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OBRAS PÚBLICAS ORÇAMENTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E MOMENTO DE CONTROLE Wagner Rosa da Silva

Obras Públicas Orçamentação, Fiscalização e Momento de Controle

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Apresentação da palestra de Wagner Rosa da Silva sobre Obras Públicas Orçamentação, Fiscalização e Momento de Controle durante o V Fórum Brasileiro de Controle Interno e Auditoria da Administração Pública

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OBRAS PÚBLICAS

ORÇAMENTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E MOMENTO DE CONTROLE

Wagner Rosa da Silva

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V FÓRUM BRASILEIRO DECONTROLE INTERNO E AUDITORIA

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICACONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Wagner Rosa da Silva Diretor de Auditoria da Área de Infraestrutura

Brasília, 30 de setembro de 2011

OBRAS PÚBLICASORÇAMENTAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E

MOMENTO DE CONTROLE

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SUMÁRIO

ORÇAMENTAÇÃO

• Orçamento da Obra

• Conceitos Básicos

• Custos e Despesas

• Benefícios e Despesas Indiretas - BDI

FISCALIZAÇÃO

• Controle Primário

• Controle Interno

• Curva ABC

• Referências de Custos

• Irregularidades Típicas

MOMENTO DO CONTROLE

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ORÇAMENTO DA OBRA

É o cálculo que se faz para determinar todos os gastos de uma obra ou de um serviço de construção (TCPO-PINI, 2008).

FINALIDADES:• Precisar o valor a ser investido;• Visualizar serviços e quantitativos;• Identificar insumos que serão aplicados;• Elaborar o cronograma físico-financeiro.

ORÇAMENTAÇÃO

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Resolução Confea nº 361/91, Art. 3º, “f”: admite como razoável margem de erro de 15% para o custo global da obra obtido a partir do projeto básico.

Referências da Lei 8.666/93 ao Orçamento Detalhado:

PARTE INTEGRANTE DO PROJETO BÁSICO (Art. 6º, IX, “f”): “orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.”

CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL À LICITAÇÃO (Art. 7°, § 2°, II): “existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários.”

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O custo unitário de um serviço é o somatório dos gastos efetuados para sua execução, distribuídos pelos diferentes elementos constituintes, por unidade de produção, conforme especificação estabelecida em projeto.

A composição de custo unitário (ou analítica) de um serviço é a relação de insumos necessários à execução de uma unidade do serviço, acompanhados das unidades, dos coeficientes de consumo (produtividades) e dos custos unitário e total de cada insumo.

Conceitos Básicos

ORÇAMENTAÇÃO

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Os insumos são bens naturais ou intermediários empregados na produção de outros bens econômicos. Qualquer item usado na execução de serviços da obra, definido sempre em função de uma unidade.

• Materiais, mão-de-obra e equipamentos.

Os serviços são as atividade realizadas na obra, definidas em função da combinação de quantidades de insumos. Ex.:

• Fornecimento, transporte e lançamento de concreto.

• Execução de forma em madeira.

• Execução de alvenaria de tijolo maciço

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A planilha orçamentária consiste na relação de todos os serviços a serem executados, devendo conter:

• Descrição do serviço;

• Unidade de execução/medição;

• Quantidade;

• Preço unitário; e

• Preço total.

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Súmula TCU n.º 258As composições de custos unitários e o detalhamento de encargos sociais e do BDI integram o orçamento que compõe o projeto básico da obra ou serviço de engenharia, devem constar dos anexos do edital de licitação e das propostas das licitantes, e não podem ser indicados mediante uso da expressão 'verba' ou de unidades genéricas.

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Custo: É todo gasto envolvido na produção de bens ou serviços. (Art. 13 § 1° DL 1598/1977)

No caso de uma obra:• Gastos com insumos.• Gastos com a infraestrutura necessária à

construção.

CUSTOS e DESPESAS

ORÇAMENTAÇÃO

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Despesa: É todo gasto necessário para a comercialização do produto. (TCPO PINI 2008)

No caso de uma obra pública:• Gastos com a administração central e financeiros;• Pagamento de tributos.

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Custo direto – é todo gasto incorporado diretamente na produção de um bem ou serviço específico.

• Materiais;• Equipamentos;• Mão-de-obra e encargos sociais.

