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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação Área: Interfaces Sociais da Comunicação Linha: Educomunicação Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e Metodologias Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares As contribuições pioneiras do Prof. Osvaldo Sangiorgi e do Prof. Luiz Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação na ECA-USP Autores Cassios Clei Nogueira Cleonildi Tibiriçá Neide Aparecida de Oliveira Sumário 1. Introdução - O pioneirismo........................................................... ........4 2. Breves biografias dos pioneiros............................................................. 4 2.1 Osvaldo Sangiorgi............................................................. .......4 2.2 Luís Barco................................................................. ..............6 3. A repercussão do pensamento educomunicador dos pioneiros....................7

Sangiorgi e barco

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e Artes Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação

Área: Interfaces Sociais da Comunicação Linha: Educomunicação

Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e MetodologiasProf. Dr. Ismar de Oliveira Soares

As contribuições pioneiras do Prof. Osvaldo Sangiorgi e do Prof. Luiz Barco para o

desenvolvimento do campo da Educomunicação na ECA-USP

Autores

Cassios Clei Nogueira

Cleonildi Tibiriçá

Neide Aparecida de Oliveira

Sumário

1. Introdução - O pioneirismo...................................................................4

2. Breves biografias dos pioneiros.............................................................4

2.1 Osvaldo Sangiorgi....................................................................4

2.2 Luís Barco...............................................................................6

3. A repercussão do pensamento educomunicador dos pioneiros....................7

3.1 Lucilene Cury...........................................................................7

3.2 Ana Cláudia Loureiro.................................................................9

3.3 Paulo da Silva Quadros............................................................10

4. Produção Bibliográfica e lista de orientandos de Sangiorgi e Barco

4.1 Osvaldo Sangiorgi...................................................................12

4.2 Luís Barco..............................................................................16

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.- 2 -

“Para que educar, na Era da Informação?”Francisco Gutierrez - Costa Rica

“- Eduque para a incerteza; - Eduque para usufruir a vida; - Eduque para a significação; - Eduque para a convivência;

- Eduque para a apropriação da história e da cultura”.

Resumo:

O objetivo deste trabalho é localizar na disciplina Teoria da Informação e nos

estudos de Cibernética Pedagógica, implementados na Escola de Comunicação e

Artes da Universidade de São Paulo na década de 1970, pelos professores Osvaldo

Sangiorgi e Luís Barco, a gênese da reflexão educomunicativa dessa instituição,

seja por sua produção de artigos e trabalhos acadêmicos, pela orientação de

pesquisas de mestrado e doutorado ou pela aproximação e incorporação de

pesquisadores da comunicação e da educação de outras instituições ao quadro de

professores da ECA – como no caso do Prof. Ismar Soares, que viria a dar impulso

definitivo ao desenvolvimento do campo da Educomunicação.

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.

1) O PIONEIRISMO NA INTERFACE DA EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Na década de 70 do século passado, o Prof. Ferri, então diretor da ECA, convidou

dois matemáticos para integrarem o corpo docente da instituição responsabilizando-se

pela disciplina Teoria da Informação. Um deles, o Prof. Osvaldo Sangiorgi, já era famoso e

seus livros de Matemática Moderna eram presenças constantes nas carteiras dos alunos

da rede pública e privada do, então, chamados 1o. e 2o. graus. O outro, o jovem Prof. Luis

Barco, havia sido aluno do GEEM, Grupo de Estudos de Ensino da Matemática, presidido

pelo Prof. Sangiorgi, era professor da Politécnica da USP e iniciava uma brilhante carreira

docente.

O envolvimento dos dois docentes com a Cibernética Pedagógica inaugurou, na

escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a reflexão que colocava

face a face os estudos da comunicação e da educação.

2) BREVES BIOGRAFIAS DOS PIONEIROS

Na introdução da Pedagogia Cibernética e inovação da Pedagogia Matemática

Osvaldo Sangiorgi licenciou-se em Física pela USP. É mestre em Lógica,

pela Universidade do Kansas e doutor em matemática. Por meio de uma bolsa

de estudos, em 1961, Sangiorgi fez parte do staff mundial da matemática,

que discutiu, entre outras coisas, a formação escolar da criança.

Tornou-se livre docente da ECA em 1977 e professor titular em 1990. Lecionou na

Universidade do Kansas (EUA), no Institut Eupen (Bélgica) e no Instituto de Cibernética de

San Marino. Lecionou também em outras universidades da América, Europa, África e Ásia.

Seu nome, mais do que nenhum outro, está diretamente associado à introdução

do ensino da Matemática Moderna no Brasil. Ele redesenhou um novo perfil para a

disciplina, nos anos 60, nos Estados Unidos, quando o então presidente John Kennedy

convidou matemáticos de vários países para se juntar aos norte-americanos e estudar

modos de superar a União Soviética (que havia pioneiramente lançado o satélite artificial

Sputnik, em 1957) na corrida ao espaço.

O professor integrou a Comissão de Tecnologia da Educação, o Grupo de Estudos

de Ensino de Matemática (GEEM), o Centro Paulista de Rádio e Televisão Educativas e

vários colegiados oficiais voltados ao aprimoramento da pedagogia da matemática.

Também desenvolveu estudos em Cibernética Pedagógica.

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.

Prof. Sangiorgi coordenou cursos precursores da TV Educativa (Telescola), pois

acreditava que a erradicação do analfabetismo passava por fórmulas abrangentes que

utilizassem toda a potencialidade dos meios de comunicação.

Professor Titular da Pós-Graduação na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da

USP lecionou, entre outras disciplinas, Novas Ciências da Informação (Cibernética

Pedagógica e Robótica Educacional) e estruturou o Grupo de Cibernética Pedagógica

(GCP). Em 2000 recebeu o Título de Professor Emérito da Universidade de São Paulo

O Grupo de Cibernética Pedagógica atualmente abriga também pesquisadores

esperantistas que estão vinculados ao Grupo Monda e à Comissão Interamericana de

Esperanto, órgão da Associação Mundial de Esperanto (UEA). Cadastrado oficialmente

junto ao CNPq desde 25 de março de 2004, o GCP, em sua nova estrutura, realiza

pesquisas a partir de dois objetivos centrais:

-estudar, no contexto da globalização, a influência da rede mundial de

computadores e das tecnologias digitais na vida real, a fim de melhor

compreender as relações existentes entre a vida digital e a humana.

