Alunos novos na escola.
• Alunos advindos da quinta série.
• Localização difusa.
• De 11 a 13 anos.
• Três alunos com trajetória de leitura evidente, pelos menos três com intensa dificuldade de leitura (?).
Do projeto de ensino
• Dados de observação: questões identitárias. Quem eram esses alunos na/para a escola e para eles mesmos?
• A encomenda da professora: adjetivos e contos de fadas.
• A busca de entender a OLPEF: as memórias literárias, constituição da identidade e a construção da descrição.
Do projeto de ensino
• Leituras propostas: Cobras em compota, de Índigo e Quase memória, de Carlos Heitor Cony.
• Produto final: Histórias de nossa infância.
• Foco na descrição: lugares, pessoas, gostos, cheiros. Afinal, por que essa memória é relevante para o narrador? Como ele passa isso para o leitor?
Da sequência de atividades
• Leitura de trechos de Quase Memória.
• Atividades de leitura e exercícios de descrição.
• Tabela de “o que se conta” x “como se conta” (foco na construção do momento e na descrição).
• Identificação de adjetivos; adição de orações adjetivas, adverbiais e adjuntos...
Que sentimentos essa história desperta no narrador? Justifique sua resposta utilizando frases ou palavras usadas no texto.
O narrador fala de um objeto que foi importante para ele na infância. Para passar isso para o leitor, ele dá detalhes sobre o objeto. Como era esse objeto?
Nessa narrativa, os fatos contados são complementados por detalhes que o autor dá, conforme lembra do acontecido. Complete o quadro, escrevendo o fato narrado ou a coisa descrita de forma resumida de um lado, e como o autor narrou esse fato, do outro, copiando trechos do texto.
No trecho em que ele descreve o balão, são usadas várias formas de dar detalhes sobre o objeto. Lembre de um objeto que você ganhou de presente e que foi importante para você. Descreva esse objeto, falando do momento em que o ganhou e qual foi a importância dele pra você. Caso você não lembre, você pode inventar. Lendo o trecho em que o narrador do texto faz isso, essa tarefa fica mais fácil!
“Isso é passado ou futuro, sora?”
“Naquele dia, no meiozinho da tarde, ele entrou pela casa inesperadamente. Não avisara que viria tão cedo.”
Lidando com os verbos (a coisa que a gente não t inha visto, nem eu planejara)
• Explicação da equivalência do pretérito mais que perfeito analítico e sintético.
• Exercício na aula seguinte: passado, presente ou futuro?
• Conclusões sobre os verbos na narrativa de memórias.
Semanas depois...
• Exercício de reescrita da produção deles.
• Última aula antes da publicação do livro: leituras distribuídas
• O texto do Thiago e a descoberta da Eduarda.
O texto da Eduarda
Um dia no escorregador...
Eduarda de Vargas da Cruz
Um dia eu estava saindo com minha família, eu, minha mãe Alexandra, meu pai Leonardo, o meu irmão Gabriel não era nascido ainda, minha avó meus tios etc...
Eu tinha dois aninhos, na verdade nem sabia caminhar ainda e então veio na cabeça da minha mãe: vamos levar um pouco a Duda para pracinha. A gente foi, e eu queria que queria subir no escorregador e o meu pai deixou. Eu ia descer e caí de cara na areia e comecei a rir em vez de chorar, mas depois eu chorei muito. Eu só machuquei um pouquinho o meu rosto, daí minha mãe me levo no médico e ele deu o remédio. Uma semana depois fui na pracinha de novo e andei de escorregador.
O texto do Thiago
• Exercício de reescrita da produção deles.
• Última aula antes da publicação do livro: leituras distribuídas
• O texto do Thiago: “tá certo isso aqui?”
• A descoberta da Eduarda.
O burubu
Thiago Machado de Souza
Quando eu era bem pequeno, eu sempre estava disposto a fazer uma arte.
Certa vez, eu fui fazer um passeio até a casa de alguns amigos do meu pai e da minha mãe. Na volta, como o caminho era pela serra gaúcha e era muito frio, eu era obrigado a parar em cada árvore congelada que a minha mãe via, ou seja, a volta foi uma porcaria, mas a parada que mais me marcou foi uma árvore que tinha muito e muitos (muitos mesmo) urubus.
Muitas vezes eu ouvira falar algo sobre poder voar (mas não lembro quem), então, de uma hora para outra eu falei:
- Mã, quanu eu cresce queru se um “burubu”.
Esta foi uma das vezes que eu imaginei que tudo é possível. Mesmo sendo um passeio chato, ficou na minha memória.
Hoje acho que não será mais possível ser um “burubu”.
A Eduarda lendo o texto do Thiago
“Sora, isso aqui tá errado, né? Era ouviu... Assim não dá pra entender o texto, né, sora?”.
A Eduarda lendo o texto do Thiago
• Relembrar do exercício: em que tempo falamos na narrativa de memórias?
• Análise da frase do Thiago
Aquele que de repente aprende: reflexões sobre o que eu aprendi
O que eu esperava e tentei fazer:
• O gênero estrutura, o texto é o centro, o tema integra, a reflexão linguística organiza.
O que aconteceu além disso:
• O gênero é complexo, os textos selecionados determinam a produção, o tema pode ser tratado de diferentes focos e isso também determina a produção, a reflexão linguística pode ir além do que planejamos porque o texto é complexo (e não se pode fechar os olhos para isso).
Aquele que de repente aprende: reflexões sobre eu acredito que eles aprenderam
• Perguntar não só porque cai na prova mas porque era necessário entender o texto lido.
• Eliminaram-se barreiras de leitura, e uma delas foi de conhecimento de usos de estruturas da língua.
• Essa estrutura fazia sentido naquele texto, naquele gênero e pôde ser questionada, lida, escrita, avaliada e compreendida.
O que faltou (?) aprender
• Onde se queria chegar?
• De onde saímos?
• O sentimento de autoria ser aproveitado na continuidade da trajetória escolar.