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COMISSIONAMENTO DE USINAS DE
BENEFICIAMENTO DE FERRO – COMO
PLANEJAR?
Uma usina de beneficiamento de minério de ferro é algo extremamente
complexo, e que envolve inúmeras disciplinas da engenharia, civil, mecânica,
elétrica, automação e controle e química. Além de muitos e complexos
processos.
Pensando nisto pensei em escrever este artigo, para auxiliar na elaboração de
um planejamento realmente eficiente, e gerenciável, para o comissionamento
de uma usina. A intenção não é usar a ferramenta A, B ou C, mas sim falar do
planejamento em si.
Antes de mais nada sugiro para aqueles que não estão ainda familiarizados
com planejamento, ou ainda não participaram de um comissionamento que
leiam o artigo PRECISO FAZER UMA WBS, POR ONDE COMEÇO? Nele verão a
importância da divisão correta dos pacotes de trabalho, e como fazer isto.
O COMISSIONAMENTO DE UMA USINA PASSA PELOS
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOE E PROCESSOS, MAS DEVE-SE
CONSIDERAR TAMBÉM A MANUTENÇÃO
Lembrem-se que é necessário uma série de reuniões com as demais
coordenações de áreas para a definição da criticidade de equipamentos. Então
vamos começar:
A estrutura analítica do projeto deve estar coerente com o processo de
beneficiamento, e também com a sequência de construção e montagem dos
equipamentos. Mas antes de tudo, deve conter os processos necessários para
aquisição dos mesmos.
Muitos são os técnicos engenheiros de planejamento que se esquecem da base
sólida necessária para se fazer o bom planejamento. Principalmente em
relação ao negócio. Muitos infelizmente se esquecem que não são apenas
prazos, recursos e custos que fazem o projeto, mas também o alinhamento das
expectativas, dos processos de negócio e do funcionamento de toda a
empresa. Neste caso, a usina de beneficiamento.
Não é necessário, ou imperativo que o engenheiro conheça profundamente
sobre o processo de beneficiamento. Mas é essencial que seja capaz e reunir
na mesma mesa (física ou virtualmente) todos os responsáveis pelos processos.
Assim vamos às dicas:
Inicie o cronograma com o business case e o plano de execução e projeto nas
mãos;
Tenha certeza que todos os presentes tenham acesso à matriz RACI (escrevi um
artigo onde este instrumento é citado como um ponto crítico de falhas de
comunicação);
Tenha uma metodologia e uma excelente ferramenta de construção e
cronogramas;
Acesso aos desenhos de engenharia são fundamentais;
Envolva o pessoal das disciplinas civis, mecânica, elétrica, automação, de
processos de pessoal de campo como oficiais de montagem e encarregados.
O modelo e construção do cronograma deve conter na sua ordem:
Atividades preliminares, como assinaturas de contratos fazem parte do
cronograma, em muitos casos um contrato não assinado acarreta em muitos
atrasos;
Fases de elaboração de projetos (sim, é imprescindível que haja interação
entre o cronograma e projetos e o cronograma de comissionamento, muitas
são as idas e vindas dos desenhos de engenharia até que se consiga uma
versão definitiva para fabricação e montagem;
Atividades de suprimentos (onde costuma-se ter muitos problemas) também
fazem parte do cronograma de comissionamento. É preciso fazer a
Especificação Técnica, além da Solicitação de Compra, da Carta de Intenção. É
fundamental verificar os termos EXW (Ex-Works), desembaraço aduaneiro e
transporte completam o processo.
Um bom plano de riscos e as contingências deve ser preparado, afinal, atrasos
na entrega dos projetos, atrasos no transporte e no desembaraço podem
acontecer, e influenciar todo o comissionamento.
O comissionamento ainda é influenciado pelo VIP, o HAZOP, e claro, influencia
também too o plano de manutenção, passando pelas spare parts e terminando
no OPEX.
Enjoy It!
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