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Marianne Rossi Stumpf Marianne Rossi Stumpf SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

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Page 1: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Marianne Rossi StumpfMarianne Rossi Stumpf

SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos

surdos

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Oposiçõesescrita/oral

língua de sinais/línguas orais

LO LS

Forma falada Forma escrita Forma falada Forma escrita (?)

Page 3: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

As línguas e as escritas humanas

A língua é uma invenção humana recente

Primeiras línguas humanas (gestos ou voz?) aproximadamente

100 000 anos

Primeiras inscrições humanas: aproximadamente 60 000 anos

Primeiro sistema de escrita: 5000 anos

Línguas Escritas: pouco numerosas

- 6 a 7000 línguas vocais/sinalizadas no mundo

240 dessas línguas têm uma forma escrita

Menos de 100 de línguas escritas têm uma real existência social

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Sistemas de Notações Escritas de Línguas Sistemas de Notações Escritas de Línguas de Sinaisde Sinais

1. Auguste Bébian (1789 – 1934), 1825: la Mimographie2. Notação de Stokoe (1919 – 2000), 1960

Mais nomes de sistemas criados à partir de anos 1980

3. Sistema SignWriting, 1974 - 20064. Sistema D` Sign (Paul Jouison, 1948-1991), 1985 -

19905. Hamnosys, (Susanne Bentele), 1989 - 20066. Notação de International Visual Théatre IVT- 1980

utiliza números,letras do alfabeto latino, palavras do francês escrito

7. Notação de François Nève (Béligica, 1996) sistema de Stokoe mais completo escreve em colunas de cima para baixo

8…..

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Pesquisador Auguste Bébian

INJS – Institut National de Jeunes Sourds de Paris

Livro: Mimographie, ou Essai d´écriture

mimique, propre a régulariser

le language des sourds-muets

Paris, 1825

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Auguste Bébian – 1825Auguste Bébian – 1825

Page 7: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Notação de Stokoe – 1960 Notação de Stokoe – 1960

Page 8: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Hamnosys – 1989Hamnosys – 1989

Page 9: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Sistema D` Sign de Paul Jouison – 1990 Sistema D` Sign de Paul Jouison – 1990

Page 10: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Notação de François Nève – 1996Notação de François Nève – 1996

Page 11: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

DanceWritingDanceWriting de Valerie Sutton de Valerie Sutton

http://www.dancewriting.org

Page 12: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Sistema SignWriting :Sistema SignWriting :

Sistema para escrita de língua de sinais

Sistema de representação gráfica das LS

Orientações e posições de mãos

Tipos de contatos

Configurações de mãos

Movimentos de dedos

Movimentos de braços e apontação

(retos, curvos, flexões-rotações,

circulares)

Expressões faciais

Localizações de símbolos da cabeça

Movimentos de cabeça

Orientações de olhar

Movimentos de corpo

Símbolos de pontuações

Dinâmicas de movimentos

Page 13: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Orientações e Posições de mãosOrientações e Posições de mãos

Visão de perfil

palma da mão

Visão do dorso

desenho preto

Visão de perfil

desenho da

metade preta

Page 14: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Mão separada do

corpo

Page 15: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Configurações de MãosConfigurações de Mãos

Punho fechado de

frente

Punho fechado, indicador

estendido de frente

Punho aberto de perfil

Punho aberto, indicador

estendido de perfil

Mão plana de frente

Mão plana aberta –

forma com 5 de frente

Mão curvada de perfil

Mão curvada de perfil

Page 16: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Em cada grupo são indicadas diversas configurações manuais daquele grupo,

cada configuração é colocada em seis símbolos conforme a orientação

da mão (vista de frente, vista de perfil, vista de dorso) e conforme

a posição da mão (perto do corpo ou separada do corpo).

A tabela abaixo dá o conjunto de símbolos para o primeiro grupo (índice)

Frente Perfil Dorso Frente Perfil Dorso

Perto do Corpo Separada do Corpo

Page 17: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

O fato de o sistema representar unidades gestuais, faz com que ele possa ser aplicado a

qualquer LS, e não apenas à língua brasileira de sinais - Libras

Page 18: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Muitas vezes quando há dois ou três sinais parecidos precisamos colocar mais símbolos para

que a grafia possa ser bem compreendida

verde frio muito frio

Page 19: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

João gosta de carro.João gosta de carro.

Page 20: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

João entregou o livro João entregou o livro (para alguém)(para alguém)

Page 21: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Locutor = zona 1

Interlocutor = zona 2

Zona 3

Zona 3

Zona 3

Zona 3

Espaço de Sinalização

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Agora, nós vamos discutir sobre a paz e a guerra.Na paz, temos a vida, isso é bom. Já na guerra, há destruição, isto é ruim. A paz é melhor do que a guerra.

