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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – DIREC/13 INSTITUTO DE EDUCAÇÃO RÉGIS PACHECO Projeto de Sexualidade:

Renas Ser Ierp

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Projeto de Sexualidade desenvolvido no Instituto de educação Régis Pacheco desde 2005.

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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – DIREC/13

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO RÉGIS PACHECO

Projeto de Sexualidade:

Jequié – 2009

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

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DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – DIREC/13

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO RÉGIS PACHECO

ADMINISTRAÇÃO

Profª.Esp. Elvia Sampaio e Sampaio

Diretor Geral

Prof. Esp. Cynara Pereira Cabral de Novaes

Vice-Diretora (turno matutino)

Carla Aparecida Novaes dos Santos

Vice-Diretora (turno Vespertino)

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Prof. Esp. Valéria Cosme Silva Santos

Profª. Aldacy Melo

Coordenadoras do Ensino Médio

Profª. MS. Socorro Aparecida Cabral Pereira

Coordenadora da EJA

SECRETARIA

Evanilda Orrico

Secretária

COORDENAÇÃO PROJETO RENAS-SER – Responsável pelas Oficinas Temáticas

em 2008 – Profª. Esp. Maria José Sá Barreto Queiroz

Colaboradores: Profª .Esp. Betânia Andrade, Cláudia Sales, Cynara Cabral, Nilza Gomes,

Saionara Santana.

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A Igreja diz: O corpo é uma culpa.

A Ciência diz: O corpo é uma máquina.

A publicidade diz: O corpo é um negócio.

O corpo diz: Eu sou uma festa.

(Eduardo Galeano)

1. APRESENTAÇÃO

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O Instituto de Educação Régis Pacheco, situado à rua 15 de novembro, s/n, no bairro Campo do América, município de Jequié-BA, fundado na década de 50, mais precisamente em 1953, período em que ocorria mudança no modelo econômica do país, marcado na economia pelo nacional-desenvolvimentismo, na política pelo populismo e no social pelo aumento da concentração populacional nos centros urbanos e conseqüentemente da pobreza, teve como objetivo inicial a Formação de Professores para atuarem no Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série. Porém a demanda da clientela por uma educação pública de qualidade que lhes oferecesse a possibilidade de ascensão social, dentro dos moldes da ideologia burguesa, levaram os governantes à implantação de novos cursos, que com a seriedade do trabalho pedagógico desenvolvido pelos profissionais da época, tornou-se referência educacional a nível regional.

O nosso Projeto Político Pedagógico é o resultado de um trabalho em equipe, participativo e democrático que vem sendo desenvolvido nos últimos anos, buscando nortear e integrar as diversas ações desenvolvidas nas várias modalidades de ensino, contribuindo assim para a construção de uma educação que priorize a aprendizagem significativa em detrimento da aprendizagem conteudista, e que seja capaz de assegurar ao educando uma formação num ambiente harmônico, no qual possa encontrar oportunidades para desenvolver-se em sua totalidade com criticidade, ética e autonomia.

Atualmente, é um dos mais populosos colégios da cidade, atendendo uma clientela sócio-econômica de médio e baixo poder aquisitivo, com predominância da classe operária.

Atende, uma clientela do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, no III Tempo Formativo Eixos VI e VII, no Tempo de Aprender e na Comissão Permanente de Avaliação - CPA.

O Projeto de Sexualidade “Renas-ser” – Responsabilidade e Naturalidade na Sexualidade do Ser – é um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2005 nesta unidade escolar, quando firmou parceria com o GAPA-BA, Grupo de Apoio de Prevenção à AIDS que atua a nível internacional e nacional com capacitação para professores e alunos (futuros multiplicadores).

2. JUSTIFICATIVA:

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O Projeto de Sexualidade - Renas-ser - (Responsabilidade e Naturalidade na Sexualidade do Ser), tem como proposta o fornecimento de informações sobre sexualidade, com um espaço de reflexões e questionamentos sobre postura, tabus, crenças e valores a respeito de relacionamentos e comportamentos sexuais, visto que nossos adolescentes e jovens apresentam mudanças comportamentais no contexto social atual e o desconhecimento de assuntos relacionados a sexualidade.

Entendemos que o trabalho de Educação para sexualidade “é um processo de intervenção sistemática na área de sexualidade” que envolve o desenvolvimento sexual compreendido como: saúde reprodutiva, relações interpessoais, afetividade, imagem corporal, auto-estima e relações de gênero. Enfoca as dimensões fisiológicas, sociais, psicológicas, éticas e culturais da sexualidade através do desenvolvimento das áreas cognitivas, afetiva e comportamental, incluindo as habilidades para a comunicação eficaz e a tomada responsável de decisões.

O trabalho com as oficinas temáticas sobre Sexualidade que almejamos teve e tem, pois continua sendo realizada agora em 2009, com o objetivo de ajudar adolescentes e jovens a terem uma visão positiva da sexualidade; a desenvolverem uma comunicação clara nas relações interpessoais; a elaborarem seus próprios valores a partir de um pensamento crítico; a compreenderem o seu comportamento e o do outro e a tomarem decisões responsáveis a respeito da vida sexual, agora e no futuro.

