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Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

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O artigo faz parte de um conjunto de relatos que busca apresentar os meios de aplicação de roteiros de inspeção para a avaliação da eficácia dos dispositivos, e, por conseguinte, a proteção dos ambientes e pessoas.

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Elaboraçãode roteirospara realização de inspeçõesa equipamentos de incêndioParte I

Antônio FernandoNavarro

Apresentação

I O I mercado segurador brasi-leiro pratica a muito tempoa aplicação de descontos nas ta-xas de seguros incêndio,pela exis-tência de equipamentos de detec-ção e combate a incêndios instala-dos nos riscos segurados. Os ní-veis máximos de descontos prati-cados pelas seguradoras são osseguintes:

§ percentual único

Pelos altos percentuais concedi-dos. os quais aplicados conjunta-mente atingem a 70% de reduçãoda taxa nominal do risco, é conve-niente, para não dizer obrigatório.que todo o trabalho de inspeçãoseja bem elaborado, de sorte que,ao ser concedido qualquer percen-tual de desconto, a instalação se-gurada seja realmente merecedorado benefício.

Com o objetivo de contribuir paraa melhoria desse trabalho, nos pro-pomos a apresentar, em três par-tes, alguns assuntos sobre o tema"Elaboração de roteiros para a rea-

f

lização de inspeções a equipamen-tos de incêndio". Convém escla-recer que o trabalho não se propõea ensinar ninguém acerca das téc-nicas de combate a incêndios, oumesmo ao conhecimento profundodo funcionamento dos equipamen-tos.

Realização de inspeções

As inspeções realizadas em ins-talações industriais podem ter vá-rias características. de acordo comos objetivos a que se propõem.As-sim sendo.pode-se inspecionar umlocal para fins de:

. avaliação do estado dos bens;

. avaliação dos custos da ins-talação;

. avaliação de riscos;

. certificação de instalação deequipamentos;

. manutenção preventiva;

. manutenção corretiva, etc.

"As características de cada ins-peção estão correlacionadas comos objetivos específicos propos-tos."

O inspetor ou o engenheiro deriscos ao visitar uma instalação,notadamente as industriais, deveráter pleno conhecimento do trabalho

CADERNOSDE SEGURO 13

equipamentos desconto máximo

extintores 5%§hidrantes 25%

mangotinhos 10%moto-bombas 10%§carros de bombeiros 15%detectores 10%§sprinklers 60%sistemas fixos degases ou espuma 60"/0equipamentos especiais variável caso a caso

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I

III

a realizar, bem como estar familia-rizado com os objetivos e metodo-logia do trabalho empregado.O su-cesso ou não da inspeção está as-sociado ao conhecimento e capaci-tação do técnico. Quanto ao co-nhecimento, cremos ser esse um.assunto de foro íntimo de cada um,já que qualquer indivíduo que sepropõem a realizar uma tarefa de-verá estar cônscio de suas respon-sabilidades e obrigações. Dessaforma, um montador de instalaçõeshidráulicas não deve inspecionarsistemas elétricos, um técnico emedificações não deve inspecionarmontagensindustriais.etc. I

No tocante a organização dosserviços. vários são os processosque podem ser adotados. Dentreesses citamos os roteiros e os for-mulários direcionados de uso bas-tante difundido. Alguns desses sãopadronizados. de acordo coma uti-lização que se dará aos mesmos.Outros são elaborados pelos pró-prios inspetores, de acordo com oseu desempenho, conhecimentoespecífico, tempo a ser dispendidona inspeção, grau de qualidade do

. serviço,etc.Nossa preocupação neste artigo

é a de tecer comentários sobre ascaracterísticas de cada um dessesroteiros, enfatizando a inspeção aequipamentos de detecção e com-bate a incêndios. Estes roteiroscontêm as informações mínimasnormalmente solicitadas para es-ses casos, podendo vir a seracrescidos de informações com-plementares. a critério do inspetor.

. Equipamentos de detecção ecombate a incêndios

1) Extintores de incêndio

São assim denominados todosos equipamentos portáteis e semi-portáteis. que possuindo uma limi-tada carga de agente extintor pro-piciam um primeiro combate aosprincípios de incêndio. de forma di-reta e restrita. através da projeçãode substâncias extintoras.

Para se ter uma idéia da limita-ção dos extintores. damos comoexemplo a área máxima superficialde um líquido inflamável em cha-mas. que pode ser extinto ou con-

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trolado, por apenas uma unidadeextintora:

. 0.50 m2 com 10 1 de espumáquímica. 0.70 m2 com 6 kg de gás car-bônico. 1,00 m2com 4 kg de pó químicoseco

1.1) Componentes dos extintores

Os extintores portáteis são equi-pamentos constituídos de:. corpo em cilindro de aço espe-cial SAE 1040 ou de chapa de açocalandrada n° 14 ou 16, constituin-do o recipiente do agente ou dasubstância extintora:. tampa de alumínio ou latão;. válvula;. manômetro;. mangueira de borracha ou deplástico;. difusor de plástico ou de metal;. suporte metálico;. garrafa de aço.especial de pres-surização externa. etc.

1.2) Comercialização dos extinto-res

Os extintores são comercializa-dos com as seguintes quantidadesde agente extintor:

. pó químico seco - 1,2,4,6,8,12,20,30,50,70,100,200 e 250 Kg;. água pressurizada-10,75 e 1501;. água-gás - 10,75 e 150 1;. espuma química - 10,75 e 1501;. gás carbônico- 1,2,4,6,8,10,12,25 e 50 kg;. halon -1.2.4 e 25 kg.

1.3) Unidades extintoras

Define-se unidade extintora co-mo um determinado volumeou umadada quantidade de substância ex-tintora acondicionada no mesmorecipiente. De acordo com a Circu-lar SUSEP n° 19/78 as unidadesextintoras são:. gás carbônico: 6 kg de gás. pó químico seco: 4 kg de pó. espuma química: 10 litros deconcentrado de espuma e água

. água-gás: 10 litros de água

. água pressurizada: 10 litros deágua. halon: 4 kg de gás

1.4) Peso dos equipamentos car-regados

O peso de cada equipamentocarregado com agente extintor é.em média. de:

. equipamento com 6 kg de C02:22 kg. equipamento com 4 kg de PQS:11 kg. equipamento com 10 1 de espu-ma: 18 kg. equipamento com 10 1 de água:15 kg

1.5) Realização da inspeção

Por ser um dos equipamentosmais simples, a verificação restrin-ge-se a uma inspeção visual doequipamento e do seu posiciona-mento e funcionamento. É impor-tante verificar se:

a - os extintores estão posicio-nados em local de fácil acesso.perfeitamente identificados, afasta-dos a não mais do que 40 metrosuns dos outros;

b - os cilindros encontram-se.em bom estado de conservação.pintados. sem ferrugem ou defor-midades;

ç - as mangueiras, manõme-tros. gatilhos. ampolas. difusorese todos os demais pertences en-contram-se bem conservados esem defeitos aparentes (são co-muns casos de mangueiras racha-das, manômetros com marcaçãofalsa e difusores entupidos por pa-litos e pontas de cigarro);

d - o selo de Marca de Confor-midade da Associação Brasileirade Normas Técnicas (ABNT) en-contra-se intacto, bem como se apapeleta de controle de recargaestá íntegra;

e - a altura de fixação do equi-pamento não está excedendo aomáximo permitido pelos regula-mentos específicos (ver nota 1);

f - as unidades estão obstruí~das por equipamentos ou merca-dorias;

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g - a sinalização utilizada éclara e precisa na iliformação (vernota 2);

h - o período de recarga estásendo obedecido. bem como seexiste um rígido controle sobre asrecargas. testes hidrostáticos emanutenção e qual o tipo de con-trole exercido (os extintores comágua em seu interior do tipo água-gás. água pressurizada e espumadevem ter a sua carga renovadaa cada ano; o extintor de pó quími-co seco com pressurização internadeve ter a sua carga renovada acada período de um ano; o extintorde gás carbônico deve ser pesadoa cada seis meses. e a cada perdade gás superior a 10% deve tera sua carga completada);

i - existem locais sem extinto-res e qual a área total desses lo-cais;

j - os agentes extintores estãode acordo com as ocupações doslocais (ver nota 3);

I - o distanciamento máximoentre os equipamentos é inferiorao permitido em normas (ver nota4).

Notas

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1) A circular SUSEP n° 19/78de 6 de março de 1978. que revo-gou a segunda parte da Portarian° 21. de 05 de maiode 1956.deter-mina que a altura máxima de fixa-ção de unidades portáteis a pare-des e colunas. medida da alça su-perior de sustentação do equipa-mento ao piso acabado, seja de170 em.O Decreto n° 897. de 21 de setem-bro de 1976,Código de Segurançacontra Incêndio e Pânico, do Esta-do do Rio de Janeiro. regulamen-tando o Decreto-lei n° 247, de 21de julho de 1975.fixa a altura máxi-ma entre o suporte do equipamentoao piso acabado em 180 em.A Portaria n° 3214. de 08 de junhode 1978.do Ministério do Trabalhodetermina que a altura máxima defixação das unidades extintorasseja de 160 em.Extintores repousados sobre ochão só deverão ser permitidos emcondições especiais, em riscos

considerados leves (ocupação 1ou 2 da TSI8) e desde que embases metálicas ou de madeira.

2) A sinalização empregada emtodos os locais deverá estar deacordo com os padrões de coresda A8NT, bem como de acordocom as características ambientaisde cada área. Normalmente sãoempregadas como sinalização:

. setas indicativas, com a extre-midade indicando o equipamento;. círculos por sobre o equipamen-to. indicando-o bem como o tipode agente extintor;. áreas pintadas sob o extintor.indicando espàços que não devemser obstruídos;. faixas pintadas nas colunas,acima do extintor, indicando oagente.

Eventualmente poderão existiroutros processos indicativos, lumi-nosos ou não, devendo nesses ca-sos serem do conhecimento de to-dos ou usuários do local.

Alguns fabricantes recomendamas seguintes cores. como indicati-vas das qualidades dos agentesextintores e de seus usos:

. branco - espuma química ouágua;. amarelo - gás carbônico;. azul- pó químico seco.

3) Para a extinção de incêndiosque envolvam a combustão de ma-terial celulósico comum,ou de pro-dutos que apresentem resíduosapós a combustão (incêndio daclasse A). pode-se lançar mão dequalquer tipo de agente extintor.sendo que os que se mostram maiseficientes são aqueles à base deágua ou cujo veículo de emulsãoseja a água.

Para os incêndios da classe 8.que envolvem líquidos combustí-veis, graxas e gases. recomenda-se a utilização de produtos que osisolem do ar atmosférico (efeito deabafamento).Os produtos mais in-dicados são as espumas químicase os pós químicos.

Os incêndios da classe C devemser combatidos com produtos nãocondutores de eletricidade.

