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REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS Aluna: Débora Barreto dos Santos Professor: João Costa Aguiar Filho UNILESTE – MG 2º semestre - 2015

Regulação e agências reguladoras

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REGULAÇÃO E AGÊNCIAS REGULADORAS

Aluna: Débora Barreto dos SantosProfessor: João Costa Aguiar Filho

UNILESTE – MG2º semestre -

2015

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CONTEXTO HISTÓRICOBaseado no Direito Público do Estado, as necessidades sociais devem ser atendidas de forma eficiente em se tratando dos fins fáticos e sociais a que se destinam.

Como conceito de eficiência, tem-se que qualquer atividade deve ser realizada da melhor forma possível visando atender as finalidades do ordenamento jurídico. Tais finalidades encontram-se fixadas através de leis, decretos e outras fontes jurídicas e são delimitadas através da regulamentação.

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REGULAÇÃODo ponto de vista jurídico, regulamentação diz respeito a normas ou preceitos que regulamente ou normalize determinado assunto. Pode-se definir regulação como o estabelecimento e a implementação de regras para a atividade econômica, destinadas a garantir o seu funcionamento equilibrado, de acordo com determinados objetivos públicos.

Entende-se por ordem econômica as disposições estabelecidas para disciplinar a intervenção estatal na economia. A Constituição Federal estabelece, como regra, a intervenção do Estado de forma indireta e, excepcionalmente, é permitida a intervenção direta.

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TIPOS DE REGULAÇÃOSão previstos os seguintes tipos de regulação:• econômica – tem a finalidade de prevenir práticas abusivas, corrigir assimetrias informativas em defesa do consumidor, garantindo também o cumprimento das políticas públicas adotadas para condicionamento do exercício do poder econômico por parte dos agentes de mercado;

• serviços públicos – tem o intuito de garantir aos usuários a adequada prestação de serviços públicos por parte da Administração Pública, fazendo com que os serviços sejam prestados de forma efetiva e universal aos usuários;

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• social – visa assegurar que o princípio da dignidade da pessoa humana seja cumprido de forma minimamente necessária à vida em sociedade;

• ambiental – sua finalidade é a preservação ambiental, além de assegurar a harmonia dos agentes econômicos com os fatores de produção naturais;

• cultural – visa incentivar a produção cultural nacional, bem como a proteção do patrimônio histórico-cultural do país. Essa forma de regulação é de suma importância para o País no intuito de manter a identidade nacional da população com sua pátria.

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AGÊNCIAS REGULADORASFace a problemas encontrados com a dificuldade apresentada pelo ente estatal em gerir de forma eficaz todos os setores, juntamente com a ausência de uma intervenção econômica eficaz, foram criadas, em diversas partes do mundo, as agências reguladoras.

Agora o Estado não seria mais responsável de forma direta por determinados setores. Após a criação das agências reguladoras a gestão de serviços públicos e coletivos foi repassada a essas autarquias, que são dotadas de independência e de autonomia.

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AGÊNCIAS REGULADORASAs agências reguladoras são criadas por leis e tem várias funções, sendo que as principais são: elaboração de normas disciplinadoras para o setor regulamentado e fiscalização dessas normas. Desempenham a função de intervenção estatal na economia, regulando, controlando e fiscalizando os setores estratégicos que o Estado delega à inciativa privada.

No Brasil, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, a criação dessas autarquias especiais se deu de forma rápida, a partir de uma decisão política determinada.

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Têm-se atualmente onze agências reguladoras, cada uma com a função de regular determinado setor. São elas:

• Agência Nacional de Águas (ANA) - Implementar, em sua esfera de atribuições, a Política Nacional de Recursos Hídricos, integrando o Sistema nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

• Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) - Regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária;

• Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) - Regular e fiscalizar os serviços de telecomunicações do país;

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• Agência Nacional do Cinema (ANCINE) - Fomentar, regular e fiscalizar a indústria cinematográfica e videofonográfica;

• Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) - Regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal;

• Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) - promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis;

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• Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - Controlar, normatizar, controlar e fiscalizar as atividades que garantem a assistência suplementar à saúde;

• Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) - Implementar, regular e supervisionar a política de transportes aquaviários;

• Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) - Implementar, regular e supervisionar a política voltada para os transportes terrestres;

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• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - Proteger e promover a saúde, garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços;

• Agência Nacional de Mineração (ANM) - em processo de criação para substituição do DNPM.

