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CURIOSIDADES 12 Edição 3 - Novembro de 2012 Apoio: Grecia Baffa O CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil) divulgou um mapa que mostra a velocidade da conexão com a web em diferentes regiões do país. Os dados foram obtidos a partir de um sistema de métrica oferecido pelo Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha) e contou com a colaboração de mais de 600 mil usuários. Após receber o CEP do usuários, o sistema mede a velocidade de sua banda. Em seguida, as informações são relacionadas no infográfico. Os pontos vermelhos indicam conexões com velocidade de tráfego menores, entre 100 Kbps e 500 Kbps. Já os pontos verdes indicam velocidade acima de 2200 Kbps. O teste pode ser feito no endereço http://simet.nic.br/mapas/. De acordo com um relatório divulgado pelo CGI, apenas seis empresas oferecem 80% das conexões de internet à em- presas e residências no Brasil. No total, o Brasil teria 1 934 provedores de serviços internet, que oferecem 17 milhões de conexões fixas. Quanto à velocidade de conexão, 89% deles têm sua oferta centralizada na faixa de até 512 Kbps; outros 81% traba- lham com planos entre 512 Kbps e 2Mbps; e 48% fornecem velocidade de tráfego entre 2Mbps e 12Mbps. Mapa realizado pela SIMET - Sistema de Medição de Tráfego Internet. Fonte: Site Abril Mercado de trabalho em mídias sociais Pág. 3 Comércio on-line Pág. 4 Conexão em todos os lugares Pág. 5 A luta por ideais Pág. 6 e 7 Brasil, o paraíso legal Pág. 8 Nanotecnologia Pág. 9 Digito, logo existo! Pág. 10 Liberdade de expressão Pág. 11 Evolução humana: do ponto de vista tecnológico, deixamos a caverna para adentrar uma selva de bits.

Revista/jornal Conectados - Terceira Edição

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Edição 3 - Novembro de 2012

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O CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil) divulgou um mapa que mostra a velocidade da conexão com a web em diferentes regiões do país.

Os dados foram obtidos a partir de um sistema de métrica oferecido pelo Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha) e contou com a colaboração de mais de 600 mil usuários. Após receber o CEP do usuários, o sistema mede a velocidade de sua banda. Em seguida, as informações são relacionadas no infográfico.

Os pontos vermelhos indicam conexões com velocidade de tráfego menores, entre 100 Kbps e 500 Kbps. Já os pontos verdes indicam velocidade acima de 2200 Kbps. O teste pode ser feito no endereço http://simet.nic.br/mapas/.De acordo com um relatório divulgado pelo CGI, apenas seis empresas oferecem 80% das conexões de internet à em-presas e residências no Brasil. No total, o Brasil teria 1 934 provedores de serviços internet, que oferecem 17 milhões de conexões fixas.

Quanto à velocidade de conexão, 89% deles têm sua oferta centralizada na faixa de até 512 Kbps; outros 81% traba-lham com planos entre 512 Kbps e 2Mbps; e 48% fornecem velocidade de tráfego entre 2Mbps e 12Mbps.

Mapa realizado pela SIMET - Sistema de Medição de Tráfego Internet.

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Mercado de trabalho

em mídias sociaisPág. 3

Comércio on-linePág. 4

Conexão em todos os lugares

Pág. 5

A luta por ideaisPág. 6 e 7

Brasil, o paraíso legal

Pág. 8

NanotecnologiaPág. 9

Digito, logo existo!Pág. 10

Liberdade de expressão

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Evolução humana: do ponto de vista tecnológico, deixamos a caverna para adentrar uma selva de bits.

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Revisão: Grecia Baffa e Nathali RuizRepórteres: Fábio Bogajo, Gabriel Maiante, Grecia Baffa, Juliana Sandres, Larissa Santos, Natália Ramires, Nathali Ruiz e Natália BeneditoDiagramação: Grecia Baffa

Um direito com restrições

Nesta terceira edição, vamos abordar um lado mais obscuro da internet. Enfrentamos a violência todos os dias nas ruas e temos a sensação de segurança em casa. A realidade, porém, é bem diferente.