Nos incêndios da classe D devem ser empregados produtos es-peciais. os quais normalmente inte-

ragem com o material em combus-tão, seja isolando-o do oxigêniodissolvido no ar ou o contido nopróprio material, seja compondo-secom o mesmo. gerandp uma mistu-ra menos perigosa. E o caso dautilização de pós químicos espe-ciais à base de monofosfato deamônia, uréia, grafite, clareto debário. cloreto de sódio, fluoreto decálcio e outros mais. em incêndiosenvolvendo antomônio. lítio, cád-mio. magnésio, potássio, selênio,sódio, titânio. zinco e zircônio.

4) Em decorrência da ocupaçãoetiquetada para cada local. enqua-drada na Tarifa de Seguro Incêndiodo 8rasil. os riscos são classifi-cados em três categorias. denomi-nadas de classes A, 8 e C.

Para a classe A a área de ação(área na qual uma unidade extinto-ra teoricamente poderá debelarqualquer princípio de incêndio nelaoriginado) de cada unidade extin-tora é de no máximo 500.m2.Paraas classes 8 e C é atribuída, acada unidade extintora, uma áreamáxima de atuação de 250 m2.Noprimeiro caso, o operador do equi-pamento não deverá deslocar-semais do que 20 metros, de formaa utilizar-se do extintor mais próxi-mo. qualquer que seja o ponto dolocal atingido pelo foco de incên-dio. Para as classes 8 e C essadistância considerada é de 15 me-tros.

Em função do tipo de norma utili-zada são adotados outros valores.Na tabela apresentada a seguir éfeito um estudo comparativo utili-zando-se por parâmetros as legis-lações adotadas na maioria dos re-latórios de inspeção.

A nível de melhor segurançacontra incêndio e de maior e me-lhor adaptação à realidade nacio-nal. é aconselhável a adoção dosvalores formulados na legislaçãodo Ministério do Trabalho.

Os valores constantes da Circu-lar SUSEP. com pequenas altera-ções foram extraídos das tabelasdo National Fire Protection Asso-ciation (NFPA).

2) Canalizações preventivas decombate a Incêndlos/hldrantes

O sistema de combate a incên-

CADERNOSDESEGURO16

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ALCANCE MÁ- RESTRiÇÕES AO.USO 00 AGENTE EXTINTOR.XIMO DO JATO

2;5/4,5 m PÓS METÁLICOS, METAIS ALCALINOS, NITRATO DE CELULOSE,

METAIS PIROFÓRICOS.

6/9 m

I

EQUIPAMENTOS EL~TRICOS E CONTATOS EL~TRICOS SENSrVEIS.

3/5 m ACETONA, ACETATO DE AMILA, ~TERES. ÁLCOOIS (METrLlCo,

ETrLlCO.13UTrLlCO), BUTANo, BUTADIENO, PROPANo, SÓDIO

METÁLICO. MAGN~Slo, ZIRCONlo, TITÂNIO.

9/12 m I EQUIPAMENTOS E~TRICOS ENERGIZADOS, CARBONATOS,

PERÓXIDOS, SÓDIO METÁLICO. SAIS ORGÂNICOS.

2,5/4,5 m INITRATO DE CELULOSE, PÓLVORA, METAIS RADIOATIVOS, METAISREATIVOS, HrDRIDOS METÁLICOS.

TIPO DO

EQUIPAMENTO

GÁS

CARBONICO

PÓ QUrMICO

ESPUMA

QUrMICA

TEMPO DE

DESCARGA

18/20 SEG.

20/30 SEG.

20/50 SEG.

ÁGUA-GÁS

ÁGUA-PRESS.

COMPOSTOS

HALOGENADOS

50/60 SEG.

10/15 SEG.

LIMITAÇÕES IMPOSTAS ÀS UNIDADES EXTINTORAS

dios conhecido por "hidrante",adotado em instalações industriais,de passeio ou de coluna,ou "cana-lizações preventivas de combate aincêndios", para edificações resi-denciais ou comerciais, é um siste-ma hidráulico constituído por cana-lizações, reservatórios de água,conexões, registros, derivações,mangueiras, requintes, moto-bom-bas e demais acessórios, para uti-lização em combate a incêndios.

De todos os sistemas de preven-ção e combate a incêndios,o siste-ma de hidrantes é o único realmen-te de combate, atuando os demaiscomo sistemas de prevenção. de-tecção, apoio ou combate a princí-pios de incêndio.

2.1) Abastecimento de água

o melhor sistema é aquele quepossui uma quantidade do água ili-mitada e constante. tal como umrio. açude. barragem ou lago. Ten-16

do em vista que abastecimentosdesse tipo nem sempre estão dis-poníveis, passou-se a fazer exi-gências mínimas de volume deágua armazenada disponível parao sistema.

Em nosso país, afora os múlti-plos regulamentos internos de al-gumas empresas particulares ouestatais. são somente dois os re-gulamentos específicos sobre oassunto. aceitos pela grande maio-ria das empresas. O mais divulga-do é o contido no item 2 do artigo16 da TSIB, conhecido como Circu-lar SUSEP n° 19. O segundo regu-lamento. adotado no Estado do Riode Janeiro e copiado por quase to-das as corporações de bombeirosé o Decreto 897.

De acordo com a Circular SU-SEP, o abastecimento de água pa-ra a rede pode ser feito, ou poração da gravidade ou por meio demoto-bombas. Para o primeiro ca-so, abastecimento através de re-servatórios elevados, o volume de

água armazenada irá variar deacordo com a classe de risco aproteger. Assim sendo tem-se:

. Riscos Classe A (ocupações01/02): 12.000 litros

. Riscos Classe B (oclJpações03/06): 30.000 litros

. Riscos Classe C (ocupações07/13): 54.000 litros

Caso o abastecimento de águaseja feito com o emprego de moto-bombas fixas de acionamento uu-tomático, que aspirem água de umreservatório ao nível do solo, ovo.lumede água mínimo,destinado aosistema, independente da classede risco a proteger, será de120.000 litros.

O Decreto 897. por sua vez, es-tabelece outros critérios completa-mente divergentes, quanto ao volu-me mínimo de água armazenadé.:para o combate a incêndios, con-forme pode-se observar a seguir:

. canalização preventiva de com-

EXTINTORES PORTÁTEIS DE INCNDIO - REGULAMENTAÇAo EXIGIDA

LEGISLAÇÕES EM ALT. MÁXIMA ÁREA MÁXIMA DE PROTEÇAo DIST. MÁXIMA DO OPERADOR CAPAC. DE 1 UNID. EXTINTORA

VIGOR DE FIXAÇÃO ClAS. A ClAS. B ClAS. C ClAS. A ClAS. B ClAS. C AO ES PQS C02

PORTARIA 3214/76 160 em 500 m2 250m2 150 m2 20m 10 m 10 m 10 L 10 L 4 K9 6 Kg

M IN. TRABALHO

CIRC. SUSEP 19/78 170 em 500 m 250 m 250 m 20 m 15 m 15 m 10 L 10 L 4 Kg 6 Kg

MERC. SEGURADOR

DECRETO 897/76 180 em 250 m2 150 m2 100 m2 20m 15 m 10 m 10 L 10 l 4 Kg 4 Kg

CORPo BOMB. RJ

DECRETO 20.811/83 160 em 500 m2 300 m2 200 m2 25 m 20 m 15 m 10 L 10 L 4 Kg 6 Kg

CORPo BOMB. SP

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bate a incêndios - volume míni-mo de 6.000 litros, para instalaçõesdotadas de até 4 hidrantes, ou pon-tos de saída. Para cada hidranteadicional deve-se acrescentar àreserva exclusiva do sistema mais500 litros para cada ponto.Tomemos por exemplo.um prédiocomercial com 8 pavimentos e doishidrantes por pavimento. Para ocálculo da reserva mínima faze-mos:

tr

4 hidrantes: 6.000 litros(8x2)-4: 12 hidrantes12x500: 6.000 litrosvolume total: 12.000 litros

Pelo Decreto 897 esse prédiodeverá ter uma reserva exclusivade água para o sistema de canali-zação preventiva de combate a in-cêndio de 12.000 litros. Pela Circu-lar SUSEP n° 19 a mesma edifica-ção terá, se for um risco ClasseA, os mesmos 12.000litros. Porém,caso o risco seja maior haverá umdéficit no volume total exclusivo.

. É importanteinformarque muitaspessoas costumam confundir a re-serva exclusiva para o sistema~om a reserva disponível. No casode reserva exclusiva denomina-seo volume de água, que indepen-dente do consumo geral da edifica-qão estará sempre a disposição dosistema. A reserva disponível éaquela contida no reservatório ge-ral.

Deve-se dar bastante atençãonão só à reserva disponível comotambémà qualidade de água arma-zenada. Recomenda-seque a águanão deva conter: óleos, graxas.;Jartículas grosseiras em suspen-são. matéria orgânica e outros ma-teriais que venham a prejudicar obombeamentoe a fluidez do líquidopelas canalizações. Não é reco-mendado também o emprego deágua salgada, a não ser em casosbastante especiais. Os problemasque a presença desses materiaispodem causar são:

. entupimentos nas canaliza-ções, requintes e mangueiras;

. danos ao rotor da bomba;

. corrosão interna dos equipa-mentos;

. possibilidade da extinção nãoser bem-sucedida.

2.2) Bombeamentodo sistema

As exigências feitas nos regula-mentos para a instalação de bom-bas para a adução de água são:

a) as bombas não poderão serutilizadas para outro fim que nãoo de adução de água ao sistemade combate a incêndio;

b) as bombas deverão ser departida automática, conjugadas aum sistema de alarme específico,que denuncie seu acionamento,se-ja através de um gongo hidráulicoacionado através da passagem deágua por uma válvula de retenção,seja através de uma válvula de flu-xo;

c) possuir acoplamento direto,motor-bomba, sem interposição decorreias ou de correntes;

d) estar sempre escorvadas,seja através do sistema de afoga-mento, eixo da bombasituado abai-xo do fundo do reservatório. sejaatravés de tanques de escorva au-tomática;

e) possuir acionamentoautomá-tico por meio de queda de pressãoda rede e parada manual por siste-ma de botoeira;

f) as bombas elétricas terão'uma instalação elétrica indepen-dente da rede de consumo geral.alimentadas antes da chave geraldas instalações e com um mínimode dois suprimentos de energiaelétrica confiáveis. podendo serduas fontes externas independen-tes, ou uma externa e um geradorde emergência, de acionamentoautomático.

2.3) Distribuição geométrica dosistema

A circular SUSEP discrimina osistema em: hidrantes internos ehidrantes externos. Para a rede in-terna a proteção oferecida por ca-da hidrante será a correspondentea uma área cujo raio de ação sejaigual a 40 metros, -compreendidopor 30 meÚos de linha de manguei-ra dividida em duas seções de 15

. metros cada e 10 metros de jatode água. Para a rede externa oraio passa a ser 70 metros. sendo10 metros de jato de água e 60metros de mangueiras. em quatro

seções de 15 metros de compri-mento cada.-

O Decreto897, independentedosistema ser interno ou externo,considera que o raio máximo atin-gido por cada ponto não deverá ex-ceder a 30 metros de linha de man-gueira. distribuída em duas seçõesde 15 metros de comprimento ca-da. .

