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30.6.2010 “Os Direitos da Propriedade Industrial” Marcas, Patentes e Desenhos Industriais O significado do Direito de Exclusividade

Os direitos da propriedade industrial

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Page 1: Os direitos da propriedade industrial

30.6.2010

“Os Direitos da Propriedade Industrial”

Marcas, Patentes e

Desenhos Industriais

O significado do Direito de Exclusividade

Page 2: Os direitos da propriedade industrial

Apresentação:

Rogério Prado de Castro MonteiroAdvogado

Page 3: Os direitos da propriedade industrial

A noção clássica que possuímos do direito de

propriedade é a de posse direta sobre os bens.

Bens Tangíveis, Bens que podemos ver ou tocar.

Page 4: Os direitos da propriedade industrial

Marcas, Patentes, Desenhos Industriais

Amostras de Bens Intangíveis protegidos

pelo Direito

Page 5: Os direitos da propriedade industrial

Marcas, Patentes, Desenhos Industriais

ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – (...)

XXIX - A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às

criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros

signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e

econômico do país”. (grifo nosso)

Page 6: Os direitos da propriedade industrial

Fontes que servem de referência ao

estudo de Marcas, Desenhos Industriais e

Patentes

Page 7: Os direitos da propriedade industrial

Lei 9.279/96 – Lei da Propriedade Industrial

PCT

Convenção da União de Paris

Jurisprudência

Acordo TRIPS

Page 8: Os direitos da propriedade industrial

Brasil

A proteção aos direitos de propriedade industrial é feita perante o

Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI

(Autarquia Federal)

Page 9: Os direitos da propriedade industrial

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,

responsável por registros de marcas, concessão de patentes, averbação de contratos de transferência de tecnologia e de franquia empresarial, e por registros de

programas de computador, desenho industrial e indicações geográficas, de acordo com a Lei da Propriedade Industrial (Lei n.º 9.279/96) e a Lei de Software (Lei nº

9.609/98) .

Criado no dia 11 de dezembro de 1970, pela Lei n.º 5.648 em uma época marcada pelo esforço de industrialização do país, o INPI pautava sua atuação por uma postura

cartorial que se limitava à concessão de marcas e patentes e pelo controle da importação de novas tecnologias.

Fonte: www.inpi.gov.br

Page 10: Os direitos da propriedade industrial

1º Ponto – Marcas

Page 11: Os direitos da propriedade industrial

Marcas são

Sinais Distintivos

Page 13: Os direitos da propriedade industrial

As marcas dão vida a um produto ou serviço

Elas se comunicam com o consumidor,

trazendo-lhe lembranças e impressões

positivas ou negativas

Page 14: Os direitos da propriedade industrial
Page 15: Os direitos da propriedade industrial
Page 16: Os direitos da propriedade industrial
Page 17: Os direitos da propriedade industrial

Marcas

Artigo 122 da Lei 9.279/96 - São suscetíveis de registro comomarca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, nãocompreendidos nas proibições legais.

- Produto ou Serviço

- Marca de Certificação

- Marca Coletiva

Page 18: Os direitos da propriedade industrial

Tipos de Marcas

Nominativa

Figurativa

Mista

Marcas

Page 19: Os direitos da propriedade industrial

Marca Nominativa

Nome – Sem Grafismo Especial, Figura ou estilização

Mitsubishi

Page 20: Os direitos da propriedade industrial

Marca Figurativa

Emblema, Símbolo, Figura

Page 21: Os direitos da propriedade industrial

Marca Mista

Conjugação Nome + Figura

Page 22: Os direitos da propriedade industrial

Marca Tridimensional

Page 23: Os direitos da propriedade industrial

Marca Tridimensional

Page 24: Os direitos da propriedade industrial

Proteção à marca (aquisição do direito e propriedade) se dá mediante registro

– Direito Atributivo

- Pedido de Registro de Marca perante o INPI

- Processo Administrativo

- Conclusão: Concessão ou não do registro

Page 25: Os direitos da propriedade industrial

Aquele que usa a marca sem registro possui algum direito???

