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Produção e controle de qualidade de vacinas
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Produção e controle de qualidade de vacinas
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde
Departamento de Biointeração
Tecnologia do Desenvolvimento de Vacinas
PatógenoPatógeno
CulturaAtenuaçã
oPurificação Ag
Inativação
Vacina
“Semente”
Cultura
Vacina
Inativação
Vacina Purificação
Vacina
Processamento primário
(Up-stream)
Processamento primário
(Up-stream)
Etapas na produção de vacinas
SELEÇÃO DA LINHAGEM VACINAL (I)
Padronização da linhagem “semente”
Uma vez que a semente candidata foi selecionada…
Antígenos devem passar por testes de identidadeAvaliação da sua aplicabilidade no produto final
Níveis satisfatórios quando cultivados em ovos embrionados ou culturas celulares (vírus)
Estabiliade antigênica após passagens em meios de cultura, e pelos processos de inativação e purificação
Crescimento de microrganismos
“Bulk production” - produção a granel ou em escalaCultivo do microrganismo em um fermentador equipado
com controle de parâmetros como temperatura, pH, oxigênio dissolvido, etc.
Crescimento dos Mos ao
nível máximo
Cultura “Batch” ou fechada (Bac)
MO cresce em um ambiente fechadoTodas matérias primas são adicionadas
ao fermentador ao início e então o MO é inoculado.
O sistema é mantido fechado (uma semana), até que tenha havido o consumo dos nutrientes e geração dos produtos de interesse.
O fermentador é esvaziado e o material é posteriormente separado.
Cultura contínua (Bac)
Crescimento de Mos em sistema aberto
Cultura contínua mantém os Mos em
crescimento por tempo indeterminado.
Pode ser aplicado se:
Nutrientes frescos são continuamente
fornecidos
Células acumuladas e produtos / dejetos são
removidos na mesma taxa
Cultivo celular para vírus (I)
Cultivo celular é um processo complexo através do qual células crescem sob condições controladas, geralmente fora do seu ambiente natural
Cultura primária (menos utilizada) Células cultivadas diretamente dos tecidos hospedeiros (humano ou
animal) e podem ser subcultivadas por apenas 1 ou 2 vezes. Ex. Cultura primária de células renais de macacos
Animais SPF
Cultura secundária São derivadas de tecidos fetais humanos e podem ser subcultivadas por até
20 - 50 vezes. Fibroblastos diplóides (MRC-5)
Cultivo celular para vírus (II)
Linhagens celulares contínuas Um tipo celular que pode ser propagado indefinidamente em cultura Ex. Células Vero, Hep2
Seleção da linhagem celular: Linhagem de acordo com o “Sistema de Lotes de sementes” Histórico da linhagem celular obtida (origem, numero de passagens em
cultivo, meios de propagção…) Linhagem capaz de multiplicar o vírus em grandes quantidades,
rapidamente, eficiente na expressão das moléculas virais, e aplicável a outros tipos virais
Células deve sem primeiramente checadas – aparância, taxa de crescimento, contaminação, mycoplasmas
Propagação do cultivo celular (I)
Em sistemas de microcarreadoresCélulas dependentes de ancoragem e crescimento em superfícies
sólidas (microcarreadores, microesferas)Células crescem recobrindo as microesferas uniformementeGrande superfície – área/volumeMaiores densidades celulares
Propagação do cultivo celular (II)
Cultivo em suspensãoCélulas que não dependem de aderência para o crescimentoHomogenização contínuaSistema fácil, sem limites de volume para a escala industrial
Ovos embrionados para vírus
Ovos de origem certificada, SPFPode ser aplicado para diferentes vírusAtualmente, utilizado para vírus da Influenza Confecção de um orifício na casca entre 5 a 14 dias após
fertilizaçãoIncubação a 33 ° C por 2-3 dias, testes de viabilidade dos ovos e
recuperação do fluido alantóideo
Regiões de aplicação viral
Herpes simplex virusPox virusRous sarcoma virus
Herpes simplex virusPox virusRous sarcoma virus
Influenza virusMumps virusInfluenza virusMumps virus
Herpes simplex virusHerpes simplex virus
Influenza virusMumps virusNew castle disease virusAvian adenovirus
Influenza virusMumps virusNew castle disease virusAvian adenovirus
Recuperação e purificação viral
Após propagação viral….