Os crimes on-line estão cada vez mais frequentes e você pode ser a vítima quando menos esperar.

Mesmo com a multiplicação dos blogs, vlogs, twitters e afins, a liberdade parece não ter limites. No Brasil, uma menina cria o Diário de Classe. No Paquistão, outra menina é atacada por divulgar a crise em seu país. A liber-dade de expressão realmente existe na rede? O compartilhamento de in-formações é legal? O que você sabe sobre a SOPA e a PIPA? Essas siglas podiam ter mudado o mundo.

As eleições acabaram e muitos políticos não sabem o que fazer com os per-fis que criaram para as campanhas. A propaganda eleitoral ocorreu também nos sites de relacionamento. Como será o futuro das eleições?

Fim do ano chegando, as compras tendem a aumentar. Compras virtuais, claro. Alguns brasileiros já não enfren-tam mais shoppings lotados para comprar presentes. Tudo é resolvido num clique. Já que para gastar é preciso ter dinheiro, conheça um novo leque de oportunidades para quem quer trabalhar com mídias, aproveitando que temos wi-fi por toda parte.

E tamanho, é documento? Não para o mundo tecnológico, que tem a máxima: quanto menor, melhor! Portanto, sinta-se a vontade, desligue seu celular e acompanhe, curta e compartilhe o novo Conectados!

Diz a Constituição no artigo 220 “A manifestação do pensamen-to, a criação, a expressão e a

informação, sob qualquer forma, pro-cesso ou veículo não sofrerão qual-quer restrição, observado o disposto nesta Constituição”. Essa foi uma das conquistas em todo o território nacio-nal, principalmente depois da Ditadura Militar.

Com o avanço tecnológico e a cria-ção das redes sociais, essa liberdade de expressão passou a ser mais dis-cutida, pois é inegável o aumento de circulação de informações e o acesso das pessoas às mais diferentes infor-mações, o que antes não acontecia e nem com tanta rapidez.

“Um dos problemas mais controversos na atualidade é a tutela dos direitos da personalidade”, diz Elaine Garcia Fer-reira, doutora em Direito Público pela UGF. “Os direitos de personalidade são reconhecidos à pessoa humana e visam a defesa de valores como a vida, a intimidade, a honra e integridade física”, explica a doutora. “E é aí que estão os maiores problemas nas redes sociais, pois os abusos são constantes e cada vez mais intensos. Falar o que se pensa é um direito, mas o nosso direito acaba quando começa o direito do outro ser respeitado. A própria lei federal diz que somos livres para dizer ou escrever o que pensamos, respondendo, todavia pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei”, completa a advogada.

A discussão sobre esse direito ainda está longe de acabar. Até a ONU, maior representante dos direitos humanos, entrou na discussão. Num fórum realizado em julho passado, ela pediu para que esse direito fosse respeitado em to-dos os países. A China e Cuba manifestaram reservas: “Acreditamos que o livre fluxo de informações na internet e o fluxo seguro de informações são mutuamente dependentes”, justificou Xia Jingee, representante da China. “Enquanto a internet se desenvolve rapidamente, as apostas on-line, a pornografia, a violência e as fraudes estão aumentando

também sua ameaça aos direitos legais da sociedade e do público em geral”, completa.Recentemente uma enfermeira de Pernambuco foi demitida do hospital particular em que trabalhava por ter postado no Facebook fotos tiradas, dela e dos colegas durante o turno de trabalho. O hospital não aceitou tal atitude, dizendo que as fotos mostravam brincadeiras feitas no horário em que deveriam estar trabalhando, além de mostrar, ao fundo, pa-cientes muito debilitados e sem a prévia autorização deles ou de seus parentes. “Tudo que é publicado, não é restrito, mesmo que esteja em sua página. Tudo é de domínio pú-blico”, explica a advogada Elaine Ferreira.