Nota

Os hidrantes devem .:ierposicio-nados, preferencialmente, em pon-tos de fácil acesso e que ofereçamalguma garantia de incoluminidadepara a permanência do(s) opera-dor(es). Assim sendo, recomenda-se:

(9 posicionamento élO longo deáreas de circulação;

. proximidade de paredes ex-ternas ou de paredes divisórias deadequadas resistências;

.. em locais congestionados oshidrantes devem estar situados aolado de edificações ou de estrutu-ras que ofereçam os menores ris-cos de desàbamento;

. recomenda-se também, casoexista espaço disponível ao redordos riscos, que os equipamentosfiquem situados do lado externodas construções, na linha das co-lunas ou no entroncamento de pa-redes resistentes, afastados dasmesmas o equivalente à própria al-tura das mesmas.

2.4) Componentes do 'sistema

O diâmetro mínimoda rede deve-rá ser de 2 1/2", em ferro fundido,aço galvanizado, aço preto, cobre.Para as canalizações que estejamenterradas, permite-se a utilização.até o limite da válvula de governo.

. o emprego de canalizações dePVC rígido, ou de fibrocimento.

As canalizações deverão supor-tar uma pressão de trabalho de nomínimo 50% do valor da pressãomáxima de projeto da rede. Parauma pressão na rede de 50 Ib/in2as canalizações deverão suportaruma pressão mínima de 75 Iblin2.

CADERNOSDE SEGURO 17

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Exemplo da área coberta por pontos de hldrantes, onde todos os locais estão abrangidos por pelo menos dois Jatosde água.

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oExemplo de área coberta por pontos de hldrantes, onde se observa a existência de áreas não cobertas. Este tipode distribuição geométrica deve ser evitada, sob pena de não se atingir a proteção Ideal.

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1

,

Pelo Decreto 897 a pressão mínimaé de 18 kg/cm2.

Preferencialmente a canalizaçãodeverá estar aparente, a fim de qu..possa corrigir-se. com facilidade.qualquer defeito ou vazamentobem como para facilitar o trabalhode manutenção preventiva.e corre-tiva da rede.

As mangueiras deverão ser re-sistentes a umidade e a corrosão.capazes de resistir a uma pressãode teste de 20 kg/cm2.

2.5) Elaboraçéo de relatórios

Trata-se de um sistema de com-bate a incêndios de inspeção maiscomplexa do que a dos extintores,por tratar-se de uma instalação hi-dráulica. com todos os componen.tes a ela pertinentes, ter parte deseu traçado embutido e parte apa-rente, necessitar de reparos commaior freqüência, etc.

O mínimoque pode ser verifica-do durante uma inspeção é o se-guinte: .

a) Todas as saídas foram en-contradas desobstruídas e em con-dições de operação imediata?

b) Todas as caixas de perten-ces estão completas. sinalizadase com livre acesso (cada caixa de-ve conter, no mínimo, dois lancesde mangueiras com 15 metros decomprimento cada, para cada saí-da do hidrante. um esguicho do tipojato sólido- troncocônico - e outroregulável. uma chave de cone-xges)?

c) Os esguichos estão conecta-dos à extremidade de-umadas se-ções das mangueiras? (ver nota 1)

d) Todas as válvulas registroestão completas e funcionandonormalmente. bem como existeuma sinalização adequada ins-truindo sobre o seu uso (as válvu-las deverão estar providas de: vo-lante. haste. castelo. etc. Algumasvezes costuma-se encontrar volan-tes quebrados ou a falta do própriovolante. haste empenada. gaxetacom vazamento. etc./?

e) Existem vazamentos na ins-talação. detectados com facilidadeeu não (de um modo geral os vaza-mentos tendem a ocorrer nas co-nexões e junto a mudanças brus-cas de direção, do tipo joelhos out9S. Deve-se ter especial cuidado

com as seções da instalação em-butidas, utilizando PVC, principal-mente se passam sob áreas sujei-tas a elevadas cargas)?

f) As pressões estática e dinâ-mica encontram-se de acordo comos parâmetros de cálculo? (ver no-ta 2)

g) Os valores obtidos com oteste de vazão,através da mediçãocom um tubo de PITOT, estão deacordo com o mínimo exigido paraa classe de proteção? (ver nota;3j

h) Há necessidade de se mantera rede pressurizada. em decorrên-cia de queda de pressão, provoca-da por vazamentos. através deJockey Pump?

i) Inspecionar os reservatóriosde água, a fim de verificar o seuestado de limpeza e ocorrência devazamentos (se o reservatório écompletamente fechado e a águado sistema tratada com a adiçãode produtos químicos. deve-se es-vaziá-Io completamente a cadaano. Caso.a água não seja tratada,o esvaziamento deve se dar a cada6 meses, seguido de uma limpezacompleta do reservatório. Para re-servatórios abertos dever-se-á ter,no caso de água tratada, o esva-ziamento a cada 6 meses, e nocaso de água não tratada o esva-ziamento a cada 3 meses, sempreseguido de uma limpeza completa,com o escovamento das paredes,para a remoção de algas e limos.Essa operação deve ser recomen-dada no caso de redes com poucamanipulação, onde o volume deágua armazenada praticamentenão sofre alteração. Caso a redeseja utilizada periodicamente, po-de-se ampliar estes prazos atéatingir-se o dobro do valor reco-mendado;

j) Saber se há reserva de águaexclusiva para incêndio e qual ovolume reservado para esse firT"(ver nota 4);

I) Testar o sistema de partidadas bombas, indicando qual o sis-tema, bem como informar' se sãofeitos testes nas mesmas e quala periodicidade;

m) Informar o tempo mínimopa-ra que as bombas entrem em ope-ração automaticamente e qual apressão mínima para que issoocorra;

n) Verificar se o conjunto de ba-terias elétricas para a partida dasbombas de acionamento por motora explosão encontram-se a plenacarga;

o) Inspecionar o nível do reser-vatório de combustível para o con-junto moto-bomba a explosão (vernota 5);

p) Informar os tipos de supri-mentos de energia elétrica, verifi-cando se é contínuo, qual sua con-fiabilidade. se existem alternativasde suprimento. se a alimentaçãodo sistema é feita antes ou depoisda chave geral de proteção;

q) As bombas estão apresen-tando vazamentos? Há vibraçõesexcessivas? O eixo do motor estáalinhado? Há folgas no acoplamen-to motor-bomba? Existem chavesde proteção térmicas para evitardanos. ao motor por falta de faseou sobrecarga? Quais as caracte-rísticas do motor e da bomba? (vernota 6)

r) Os painéis elétricos estão embom estado? Os disjuntores sãoadequados à corrente e à ampera-gem? Existem chaves de compen-sação? As chaves de partida sãoadequadas? Os condutores são fa-cilmente identificáveis? Todas asemendas dos condutores estãoconvenientemente protegidas? Oquadro está eletricamente aterra-do? Existem chaves de transferên-cia? As instalações elétricas dasbombas estão corretas? As bom-bas estão eletricamente aterra-das?

Notas

1) Os hidrantes internos, ou ca-nalizações preventivas de combatea incêndios. deverão possuir doislances de mangueiras. de 15 me-tros de comprimentocada para ca-da saída do hidrante. Para os hi-drantes externos a Circular SUSEPdetermina 4 lances e o Corpo deBombeiros apenas 2.

2) DeacordocomaCircularSU. .

SEP, a pressão mínima requeridapara o sistema deverá ser de: 3.5bares (35 metros de coluna deágua) para os riscos da classe Ade incêndio; 1.5 bares (15 metrosde coluna de água) para os riscos

CADERNOSDESEGURO19

Page 10: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

20

RELATÓRIO MENSAL DE MANUTENÇÃO DE RELATÓRIO N'EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIO

SEGURADO:... ............ ......... .............................. .................... ............ ............ ...................................LOCALIZAÇÃO:.... ............... .................. ...... ............ ..................... ............. .............. ..........................PREPARADO POR:......,. .................. ...... ...... ................ .............. .................. ....... ................. ..............DATA..............................................................................................................................................

O N' DE COMPONENTES:............. ........................... ......... ....... ...... ..... ....... ............ ..... ........ ....... ...........<5 DATA DO ÚLTIMO TREINAMENTO:.....................................................................................................OZ<ot.U DEFICINCIAS ENCONTRADAS:......... .................. ...... .......... .......... ........ ............. ....................... ........"U-Z ......................................................................................................................................................a:-aJw ......................................................................................................................................................

O . ......................................................................................................................................................

l' SEM. 2" SEM. 3' SE"'. 4' SEM.

OBSERVAÇÕES SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO

cn<

ESTÃO COMPLETAMENTE DESOBSTRUrDOS?OOa:w

A SINALIZAÇÃO NAS PAREDES. PISOSa:aJ E TETOS ESTÁ VISfVEL?Ocnw

TODOS OS EXTINTORES ESTÃO CARREGADOS?wI-

EXISTEM LOCAIS SEM EXTINTORES?'<l-a:OIl. OS EXTINTORES UTILIZADOS ESTÃO DE ACORDOcn COM AS OCUPAÇÕES DOS LOCAIS?wa:OI-

DEF ICINCIAS ENCONTRADAS:......................... ................... ............................. ......... .......................l-X ......................................................................................................................................................w

......................................................................................................................................................

l' SEM. 2" SEM. 3' SEM.

OBSERVAÇÕES SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO

FORAM ENCONTRADOS COMPLETAMENTEDESOBSTRUfDOS?

TODAS AS CAIXAS DE EQUIPAMENTOSESTÃO COMPLETAS?

AS MANGUEIRAS, CONEXÕES E REQUINTESESTÃO EM BOM ESTADO?

AS BOMBAS ESTÃO SENDO TESTADSEMANALMENTE?

cnwI-

O DEPÓSITO DE COMBUSTfvELZ<

ENCONTRA-SE COMPLETO?a:Q:I:

AS BATERIAS ESTÃO CI PLENA CARGA?

HÁ VAZAMENTO NAS CANALIZAÇÕESVÂLVULAS E JUNTAS?

DEFICINCIAS ENCONTRADAS:..... ............ ......... .............. ............ ............ .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

VAZÃO MEDIDA NO HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL:........................................................................

Page 11: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

f,

de classe B de incêndio; e, 4,5 ba-res ou 45 metros de coluna deágua para os riscos classificadoscomo de classe C.

A pressão na rede é de sumaimportância no sucesso da extin-ção do incêndio. Deve ser suficien-te para permitir a projeção da águasobre o foco do incêndio com asegurança necessária para o ope-rador. bem como não permitir ex-cesso de rigjdez das mangueiras.Em ambientes bastante congestio-nados, pressões acima de 4,0 ba-res já são inconvenientes. Comuma pressão de 40 metros de colu-na de água consegue-se lançar umjato de água a 8 metros de dis-tânci~

3) Pela Circular SUSEP n°19/78 a vazão mínima medida emcada requinte. com o acionamentosimultâneo de duas linhas de man-gueiras será de:

. 200 litros por minuto para osriscos da classe A

. 500 litros por minuto pclra osriscos da classe B

. 900 litros por minuto para osriscos da classe C

Pelo Decreto 897/76. com o tes-te hidrostático nas mesmas condi-ções anteriores a vazão mínimave-rificada será de 500 Ipm.