Custo indireto – são os gastos necessários à realização da obra ou serviço, mas não incorporados ao objeto contratual ou a um serviço específico. Gastos com a infraestrutura da obra:

• Instalação e manutenção do canteiro;• Administração local;• Mobilização e desmobilização.

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BDI – é uma taxa que se adiciona ao custo de uma obra ou serviço para cobrir as despesas indiretas e a remuneração do construtor (benefícios). (TCPO PINI, 2008).

Despesas indiretas (TCU – AC 325/2007):

• Taxa de despesas da Administração Central;

• Taxa de Riscos do empreendimento;

• Taxa de Despesas Financeiras;

• Tributos.

BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS - BDI

ORÇAMENTAÇÃO

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• Materiais;• Equipamentos;• Mão-de-obra e encargos

sociais.

Custos diretos

• Instalação e manutenção do canteiro;

• Administração local;• Mobilização e

desmobilização.

Benefícios e Despesas indiretas

Custos indiretos

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Acórdão/TCU nº 325/2007 – Plenário: referência quanto aos itens que entram no BDI e faixas de variação dos percentuais.

Súmula nº 258 - As composições de custos unitários e o detalhamento de encargos sociais e do BDI integram o orçamento que compõe o projeto básico da obra ou serviço de engenharia, devem constar dos anexos do edital de licitação e das propostas das licitantes.

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LDO 2012 (Lei 12.465/11), Art. 125, § 7° - O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas Indiretas – BDI, evidenciando em sua composição, no mínimo, :

• taxa de rateio da administração central;• percentuais de tributos incidentes sobre o preço do

serviço, excluídos aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado;

• taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento;• taxa de lucro.

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Administração Central:

• Instalações da sede;

• Equipamentos;

• Mão-de-obra indireta;

• Alimentação e transporte;

• Consumos diversos;

• Serviços Terceirizados.

Grande questão para o Gestor Público

DNIT: 3,8% sobre custo.Acórdão 325: média 4,07%.

Qual e estrutura ideal para que a contratada execute o contrato com eficiência?

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Taxa de risco:

• Eventuais incertezas decorrentes de omissão de serviços;

• Quantitativos irreais ou insuficientes;

• Especificações deficientes;

• Estudos geotécnicos insuficientes (TCPO PINI 2008).

DNIT – 0,5% do Custo.TCPO PINI 2008 – 0,5% a 5,0% do Custo.

Acórdão 325: média 0,97%.

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Taxa de despesa financeira:

• Cobre a perda monetária decorrente da defasagem entre a data do efetivo desembolso e a data da receita correspondente;

• Cobre os juros correspondentes ao financiamento da obra pagos pelo contratado (TCPO PINI 2008).

DNIT – 1,27% do Custo.Acórdão 325: média 0,59%.

DF = (1 + selic) (1/12) x (1 + inflação) (1/12) - 1

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Tributos federais:• Incidem sobre o faturamento ou lucro das empresas,

dependendo da opção contábil; (TCPO PINI 2008);• PIS – Programa de Integração Social – 0,65%.• COFINS – Financiamento da Seguridade Social -

3,00%.

Tributo municipal - ISS:• Incide sobre a despesa de mão-de-obra no local da

execução da obra;• Alíquota varia de 2,0% a 5,0%.• A fatura deve explicitar o valor da despesa com

mão-de-obra e o valor referente a materiais.

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Benefício ou Lucro: é a remuneração da Construtora, definida com base em um percentual sobre o total dos Custos Diretos e Indiretos.

É uma parcela destinada a remunerar:• O custo de oportunidade do capital aplicado;• A capacidade administrativa, gerencial e tecnológica;• Investimento na formação profissional do pessoal;• Criação da capacidade de reinvestir.

Secret. de Governo e Gestão Estratégica de São Paulo – (FIPE) – 7,2%; ASBRACO – Associação Brasiliense de Construtores – 7,2%;

SICRO – DNIT – 9,2%Acórdão 325: média 6,90%.

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Preço (P): é a importância paga por um serviço ou bem na sua comercialização.

P = Custo x (1 + %BDI)

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REFLEXÕES SOBRE ORÇAMENTAÇÃO

ESTIMATIVA DO CUSTO (ADM). x ESTIMATIVA DE PREÇO (CONSTRUTOR)

– Nível de profundidade e suficiência– Nível de desdobramento das atividades– Conhecimento do Projeto Básico

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É preciso fazer distinção entre o controle primário, a cargo dos gestores públicos, e o controle interno, a cargo da Controladoria Geral da União – CGU.

