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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE- UNIBH
Assistência de Enfermagem em Lesões Cutâneas
Curso: ENFERMAGEM
Professora: Fabiana Costa Sampaio
BELO HORIZONTE2014
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE- UNIBH
Assistência de Enfermagem em Lesões Cutâneas
Anderson da Silva Dias
Fabiane Mansur
Flávia Martinho Pereira
Macelli Prado
Pâmella Alvarenga
BELO HORIZONTE2014
QUEIMADURAS
QueimadurasAs queimaduras são feridas traumáticas
causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
(S.B.Q - Sociedade Brasileira de Queimaduras)
Anatomia da pele
(ADAMS)
TÉRMICA: provocada por gases, líquidos/sólidos quentes, objetos aquecidos, vapor.
FÍSICOS
(http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Queimaduras)
QUÍMICA: provocada por ácidos e bases.
(http://hypescience.com)
ELÉTRICA: quando provocada por raios e corrente elétricas.
(http://edsonmelosintonia.blogspot.com)
RADIAÇÃO: causadas por raios ultravioletas (UV), por raios-X ou por radiações ionizantes.
(Revista Brasileira de Queimaduras)
Biológicos
ANIMAL: lagarta-de-fogo, água-viva e medusa podem ser citadas como as mais comuns.
(http:www.vistaalmar.es)
VEGETAIS: deve-se ter atenção com o látex de certas plantas e urtiga.
(http:www.arteblog.net)
Grau/ Profundidade
Queimadura de 1º grau
Acometimento da camada externa da pele, epiderme, sem
modificar os padrões da circulação sanguínea. Aparece o que se chama de eritema, que é uma coloração avermelhada na
pela decorrente da dilatação dos vasos seguida de inchaço e dor variável. Não há formação de
bolhas e a pele não se desprende. Na evolução não
surgem cicatrizes.
Queimadura de 2º grau
Há destruição maior da epiderme e derme, com dor mais intensa.
Normalmente aparecem bolhas no local ou desprendimento total ou
parcial da pele afetada. A recuperação dos tecidos é mais lenta e podem deixar cicatrizes e manchas
claras ou escuras.
Dividida em dois tipos:
Lesão de 2º grau superficial: acomete a epiderme e um pouco da derme,
com bolhas e eritema.
Lesão de 2º grau profunda: atinge a derme em sua parte mais interna. As bolhas possuem cor esbranquiçada
ou violácea. (Podem ser diferenciadas das de 3º grau por
serem dolorosas).
Queimadura de 3º grau
Agride todas as camadas da pele, podendo atingir outros tecidos,
como os subcutâneos, músculos e ossos. A lesão possui um aspecto
duro, esbranquiçado ou marmóreo, redução da elasticidade tecidual, perda de sensibilidade no local e
trombose nos vasos (coágulo sanguíneo).
REGRA DOS 9
ÁREA ADULTO CRIANÇA
Cabeça e Pescoço 9% 18%
Membro Sup. Dir. 9% 9%
Membro Sup. Esq. 9% 9%
Tronco Anterior 18% 18%
Tronco Posterior 18% 18%
Coxa Dir. 9% 4,5%
Coxa Esq. 9% 4,5%
Perna e pé Dir. 9% 4,5%
Perna e Pé Esq. 9% 4,5%
Genitália 1% 1%
REGRA DOS 9
Extensão/profundidade maior do que 20% de SCQ em adultos.
Extensão/profundidade maior do que 10% de SCQ em crianças.
Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos.
Presença de lesão inalatória.
Politrauma e doenças prévias associadas.
Queimadura química.
Trauma elétrico.
Áreas nobres/especiais (Ocular, Auricular, face, pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila, cotovelo, punho, coxo femoral, joelho, tornozelo), genital; assim como queimaduras profundas, que atingem estrutura profunda como osso, músculo, tendão, nervo e/ou vaso desvitalizado. )
Violência, maus-tratos, tentativa de autoextermínio (suicídio), entre outras.
(Revista Brasileira de Queimaduras)
Afastar a vítima do agente da queimadura;
Encharcá-la com água e extrair as roupas queimadas não aderentes;
Se tratar de uma queimadura química, retirar cuidadosamente as roupas e despejar grandes quantidades de água sobre a ferida;
Se tratar de uma queimadura eléctrica e a vítima ainda estiver em contato com a corrente eléctrica, não tocar na vítima. Interromper o contato com um objeto seco não condutor;
Estabelecer a permeabilidade das vias aéreas e avaliar as lesões provocadas por inalação. Administrar oxigénio se possível;
Avaliar e iniciar o tratamento das lesões que requeiram atenção imediata;
Retirar jóias ou roupas apertadas;
Cobrir a queimadura com uma cobertura húmida esterilizada ou limpa;
Cobrir a vítima com uma cobertura seca e quente, para evitar a perda de calor;
Transportar a vítima para o centro hospitalar mais próximo.