As oficinas foram realizadas no Instituto de Educação Régis Pacheco, em 2008 todas as quartas-feiras no turno vespertino, turno em que teve maior número de alunos inscritos, inscrição esta voluntária. As oficinas foram ministradas por minha pessoa Profª Esp. Licenciada em Ciências com Habilitação em Biologia – Maria José Sá Barreto Queiroz, porém contamos com a participação dos multiplicadores do GAPA/BA – Grupo de Apoio a Prevenção a Aids – alunos desta instituição que passaram por capacitação, obtendo informações referentes à sexualidade para serem passadas para os adolescentes e jovens que aqui estudam. Até então continuamos com essa parceira do GAPA-BA, bem como com a Direção e equipe pedagógica desta instituição.

No ano de 2009 o Projeto foi aprovado pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia como Projeto Sócio Educativo, disponibilizando dois professores para atuarem no Projeto, o qual atualmente é oferecido todas as terças e sextas-feiras, portanto, o Projeto agora conta com o apoio da DIREC/13 e SEC-Ba.

3. OBJETIVOS:

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3.1. O Objetivo do trabalho realizado é desenvolver o bem estar dos indivíduos:

3.1.1. No desenvolvimento humano:

- Desenvolver a auto-estima;

- Gostar do seu próprio corpo;

- Desenvolver o auto-conhecimento;

- Buscar maiores informações sobre reprodução, quando necessitar;

- Compreender que a sexualidade faz parte do desenvolvimento humano sem, necessariamente, implicar a reprodução;

- Relacionar-se com respeito e responsabilidade;

- Exercer os direitos de cidadania nas diferentes manifestações da sexualidade.

3.1.2. Nos relacionamentos:

- Identificar e expressar seus sentimentos;

- Defender-se de vínculos nos quais se sinta manipulado ou explorado;

- Escolher, dentre suas possibilidades, modos de vida e de convivência;

- Desenvolver relacionamentos significativos.

3.1.3.Na comunicação:

- Identificar os valores socioculturais e posicionar-se de forma pessoal em relação a eles;

- Pensar por si mesmo em situações-problema, avaliando alternativas e conseqüências;

- Buscar informações e ajuda quando necessário;

- Responsabilizar-se por suas decisões;

- Considerar a comunicação como uma forma de expressão nos relacionamentos;

- Ser receptivo às mensagens do outro, ampliando sua própria visão de mundo.

3.1.4. No comportamento sexual:

- Usufruir e expressar a própria sexualidade ao longo da vida. Viver a sexualidade de forma coerente com os próprios valores;

- Buscar informações que contribuam para o esclarecimento e o desenvolvimento da própria sexualidade;

- Discriminar entre comportamentos sexuais enriquecedores e prejudiciais a si e aos outros;

- Reconhecer os próprios limites e desejos sexuais e respeitar os dos outros;

- Ser capaz de tomar decisões e ser responsável por elas ao se envolver em relacionamentos sexuais;

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- Ser capaz de conversas ou buscar ajuda entre os amigos, familiares, na escola, com uma pessoa de sua confiança ou com um profissional especializado, nas dúvidas ou dificuldades com a sexualidade.

3.1.5. Na saúde sexual:

- Aprender a conhecer o próprio corpo e cuidar dele;

- Valorizar a saúde do corpo como condição necessária para usufruir da sexualidade;

- Escolher um método anticoncepcional que considere as características pessoais, para poder usá-lo de forma eficaz;

- Prevenir-se de abusos sexuais.

- Agir de modo consistente com os próprios valores ao lidar com uma gravidez indesejada;

- Evitar contrair ou transmitir doença sexualmente transmissível, inclusive o vírus da AIDS.

3.1.6. Na sociedade e cultura:

- Vencer tabus e preconceitos relacionados à sexualidade;

- Respeitar pessoas com valores sexuais e estilos de vida diferentes dos seus;

- Exercer a cidadania desenvolvendo um posicionamento claro nas questões sexuais;

- Avaliar o impacto das comunicações familiares, culturais, da mídia e da sociedade nos próprios pensamentos, sentimentos, valores e comportamentos relacionados à sexualidade;

- Defender o direito de todas as pessoas obterem informações precisas a respeito da sexualidade;

- Evitar comportamentos discriminatórios e intolerantes;

- Rejeitar estereótipos a respeito da sexualidade.

3.2. Os Conteúdos fundamentais propostos são:

3.2.1. Desenvolvimento Humano

Corpo e Auto-Estima

Anatomia e Fisiologia Reprodutiva

Reprodução

Puberdade

3.2.2. Relacionamentos

Família

Amizade

Amor

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Namoro, Relacionamentos eventuais e casamento

Paternidade/Maternidade

Orientação afetivo-sexual

3.2.3. Comunicação

Valores

Decisões

Comunicação

Negociação

Busca de Ajuda

3.2.3. Comportamento Sexual

Sexualidade ao Longo da Vida

Masturbação

Vida Sexual Compartilhada

Desejo e Prazer Sexual

3.2.4. Saúde Sexual

Métodos Anticoncepcionais

Doenças Sexualmente Transmissíveis e Infecção por HIV

Práticas de Sexo Protegido

Saúde Reprodutiva

Câncer de Próstata (Prevenção)

Câncer da Mama (Prevenção)

3.2.5 Sociedade e Cultura

Sexualidade e Sociedade

Relações de Gênero

Sexualidade, Direito e Cidadania

A Sexualidade e a Mídia

Etnia

4. METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS

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A escola entende que, no processo de mediação social, os docentes precisam utilizar diferentes instrumentos e metodologias para garantir a construção do conhecimento novo pelo aluno. Ainda nesse processo, a relação teoria e prática se mostra necessária e indispensável. Assim sendo, a escola investe em recursos, materiais para que a prática pedagógica dos docentes seja rica de estímulos.

