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po de Estudos “O pensamento como um Sistema” de Bohm – Turma Recife 2012 Pensamento Sistêmico O Pensamento como um Sistema de David Bohm Grupo de Estudos Turma Recife 2012 Seminário 4 Recife, 10 de Dezembro de 2012 Guilherme Carvalho e Ana Elizabete

Pensamento como sistema [david bohm]grupo de estudos seminário 4

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Slides do 4º seminário do grupo de estudos do livro "Pensamento como Sistema" de David Bohm - Turma Recife. Elaborados por: Guilherme Carvalho e Ana Elisabete

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Pensamento SistêmicoO Pensamento como um Sistema de David Bohm

Grupo de Estudos Turma Recife 2012

Seminário 4Recife, 10 de Dezembro de 2012Guilherme Carvalho e Ana Elizabete

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Propriocepção

• A pro priocepção faz com que você fique consciente do seu corpo todo como algo que lhe pertence, como parte de você.

• Você está consciente do que está acontecendo e como suas intenções estão afetando isso, e assim por dian te.– As pessoas especializadas possuem uma intenção e seus

pensamentos sobre o que querem fazer de forma exata; entretanto, enquanto estão fazendo não precisam parar para analisar

• Essa propriocepção deveria ser estendida ao pen samento, para que possamos estar conscientes do pensamento no momen to em que ele participa.– O que você pensa afeta o que percebe do lado de fora e como se

sente por dentro.

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Propriocepção no Pensamento

• Poderíamos estar conscientes que o pensamento está afetando a percepção?

• Você vê ou sente algo gerado pelo pensamento, mas, em seguida, surge algo e diz: – "Eu estou apenas lhe contando do jeito que é".

• O pensamento faz essa declaração, enquanto na realidade está afetando do jeito que as coisas são.

• Esse erro é crucial. É o mesmo que não ter a propriocepção no corpo.

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O pensamento é parte de um processo material

• Na conversa, o som sai e transmite o pensamento. Dentro do corpo, o pensamento é transmitido pelos sinais nervosos; há algum tipo de código, que ainda não conhecemos muito bem.

• O pensamento é um processo material; possuireflexos que passam por si mesmos– E, se você tem uma visão ou uma percepção de que isso é

verdadeiro, consequentemente, irá lhe afetar. – Uma visão ou uma percepção da verdade pode afetar

profundamente o processo material, incluindo todos os reflexos.– Uma mera visão intelectual não toca profundamente o processo.

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Colocando a visão em palavras...

• A própria visão é uma visão em palavras que consegue se expressar de forma adequada

• A expressão, seja verbal ou não, é parte da percepção ou da visão; é a ação da visão.

• A expressão transmitirá ao pensamento o conteúdo essencial da visão.– O pensamento poderá continuar, então, em uma base

diferente, em uma nova direção. Portanto, é im portante que seja expresso em palavras.

– Mas essas palavras têm de vir da visão. Se, por outro lado, as palavras surgem ape nas da memória, elas podem não estar expressando isso.

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Percepçãoou

Visão

Reflexo Condicionado

Sinapses Representação

Ação

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O pensamento e as palavras

• Quando você compreende algo, isso toca de algu ma forma em um nível mais profundo e, em seguida, surgirá em palavra novamente.

• O pensamento é um processo mate rial e participa.• As palavras poderão, também, produzir uma

mudança no pensamento e, com isso, o pensamento começará a desbloquear o caminho para que possamos ver essas coisas [barreiras do nosso condicionamento contra a propriocepção].

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Barreiras do nosso condicionamento contra a propriocepção

• O pensamento diz, implicitamente, que a propriocepção não é necessária.– Se o pensamento estava apenas lhe contando do

jeito que as coisas são, então a propriocepção não seria neces sária, pois nada haveria para procurar.

– Quando você tem a visão de que essa não é uma opção séria, não precisa mais tomar tão seriamente coisas que previa mente considerava de total importância. Você se desliga completamente das coisas que antes lhe moviam e tinham um enorme significado.

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Imaginação x Percepção

• Imaginação = Gerar uma imagem de algo que não está presente = Fantasia.

• Imaginação Primária: processo guiado pela informação que vem dos sentidos - consciência.