Recuperação das células infectadasPurificação das partículas viraisInativação (calor , formalina, Triton X-100)Purificação de subunidades
Métodos empregados: Centrifugação Filtração Cromatografia
Para vacinas inativadas / Mos mortos
Inativação QuímicaBeta-propiolactona (Lo Grippo, 1960; Gard, 1960).Formalina (Weil & Gall, 1940; Kim & Sharp, 1967).
Inativação por Solventes e detergentes (S/D)
Vírus envelopados
Detergente tipicamente utilizado: Triton-X 100.
Inativação Térmica (Calor) : 56°C por 30 minutos.
Inativação por Luz UV: Dimerização de timinas – vírus DNA
Processo de produção da vacina inativada
Bakker et al., 2011
Fig. 1. Schematics of the inactivated polio vaccine production process. During upstream processing cells are expanded using two pre-culture steps prior to cell culture and virus culture. The downstream processing consists of clarification, concentration, size exclusion chromatography and ion exchange chromatography followed by inactivation. To obtain trivalent polio vaccine this procedure is followed for each polio virus type separately prior to mixing for end product formulation.
Formulação da vacina
A formulação da vacina ocorre pela adição dos adjuvantes, estabilizantes, conservantes, caso necessários.
Componente Função Exemplo Examplos de vacinas
Adjuvantes Melhorar a resposta imune a uma vacina
Sais de alumínio
Diphtheria-pertussis-tetanusDiphtheria tetanus (DT)DT combinada com Hepatite B (HBV)Haemophilus influenza BPolio virus inativado (IPV)Hepatite A (HAV)
Conservantes Prevenir contra contaminações bacterianas e fúngicas
Timerosal Diphtheria-tetanus-pertussis acelular (DTaP)Hepatite B,Haemophilus influenza type B (Hib).
Componente
Função ExemploExemplo de
vaacinas
Estabilizantes Proteção contra condições adversas, congelamento, descongelamento, aquecimento, mantendo a potência da vacina
Gelatina, Glutamato Monossódico (MSG)
17D Febre Amarela, Raiva,Varicela
Resíduos do processo de fabricação
Agentes inativadores
Antibioticos – prevenir contra contaminação bacteriana das culturas
Fluidos de suspensão de microrganismos
Formaldeído
β-propiolactona
Glutaraldeido
Neomycin, Streptomycin, Polymyxin B
Proteínas dos ovos
Proteínas de leveduras
Influenza virus, Poliovirus, Diphtheria and Tetanus toxins.
Rabies virus
Acellular pertussis
DTaP-IPV/Hib
Influenza, MMR
Influenza and yellow fever vaccines
Vacina Hepatitis B
Controle de qualidade e liberação de lotes
Testes finais para a liberação do produto para comercialização
Teste Função do teste
Esterilidade Demonstrar que não existem microrganismos vivos no produto
Pureza / Segurança
Demonstrar que doses elevadas não proporcionam riscos à saúde
Toxicidade residual
Demonstrar que o produto não possui substâncias que proporcionem riscos
Potência / Eficácia
Demonstrar que os antígenos do produto se enquadram em padrões internacionalmente reconhecidos (quantidade e proteção)
Reversão da atenuação
Emvacinas vivas, demonstrar que o microrganismo não apresenta virulência em passagens em aniamis de laboratório
Interferência antigênica
Em produtos com 2 ou mais componentes antigênicos, demonstrar que não há interferência de componentes individuais na resposta protetora dos outros componentes
Controle de qualidade
X
Garantia da qualidade