-apresentar o Esperanto – língua transnacional – como facilitador do aprendizado

de línguas nacionais.

Transcrevemos a seguir, trecho do memorial do Prof. Sangiorgi, em que ele próprio

expõe sua atuação na interface das áreas de comunicação e educação:

“Como resultante das pesquisas, na área da Teoria da Informação, que conduzíamos na Escola de Comunicações e Artes – USP, sobre estruturação de linguagens e quantificação de informação, defendemos, em 30/03/1973, a Tese de Doutoramento, em Lingüística Matemática: “Aspectos Quantitativos e Formais do Sistema Fonológico da Língua Portuguesa Contemporânea no Brasil.” As pesquisas na área da Teoria da Comunicação e da Regulagem, com enfoque na quantificação da informação provinda de fontes diversas, efetivaram-se, a partir de 1974, no campo mais amplo da Cibernética, entendida por Norbert Wiener como Comunicação e Controle nos seres vivos, nas máquinas, e em sistemas abstratos. O desenvolvimento de Cursos de Pós-Graduação (“Estudos no Campo da Cibernética” – CCA – 718 e “Cibernética Pedagógica” – CCA – 719) e de Orientação de alunos originários, principalmente das mais diversas Unidades da USP e das Universidades Federais, constituíram grande lastro dessas pesquisas.Destaque maior foi dado à Cibernética Pedagógica – disciplina que iniciamos, na Pós-Graduação da ECA, em 1975, que procura otimizar, através de princípios científicos, as relações entre dois sistemas: docente (o que pretende ensinar) e discente (o que deve aprender).Em agosto de 1976, a convite oficial do Governo Alemão (RFA), visitamos os Institutos de Cibernética de Berlim e de Paderborn que, sob a direção do ciberniticista Prof. Dr. Helmar FRANK, realizavam experimentos de modelos de Psicologia Informacional e Pedagogia Cibernética, nas áreas da Educação. Dessa visita resultou um convênio entre o Instituto de Cibernética, da Universidade de Paderborn e a Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, que possibilitou a vinda do Prof. FRANK à USP para desenvolver cursos de Pós-Graduação na ECA, sobre Teoria da Comunicação e Pedagogia Cibernética (30/08 a 03/11/1977), os quais tivemos a honra de coordenar.

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.

Em 23/03/1978, fomos um dos fundadores do centro de Cibernética Pedagógica da Universidade de São Paulo, com sede na ECA, vinculado à Association Internacionale de Cybernétique, Namur, Bélgica. Neste Centro, são desenvolvidas pesquisas com orientandos da pós-graduação da USP.No Campo da Tecnologia da Comunicação participamos (1973/1979) dos seguintes eventos – considerados expressivos no contexto internacional – na área da TV Educativa;1. Coordenação, como Assessor de Ensino, da Fundação Padre Anchieta – Centro Paulista de Rádio e TV Educativa (FPA), dos projetos: a) TELESCOLA (1973/76), em convênio da FPA e as Secretarias de

Educação do Estado e do Município.Primeiro projeto na América Latina de utilização da televisão conjugada com ensino em sala de aula, dentro de um Sistema Estadual de Teleducação. No Projeto foram envolvidos 100 Escolas (80% da Rede Oficial), 200 professores e 5.000 alunos. Alunos e professores, engajados no Sistema, recebem dias úteis, através da TV, nas próprias salas de aula, programas especialmente planejados para televisão, nas áreas de Matemática e Ciências. Os alunos são submetidos, via TV, a testes de avaliação aplicados antes (pré-testes) e depois (pós-testes) de cada emissão.b) TELECURSO – 1º e 2º Graus (1978/ 79), em convênio da FPA, o Ministério de Educação e Cultura (MEC), contando com o apoio da Fundação Roberto Marinho para a emissão em Rede Nacional. O Projeto, extensivo em todo País, contou com fascículos (teoria e práticas), com material de apoio aos Programas das disciplinas dos currículos do 1º e 2º graus.Mesa Redonda Internacional da UNESCO: “Television em 1ª Educación Média Básica.” Promoção do Instituto Latinoamericanop de la Comunication Educativa (ILCE-UNESCO), na Cidade do México. Presidimos a Mesa de Abertura.2º Simpósio Brasileiro de Teleducação e Audiovisual – Promoção do Instituto

deEstatística e Ciências da Computação (IMECC), da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, julho, 1978.Conferencista: “Modelos Pedagógicos do TELECURSO”. Teleducação na América Latina: “Encuentro Latinoamericano sobre Investigación en Educación de Adultos y Teleducacion”.Promoção da Fundacion Konrad Adenauer , E.V., y Centro de Perfeccionamento, Experimentacion e Investigaciones Pedagógicas, Santiago do Chile, maio, 1979. Conferencista e professor do Curso “Aspectos Quantitativos da Comunicação à Distância.”[...]

A repercussão do pensamento educomunicador de Osvaldo Sangiorgi está

presente em dezenas de dissertações de mestrado e doutorado de seus orientandos.

Para efeito do presente trabalho, adiante, mencionaremos especificamente as pesquisas

realizadas por três entre seus muitos orientandos, cuja orientação compartilhou com o

Prof. Luis Barco.

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Novo paradigma pedagógico - pionerismo no Ensino a Distância – na TV pública

e privada

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.

Luiz Barco licenciou-se em matemática pela Universidade de São Paulo em

1964. É mestre em Matemática e doutor em Ciências da Comunicação. Após

ter sido aluno de todos os estágios do Grupo de Estudos do Ensino de

Matemática (GEEM), tornou-se professor e diretor.

Participou, como aluno, de curso sobre Televisão Educativa, promovido pela UNESCO em

colaboração com a Escola de Comunicações Culturais da USP e apoio da Fundação Padre

Anchieta. Em decorrência dessa participação, recebeu convite para lecionar a cadeira de

Fundamentos Matemáticos da Comunicação, na ECA/USP. É autor das 120 aulas de

matemática (quatro anos de gravação) do Projeto Telescola – projeto pioneiro de

educação a distância pela TV que garantiu premiações internacionais à TV Cultura de São

Paulo. É autor e apresentador das primeiras 41 aulas de matemática do Projeto

Telecurso, produzido pela TV Globo.