Aqui também verifica-se o se-guinte: o que apaga o incêndio nãoé o volume de água derramada.mas sim a forma de como a mesmaé aspergida sobre o foco de incên-dio e a sua constância. Desta for-ma, é mais adequado um menor

volume de água lançado conve-nientemente do que grandes volu-mes de uma só vez.

4) A Circular SUSEP determinacomo reserva mínima de água ex-clusiva para o combate ao incêndioos seguintes volumes:

. abastecimento por gravidade-12 m3 para riscos de classe A30 m3 para os riscos da classeB54 m3 para os riscos da classeC

. abastecimento por bomba -120m3independentedo tipo de ris-co a proteger.

5) O volume mínimode combus-tível exigido para as bombas dehidrantes será o que permite o fun-cionamento ininterrupto das mes-mas, a plena carga, durante umtempo mínimo de duas horas.

6) Quando ocorrer queda de va-zão ou pressão e falha no supri-mento de água aduzida à rede, po-de ser que esteja ocorrendo umadas causas apontadas a seguir:

. falta de escorva da bomba;() baixa velocidadede rotação

da bomba;. excesso de carga dinâmica

superior à capacidade de recalqueda bomba;

. altura de sucção superior àadmissível;

. alojamento de material estra-nho no roto1';

. bomba girandb no sentidooposto. por troca de polaridade;

o excesso de ar na água;. vazamento de ar na canaliza-

ção de sucção ou na caixa de ga-xetas.

As vibrações que podem ocorrerno conjunto moto-bomba podemser provenientes de:

. desalinhamento da bomba;

. falta de rigidez da fundação;

. ausência de algum calço;. falta de amortecedores de vi-bração;. eixo fletido;

. mancais gastos. etc.Caso estejam ocorrendo sobre-

cargas elétricas no motor de arran-que. ou de acionamento. deve-severificar o seguinte:

. velocidade acima do normal;

. capacidade de bombeamentode água superior à real necessida-de da rede;

. defeitos mecânicos no equi-pamento;

. defeitos provocados por ins-talação elétrica deficiente;

. líquido de viscosidade dife-rente daquele para o qual foi proje-tada a bomba.

Caso ocorra queda de pressãona linha e nenhumdos defeitos an-teriormente comentados tenha sidodetectado, convém verificar a exis-tência de:

. anéis gastos;

. danos ao rotor;

. defeitos nas juntas;

. obstrução na válvula de pé;

. pouca imersão do tubo desucção;

. pressão na admissão insufi-ciente.

oCADERNOSDESEGURO21

HIDRANTES - EXIGNCIAS M/NIMAS

LEGISLAçOES EM PRESsAo MINIMANA LINHAIMCAI VAzAo MIN. NO REQUINTEIloml VOL. MINIMOPOR GRAVIDADE VÓL: MINIMOPOR BOMBASVIGOR CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS CCIRC. SUSEP 19/78 35 15 45 200 500 900 12 m' :I) m' 54 m' 120 m' 120 m' 120 m'MERC. SEGURAOORDECRETO897176 10/40 10/40 10/40 500 500 500 6/VAR. 6/VAR. 6/VAR. :I) m' :I) m' :I) m'CORP. BOMB.AJDECRETO20611/83 15/100 15/100 15/100 200 500 900 S/VARo 5/VAR. 5/VAR. 6/24 m' 15/60 m' 27/106 m'COAP. BOMB.SP

.CARACTERlsTICAS DO SISTEMA

LEGISLAçOESEM DIAMETAODAS MANGUEIRAS DIAMETRO DOS REQUINTES PRESsAo MINIMA COMPRoMÁX. DA LINHA DE MANG.VIGOR CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B "'LA. '"CIRC. SUSEP 19/76 35 mm 63 mm 63 mm 13 mm 25 mm 25 mm 3,5 bar 1,5 bar <\,5bar :1)/60 m :1)/60 m :1)/60 mMERC. SEGURAOORDECRETO 897/76 36 mm 63 mm 63 mm 13 mm 25 mm 25 mm 184bar 184bar 184bar :l)m 30m :l)mCOAP. BOMB. AJDECRETO 20811/83 3B mm 3B mm 63 mm 13 mm 16 mm 19 mm 1,5 8 10 bar 1,5 8 10 bar 1,5 8 10 bar :1)/60 m 30/60 m :1)/60mCORPoBOMB.SP

Page 12: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

--

Elaboraçãode Roteiros para aRealizaçãode Inspeções do Equipamento deIncêndio

Parte n

AntônioFernandoNavarroEngenheiroCivilEngenheirode Segurança do TrabalhoGerente de Riscos do Banco Nacional

íjfl m nosso primeiro capítulo,~ abordamos, sob o ponto devista da realização de inspeções,extintores de incêndio, portáteis esobre rodas, bem como sistemasde hidrantes. Dando continuidadeao tema, inciaremos agora um es-tudo sobre os demais equipamen-tos. Nunca é demais falar que aescolha correta de um determinadotipo de equipamento dependerá,sempre, de uma série de fatores,dentre os quais citamos:

. tipo de processamentoutiliza-do;

. características das matérias-primas empregadas;

. tipo de edificaç:io e suas for-mas de proteção, etc.

3) Detectores automáticos deincêndio

Sistemas automáticos de detec--ção de incêndios são dispositivos

eletrônicos, constituídos de tubula-ções, condutores, painéis de con-trole, fontes de alimentação e de-tectores, os quais, por intermédiode sensores localizados estrategi-camente em um ambiente, detec-tam, de modoautomático, qualquerforma ou foco de incêndio, ou en-tão seus fenômenos, dentro deseus raios de ação, alarmando,através de umpainel, com sinal óti-co-sonoro.

A principal função desses siste-mas contra incêndio é a de detec-tar previamente o início de incên-dios, permitindo o rápido controlee extinção dos mesmos antes doseu alastramento.

São equipamentos de fácil insta-lação, grande confiabilidade e umbaixo consumo de energia. A ten-são de serviço do sistema variaentre 6 a 30 volts de corrente con-tínua, podendo alguns modelosoperar com corrente alternada, daordem de 110 a 220 volts. A cor-rente de repouso varia de 1)AA a100flA. A corrente de disparo, emalarme, varia desde 20}'- A a100f' A, sendo o consumo médiopara alguns equipamentos deO,05}AA.

Os sistemas de detecção podemser do tipo "ponto fixo" (isto é,detectam em um único ponto oulocal) e do tipo "linear" (detectamatravés de uma faixa linear, de mo-do contínuo).

A seleção dos detectores é feitade acordo com as característicaspróprias dos vários tipos de incên-dios e de seus fenômenos físico-químicos principais, como: irradia-ção de calor, chamas, fumaça egases de combustão. De um modogeral, os detectores não são sensi-bilizados por mais do que dois tiposde fenômenos. A regra geral é ade que os equipamentos analisemsó um dos efeitos. Assim sendo,tem-se os detectores óticos, os iô-nicos, os térmicos e os de gases.

A perfeita proteção de um riscosomente será conseguida após umcriterioso exame e estudo de todosos fatores condicionantes, de for-ma que, para cada tipo específicode risco, exista um modelo deter-minado de detector.

Em resumo, podemos dizer queos sistemas de detecção são dis-positivos fixos, ativados por qual-quer processo físico-químico,atuando independentemente da

CADERNOSDE SEGURO 21

.I

Page 13: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

ação humana, capazes de detectarum princípio de incêndio atravésde seus fenômenos, ou seja:

. elevação da temperatura am-biente;

. ocorrência de efeitos lumino-sos;

. aparecimento de fumaça;

. surgimento de gases produzi-dos pela combustão.

3.1) Caracterrstlcas dos de-tectores

3.1.1) Detector térmico

São sistemas de detecção auto-mática que acusam temperaturaspreviamente estabelecidas, indica-doras de uma situação de anorma-lidade. Para cada tipo de ambienteou tipo de atividade podem ser fi-xadas temperaturas ambientes,acima das quais há um prenúnciode situação anormal. Um risco pe-troquímico terá uma condição dife-rente de uma caldeira, a qual porsua vez também será diferente deum almoxarifado.

De acordo com suas caracterís-ticas operacionais, os detectorespodem ser classificados da seguin-te forma:

I - Sistema de temperatura fixa

É acionado quando o seu ele-mento sensor ficar aquecido atéum determinado nível térmico, es-tabelecido para o início de funcio-namento do equipamento. Váriossão os elementos sensores empre-gados, dentre os quais podemosci-tar:

a) Lâmina bimetálica

o sistema funciona através dadeflexão de uma lâmina com doismetais de diferentes coeficientesde dilatação linear, firmemente fi-xados. A quantidade de calor ab-sorvida, associada à diferença decoeficientes, faz com que a lâminaseja deflexionada, em direção aometal de maior coeficiente, fazen-do contato elétrico com um termi-

22

nal, acionando o sistema de alam'la.

b) Resistência elétrica

A detecção é feita através davariação de resistência ôhmica, emfunção da condutividade elétricade um condutor, provocada pelavariação sofrida pela temperaturaambiente, no início do incêndio.

c) Fusível metálico

o elemento disparador do siste-ma de alarme funciona com o rom-pimento de uma liga metálica enté-tica ideal, a uma temperatura pre-determinada.

d) Cabo sensível ao calor

o sistema de acionamento doalarme é constituído por dois fioscondutores, em paralelo, energiza-dos, isolados entre si, os quais, auma dada temperatura, perdemsuacapacidade de isolamento, curto-circuitando o sistema.

e) Expansão de líquido

Consiste de um elemento líquido,sensível a pequenas variações detemperatura, o qual expande-se auma temperatura prefixada, fazen-do o contato elétrico com os ter-minais.

11- Sistema de compensaçãode grau

O, sistema de corrpensação decrau é acionado quando há súbitamudança do gradiente térmico,

-provocado pelo início do incêndio,usando os princípios da termbve-

, locimetria.

Esses tipos de detectores sãoconhecidos como detectores ter-movelocimétricos, dife'rindo dosdetectores de temperatura fixa,por acusarem variações sofridasna temperatura ambiente em umdado instante.

o sistema poderá empregarequipamentos do seguinte tipo:

. tubulação pneumática;

. pneumático termovelocimétri-co;

. efeitos termoelétricos.

Esses tipos de detectores sãousualmente empregados dispostosem linha, possuindo em seu interiorum tubo de cobre de pequeno diâ-metro. O tubo está adaptado a umterminal acoplado a diafragmas econtatos associados, projetadospara operarem a uma pressão pre-determinada.

Todo o sistema é selado,à exce-

ção de pequenas aberturas feitasno tubo, calibrado para compensaralterações normais de temperaturaocorridas no ambiente. Toda vez

que a temperatura se eleva rapida-mente em um curto intervalo de

tempo, são criados deslocamentosrápidos de ar. Os deslocamentosaumentam a pressão de ar, capta-da pelos sensores. Comparativa-

, mente com os sensores de tempe-ratura fixa, os termovelocimétricosperdem em eficiência se utilizadosem grandes ambientes, inclusivecom grandes alturas.

