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Relatório Prática II ÍNDICE INTRODUÇÃO .............................................................................................................................3 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ....................................................................................................4 SÍNTESE DAS ATIVIDADES ......................................................................................................6 AVALIAÇÃO DO PROCESSO...................................................................................................12 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ...........................................................................................14 Resumo Métodos e Técnicas usadas - Quadro 1 .......................................................................15 REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................17 ANEXOS.....................................................................................................................................18 Anexo 1 Plano de atividades final..............................................................................................19 Anexo 2 Análise SWOT (diagnóstico).......................................................................................21 ANEXO 3 Análise SWOT (Prática) ..........................................................................................22 Síntese Avaliação das Atividades Quadro 1 ...............................................................................23 Síntese Avaliação das Atividades Quadro 2 ...............................................................................24 ANEXO 4 Dados 1ª formação TIC ...........................................................................................25 ANEXO 5 dados 2ª Formação TIC ............................................................................................28 ANEXO 6 - Dados 2ª Formação TIC............................................................................................29 ANEXO 7 - Dados 3ª Formação TIC............................................................................................32 ANEXO 8 - Dados 1ª Caminhada Envelhecimento Saudável ........................................................34

Relatório Final Prática II

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Page 1: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

ÍNDICE

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................3

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ....................................................................................................4

SÍNTESE DAS ATIVIDADES ......................................................................................................6

AVALIAÇÃO DO PROCESSO...................................................................................................12

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ...........................................................................................14

Resumo Métodos e Técnicas usadas - Quadro 1 .......................................................................15

REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................17

ANEXOS.....................................................................................................................................18

Anexo 1 – Plano de atividades final..............................................................................................19

Anexo 2 – Análise SWOT (diagnóstico) .......................................................................................21

ANEXO 3 – Análise SWOT (Prática) ..........................................................................................22

Síntese Avaliação das Atividades – Quadro 1 ...............................................................................23

Síntese Avaliação das Atividades – Quadro 2 ...............................................................................24

ANEXO 4 – Dados 1ª formação TIC ...........................................................................................25

ANEXO 5 – dados 2ª Formação TIC ............................................................................................28

ANEXO 6 - Dados 2ª Formação TIC ............................................................................................29

ANEXO 7 - Dados 3ª Formação TIC ............................................................................................32

ANEXO 8 - Dados 1ª Caminhada Envelhecimento Saudável ........................................................34

Page 2: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

3

INTRODUÇÃO

O relatório que nos propomos apresentar do Projeto de Educação Social para a Unidade

Curricular de Prática II, centra a sua elaboração a partir da entidade Junta de Freguesia de

Almodôvar.

Primeiro que tudo houve necessidade em conhecer, in loco, a realidade da comunidade

Almodovarense. Foi este um trabalho delicado que, obrigatoriamente, decorreu numa fase

preliminar do processo, através de contatos diretos com as gentes e entidades desta terra, tal

como já tínhamos previsto na planificação anteriormente elaborada. Foi fundamental termos

primeiro que tudo auscultado uma parte dos autóctones deste território para, a partir daí,

lançarmos as bases das nossas atividades junto dos mesmos na medida em que, é na tentativa

de perceber estas relações e interações pessoais e coletivas bem como a sua organização

social que o nosso trabalho adquire devida consistência e, é neste sentido que o Educador

Social poderá ter um papel relevante, sendo o seu “traço” marcante, sem dúvida, «… a

capacidade para saber encontrar e ajudar a percorrer caminhos que vão no sentido do bem-

estar da pessoa e da sociedade.» (Cardoso, 2006, p.14).

Previamente tivemos que usar o crivo metodológico necessário que nos desse o

feedback para a nossa ação, crivo esse que passou por um diagnóstico o qual incidiu em 3

pontos de análise: o primeiro sobre o Enquadramento Sociogeográfico da Instituição, o

segundo sobre a História, Missão e Objetivos e o terceiro sobre as Áreas de Intervenção,

Organização e Recursos.

Verificámos, à posteriori já com o projeto a decorrer, que o diagnóstico elaborado foi o

adequado e assertivo, tendo em conta que aquilo que se pretendeu, despretenciosamente, era

que a comunidade - através das atividades que lhe foram propostas e então desenvolvidas -

viesse a usufruir de bem-estar e melhoria da sua qualidade de vida.

O nome que demos ao projeto “LADO A LADO” vem na sequência da parceria que

estabelecemos com as várias entidades da freguesia de Almodôvar bem como com a própria

comunidade a qual não seguiu atrás do projeto mas sim ao lado dele.

Alberto Melo (2006), numa comunicação, alinha pelo mesmo diapasão quando refere

que, a dinâmica educativa, não tem como objetivo ensinar algo a outrem, numa relação de

“face a face”, mas sim, a reciprocidade de aprendizagens que se vão criando numa clara

alusão de desenvolvimento “ombro a ombro”. Como missão do grupo, promovemos uma

maior dinâmica participativa à população local, no sentido de ir em busca de soluções para

alguns dos seus problemas, cremos que assim teremos contribuído para uma maior

aprendizagem baseada nos saberes locais e na capacitação individual dos sujeitos.

Page 3: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

4

A participação das pessoas está intimamente ligada ao processo de conscientização, tal

como foi definido por Paulo Freire (1987), e todos os resultados conseguidos através desta

participação fazem com que as próprias pessoas sintam que é possível transformar a sociedade

que as rodeia e toda a sua realidade social. Esta conscientização, alargando os horizontes e

permitindo que as pessoas enfrentem desafios e os tomem como alavanca de dinamização,

autonomia, capacitação, espírito crítico e reflexivo, etc., irá contribuir para emancipar esta

comunidade e fazer com que exista uma maior potencialidade e competitividade saudável

entre todos, reforçando as suas próprias capacidades, que irão não só impulsionar, como

potenciar o desenvolvimento.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Considerámos importante para a realização do diagnóstico munirmo-nos de elementos

que nos permitam intervir de uma forma mais incisiva e assertiva em áreas que se revelam

essenciais. Demos, primeiro que tudo, destaque à pesquisa bibliográfica na medida em que

sem ela este nosso trabalho se revelaria infrutífero. De um dos primeiros documentos que

consultámos inferimos, segundo Espinoza (citado por Serrano, 2008), que um diagnóstico «…

é o reconhecimento que se realiza, no próprio terreno em que se projeta a execução de uma

ação determinada, dos sintomas ou signos reais e concretos de uma situação problemática»

(p.29). Com efeito, para a elaboração de diagnósticos sociais é sabido que um dos aspetos que

devemos levar em consideração é o conhecimento de uma realidade para que, posteriormente,

possamos passar à ação.