Entende-se que intervenções didáticas problematizadoras que gerem boas situações de aprendizagem ampliam os níveis de aproveitamento dos alunos para tanto, a coordenação do projeto estará fornecendo subsídios teórico-práticos para o estudo, reflexão e discussão acerca do processo de aprendizagem, visando a instrumentalização do professor no uso de novas metodologias de ensino na aplicação das oficinas.

Para desenvolver as metodologias o professor/orientador deve partir do princípio, ou seja, conhecer a realidade da turma, sua demanda e o contexto em que se encontra inserido. A partir daí criar um ambiente de harmonia, confiança e segurança, para que possam ser desenvolvidas todas a atividades. Sendo as dinâmicas de grupo utilizadas como base para facilitar a abordagem das temáticas abordadas, por meio de oficinas, permitindo assim ao educando a busca, construção, re-construção e formação de conceitos, procedimentos e atitudes que servirão para consolidar sua formação como cidadão.

Dinâmicas de identidade, integração, sensibilização, relacionamento, comunicação;

Reflexão, debates e discussões ;

Leitura e análise de textos e de vídeos;

Exposição participada;

Situações problemas;

Estudos de casos;

Leitura e interpretação de letras de músicas;

Produção de textos, panfletos e informativos;

Visitas a outras instituições de ensino;

Apresentação em espaços públicos.

Visitas ao blog: http://renas-ser.blogspot.com

5. RECURSOS:

Áudio visual: TV multimídia, Vídeo, DVD, Data-Show, laboratório de informática.

Material de apoio: - Papel ofício A4

- 1 1/5 cx de caneta (75)

- 1 1/5 cx de lápis (75)

- __cx de borracha(75)

- 10 caixas de lápis cera

- 1 fardo Papel metro

- Cartolina vermelha 10

- Cartolina preta 10

- Cartolina laranja 10

- Cartolina branca 20

- Grampos 26/6

- Caixas de Pincel atômico verde/vermelho/preto/azul

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- 1 cx marcador de quadro branco

- 70 classificadores transparentes de elástico

- 2 L de cola

- 15 tesouras sem ponta

- 5m de TNT

- 3 cartuchos preto p/ impressora multifuncional HP

- 2 cartuchos colorido p/ impressora multifuncional HP

- 6 Cx de 6 unidades -Tinta guache (cores primárias)

- 10 pincéis

- 10 rolos de fita adesiva

- 10 tubos de cola colorida (alto relevo)

- 1 pte papel cartão

- Transparência

- Papel cartão

- Folha adesiva

- Pincel retroprojetor

6. AVALIAÇÃO:

A prática avaliativa no cotidiano escolar é um ponto alto de discussão, até porque ela acaba sendo compreendida como o fim da própria ação educativa. Se a avaliação for reduzida a um único momento, então de nada valeria considerar os meios nos quais essa aprendizagem se deu e, se de fato, ela aconteceu. Segundo Souza (2003)

Avaliar é realizar um julgamento sobre uma realidade. É o fechamento de um trabalho, a análise das possíveis mudanças nos alunos. É um processo contínuo e existe porque existem diferenças e nos possibilita irmos em busca do “novo”. Serve para acompanhar o processo educativo verificando o desempenho do aluno, a atuação do professor bem como o desenvolvimento do projeto. [...](p. 111).

Dessa forma, a avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino aprendizagem, levando em conta não apenas os aspectos quantitativos, mas também os qualitativos.

Serão realizadas as seguintes atividades avaliativas:

- Observação direta

- Participação

- Confecção e apresentação de painel informativo

- Confecção de cartazes, revistas em quadrinhos

- Dinâmicas e técnicas de socialização, descontração e recapitulação de aprendizado, etc.

- Criação e apresentação de peças teatrais.

- Produção de paródias, poemas e coreografias

- Campanhas de prevenção contra IST/AIDS

- Produção textual

- Debates

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- Jogos

7. PÚBLICO ALVO:

Turma única (2008) de 30 alunos, sendo 24 do Ensino Médio e da 8ª série do Ensino Fundamental do IERP e 6 alunos do grupo Arte e Educação das escolas municipais envolvidas no projeto do GAPA-BA. Em 2009 duas turmas de 30 alunos do ensino Fundamental II.