O sistema pode ser também dotipo spot tyre, reunindo, em umúnico equipamento ou câmara dear, diafragma, contatos e aberturasde compensação, ou com um dis-positivo sensível que produz umaumento do potencial elétrico emfunção do aumento da temperaturaambiente (thermocoupleou ther-mopele). Neste último sistema, opotencial elétrico é orientado porum equipamento de controle, asso-ciado, que dispara um alarme como aumento do potencial elétrico.

Os detectores são projetadospara operarem normalmente erruma faixa de temperatura, que va-ria de 58°C a 300°C,e a um incre-mento termovelocimétrico da or-dem de 8°C a cada minuto ou de14°C a cada minuto.

A classificação de temperaturanormalme:nte empregada é a se-guinte:

I

Page 14: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

J

Os detectores deverão estar lo-calizados nos tetos ou' forros,abrangendo uma área mínima de3m x 3m e máxima de 9m x 9m,distanciados a não mais do que5'Ocmdo forro ou laje.

Em locais com elevada carga in-cêndio, deve-se empregaro detec-tor de termovelocimetria.

Em ambientes sujeitos a grandeconcentração de poeira, deve-sedar preferência a um sistema queempregue temperatura fixa.

3.1.2) Detector de fumaça

Os detectores de fumaça sãoequipamentos de detecção sensí-veis a partículas visíveis ou não,fumaça e gases provenientes dosincêndios. Podem ser:

I - Detector de ionização

Utiliza uma pequena quantidadede material radioativo que faz comque o ar contido em uma câmaraapropriada fique ionizado, permi-tindo o fluxo de eletrons entre doiseletrodos energizados.

Possui uma área máxima de de-tecção, por equipamento, de 84m2,podendo ser adotado um espaça-manto máximo entre detectores de9,2m. Caso a instalação seja feitaem local onde haja uma constanterenovação de ar ambiente, a umarazão de 10 volumes por hora,aproximadamente, a área de atua-ção por equipamento deverá serreduzida de 84m2 para 19m2.

11- Detector ótico (tipo raio)

Sensor que trabalha com uma

fotocélula (photosensing cell) e,quando a fumaça gerada por umincêndio interpõe-se entre a fontede luz e a célula, provoca uma re-dução da quantidade de luz inci-dente, disparando o alarme.

Recomenda-sea instalação des-ses dispositivos com um espaça-mento máximo de 9 metros um dooutro, e de 4,5 metros entre elese as paredes.

11I - Detector ótico (tipo feixe res-trito)

Possui os mesmos princípios defuncionamento do tipo descrito an-teriormente. É recomendado paralocais onde a fumaça desenvolvidapossa se alastrar, atingindo outroslocais, ou ser transportada paraeles por meio de dutos de ar condi-cionado, do sistema de exaustãoou de ventilação.

3.1.3) Detector de chamas

São dispositivos sensores auto-máticos, os quais, através de ele-mentos sensores, captam as radia-ções produzidas pelas chamas.Po-dem ser:

I - Detectores de radiaçãoul-travioleta

Captam as radiações emitidas,com comprimento de onda abaixode 4.000 Angstrons. Seu princípiode funcionamento baseia-se na li-beração, pelo incêndio, de uma ir-radiação eletromagnética, com fre-qüencia da ordem de 5 a 30 ciclos,que, ao ser captada pelo equipa-

mento, aciona o alarme.Esse tipo de detector capta so-

mente as radiações emitidas den-tro da faixa de projeto, bloqueandoas superiores ou as inferiores.

11- Detectores de radiação in-fravermelha

São equipamentos que se sensi-bilizam para emissõesde radiaçõescom comprimento de onda acimade 7.000 Angstrons. Seu princípiode funcionamento é idêntico ao dosensor de radiação ultravioleta.

A instalação de ambos os equi-pamentos deve ser sempre em li-nha, em relação ao possível focode incêndio. As detecções são re-lativamente rápidas, após iniciadoo fenômeno originador de radiação,variando desde 1 segundo até 30segundos.

São equipamentos recomenda-dos para uso em locais com altopé direito, tais como depósitos;hangares, museus, igrejas, etc.

3.2) Verificações a serem feitasdurante uma inspeção

Para os sistemas fixos de detec-ção e alarme, devem ser coletadosos seguintes dados:

, a) características construtivase de operação;

b) tipos de produtos manipula-dos;

c) tipos e quantidades de sen-$Oresexistentes na área;

d) espaçamentos máximos, tan-to na horizontal, entre detectores,quanto na vertical, entre detecto-res e forros de lajes;

CADERNOSDESEGURO 23

Classificação de Fixa operacional Temperatura no teto que Código de corestemperatura (oC ) não deverá ser excedida utilizado-Ordinária 57,2 - 78,9 38 IncolorIntermediária 79 -180,9 66 BrancoAlta 121 -162,9 107 AzulMuito alta 163- 203,9 149 VermelhoAltrssima 204 - 259,9 190 VerdeUltra-alta 260 - 301,9 246 Laranja

Page 15: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

~

I

e) quantidade de laços do sis-tema;

f) altura máxima entre o detec-tor e o piso da área;

g) obstruções existentes por di-visórias, prateleiras e mercadoriasou equipamentos que possamcom-prometer a eficiência do sistema;

h) existência de equipamentosnão adequados às áreas protegi-das;

i) descrever o tipo de painel desinalização, estado geral de manu-tenção do mesmo, aterramentoelétrico, dispositivos de proteçãocontra sobrecargas;

j) descrever o abastecimentode energia elétrica e a disponfvel,chaves de transferência e tempomáximo de carga das baterias;

I) realizar ensaios de funciona-mento, anotando os tempos de res-posta de alguns detectores esco-lhidos aleatoriamente. Não realizartestes consecutivos no mesmosensor. Realizar testes no painel,simulando defeito e falta de faseou falta de corrente.

Os testes a serem efetuados nopainel de controle e alcance podemser os seguintes:

1 - Abrir pontas do painel everficar o restabelecimento à nor-malidade dos botões de alarme.Caso o painel possua uma lâmpadade anormalidade, verificar se amesma acende com a abertura daporta.

2 - Fazer a medição da volta-gem da bateria, através do aciona-mento do comutador de medição,existente ,m alguns painéis.. 3 - Ao acionar o comutador dachave terra, verificar a deflexãodo ponteiro do medidor. A deflexãoindica fuga de corrente.

4 - Verificar se as lâmpadasdedefeito, e defeito de bateria ou car-ga, acendem ao pressionar-se obotão de teste de bateria.

5 - Verificar o nfvel de soluçãoe a sua densidade na bateria.

6 - Ao ser acionado um botãocorrespondente a um detector, es-colhido para teste, levá-Io à posi-ção de defeito e apertar o botãode teste. Ao serem acionados osbotões, as lâmpadas de linha e defogo devem acender-se imediata-mente. Ao acionar-se o botão dereposição, as lâmpadas devemapagar-se de imediato.

24

É.um sistema hidráulico de com-bate a incêndio, complementar aosistema de hidrantes, constituindo-se de uma instalação com diâmetromfnimo de 1'.

Foi idealizado para dar proteçãoa pequenos riscos, ou a riscos comgrande densidadede equipamentosou obstruções, onde a passagemcom mangueiras de 2 1/2' de diâ-metro, com pressões elevadas, tal-vez não fosse eficiente, seja porcausa da falta de manobralidadedas mesmas, seja por exigiremmais operadores para o combateao incêndio.

Quando da instalação dos man-gotinhos, deve-se obedecer aosseguintes requisitos mfnimos:

a) o sistema deve estar perma-nentemente abastecido e pressu-rizado;

b) para o sistema deve ser pre-visto um reservatório elevado, comcapacidade mfnima de 4.000 litros,exclusivo para o equipamento, ouum tanque de pressão com a mes-ma capacidade. Caso a reservanão seja exclusiva para o sistema,deverá ser a ele garantida uma va-zão mfnimade 200 litros por minuto(Ipm) durante um tempo, tambémmfnimo, de 20 minutos;

c) não se admite canalização dePVC, excetuando-se quando a

O exemplo de teste anterior-mente apresentado corresponde aum determinado tipo de painel,mais completo. Porém, devido àsparticularidades de cada sistema,os testes podem ser bastante dife-rentes. Normalmente, cada fabri-cante fornece um roteiro completopara a realização de testes de si-mulação e testes não destrutivosnos sensores. Caso o inspetor nãotenha muito conhecimento do sis-tema, deverá, juntamente com ochefe de manutenção da instala-ção, seguir o roteiro elaborado pelofabricante, a fim de testar a efi-ciência do equipamento.

Um dos cuidados que recomen-damos é que os funcionários dolocal devem ser previamente avi-sados, a fim de evitar-se pânicoentre eles, com o acionamento dassirenes de alarme.

4) Mangueiras semi-rrgidas(mangotlnhos)

mesma for embutida em pisos, pa-redes ou colunas e não haja a pos-sibilidade de ser afetada pelo calordo incêndio;

d) o comprimento máximo ope-racional das mangueiras é de 20metros, para evitar que as mesmas,devido ao pequeno diâmetro e àmenor pressão interna, venham ase enrolar, prejudicando a opera-ção de combate ao fogo;

e) para o abastecimento deágua do sistema, pode ser utilizadaa rede de consumo geral, desdeque seja possfvel isolar-se as deri-vações, de modo a obter-se o me-lhor rendimento possfvel do siste-ma, bem como seja possfvel a utili-zação, simultaneamente, de doismangotinhos, a um pressão mfnimade 10 Ib/in2 (psi).

A proteção dada pelo sistemanão é eficiente para a maioria doscasos, devido à pouca vazão deágua e pequena pressão. Sua utili-zação torna-.§emais efetiva nos lo-cais em que o acesso ao mesmoé ditrcil, seja pela grande concen-tração de máquinas e equipamen-tos, seja pela exigüidade de espa-ço, quando então extinguir um fogocom hidrantes é mais complicado.Normalmente, para a manobra deuma rede de hidrantes são neces-sários três homens, enquanto quepara os mangotinhos só é necessá-rio um operador. .

Outra recomendação que faze-mos é quanto ao fato de o sistemaser entendido e adotado comocomplemento à rede de hidrantes.

Quando da inspeção, recomen-da-se verificar se:

a) todas as safdas foram encon-tradas desobstrufdas e em condi-ções de operação imediata;

b) o esguicho de jato regulávelencontra-se conectado à extremi-dade da mangueira;

c) as válvulas registro encon-tram-se em condições de operaçãoimediata, sem vazamentos;

d) existem vazamentos na ins-talação;

e) as pressões estática e dinâ-mica encontram-se dentro da faixamfnima recomendada, de 0,7 bar(7 mca);

f) a vazão, obtida através do tu-bo de PITOT, é a mfnimanecessá-ria ao sistema, de 200 Ipm;

g) os reservatórios de água en-

1

Page 16: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

contram-se limpos,atendem exclu-sivamente ao sistema, e qual a re-serva dos mesmos;

h) o estado de conservação dotanque de pressão encontra-se embom estado;

i) decorreu o tempo mínimoparaque o compressor do tanque depressão entre em operação, ao seracionado um mangotinho;

j) os painéis elétricos do con-junto de partida do compressor es-tão em bom estado, adequadamen-te instalados.