Após toda uma análise de terreno, constatámos um fenómeno que é transversal a todo o

país, uma população bastante envelhecida. Os jovens, principalmente os adolescentes,

procuram migrar para outros centros mais populosos, à procura de outras oportunidades e

sobretudo para se manterem mais atualizados (na moda). Todavia, a vila de Almodôvar,

oferece aos seus residentes todos os equipamentos necessários para uma adequada receção

dos seus habitantes. A nosso ver, esta debandada, principalmente por parte dos jovens, é bem

exemplificativa do trabalho que há a fazer neste concelho que, como atrás foi referido, oferece

todas as condições e disponibiliza as mais diferenciadas estruturas e equipamentos para se

poder afirmar que a vila de Almodôvar, além de ser acolhedora, oferece as devidas condições

para se constituir uma família, tendo por base as infraestruturas escolares, de saúde, finanças,

entre outros, que são necessários.

Os jovens, a nosso ver, para se sentirem parte integrante na vila de Almodôvar,

precisam de aumentar os seus níveis participativos, alavancados pelas instituições que têm a

responsabilidade de promover eventos nesse sentido, tais como: A Câmara Municipal, Junta

de Freguesia, associações locais e principalmente ouvir a comunidade sobre as várias matérias

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Relatório Prática II

5

em debate, para tal, quem de direito, deverá promover fóruns comunitários onde se assegure

que para além das entidades representativas do concelho, também a comunidade tenha o seu

peso nas decisões que serão delineadas para Almodôvar.

A vila de Almodôvar, apesar de ser um meio predominantemente rural, a sua população

apresenta uma certa diversidade cultural. A influência da comunicação social, nomeadamente

a televisão mas, principalmente, a influência dos familiares que migraram em direção aos

grandes centros, trazem consigo hábitos e estilos de vida que algumas vezes se tornam

evidentes e marcantes na sua comunidade.

Por essa razão, a necessidade de um estudo prévio sobre a comunidade para dessa forma

adaptarmos a nossa atitude e comportamentos de molde a facilitar a nossa comunicação com a

mesma surge como máxima prioridade.

Sem dúvida, que a capacidade de comunicação de um Educador Social é importante na

medida que é um dos vetores principais na sua atividade diária de envolver a comunidade

num processo de desenvolvimento conjunto. Porém, esta deve abarcar uma diversidade

argumentativa dependendo do contexto, faixa etária, habilitações literárias, religião, género,

entre outros.

É também verdade que todo este conjunto metodológico assertivo, ajudou-nos a criar

empatia com a comunidade da vila de Almodôvar, contribuindo dessa forma para a execução

e principalmente para aceitação do projeto “LADO A LADO”.

Assim, das observações efetuadas, das conversas informais, das notas de campo, dos

fóruns de autodiagnóstico realizados e das entrevistas elaboradas, tendo sempre por base a

filosofia do nosso projeto, onde a condição humana global está acima dos interesses

individuais e/ou de possíveis interesses grupais, cabe-nos concluir que a problemática de

fundo, que é a falta de participação da comunidade nas atividades desenvolvidas na vila,

confirmou-se ao longo de todo o projeto. Esta parca participação social abarcava quer, as

ações dinamizadas e/ou organizadas pelas entidades existentes na região, quer simplesmente

pela falta de iniciativa da própria comunidade em promover qualquer iniciativa cultural, social

e até mesmo económica ou que mostre orientação para o desenvolvimento local.

Porém e avaliando esta problemática numa fase final do projeto, pensamos nós, que a

comunidade ficou muito mais desperta para a necessidade de aumentarem a sua participação,

tal como os benefícios que desta participação social e interação nas diversas áreas de

intervenção social promovidas na vila.

Terá que ser a própria comunidade a dinamizar as atividades, não fosse ela a principal

beneficiada em todo este processo.

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Relatório Prática II

6

Mas não é só de fragilidades que se fez o diagnóstico deste projeto, foram muitas as

potencialidades (ver SWOT – Anexo nº2) associadas ao contexto, à instituição e às

características da própria comunidade da vila de Almodôvar.

Se por um lado, o envelhecimento de uma comunidade pode oferecer obstáculos à

participação, como a resistência à mudança, pouca motivação, entre outros, também não é

menos verdade que o sentido identitário da comunidade relativamente à terra, e às suas

origens, poderá ser um vetor a explorar. A construção de objetivos comuns, algo com que se

identificassem, poderia também valer o propósito para o aumento dos níveis participativos

desta comunidade. Assim foi, a formação contínua do projeto de animação comunitária na

área das TIC, proporcionou esse consenso articulando as suas expetativas com as

necessidades evidenciadas pelo nosso diagnóstico.

SÍNTESE DAS ATIVIDADES

Desde logo que o crer, a identificação e a paixão por esta comunidade se mostrou mais

forte que qualquer dos critérios para a realização deste estudo. Isto é, sempre houve uma

grande vontade em estudar e tentar perceber mais de perto esta comunidade - quer de dentro

para dentro quer de fora para dentro - qual a sua evolução, quais as pessoas que nela

permanecem, quem se identifica com ela, amor ou ódio, etc., sendo esta determinação

superior à forma como o faria, com que meios e modos, com que regras e ferramentas…

Assim, e no enquadramento das disciplinas de Práticas, propôs-se um estudo sobre a

comunidade de Almodôvar, que a partir daí identificássemos uma problemática nessa

comunidade e traçando uma finalidade objetiva que fosse desenvolvida a partir dela um

projeto que produzisse efeitos na mesma e que fosse um propulsor na melhoria das relações

pessoais, sociais e institucionais na comunidade e que levasse ao objetivo comum do bem-

estar social. Tendo como problemática a fraca participação da comunidade de Almodôvar, e

em articulação de ideias com o tutor, Ricardo Colaço, Presidente da Junta de Freguesia de

Almodôvar, entidade acolhedora, propôs-se elaborar um projeto de animação comunitária.

Num claro conceito de animação enquanto entendida como sinónimo de vida, de movimento,

de atividade, de alegria, de interação, de satisfação de necessidades físicas e/ou psicológicas,

que leve esta mesma comunidade à identificação da sua problemática e, partindo dela própria,

levar as pessoas a participar mais ativamente e positivamente nas ações sociais, políticas e

económicas, elaborando um conjunto de atividades interdisciplinares e realizadas em diversas

áreas com a finalidade de contribuir param a melhoria da qualidade de vida de pessoas e

grupos, bem como levar ao reconhecimento das mesmas dos recursos existentes, serviços e

equipamentos, enfim, que promovessem uma maior valorização e identificação com e deste

território. Partindo do princípio de que a animação comunitária se destina essencialmente a

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Relatório Prática II

7

pessoas que querem e podem ter uma voz ativa na comunidade, esta conduz a que cada pessoa

participe ativamente no seio da comunidade em que está inserida e se sinta como elemento

válido, ativo e útil.