FISCALIZAÇÃO

Decreto - Lei nº 200/67

Capítulo III – Da Descentralização

Art. 10, § 6º - Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa e exercerão controle e fiscalização indispensáveis sobre a execução local, condicionando-se a liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios.

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Decreto - Lei nº 200/67

Capítulo V – Do Controle

Art. 13 - O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo particularmente:

a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado;

b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;

c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.

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Decreto nº 6.170/07, Art. 6º - Constitui cláusula necessária em qualquer convênio dispositivo que indique a forma pela qual a execução do objeto será acompanhada pelo concedente.

Lei 8.666/93, Art. 67 - A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

Controle Primário

FISCALIZAÇÃO

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Lei 10.180/01, Art. 19 - O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à avaliação da ação governamental e da gestão patrimonial, e a apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Controle Interno

FISCALIZAÇÃO

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Vale a regra de Vilfredo Pareto, economista italiano que descobriu que 80% das riquezas tendem a ficar nas mãos de 20% da população.

No caso do orçamento, cerca de 20% dos serviços são responsáveis por 80% dos custos do empreendimento.

Curva ABC

FISCALIZAÇÃO

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Curva ABC

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 101 106 111 116 121

Número de Itens - total 123

Participação Acumulada (%)

80,49%

28 itens = 22,76% de 123

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Para facilitar a análise de materialidade de um orçamento monta-se uma planilha na qual os serviços são listados em ordem decrescente de valor total, criando-se, ainda, 2 colunas adicionais:

• Percentual (peso) do serviço em relação ao preço da obra;

• Percentual acumulado.

** A utilização da Curva ABC não impede a inclusão na amostra de outros itens relevantes ou críticos.

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Acórdão TCU nº 394/2007-P:

“28. A Curva ABC, como se sabe, é metodologia internacionalmente aceita que permite identificar quais itens de uma planilha orçamentária, por exemplo, merecem atenção e tratamento especiais tendo em vista sua importância relativa num determinado projeto. É uma ferramenta de grande utilidade nas áreas industrial e comercial e importante meio de se estabelecer a prioridade relativamente aos itens mais ou menos importantes em uma atividade produtiva.

29. A confecção da Curva ABC trouxe segurança, critério e testou a razoabilidade dos preços contratados, tendo havido agrupamento prévio de itens referentes a serviços semelhantes, a fim de se identificar o efetivo peso de cada serviço no total do contrato(...)”

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Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO 2012 (Lei nº 12.465, de 12/08/2011)

Art. 125. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

Referências de Custo - Oficiais

FISCALIZAÇÃO

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Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO 2012 (Lei nº 12.465, de 12/08/2011)

Art. 127, § 1º O disposto neste artigo não impede que a Administração Federal desenvolva sistemas de referência de preços, aplicáveis no caso de incompatibilidade de adoção daqueles de que trata o caput deste artigo, devendo sua necessidade ser demonstrada por justificação técnica elaborada pelo órgão mantenedor do novo sistema, o qual deve ser aprovado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e divulgado pela internet.

§ 2º Nos casos de itens não constantes dos sistemas de referência mencionados neste artigo, o custo será apurado por meio de pesquisa de mercado, ajustado às especificidades do projeto e justificado pela Administração.

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MateriaisSistemas de referência de entidades públicas;Revistas especializadas;Pesquisas de mercado com fornecedores;Resultados de licitações;Notas fiscais.

Mão-de-obraConvenções coletivas de trabalho;Folhas de pagamentos;Pesquisa de encargos sociais.

Outras Referências de Custo

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Medições e pagamentospagamento de serviços não efetivamente executados;pagamentos de serviços executados, porém não aprovados pela fiscalização;pagamentos de serviços relativos a contrato de supervisão, apesar de a obra estar paralisada;falta de comprovação e conferência pela fiscalização de serviços executados;divergências entre as medições atestadas e os valores efetivamente pagosmedições e pagamentos sendo executados com critérios divergentes dos estipulados no edital de licitação e contratoinconsistências e incoerências nos relatórios de fiscalização.