Apesar de reconhecer sua pouca familiaridade com o conceito de

educomunicação, a produção acadêmica e a práxis docente do Prof. Barco revelam

profundo envolvimento e preocupação com o papel dos meios na educação. Participa

com freqüência de eventos que discutem um novo paradigma pedagógico pautado pela

colaboração entre sujeitos aprendente e ensinante, bem como pela necessidade de a

escola, com a ajuda dos meios, incorporar todas as vozes que realmente a constituem.

Orientou dezenas de pesquisadores e compartilhou com o Prof. Sangiorgi outras

tantas orientações de mestrado e doutorado – às quais este trabalho vai se referir mais

adiante -, cujas linhas de pesquisa abordam a interface entre os dois campos a que

sempre se dedicou – a educação e a comunicação.

3) A REPERCUSSÃO DO PENSAMENTO EDUCOMUNICADOR DOS PIONEIROS

As novas gerações de Pesquisadores

Elegemos, entre tantos, o trabalho de três pesquisadores que foram orientados

conjuntamente pelos Profs. Sangiorgi e Barco, a fim de registrar, ainda que parcialmente,

os ecos dos estudos desses pioneiros no trabalho de novas gerações de pesquisadores:

- dissertação de mestrado da Profa. Lucilene Cury - Crianças e televisão e comunicação: um estudo do comportamento comunicativo de crianças, durante a recepção de “Cartas Filmadas”

- dissertação de mestrado da Profa. Ana Claudia Loureiro - A escola na era digital: a topologia das redes de informação

- dissertação de mestrado do Prof. Paulo da Silva Quadros - Cibernética Pedagógica na era das redes: a ótica da educação digital na contemporaneidade

3.1 Lucilene Cury

“O ato de assistir à televisão pode deixar de ser um ato isolado para transformar-se num ato coletivo, grupal, onde as crianças

possam auxiliar-se mutuamente, não só no sentido de decodificar

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.

a mensagem, mas muito mais que isso, no que diz respeito à análise do conteúdo transmitido.” (Lucilene Cury)

A professora Lucilene Cury, atual responsável pelo grupo de estudos de

cibernética pedagógica - Interneca1 , aproximou-se mais do professor Sangiorgi quando

ele ministrava a disciplina Teoria da Informação, na ECA. Ele a orientou durante seu

mestrado, em que ela desenvolveu pesquisa sobre Televisão e crianças, assim como

orientou muitos pesquisadores de diversas áreas (Comunicação, Matemática, Odonto,

Letras, Educação) em pesquisas que relacionavam cibernética, robótica e TICs em

processos de formação, educação e ensino-aprendizagem.

Cury, que leciona na graduação as disciplinas Teoria e Métodos de Pesquisa em

Comunicação e Comunicação Comparada e na pós-graduação, Tecnologias Digitais em

Espaços Educativos, acredita, assim como seu orientador, Osvaldo Sangiorgi, manter seu

foco de análise e pesquisa exatamente na interface dos dois processos – educação e

comunicação.

Em Crianças e televisão e comunicação: um estudo do comportamento

comunicativo de crianças, durante a recepção de “Cartas Filmadas”, Cury analisa

a comunicação entre grupos de crianças durante a recepção da série televisiva destinada

ao público infanto-juvenil e produzida pela FAUST FILM de Munique em co-produção com

a Fundação Padre Anchieta-Centro Paulista de Rádio e TV Educativa, com a National

Iraniam Radio and TV de Teerã e com a Bayerischer Rundfunk de Munique.

Crianças de idade entre 10 e 13 anos, que na realidade já formavam grupos de

amizade nos três diferentes países, trocaram “cartas” que continham indagações sobre a

vida das demais, ao mesmo tempo em que mostravam a sua própria. Essas “cartas”

foram filmadas e culminaram numa série de programas, que constituiu o eixo da

pesquisa de Cury.

Os resultados obtidos pela pesquisa demonstraram a existência de comunicação,

em especial a comunicação verbal, e a relação entre seu conteúdo com o da

programação apresentada. Esses resultados confirmaram a hipótese de que crianças em

grupos, quando expostas a programa de televisão do tipo pró-social, poderiam envolver-

se em atividades comunicativas.

Decorrentes das conclusões salientam-se os seguintes pontos: 1) é possível

estabelecer um modo mais apropriado para que as crianças assistam à televisão, com a

constituição de pequenos grupos, através dos quais a comunicação interpessoal seja

capaz de mediar a recepção da mensagem televisiva; 2) verificada a importância do

programa televisivo de conteúdo pró-social na comunicação de crianças, enfatiza-se a

necessidade de que os responsáveis pela televisão sejam sensibilizados pelo problema e

possam contribuir para o desenvolvimento da socialização infantil.

O que os resultados da pesquisa propõem é que a mensagem televisiva seja

recebida por grupos de crianças, de modo que as relações de amizade ou mesmo de

parentesco entre elas possam garantir a existência da comunicação interpessoal - se a 1 Criado pelo Prof. Dr. Osvaldo Sangiorgi, o Grupo de Cibernética Pedagógica surgiu para desenvolver estudos avançados e pesquisas nas interfaces da cibernética e da educação, com ênfase nos problemas de natureza pedagógica, e também realizar experimentos com multimídia, realidade virtual e robótica.

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criança costuma passar muitas horas vendo televisão, esse período de tempo pode

deixar de ser um fator de isolamento da para transformar-se em fator de encontro com

outras crianças, em momentos de comunicação, indispensáveis para seu

desenvolvimento social.

Essa idéia da recepção em grupos foi experimentada com as crianças da pesquisa

e os resultados foram amplamente satisfatórios, de modo que talvez possa constituir-se

num novo hábito televisivo das crianças, se incentivado por pais, educadores e adultos

em geral.

3.2 Ana Cláudia Loureiro

Em A escola na era digital: a topologia das redes de informação, Loureiro

propõe a necessidade de uma reconfiguração topológica do papel do professor, do aluno,

da sala de aula (real/virtual), da mídia (Internet), das tecnologias Informo-

Comunicacionais (redes telemáticas), que constitui o principal parâmetro cibernético de

governabilidade da Educação na Era Digital.