5) Chuveirosautomáticos contra(Incêndios C"sprlnklers")

Diante da impotência do homemem conter a força destruidora dosincêndios, patenteada diversas ve-zes através dos grandes prejuízosmateriais e da perda de muitas vi-das humanas, começaram a surgirdiversos projetos de equipamentosde detecção e combate a incên-dios, os quais, atuando de formaautomática, de preferência, pudes-sem evitar as perdas sofridas.

Dentre esses vários equipamen-tos, citamos os sprlnklers.

Um dos primeiros projetos deque se tem conhecimento data doano de 1673, elaborado por SirJOHN GREEN, provavelmente ih-fluenciado pelo grande incêndioque destruiu a cidade de Londres.

O passo seguinte foi dado noano de 1806,por Sir JOHNCAREY.o qual projetou um sprlnkler per-furado, ligado a uma canalizaçãopressurizada com água. O sistemaera disparado quando uma cordaque prendia o disparador era quei-mada, disparando o sistema.

A partir daí, começaram a surgiraperfeiçoamentos no sistema, de-vendo-se ressaltar os do MajorSTUART HARRISON,em 1864; deSir FREDERICK GRINNEL, em1883;de Sir PARMELEE, em 1874;de Sir" WILHELM WALTHER, em1898; e muitos outros mais.

Os chuveiros automáticos sãosistemas hidráulicos fixos espe-ciais de detecção e combate a in-cêndios, de acionamento automáti-co, como o próprio nome o indica.O princípio de funcionamento ébem simples: mantém-se o conjun-

to de canalização, disposto em for-ma de linha ou anel, pressurizandocom água, na maior parte das ve-zes. Em cada sarda tampona-secom um bico de sprlnklers, quefunciona como se fosse uma rolha.Este, ao ser influenciado pelo calordo fogo, rompe-se, liberando aágua, a qual é espargida sobre ofoco do incêndio. E importante sa-ber que a água só sai do bico dechuveiro rompido.

O sistema de chuveiros automá-ticos é, seguramente, um dos maiseficientes meios de controle ecombate a incêndios. Para que sepossa ter uma idéia dessa eficiên-cia, apresentamos um resumido le-vantamento estatístico obtido emincêndios extintos. Em, aproxima-damente,

. 36%,dos incêndios, foi neces-sário o acionamento de um únicosprlnkler para a extinção do fogo;. 56% dos incêndios, foram ne-cessários até dois sprlnklers paraa extinção do fogo;. 75% dos incêndios, foram ne-cessários até cinco sprlnklers pa-ra a extinção do fogo;

. 85% dos incêndios, foram ne-cessários até nove sprlnklers paraa extinção do fogo.

A fim de que o sistema seja real-mente eficiente, são necessárioscertos requisitos básicos, dentreos quais podemos citar:

. correta classificação dos ris-cos a proteger;

. determinação de uma densi-dade de água de acordo com o ris-co a proteger;

. definição de umaárea de ope-ração compatrvel com o risco;

. capacidade das bombas derecalque compatrvel com o projeto;. distanciamento entre bicosnunca superior ao recomendadoem normas.

Os riscos ou locé.isa serem pro-tegidos são classificados da se-guinte forma, de acordo com o Re-gulamento do Fire Office's Com-mittee, em sua 298edição:

a) Risco Leve

São assim considerados os asi-los, bibliotecas, bolsas de valorese de mercadorias, casas de banhoe saunas, casas de repouso,clubes

sociais e recreativos, escritórios,galerias de arte, hospedarias, hos-pitais, hotéis, instituições de ensi-no e financeiras, museus, orfana-tos, prisões, residências, templosreligiosos e demais atividades cor-relatas.

As ocupações consideradas co-mo Risco Leve são todas aquelasonde tem-se' uma baixa ou mesmopequena carga incêndio. Se, entre-tanto, entre as ocupações acimadescritas existirem depósitos dequalquer natureza, cozinhas, res-taurantes, carpintarias e oficinas,ou seja, atividades que venham aaumentar a carga incêndio dos lo-cais protegidos, essas deverão serreclassificadas como Risco Médioou Risco Pesado, de acordo comcada situação que se apresente.

b) Risco Médio

As atividades classificadas co-mo Risco Médio são distribuídasem quatro grupos de atividades, deacordo com as características decada uma.São os seguintesos gru-pos de atividades:

Grupo 1- Abatedouros, bares erestaurantes, instalações de cro-magem e similares, fábricas diver-sas (abrasivos, bijuterias e jóias,cerveja e refrigerantes, cimento eartefatos de cimento, gesso e pro-dutos de gesso,produtos de cimen-to amianto), usinas de leite e lati-cínios.

Grupo II - Garagens, lavande-rias, padarias, fundições, usinagemde peças metálicas, fábricas diver-sas (produtos cerâmicos e artefa-tos de argila, conservas e produtosalimentícios, motores, pilhas e ba-terias, instrumentos de precisão,artefatos de metal, veículos e bis-coitos).

Grupo 111- Curtumes, gráficase impressoras, lojas de departa-mentos, moinhos de cereais, tea-tros e cinemas, torrefação de café,usinas e refinarias de açúcar, fábri-cas diversas (artigos de couro,aviões, colas e resinas, condimen-tos com moagem, escovas e vas-souras, fios elétricos com encapa-gem, papel e papelão, produtos deborracha, excluindo espumas, fi-bras naturais, artificiais e sintéti-cas, excetuando a existêr.cia de

CADERNOSDESEGURO25

Page 17: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

I

abridores e batedores, vidros eprodutos de vidro).

Grupo IV - Abridores e batedo-res de fibras naturais, artificiais esintéticas, destilarias de álcool, es-túdios cinematográficos e de tele-visão, fábricas de bebidas alcóoli-cas, de fósforo, de óleos e de gor-duras animais ou vegetais.

Todas as ocupações classifica-das como Risco Médio são aquelascom materiais de médio grau decombustibilidade. Os quatro gruposem que estão distribuídas as ativi-dades de risco médio vão aumen-tando de importância em relaçãoà carga incêndio quanto maior fora classificação do risco em relaçãoao grupo. As atividades anterior-mente descritas nas quais existamdepósitos de materiais ou de pro-dutos, com altura de estocagemque não ultrapasse 4 metros, parao grupo I, ou 3 metros para o grupo11,ou 2,1 metros para o grupo 111,.ou, finalmente 1;2 metros para ogrupo IV, podem ser consideradascomo de Risco Médio. Caso qual-quer uma dessas alturas mencio-nadas venha a ser ultrapassada,o risco passa a ser consideradocomo Pesado.

c) Risco Pesado

São assim considerados como,todos aqueles nos quais as ativida-des desenvolvidas ou os processa-mentos apresentem elevado graude risco, ou risco de extrema peri-culosidade. Para fins de projetos,são divididos nas categorias deProcessamento e de Estocagem.

c.1 - Processamento

Destilarias de alcatrão, fábricasde celulose, plásticos à base denitrocelulose, fogos de artiffcio, es-pumas de plástico ou de borracha,borracha sintética, linóleo, tintas,vernizes, solventes, resinas,produ-tos petroquímicos e hangares deaeronaves.

c2 - Estocagem

. Categoria l-São assimconsi-derados os locais onde os critérios

26

de armazenagempossamcriar cer-tas dificuldades no combate aosincêndios. Nesta categoria estãoenquadrados os materiais combus-tfveis ou não, armazenadosem em-balagens de material combustível,tais como: bebidas engarrafadas,eletrodomésticos, produtos frigorí-ficos, vidros ou cerâmicas, produ-tos alimentfcios, produtos metáli-cos, produtos químicos ou farma-cêuticos, produtos de fumo, produ-tos eletrônicos e elétricos, couros,roupas, sabões e detergentes, ta.petes, tecidos, cordas e fios têx-teis, todos embalados em caixasde madeira, papelão ou plástico.

. Categoria 11- Ainda condicio-nados ao mesmo tipo de materialde embalagem, tem-se os seguin-tes produtos: aglomerados de ma-deira, fibras naturais, artificiais ousintéticas acondicionadas em far-dos prensados, papéis em bobinasestocadas horizontalmente, plásti-cos ou produtos de plástico, excé-tuando espuma, produtos de linó-leo.

. Categoria 111- Álcool, borra-cha e produtos de borracha, exce-tuando espuma, inseticidas, madei-ras serradas empilhadas para se-cagem, mercadorias em armazénsgerais, óleos e graxas, papéis embobinas estocadas verticalmente,produtos de papel e celulóide, tin-tas e vernizes, produtos acondicio-nados em embalagem de espumade plástico.

o Categoria IV- Armazenamen-to de espumas de plástico ou deborracha, bem como de seus pro-dutos.

A densidade de água requeridapara cada tipo de classificação derisco, também conhecida como aaplicação de um determinado volu-me de água em um certo tempoe em uma determinada área prote-gida, deverá ser, caso se estejaseguindo o regulamento do FOC,o seguinte:. Risco Leve - mínimo de2;25mm H20/min;. Risco Médio ou Ordinário -mínimo de 5mm H20/min;. Risco Pesado ou Extra - va-riando entre um mínimo de 7,5 a30mm H20/min.

A área mínima considerada emcálculo para o acionamento simul-

tâneo de um certo númerode bicosserá de:

. Risco Leve - 84m2 (conside-rando-se uma área máxima por bi-co de 21m2e utilizando-se de cál-culo hidráulico);

. Risco Médio - 72m2 (para ogrupo I); 144m2 (para o grupo 11);216m2 (para o grupo 111);360m2(para o grupo IV);

. Risco Pesado- 260m2 (paraProcessamento); 260/420m2 (paraEstocag~m).

Nota: Quando a instalação forexecutada utilizando-se de chuvei-ros abertos, as áreas aqui mencio-nadas deverão sofrer um acrésci-mo de 25% em seu total.

Os requisitos mínimos exigidospara o sistema, quanto à reservade água e às pressões na rede,são de:

. Risco Leve - volume de 9m3a 11m3, no mínimo, variando estevolume de acordo com a diferençade altura entre os chuveiros maisaltos e os mais baixos. ° abasteci-mento de água deverá propiciaruma pressãomínimade 2,2 bar. De-verá ser acrescida a essa pressãoo equivalente em bar à diferençade altura entre a VGA e o chuveiromais alto, quando a vazão na VGAfor de 225 litros por minuto.

. Risco Médio - para o grupoI - volume de 55 a 80m3; para ogrupo 11- volume de 105 a 140m3;para o grupo 11I- volume de 135a 185m3;para o grupo IV-volumede 160 a 185m3.