8. DURAÇÃO:

Um trimestre: 30 horas aulas

As oficinas aconteceram(ão) semanalmente com a duração de 3 h, nas quartas-feiras

9. CALENDÁRIO:

Passamos a apresentar o calendário de 2009 visto que o projeto continua sendo executado atualmente, porém em dois dias na semana. No ano de 2008 foi realizado apenas nas 4ª feiras

INSCRIÇÕES 2009

Legenda:Feriados/Sábados letivos/Oficinas/Dias letivos

1ª Turma

2ª TURMA

ABRILS T Q Q S S

01 02 03 0406 07 08 09 1013 14 15 16 1720 21 22 23 24 2527 28 29 30

MAIOS T Q Q S S

0104 05 06 07 0811 12 13 14 15 1618 19 20 21 2225 26 27 28 29 30

JUNHOS T Q Q S S01 02 03 04 0508 09 10 11 1215 16 17 18 19 20

RECESSO

JULHOS T Q Q S S

JUNINO06 07 08 09 10 1113 14 15 16 1720 21 22 23 24 2527 28 29 30 31

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9. BIBLIOGRAFIA:

CAVALCANTI, Ricardo (org.) SAÚDE SEXUAL & REPRODUTIVA - Ensinando a ensinar. Brasília, Artegraf, 1990.

MUNDO JOVEM – Um Jornal de idéias . Editora da PUCRS, orientação da Faculdade de Teologia

NUNES, cesar Aparecido. Desvendando a Sexualidade, 2ª edição – Campinas, SP: Papirus, 1987.

Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental – Brasília: MEC/SEF,1998.

SERRÃO, Margarida & BALEEIRO, Maria Clarice. Aprendendo a ser e a Conviver, 2ª Edição, São Paulo, 1999

SOUZA, H. P. de. Orientação Sexual: conscientização, necessidade e realidade. 1ª ed., 3ª tiragem. Curitiba: Juruá. 2003.

Livros Didáticos p/ consulta:

BARROS, Carlos. Ciências e Educação Ambiental –, São Paulo: Edt. Ática, S.A,.

BORTOLOZO, Silvia & MALUHY, Suzana. Projeto educação para o século XXI, 1ª ed. – São Paulo : Moderna, 2002. – (Série link da Ciências– 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental).

CRUZ, Daniel, O Corpo Humano - Ciências e Educação Ambiental , São Paulo: Edt. Ática, 2000.

VALE, Cecília. Coleção Ciências – Ser Humano e Saúde, Curitiba: Editora Positivo,2004.

Sites para pesquisa:

www.aborto.com.br

www.educarede.org.br

www.google.com.br (site de busca)

www.soscorpo.org.br

www.transasdocorpo.com.br

www.gapabahia.org.br

www.educacional.com.br

AGOSTOS T Q Q S S03 04 05 06 07 0810 11 12 13 14

17 18 19 20 21 2224 25 26 27 2831

SETEMBROS T Q Q S S

01 02 03 04 0507 08 09 10 1114 15 16 17 18 1921 22 23 24 2528 29 30

OUTUBROS T Q Q S S

01 02 0305 06 07 08 0912 13 14 15 1619 20 21 22 23 2426 27 28 29 30

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www.acbdocorposalutar.com.br

www.gtpos.org.br (Grupos de Trabalhos e Pesquisa em DST/AIDS)

http://www.portaldasexualidade.com.br/

ANEXO I

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RELATÓRIO DE UMA OFICINA TEMÁTICA DO PROJETO DE SEXUALIDADE

Oficina temática: Relações de Gênero

Jequié - Bahia

Outubro a dezembro 2008

I. INTRODUÇÃO

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Dentre as oficinas temáticas realizadas destacamos a de “Relações de Gênero”, contemplando assim a proposta do CURSO DE FORMAÇÃO DE EDUCADORES EM SEXUALIDADE E GÊNERO, curso este oferecido pelo Instituto Anísio Teixeira – IAT e Diretoria de Formação e Experimentação Educacional – DIRFE - Coordenação de Estudos e Experimentações Educacionais – CES.

Atendemos uma turma de 20 adolescentes onde 8 eram homens e 12 mulheres com a faixa etária entre 13 e 20 anos de idade

2. DESENVOLVIMENTO:

Para desenvolver as atividades na oficina temática “Relações de Gênero” utilizamos diversas técnicas e dinâmicas de integração, socialização e aprendizagem as quais passamos a relatar a seguir:

18/11/2008

13:30 – Início das atividades com a mensagem de boas vindas “Presença”.

13:45 – Dinâmica de apresentação: “Nome e qualidade”

Objetivo: Aprender os nomes dos participantes do grupo de forma lúdica facilitando assim a integração entre os adolescentes.

Desenvolvimento: Grupo em círculo sentado

1. Escrever seu nome e uma qualidade no papel cartão com letras de forma;

2. O professor/facilitador inicia dizendo seu nome, a escola a que pertence, seguido de uma qualidade que julga possuir.

3. Cada participante, na seqüência a partir do facilitador, repete os nomes e qualidades ditos anteriormente, na ordem acrescentando no final o seu próprio nome.

1

14:15 – Dinâmica de integração – “Cumprimento Criativo”

Objetivo: Promover a integração e o contato físico entre os adolescentes.

Desenvolvimento:

1. Grupo em círculo de pé

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2. O Facilitador explica ao grupo que, quando a música tocar, todos deverão movimentar-se pela sala de acordo com o ritmo dela. A cada pausa musical, congelar o movimento, prestando atenção à solicitação que será feita pelo facilitador. Quando a música recomeçar, deverão atender à solicitação feita.