Outro caso com bastante repercussão foi o que resultou na prisão do diretor-geral do Google, Fábio Coelho, por não ter obedecido à ordem da Justiça Eleitoral, que considerou ofensivo os vídeos postados no Youtube, sobre o candidato à prefeitura de Campo Grande (MS). “Estamos profunda-mente desapontados por não termos tido a oportunidade de debater nossos argumentos de que tais vídeos eram mani-festações legítimas da liberdade de expressão e deveriam continuar disponíveis no Brasil”, desabafou Coelho.

“Falar o que se pensa é um direito, mas o nosso direito acaba quando começa o

direito do outro ser respeitado.”

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Sejam bem-vindos a mais um Conectados!

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Agências sociais ganham espaço no mercado de trabalho

As redes sociais estão cada vez mais envolvidas em nos-so dia-a-dia, ganhando maior

espaço e se tornando ferramentas eficazes e necessárias para diver-sas atividades dentro do mercado de trabalho. Devido a essa grande ampliação, estão sendo criadas pro-fissões a fim de suprir as necessi-dades dessa área. O mercado de trabalho dentro das mídias sociais é algo que está em ampla expansão e as agências digi-tais estão cada vez mais em busca de profissionais especializados nes-sa área. Como ainda não existe uma formação acadêmica voltada ape-nas para mídias sociais, as agências procuram normalmente profissionais de diversas áreas como: publicitári-os, jornalistas, engenheiros da com-putação, analistas de sistemas, en-tre outros. Porém, já se pode contar com alguns cursos on-line que abor-dam a área de mídias sociais.

Para trabalhar em uma agência digi-tal, antes de qualquer coisa você deve ser uma pessoa conectada e já inserida ao mundo das mídias so-ciais, pois as funções principais de um profissional dessa área é pensar, planejar e executar todo o tipo de co-municação e conteúdo - só que para a internet, elaborando vídeos, apli-cativos, sites e jogos. “É um mar de

oportunidades para quem vislumbra entrar em uma carreira digital e ter uma boa ascensão e rápida, porque quem sabe ganha bem”, afirma Roberto Brí-cio, diretor da Associação Brasileira de Agências Digitais (ABRADi). Uma pesquisa realizada pela ABRADi aponta que a cada cem profissionais que trabalham nessa área, apenas um tem mais de 36 anos, ou seja, a área digital é dominada pelo público jovem, pois são os mais conectados e inte-grados a esse meio. “Quando criança gostava de desenhar, ler quadrinhos, história e me interessei pela área de Cinema, porém não consegui ingres-sar na faculdade. Fiz o Enem e acabei entrando para o curso de Publicidade do Unipli. Atuando no ramo da comu-nicação acabei tendo um maior conhe-cimento de como funcionam as redes sociais e passei a me interessar na área”, comenta o estudante Cristiano da Silva, de 24 anos. Entre as profissões que estão sendo criadas voltadas para as mídias soci-ais, a que mais e destaca é o analista de mídias sociais. Mesmo sendo uma profissão de certa forma desconhe-cida, o analista está se tornando uma profissão muito importante dentro de empresas e agências sociais. Isso acontece pois as marcas estão cada vez mais interessadas em estarem presentes dentro da internet gerando

visibilidade e reconhecimento e o analista de mídias sociais é quem cuida de todo esse monitoramento de conteúdo, criação de estratégias e identificação de oportunidades da empresa dentro do mundo digital. A tendência é que cada vez mais as pessoas fiquem integradas e co-nectadas as mídias sociais, com a internet 3G e os smartphones a in-formação chega a todo momento e em todo lugar cada vez com mais agilidade e rapidez.

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Profissionais de várias áreas trabalham com o monitoramento de mídias sociais.

“É um mar de oportunidades para

quem vislumbra entrar em uma carreira digital

e ter uma boa ascensão e rápida, porque quem sabe,

ganha bem.”

