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Quais os tempos da memória? Arte-educadora: Rose Silva projeto: E. E. Henrique Rocha 2014 Proposição verde COLETIVIDADE, CONFLITO, IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO Quais os tempos da memória?’ acontece sob orientação do INSTITUTO ARTE NA ESCOLA polo UNESP/Bauru e será disponibilizado no site http://provocandoarte.blogspot.com.br para consulta

proposições do ensino da Arte para o ensino Médio escola Henrique rocha

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Page 1: proposições do ensino da Arte para o ensino Médio escola Henrique rocha

Quais os tempos da memória?

Arte-educadora: Rose Silva

projeto:

E. E. Henrique Rocha

2014

Proposição verde

COLETIVIDADE, CONFLITO, IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO

Quais os tempos da memória?’ acontece sob orientação do INSTITUTO ARTE NA ESCOLA polo UNESP/Bauru e será disponibilizado no site http://provocandoarte.blogspot.com.br para consulta

Page 2: proposições do ensino da Arte para o ensino Médio escola Henrique rocha

Propomos uma aprendizagem

que provoque o olhar sobre o

tempo e a nossa relação com

ele mediante as diversas

interferências provocadas pela

vida urbana. Refletindo como

elas nos comunicam para que

por fim possamos apresentar

nossa própria intervenção nos

espaços da escola

Apresentação

A memória é uma relação com o passado, com o presente ou com o futuro?

Essa é uma das inquietações que nos movem nesse percurso, pretendemos criar situações que deflagrem ações coletivas que permeiam os tempos da memória, por meio de conflitos que promovam a imaginação e a criatividade. Para tanto, nos propomos a partir das proposições do Educativo da 30x Bienal de Arte proporcionar situações que desencadeiem as seguintes inquietações: Quando surge a memória? Como se desenha a memória? Qual a importância do esquecimento? Memórias podem ser apagadas? Como um museu pode construir memória?

Justificativa

Diferentes noções de tempo na arte

A arte contemporânea no território da

materialidade

Arte pública e Intervenções urbanas

Procedimentos técnicos das linguagens

da fotografia (inclusive via celulares), do

computador, do cinema de animação,

web art, expansão dos conceitos de

pintura, desenho, escultura, grafite

etc.

Realização dos projetos poéticos

Conteúdo

s

Proposta verde do educativo Bienal da 30x

Bienal de Arte.

Materiais diversos ( papéis, tintas, lápis de

cor, canetas hidrocor, linhas e barbantes

Imagens: Nelson Leirner – homenagem a

fontana II 1967;

A persistência da memória - Salvador dalí

Vídeos Arte na escola

Materiais

Turmas envolvidas: 2º Ano Ensino

Médio C, D, E

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Apresentação 1ª Etapa:

Roda de conversa sobre o que os alunos conhecem acerca das diferentes noções

de tempo na Arte

(Objetivo: Conhecer previamente o repertório dos alunos acerca do assunto).

2ª Etapa:

Onde mora A memória? Você sabe quem é a pessoa que trabalha há mais

tempo em sua escola? A pessoa que mora há mais tempo em sua casa? A pessoa

mais antiga de seu bairro? Se você conversar com ela, provavelmente vai

descobrir que esses lugares mudaram com o tempo. Os lugares têm memória.

Como eles eram antes? Como estão hoje? O que mudou? Como poderíamos

transformar essas mudanças em uma imagem? Tente coletar fotografias, textos,

objetos ou qualquer coisa que informe como eram esses lugares e monte um

painel.

3ªEtapa:

Histórias De memórias? Será que ser criança hoje é igual a ser criança no

passado? Vamos descobrir? Procure a pessoa mais velha que você conhece e peça

que conte como foi sua infância. Foi parecida com a sua? O que era diferente? Em

um desenho, conte como foi a infância dessa pessoa e a sua. Compartilhe com

seus colegas e, juntando todos os desenhos do grupo, monte uma única história

com essas crianças de diferentes tempos e memórias, fazendo com que se

encontrem em um mesmo lugar.

4ª Etapa:

Como medir o tempo De uma história? Quando contamos nossas

memórias, falamos de medidas de tempo: podemos dizer que algo aconteceu há

muitos e muitos anos ou hoje de manhã; podemos dizer que viajamos durante

uma se- mana ou que levamos mais de uma hora para chegar a algum lugar. Mas

será que essa é a única maneira de contar o tempo?

Desenvolvimento

Podemos inventar outros modos de falar de nossas lembranças? Podemos

contar uma viagem em cinco aventuras? Contar nossa vida em três

amizades? Falar do passado em quatro saudades? Invente sua própria

unidade de medida e conte uma história a um colega.

Depois é a vez de ele fazer o mesmo. Os dois podem então desenhar as

histórias um do outro, dividindo o desenho na unidade que o outro

inventou (por exemplo: as cinco aventuras de Pedro ou as quatro saudades

de Maria).

5ª Etapa:

Monumento das pequenas coisas. Quando uma coisa muito

importante acontece em um lugar, geralmente as pessoas fazem um

monumento, põem uma placa, constroem um prédio ou uma escultura

para que nos lembremos sempre do evento. Mas há coisas que são

importantes para a gente e ninguém fica sabendo. Certamente,

aconteceram coisas importantes em sua vida em vários espaços da escola.