Irregularidades Típicas

FISCALIZAÇÃO

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Recebimento da obraausência de recebimento provisório da obra, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado assinado pelas partes, em desacordo com o disposto no art. 73, inciso I, alínea a, da Lei nº 8.666/93ausência de recebimento definitivo da obra, por servidor ou comissão designada por autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após prazo de observação ou vistoria que comprovasse a adequação do objeto aos termos contratuais, em desacordo com o disposto no art. 73, inciso I, alínea b, da Lei nº 8.666/93;descumprimento de condições descritas no edital de licitação e no contrato para o recebimento da obra;

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Recebimento da obradescumprimento de prazos de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso, previstos no contrato e em seus termos aditivos, em desacordo com o disposto no inciso IV do art. 55 da Lei nº 8.666/93;recebimento da obra com falhas visíveis de execução ;omissão da Administração, na hipótese de terem surgido defeitos construtivos durante o período de responsabilidade legal desta;não realização de vistorias dos órgãos públicos competentes para a emissão do habite-se.

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Contratualdivergência entre a descrição do objeto no contrato e a constante no edital de licitação;não-vinculação do contrato ao edital de licitação (ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu) e à proposta do licitante vencedor, em desacordo com o disposto no § 1º do art. 54 da Lei nº 8.666/93;ausência de aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto ou cronograma físico-financeiro;falta de justificativa de acréscimos ou supressões de serviços em desacordo com o disposto no caput do art. 65 da Lei nº 8.666/93;extrapolação, quanto aos acréscimos ou supressões de serviços, dos limites definidos no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666/93;

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ContratualJogo de planilha: alterações, sem justificativas coerentes e consistentes, de quantitativos, reduzindo quantitativos de serviços cotados a preços muito baixos e/ou aumentando quantitativos de serviços cotados a preços muito altos, gerando superfaturamento;acréscimo de serviços contratados por preços unitários diferentes da planilha orçamentária apresentada na licitação, em desacordo com o disposto no §1º do art. 65 da Lei nº 8.666/93;acréscimo de serviços cujos preços unitários não são contemplados na planilha original, porém acima dos praticados no mercado;execução de serviços não previstos no contrato original e em seus termos aditivos;contrato encerrado com objeto inconcluso;prorrogação de prazo sem justificativa.

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O controle prévio tem caráter preventivo e objetiva orientar e fazer recomendações aos gestores de forma que as falhas possam ser corrigidas antes de virarem irregularidades.

O controle concomitante tem caráter corretivo e visa avaliar a execução e promover medidas para corrigir o andamento.

O controle subsequente tem caráter avaliador visando conferir as metas alcançadas e os resultados obtidos.

MOMENTO DE CONTROLE

Lei nº 4.320/64, Art. 77 - A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente.

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Em que fase é melhor atuar? Ou mais eficaz atuar?

Nesta fase? Ou nesta outra fase?

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Vejamos o que nos diz a alínea b do inciso IX do artigo 6º da Lei nº 8666/93

Isto por que? :

Capacidade de influenciar no projeto:C(t) (função decrescente)e o custo das mudanças:$(t) (função crescente)

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• Vamos supor agora, que tenhamos que avaliar um projeto padrão do programa Minha Casa, minha Vida, que vai se replicar em todo país, algumas milhares de vezes.

• Vamos supor que uma análise prévia, seja detectada uma inconsistência entre o projeto e o orçamento.

• Se isso não for detectado a tempo, o erro vai se repetir dezenas de milhares de vezes, o que pode torná-lo materialmente importante.

• E agora, como resolver?

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• Parece não haver dúvida que o controle prévio é sempre mais eficiente.

• Observemos que não se trata de vincular atos da administração a nenhum tipo de registro prévio, até mesmo porque isso não seria legal.

• No entanto, o planejamento, levado a termo sob certos parâmetros, deve privilegiar, sempre que possível, o controle preventivo.

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• Finalmente, os gestores, mesmo a partir de situações constatadas quando do exercício do controle concomitante ou subsequente, precisam utilizar essas informações para realimentar seu fluxo de planejamento e controle, de forma a evitar nossas ocorrências semelhantes, ou seja, atuar PREVENTIVAMENTE em casos futuros.

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Controladoria-Geral da União

Secretaria Federal de Controle Interno

Diretoria de Auditoria da Área de Infraestrutura

[email protected]

(061) 2020-7200