Para tal, e após início do processo (início de Agosto de 2012) com a mediação efetuada

com o tutor, Ricardo Colaço que passou por apresentar ao mesmo os eixos orientadores do

projeto e diagnosticar quais os recursos, disponíveis e utilizáveis, que autonomia, que

material, etc., tornou-se desde logo uma iniciativa bem aceite e que despertou bastante

interesse ao tutor, que considerou o projeto como uma mais-valia para a Freguesia e para a

comunidade em geral, tendo este disponibilizado todos os recursos ao alcance da Junta de

Freguesia de Almodôvar (humanos, materiais, físicos e financeiros) bem como os contatos

institucionais que funcionam de forma articulada com a Junta de Freguesia (Escolas,

Bombeiros, GNR, Santa Casa da Misericórdia, Câmara Municipal, etc.) para o pleno

desenvolvimento do projeto, resultando de forma natural a celebração do protocolo entre a

entidade acolhedora - Junta de Freguesia de Almodôvar - e a Escola Superior de Educação e

Comunicação da Universidade do Algarve.

Assim, e dotando-nos de autonomia suficiente, quer pela dada desde logo pelo tutor

quer pela boa relação gerada entre o grupo de trabalho e os representantes de algumas

instituições quer com alguns líderes locais, foram desde logo encetados contatos com esses

representantes no sentido de dar a conhecer os objetivos do projeto. Deste modo, e

considerando o Educador Social como um modificador de realidades, que deve assegurar a

participação ativa de todos os cidadãos e sendo estas as pedras basilares do projeto,

resultaram no imediato a promoção de dois fóruns, denominados por fóruns de

autodiagnóstico, que como o próprio nome indica e numa primeira fase serviram como uma

das técnicas de recolha de dados (na fase de diagnóstico). Num primeiro fórum, com um

caráter mais institucional, reunimos com representantes da GNR, dos Bombeiros, das Escolas,

do CNO, da Santa Casa da Misericórdia, da Câmara Municipal e Junta de Freguesia de

Almodôvar, com os objetivos de que com aquela ação, além da recolha de dados que nos

auxiliaram na identificação da problemática, promovesse por si só o estabelecer de um

compromisso entre estas instituições para possíveis atividades, levando inclusive a toma-las

como parceiras, ou apoiantes, do projeto. Num segundo fórum, mais direcionado para a

sociedade civil, associações e comunidade em geral, definido com os mesmo princípios e

objetivos de recolha de dados e de estabelecimento de parcerias/apoios, foi percetível desde

logo alguma hesitação e até desconfiança no que se propunha, denotando-se inicialmente que

se iria ter alguns estrangulamentos, principalmente no tocante à participação nas atividades,

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Relatório Prática II

8

embora não definidas mas que poderiam dali resultar, o que veio a dar maior consistência à

problemática identificada.

Contudo, estes dois fóruns, e dado o cariz funcional, prático e dinâmico e que nos

proporcionou já algum contato com a realidade de práticas, não só pelo caráter do objetivo

específico a que se propunham mas também pelo fato de só com aquelas duas ações já se

estaria a produzir Educação Social nesta comunidade, quer pelo fato de se ter promovido dois

encontros comunitários, institucionais ou não, tendo por base a identificação de um problema

e que de uma forma geral contou logo com a participação da comunidade, veio a contrariar

por si só o que a Vereadora da Cultura frisava na entrevista quando dizia que «…efetivamente

existem várias entidades e associações desportivas, culturais e sociais em Almodôvar, mas a

interação esse intercâmbio, ou essa troca de experiências entre uns e outros, ainda não

acontece com regularidade…» e que «…o Clas, as entidades até vão todas e as instituições,

mas há muito pouca participação ativa…», sendo que «...a participação das pessoas sempre

foi um problema…, é muito baixa». Ora, tais afirmações, além de se mostrarem contrárias ao

que tínhamos verificado com aquelas ações, onde e só com apenas essas duas atividades

havia-se conseguido promover o encontro entre a comunidade e instituições para debate e

partilha de ideias, tornando-se ainda mais consistente aquando da apresentação do projeto a

todas a entidades, associações e comunidade em geral, onde se verificou uma grande adesão,

participação e colaboração na definição de objetivos estratégicos do projeto, estimulando

ainda mais o interesse que já existia na sua elaboração e continuação.

Partindo assim das potencialidades encontradas nesta comunidade da vila de Almodôvar

e não nos seus estrangulamentos e da continuação das demais atividades resultantes do

diagnóstico e baseadas na problemática identificada, foi considerada e reconhecida como uma

lacuna social a pouca identificação desta comunidade com as novas tecnologias de

informação e comunicação (TIC). Desse modo, e uma vez que os recursos físicos e materiais

foram disponibilizados para o projeto pela Escola Secundária de Almodôvar, quer no

momento do autodiagnóstico que posteriormente aquando da apresentação e objetivos do

projeto, sendo os recursos humanos (técnico/formador de informática) desde logo integrados

no projeto, onde o Eng.º José Gonçalo Colaço se disponibilizou a colaborar e assim efetuar as

ações que julgássemos necessárias. Nesta ordem de ideias, foram operacionalizadas datas,

horas e divulgação de uma ação de formação na área das TIC, direcionada para a comunidade

sénior mas aberta à comunidade geral, a qual pelo interesse demonstrado, pela motivação e

principalmente pela vontade e a pedido dos participantes levou desde logo a que esta

atividade tivesse continuidade e de onde resultaram mais três ações de formação, as quais

culminaram com a produção de uma apresentação em PowerPoint (PPT) de um trabalho de

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Relatório Prática II

9

grupo efetuado pelas formandas, onde estas aceitaram o desafio proposto pelo grupo de

apresentar alguns slides com imagens das atividades em que participaram, trabalho este

apresentado na última atividade1. De salientar que para a cumprimento destas formações, as

mesmas não seriam possíveis sem o apoio institucional e incondicional por parte da direção

da Escola Secundária, onde nos pôs ao dispor todos os meios físicos e materiais e nos deu

toda a autonomia para a sua execução, e por parte do formador, Eng.º José Gonçalo Colaço,

que ministrou todas as ações e presenteou a atividade final (abordada oportunamente). Desta

formação, e para gáudio do grupo de trabalho e do formador, verificaram-se resultados

bastante significativos, o que nos deixou bastante satisfeitos atendendo que existiam pessoas

que apenas sabiam ligar e desligar o computador.