Seu estudo descreve os principais fatos ligados à nova configuração que se

necessita alcançar - a Escola que se deseja na era da total digitalização - focando a

interação humana com a máquina e a criação de Ambientes Virtuais de Aprendizagem,

visando analisar o uso pedagógico das redes telemáticas, a prática docente e discente,

gestados por uma pedagogia inovadora, já que o fluxo do saber, a transação de

conhecimento e o acesso à informação mudam profundamente a educação e a formação

do homem. Essa pedagogia inovadora deve, então, incorporar a cibernética -

etimologicamente, a palavra Cibernética, derivada do grego kybernetiké, significa “pilotar

navios”. Para O. Sangiorgi (1998), num sentido mais amplo, cibernética é a arte de

“governar a nave social”.

O objeto de estudo da pesquisa consistiu no levantamento das atuais tecnologias

computacionais para a educação na web, como uma ferramenta capaz de romper com os

limites físico-espaciais da escola, proporcionando um “prolongamento” da sala de aula. A

pesquisa acompanhou ainda a implantação, no Colégio Jean Piaget, do Projeto

Edunet, no Ensino Fundamental e Médio, com a proposta de gerar um ambiente de

aprendizagem coletiva e um complemento pedagógico às aulas presenciais. Recorreu-se

à Cibernética Pedagógica como fundamento para alicerçar os estudos, uma vez que ela

viabilizaria a otimização de relações entre dois sistemas: Sistema Docente (Sdo) – o

que pretende ensinar, e Sistema Discente (Sdi) – o que deve aprender, sejam eles

constituídos por Seres Humanos ou Máquinas (Sangiorgi, 1998).

A pesquisa de Loureiro aborda a necessidade de modificar-se a modalidade

comunicacional predominante na ação pedagógica do professor, a partir do movimento

contemporâneo das tecnologias hipertextuais. Isto não significa que se acredita na

simples implantação de computadores na escola como solução para a crise educacional

existente. Nem mesmo se houvesse um computador e uma conexão com a Internet em

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cada sala de aula, a transformação escolar exigida pelo novo contexto social estaria

realizada. “Ter a tecnologia não basta. O que importa é o que se fará com ela”. (O.

Sangiorgi, 1999).

No contexto dos estudos de Loureiro, professor, visto como um comunicador, um

mediador, surge como um profissional reflexivo e ciente de seu papel, responsável por

uma nova prática comunicacional e uma ação pedagógica diferenciada.

3.3 Paulo da Silva Quadros

Quadros tem formação básica interdisciplinar em Informática e Letras. Tanto sua

formação acadêmica quanto sua atuação profissional sempre enveredaram pelo caminho

das linguagens tecnológicas, científicas e artísticas. Trabalhou em núcleo de pesquisa de

tecnologias da comunicação aplicadas à educação (Escola do Futuro/USP), em projetos de

educação a distância, consultoria educacional, docência em ensino presencial e a

distância. Formulou a linha conceitual da primeira Faculdade de Educação e Comunicação

do país, baseada em temas transversais. Publicou vários artigos e apresentou trabalhos

relacionados a temas da educomunicação: educação a distância e ensino presencial,

pedagogia em rede, valores educacionais, inclusão digital, pedagogia da imagem, entre

outros.

A origem de sua atuação na área de Educomunicação está vinculada a sua

atividade como pesquisador da Escola do Futuro/USP, onde teve oportunidade de

conhecer melhor a contextualização das pesquisas que eram realizadas por docentes da

ECA/USP. Quando de seu ingresso na pós-graduação, veio a ser orientando do Prof. Dr.

Osvaldo Sangiorgi, na linha de pesquisa “Comunicação e Educação”, núcleo

“Intermediações”, subárea “Cibernética Pedagógica”.

Seu envolvimento com a teoria e práxis da Educomunicação ocorre tanto pelo viés

profissional - ensino de comunicação e educação, ensino presencial e a distância,

formação de professores, produção de materiais instrucionais para ensino presencial e a

distância, consultoria pedagógica etc -, quanto pelo viés acadêmico e de cunho mais

reflexivo - apresentação de trabalhos em congressos, realização de palestras e cursos

para formação de professores, publicação de artigos em revistas especializadas em

comunicação e pedagogia, participação em inúmeros grupos de estudos e de pesquisa da

USP etc.

Segundo Quadros, sua contribuição mais significativa talvez tenha sido a

dissertação de mestrado, ainda não publicada.

Considera que a educomunicação é um campo emergente de estudos, ainda de

difícil aceitação, que encontra resistência em diversos meios. Apesar disso, Quadros

posiciona-se e atua no sentido de repercutir as pesquisas do campo e tem se dedicado à

publicação de artigos e apresentação de trabalhos que articulem uma ponte entre

comunicação e educação.

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Quadros faz parte do Grupo Alpha, grupo de pesquisa em educação de jovens e

adultos, formação de professores e educação a distância, sob coordenação científica da

Profa. Dra. Stela C. B. Piconez da Faculdade de Educação da USP e foi convidado pela

Profa. Lucilene Cury a integrar o grupo de Cibernética Pedagógica, coordenado por ela,

visando reativar o trabalho do Prof. Dr. Osvaldo Sangiorgi na ECA/USP.

Participa de inúmeros eventos que discutem temas de relevância para a

Educomunicação: Semana da Educação, Congresso Internacional de Estéticas

Tecnológicas, Virtual Educa etc.

O pesquisador considera que as perspectivas para a Educomunicação são as

melhores possíveis, mas crê na necessidade de mais estudos minuciosos sobre a inter-

relação teoria e prática. Acredita que há que se fundamentar os princípios teóricos da

educomunicação, a fim de se responder, por exemplo, à questão Por que

“educomunicação” e não “comunicação e educação”?, para que a educomunicação

venha a configurar-se como um conceito-chave na formação educacional, tendo em vista

que toda a sociedade contemporânea está imersa em um contexto de ensino e

aprendizagem.