Regra: Art. 129 da Lei 9.279/96 - A PROPRIEDADE DA MARCA ADQUIRE-SE PELO REGISTRO

validamente expedido, conforme as disposições desta lei, sendo assegurado ao titular seu uso exclusivo em todo o território

nacional, observado quanto às marcas coletivas e de certificação o disposto nos arts. 147 e 148.

Page 26: Os direitos da propriedade industrial

Aquele que usa a marca sem registro possui algum direito???

Exceção: Art. 129 - Parágrafo 1º da Lei 9.279/96 - Toda pessoa que, de boa fé, na data da prioridade ou depósito,

usava no País, há pelo menos 6 (seis) meses, marca idêntica ou semelhante, para distinguir ou certificar

produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, terá direito de precedência ao registro.

Page 27: Os direitos da propriedade industrial

Registro da Marca

Regra Geral – “Princípio da Especialidade”

As marcas valem para a Classe/Segmento

para o qual foram registradas

Page 28: Os direitos da propriedade industrial

As marcas são separadas por classes

“A Classificação Internacional (Nice) de Produtos e Serviços para o Registro de

Marcas foi instituída por um Acordo concluído por ocasião da Conferência Diplomática de Nice , em 15 de junho de 1957, e revista em Estocolmo, em

1967, e em Genebra, em 1977, e corrigida em 1979.

Os países que fazem parte do Acordo de Nice constituem uma União particular dentro da estrutura da União de Paris para a Proteção da

Propriedade Industrial. Estes países adotaram e aplicam a Classificação de Nice para o registro de marcas”.

Fonte: www.inpi.gov.br

Page 29: Os direitos da propriedade industrial

Regra Geral:

As marcas emanam proteção e direito no âmbito da

classe/segmento para a qual foram registradas

(Princípio da Especialidade)

Page 30: Os direitos da propriedade industrial

Marcas às quais à Lei confere Direitos Especiais

Marcas Notoriamente Conhecidas(Artigo 126 da Lei da Propriedade Industrial)

Marcas de Alto Renome(Artigo 125 da Lei da Propriedade Industrial)

Page 31: Os direitos da propriedade industrial

Marcas Notoriamente Conhecidas(Artigo 126 da Lei da Propriedade Industrial)

SEÇÃO IV - MARCA NOTORIAMENTE CONHECIDAArt. 126 - A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de

estar previamente depositada ou registrada no Brasil.

Parágrafo 1º- A proteção de que trata este artigo aplica-se também as marcas de serviço.

Parágrafo 2º- O INPI poderá indeferir de ofício pedido de registro de marca que reproduza ou imite, no todo ou em parte, marca notoriamente conhecida.

Page 32: Os direitos da propriedade industrial

Marcas Notoriamente Conhecidas(Artigo 126 da Lei da Propriedade Industrial/Art. 6º Bis, I - C.U.P.)

Exemplo: Animal Pak: Universal Nutrition

Marca extremamente conhecida em seu segmento/mercadoA concorrência não pode alegar o seu desconhecimento

Page 33: Os direitos da propriedade industrial

SEÇÃO III - MARCA DE ALTO RENOME(Artigo 125 da Lei da Propriedade Industrial)

Art. 125 - À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade.

Exemplo: Volkswagen

Page 34: Os direitos da propriedade industrial

ALTO RENOME RECONHECIDO

HOLLYWOOD - 3 M -CICA – KIBON – NATURA – MOÇA – AYMORÉ

VISA – NINHO – FIAT – ITAPEMIRIM – TOYOTA – LACTA – SKOL

VOLKSWAGEN –INTEL – AZALÉIA – OLYMPIKUS – PETROBRAS

BRAHMA - MERCEDES-BENZ - CHICA-BOM - BANCO DO BRASIL

CORAL- HELLMANN’S – DIAMANTE NEGRO – PLAYBOY – DERBY

TRAMONTINA - HAVAIANA

Page 35: Os direitos da propriedade industrial

ALTO RENOME RECONHECIDO

Page 36: Os direitos da propriedade industrial

ALTO RENOME RECONHECIDO

Page 37: Os direitos da propriedade industrial

SEÇÃO II - DOS SINAIS NÃO REGISTRÁVEIS COMO MARCA

Art. 124 - Não são registráveis como marca:

I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos, nacionais, estrangeiros ou internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou imitação;

II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;

III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração;

IV - designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria entidade ou órgão público;

V - reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com estes sinais distintivos;

Page 38: Os direitos da propriedade industrial

SEÇÃO II - DOS SINAIS NÃO REGISTRÁVEIS COMO MARCA

Art. 124 - Não são registráveis como marca:

VI - sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma característica do produto ou serviço , quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, salvo quando revestidos desuficiente forma distintiva;

VII - sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda;

VIII - cores e suas denominações , salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo;

IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente induzir indicação geográfica;

X - sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou utilidade do produto ou serviço a que a marca se destina;

Page 39: Os direitos da propriedade industrial

SEÇÃO II - DOS SINAIS NÃO REGISTRÁVEIS COMO MARCA

Art. 124 - Não são registráveis como marca:

XI - reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotada para garantia de padrão de qualquer gênero ou natureza;

XII - reprodução ou imitação de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de certificação por terceiro, observado o disposto no art. 154;

XIII - nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, social, político, econômico ou técnico, oficial ou oficialmente reconhecido, bem como a imitação suscetível de criar confusão , salvo quando autorizados pela autoridade competente ou entidade promotora do evento;

XIV - reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, ou de país;

XV - nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;

Page 40: Os direitos da propriedade industrial

SEÇÃO II - DOS SINAIS NÃO REGISTRÁVEIS COMO MARCA

Art. 124 - Não são registráveis como marca:

XVI - pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;

XVII - obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo direito autoral e sejam suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor ou titular;

XVIII - termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, que tenha relação com o produto ou serviço a distinguir;

XIX - reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia;

XX - dualidade de marcas de um só titular para o mesmo produto ou serviço, salvo quando, no caso de marcas de mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva;

XXI - a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda, aquela que não possa ser dissociada de efeito técnico;

Page 41: Os direitos da propriedade industrial

SEÇÃO II - DOS SINAIS NÃO REGISTRÁVEIS COMO MARCA

Art. 124 - Não são registráveis como marca:

XXII - objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; e

XXIII - sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente evidentemente não poderia desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja sediado ou domiciliado em território nacional ou em país com o qual o Brasil mantenha acordo ou que assegure reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a distinguir produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com aquela marca alheia.

Page 43: Os direitos da propriedade industrial

Marcas

Ações de Marketing

Page 44: Os direitos da propriedade industrial

Ranking das Marcas mais Valiosas - 2010

Fonte:www.brandz.com

Page 45: Os direitos da propriedade industrial

Marcas

Fonte:www.brandz.com

Page 46: Os direitos da propriedade industrial

Marcas

- Validade do Registro: 10 anos (sempre renovável por igual período)

- Caducidade: A marca deve ser utilizada sob pena de declaração de caducidade

- Importante Verificar: Nome de domínio e Nome Empresarial

- A marca é um ativo intangível

- Sistema Atributivo de Direito: A importância do Registro

- O acompanhamento da “colidência de marcas” perante o INPI

- “Teoria da Distância”/ Marca Fraca / Marca Forte

- Marca de Alto Renome/ Marca Notoriamente Conhecida

- Pirataria/ Imposição de Confusão ao Consumidor/ Concorrência Desleal

Page 47: Os direitos da propriedade industrial

MarcasFunções mais comuns das marcas:

- Dar Identidade a produtos/serviços

- Indicação da Origem/Fabricante – Segurança ao Consumidor

- Agregar valor econômico/patrimonial

- Afastar Risco de Confusão ao Consumidor/ Concorrência Desleal

Page 48: Os direitos da propriedade industrial

2º Ponto – Desenhos Industriais

Page 49: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos Industriais

Artigo 95 da Lei de Propriedade Industrial – Considera-se desenho industrial a forma

plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa

ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual NOVO e ORIGINAL na sua

configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.