3. O facilitador ou monitor pedirá formas variadas de cumprimento corporal a cada parada musical. Cumprimentar com:

A palma das mãos

Os cotovelos

Os joelhos

As costas

A ponta do nariz

O bumbum

Um abraço

Um beijo no rosto

Uma reboladinha

Um toque na face

4. Após vários tipos de cumprimento, ao perceber que se estabeleceu no grupo um clima alegre e descontraído, o facilitador diminui a música paulatinamente, pedindo a cada pessoa que procure um lugar na área para está de pé ou sentado, olhos fechados, esperando que a respiração volte ao normal.

5. Plenário: comentar o exercício:

O que foi mais difícil executar?

Do que mais gostou?

O que pôde observar?

COMENTÁRIO

Nesta atividade ficou bem claro como é diferente a forma de se cumprimentar entre homem e mulher, mulher e mulher e homem e homem. Observamos que entre as garotas, garotas e garotos o cumprimento nas diversa formas sugeridas foram realizadas sem discriminações, às vezes com risadinhas. Já o cumprimento entre garotos percebemos o toque na face onde alguns deles revelam trejeitos afeminado, concluímos que homens não pode se cumprimentar de maneira carinhosa, senão podem ser considerados “bichas”, como eles mesmo se justificaram na conclusão da atividade.

15:30 – INTERVALO

15:50 – Dinâmica: Regras de boa convivência

O que pode acontecer no grupo?

O que não pode acontecer no grupo?

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16:20 – Apresentação do tema que será desenvolvido durante a semana – Relações de Gênero

19/11/2008

13:30 – Dinâmica de Integração “Integração Musical”

Objetivo: Perceber que o grupo é formado pelo esforço de cada um e pela união de todos.

Material: Aparelho de som, cd

Desenvolvimento: Caminhar individualmente, tentando entrar no ritmo da música.

1. Dançar formando grupo de dois, de quatro, de oito,...conforme solicitação do facilitador, até que todo o grupo esteja dançando junto.

2. Pedir que todos se dêem as mãos formando um círculo. O facilitador, então, quebrando o círculo, puxa a fila, formando um caracol o mais fechado possível.

3. Desfazer o caracol, sem quebrar a fila, formando novamente o círculo.

4. Sentar-se. Parar a música.

5. Cada participante fala do seu sentimento com relação ao trabalho.

14:00 – Valores – Concordo x Tenho dúvidas x Discordo

Objetivo: Dar aos participantes a oportunidade de se posicionarem, em relação a assuntos diversos ligado ao tema sexualidade humana, como trabalho, família, etnia, preconceitos, gênero, etc.

Levá-los a refletirem sobre o significado de seus posicionamentos e também dos posicionamentos dos outros participantes.

Exercitar a iniciativa e tomada de decisões.

Material: 3 cartazes com as seguintes palavras: CONCORDO X TENHO DÚVIDAS X DISCORDO, fita adesiva, lista de afirmação.

Desenvolvimento: Informe ao grupo que você irá ler uma série de afirmação. Ao ouvirem cada afirmação deverão dirigir-se ao local da sala cujo cartaz expresse melhor a sua atitude com relação ao que foi lido. As afirmações não serão discutidas. Cada participante deverá apenas posicionar-se e observar, após cada leitura, o que aconteceu.

Peça aos participantes para moverem-se livremente entre os três cartazes. Só depois que todos estiverem posicionados e tiverem olhado ao redor, é que você deverá ler a afirmação seguinte.

Terminada a atividade, incentive o debate, perguntando:

Como se sentiram nesta atividade?

O que este exercício nos diz?

Por que é “estranho nos posicionarmos contra a maioria do grupo, às vezes?

Por que temos estas posições?

Por que nem todos pensam do mesmo jeito?

Lista de afirmação:

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1. Numa família, o homem deve ser responsável pelo suporte financeiro.

2. Pode se conseguir um bom emprego sem que se termine o 2º grau.

3. Não há maneira de se planejar a própria vida, uma vez que isto é tarefa do destino.

4. Os adolescentes não devem ter filhos.

5. Só devemos ter relações sexuais com quem amamos realmente.

6. Cabe à mulher tomar providência par não engravidar.

7. Um rapaz que não tenha mantido relações sexuais até os 17 anos não é normal.

8. Uma mulher depois de ter filhos deve parar de estudar.

9. As mulheres não deveriam ter as mesmas profissões que os homens.

10. Uma adolescente grávida deveria ter o direito de decidir se faz um aborto ou não.

11. Os negros enfrentam maiores dificuldades do que os brancos.

12. A mulher deve permanecer virgem até o casamento.

13. A cor da pele influência na inteligência.

14. Há profissões que são mais importantes que outras.

15. Todos os seres humanos são passivos de erros.

16. Apenas o homem tem direito de trabalhar fora.

17. A mulher cabe os afazeres domésticos.

18. Todo jovem tem direito de ir a busca de prazer, mesmo que prejudique o próximo.

19. A sexualidade dos jovens pode sofrer influência da mídia.

20. Os homens podem usar a cor rosa e brincos.

COMENTÁRIO

Esta atividade foi muito interessante, pois nos permitiu dar continuidade ao trabalho com mais tranqüilidade, onde ficou bem claro que cada pessoa tem suas posições, direitos e deveres e suas opiniões próprias que teriam de ser respeitadas como são. No grupo tínhamos um adolescente que assumiu perante a turma a sua opção afetivo sexual, sendo no “início” das atividades discriminado por alguns componentes (do sexo masculino), fato este que foi logo discutido e lembrado que temos de respeitar as diversidades, pois elas estão presentes em diversas formas na nossa sociedade.