Em sua dissertação de mestrado Cibernética Pedagógica na era das redes: a

ótica da educação digital na contemporaneidade, Quadros traça um panorama das

relações pertinentes a cada um dos tópicos, fundamentando questões conceituais de

relevância para o entendimento da complexidade do assunto apresentado. Para tal,

elenca aspectos que caracterizam as dimensões essenciais de mudanças, para

diagnosticar a sociedade na era das redes, a evolução dos suportes tecnológicos com

implicações paradigmáticas no campo educacional e megatendências evolutivas do

conhecimento em rede. Acrescenta ainda um estudo de dois casos, consubstanciando a

validade dos tópicos apresentados do ponto de vista conceitual e prático: o website do

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.

“Discovery na Escola”2, do Canal Discovery, o “Alô Escola”3 da TV Cultura e a Análise

Comparativa dos websites.4

Para Quadros, a Cibernética Pedagógica articula-se à Era das redes, não só pela

ótica da Educação Digital que incorpora pressupostos advindos das Ciências Cognitivas,

mas, sobretudo pelos novos conceitos e valores educacionais que tornam-se exigência

sine qua non na contemporaneidade.

4) PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA E ORIENTAÇÕES

4.1 Prof. Osvaldo Sangiorgi

Artigos completos publicados em periódicos

1. SANGIORGI, O. . The Present Status Of Mathematics Teaching In Secondary School In Argentina, Brazil, Chile, Colombia, Costa Rica, Peru, Uruguay And Venezuela. PUBLICACAO DA UNESCO, PARIS, 1962. 2. SANGIORGI, O. . Matematica Moderna No Ensino: Feliz Encontro Entre A Logica, A Psicologia e A Pedagogia. BOLETIM DA SOCIEDADE PARANAENSE DE MATEMATICA, CURITIBA - PR, v. 7/8, n. 3/1, 1965. 3. SANGIORGI, O. . Beurteilung Mathematisher Fernseh-Progamm Lektionen Mit Dem Beta-Eta Diagramm. GRUNDLAGENSTUDIEN AUS KYBERNETIK GEISTESWISSSENSCHAFT, PADERBORN - ALEMANHA (RFA), p. 14-17, 1979.

2 "DISCOVERY NA ESCOLA" - Análise descritiva do websiteO website do Discovery na Escola (www.discoverynaescola.com) divide-se em três seções fundamentais: professores, alunos e

pais. Para cada seção existe glossário de termos, links com mais informação a respeito do conhecimento enunciado, um dicionário com várias dicas e buscas, e uma ferramenta personalizada para auxiliar todos em como navegar pela Internet.

A seção destinada aos professores fornece planos de aula e estratégias lúdicas de apoio didático, tais como: jogos interativos, quebra-cabeças, anagramas, palavras cruzadas e desenhos personalizados.

A seção de alunos divide-se nas seguintes áreas de conhecimento: Ciências Sociais, Matemática e Inglês (conforme currículo americano) Ela possui também uma ferramenta que permite conectar estudantes com especialistas renomados de diversos ramos de atividade profissional (engenharia aeroespacial, genética, ecologia etc.) e oferece idéias para novos projetos (tópicos para feira de ciências).

A seção destinada aos pais apenas restringe-se a indicar materiais didáticos opcionais para aprimoramento de aprendizagem dos filhos. Ressalta-se ainda que o "Discovery na Escola" possui uma série de fitas de vídeo, constantemente televisionadas pelo canal Discovery Channel. Essas fitas utilizam diversos documentários científicos anteriormente produzidos para o Discovery Channel sob a ótica de assuntos chaves: Oceanos, Genética, Robótica, Astronomia etc. Cada programa sempre dividido em duas partes. No início de cada parte são

problematizadas várias questões para que os alunos pensem. No final de cada bloco as questões respondidas, são ainda fornecidas várias orientações ao professor para desenvolver atividades em grupo e pesquisa extra-aula, e opcionalmente são dadas dicas de websites para mais

informações a respeito do assunto. Percebe-se neste caso claramente o estímulo à adoção de projetos em sala de aula. O site consta de três idiomas: inglês, espanhol, português de Portugal e brasileiro.

3 "ALÔ ESCOLA" - Análise descritiva do website O Alô Escola (www.tvcultura.com.br/aloescola) caracteriza-se por ser um website contendo recursos educativos para estudantes e

professores. Apresenta a grade de programas da TV e Rádios Cultura AM e FM com enfoque mais educativo. São materiais que podem ser utilizados como complemento de atividade escolar, estímulo ao aprendizado aberto, pesquisa ou ainda aproveitamento interdisciplinar.

Quanto à organização, os conteúdos dos programas bem como narrações e depoimentos de entrevistados foram adaptados para a linguagem da web. Quanto à abordagem pedagógica, os trabalhos disponibilizados fornecem informações complementares como bibliografia, discografia, filmografia, além de endereços de museus, logradouros ou websites adicionais para enriquecer ainda mais a abrangência de conteúdo.

As áreas de conhecimento abordadas de acordo com os programas apresentados são basicamente as seguintes: Língua Portuguesa, Literatura, Ciências, Estudos brasileiros, História, Infantis e Artes.

4 - Análise Comparativa dos websitesAmbos os websites foram desenvolvidos para auxiliar em atividades educacionais complementares. Em relação ao Discovery na

Escola foi adaptado grande parte de sua produção em vídeo, por meio de documentários produzidos anteriormente e exibidos no canal, para dar uma abordagem mais pedagógica, sintonizada com os novos métodos educacionais, valorizando o uso de seus produtos como materiais instrucionais de grande qualidade para a escola.

As duas propostas estão dentro do caráter da educação aberta, que configura-se também na modalidade da educação a distância, contudo sem o propósito de oferecer cursos programados com critérios de avaliação sistemática. A modalidade da educação aberta via Internet pode ser empregada para favorecer o ensino aberto e cooperativo, o que seria substancialmente um preparo para a educação vitalícia contemporânea. As duas propostas pedagógicas também desenvolveram estratégias de ensino e aprendizagem bem similares, pois, articulam essencialmente dois meios comunicacionais: a televisão e a Internet.

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As contribuições pioneiras do Prof. O.Sangiorgi e do Prof. L.Barco para o desenvolvimento do campo da Educomunicação.