Page 50: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos IndustriaisArt. 96 - O desenho industrial é considerado novo quando não compreendido no estado da

técnica.

Parágrafo 1º- O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao

público antes da data de depósito do pedido, no Brasil ou no exterior, por uso ou qualquer

outro meio, ressalvado o disposto no Parágrafo 3º deste artigo e no art. 99.

Parágrafo 2º- Para aferição unicamente da novidade, o conteúdo completo de pedido de

patente ou de registro depositado no Brasil, e ainda não publicado, será considerado como

incluído no estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada,

desde que venha a ser publicado, mesmo que subseqüentemente.

Parágrafo 3º- Não será considerado como incluído no estado da técnica o desenho

industrial cuja divulgação tenha ocorrido durante os 180 (cento e oitenta) dias que

precederem a data do depósito ou a da prioridade reivindicada, se promovida nas

situações previstas nos incisos I a III do art. 12.

Page 51: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos Industriais

Art. 97 - O desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração

visual distintiva, em relação a outros objetos anteriores.

Parágrafo único - O resultado visual original poderá ser decorrente da combinação de

elementos conhecidos.

Page 53: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos Industriais

Trabalhos de Frank Gehry – Arquiteto Americano

Page 54: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos IndustriaisUm dos Perfumes mais famosos do mundo tem como sua principal identidade o design de seu frasco, criado em 1921 e que, até hoje, passou por 5 mínimas alterações

Page 55: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos Industriais

Page 56: Os direitos da propriedade industrial
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Page 59: Os direitos da propriedade industrial
Page 60: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos Industriais

MONTADORA AMPLIA AÇÃO CONTRA PEÇAS

Publicado por Adriana Aguiar - www.dci.com.brFonte: http://www.sincopecas.org.br/noticias/?COD=1567

Montadoras usam patente para barrar competição, diz autopeça ECONOMIA - DO GMC, COM FOLHA ONLINE

TATIANA RESENDE (Folha de S.Paulo)Fonte:http://www.getsemani.com.br/content.asp?id=1614&local=noticia

Page 61: Os direitos da propriedade industrial

Desenhos Industriais

O Desenho Industrial é considerado ORIGINAL quanto dele resulte

uma configuração visual distintiva em relação a outros objetos

anteriores.

Os registros de Desenhos Industriais são validos por 10 (dez) anos

definidos pelo artigo 108 da Lei de Propriedade Industrial, sendo

permitida a sua renovação por mais três períodos de 5 (cinco) anos

cada, perfazendo um total de 25 (vinte e cinco) anos de exclusividade

de exploração.

Durante o processo administrativo, não há análise de mérito

Page 62: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Page 63: Os direitos da propriedade industrial

Carta Patente

Direito de Exclusividade – Privilégio Temporário

Page 64: Os direitos da propriedade industrial

Depois do período de exclusividade a invenção deve servir à Sociedade

Divulgação/Nasa

Page 65: Os direitos da propriedade industrial

Mas o que é uma Patente?

Patente é um direito (imaterial) de exclusividade conferido a um titular para exploração de uma tecnologia em caráter temporário em determinadas condições.

Page 66: Os direitos da propriedade industrial

O que a invenção protegida pela patente?

É a solução técnica para um problema técnico.

*”O Pensador” - Escultura em Bronze do francês Auguste Rodin

Page 67: Os direitos da propriedade industrial

Estado da Técnica

É o estágio atual e conhecido alcançado pela tecnologia

Page 68: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Patente de Invenção

Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.

Patente de Modelo de Utilidade

Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

Page 69: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Estado da Técnica

Art. 11 - A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica.