14:40 – Dinâmica: Expressões de intimidade

Objetivo: Entender que a sexualidade e o carinho são expressos de muitas formas durante a vida.

Material: Papel metro, piloto, quadro branco, papel ofício, revista, cola, tesoura.

Desenvolvimento:

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1. Grupo sentado em semicírculo, ao redor do quadro de giz ou do papel metro preso na parede.

2. Desenhar uma linha horizontal ao longo do quadro. Dizer ao grupo que se trata da linha da vida e perguntar:

a) Onde começa a vida?

b) Onde acaba a vida?

3. Ouvir as diferentes respostas, deixando claro que cada indivíduo busca responder para se próprio essas duas questões e que haverá sempre respostas individuais e diversas.

4. Levantar, oralmente, com o grupo as fases por que passamos durante a nossa linha da vida, a saber – Infância/Adolescência// Idade adulta/ terceira idade. Marcar essas fases na linha da vida.

5. Dividir o grupo, dar uma fase para cada subgrupo, solicitando que listem e ilustrem numa folha de papel metro todas as formas de carinho e sexualidade expressas nesses períodos.

6. Cada subgrupo apresenta seus resultados e vai se construindo a linha da vida. Quando todos os resultados tiverem sido apresentados, comparar as expressões de carinho, verificando as semelhanças e as diferenças.

7. Fechamento: pontuar para o grupo que, mesmo tendo formas diferentes de expressar sexualidade e carinho, o ser humano, em todas as idades, necessita destas duas expressões e dos sentimentos correspondentes a elas.

COMENTÁRIO:

Este trabalho nos propôs a discutir um tema nem sempre abordado pelas pessoas – a linha da vida. Fizemos uma reflexão sobre como pessoas de diferentes idades manifestam sua sexualidade e carinho pelos que estão ao redor.

É freqüente que os adolescentes acreditem que na infância e na terceira idade não existem manifestações de sexualidade. Aproveitamos para explicar aos jovens as diferenças entre sexo e sexualidade, pontuando que a sexualidade está presente em toda a vida do indivíduo e que, acompanhada de afetividade, possibilita aos indivíduos uma expressão mais completa de carinho, cuidado e proteção.

15:30 – Intervalo

15:50 – Exposição participada c/ slides

Objetivo: Estabelecer a diferença entre Sexo, Sexualidade.

Reconhecer as diferentes formas de expressões de carinho e sexualidade nas diferentes fases da vida.

Material: Data show, cd.

20/11/2007

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13:30 – Dinâmica de aquecimento: Joga Fora no lixo

Tempo: 30’

Materiais: Papel, lápis ou caneta.

Desenvolvimento:

1. O facilitador pede para que os participantes escrevam em um pedaço de papel: 1a linha – seu nome; 2a linha – um objeto que gostaria de jogar fora; 3a linha por que jogar fora.

2. Recolha os papeis, misturando em uma sacola e redistribua-os entre os participantes (não pode ser o próprio papel do participantes).

3. Cada participantes (com seu novo papel) deverá riscar a 2a linha (referente ao objeto).

4. Em sentido horário, o facilitador iniciará a apresentação, utilizando a pergunta-chave: “quem você não queria perto de você? E por que?

5. O participante seguinte responderá lendo somente a 1a e a 3a linha do papel.

Exemplo:

1a Linha (nome): Suzana

2a Linha: (objeto que quer jogar fora): Calça jeans

3a Linha (por que): está muito velha e rasgada.

14:00 – Dinâmica: Uma viagem através dos nossos corpos somos iguais, mas diferentes

Objetivo: Esclarecer os processo básicos do funcionamento do corpo, entendido em sua totalidade.

Material: Papel metro e pincéis atômicos.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em 4 subgrupos.

2. Distribuir o material. Cada subgrupo estende o papel no chão; solicita que quatro voluntários (dois meninos e duas meninas) que se deitem sobre o papel; a seguir os outros traçam o contorno do seu corpo.

3. Feitos os contornos, os subgrupos devem dar nomes a seus desenhos e iniciar a tarefa de preenchê-los, dois a dois, “por dentro” (consiste em desenhar o que os alunos pensam existir no interior do corpo, a partir da informação que possuem até aquele momento) e “por fora”. O professor não interfere.

4. Reunir todo o grupo para apresentação dos desenhos e debate.

COMENTÁRIO:

A partir das informações que os grupos trouxeram, esclarecemos a localização e a função da cada órgão e sua relação com o corpo todo, abordamos o essencial dentro das características da cada órgão. Enfatizamos a integração entre os sistemas do corpo humano (circulatório, respiratório, nervoso): nenhum é mais importante que o outro e todos

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trabalham articuladamente, homem e mulher e possuem apenas o sistema reprodutor que os diferencia.