Contudo, foi também identificado pelo grupo de trabalho que não basta só apostar na

formação e no dotar de conhecimentos e competências sobre as novas tecnologias como

veículo de comunicação e dinamização pessoal e social, há que apostar numa base sólida

educativa e que leve a própria comunidade à identificação de certos problemas derivados do

uso da Internet e com ações concretas e concertadas previna algumas utilizações de risco. E

neste campo, promoveu-se uma ação de sensibilização e prevenção quanto ao uso da Internet

e das novas tecnologias de informação comunicação, onde após solicitação de colaboração à

Polícia Judiciária de Faro, na pessoa do Inspetor Ricardo Valadas, se veio a dinamizar no

auditório do CNO de Almodôvar uma palestra sobre os perigos da Internet, a qual com

bastante adesão e que não só pelo tema, teor e capacidade comunicativa do orador, levou a

que a mesma fosse entendida e considerada como uma base preventiva em futuras utilizações

das TIC. Esta atividade serviu não só para dotar competências e conhecimentos aos

participantes, como para aferir, neste caso concreto, que esta comunidade só não usa os

equipamentos e serviços disponíveis na vila de Almodôvar, por não saberem como usa-los,

tornando-os subaproveitados. Não há nada mais gratificante do que ter equipamentos

rentabilizados e utilizáveis e uma comunidade informada, educada, culta e integrada numa

sociedade globalizada e isso faz-se com a educação, com a promoção de formações

direcionadas e que muito pouco custam ao erário público.

Nesta fase do projeto, e com as atividades até então realizadas, entendeu o grupo de

trabalho que a atividade planeada para a sensibilização do desenvolvimento sustentável, que

apear da sua extrema importância social, veio a cair por terra, uma vez que resultou de uma

avaliação do processo que a mesma ação não teria o impacto nem a mesma utilidade da

formação contínua das TIC. Ainda enquadrado na dimensão socioeducativa da animação

comunitária, foi também projetada uma atividade direcionada para a comunidade sénior, a

1 Ver plano de atividades no anexo 1

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Relatório Prática II

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qual consistiu numa caminhada seguida de uma palestra sobre o envelhecimento ativo e

saudável. Eram objetivos desta ação reconhecer a importância da atividade física no processo

de envelhecimento, desenvolver hábitos saudáveis, identificar os benefícios da atividade

física, formular opiniões e ideias sobre o conceito do envelhecimento ativo e saudável e

estimular para o romper de hábitos sedentários. Nesta atividade, apoiada pela Câmara

Municipal de Almodôvar que cedeu o espaço físico (edifício das piscinas municipais) para ser

realizada a palestra, pelos Bombeiros Municipais de Almodôvar, que acompanharam sempre

de perto e até ao fim da atividade os caminhantes com uma ambulância e dois elementos da

corporação, pela GNR de Almodôvar, que se mostrou sempre disponível para o corte de

algumas vias de trânsito, embora o percurso tenha sido previamente preparado e planeado

para que se balizasse às ruas circundantes da Vila de Almodôvar, quer para não causar

quaisquer prejuízos para o trânsito e para os utentes das vias quer também para não por em

perigo as pessoas participantes, pela Sta. Casa da Misericórdia de Almodôvar com quem foi

estabelecido o acordo entre o grupo de trabalho e a direção do Lar para a participação dos

idosos institucionalizados, onde o grupo assumiu o compromisso de efetuar o transporte dos

idosos com menor mobilidade, transporte este efetuado com viaturas da entidade acolhedora

do Projeto - Junta de Freguesia – e da Sta. Casa da Misericórdia, tendo este compromisso sido

o fator de maior satisfação uma vez que conseguimos ter a presença de cerca 20 idosos na

palestra, que apesar de não terem capacidade de efetuar a caminhada, mostraram-se bastante

agradados com o fato de saírem da sua zona de conforto, sendo perfeitamente observável a

sua alegria e satisfação, e pelos oradores convidados Maria Esteves e Eduardo Fernandes

(Mestres), da Direção Regional de Educação do Algarve que proporcionaram uma palestra

elucidativa, educativa, útil e do agrado das dezenas de participantes.

Na dimensão cultural, a atividade articulada com o grupo de práticas de Alcoutim,

resulta do contato efetuado inicialmente e com o objetivo claro de serem desenvolvidas

interações e dinâmicas culturais (cantares alentejanos; gastronomia; produtos tradicionais

locais, artesanato, hábitos e tradições, etc.) e Intergeracional entre ambas as comunidades

(Almodôvar e Alcoutim), com vista a criar uma maior aproximação comunitária entre todos

os segmentos populacionais, em todas as suas dimensões, e sensibilizar para um interior do

país cada vez mais desertificado e envelhecido, promovendo assim uma maior ação relacional

entre as populações. No desenvolvimento do evento, e uma vez que o mesmo se realizou em

Alcoutim, foi ainda articulado com a Associação de Solidariedade Social, Cultura, Desporto e

Arte dos Balurcos, localidade do concelho de Alcoutim, que propôs aos dois grupos de

projeto (Almodôvar e Alcoutim) serem o dinamizadores de uma festa tradicional e já com

largos anos de existência daquela localidade, conhecida como a Festa da Maia, sendo o

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Relatório Prática II

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desafio prontamente atendido. E isto porque, quer pelo fato de se efetuar apenas uma

festa/evento num só local e data (ambos estavam previstos para a data 18 de maio de 2013)

quer pelo fator económico de não acarretar despesas extra à Câmara de Alcoutim com dois

eventos por si apoiados financeiramente, mas também pela boa dinâmica dos grupos ao

verificarem atempadamente que as datas dos eventos coincidiam e que após ser exposto a

todas as entidades e pessoas resultou que fosse efetuado apenas num só local e data.

Na mediação, e após apresentação oficial há entidades acolhedoras de ambos os

projetos, Câmara Municipal de Alcoutim e Junta de Freguesia de Almodôvar, foram expostos

os principais objetivos e com um propósito claro de continuar com ações deste tipo e em

articulação com outros concelhos, no sentido de divulgar e promover a cultura local, sendo o

evento encarado pela entidades parceiras como uma via de aproximação cultural, social e

económica entre duas regiões e como uma das formas de promover a participação

comunitária, sendo certo que quando as pessoas se mostram participativas na sua comunidade,

dando assim o seu contributo social, cultural e económico, consideram-se mais úteis,

identificadas, valorizadas e reconhecem mais e melhor os seus territórios. Resultou também

deste intercâmbio cultural o compromisso da Junta de Freguesia de Almodôvar em realizar

um encontro sociocultural na vila de Almodôvar, o qual se irá guiar pelos mesmos princípios

orientadores e com os mesmos propósitos, ficando desde logo agendada uma atuação do

grupo de cantares dos Balurcos na vila de Almodôvar dia 7 de Setembro de 2013, por ocasião

do aniversário do Grupo Coral e Etnográfico Flores do Campo de Almodôvar, e também

como forma de agradecimento pela receção em Alcoutim – Balurcos.