Parágrafo 1º- O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12,16 e 17.

Page 70: Os direitos da propriedade industrial

PatentesPatente de Invenção

Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.

- Novidade

- Atividade Inventiva

- Aplicação Industrial

Page 71: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Patente de Modelo de Utilidade

Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

Page 72: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Novidade

Art. 11.(...)

Parágrafo 2º- Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo de pedido depositado no Brasil, e ainda não publicado, será considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que subseqüentemente.

A regra é a de que existe Novidade quando o objeto sobre o qual se requereu patente não é antecipado por um único documento.

Page 73: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Atividade Inventiva

Art. 13 - A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.

Art. 14 - O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica.

A regra é a de que existe Atividade Inventiva quando a solução técnica proposta não é óbvia para um técnico no assunto. Pode-se falar aí em passo inventivo, conjugação de conhecimentos de várias áreas e, finalmente, em ”passo inventivo”.

Page 74: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Aplicação Industrial

Art. 15 - A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria.

Page 75: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

A Diferença entre a Patente de Invenção e o Modelo de Utilidade

“(...) para efeitos de classificação, da criação como invenção ou como modelo de utilidade devemos nos socorrer da definição de modelo de utilidade: um objeto de uso prático, ou parte deste, que apresente nova forma ou disposição, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

Intuitivamente, se da criação resulta uma vantagem para o usuário, tornando o objeto mais prático ou mais cômodo no uso ou na fabricação, então temos um típico modelo de utilidade. Se, por outro lado, a criação apresenta uma melhoria em termos de funcionamento (ou um efeito técnico novo...), então, a princípio, temos uma invenção. De todo modo, existirão casos fronteiriços de difícil determinação, para os quais aspectos adicionais devem ser considerados”. (“Comentários à Lei de Propriedade Industrial” – IDS –Instituto Dannemann Siemsen de Estudos de Propriedade Intelectual – Ed. Renovar – 2005 – pág. 36)

Page 76: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Artigo 10 da Lei 9.279/96 - Não se considera invenção nem modelo de utilidade:

I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;

II - concepções puramente abstratas;

III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos,

publicitários, de sorteio e de fiscalização;

IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;

V - programas de computador em si;

VI - apresentação de informações;

VII - regras de jogo;

VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de

diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e

IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou

ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os

processos biológicos naturais.

Page 77: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

SEÇÃO II - DA VIGÊNCIA DA PATENTE

Art. 40 - A patente de invenção vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo 15(quinze) anos contados da data de depósito.

Page 78: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Como se sabe, a redação de um pedido de patente é ato de natureza complexa e que deve seguir várias regras.

Estas normas, além de importantes para facilitar o acesso às informações trazidas pelo pedido de patente e uniformizar sua forma de apresentação, gerando, conseqüentemente, uma melhor organização dos documentos, são altamente necessárias para a adequada delimitação dos direitos que dele decorrerão, se concedido for.

Dentre tais regras, tem-se que um pedido de patente deve apresentar uma determinada estrutura, contendo certas “partes”, cada qual com uma finalidade específica. Regulando a matéria o art. 19 da Lei nº 9.279/96 previu:

“Art. 19. O pedido de patente, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá:I – requerimento;II – relatório descritivo;III – reivindicações;IV – desenhos, se for o caso;V – resumo; eVI – comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito.”

Page 79: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Reivindicações:

1) Têm como objetivo estabelecer e delimitar os direitos do titular da patente, visando a mais ampla e eficaz proteção.

2) Devem estar totalmente fundamentadas no relatório descritivo.

3) Podem ser de uma ou várias categorias (produto, processo, sistema, etc...), desde que ligadas por um mesmo conceito inventivo, sendo arranjadas de maneira mais prática possível.

4) Devem ser iniciadas pelo título ou parte do título correspondente a sua respectiva categoria e conter uma única expressão "caracterizado por".