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Formas Simplificadas

Page 27: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Experimentos RealizadosExperimentos Realizados

Pesquisa exploratória prévia identificação entre pesquisadora e pesquisados serem usuários da Libras

Pesquisados 8 crianças surdas (8 a 10 anos) cursando 2º série da Escola de Ensino Fundamental Frei Pacifico – 2002 e 2003 – alfabetização em SignWriting

Na sala de informática com a mesma turma na 3º série - 2004

Duração 9 meses - períodos de 45 minutos duas vezes por semana na sala de aula

Duração 6 meses – período de 45 minutos uma vez por semana na sala de informática

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AlfabetizaçãoAlfabetização

1. Modelo teórico proposto por Ferreiro e Teberosky fundamentado em Piaget

2. A alfabetização é uma construção do aprendiz não um conhecimento dado. Ela acontece em 3 grandes etapas:

a) Distinção entre desenho e escrita

b) Diferenciação entre os elementos que compõe a escrita (no caso entre os elementos que compõe o sinal escrito)

c) Estabelecimento de correspondência entre os elementos da escrita e a fala no caso entre os elementos do símbolo do SignWriting com o sinal manual

Page 29: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Narrativa das Interações durante o processo Narrativa das Interações durante o processo de alfabetização em SignWriting adaptado á de alfabetização em SignWriting adaptado á

LIBRASLIBRAS

Sinal de lobo

Sinal de casa e mãofazendo o sinal de casa

Sinal de comere desenho de prato

Sinal de pássaro

Sinal de pássarocom expressão facial

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Produções de crianças em fase de alfabetização pelo sistema SignWriting

Sinal de Bola

usando o SignWriting Sinal de futebol

formas de mãos

Desenho de indicador

e símbolo de indicador em

SignWriting da posição

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Jogos Didáticos com ELSJogos Didáticos com ELS

Jogo de dominó

Jogo de memória

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Jogo de memória

Jogo de mímica

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Livros em ELSLivros em ELS

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Using SignWriting to teach VGT (Flemish Sign Language)

Usando SignWriting para ensinar (Língua de Sinais Flandres)

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Verbos - verbs

Eu dou para você

Você me dá

Ele dá para ela

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A man passing by.

I saw/see a man passing by.

Eu vi um homem passando

Um homem que passa

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www.signwriting.org/belgium/ ou http://kasterlinden.vgc.be

Page 48: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Trabalho de alfabetização em SignWriting adaptado á Língua de

Sinais Francesa - LSF

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Escola Maternal Saju de RamonvilleEscola Maternal Saju de Ramonville

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MG/GS – MG/GS – MaternalMaternal

4 a 5 anos4 a 5 anos3 alunos3 alunos

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Escola Centre de Ramonville

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CP/CE1 Educação Infantil CP/CE1 Educação Infantil 5 alunos – 7 a 8 anos5 alunos – 7 a 8 anos

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CM1 – Educação InfantilCM1 – Educação Infantil7 alunos – 9 a 11 anos7 alunos – 9 a 11 anos

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CE2 – Educação CE2 – Educação InfantilInfantil

6 alunos – 9 a 10 anos6 alunos – 9 a 10 anos

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Colégio André Malraux de RamonvilleColégio André Malraux de Ramonville

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Colégio de Ensino FundamentalColégio de Ensino Fundamental

Datas Horas Freqüência

8 alunos12 a 15 anos

17/03 - 16/06 18 2 duas vezes por semana

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Utilização de suporte de ELS: exercícios de leitura em ELS

Page 64: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Leitura de CartaLeitura de Carta

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Page 66: SignWriting: as implicações e possibilidades para o futuro dos surdos

Perguntas aos participantes: Perguntas aos participantes:

Vocês gostam de fazer os sinais escritos?

É aborrecido?

É confuso?

Qual a parte que gostam mais?

Qual a parte que não gostam?

Sugestões?

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Respostas dos ParticipantesRespostas dos Participantes

1. A dificuldade de escrever os sinais escritos está nos símbolos de movimento, são complicados

2. Não há problema com os símbolos de configurações das mãos

3. Gostam muito de ler textos em ELS e de ler quando escrevo no quadro.

4. Querem que façamos perguntas para que respondam em ELS

5. Acham interessante, no começo não entendiam, agora entendem, um pouco

6. É uma novidade, podem criar histórias em quadrinhos

7. Acham bonito escrever na vertical

8. Para melhorar sugerem fazermos muitas leituras e aprender bem os símbolos de movimentos

9. Querem continuar as aulas de ELS

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A correspondênciaA correspondência

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Carta de aluna do Colégio de André MalrauxCarta de aluna do Colégio de André Malraux

Oi TUDO-BEM DAR SUA

EXPERIÊNCIA TEMA SINAIS

ESCREVER QUERER

PRÓXIMO-ANO

VOCÊ VIR AQUI.

OBRIGADA ME-ENSINAR.

H.