4. SANGIORGI, O. . Comunicacao & Boole. CIENCIA E CULTURA - REVISTA DA SBPC, SAO PAULO - SP, p. 120-128, 1979. 5. SANGIORGI, O. . Prijugo de La Efiko de Kibernetiko-Pedagogia Universitata Kurso Helpe de La Beta-Eta Diagramo.. LINGVUO-KIBERNETIKO/SPRACH-KIBERNETIK, BERLIM & PADERBORN - ALEMANHA, p. 145-149, 1982. 6. SANGIORGI, O. . Ii Metodo de Istruzione Protelvite. CIVILTA CIBERNETICA, REPUBLICA DE SAN MARINO, v. 4, n. 1/4, p. 18-24, 1984. 7. SANGIORGI, O. . Application Of Weltner`S Guessing-Method To The Measurement Of Subjective Information In Portuguese Texts.. HUMANKYBERNETIK, PADERBORN - ALEMANHA (RFA), p. 15-23, 1987. 8. SANGIORGI, O. . Comunicazione & Boole. CIVILTA CIBERNETICA, REPUBLICA DI SAN MARINO, v. 5, n. 2, p. 18-24, 1989. 9. SANGIORGI, O. . Lectio-Transinforma Kvantigilo de La Pedagogia Efiko de Portugallingvaj Instrulibroj.. NJSZT-JOHN VON NEUMANN SOCIETY FOR COMPUTING SCIENCES, p. 5-7, 1990. 10. SANGIORGI, O. . Cibernética No Mundo Contemporâneo. ANUÁRIO DE INOVAÇÕES EM COMUNICAÇÕES E ARTES 1990, SAO PAULO - SP, p. 29-39, 1990. 11. SANGIORGI, O. . Transinformation Lectio: Application En Cybernetique Pedagogique. CIVILTÀ CIBERNETICA, REPUBLICA DI SAN MARINO, v. 4, p. 32-34, 1990. 12. SANGIORGI, O. . Lectio - Transinforma Kvantigilo de La Pedagogia Efiko de Portugalalingvaj Instrulibroj. LINGVOKIBERNETIKO PEDAGOGIA KIBERNETIKO, BUDAPESTE, p. 5-7, 1990. 13. SANGIORGI, O. . Mathematical Model For The Quantification, In Bits, Of Previus Information.. BULLETIN 1 - SUS 5, REPUBLICA DE SAN MARINO, p. 14-18, 1991. 14. SANGIORGI, O. . Transinformation Lectio: Application En Cybernétique Pedagogique. REVISTA CYBERNETICA, BÉLGICA, v. 32, p. 136-141, 1991. 15. SANGIORGI, O. . Mathematical Model By Quantification In Bits, Of The Previous Information. BULLETIN 1, REPÚBLICA DE SAN MARINO, p. 14-18, 1991. 16. SANGIORGI, O. . A Questão da Pesquisa Em Artes. REVISTA COMUNICAÇÕES E ARTES, SAO PAULO - SP, v. 15, n. 24, p. 67-69, 1991. 17. SANGIORGI, O. . Pedagogia Kibernetiko Kaj/Au Eduka Robotiko. REVISTA 4, v. 10, p. 13-19, 1991. 18. SANGIORGI, O. . Cibernética Ano 2000. SCIENCIA, SÃO LEOPOLDO, v. 2, n. 2, p. 13-22, 1993. 19. SANGIORGI, O. . Redes Neurais: Ferramenta Que Procura Simular Como O Ser Humano Pensa. REVISTA DO CENTRO DE CIBERNÉTICA PEDAGÓGICA, SAO PAULO - SP, n. 7, p. 3-10, 1994. 20. SANGIORGI, O. . Tecnologias A Serviço da Educação. REVISTA DO CENTRO DE CIBERNÉTICA PEDAGÓGICA, SAO PAULO - SP, n. 9, p. 12-15, 1995. 21. SANGIORGI, O. . Reseaux Neurals Naturels, Reseaux Neurals Artificiels Et Le Processus Enseignement-Apprentissage Du Pont de Vue Cybernetique. CYBERNETIQUE, NAMUR, BELGICA, v. 42, n. 2, p. 136-141, 1997. 22. SANGIORGI, O. . Cibernetica, Educacao e Globalizacao. COMUNICACAO & EDUCACAO, SAO PAULO - BRASIL, v. 12, 1998.

Livros publicados/organizados ou edições

1. SANGIORGI, O. . Matematica e Estatistica Para Os Institutos de Educacao e Escolas Normais. SAO PAULO - SP: COMPANHIA EDITORA NACIONAL, 1954. 2. SANGIORGI, O. . Matematica e Estatistica. SAO PAULO: COMPANHIA EDITORA NACIONAL, 1960. 262 p. 3. SANGIORGI, O. . Logica - Matematica. SAO PAULO - SP: GRUPO DE ESTUDOS DO ENSINO DE MATEMATICA, 1965. 4. SANGIORGI, O. . Matematica: Curso Moderno. SAO PAULO - SP: COMPANHIA EDITORA NACIONAL, 1970.

Capítulos de livros publicados

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1. SANGIORGI, O. . Introducao da Matematica Moderna No Ensino Secundario. MATEMATICA MODERNA PARA PROFESSORES DO ENSINO SECUNDARIO. SAO PAULO - SP: GEEM, 1965, v. , p. 1-14. 2. SANGIORGI, O. . Sistemas Matematicos e Estruturas. MATEMATICA MODERNA PARA PROFESSORES DO ENSINO SECUNDARIO. SAO PAULO - SP: GEEM, 1965, v. , p. 101-140. 3. SANGIORGI, O. . A Matematica Como Metalinguagem da Ciencia da Linguagem. INTERRELACIONAMENTO DAS CIENCIAS DA LINGUAGEM. RIO DE JANEIRO - RJ: EDITORA UNIVERSITARIA, 1974, v. , p. 111-116. 4. SANGIORGI, O. . Aspectos Quantitativos e Formais do Sistema Fonologico da Lingua Portuguesa Contemporanea No Brasil. FUNDAMENTOS DA TEORIA GERAL DA COMUNICACAO. SAO PAULO - SP: EPU/EDUSP, 1975, v. , p. 178-182.