Nesta articulação de esforços em prol da comunidade e com a comunidade, foram

mediados desde logo os apoios materiais, logísticos e humanos com o Setor da Cultura da

Câmara Municipal de Almodôvar, onde foram disponibilizados quer meios humanos (técnico

informático) para a preparação, produção, divulgação do evento (impressões de cartazes) e

materiais/logísticos, no transporte dos grupos corais de Almodôvar para Alcoutim (e respetivo

motorista) e os encargos daí resultantes (gasóleo, motorista, etc.).

Por fim, e como derradeira atividade do projeto, planificou-se além da apresentação do

PPT por parte das formandas das TIC a todos os envolvidos (entidades, organizações,

comunidade, parceiros, etc.) e à comunidade em geral, também uma apresentação/exposição

fotográfica de todas as atividades realizadas com a comunidade, a qual teve lugar nas

instalações da Junta de Freguesia de Almodôvar e que cuja foto galeria ficou exposta no

mesmo edifício a fim de dar a conhecer fotograficamente a toda a comunidade todos os paços

do projeto. Resultou com esta última ação um lanche/convívio para todas as entidades,

pessoas e grupo de trabalho, o qual partiu das próprias pessoas envolvidas, o que nos leva a

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Relatório Prática II

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crer que o projeto “Lado a Lado” provocou mudanças nesta comunidade, uniu pessoas e

instituições, tornou-as mais solidárias e abertas a novas sensações e visões da vida quotidiana

social e que decerto irá contribuir para a melhoria das relações socais (pessoais, coletivas e

institucionais) da vila de Almodôvar.

AVALIAÇÃO DO PROCESSO

Quisemos, de uma forma pragmática, partir para este projeto de Animação Comunitária,

projetando um olhar que se debruça sobre o que está por vir a acontecer, um roteiro cuja

intenção era o de seguir com o devido rigor para que pudéssemos atingir um determinado fim.

A planificação, a organização e controlo das ações a empreender foram sem dúvida

alguma elementos chave para que o projeto tivesse tido uma dinâmica para o sucesso mas,

para que tal fosse assegurado foi também necessário que as estratégias estivessem bem

definidas e bem claras para que a execução de determinada tarefa ou atividade fosse, no

fundo, uma parte de um todo que se pretendia plenamente conseguido. Atividades

previamente planificadas, depois de delimitada a problemática, naturalmente que serão mais

suscetíveis de sucesso apesar de, mesmo assim, surgirem situações com as quais não

contámos - os chamados imprevistos - mas que devíamos estar prevenidos, minimamente

preparados com alternativas que os colmatassem. De facto assim aconteceu em algumas das

atividades em que ocorreram situações, com as quais não contávamos, e que prontamente

foram resolvidas, porque prevenimo-nos.

Delimitada a problemática fundamental da comunidade Almodovarense, ou seja, a fraca

participação da comunidade em envolver-se em ações sociais, conforme atrás já foi referido,

tornou-se premente definirem-se objetivos que, neste caso concreto por nós diagnosticado,

lhes desse resposta adequada.

Espinoza (citado por Pérez Serrano, 2008) invoca o conceito de objetivo geral no

projeto, referindo-o como sendo «… aqueles propósitos mais amplos que definem o quadro de

referência do projeto» (p.45).

Tendo como finalidade o desenvolvimento participativo da comunidade da Vila de

Almodôvar, o projeto apresentou como objetivo geral a promoção da participação da

comunidade no exercício e envolvimento nas dinâmicas existentes, tal como despoletar e

motivar interesse da mesma na promoção cultural e dinamização social.

Já os objetivos específicos assentaram em pressupostos que identificaram de forma mais

precisa aquilo que se pretendeu atingir na execução do projeto, desta forma, fletindo de fora

para dentro ou do geral para o especifico, o nosso grupo, de molde a promover dinâmicas no

sentido de colmatar a problemática da falta de participação da comunidade no

desenvolvimento e envolvimento nas atividades da vila, utilizou os meios disponíveis na vila

Page 12: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

13

em parceria com as instituições, tal como na utilização dos seus recursos físicos e humanos

disponibilizados e utilizáveis.

Utilizámos os verbos de ação que nos levaram a avaliar efetiva e realisticamente o

sucesso e a exequibilidade das dinâmicas em prol da comunidade, e a sua capacitação para

atenuar e romper com a problemática identificada.

Devemos dizer que foi crucial, em primeiro lugar, que os nossos interlocutores tivessem

a noção dos benefícios sociais que adviriam com a implementação e prossecução do projeto e,

em segundo lugar, que ficasse expresso de uma forma inequívoca que enquanto grupo de

trabalho de projeto, nos iriamos comprometer com eles para que, na sua essência, os objetivos

fossem atingidos.

Há uma palavra a dizer relativamente às entidades que estiveram presentes em todo o

processo pois que sem elas, dificilmente teríamos obtido algum sucesso. Conforme podemos

entender no anexo nº1, os recursos humanos, físicos e materiais revelaram-se de capital

importância para os resultados alcançados. A junta de freguesia de Almodôvar dispõe de

condições e instalações próprias que se adequaram para a realização de várias atividades e,

dada a sua estreita relação com as várias entidades e associações do concelho, considerámos

bastante proveitoso os recursos físicos postos à nossa disposição tais como a sala para

conferências da Escola Secundária de Almodôvar tendo aí lugar uma palestra sobre os perigos

da Internet e a sala de informática da mesma escola onde foram realizadas as 3 formações TIC

bem como uma das salas de apoio às piscinas municipais, onde decorreu uma palestra

subordinada ao tema do envelhecimento saudável e ativo após uma caminhada, e ainda o

salão da Sociedade Artística Almodovarense espaço este que serviu para mediarmos e

dinamizarmos uma atividade conjunta entre o grupo de cantares feminino “Flores do Campo”

e os Veteranos de Futebol da mesma Sociedade.