O tratamento irá depender do tipo de queimadura.
Queimadura de 1º grau
Compressas frias nas primeiras horas após o acidente; não colocar pasta de dentes, nem manteiga. Use óleo mineral ou vaselina líquida para manter a queimadura hidratada; tome analgésico se necessário e use filtro solar regularmente.
Queimadura de 2º grau superficial
As bolhas devem ser drenadas, mas não devem ser retiradas, pois servem de curativo biológico. O procedimento deve ser feito preferencialmente por um médico. Após o rompimento da bolha, curativos com sulfadiazina de prata ou nitrato de cério, e limpeza com água corrente e clorexidina devem ser feitos. Após a cicatrização, deve-se usar filtro solar para evitar o surgimento de manchas.
Queimadura de 2º grau profunda e 3º grau
Na maioria das vezes, há necessidade de internação hospitalar, pois geralmente ocorrem manifestações sistêmicas, como desequilíbrio acentuado dos níveis de sódio, potássio e/ou cálcio, e desidratação; necessidade de retirada de tecidos necrosados, partículas estranhas na ferida; e até realizar enxertia.
Todos os pacientes com queimaduras de 2º e 3º graus devem tomar vacina contra o tétano, ingerir muito líquido e manter os membros acometidos elevados, para alívio da dor e do edema.
Se forem queimaduras significativas na face, mãos, pés e genitália, queimaduras elétricas ou de vias aéreas superiores, procure imediatamente uma emergência hospitalar.
As sessões de balneoterapia são uma das formas mais antigas de tratamento de queimaduras, consistindo numa terapia por meio de banhos. Tem como principal objetivo a limpeza por meio da aplicação de água corrente e/ou desbridamento mecânico do tecido desvitalizado, assim como desinfecção da área queimada (por meio da aplicação de antissépticos), contribuindo para a prevenção da infecção no doente queimado, por redução ou eliminação de agentes patogênicos na ferida.
Balneoterapia
Quebra da barreira de proteção contra germes do ambiente, favorecendo a infecção das feridas por bactérias da pele e o desenvolvimento da sepse.
Grande perda de líquidos dos tecidos queimados. Quando a queimadura é extensa, a saída de água dos vasos é tão intensa que o paciente pode entrar em choque circulatório.
A insuficiência renal aguda também é uma complicação grave nos grandes queimados
Quando a área do tórax e do pescoço são acometidas por queimaduras mais profundas, a cicatrização torna a pele muito rígida e retraída, o que pode atrapalhar os movimentos da respiração. Neste caso é necessária a escarotomia, uma incisão cirúrgica da pele de modo a impedir a que a falta de elasticidade da mesma cause compressão das estruturas internas. Como as mãos são áreas de intensa articulação e movimento, cicatrizações de queimaduras podem ser muito limitantes. Por isso, este tipo de queimadura deve sempre ser avaliada por um médico.
Queimaduras circunferenciais são perigosas pois há risco de compressão de estruturas internadas devido ao inchaço que qualquer queimadura provoca. No membros podem comprimir nervos e vasos. No pescoço podem comprimir as vias aéreas.
Complicações
Anamnese;
Monitorar a estabilização física e psicológica do paciente, além de intervir nas necessidades psicológicas também da família;
Planejar uma assistência adequada de acordo com as necessidades afetadas do queimado, deve analisar e acompanhar os exames com periodicidade;
O exame físico é primordial na avaliação do paciente queimado, levando em conta suas limitações, pelas lesões que sofreu, deve ser realizado de forma criteriosa, atentando-se com frequência aos sinais vitais, dando ênfase aos pulsos periféricos em que, por sua vez, pode ser inviável a verificação, devido à presença de edema;
Manter uma comunicação efetiva com o doente e seus familiares e com a equipe de saúde.
REFERÊNCIAS
Gomes DR, Serra MCVF, Macieira L Jr. Condutas atuais em queimaduras. Rio de Janeiro: Revinter;2001.
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica: http://www.sbcd.org.br/
Sociedade Brasileira de Queimaduras
Revista Brasileira de Queimaduras: http://www.rbqueimaduras.com.br/