Supervisões e orientações concluídas

Dissertação de mestrado

1. GERALDO CINTRA. Entropia Silabica do Portugues. 1978. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 2. MARIA DE FATIMA GONCALVES MOREIRA TALAMO. Comunicacao e Funcionamento da Linguagem. 1982. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 3. LUCILENE CURY. Criancas & Televisao & Comunicacao. 1982. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 4. MAURICIO GABRIEL LOTAR JUNIOR. O Computador e A Televisao Como Recursos No Processo Ensino-Aprendizagem. 1984. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 5. SANDRA M. D. STUMP. Sistema Para Transcricao de Partitura Com Auxilio de Computador. 1985. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 6. ANTONIA MARISA CANTON MONTEIRO. Fluxo de Informacao Nas Agencias de Turismo. 1986. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 7. MARIA LUIZA DE ALMEIDA LOURENCO. Quantificacao da Informacao Provinda de Um Quadro Como Fonte Geradora de Mensagens. 1987. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 8. LUIZ DEGANELO. Producao Em Tv: Subsistema do Sistema Cibernetico Televisao. 1989. Dissertação . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 9. MARIA OLIMPIA M. DUTZMANN. O Imaginario de Barro Em Sao Paulo Nos Seculos Xvi e Xvii. 1990. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 10. RICARDO LUIZ STERCHELE. Funcoes do Editor: Um Enfoque Cibernetico. 1992. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 11. JOSE WAGNER GARCIA. A Busca de Coerencia Entre A Arte e Sistemas Vivos. 1992. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 12. JOSE AUGUSTO BERLINCK. Aplicacao da Rede de Computadores Na Educacao: Rede Guri. 1993. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 13. MARIA ERCILIA ROLIM. Tranformacoes Geometricas Em Solidos, Na Linguagem Logo. 1993. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 14. ANTONIO SAVERIO R. MUNGIOLI. Aplicacoes de Um Paradigma Heuristico Adaptativo A Eletricidade de Potencia. 1994. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal.

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15. ALDETE BÜCHLER ZORRON. A Terceira Idade e A Sociedade Informatizada. 1994. Dissertação - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal.

Testes de doutorado

1. MARIO CARLOS BENI. Sistema de Turismo: Construcao de Um Modelo Teorico Referencial Para Aplicacao Na Pesquisa Em Turismo. 1988. Tese - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 2. MULEKA DITOXA WA KALENGA. Kissolo: Modelo Africano de Maquina Para Predicao e Processamento de Informacoes. 1989. Tese - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 3. MAURICIO GABRIEL LOTAR JR. Sistemas Cbt Inteligentes No Processo Ensino-Aprendizagem. 1989. Tese - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 4. JOSE ANTUNES FREITAS. Tratamento Cibernetico da Emocao e da Vocacao Profissional. 1993. Tese - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 5. MARIA LUIZA DE ALMEIDA LOURENCO. Criacao e Quantificacao Transinformacional Em Imagens Pictoricas. 1994. Tese - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 6. LIGIA DE OLIVEIRA AURICCHIO. Aplicacoes das Novas Tecnologias de Informacao No Ensino. 1994. Tese - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal. 7. ANNA MARIA GADO. Paulo Dantas - A Espiral Dantesca. 1996. Tese - Universidade de São Paulo, . Orientador: Osvaldo Sangiorgi. Tipo de orientação: Orientador principal.

Prêmios e Títulos - Prof. Osvaldo Sangiorgi

2004 Prêmio Mariazinha Fusari de Educomunicação, Núcleo Comunicação e Educação – Projeto Educom.radio. 2003 Voto de Louvor pelo trabalho dedicado à Pós-Graduação da ECA, Comissão de Pós- Graduação da ECA/USP.2002 Troféu ECA Pós-Graduação 30 anos, Escola de Comunicações e Artes – USP. 2003 2000 Medalha de Honra ao Mérito – introdutor das Olimpíadas de

Matemática no Brasil, Gupo de Estudos do Ensino de Matemática.2000 Diploma de Prata – Contribuições para a Modernização da Educação Brasileira, Escola do Futuro – Universidade de São Paulo. 2000 Professor Emérito, Universidade de São Paulo.1998 Prêmio Helmar Frank, Institut Kybernetik – Universital Paderborn – Alemanha.1995 Diploma de Honra ao Mérito, INTERCOM.1994 Membro Vitalício do Colégio Científico Internacional, Academia Internacional de Ciências – San Marino.1993 Membro Honorário da Academia SINICA, Universidade de Bijing, China.1991 Membro Pleno em Ciências da Informação, Internacional Academy of Sciences – Republica de San Marino. 1988 Prêmio Informatique, Centro National d’Ensignent a Distance de Vances – Ministere de L’Education National.1986 Medalha Cultural Monteiro Lobato, Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil.

1983 Prêmio Japão – Projeto PROTELVITE, NHK.1979 Troféu Ana Terra – trabalho na TV Educativa, Governo do Estado do Rio Grande do Sul.1969 Life Membership, National Council of Teachers of Mathematics.

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1963 Prêmio Academia – ao introdutor da Matemática Moderna no Brasil, Academia Militar das Agulhas Negras.1963 Prêmio Jabuti – Ciências Exatas, Câmara Brasileira do Livro.1956 rito Educativo, ministério da Educação e Cultura – MEC.