“Você já mandou aquele e-mail? Ainda não, estou esperando a res-posta pelo Twitter.” Frases como esta já fazem parte do dia-a-dia da maioria das pessoas. A comunicação e a identidade digital são

quase tão importantes quanto as reais. Com as eleições não poderia ser diferente: candidatos invadiram as redes sociais e o horário político passou a ser presente também na internet.

De acordo com o CETIC (Centro de Estudos Sobre as Tecnologias da Infor-mação e da Comunicação), o foco do reforço online é atingir os jovens entre 16 a 24 anos. No Brasil, mais de 51% da população possui acesso à rede mundial de computadores – tanto em casa quanto em lan-houses, escolas ou no trabalho – segundo pesquisas realizadas pela Fundação Getúlio Var-gas, em julho de 2012.

Vários candidatos utilizaram as redes sociais para terem contato com o eleitor, que fica a um clique de distância. Valdir Antônio Vitorino (PDT) é vereador em Capivari e conta que possui um blog desde antes das eleições,

De acordo com a União Internacional de Telecomunicações, 79% da população dos Estados Unidos está conectada. O presidente norte

americano Barack Obama não poderia deixar de investir na campanha online. Segundo o jornal The New York Times, Chris Hughes - um dos

fundadores do Facebook - deixou a corporação para construir a campanha de Obama. Desde 2007, toda a equipe de marketing político do presidente vem se empenhando em manter a imagem do candidato

a mais acessível possível. Até uma rede social foi criada para reunir eleitores de uma forma mais rápida, além de propor arrecadações para

vítimas de desastres naturais.

no qual posta seu trabalho como vereador. “A internet é um instrumento bárbaro que abrange um grande núme-ro de pessoas e, por meio dela, posso interagir ainda mais com a população”, revela Valdir. E ainda completa: “Acredito que as redes sociais deram mais visibilidade ao meu nome, ao meu trabalho, e isso pode sim ter con-tribuído com a minha reeleição.”

Wagner Bragalda (PMDB), foi reeleito vereador em Capi-vari nas últimas eleições de outubro. Ele percebeu que a internet poderia ajudá-lo assim que viu a campanha on-line do presidente norte americano Barack Obama. Se-gundo Bragalda, as redes digitais modificaram o espaço público e as formas de participação política nos dias de hoje. “Além de alcançar o público da maneira mais hábil, natural e transparente, consegui retorno por meio de uma comunicação eficiente”, explica o vereador.

Diante dessa tecnologia, fica a dúvida: a campanha online prevalecerá sobre as outras? “Acredito que os santin-hos (material impresso, tido como vilão pela sujeira que causa), não desaparecerão. Cerca de 30% da população da cidade de Capivari é idosa e ainda votante. Esse público necessita das tais ‘colinhas’. Eu só espero que não se perca o contato entre candidato e população, que é importante”, diz Vitorino.Talvez num futuro não muito distante a campanha, os debates e a própria eleição estarão disponíveis em um clique, de onde quer que o eleitor esteja.

Candidatos apostaram na campanha eleitoral 2.0

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Candidatos acreditam que o uso das redes sociais éimportante para as campanhas eleitorais.

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Quando é um mal negócio?

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Com a evolução das tecnologias midiáticas cada vez a praticidade e co-modidade têm sido preferência da população do século XXI. Hábitos de consumo têm se diversificado e ganhado espaço na rede.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revela que um em cada cinco internautas faz compras pela internet. Dados in-dicam ainda que em 2009, dos 63 milhões de internautas brasileiros, quase 12 milhões utilizaram a rede para contratar serviços ou adquirir produtos.

Para o músico Daniel Gomes fazer compras on-line se tornou uma rotina em sua vida agitada. “Eu gosto de comprar por internet porque não tenho muito tempo e paciência para enfrentar as filas das lojas físicas. Se desejo comprar algo simplesmente pesquiso e depois de alguns cliques já efetuei a compra”, brinca. Daniel conta ainda que costuma fazer até cinco compras ao mês.