A pressão mínimadeverá ser de:Grupo I - 1 bar + equiv. para

vazão de 375 Ipm;Grupo 11- 1,4 bar + equiv. para

vazão de 725 Ipm;Grupo 111-1,7 bar + equiv. para

vazão de 1100 Ipm;Grupo IV - 2 bar + equiv. para

vazão de 1800 Ipm.. Risco Pesado - Os volumes

mínimosde água a serem reserva-dos exclusivamente para o sistemasão determinados em função dadensidade de água requerida parao sistema, variando entre 225 a875m3.

As pressões mínimas requeridassão fornecidas em tabelas apro-priadas, variando em função dadensidade de água requerida, va-

1

Page 18: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

zão e área por chuveiros, desde0,7 bar a 8,35 bar. medida no nfveldo chuveiro mais alto no risco.

Várias são as formas de disposi-ção geométrica na localização doschuveiros automáticos em cadarisco. indo desde um espaçamento

regular (geométrico) até um espa-çamento alternado. Qualquer queseja a forma de distribuição esco-lhida. deve-se levar em conside-ração as limitações máximas im-postas pelos regulamentos.Na dis-tribuição dos bicos. o fator limi-

tante é o espaçamentomáximo en-tre bicos.

As Figuras 1 e 2 demonstramalguns tipos de distribuição geomé-trica utilizados.

CADERNOSDESEGURO27

1/2 Ao o o o

A

o 8 o o

ExD < 12m2

A

o o o

. , I . ..- " " I' "

1/4 E 3/4 E E E 112 E

Figura 1 - Staggered Spacing

1/2 D

O O O O

D

O O O O

D

O O O O .,I

1/2 E E E E 1/2 E

Figura 2 - Regular Spacing

Page 19: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

Caso haja necessidade de pro-longar-se uma instalação de chu-veiros automáticos, do tipo con-vencional, em locais abertos, ondenormalmente ocorram tiragens dear natural no mesmo nível dos bi-cos dos chuveiros, com comprome-timento para a eficiência da distri-buição de água dos mesmos,pode-se lançar mão de vários artitrcios,dentre os quais os quebra-ventos,ou draft-stops, constituídos demateriais não-combustrveis, espa-çados de tal forma que não ve-nham a prejudicar o funcionamentodo chuveiro, mas tão-somente ser-vindo como anteparo aos ventos.A dimensão do quebra-vento deveser tal que a parte superior do mes-mo encontre-se faceando a parteinferior da laje ou da cobertura,e a parte inferior esteja a 20cmabaixo do defletor do bico. A largu-ra do quebra-vento será o períme-tro do sprinkler.

Na Figura 3, vê-se um tipo dequebra-vento, esquematicamente.

Para se avaliar a pressãomínimaexistente em uma rede de chuvei-ros automáticos, aplica-se a fórmu-la a seguir apresentada, cujos pa-râmetros devem ser tomados juntoà Válvula de Governo e Alarmeda instalação:Q = K'v"P

onde: Q = vazão medida na VGA(dm3/min)

K = fator inerente ao conjunto deválvulas e tubulações;p = pressão em bar, observada nomanômetro colocado imediatamen-te acima da VGA, com a válvulade esgoto totalmente aberta.

A fórmula acima descrita tam-bém é utilizada para calcular-se avazão de água do chuveiro. Nestecaso, os componentes da fórmulapassam a ter o seguinte significa-do:Q = vazão em dm3/min;K = constante em função do orifí-cio do chuveiro;p = pressão manométrica antes dasaída do chuveiro (bar)

As temperaturas de acionamen-to dos chuveiros automáticos en-contrados no mercado (de bulboou de liga fusrvel) são:(Ver quadro abaixo)

A instalação de chuveiros auto-máticos contra incêndio para aproteção contra incêndio de riscos,além de ser feita de acordo comos requisitos mínimos,caso se pre-tenda ter uma instalação eficiente,deverá obedecer a uma série deoutros requisitos não comentadosneste trabalho, devido às caracte-rísticas meramente informativas domesmo. Entretanto, as normas es-pecíficas sobre o assunto tratamo projeto e a instalação de umaforma mais técnica, e não sob umprisma mais didático, como aqui o

fazemos. Por este motivo, é impor-tante que seja obedecido o regula-mento especificado, em sua ínte-gra. No Brasil, devido à não-exis-tência de uma norma específicapara o projeto, são aceitos algunsregulamentos internacionais, taiscomo:

. Fire Office's Committee;

. Factory MutualResearch;

. Verband der Sachversicherer;

. National Fire Protection [\5-sociation;

. Installations d'ExtincteursAutomatiques à Eau.

O mercado segurador brasileiro,para fins de concessão de descon-tos, aplicados às taxas de seguros,aceita somente os regulamentosdo FOC e da NFPA.

A fim de obter-se descontos má-ximos nas taxas de segurosdevidoàs instalações de sprinklers, de-ve-se observar o seguinte:

1) Deverão ser protegidos porchuveiros automáticos todos osprédios, em sua totalidade, seuspavimentos, compartimentos ex-ternos, vãos de escadas, porões,sótãos, marquises, mezaninos, ji-raus, todos constituintes da mesmaedificação, bem como a parte infe-rior de todas as possíveis obstru-ções à perfeita distribuição deágua dos chuveiros, tais como asprateleiras de mercadorias, esca-das individuais, bancadas,passare-

Temp. de funcionamentodo sprinkler Temp. máxima doambiente

Cor do Uquldona ampola

57°C

68°C74°C79°C93°C

100°C121°C1410C182°C227°C

260°C

38°C49°C

55°C60°C74°C

81°C91°C111°C152°C191°C238°C

LaranjaVermelhoAmarelo-bronzeAmareloVerdeBrancoCinzaAzulMalvaPretoPreto

28

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1

Page 20: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

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Figura 3 - Draft-Stops (seta)

Ias, máquinas, equipamentos, es-teiras transportadoras, dutos de arcondicionado ou de transporte demateriais, e, enfim, abaixo de todasas possfveis fontes de obstruçõesà distribuição de água.

2) Não devem ser instaladoschuveiros de incêndio na proteçãode locais onde existam produtosou processamentos nos quais ocontato da água com esses produ-tos possadesencadearuma reaçãoviolenta ou enérgica, pondo em ris-co a vida das pessoas no local,ou venha a contribuir para umamaior extensão dos danos. Comoexemplos dessas situações pode-mos ter: depósitos de carbureto decálcio; fornos de alta temperatura;tanques de sais minerais fundidos;produção ou manipulação de car-bonatos, peróxidos, sódio metálico,butano, butadieno, propano, mag-nésio, zircônio, titânio, acetona,acetato de amila, etc.

3) A sala ou os locais destinadosa transformadores, chaves, trafos,disjuntores, painéis e outros equi-pamentos elétricos poderão ser

'4':. .. ..1...::'. ...'. .

dispensados de proteção por chu-veiros, desde que seja adotadoqualquer outro tipo de proteçãOmais compatfvel com o local, semque com isso haja prejufzo paraas demais áreas protegidas. Esseslocais deverão ser isoladosdos de-mais através de paredes de con-creto armado ou de alvenaria, lajesde piso e de forro e fechamentodas aberturas com dispositivos dotipo corta-fogo.

4) As marquises podem ser dis-pensadas de proteção por chuvei-ros, desde que não tenham maisdo que 1,5 metro de largura, eque não sirvam, nem mesmo ex-cepcionalmente, para a guarda ouestocagem de materiais ou deequipamentos. Terão idêntico tra-tamento de dispensaos abrigos depessoas ou de bicicletas que nãopossuam profundidade superior a4,5 metros. Em se tratando de mar-quises onde sejam embarcadas oudesembarcadas mercadorias emqualquer tipo de vefculo de motora combustão intema, independenteda profundidade da mesma,é reco-

mendável a instalação de bicos dechuveiros. Esses locais tambémpodem receber a designação dedoca.

5) Os espaços existentes entreforros e lajes com mais de 80cmde profundidade, contando qual-quer tipo de material combustívelempregado na construção ou sus-pensão do forro, no revestimentode dutos, etc., deverão ser protegi-dos por chuveiros contra incêndio,podendo o sistema ser projetadoconsiderando-se o Risco como Le-ve, e as tubulações utilizadas pro-jetadas para o Risco Ordinário.

6) O desconto a ser obtido nastaxas de seguros será máximoquando o abastecimento de águaao sistema for duplo, isto é, umabastecimento considerado comoprincipal e um outro como auxiliar,ambos de mesma capacidade, demodo a atender a toda a rede indi-vidualmente, aspirando água depontos distintos. Esse duplo abas-tecimento poderá ser conseguidopor meio das seguintes formas:

CADERNOSDE SEGURO 29

I

Page 21: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

a) moto-bomba + tanque eleva-do;

b) moto-bomba + moto-bomba;c) tanque elevado + tanque ele-

vado;d) moto-bomba + tanque de

pressão;e) tanque elevado + tanque de

pressão.O duplo abastecimento utilizan-

do-se de duas moto-bombas pode-rá ser executado com duas moto-bombas de acionamento elétrico,ou um conjunto elétrico e outro aDiesel. Na primeira hipótese, o con-junto principal poderá ser alimen-tado eletricamente por um supri-mento público e o conjunto auxiliaralimentado por um gerador deemergência de energia elétrica,com partida automática. Esse tipode preocupação deve-se ao fatode o sistema de chuveiros automá-ticos ser um dos que conduz amaiores descontos nas taxas deseguros, e em contrapartida exige-se que a instalação possa ser acio-nada a qualquer instante, sem a

necessidade de serem executadasquaisquer transferências no siste-ma de bombeamento.

As verificações normalmentefeitas compreendem a análise deuma instalação hidráulica, abran-gendo:

a) caracterfsticas dos abasteci-mentos de água utilizados (reser-vatórios elevados, tanques depressão, cistemas, etc.), bem comode suas capacidades de armaze-nagem de água, exclus.va para osistema e as condições de funcio-namento e manutenção;b) quantidade de Válvulas de Go-verno e Alarme (VGA),suas alturasem relação ao chuveiro automáticomais elevado e em relação ao fun-do do reservatório de água, ou aoeixo da bomba do sistema. A des-crição deve ser feita para cadaVGA;

c) tipo de sprlnkler instalado,quantidade de bicos por VGA (an-teriormente referenciada) e quanti-dade de bicos sobressalentes;

d) descrição dos testes mano-

métricos efetuados, com os resul-tados obtidos, para o ensaio dapressão estática, obter valores dapressão abaixo e acima da Válvulade Governo e Alarme, antes desoar o gongo com a válvula de 1/2fechada. Para obter-se a presãodinâmica na rede, anotar os valo-res obtidos acima e abaixo da VGA,com a bomba operando e válvulade dreno (esgoto) de 2' aberta. Es-se tipo de teste pode ser simplifi-cado mencionando-se apenas apressão na rede com a jockeypump (bomba para compensaçãode pequenas perdas ou vazamen-to) operando, mencionando-se aspressões de partida e parada, aspressões de bomba principal e dasecundária, com vazão e sem va-zão;

e) tipo de operação da bomba,se afogada ou com sistema de es-corva automática. Se com sistemade escorva automática, mencionara capacidade do tanque;

f) caso exista tanque de pres-são, fornecer as caracterfsticas do

12

OBSERVACJi:J

Figura 4 - Folha de Cálculo Hidráulico utilizada no dimensionamento de redes de chuveiroscontra incêndio.