Quanto a recursos humanos, além dos elementos que compõem a estrutura

organizacional da Junta que evidenciaram sempre uma boa articulação com diversas entidades

da região, queremos desde já destacar a figura do presidente da mesma, Ricardo Colaço que,

enquanto nosso tutor, esteve sempre ao nosso dispor mostrando-se muito cooperante uma vez

que deu sempre adequada resposta às nossas solicitações. Também os oradores que

participaram nas ações de dimensão formativa, informativa socioeducativa e cultural foram

uma mais-valia para que os objetivos do projeto fossem atingidos. Por último, neste capítulo

dos recursos humanos, não queríamos concluir sem dirigir uma palavra de apreço ao formador

José Gonçalo Colaço que se voluntariou para dar formação às pessoas da comunidade sobre a

utilização do computador e uso da Internet, motivando-as para o uso das TIC como forma de

comunicação e dinamização cultural, social e pessoal. Foi bastante gratificante para nós,

Page 13: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

14

termos assistido em 24/Maio/13, o corolário de um trabalho desenvolvido ao longo das três

produtivas sessões de formação, quando as formandas apresentaram o “seu” PowerPoint. Ora

ficou aqui bem patente que as atividades, dirigidas a este grupo de pessoas tiveram um efeito

positivo ao ponto de as mesmas adquirirem competências que até ao momento não as tinham.

Podíamos ter grande vontade em agir junto da comunidade almodovarense mas, não

havendo equipamentos ajustados às necessidades, nem recursos humanos que eles próprios

servissem de resposta às necessidades das dimensões atrás referidas (formativa, informativa,

socioeducativa e cultural) estaríamos sempre condenados ao insucesso.

No entanto aquilo que aqui importa salientar, no que diz respeito aos resultados

alcançados foi que, através das interações e dinâmicas de atividades proporcionadas, permitiu-

se à comunidade encontrar formas de participação mais ativa e mais efetiva. A semente foi

lançada, cremos que lançada em bom terreno e, esta ideia da necessidade de participação que

ficou bem vincada junto da comunidade almodovarense, acaba por também parecer-nos ser

bem acolhida entre as várias entidades que estiveram envolvidas no processo. É esta a nossa

convicção na medida em que no final do processo, em 24 de Maio do corrente ano, foi com

bastante agrado que ouvimos as várias entidades envolvidas neste processo, manifestarem o

seu interesse em continuarem com ações dirigidas à comunidade o que por si só representa

boa vontade, um continuum de consciencialização para boas práticas de coesão social e, o

desejo de que seja alcançada uma cidadania plena.

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

A avaliação é um processo de reflexão cuja finalidade é examinar, explicar e avaliar os

resultados das ações realizadas, e segundo Robertis,

“a avaliação dos resultados faz referência ao processo que mede a concretização,

ou não, dos objetivos, o qual compreende dois procedimentos, como sendo a

verificação dos resultados e o da análise dos procedimentos, o que significa

apurar não só se os objetivos foram atingidos, mas como é que foram atingidos”,

(2011 p. 221).

De acordo com o projeto, em que foi nossa intenção efetuar uma avaliação sistemática

por atividade, para agirmos retroativamente na reformulação das ações, tendo por base a

animação comunitária, e o problema diagnosticado como sendo a fraca participação da

comunidade em atividades socioculturais e o seu envolvimento em ações, e no sentido do

envolvimento da comunidade com as atividades, projetamos várias ações, e na sequência das

mesmas procedemos a métodos de avaliação, na medida em que, e segundo Serrano (2008 p.

81), a avaliação é um processo de reflexão que nos permite explicar e avaliar o resultado das

ações realizadas, que nos permite reconhecer os sucessos, e os erros, para serem corrigidos

Page 14: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

15

futuramente. Para chegarmos á avaliação dos resultados, usamos métodos e técnicas

específicas (ver Quadro1- Resumo Métodos e Técnicas usadas).

Resumo Métodos e Técnicas usadas Quadro 1

Modos de Recolha Dados Tipos de Informação a recolher

Opções/Técnicas

Implicadas

I – Observação - Observação simples

- Sistemática

II- Inquérito

- Por questionário

III- Análise Documental

- Fontes privadas, dados oficiais,

oficiosos

- Conhecer o contexto

- Características da Comunidade

- Relacionamentos - Interação

- A forma de comunicação entre eles

- Histórias, incidentes

- Recolha de dados/Informações

- Factos, comportamentos, tendências, usos, costumes, tradições.

- Definição do que se queria

observar

- Tomada de notas através das

grelhas de observação

- Fóruns autodiagnostico - Entrevistas informais

- Diários de campo

- Entrevistas semi-diretivas

-Registo Fotográfico e Vídeo

- Formulação das questões - Questões abertas

- Análise qualitativa e quantitativa de conteúdo

Tendo em consideração os dados recolhidos nos diferentes momentos de avaliação,

efetuados no decorrer do nosso projeto, com a realização das atividades, «sendo que os

resultados provêm dos fatos observados no decurso da colheita de dados», Fortin (1999

p.330), e para os descrever, tomamos como base os resultados das nossas avaliações, (ver

Anexos, Quadro 1 e 2 - Síntese da avaliação das atividades). Constatamos que foi possível

conjugar os recursos disponíveis tanto materiais como físicos com as atividades realizadas,

mostraram-se adequados, necessários e funcionais com as diferentes ações. A adesão na

maioria das vezes foi a esperada, não sendo no entanto igualitária, de acordo com os registos

efetuados o género feminino predominou sempre em todas as atividades, demonstrando que

naquela comunidade as mulheres são mais ativas, participativas e dinâmicas. Ainda fazendo

referência à adesão/participação, em algumas ações excedeu e superou as expetativas.

Constatamos que a comunidade da vila de Almodôvar na sua maioria participa nas atividades

que se realizam, destacando-se como resultado positivo deste projeto, as ações de formação na

área das TIC, através das quais conseguimos chegar a um grupo de pessoas interessadas e

motivadas para aprender e desenvolver os seus conhecimentos, o grupo de trabalho

converteu-se numa equipa com o compromisso da participação, e através de todo o processo

pode-se constatar que as ações serviram de estímulo e de dinamização, mesmo para outras

atividades que foram desenvolvidas. Qualquer projeto social planeia uma ação que conduza à

Page 15: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

16

transformação, as formandas envolveram-se nas sessões, elevaram a sua autoestima, a partir

do momento em que descobriram a capacidade de realizar tarefas que pensavam não estar ao

seu alcance.

Com base nos dados fornecidos e devidamente registados constatamos que estas ações

tiveram uma continuidade e atingiram um fim, na medida em que a maioria daquelas pessoas

ficaram capacitadas a trabalhar as competências aprendidas e desenvolvidas, como foi

constatado na última ação desenvolvida com aquela comunidade em que foi apresentado um

trabalho elaborado pelas formandas constatando as aprendizagens efetuadas ao longo das

sessões.

Dos dados fornecidos ao longo do projeto, concluímos que os objetivos foram

alcançados, este projeto de animação comunitária contribuiu para animar, capacitar, motivar

para a continuidade na concretização de mais atividades, sendo que se pretende que as pessoas

participem nas atividades e se envolvam nos acontecimentos, é necessário uma continuidade,

e constatamos que existe um grupo de pessoas muito dinâmicas capazes de enfrentar novos

desafios, se houver iniciativa, interesse por parte de alguém, ou algum grupo em desenvolver

atividades, a comunidade participa, pois são muito recetivos e interessados em tudo o que

acontece na sua vila.