Enquanto alguns têm se beneficiado com compras pela internet, outros usuários da rede relatam más experiências com compras on-line, como é o caso do aux-iliar de Serviços, Eduardo Vigorito Drigo. Para ele comprar por internet significa frustação e decepção. “Não compro e nem pretendo comprar por internet no-vamente, já que a última vez que comprei um livro demorou para eu receber e ainda vieram algumas páginas faltando. Só compro agora se não encontrar o produto em lojas físicas”, conta.

Segundo Rosi Palma, assessora de imprensa do Procon-SP, o consumidor deve estar atento a sites que oferecem grandes descontos em produtos e serviços. E é impor-tante buscar informações sobre estabelecimentos com familiares e amigos ou ainda procurar saber se a loja on-line possui também lojas físicas. O usuário pode também, antes de realizar a compra, consultar sobre a empresa no Cadastro Nacional de Reclamações dos Procons (SIN-DEC) e em redes sociais. Explica que o consumidor tem o direito de poder se arrepender da compra ou serviço em até sete dias após o recebimento do produto ou da assi-natura do contrato, mas desde que formalize o pedido de cancelamento e solicite a devolução de qualquer quantia eventualmente paga.

Quatro perguntas para fazer a si mesmo na hora da compra:

-Preciso realmente desse produto ou serviço?

-Tenho informações suficientes sobre ele?

-Tenho que comprar agora?-Essa decisão vai comprometer

meu orçamento?

Aparelhos cada vez menores e melhores graças a tecnologia

O termo nanotecnologia foi criado pela Universidade Científica de Tóquio, em

1974, e popularizado na década de 1990, pelo cientista Kim Eric Drexler, o primeiro no mundo a obter o título de PhD em nanotecnologia.

Essa palavra vem da unidade de medida chamada nanômetro, equiv-alente a um bilionésimo de metro. Esta tecnologia permite que sejam criados componentes eletrônicos ex-tremamente pequenos, o que, con-sequentemente, diminui o tamanho dos aparelhos eletrônicos.

É possível perceber esta evolução em alguns produtos disponíveis no mercado, como o recente lançamen-to iPad Mini, que segundo a Apple tem 7,2mm de espessura e metade do peso do iPad tradicional. Além dos tablets, celulares, televisores, aparelhos utilizados em cirurgias médicas, máquinas industriais, cos-méticos, entre outros, também foram beneficiados com a descoberta de que se pode trabalhar partículas im-perceptíveis ao olho humano para criar circuitos e sistemas integrados.

De acordo com a Agência Brasilei-ra de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o potencial multi-industrial da nanotecnologia lhe dá ampla margem estimada de crescimento,

O servidor público José Luis Vieira Corrêa afirma que só compra pela internet quando encontra grandes descontos, mas no trabalho as compras são frenquentes. “Costumo comprar produtos quando os preços são convidativos ou por necessidade por causa do meu trabalho. Compras pessoais só duas a três vezes ao ano, e isso se estiver mais barato do que nas lojas”, diz.

Corrêa relata ainda um problema que obteve com um ele-trodoméstico que comprou, quando o produto apresentou defeito e a empresa solicitou que o reenviasse para troca, porém ele teria que efetuar o pagamento do frete. “O valor do frete não compensava o preço do produto então eu joguei o produto fora”, explica. Porém, a atitude do ser-vidor público não é a recomendada, pois, de acordo com Rosi, do Procon-SP “as despesas são do fornecedor; caso o consumidor efetue algum pagamento relacionado a frete de reenvio de produto defeituoso, o valor deverá ser reem-bolsado”.

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Philip Schiller apresenta o iPad Mini.

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pois faz com que aumente o interes-se dos governos e de pesquisadores. Segundo o governo norte-americano, entre 1997 e 2005, cerca de US$ 18 bilhões foram investidos globalmente na nova tecnologia.

