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Rm vs objetivismo moral

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A cada cultura, a sua verdade. O certo e o errado é

relativo à sociedade e à cultura que nela existe. O certo

e o errado variam de sociedade para sociedade.

Para um RC afirmar que “Roubar é errado”

significa dizer “A sociedade X considera que

roubar é moralmente incorreto”.

Como existem culturas com códigos morais

diferentes, então as verdades morais são

relativas a cada cultura. Os juízos de valor

são “verdades” relativas a uma cultura ou

sociedade.

1. ARGUMENTO DA DIVERSIDADE CULTURAL

Poliginia

Em muitos países de África, por

exemplo, os homens podem casar com

mais do que uma mulher.

Nas sociedades europeias, pelo contrário,

esta prática não é permitida.

Infanticídio

Os esquimós, como os antigos romanos, consideravam moralmente permissível pôr fim à vida dos recém-nascidos.

Na nossa cultura, o infanticídio é proibido.

O relativismo cultural promove a coesão

social, pois esta coesão é fundamental para a

sobrevivência da sociedade e assim para o

nosso bem-estar.

2. ARGUMENTODA COESÃO SOCIAL E DA

TOLERÂNCIA

O relativismo cultural promove também a

tolerância entre sociedades diferentes.

Leva-nos a não ter uma atitude

destrutiva em relação aos outros povos e

culturas, pois não impomos aos outros os

valores da nossa comunidade.

1.O RC conduz ao conformismo.O RM parece apelar à passividade perante os valores de uma cultura, anulando qualquer espírito crítico e evolução. EXEMPLO: “discriminação contra as mulheres”, temos de aceitar essa prática sem pensar por nós próprios?

2. A maioria pode estar enganada.

Acontece que a maioria das pessoas numa dada cultura pode estar errada e que, muitas vezes, os valores defendidos por elas não sejam os mais corretos.

3. O RC cai numa contradição.

Esta teoria defende que não há valores e normas morais absolutas, universais, por isso não pode defender a tolerância como valor universal: isso é uma contradição.

4. A tolerância nem sempre é desejável.

O RC promove a tolerância mesmo para as práticas que nos parecem moralmente erradas, alegando que não podemos impor aos outros a nossa forma de viver. Sendo assim, estamos condenados a aceitar atos monstruosos.

5. O RC torna incompreensível a noção de direitos humanos universais.

Declaração Universal dos Direitos humanos, 1948 - 30 direitos e liberdades que pertencem a todos nós.

X é bom ou x é moralmente

correto independentemente do

que a sociedade ou um

indivíduo considera bom ou

correto.

Declaração universal

dos Direitos humanos

(1948)– 30 direitos

Para o objetivismo, um juízo moral tem

de ser apoiado em boas razões que são

imparciais.

1. ARGUMENTO DAS BOAS RAZÕES

Por exemplo, “X é um homem mau” é um

juízo moral verdadeiro se for sustentado por

razões melhores que os juízos alternativos.

Os juízos morais precisam de ser avaliados de

forma racional e imparcial, por isso devem

utilizar-se critérios transubjetivos de valoração,

isto é, critérios que possam ser aceites por

qualquer indivíduo racional e que ultrapassam a

perspetiva de cada um.

Se o SM ou o RM estivessem corretos

teríamos de aceitar perspetivas morais

consideradas inaceitáveis, como a escravatura, o

racismo, etc. Estas perspetivas conduzem a

consequências sociais e culturais indesejáveis,

pelo que não temos boas razões para o aceitar.

2. Argumento das consequências indesejáveis

Se analisarmos várias culturas, encontramos

uma grande coincidência em algumas crenças

fundamentais acerca de valores.

Exemplo: a interdição de matar, etc.

3. Argumento da coincidência dos valores

Declaração universal

dos Direitos humanos

1. A ideia de que todos reconhecemos de igual modo o que é correto ou incorreto não se verifica na prática.

2. Não reconhece que factos e valores são coisas distintas.