Page 16: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

17

REFERÊNCIAS

Cardoso, A. (2006), Alguns desafios que se colocam à Educação Social. Cadernos de

Estudo. Porto, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, n.º 3, pp. 7-15.

Fortin, M. (1999), O Processo de Investigação, da Conceção à Realização, Lusociência-

Edições Técnicas e Científicas, Lda.

Freire, P. (1987), Acção Cultural para a Liberdade. São Paulo: Editora Paz e Terra.

Melo, A. (2006), Comunicação em Sessão comemorativa do 30º aniversário da Unidade

de Educação de Adultos da Universidade do Minho. Outubro, Minho.

Robertis, C. (2011), Metodologia da Intervenção em Trabalho Social, Porto Editora, Lda.

Serrano, G. (2008), Elaboração de Projetos Sociais – Casos Práticos, Editora: Porto.

Edição nº7. Coleção Educação e trabalho social.

Page 17: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

18

ANEXOS

Page 18: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

19

ANEXO 1 – PLANO DE ATIVIDADES FINAL

ATIVIDADE

OBJETIVO

RECURSOS

Humanos Físicos Materiais

Da

ta/H

ora

:25

JA

N1

3

19

H00

Fórum

Apresentação do

Projeto

Recolha de opiniões e ideias

- Elementos de Práticas e

Tutor;

- Responsável do CNO; - Responsável GNR;

- Responsável Bombeiros;

- Responsável da CM;

- Responsável Escola Secundária

- Responsável Cáritas

- Representante Lar Idosos;

- Associação de Estudantes; - Responsáveis grupos

corais;

- Sociedade civil.

- Salão dos

Bombeiros

Voluntários de Almodôvar ou

Sala da Junta de

Freguesia

- 1 data show;

1 mesa e 20

cadeiras

Da

ta/H

ora

:15

FE

V13

19

H00

Formação TIC

(In) Formar sobre a utilização do

computador e uso da Internet; motivar para o uso das TIC como

forma de comunicação e

dinamização cultural, social e

pessoal.

- 4 elementos do Grupo de

Práticas;

- 1 Formador; - 25/30 formandos

- 1 sala de

informática

(Escola Secundária/CNO)

-15 Pc`s;

-25/30

Cadeiras e mesas.

Da

ta/H

ora

:08

MA

R1

3

19

H30

Os perigos da

Internet

Sensibilizar para os perigos da Internet, no que toca a abusos

sexuais e educar pais, filhos,

avós, netos e professores sobre

como se pode e deve limitar o uso por parte das crianças.

- 4 elementos do Grupo de

Práticas;

- 1 Orador; - 1 Mediador;

- 70 espectadores

- 1 sala de

conferências/semi

nário (Escola

Secundária; Bombeiros;

Biblioteca

Municipal)

- 1 mesa para

orador e mediador e 2/3

cadeiras;

- 1 projetor;

- som e imagem;

- 70 cadeiras.

Da

ta/H

ora

:05

AB

R1

3

18

H30

2ª Formação TIC Continuação da formação inicial.

- 4 elementos do Grupo de

Práticas; - 1 Formador;

- 25/30 formandos

- 1 sala de informática

(Escola

Secundária/ - Sala

A1)

-15 Pc`s;

-25/30 Cadeiras e

mesas.

Da

ta/H

ora

:13

AB

R1

3

10

H00

Envelhecimento

ativo e saudável

Promover uma caminhada,

seguida de uma palestra sobre

envelhecimento ativo, educando e

impulsionando para a prática de desporto como forma de

promover o bem-estar físico,

psíquico e social.

- 4 elementos do Grupo de

Práticas;

- 2 Oradores: Saúde e Desporto;

- 1 Mediador;

- 70 espectadores

- 1 sala (edifício de apoio das

piscinas

municipais)

- 1 mesa para

orador e

mediador e 2/3

cadeiras; - 1 projetor;

- som e

imagem;

- 70 cadeiras.

Page 19: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

20

Da

ta/H

ora

:04

MA

I13

21

H30

Articulação

cultura + desporto

Mediar e dinamizar uma atividade conjunta entre o grupo

de cantares feminino “Flores do

Campo” e os Veteranos de

Futebol da Sociedade Artística Almodovarense, com o objetivo

do grupo coral efetuar uma

atuação na cerimónia de entrega

de prémios do IV Torneio Triangular de Veteranos de

Futebol da SAA, cujo propósito

além de promover e desenvolver

uma maior interação, estimula a que haja deste modo uma maior

aproximação, relação, articulação

e encaixe nas dimensões cultural

e desportiva bem como a uma maior identificação e valorização

e difusão patrimonial, cultural e

territorial

- 4 elementos do Grupo de

Práticas;

- 20 elementos femininos do

grupo coral “Flores do Campo”.

- Salão da Sociedade

Artística

Almodovarense

----

Da

ta/H

ora

:10

MA

I13

18

H30

3ª Formação TIC Continuação da formação,

incidindo no Ppt

- 4 elementos do Grupo de

Práticas;

- 1 Formador;

- 25/30 formandos

- 1 sala de

informática

(Escola Secundária/ - Sala

A1)

-15 Pc`s;

-25/30

Cadeiras e

mesas.

Da

ta/H

ora

:18

MA

I13

– 1

0H

30

às

20

H00

Encontro

(interculturgeracio

nal)

“AQUI AO LADO

– SABERES

PARTILHADOS”

Promover a cultura local noutros locais – Alcoutim (cantares

alentejanos; artesanato;

gastronomia; tradições; hábitos);

estimular o gosto e valor da cultura entre todos os segmentos

populacionais e impulsionar a

comunidade para participar nas

atividades socioculturais como veículo de desenvolvimento local.

- 8 elementos (7 dos Grupos

de Práticas e 1 representante

da Associação dos

Balurcos); - 80 participantes dos

grupos de cantares e rancho;

- 1 motorista;

- 1 técnico de som; - 2 técnicos de audiovisuais;

- 1 guia turístico.

- Castelo e de Alcoutim e

recinto da

Associação dos

Balurcos. - Casa dos Condes

- 1 autocarro;

- Mesas e

cadeiras

suficientes

Financeiros

- custo do motorista

- gastos com gasóleo e

portagens (se

necessário).

Logísticos

- cartazes e flyers de

divulgação e

respetivas

impressões

Da

ta/H

ora

:24

MA

I13

19

H00

Apresentação de

Ppt pelas

formandas

Observar resultados e recolher

opiniões sobre as formações TIC

Elementos de Práticas e

Tutor; - CNO;

- GNR;

- Bombeiros;

- Responsável da CM; - Escola Secundária

- Santa Casa Misericórdia;

- Associação de Estudantes;

- Responsáveis grupos corais;

- Sociedade civil.

