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A prioridade portuguesa Motivações da expansão

O expansionismo europeu

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A prioridade portuguesaMotivações da expansão

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• Até ao início do séc. XV, os europeus tinham um conhecimento limitado e deformado do mundo.

• Conheciam apenas:algumas regiões do continente europeualgumas regiões do norte de Áfricaalgumas regiões da Ásia (Próximo Oriente)as ilhas Canárias e a Madeira.

• Em contrapartida, a bacia do Mediterrâneo era animada por uma intensa actividade comercial através das rotas terrestres e marítimas que ligavam as cidades italianas – Génova e Veneza – aos centros mercantis da Europa do Norte.

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• Os genoveses e venezianos adquiriam os produtos orientais (especiarias, sedas, porcelanas e outros), transportados em caravanas pelos mercadores árabes nos portos da costa oriental mediterrânica. Depois iam vendê-los na Europa a preços elevados.

• A Europa tinha escassez de matérias-primas, de metais preciosos, de mão-de-obra e de produtos orientais, necessitando de os adquirir directamente nos espaços de produção para que se tornassem mais acessíveis.

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• Portugal era o país europeu que tinha melhores condições para tal:

Situação geográfica – situado no extremo sudoeste da Europa, no cruzamento das rotas marítimas do Mediterrâneo para os mares do Norte – a rota de Gibraltar, com uma extensa costa marítima (845 km) e bons portos naturais, como Setúbal e Lisboa.

Tradição marítima – o longo contacto das populações com o mar e o desenvolvimento de uma intensa actividade piscatória e de comércio marítimo, quer ao longo da costa quer à distância

Protecção régia à marinha nacional – com D. Dinis, que fundou a Bolsa de Mercadores e deu condições para a construção de embarcações pelo uso de madeira do reino e, depois, com D. Fernando, que fundou a Companhia das Naus

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a bússulao quadranteo astrolábioos portulanos.

• À medida que avançavam para o Atlântico Sul, aperfeiçoaram-nos para melhor calcularem a latitude e longitude dos lugares, através da observação dos astros – a navegação astronómica. Conheciam também desde o séc. XIV, a técnica de bolinar, ou seja, de navegar contra ventos contrários, usando a vela triangular.

Condições técnicas e científicas – os nossos pilotos conheciam os instrumentos de orientação da navegação utilizados nos mares do Norte da Europa e no Mediterrâneo desde o séc. XIV:

•Os portugueses, com a abertura das rotas oceânicas, vão aperfeiçoando a técnica naval com a construção de caravelas e naus.

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MOTIVAÇÕES DA EXPANSÃO

• Portugal era um reino unificado, com fronteiras bem definidas e sem guerras civis. Factores de ordem económica, social e religiosa impulsionaram todos os grupos sociais para a expansão territorial:

A nobreza estava desocupada e inactiva. Ansiava por novas acções de combate que lhe permitissem alcançar prestígio, honra e glória, conquistar novas terras, ocupar cargos administrativos e militares para compensar a desvalorização que os seus rendimentos vinham sofrendo

O clero, prosseguindo o ideal de cruzada, pretendia expandir a fé

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A burguesia pretendia ter acesso ao ouro africano, às especiarias, ao açúcar e às plantas tintureiras, às zonas produtoras de cereais, às fontes de abastecimento de escravos

O povo desejava melhorar as suas condições de vida através da aquisição de terras para cultivar e de novas ocupações bem remuneradas (na construção naval e nas actividades ligadas ao apetrechamento e abastecimento de frotas)

O rei via na expansão um meio de alcançar autoridade interna, prestígio internacional e de encontrar soluções para ultrapassar a crise económica que o país atravessava.

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