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Argumentos contra:Argumentos contra:

1. No ambiente social não tem ELS, na rua e etc..

2. É usada só no mundo pequeno dos surdos

3. Hoje há novas tecnologias de comunicação e não precisa mais da ELS

4. É muito trabalho para aprender

5. É muito importante para os surdos saber bem o português

6. Pensam que a ELS não é igual ao que o surdo sinaliza e existe limite para escrever os sinais escritos

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Argumentos a favor:Argumentos a favor:

1. O sistema SignWriting é para o surdo visualmente fonético

2. O sistema SignWriting permite operações metalingüísticas em relação à Libras

3. O sistema SignWriting é limitado apenas pela sofisticação do usuário

4. O SignWriting tem na ferramenta computador um aliado muito compatível

5. Sua introdução na escola de surdos é um grande desafio

6. Os alunos prestam muita atenção aos sinais quando precisam escrever

7. A ELS permite a transmissão direta do pensamento para a escrita

8. A escrita do surdo em SignWriting é mais espontânea e coerente

9. Fortalece a auto-estima

10. Ajuda a construir a Identidade Surda

11. O uso do SignWriting na escola de surdos representa uma mudança muito significativa no currículo que acrescenta possibilidades ao estudo da Libras

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Softwares utilizados na pesquisaSoftwares utilizados na pesquisa

SW-EditSW-Edit

Dr. Antônio Carlos Rocha CostaRafael P. TorchlsenGraçaliz P. Dimuro

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Clica o símbolo do grupo, e então clica o símbolo, e moveo símbolo na caixa

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SignPuddle1SignPuddle1

http://signbank.org/signpuddle/sgn-BR/index.php

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E-mail em SignWritingE-mail em SignWriting

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BlogBlog

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Pesquisas AtuaisPesquisas Atuais

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Processo de grafia da LS: uma análise fono-morfológica da escrita em SW. Rundesth Saboia Nobre (2011).

O autor encontrou determinadas ocorrências que indicam padronização e variação na escrita de surdos usando o SW:

Aspectos padronizadores:

Os símbolos que representam as CM´s foram centralizados na pilha.

Os símbolos de contato na sua maioria foram escritos à esquerda dos símbolos de CM.

Os símbolos de movimentos foram inseridos à direita da CM.

Nos sinais com P. A na cabeça o símbolo de cabeça foi escrito no centro, os símbolos de contato, de configuração de mão e de movimento à direita.

O símbolo de contato é o principal elemento de ligação da pilha, onde não é permitido dois símbolos diferentes por pilha.

A repetição de símbolos só é permitida quando forem dois símbolos iguais.

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A analise da produção escrita revelou que as ordens predominantes dos símbolos dos parâmetros fonológicos da

libras, em pilha, são as seguintes:

a) Para todos os sinais, CM no centro, símbolo de contato à esquerda e símbolo de movimento à direita, ou seja,

(Contato<CM>Mov)

b) Para sinais com P. A. na cabeça, símbolo de cabeça no centro, símbolo de contato, de configuração de mão e de movimento à direita, ou seja,

(Cabeça, Contato<CM>Mov) – padrão.

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Aspectos Pedagógicos

Lúdico em Escrita de Língua de Sinais. Débora Campos Wanderley (2011)

As aprendizagens: Foi fundamental valer-se das experiências anteriores dos alunos ao criar vários exercícios de acordo com os interesses das crianças surdas. Percebiam poder escrever ou produzir com autonomia e independência. Motivados pelos conhecimentos, armazenados em suas memórias, conseguiam responder associando o afetivo com a vontade de participação.

As crianças manifestaram: envolvimento, cooperação, concentração, respeito às regras, flexibilidade e desenvolvimento da autonomia.

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ANALISANDO O PROCESSO DE LEITURA DE UMA POSSÍVELESCRITA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: SIGNWRITING.

Fábio Irineu da Silva (2009)

Os resultados das análises demonstraram que ao ler em SignWriting, o leitor é capaz de associar informações já adquiridas às novas informações.

Acrescentar, interpretar, resumir, tudo é possível nesta troca de informações entre texto e leitor na língua de sinais.

A compreensão de um texto depende de vários fatores complexos e inter-relacionados entre si, dentre eles a bagagem cultural, a legibilidade do texto através do uso de determinadas expressões, o léxico, etc. A coerência não está no texto mas sim no processo de interação com o autor e o texto baseados nos nossos conhecimentos sociocognitivos, diferente da coesão a qual, pode-se, apontar, destacar, sublinhar.

Este sistema de escrita faz com que se reflita sobre determinado assunto, manifeste pensamentos adormecidos, e se exercite o pensamento diferentemente de apenas sinalizar. O exercício da escrita da língua de sinais é basilar para o processo de desenvolvimento cognitivo dos surdos. No contexto escolar, mais especificamente nas aulas da disciplina de Libras, a escrita exerce papel principal no processo de memorização – não no sentido de decorar, mas sim de assimilar.

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Propostas para a Educação BilínguePropostas para a Educação Bilíngue

Professores de surdos precisam ter formação de ELS

As escolas de surdos precisam colocar a ELS

no currículo

Realizar/apoiar pesquisas sobre alfabetização

de crianças surdas em LS, antes da alfabetização

em português

Estar incentivado para ajudar a fazer/publicar

histórias em quadrinhos e histórias infantis com

textos escritos em LS

Preparar materiais didáticos escritos em LS

e jogos didáticos

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Site:Site:

www.signwriting.org

http://gies.inf.pucrs.br/

http://gmc.ucpel.tche.br/signwriting/

http://inf.unisinos.br/~swm/signforum/