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CARACTERÍSTICAS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

• São criadas por leis;• Quanto a natureza jurídica, são pessoas jurídicas de Direito Público;• Exercem função de Estado na esfera administrativa, normativa e fiscalizatória.

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FUNÇÕES DE ESTADO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

• Normativa – publica atos administrativos através de resoluções, portarias e instruções normativas a fim de regular os setores que foram delegados à iniciativa privada;

• Executiva – as agências executam suas diretrizes técnicas, regulando o setor econômico específico, situando-se na mediação entre os interesses dos prestadores de serviços delegados e os usuários desses mesmos bens e serviços;

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FUNÇÕES DE ESTADO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

• Decisória (ou judicante) – seus órgãos colegiados de cúpula decidem em última instância administrativa conflitos de interesses entre a agência e o ente regulado ou entre este e os usuários dos serviços.

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OUTRAS CARACTERÍSTICAS DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

Quanto à competência, compete às agências reguladoras a elaboração de um plano regulatório no que tange a competência técnica da agência; exercer o poder de polícia que lhe foi conferido por lei; mediar os interesses entre os agentes regulados e a sociedade.Quanto às atribuições de cada agência, essas lhes são conferidas através da lei que a criou, assim como o regime especial a que se submetem.

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INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO

• atos normativos, gerais e abstratos – são meios de atuação para supervisão e regulamentação da atividade econômica;

• mediação entre os interesses dos setores políticos e privados – através de instrumentos jurídicos extrajudiciais visa mediar os interesses das partes que compõem os setores regulamentados;

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INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO

• exercício do poder de polícia – através da fiscalização sobre a atividade econômica, quer seja na expedição de regulamentos proibitivos, quer seja através da aplicação de sanções administrativas;

• fomento, estímulo e promoção a determinadas atividades – tem a finalidade de alcançar os objetivos políticos estabelecidos pelo Poder Público.

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FORMAS DE CONTROLE DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

As agências reguladoras exercem controle financeiro, finalístico (ou político-público), e de juridicidade.

• O controle financeiro das agências é exercido principalmente pelo Tribunal de Contas em vários setores, inclusive no que tange à arrecadação e gastos de suas receitas e despesas públicas. A finalidade desse controle é a verificação da realização das despesas das Agências Reguladoras.

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FORMAS DE CONTROLE DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

• O controle financeiro é pleno quanto às atividades-meio, sendo importante ressaltar que em momento algum esse controle pode ser entendido como restrição orçamentária. Atualmente há certa discussão a respeito da submissão dos atos de regulação típicos das agências ao controle pelo Tribunal de Contas, mas isso ainda não ocorre.

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FORMAS DE CONTROLE DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

• O controle finalístico (ou político-público) é exercido de forma restrita pelo Executivo e Legislativo, bem como por toda a sociedade. Esse controle é apenas do cumprimento das políticas públicas, dos objetivos e das finalidades da atividade de regulação a ser alcançado pela agência.

• O controle de juridicidade é exercido pelas Procuradorias das agências reguladoras, que são órgãos externos vinculados à Advocacia-Geral da União, e pelo Poder Judiciário, respeitando ao princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário.

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CONCLUSÃOAnalisando-se a respeito da eficácia das agências reguladoras na atualidade brasileira, tem-se que essa característica só aproxima-se da plenitude quando praticados todos os instrumentos de regulamentação.

Diante do exposto, pode-se concluir que as agências reguladoras se mostram como ferramentas fundamentais para garantir a eficiência na prestação do serviço público, garantindo a qualidade do serviço, a cordialidade para com o cliente e modicidade das taxas, conforme os princípios básicos do serviço público.