• Imaginação Criativa: coisas que não foram indicadas pela percepção.

• Imaginação Reflexiva: vem do passado, dos reflexos, é a alegoria ou fantasia. Você pode ficar perdido na fantasia e parecer que está percebendo e experimentando o “eu” que está fazendo isso e esse eu ser completamente diferente.

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Imaginação e Percepção

• A imaginação pode ser criativa como pode ser destrutiva:– O reino da fantasia pode se misturar com a realidade e criar

uma resistência ao ver que isso é uma fantasia.– Criará reflexos que resistem em enxergá-la.– Produzirá endorfinas que se tornarão reflexos e aí você entra

na ilusão.– O pensamento consegue entrar na percepção e desta forma

podemos gerar percepções que não são corretas – e temos que corrigi-las.

A percepção é um processo similar imaginação, não temos controle sobre isso. Simplesmente acontece. É contínua e cria uma impressão de um mundo que inclui os sentidos e o efeito do passado. O Pensamento afeta nossa Percepção.

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Imaginação Criativa e Fantasia

• Na fantasia, você consegue criar o prazer, a dor, o medo e qualquer coisa, porque está gerando da memória uma experiência similar àquela que poderia ser gerada se não houvesse a memória.– A fantasia pode seduzi-lo a tal ponto de deixá-lo insensível à

diferença. De fato, você talvez nem queria saber da diferença porque ela criou um reflexo. “Isso está tão bom que...”

• Por intermédio das palavras, você consegue criar fantasias.– basicamente o que as campanhas

publicitárias fazem. A combinação de palavras e imagens cria a fantasia.

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Visão x Realidade

• Podemos ter uma visão de que o pensamento e a fantasia podem gerar um sentido de “realidade”.

• Há uma conexão no cérebro que que gera a dor ou prazer – é necessário romper essa conexão.

• Devemos nos familiarizar com isso, observando, usando as palavras que geram o prazer, da mesma forma que falamos sobre as palavras que incitam raiva ou medo, e segui-las por completo.

• Sentiremos que isso é um processo mecânico, é algo que acontece no corpo, não tão importante.

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Visão x Realidade

• Fantasiar Perceber no processo daquele acontecimento.

• A coisa que nos confunde é que ainda temos muitos reflexos nos contando que não é dessa forma de jeito nenhum. Você deve questionar os reflexos pois você teve uma visão que há uma vasto número de reflexos sem razão para serem inteligentes. Essa é a visão.

• Temos que observá-la e testá-la sempre, pois podemos gerar uma fantasia de uma visão e assumir que teve uma visão.– É muito fácil gerar uma fantasia de uma visão e assumir que teve

uma visão.– Não geramos a visão; ela acontece.

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Video

• What the bleep do we know (6:30)

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Visão

• A visão ocorre e há uma mudança dentro do organismo.

• A visão vem das imensas profundezas da leveza – talvez até além do organismo.

• Opera diretamente no nível químico e físico do organismo, junto com o restante.

• Não sabemos de onde vem, mas está disponível para todos.

• O reflexo do pensamento resiste por ela ser uma ameaça à estrutura que se deseja manter.

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Auto-imagem

• Imaginação e fantasia – eu diferente do sentido normal. Você vive o personagem como se fosse você. E é assim que você percebe tudo.

• Cada vez mais claro que o pensamento entra na percepção e você não percebe isso (e não precisa saber). Só quando surge a incoerência, você precisa saber.– Se há resistência ao saber quando você precisa saber , e se há reflexos

que resistem ao saber, logo o problema existe.– Você não consegue reter tudo e o que você vê e vivencia é aquela

representação.• É uma experiência comum e necessária em muitos contextos,

porém se não percebemos estamos em perigo, pois estamos condicionados a resistir em aceitar que isto está acontecendo.– É exatamente aí que a autodecepção se origina!

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Auto-imagem

• É ao redor da auto-imagem que o problema se apresenta com maior dificuldade.

• Eu x Mim – os dois lados do eu próprio, onde:• Eu: agente ativo, eu determinado, a força de vontade• Mim: recebe tudo que é feito, é o objeto

• Logo há o mim, o eu próprio e o eu, esse é o conceito do auto.