Para o engenheiro eletrônico e mest-rando em Sistemas Inteligentes Paulo Renato Sandres, 34, esta tecnologia ainda pode se desenvolver muito. “A nanotecnologia vem evoluindo rapida-mente, mas ainda há um largo campo para pesquisas e melhorias. Não há dúvidas de que os aparelhos eletrôni-cos continuarão diminuindo de taman-ho, e com um detalhe: sem diminuir suas funções, muito pelo contrário. E o futuro disso está na inteligência ar-tificial”, diz.

O Conselho Nacional de Desenvolvim-ento Científico e Tecnológico (CNPq), lançou em agosto deste ano um edital no valor de R$ 5,2 milhões para elevar escala em nanotecnologia, visando o apoio ao processo de expansão e consolidação desta ciência na indús-tria nacional.

No final das contas os usuários é que saem ganhando, pois os aparel-hos eletrônicos estão cada vez mais leves, menores e multifuncionais. A estudante de jornalismo Nathali Ruiz, 21, comenta sobre a evolução: “Me lembro [sic] de ter uns 9 anos e meu

tio surgir com o primeiro celular que eu vi na vida, ele era enorme e tinha antena, agora é bem dife-rente, os aparelhos são mais finos e bem menores”, lembra.

A estudante também comenta so-bre a multifuncionalidade dos ele-trônicos atuais: “Antes nós pre-cisávamos levar câmera, gravador, caixas de som, notebook pra onde quer que fossemos, tudo separado, hoje tudo isso cabe num aparelho só, o que facilita muito”, relata.

É difícil saber onde isso vai parar, a evolução dos eletrônicos é clara-mente perceptível ano após ano. A consequência disso é o aumento do desejo de consumo, de meros mortais como nós, destas tecnolo-gias que nos fazem ficar conecta-dos dia e noite.

“Não há dúvidas de que os aparelhos

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diminuindo de tamanho, e com um

detalhe: sem diminuir

suas funções.”

As compras pela internet aumentaram e é preciso tomar alguns cuidados.

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O Brasil é considerado “paraíso legal” por possuir código penal falho

Os crimes virtuais são delitos causados pela internet que podem ser en-quadrados no Código Penal Brasileiro com punições previstas pela Lei. É considerado um crime virtual qualquer tipo de ameaça, difamação, dis-

criminação, estelionato, falsidade ideológica, pirataria e pedofilia.

Todos esses crimes são punidos pela justiça brasileira, mas não de forma efici-ente. O Brasil é um dos países considerados como “paraíso legal” para crimes virtuais, pois a justiça trata o assunto com penas leves e às vezes irrelevantes devido à gravidade do crime que foi cometido.

De acordo com Elvio Peixoto, perito e especialista criminal da Polícia Federal de São Paulo, o Brasil possui penas brandas para este tipo de crime, o que acaba incentivando os fraudadores a cometerem delitos ainda mais ousados. Peixoto também cita casos onde teve de libertar três vezes a mesma gangue de hackers por falha da justiça que apenas aplica penas leves e muitas vezes são apenas revertidas em multas ou trabalhos sociais.

O que é discutido é se com o aperfeiçoamento da Web 3.0, no qual o perfil do usuário é personalizado e os filtros de busca serão mais avançados, dentro de

cinco anos de acordo com o jornalista John Markoff do jornal The New York Times, esta ferramenta poderá ser uma nova arma para os criminosos virtuais, que assim poderão conhecer ainda melhor as suas vítimas.

Os crimes virtuais no Brasil passaram por uma mudança em maio desde ano, na qual a pena prevista para pessoas que usam e criam perfis falsos e utilizam da internet para fins ilegais terão uma pena de seis meses a até dois anos de prisão. Uma punição rápida se comparada com os países europeus e os Estados Unidos, que prevê penas de mais de dez anos e em casos extremos vinte e cinco anos em regime fechado devido a gravidade do crime cometido.

Um caso bastante discutido pelo poder judiciário é a questão de muitas pessoas cometerem crimes virtuais por pura brincadeira, criando perfis com o nome de “Odeio Fulano”, “Odeio uma Empresa”, “Odeio uma Marca”, ou “Odeio Certa Etnia”. Há casos em que usam uma marca ou uma empresa sem autorização legal para fazer isso, o que pode ser enquadrado como um crime virtual, portanto as pessoas devem ficar bastante atentas com o que escrevem em suas redes sociais e divulgam na internet.