Page 80: Os direitos da propriedade industrial

PatentesReivindicações:

Reivindicações Independentes: Cada reivindicação é uma invenção

EX:

Reivindicações Independentes: A, B, C, D, E

Objeto acusado de Contrafação: A, B, C, X, Z

Reivindicações Dependentes: Não existem “fora” da reivindicação principal

Ex:

Reivindicação Principal: A

Reivindicações Dependentes: A1, A2, A3, A4, A5

Page 81: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Extensão da Proteção Conferida à Patente

“Artigo 41 da Lei 9.279/96 – A extensão da proteção conferida pelapatente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretadocom base no relatório descritivo e nos desenhos.”

Page 82: Os direitos da propriedade industrial

Patentes

Page 83: Os direitos da propriedade industrial

- Com relação à Patente, o objeto da proteção é o mecanismo, a

funcionalidade ou o processo

- Se a implementação da invenção depender de uma outra patente (de titularidade de terceiro), deverá existir o que se denomina “Licença Cruzada”

- A patente, assim como a marca e o desenho industrial geram o direito de excluir terceiros

- No caso de patente de Processo, ocorre a inversão do ônus da prova: é o réu que deve provar que usa um Processo diferente daquele protegido pela carta-patente do autora da ação

- “Patente de Software” – Possível?

- Diferentes Sistemas – Marcas, Desenhos Industriais e Patentes

Observações Importantes

Page 84: Os direitos da propriedade industrial

Ações Judiciais no âmbito da

Propriedade Industrial

A repercussão do Direito de Exclusividadenos Tribunais

Page 85: Os direitos da propriedade industrial

O que significa uma “ação judicial”

- Quando se fala no termo “ação judicial” diz-se uma forma de agir(ação) de um (ou mais) prejudicado (s) em face de uma ou maispessoas que estariam violando os seus direitos.

- Significa dizer que empresas públicas e particulares e pessoasfísicas, sentindo-se alvo de uma lesão ou ameaça a direito, podemintentar medidas judiciais com vistas a prevenir a violação,removê-la e/ou, ainda, buscar a reparação pelos danos(morais/materiais) causados.

Page 86: Os direitos da propriedade industrial

- Assim, na seara das ações judiciais é possível quesejam tomadas medidas para inibir/remover o ilícito ereparar o dano, desde que haja prova da ocorrênciadessa violação.

- Todos os pedidos formulados em uma ação sãodirecionados ao Juiz, a quem caberá decidir quem temrazão: o autor ou o réu, sendo todas as suas decisões,em regra, passíveis de recurso.

- A decisão judicial só é irrecorrível quando transitadaem julgado, ou seja, quando expirados todos os prazos,não couber mais nenhum recurso.

Page 87: Os direitos da propriedade industrial

Pedidos usualmente formulados:

- obrigação de não-fazer

- indenização (dano material/moral)

+ medidas assecuratórias como aplicação de multa em casode descumprimento da ordem, busca e apreensão,remoção, etc. (medidas inibitórias e de remoção do ilícito).

Page 88: Os direitos da propriedade industrial

Ordens urgentes que o juiz pode determinar:

busca e apreensão;

destruição;

remoção;

arrombamento;

outras medidas necessárias à preservação de direitos;

Dessa decisão, a exemplo de outras, cabe recurso.Todavia, a ordem deve ser executada enquanto nãorevogada pelo Tribunal.

Page 89: Os direitos da propriedade industrial

Condenação

- obrigação de não-fazer

- indenização (dano material/moral)

+ medidas assecuratórias como aplicação de multa emcaso de descumprimento da ordem, busca e apreensão,remoção, etc. (medidas inibitórias e de remoção doilícito).

Page 90: Os direitos da propriedade industrial

" A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao

seu tamanho original.“

Albert Einstein

Page 91: Os direitos da propriedade industrial

A AG Moreira

Agradece a Atenção e a Presença de Todos!

Page 92: Os direitos da propriedade industrial

Nada vale mais que suas ideias!