4.2 Prof. Luís Barco.

Artigos completos publicados em periódicos

BARCO, Luiz . Dobraduras mágicas. Superinteressante, São Paulo, v. 3, p. 82-82, 2000. BARCO, Luiz . A magia milenar do tangram. Superinteressante, São Paulo, v. 9, p. 89-89, 1999. BARCO, Luiz . Filosomática ou Matelosofia?. Superinteressante, São Paulo, v. 1, p. 85-85, 1998. BARCO, Luiz . O jogo da amarelinha. Superinteressante, São Paulo, v. 2, p. 85-85, 1998. BARCO, Luiz . A escola que temos e a escola que queremos. Pais Teens, São Paulo, v. 2, n. 6, p. 7-7, 1997. BARCO, Luiz . Tirando quadrados da cartola. Superinteressante, São Paulo, v. 12, p. 81-81, 1995. BARCO, Luiz . Jogo-da-velha no Sítio do Pica-Pau Amarelo. Superinteressante, São Paulo, v. 3, p. 75-75, 1994. BARCO, Luiz . A história que Monteiro Lobato não escreveu. Superinteressante, São Paulo, v. 4, p. 64-65, 1994. BARCO, Luiz . Professor também se enrosca para resolver problemas. Superinteressante, São Paulo, v. 9, p. 71-71, 1992. BARCO, Luiz . Lições de Geometria de Napoleão Bonaparte. Superinteressante, São Paulo, v. 10, p. 61-61, 1990. BARCO, Luiz . Teleducacao: A Producao de Modulos Instrucionais - O Texto Gerador. Revista da Escola de Comunicação e Artes - ECA, São Paulo, v. único, 1989. BARCO, Luiz . Quantidade de Informação e Redundância Nos Diferentes Níveis do Português. Revista da Escola de Comunicação e Artes - ECA, São Paulo, v. único, 1988. BARCO, Luiz . Sem perceber, todos matematizam. Até as plantas. Superinteressante, São Paulo, v. 2, p. 51-51, 1987.

Livros publicados/organizados ou edições

BARCO, Luiz . "2+2" A Aventura de um Matemático No Campo da Comunicação. Lisboa: Humanidades, 1998. 115 p. BARCO, Luiz . '2+2' A Aventura de Um Matemático No Campo da Comunicação. São Paulo: Thema Editorial, 1993. 112 p. BARCO, Luiz ; CORDEIRO, José Luis . Curso de Educação Integrada-Livro de Matemática. São Paulo: Abril, 1974

Textos em jornais de notícias/revistas

BARCO, Luiz . Escola: Quem disse que matemática é bicho de sete cabeças?. Revista Carícia, São Paulo, 03 de março 1988.

Produção técnica

BARCO, Luiz . Linguagens e Comunicação para Professores da Rede Municipal de Ensino (Palestra). 1990. BARCO, Luiz . Parecer sobre a Revista de Comunicação e Artes da ECA-USP. 1977. BARCO, Luiz . Processo de Criação da Faculdade de Comunicação Rudge Ramos, do Instituto Metodista de Ensino Superior. 1972.

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BARCO, Luiz . Informática: Vídeo Educativo. 1992. (Desenvolvimento de material didático ou instrucional - Material Didático de Nível Superior).

Demais tipos de produção técnica

BARCO, Luiz . A Tecnologia como Ruptura Histórica na Comunicação. 1993. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).

Participação em bancas examinadoras

Dissertações

SANGIORGI, Osvaldo; BARCO, Luiz. Participação em banca de Gisele Pinna Braga. Otimização, na Era Digital, da Comunicação de um Sistema Complexo de Conceitos. Estudo Especial de caso: Projetos de Arquitetura. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo

SANGIORGI, Osvaldo; BARCO, Luiz. Participação em banca de Ana Claudia Loureiro. A Escola na Era Digital: a Topologia das Redes de Informação. 2001. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

BARCO, Luiz. Participação em banca de Carlos Roberto de Souza Paino. A Comunicação no Processo de Adoção de Novas Tecnologias. 1990. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.

SANGIORGI, Osvaldo; PIOVESAN NETO, Angelo Pedro; BARCO, Luiz. Participação em banca de Luiz Deganello. Produção em TV: Subsistência do Sistema Cibernético de Televisão. 1989. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

SANGIORGI, Osvaldo; PIOVESAN NETO, Angelo Pedro; BARCO, Luiz. Participação em banca de Luiz Deganello. Produção em TV: Subsistência do Sistema Cibernético de Televisão. 1989. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

Teses de doutorado

BARCO, Luiz. Participação em banca de Maurício Gabriel Lotar Júnior. O Computador e a Televisão como recurso do processo aprendizagem. 1984. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.

BARCO, Luiz. Participação em banca de Ligia de Oliveira Aurichio. Aplicação das Novas Tecnologias de Informação ao Ensino. 1993. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.

Qualificações de doutorado

SANGIORGI, Osvaldo; PFROMM NETO, Samuel; BARCO, Luiz. Participação em banca de José Antunes de Freitas. Quantificação da Comunicação Emocional Humana. 1992. Exame de qualificação (Doutorando em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

SOARES, Ismar Oliveira; BRANCO, Lizandre Maria Castello; BARCO, Luiz. Participação em banca de Maria Cecília Castro Grasseschi. Educação: um Processo Comunicacional?. 1992. Exame de qualificação (Doutorando em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

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Outros tipos

SANGIORGI, Osvaldo; BARCO, Luiz. Participação em banca de Heloísa Helena Steffen. Robótica Pedagógica - um Recurso de Comunicação e Cognição na Educação. 2001. Outra participação, Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo

Participação em eventos

Pedagogia da Esperança e da Comunicação: a Reconstrução do Humano. 2001. (Participações em eventos/Outra). Meios de Comunicação: Agentes Vitais de um Mundo em Mudanças. 1994. (Participações em eventos/Outra). A Tecnologia como Ruptura Histórica na Comunicação. 1992. (Participações em eventos/Outra). O Adolescente, a Sociedade de Consumo e os Meios de Comunicação. 1991. (Participações em eventos/Congresso). Projeto da Nova LDB e as Faculdades de Comunicação. 1991. (Participações em eventos/Congresso). Cibernética Pedagógica: Exposição no Congresso da INTERCOM , realizado de 01 a 07 de setembro de 1986, em S. Paulo. 1986. (Participações em eventos/Congresso). Curso de Extensão Universitária na ECA-USP sobre Teorias da Comunicação Universitária e Teorias da Comunicação e Prática de Pedagogia Cibernética, de 13 de setembro a 3 de outubro. . 1977. (Participações em eventos/Outra).

Supervisões e orientações concluídas

Dissertação de mestrado

Ana Cláudia Loureiro. A Escola na Era Digital: A Topologia da Redes de Informação. 2002. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo, . Orientador: Luiz Barco.

Márcia Furtado Avanza. A Comunicação do Conhecimento: o Papel da Agência USP de Notícias. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo, . Orientador: Luiz Barco.

Paulo da Silva Quadros. Cibernética Pedagógica na Era das Redes: a Ótica da Educação Digital na Contemporaneidade. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo, . Orientador: Luiz Barco.

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