Junta de Freguesia

- 1 projetor; - som e

imagem;

- 20 cadeiras

Inauguração da

exposição

fotográfica e

apresentação de

resultados

Dar a conhecer a toda a

comunidade, através de registos

fotográficos, os conteúdos do projeto “Lado a Lado” e

apresentar resultados do mesmo.

- 20

painéis/expositores

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Relatório Prática II

21

ANEXO 2 – ANÁLISE SWOT (DIAGNÓSTICO)

Page 21: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

22

ANEXO - 3 ANÁLISE SWOT (PRÁTICA)

Page 22: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

23

SÍNTESE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES – QUADRO 1

ATIVIDADES

1º. Fórum Autodiagnóstico

2º. Fórum

Autodiagnóstico

Fórum

Apresentação do

Projeto

1ª.Formação TIC

Ação

Sensibilização

Perigos da

Internet

2ª. Formação

TIC

Recursos Materiais

Recursos Físicos

- Adequados ao nº. Participantes

- Metade das entidades convocadas

-Adequados ao nº.

Participantes

- Restantes entidades

convocadas e alguns

elementos da comunidade.

- Adequados

- Necessários

-Funcionais

- Espaço físico dotado de

meios adequados

- Excelentes pela

funcionalidade e

comodidade.

- Adequados,

mantiveram-se

perfeitamente

funcionais.

Adesão

Interesse

- Não foi a esperada

- Demonstraram interesse no que

pretendíamos concretizar

- Foi a esperada, vieram as

restantes entidades-

Demonstraram interesse no

N/projeto

- Esperada,

compareceram todas as

entidades e comunidade

informada

- Bastante

- Não foi a esperada

- Houve interesse e

satisfação

- Adesão superou as

expetativas.

- Interesse, motivação e

interesse, muito bom

- Adesão manteve-se.

- Mais interesse e

motivação na

aprendizagem.

Participação

Interação

Participaram falando um pouco de

cada entidade e o seu papel naquela

comunidade. Interagiram entre elas

Participaram falando um

pouco de cada entidade e o

seu papel naquela

comunidade. Interagirão

entre elas.

- Houve participação e

interação com sugestões

- Participação e interação

entre todos, desejo de

continuidade das sessões

- Participação e

interação, especialmente

c/ formador muito bom.

- Participação e

interação

Métodos Avaliação

- Observação

- Registo Fotográfico

- Observação

- Registo Fotográfico

- Grelha Observação

- Registo Fotográfico

- Grelha de observação - Registo Fotográfico

- Vídeo

- Inquérito por Questionário

- Grelha de observação

- Registo fotográfico e

vídeo

- Grelha de Obs.

- Inquérito por

Questionário

- Registo Fotográfico

e vídeo

Imprevistos

Outros

A não comparência de todas as

entidades convidadas.

- Não houve

- Não houve

- Não comparência de

algumas pessoas, com as

quais contávamos.

- Interesse em mais sessões

TIC.

- Não houve

- Notou-se evolução

nos conhecimentos e

pedido continuidade

das sessões TIC.

Page 23: Relatório Final Prática II

Relatório Prática II

24

SÍNTESE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES – QUADRO 2

ATIVIDADES

1ª. Caminhada e Palestra

Envelhecimento Saudável

Articulação

Cultura/Desporto 3ª. Formação TIC

Encontro entre Culturas

“Aqui ao Lado Saberes

Partilhados”

Apresentação

PPT pelas

formandas TIC

Inauguração

Exposição

fotográfica e

apresentação

resultados

Recursos

Materiais

Recursos Físicos

- Devido à grande aderência foi

necessário aumentar o nº. de lugares

na palestra

- Adequados

- Adequados ao evento - Adequados, mantiveram-

se funcionais como

sempre.

- Recursos físicos, materiais e

financeiros perfeitamente

adequados ao evento

- Foram adequados à

sessão

- Previstos

- Expositores para as Fotos

adequado ao número de

atividades realizadas

Adesão

Interesse

- Grande adesão excedeu as

expetativas

- Bastante interesse na palestra e

gosto pela caminhada

- A adesão foi a esperada.

-Mostraram interesse na

continuidade dos convívios entre

culturas

- O mesmo grupo de

formandas

- Bastante interesse pois é

continuação das sessões

anteriores, do interesse das

formandas

- A esperada, embora alguns

representantes de entidades de

Almodovar não pudessem estar

presentes.

- Houve empatia no convívio,

muito bom

- As entidades que nos

apoiaram na sua maioria

- Boa

- Mostraram interesse e

gostaram de ver as fotos e o

vídeo das atividades

realizadas

Participação

Interação

- Muita participação, animação e

convívio durante a caminhada

Não são relevantes para esta

atividade, no entanto houve

participação animada por parte dos

clubes

- Bastante participação e

interação entre as

formandas e elementos do

grupo/formador

- Bastante interação entre os grupos

e participação em todos os

momentos da visita e entre a

comunidade em geral

- De todos em especial o

grupo de formandas TIC

- Participação especial do

grupo de formandas TIC

e lanche convívio

Métodos

Avaliação

- Grelha de Observação

- Registo fotográfico e vídeo

- Pequeno Inquérito por Questionário

- Grelha de Obs.

- Registo fotográfico e vídeo

- Grelha de Observação - -

-Registo fotográfico e

vídeo

- Registo fotográfico e vídeo bem

como entrevistas informais com

várias pessoas ao acaso pelos

elementos do grupo

Imprevistos

Outros

- Falta de cadeiras para a Palestra,

mas facilmente solucionado- Aspeto

positivo-Elevado Nº. de participantes,

incluindo idosos do Lar

Não houve imprevistos

- Sem imprevistos

- Aspeto positivo foi a

notória evolução nas

aprendizagens de TIC

- O clima. Estava muito frio e

vento- Aspeto positivo-foi muito

enriquecedor o encontro entre duas

Vilas com histórias/usos e

costumes diferentes

- Não Houve

- Não Houve

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25

ANEXO 4 – DADOS 1ª FORMAÇÃO TIC

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26

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Relatório Prática II

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ANEXO 5 – DADOS 2ª FORMAÇÃO TIC

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Relatório Prática II

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ANEXO 6 - DADOS 2ª FORMAÇÃO TIC

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30

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Relatório Prática II

31

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32

ANEXO 7 - DADOS 3ª FORMAÇÃO TIC

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33

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34

ANEXO 8 - DADOS 1ª CAMINHADA ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

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