1. Dinâmica: Uma viagem através dos nossos corpos somos iguais, mas diferentes

Para concluirmos esta atividade levamos o grupo para o laboratório de informática para fazer uma apresentação dos slides “Corpo nosso de cada dia” onde retrata a importância do estudo do corpo de forma integrada e não em pedaços, pois, não somos pedaços, somos uma pessoa inteira, uma unidade que deve ser respeitada, conquistada e preservada sempre. O corpo são sensações, emoções, desejos e vontades. Isso não se explica, mas se aprende, conhece, sente, precisamos ter a certeza que o nosso corpo existe diante de nós e nos faz existir diante do outro, assim nos sentimos existir diante dos olhares um do outro. O corpo guarda marcas, inscritas através da educação: nas proibições, permissões, vergonhas, coragem, medos, dores, prazer, receios, ousadias, distanciamentos, aproximações...O corpo tem seus sonhos, seus projetos e fantasias. Por isso temos que estudar o corpo e não apenas partes deles, precisamos lembrar que nosso corpo é um todo, todos os sistemas se relacionam permitindo assim a nossa vida.

“Sexo: prazer em conhecê-lo” nos permitiu apresentar a estrutura biológica que diferencia o ser homem do ser mulher – o SEXO.

Corpo nosso de cada dia

O corpo me dá medo por causa do desejo. É o corpo estético que me faz sentir bonita ou feia. É o corpo desconhecido que me angustia. È o corpo repleto de prazer, de tesão difícil de controlar.

Não sei como ele é nem como funciona.

É o corpo duro, frio, amarrado pela ausência de toque, de carinho. É o corpo em pedaços (“vamos conhecer a trompa esquerda, depois o útero, ovários, testículos”) è o corpo que perdeu o riso, a brincadeira, o jogo da vida. Enfim, são tantos... E é único.

Muitas vezes desconhecido, desligado, recortado em vários pedaços.

Sexo se aprende na escola. 2ªEd. São Paulo: Olho d’Água, 1998.

15:30 – INTERVALO

15:40 Dinâmica: Viajando pelos sentimentos – Técnica Teatro espontâneo

Objetivo: Promover a reflexão sobre os sentimentos ligados às descobertas envolvendo o corpo e sua sexualidade e criar condições para o diálogo no grupo sobre gênero.

Material: Papel ofício, pincel atômico, cola, tesoura e modelo de um “boneco”.

Desenvolvimento: Fazer um “boneco” personagem com as seguintes características: Nome, Sexo, Idade, Escolaridade, Onde mora, se trabalha onde? Se namora ou é casado. Quais seus sonhos, desejos e sentimentos. O que se passa pelo coração? O que se passa pela cabeça? O que pretende ser, profissão, etc...

Após a construção de seus personagens iniciou-se um diálogo entre os mesmo onde os homens atuaram como mulheres e as mulheres como homens.

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COMENTÁRIO:

Nesta atividade Teatro Espontâneo os homens assumiram o papel de mulher e a mulher de homem. Observamos um fato importante quanto a profissão ocupada por alguns deles e também a colocação feita por um dos personagens que assumia o papel de mulher com a seguinte frase “mulher no volante é um perigo constante”, nos remete ao que afirma muitos teóricos, que algumas profissões são mais adequadas para homens e outras mais adequadas para mulheres e isto ficou claro na conversa com os adolescente. A manutenção desses valores é garantida através de uma educação que geralmente trata as meninas como seres frágeis e dóceis e os meninos como fortes e eficientes. Essa mesma educação incute valores acerca de qual comportamento social e pessoal espera-se do homem ou da mulher. Desde o nascimento, ser homem ou ser mulher são condições tratadas de forma muito diferente na maioria das sociedades. A definição do sexo da criança é cercada de expectativas familiares e sociais quanto a seu comportamento. Essas expectativas orientam o caminho que a criança percorrerá até se tornar adulta; elas são o ponto de referência mais importante para a constituição psíquica e social do indivíduo.

21/11/2008

13:30 – Dinâmica de aquecimento – A Dança do quadrado

13:45 – Técnica: Bagagem de adolescente

Objetivo: levantar e discutir questões relativas às relações de gênero.

Material: Revistas, cola, tesoura, cartolina.

Desenvolvimento:

1. O professor divide a classe em grupos de seis a oito alunos. Cada grupo deve montar uma mochila, sendo que metade dos grupos monta uma mochila de homem e a outra metade, uma mochila de mulher. Os alunos precisam imaginar que as mochilas serão montadas para uma viagem que seu dono vai fazer.

2. Nesse primeiro momento será montado a mochila apenas com objetos e caso se queira colocar na mochila algum objeto que não esteja disponível no momento, mas que gostaria de levar a essa viagem, o grupo pode escrever seu nome em uma tira de papel.Durante a montagem das mochilas, os grupos não devem se comunicar, para que a atividade possa ser discutida na etapa seguinte, além de manter um certo suspense que anima o desenvolvimento do trabalho.

3. Terminada a tarefa da montagem, todos os alunos se reúnem em um grande círculo, para que cada grupo reconheça o que contêm as mochilas um do outro.

4. Para incrementar o debate, o professor pode perguntar:

Quais objetos caracterizam melhor a mochila do homem e da mulher?

Por que esses objetos apontados caracterizam melhor os sexos?

A que características pessoais (personalidade, temperamento, jeito de ser) tais objetos respondem ou apontam? Por exemplo, uma bola pode remeter à competitividade, agressividade; já um batom pode lembrar sensualidade, delicadeza,

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beleza. Esse último procedimento deve ser repetido com todos os objetos considerados mais característicos de cada sexo.

5. Terminada a rodada, lança-se a pergunta: as características apontadas são naturais ou culturais? Isto é, as pessoas nascem com elas ou é a sociedade que constrói uma cultura na qual essas características são forjadas?