30

1

Page 22: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

sistema;g) estado geral das tubulações,

conexões, válvulas, suportes e bi-cos, mencionando inclusive aspec-tos como pintura, soldas e diâme-tros das canalizações;

h) mencionar a existência deáreas não protegidas e que este-jam se comunicando com outrasáreas que possuam proteção pelosistema, relacionando-as com amesma numeração adotada naplanta para fins de seguro incên-dio;

i) mencionar as obstruções aosbicos, quer por divisórias, merca-dorias ou por equipamentos;

j) repetir os testes mencionados

AIESCOLt1ADA.NOftMA_81ÁREA (ZONA) DE CALCULO HI_

eI ÃqEA REAL POR 81tO' ÃREA TOTAL I M' DE 81C0S

DI ÃFtEA DE OPERAÇÃO_11I2

EJ NI: DE SICOS EM OPERAÇÃO I OJC ~

F) DENSIDADE DE DESCA~A' ._,.,.,..,,,GIVAZÃO MiNIMA POR B8C(): FXC _~L/".."HI VA.ZÃIJSÁSICA 00 S15rOI... FXO"_ l. {!'IIII'

II PI'Essio MiNIMA DO SISfE P'IG/kbl~_bdr

11. CALCULO HIORÁUl.lCO--..-ire.. 1-81CO MAIS DESF.I,VOft,f.VEl..DENTJ(() DA AREADf

CÁlCUlO 1.l_0U REFERÊNCIAA.8.e.. _. _iTEM 2. NI DE BICOS NO CÁLCULO 11.2 3... I

inlll 3-f'f'iIESSÃO iNICIAL YE~ ITEM I:' II

iTEM 4-CliMnQO 00 BliCC318-.1018'"

1/2".1'",",)/4".20nw11

iTEM 5. COEFICIlNTE 00 BICO

I) 1CI...1t=57!: ,~.

.15.III~KI80~ 58f.

e20 K:115~,...

ITtM 6-VAZÃo 00 BICO-PARA o .1 BICO VER iTEM G

PIRA OS OEMAIS 08= KSVP ONDE

os- VAZÃo EM L-'ItIjf'

ITEM

na letra "q" do relatório de inspe-ção do sistema de hidrantes;

I) repetir os testes mencionadosna letra "r" do relatório de inspe-ção do sistema de hidrantes;

m) descrever os tipos de testesde manutenção realizados sema-nalmente na instalação de sprlnk-lers, com as bombase com o siste-ma elétrico;

n) detalhar o estado geral de ins-talação, com criticas e sugestõespara a melhoria da eficiência dosistema;

o) verificar os distanciarr.entosmáximos existentes entre bicos dechuveiros automáticos.

ITEM 7 -SOMATÓRIODA ZÃO TOTALANTERIORCOM inM &

irEM 8 -DtÂME'rJio 00 TUBO RAMALou Al.IMEPcTAtÃo

iTEM 9 - COMPfUMENTO EM METIIO l.1~EAR

irltM 10. TIPO DA CON€XÂO EXtSTENTE NA lI8UOANI;.ADE

SENTIDO DE FUJXO DE A'GUA

I~M 11_ COMPRIMENTO EOUI'laUHTE REFERENTE AO

TIPO DE C~xÃO VER TABELAE OAD05 fI'EM F~ DA NORMA UTIUZADA

iTt.M 12- COMPFUMENTO TOTAL.SOMATÔRIO DO íUM ~II

iTEM 13, FATOR ''C'' DO TUBO

/III;D CARBONO -C1120

F.F. C/CI"ENTO-Cll40

F.F- NORMAl.- C "100

trEM ~ - PEROo\OE CARGANATUBlLACÃO

P. KtOI85C"CJ[

P-PERDA DE CARGI-UNITÂ~IA

EM "'bor '''' DE TUBO

K,ICONSTANTE FUNCÃOOC 11DO TUBO

o' 'laZÃO 00 TUBO EIII l.' .ifl

Nota: Vários são os regulamen-tos existentes sobre o projeto ea instalação de redes de sprlnk-lers. Dentre eles, podemos citar:

. Fire Office's Committee - FOC;

. Factory MutualResearch- FM;. Verbad der Schversicherer -VOS;. National Fire Protection Associa-tion- NFPA;. Installations d'Extincteurs Auto-matiques à Eau;.Regulamento da Comissão Espe-cial de Instalação de Chuveiros Au-tomáticos - CEICA/FENASEG.

iTEM 18- PONiO FINAL DE CÃLCULO.PC-

DE SER UM BICO ou Pr- DE Rf.FERÊNClA

6.22 X 10- 5

1.64 XIO-5

2.13Xlo-

5.eeXIO-7

2.oIX10-7

19. ESl'E FATOfiI EOUIVALECOMOSE

TOUOS OS 81COS oe AUNHAMENTtI

F055f\4 SO'-fEN"'E UM, tOM ~ M,'IIOR "-oe.. \/;;0 ONDE

KI C" DA GAIII8IARRAQr;,-'AZÂO 01. Gl.Pl8, L'_p;. PRESSÃODlSPONI'vnDI

BAR. NAINTERSEÇÃoGAM-BIARRA COM TURO DE ALI'..[NTACÃO

OSS: ESTE rATOA K POCf:~ SER:USt.

00 NO iTEM 6 qdo TODOSOS R.......

F~" IGUAIS DENTRO DA ÃPE..

DE uPERAÇÃO.

iTEM 15-PERDA DE CARGA TOTAL NOTRECHO.PRODUTO.i'TEM 12 PELO!'rEM 14

iUM 116-ALTURA ESTÁTICA CONSUltADAENTREos PON1'MDE CÃLQJIJ)DI REFERENCIA,QUANOO AÂGUA S08E DEVE TER SINAL....QUANOO DESCE SINAl.-

IÍ"EM 17- PRESSÃO FINAL NO PONTO SE-

GUINTEQUE SERÁ A SO ALGÉ-BRICA DOS iTEMS 3.15 E IS,NO.TA-SE OUE ES'Q PRESsÃO SE-RÁA INICIAL PARA OUTRO 8KDOu P" OE REFERÊNOA

Figura 5 - Descritivo dos passos utilizados no cálculo para o dimensionamentode redes de sprlnklers.

CADERNOSDE SEGURO 31

Page 23: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

OBS I PARA ESTOCAGEMACIMA DESSESVALORES RECOMENDA-SE PROTEÇÃO PORSPRINKLERS EM NíVEIS INTERMEDIÁRIOS.

ESTOCAGENSATÉLIMITESDESSESPARAMETROS SERÃOCONSILERADOSCOMO RISCÓORDINARIO

Figura 6 - Tabelas utilizadas no dimensionamentode redes de chuveiros contra incêndio.

32

RISCOSDE ESTOCAGEM-TABELA2

LIMITE MÁXIMO DEALTURA(m ) DENSIDADE ÁREADE

CAT 1 CATil CAT111 CATIV (mm/min) OPERAçPD(rrf)

5,3 4.1 2,9 1,6 7,5 260

6,5 5,0 3,5 2,0 10,0 260

7.6 5,9 4,1 2,3 12,5 260

6,7 4,7 2.7 15,0 260

7.5 5.2 3,0 17.5 260-.

5,7 3,3 20,0 300

6.3 3,6 22,5 300

6.7 3,8 25.0 300

7,2 4,1 27,5 300

7,7 4,4 30P 300

RISCODE ESTOCAGEM- TABELA3

CATEGORIA PilHA SOlIDA EMRACKSOU LIVRE (PRATELEIRAS)

CAT I 4.0 3.5

CAT1'1 3,0 2,6

CATIII 2,1 1,7

CATIV I 1,2 1,2

Page 24: Cadernos de Seguro: Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios

4. PARÂMETROSCEPROXTO

DADOS BÁSICOS DE PROJETO-FIRE OFFICES COMMITTEE TABELAQ -291 EDiÇÃO.

DISTÂNCIAS MÁXIMAS (m) (VER OB5)

CLASSI FICAÇÁO ÁREA MÁXIMA POR IÁREA DEOPERI1ÇÃDI DENSIDADE DE

BICO 1m2) 1m2) DESCARGA(m ENTRE BICOS NA MESMA GAM-I ENTRE GAMBIARRASBlARRA.

EXTRA-LEVE 21,0 84 2,25 4,6 4,6

GRUPOIGRUPOli

ORDINÁ GRUPOJ1lRIO, - GRUPOm

especial

12,0

72144216360

5 4,0 4.0

EXTRA-ALTO 9,0 26012,57,510,0

3,7 3,7

OBS: A DISTÂNCIAENTRE BICOSE AS PAREDESDEVERÁSER NO MÁXIMO A METACEDASDIsn\NCIAS MÁXIMAS ACIMA.

Figura 7 - Dadosbásicos de projeto utilizado em dimensionamento de redes de chuveirosautomáticos contra incêndio. o

CADERNOS DE SEGURO 33

DADOS BÁSICOS DE PROdETOS-NATIONAL FIRE PROTECTlON ASSOCIATION- TABELA 4/-CÁLCULO ttDRÁULlCO

DISTÂNCIAS MÁXIMAS(m)

CLASSIFICAÇÃO ÁREA MÁXIMAPOR ÁREA DEOPERAÇÃO tENSIDAc:E DEBICO (11"1') (rn') .. DESCARGA(mmlmin)ENTREBICOS11() MESMORAMAL ENTREGAMBIARRAS

..

LEVE 18,6 139o 372 204,08 4,6 4,620,9

GRUf'OI 3.26o 6,52

ORDINÁRIOGRLR>II 12,1 139o 465 4.8907,74 4,6 4,6GRUPOm 6,11o 8,56

EXTRAALlO IEXTRAALlO II 8,4 OU 9,3 232 o 557 8,15o 11,82 3,7 3,7

11,20o 11,08

CATI 1860325 6,11o 8,35CAT 11 186o 372 6,320 9,17

ESlOCAGEMCATIII 9,3 186o 465 6,52011,41 3,7 3,7CATIV 1860 557 8,35015,69

OSS:A DISTÂNCIAENTREBICOSE AS PARECES RÁSER11()MÁXIMOA METAtEDASDISTÂNCIASMÁXIMASACIMA.. SISTEMACONFORMEPIPE-SCHEDULE

.- DADOSOBTIDOS EM ÁBACOS

085: SERÃOCONSIDERADOSCOMORISCOORDINÁRIO DEPÓSITOSCUJA ALTURA DE ESTOCAGEM NÃO ULTRASSE 4,5m PARA ESTOCAGEMEM PILHASÓUDA OULIVRE,E DE 3,70 PARA ESTOCAGEMEM PRATELEIRAS (RACKSI