Lembrando de que os crimes virtuais são frequentes, mas existem formas de serem prevenidos e elas são simples, ficar de olhos atentos com mensagens suspeitas ou aproximação de pessoas estranhas já é um grande passo para proteger-se. No entanto, o Código Penal Brasileiro precisa rever e punir com mais rigor os crimes praticados pelos criminosos que estão cada vez mais atentos ao que acontece no cyber espaço e analisam passo a passo as suas vítimas, sendo assim todos devem estar antenados com o que acessam e cientes do que acessão na internet para não serem vítimas deste tipo de criminosos.

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A importância da comunicação via Wi-Fi

Pode ser em um shopping, hotel, aeroporto, loja de conveniência ou na faculdade. Em quase todo

lugar você encontrará o famoso Wi-Fi (uma tecnologia de comunicação en-tre aparelhos – como celulares e note-books – que não utiliza cabos. Pode ser com senha ou liberada).

Quando se fala em internet suben-tende-se o quanto o mundo é depen-dente desse meio de comunicação e, para alguns, este tipo de acesso é a melhor solução.

A procura por aparelhos que tenham a conexão Wi-Fi e 3G (espécie de ban-da-larga fornecida por companhias telefônicas destinadas a celulares) au-mentou. “As pessoas procuram celu-

lares e a primeira pergunta sempre é: qual tipo de conexão vem no aparelho?”, revela a vendedora Laís Almeida, 29.

Atualmente no Brasil algumas companhias de transporte estão disponibilizando internet Wi-Fi para seus passageiros. Pode-se encontrar até mesmo em ônibus. É uma opção a mais de viagem que vem crescendo entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Disponibilizam mesas de trabalho nas primeiras poltronas com tomadas para recarregar notebook. Essa estratégia de mercado surgiu para oferecer um serviço de qualidade e competir com empresas aéreas. É uma boa alternativa para viagens sem muita programação e para quem tem menos pressa e quer mais conforto*.

Muitas faculdades também tem esse tipo de acesso, com um pequeno detalhe: o uso em excesso de vários usuários ou poucos roteadores acaba tornando a conexão lenta e difícil de utilizar. ‘’Temos acesso à internet, mas, talvez por ser muita gente, ela é muito lenta, quase impossível de usar’’ conta o estudante Fernando Santos, 19.

Em lojas de conveniência (dentro de postos de gasolina) também é comum ter essa conexão. “Resolvi colocar o Wi-Fi para atender todo tipo de público. Estamos na entrada da cidade, um cliente que estiver viajando a trabalho e precisar

ter acesso à internet com urgência vai encontrar aqui. Os jovens que têm costume de se conectar também vão en-contrar acesso aqui”, explica Luis de Oliveira, 48, que é proprietário do estabelecimento.

A empresária Valéria Andreoli acredita que mesmo o país tendo passos lentos, ganha de outros. ‘’Após passar alguns dias na Rússia comecei a ficar desesperada. Não tinha in-ternet, nada tecnológico funcionava. Parecia o fim do mun-do. Já nos Estados Unidos, um passo que eu dava já tinha conexão’’, afirma Valéria.

Segundo o site Tecmundo, o primeiro orelhão com Wi-Fi do Brasil já está funcionando. Ele se encontra em Florianópo-lis-SC, e não é totalmente gratuito: somente os primeiros 15 minutos são liberados, para utilizar mais é necessário pagar.

Graças à tecnologia, é possível comunicar-se cada vez mais e melhor. Daqui a alguns anos esse tipo de conexão que é usada atualmente será ultrapassada. O importante é sempre estar atento às novidades e não deixar a rede cair.

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Crimes on-line ocorrem mais do que se pensa.