A atividade de construção de mochilas permite ainda variações para aprofundamento: pode-se perguntar para os alunos o que falta em cada mochila, discutindo os significados de cada objeto apontado.

6. Para evidenciar e problematizar as relações de gênero, pode-se perguntar o que aconteceria se trocássemos de mochila os objetos mais característicos de cada gênero: por exemplo, se colocássemos uma bola de futebol na mochila da menina e um batom na mochila do menino.

No segundo momento foi sugerido aos grupos que analisassem “coisas” de outra ordem, como: atitudes, comportamentos e emoções escritas em tirinhas de cartolina e colocassem em um painel, onde estava escrito HOMEM – OS DOIS – MULHER.

sensibilidade

objetividade

afetividade

insegurança

racionalidade

faltar no trabalho quando os filhos estão doentes

iniciativa para o sexo mais seguro

choro

agressividade

ambição

compreensão

construção da casa

acolhimento

trabalho braçal

cuidado com os filhos

iniciativa

responsabilidade pela contracepção

arrumação da casa

tomar cerveja no bar

carinho

virgindade

cozinhar

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ir à reunião de pais na escola

cuidar da aparência

COMENTÁRIO

Na conclusão dessa atividade discutiu-se as idéias e atitudes consideradas como naturais, dando a entender que a cultura é responsável pela construção das relações de gênero. A cultura possibilita a construção de estereótipos que se transformam em preconceitos e precisam ser questionados e combatidos. Com exemplos de outras culturas ou uma abordagem histórica pudemos mostrar que as relações de gênero são construídas culturalmente e, por isso, podem ser questionadas, modificadas e transformadas.

Nesta atividade pudemos observar o quanto as meninas ainda são conservadoras, talvez por estar enraigados os costumes da família, conforme pudemos perceber nas discussões do grupo como “o sustento da casa deve ser do homem” e/ ou cuidar da casa e dos filhos é coisa de mulher. Enquanto que os homens, pelo menos os que estavam participando do trabalho, estão encarando de maneira mais satisfatória as mudanças que vem ocorrendo nos dias atuais em relação aos papéis sociais.

13:15 Debate: Vantagens e desvantagens de ser homem ou de ser mulher.

16:45 Concluímos as nossas atividades com um lanche coletivo.

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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existem muitas diferenças entre os comportamentos de meninos e meninas, sendo algumas biológicas e outras culturais. É papel de todo educador reconhecer essas diferenças e trabalhar para que não sejam transformadas em desvantagens e que não gerem atitudes discriminatórias.

Os resultados do projeto demonstram a importância de se trabalhar a Educação para a Sexualidade no espaço escolar, a fim de ajudar os adolescentes a atravessarem essa fase contraditória e desenvolver a sexualidade de forma satisfatória.

Desde a mais tenra infância, a família e a sociedade transmitem padrões de comportamento diferenciados para homens e mulheres. Essas expectativas familiares e sociais orientam o caminho que a criança percorrerá até tornar-se adulta e são um ponto de referência fundamental para a sua constituição psíquica e social.

Muitas vezes, a expressão das possibilidades de cada ser humano é dificultada pelos estereótipos de gênero que são reproduzidos de geração em geração. Como exemplo, pode-se lembrar a repressão das expressões de sensibilidade, intuição e meiguice nos meninos ou de objetividade e agressividade nas meninas. Dessa forma, é preciso flexibilizar esses padrões de conduta preestabelecidos para que as diferenças entre homens e mulheres possam ser vividas a partir da singularidade de cada um.

Os participantes das oficinas temáticas sobre sexualidade aprovam este e outros trabalhos voltados para “Educação Sexual” onde eles podem discutir de maneira clara e objetiva temas relacionados a sexualidade, procurando desta forma esclarecer suas dúvidas e adquirir novos conhecimentos para poderem tomar suas próprias decisões e viverem sua sexualidade de maneira plena e sadia

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ANEXO II

Figura 1. Relação de adolescentes inscritos

  Alunos inscritos Idade

1 Adrian Mateus Lemos da Silva 14 anos

2 Aldran Oliveira Silva 20 anos

3 André de Jesus Miranda 18 anos

4 Caio Queiroz Rodrigues 13 anos

5 Erlânio Lopes Queiroz 15 anos

6 Jean Rodrigo Rebouças Santos 14 anos

7 Landualdo Barbosa Viana 15 anos

8 Uilian de Araújo 16 anos

9 Carleane Martins Barreto 14 anos

10 Clara Souza Borges 17 anos

11 Dayna Conceição Aragão 15 anos

12 Diana Mile P. Silva 16 anos

13 Eliane Souza Santos 16 anos

14 Gabriely Souza Montenegro 15 anos

15 Geisa Pinheiro Santos 18 anos

16 Ingrid Conc. Alves dos Santos 17 anos

17 Jéssica Meira Barros 15 anos

18 Jéssica Santos Nascimento 17anos

19 Taise Ferreira da Conceição 14anos

20 Thalidi Ferreira Sousa 14 anos

Figura 2. Comparativo entre homens e mulheres

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Alunos inscritos

0

2

4

6

8

10

12

14

1

Sexo

Qu

anti

dad

e

Homens

Mulheres