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O empirismo e o racionalismo

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Contém um texto de OLga Pombo sobre o empirismo e o racionalismo

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Page 1: O empirismo e o racionalismo

Filosofia Ano Lectivo: 2007/2008 Ano: 11º Turma: ______

Unidade IV

1. Descrição e interpretação da actividadecognoscitiva 1.2. Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento: O empirismo e o racionalismo

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“O homem sentiu, desde sempre, necessidade de explicar o mundo que o rodeia. Por

isso, o problema do conhecimento foi colocado logo desde o início da filosofia grega.

Embora o conhecimento seja, não um estado mas sim um processo e, como tal,

necessariamente relacionado com a actividade prática do homem (conhecer não é só possuir

uma representação mental do mundo, é também actuar no mundo a partir da representação

que dele temos), tradicionalmente, o conhecimento foi descrito como uma relação entre um

sujeito, enquanto agente conhecedor, e um objecto, enquanto coisa conhecida. [Um] grande

problema se coloca:

1. Qual a origem do conhecimento?

Será que todo o conhecimento procede apenas da experiência? Será que alguns dos

nossos conhecimentos têm a sua origem na razão? Ou será que todo o conhecimento resulta

de uma elaboração racional a partir dos dados da experiência?

São várias as respostas filosóficas a este problema. Centremos a nossa reflexão em

duas delas: são possíveis a esta questão: o empirismo1, o racionalismo2 .

1 EMPIRISMO- Corrente filosófica que considera a experiência sensível externa (as sensações) e interna (os nossos sentimentos tal como são vividos) como fonte única, directa ou indirecta, do conhecimento. 2 RACIONALISMO - Os filósofos racionalistas atribuem à razão um papel determinante na construção do conhecimento. Os grandes filósofos racionalistas (Platão, Descartes, Leibniz) procuram explicar o conhecimento (que só merece este nome quando é logicamente necessário e universalmente válido) como resultado exclusivo da razão.

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O empirismo

O empirismo considera como fonte de todas as nossas representações os dados

fornecidos pelos sentidos. Assim, todo o conhecimento é «a posteriori», isto é,

provém da experiência e à experiência se reduz. Segundo os empiristas, inclusivamente as

noções matemáticas seriam cópias mentais estilizadas das figuras e objectos que se

apresentam à percepção.

" Os pontos, as linhas, os círculos que cada um tem no espírito são simples cópias dos

pontos, linhas e círculos que conheceu na experiência"

Stuart Mill

Assim, "a linha recta seria uma simples cópia do fio de prumo, como o plano, simples cópia

da superfície do lago, o círculo da lua ou do sol, o cilindro do tronco de árvore e a noção de

número deriva da percepção empírica de colecções de objectos." (Ribeiro e Silva, 1973, p.

390).

O racionalismo

Os racionalistas consideram que só é verdadeiro conhecimento aquele que for

logicamente necessário e universalmente válido, isto é, o conhecimento matemático é o

próprio modelo do conhecimento. Assim sendo, o racionalismo tem que admitir que há

determinados tipos de conhecimento, em especial as noções matemáticas, que têm origem na

razão. Não quer isso dizer que neguem a existência do conhecimento empírico. Admitem-no.

Consideram-no porém como simples opinião, desprovido de qualquer valor científico. O

conhecimento, assim entendido, supõe a existência de ideias ou essências anteriores e

independentes de toda a experiência (ideias inatas).

Descartes defende uma particular posição no interior do racionalismo: o racionalismo

inatista”.

Adaptação feita a partir de Pombo, O. (s/d). O conhecimento. Retirado em Janeiro 25, 2009 de

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/descartes/conhecimento.htm

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