Que tal criar marcos para celebrar esses acontecimentos ? Escolha uma

memória divertida, embaraçosa ou marcante que tenha acontecido em sua

escola. Escreva em um papel e depois, com uma fita adesiva ou barbante,

fixe esse papel no exato lugar do acontecimento. Passeie pela escola e

descubra as coisas que ocorreram nos lugares por onde passa todos os dias

e você nem sabia!

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Participação na elaboração, execução e conclusão em todas as

etapas.

Avaliação

6ª Etapa:

Museu DA semana Museus são espaços criados para guardar e exibir

coisas. Nem todas elas são antigas ou vêm do passado, as coleções também

contam com objetos dos dias de hoje, com a intenção de preservá-los para

o futuro. Tudo que é ali guardado foi escolhido por alguém, por sua

importância ou pela necessidade de preservação, e se chama acervo ou

museália. Que tal fazermos o mesmo? Ao longo de uma semana, escolha

objetos que marcaram sua vida ou que você acha muito importantes para

você. Depois, o grupo pode reunir todos os objetos escolhidos e montar

seu próprio Museu da Semana. Vocês podem elaborar etiquetas, placas,

mapas e visitas orientadas com outras turmas e fazer uma grande

exposição.

7ª Etapa:

Sentidos DA memória Muitas coisas podem nos fazer lembrar de

momentos de nossa vida. Às vezes uma foto, um brinquedo ou um

presente despertam nossas memórias… Mas, de vez em quando, é só ouvir

um som, sentir um gosto ou um cheiro para nos lembrarmos de algo.

Existe um objeto cujo gosto, cheiro, som, textura ou aparência faça com

que se lembre de algo? Que tal compartilhar essa experiência com seus

colegas? Mostre-lhes uma sensação ou objeto que faz parte de sua

memória. Será que um mesmo cheiro desperta as mesmas memórias em

pessoas diferentes? Registre as diferentes memórias para cada objeto e

crie um dicionário analógico, em que diferentes sentidos e referências

remetem a uma mesma palavra.

2º Semestre 2014 segundo Calendário Oficial da

SEE/SP

Cronograma

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Sobre o referencial: Outras referências poderão ser utilizadas de acordo com os apontamentos e necessidades que se delinearem

no decorrer do percurso

Sobre as performances: As ações serão pensadas e replanejadas a todo o momento para que atentas as reais necessidades dos

alunos e da proposta.

Sobre a avaliação: Partiremos da premissa de “descatracamento” das notas portanto, todos os alunos iniciarão com nota 10 e de

acordo com seu envolvimento, engajamento e iniciativa, manterá as notas, caso o aluno, não corresponda com as expectativas

pontos serão perdidos, definindo a média final.

Sobre o projeto em si: O exercício do olhar dilatado sobre a memória afetiva propiciará construir argumentos de diálogo a

respeito do tema do tempo na Arte. Teremos como eixo norteador os princípios da XXXI Bienal de Arte de SP – COLETIVIDADE,

CONFLITO, IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO. Em nossa proposta buscamos extrapolar o Ensino da Arte e promover diálogos com outras

áreas relevantes do conhecimento, por meio de um projeto que seja antagônico à perspectiva linear da educação (que hierarquiza os

saberes e tem como foco o produto final), mas tendo como premissa uma educação que prioriza o saber de maneira contextualizada,

significativa, relacionada e globalizada.

Fundamentação Teórica

Embasamos nossa proposta na linha Rizomática, na perspectiva de Delleuze (1995), em que a organização dos momentos ou etapas

dentro do processo ensino-aprendizagem não siga linhas de subordinação hierárquica, mas, que todas as situações sejam

significantes dentro do processo, deflagrando novas possibilidades de fruição e criação, atendendo assim, às expectativas e reais

necessidades dos alunos, tornando-os protagonistas de suas próprias aprendizagens em Arte. Temos como referência também, o

Pensamento Complexo, seguindo os princípios de Morin (2008), em que as linguagens da Arte sejam articuladas às múltiplas

possibilidades de fluxo entre os saberes; e por fim, temos como referência a Concepção sugerida no Currículo do Estado de São

Paulo (2010) por Miriam Celeste e Gisa Picosque, de compreensão do Ensino da Arte pela Cartografia de seus territórios, em uma

grande rede de interconexões como um mapa aberto conectável em todas as suas dimensões, desmontável, reversível e suscetível de

receber modificações constantemente para que se adapte ao indivíduo em formação e ao grupo social em que está inserido.

Parecer da autora

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Referências

GILLES, Deleuze, Félix Guattari ; Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia, vol. 1 / Tradução de Aurélio Guerra Neto e

Célia Pinto Costa. - Rio de janeiro : Ed. 34, 1995. 94 p. (Coleção trans).

ALMEIDA, María da Conceicao de; "Para Comprender la Complejidad", Hermosillo, Sonora. – México, 2008 (disponível

para download no site oficial http://www.edgarmorin.org).

São Paulo ( Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, códigos e suas

tecnologias / ARTE. coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Alice Vieira. São Paulo : SEE, 2010

KEIM, Ernesto Jacob. Complexidade E Prática Educacional. O Pensamento Sistêmico, o Conhecimento e a Vida.

Revista Contexto e Educação. Ed. Unujuí - ano 16- nº 64 – 2001. P 27-59.

http://www.bienal.org.br/