• O desafio é manter o pensamento do eu e do “mim” de forma ordenada. – O “mim” é sempre limitado; mas sentimos que o “mim” é

o mesmo que “eu sou”, o mesmo que “eu”. Eis o conflito.

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Sensação de necessidade• As pessoas não sabem como resolver a contradição entre “eu

sou” e o “mim”:• As pessoas dizem: Você não deveria me tratar como um objeto. Não gosto.

Magoa.• A sociedade diz: Quem você pensa que é para não ser tratada igual aos outros

como um objeto? Você acha que não deveria ser limitada?• Ainda assim o “mim” por definição é um objeto.• A criancinha tratada como Deus e depois não mais.• Narciso: aquilo é alguém diferente que eu preciso.• A sensação de necessidade surge quando geramos essa auto-imagem na

fantasia – “eu preciso ter aquilo”.

• As questões humanas são poderosamente dominadas por esse conflito:

• Quando a imagem de poderoso e grandioso é perfurada, vou em busca de provas de o quão grandioso sou – Alexandre o Grande. – Ele nunca pôde parar, pois alimentou essa imagem a vida inteira.– As pessoas viam o seu brilhantismo e grandiosidade e se projetavam nele e faziam desta

forma tudo por ele.

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Auto-imagem

• A auto-imagem que construímos se torna o central do funcionamento interno e organização do sistema.– Tudo se organiza para alimentá-la e sustentá-la da

melhor forma possível. – Nossas ações são dirigidas para fazer com que as pessoas

apoiem nossa fantasia e tentamos gerar situações que confirmem nossa fantasia: ganhar dinheiro, ser desejada(o), cuidar das pessoas, etc.

• PORQUE AS PESSOAS FAZEM ISSO? • O QUE ESTÁ POR TRÁS DISSO?

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Construção da identidade

• Há um processo em andamento que envolve o sistema como um todo.

• As pessoas encorajarão umas as outras sobre tudo isso, porque elas recebem suas identidades uma das outras.– “Você é isto, você é aquilo, você é a outra”.– Logo, você recebe uma sensação

de identidade construída pelo pensamento que diz “Isso é extremamente importante”.

– Mas essa estrutura não tem base alguma que a sustente exceto o pensamento que é uma base muito frágil.

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Video

• Renove sua maneira de pensar

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O que somos?

• Você não consegue existir sem seu corpo, mas as pessoas não levam isso tão a sério.

• Suas identidades é o que elas podem fazer ou o que elas têm ou o que suas relações são; isto elas levam a sério.– Você pode por sua identidade onde quiser – no seu

país, na conta bancária, na suas realizações, em qualquer lugar.

• Somos impelido na busca dessa identidade;• No entanto precisamos mesmo dela?• Ela é tão importante assim?

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O que somos?

• Todo o sistema de pensamento pelo mundo é o que lhe fornece sua identidade, seu lugar no mundo.– A identidade só pode existir socialmente e culturalmente.– A cultura lhe fornece o pensamento.

• Outra visão: “Eu sei o que sou. O que sou é desconhecido, mas constantemente se revela”.– Não precisamos de uma identidade porque ela se revela sempre

que necessitamos, quando nos identificamos com algo, nossos reflexos se tornam necessários.

– E vamos querer preservar nossa identidade, mesmo que envolvida em ideias falsas.

• Tentamos preservar a química que estamos acostumados – é necessário.

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Identidade e Pensamento

• A identidade reside nas abstrações – imagens• As imagens são um continuum, possui uma química que,

de alguma forma, possui uma realidade nela, e tudo é movimento.– Possivelmente, inclui também alguma realidade material além

da química – a física, a eletricidade, e mais além disso.• Para mudar precisamos de uma visão do todo.

– Fazer de uma imagem algo tão importante não é uma opção séria. É na verdade a coisa mais efêmera que existe. Nada é mais efêmero que os pensamentos.

– O ponto é ter a noção de um ser criativo ao invés de um ser identificado.

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Representações da matéria

• As formas do pensamento, pelas quais tentamos representar a matéria, são muito mais abstratas que a matéria.– Elas não são as próprias coisas materiais.– Podem servir como guias que levam a uma ação coerente, se

forem representações corretas. Caso contrário, nos guiarão à incoerência.