“As pessoas procuram celulares e a

primeira pergunta sempre é: qual tipo de

conexão vem no aparelho?”

A popularização da conexão Wi-Fi e seus benefícios.

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A vida pós-internet: direitos, obrigações e liberdade virtual

Revoluções existem desde que o homem entendeu que pode reivindicar por seus direitos. Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, nada mais natural do que protestos aparecerem de diferentes formas, inclusive por redes sociais.

Brigar por um mundo justo, por causas igualitárias ou até mesmo pessoais virou “moda” na internet e cada vez mais isso se torna frequente. Para o empresário Julio Baffa, 47, as reivindicações políticas são uma das formas mais comuns de protesto virtual. “Um exemplo sobre isso foi queda de Hosni Mubarak no Egito, orquestrada através de Twitters e Facebooks, e recentemente, houve também uma mobilização massiva na Argentina contra o governo da Cristina Kirchner”, afirma.

PIPA e SOPA

Algo que fez render muitas manifestações virtuais ultimamente foram o SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Project IP Act), dois projetos de lei - dos Estados Unidos - que visam acabar com a pirataria virtual. Por um lado, empresas ligadas ao mundo artístico (gravadoras de CDs, produtoras de filmes, entre outras) que lutam por reproduções legais de seus produtos e por outro, sites que atingem a população global brigando por compartil-hamentos livres de arquivos.

Discussões ocorreram para definir se as leis iriam ou não entrar em vigor e muito se falou do possível término da internet. “Compartilhamos muitas coisas na rede, não há um método razoável para medir isso e punir quem está dividindo conteúdos ilegais”, revela o gestor de T.I., Vitor Alves, 29. Ele diz ser a favor do SOPA e PIPA, mas discorda em um ponto: “Os valores cobrados pelos direitos autorais são absurdamente elevados, sem contar a

Segundo o site Tecnoblog, SOPA e PIPA foram

arquivados indefinidamente devido a mobilização de

grandes empresas (Google, Facebook, entre outras) por

protestar contra os projetos de lei. Não se sabe se

há chances de essa história voltar à tona, mas ficou bem

claro para todos os envolvidos o quanto a

proposta é odiada: tanto para os sites que

vivem de compartilhamento quanto para os internautas que acessam o

conteúdo disponibilizado.

“Compartilhamos muitas coisas na rede, não

há um método razoável para medir isso e punir quem está dividindo

conteúdos ilegais”

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elevada carga de impostos que é cobrada, o que exerce enorme força no aumento da pirataria.”

Ativismo virtual

São tantas formas de colocar em voga um assunto na internet que as pessoas hoje em dia já atribuem o meio vir-tual como uma forma de fazer - e ser vista pela - justiça. A estudante Isadora, 13, idealizou a página no Facebook, Diário de Classe, para contar quão precária eram as condições de sua escola. O tema virou discussão nacional e a atitude da garota foi tanto aclamada quanto criticada pela mídia. Primeiro porque ela foi corajosa ao falar sobre como estava sua instituição de ensino. E segundo porque seus professores e colegas de sala não aprovaram nem gostaram de sua iniciativa. (fonte matéria do Fantástico)

Emmanuel Duarte, 33, é economista e pesquisador de mercado, portanto, utiliza a internet para monitorar o que as pessoas comentam nas redes sociais. Ele acredita que a revolução virtual aqui discutida não tenha só a ver com revolta ou protesto, mas como a vida do ser humano está mudando por causa disso. “A vida on-line está transformando os meios de produção, o trabalho, as relações sociais e todos os aspectos culturais serão altera-dos de alguma maneira pela hiperconexão e velocidade de um mundo plugado todo o tempo”, conta.

Pode ser que seja muito cedo para discutir em que nível o homem está sendo modificado pelo mundo virtual, mas já é evidente que redes sociais e a própria internet não são mais ferramentas: são partes de cotidianos de pessoas que lutam por seus direitos, por seus pensamentos e por uma liberdade de expressão cada vez mais revolucionária.

Revolução ou evolução virtual?

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