• Também, temos todos os tipos de representações de nós mesmos que nos torna um tanto superficiais.– Temos uma representação do eu que, na realidade, surge como

um processo que não conhecemos muito bem. Mas a tentativa de tratar o eu como um objeto não terá significado algum. Sua origem, sua base é desconhecida. E está constantemente se revelando.

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Eu revelado x Desconhecido

• “Seja lá o que for o eu, sua essência é desconhecida, mas está constantemente se revelando.”

• Não somos o que é limitado e conhecido – na melhor das hipóteses isso é uma abstração ou uma representação.

• Há um vasto desconhecido que está se revelando e estamos aprendendo, se você quiser.– E mesmo se não estivermos aprendendo, continua se

revelando;• Essa é a “visão criativa do ser” em vez da ideia de uma

“identidade do ser”.

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O que conhecemos?

• Tudo o que conhecemos é uma forma, que projetamos, de alguma maneira, no pano de fundo da consciência – como fazemos com o arco-íris.– Pode-se projetar corretamente ou incorretamente– A visão geral está na cultura

• Toda essa coisa deve ser feita muito mais coletivamente que individualmente.

• Ao discutir nossos pensamento e consciência, estamos projetando formas em tudo.

• A estrutura material é sempre coerente, apesar de não ser o que pensamos que é. A incoerência, quando existe, está nas representações e nas ações que essas formas levarão.– O pensamento sempre fornece os limites com suas relativas

validades.

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Conhecimento derradeiro e o além• Se você assumir que chegou ao conhecimento derradeiro, em

seguida não irá procurar coisa alguma e, consequentemente, isso lhe bloqueará.

• Tanto quanto o pensamento nos permite, precisamos deixar aberta a possibilidade de que algo além do conhecimento seja possível.– Há uma grande evidência de que o conhecimento não pode ser

completo. Deve haver algo além disso, mas não temos prova.• A busca para o conhecimento derradeiro deveria ser uma busca

para a segurança já que o desconhecido não parece ser muito seguro.

• O saber é um processo baseado no desconhecido.– O conhecimento é sempre sujeito ao teste para a incoerência, o que deve

ir além do saber, e você não consegue saber sobre todos os testes.

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Representação x Realidade

• Uma teoria da verdade é que as ideias verdadeiras correspondem à realidade– tais como se a ideia verdadeira da mesa correspondesse à

realidade da mesa• Cada ideia é uma representação – uma abstração que

deixa para fora a maior parte da realidade– É difícil saber o que realmente corresponde.

• Deve haver uma correspondência entre uma abstração e outra que nos guia (linhas do mapa e muros, por exemplo)– No entanto, é uma correspondência de forma, de certas

formas abstratas, mas não a realidade

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Verdade

• O significado da palavra verdade diz: “correto, honesto e fiel aquilo que é”.– Não haverá verdade a menos que mente seja correta, honesta e fiel;

que não se coloque em autodecepção; e que a química permita.– A verdade se encontra com “aquilo que é”; ela toca “aquilo que é” da

mesma forma coerente quando toca o que está acontecendo no cérebro, e limpa um pouco dele.

• A percepção da verdade é um ato atual que altera as coisas; não é apenas a verdade sobre algo que é diferente.

• A verdade é a ação de um momento a outro momento.• A imaginação criativa tem estado infinitamente mais a serviço

da humanidade que o conhecimento– Ela leva a uma nova percepção e a uma nova ação.

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Cultura é a base do sistema

• A mudança individual tem uma tremenda importância; mas, mesmo que ele mudasse, a mudança ainda resultaria num significado muito limitado. A cultura continuaria com a poluição– Mudança significativa e profunda exige que toda a cultura seja

mudada• Fundamentalmente, toda a questão de identidade, auto-

imagem, repressão, suposições e tudo isso, é levantada na cultura, que é o significado sendo partilhado.– Partilhamos tudo isso; emerge. Podemos rejeitar alguma coisa

e aceitar outra, mas ser capaz de fazer isso faz parte da cultura. Tudo isso é o sistema. E a cultura é a base do sistema.

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Video

• Trecho da entrevista com Krishnamurti