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Processos de Usinagem Prof. Daniel Alves de Andrade AULA 07 1

Usinagem prof daniel aula 07

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Processos de Usinagem

Prof. Daniel Alves de Andrade

AULA 07

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ABRINDO UM PARÊNTESES...................VIDEO DA HISTÓRIA DAS MÁQUINAS OPERATRIZES

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AVARIAS E DESGASTES DA FERRAMENTA

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AVARIAS E DESGASTES DA FERRAMENTA

Dependendo das grandezas de entrada do processo deusinagem, a ferramenta sofrerá uma determinada cargamecânica e térmica.

Esta elevada solicitação da ferramenta conduz aos chamadosdesgastes ou avarias.

Desgaste é o fenômeno progressivo nas superfícies daferramenta em função da ação de cortar, que muda a forma e,portanto a geometria original da ferramenta.

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AVARIAS E DESGASTES DA FERRAMENTA

Quanto aos desgastes, os mesmos são resultantes de váriosmecanismos distintos, dependendo da natureza do materialusinado e das condições de usinagem, predominará um ou outrodos mecanismos sobre os demais.

Isto depende do material da peça e da ferramenta, da operaçãode usinagem, das condições de corte, da geometria daferramenta e do emprego e da eficiência da aplicação de fluidode corte.

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MECANISMOS DE DESGASTE E AVARIA

Abrasão: envolve a perda de material por microsulcamento,microcorte ou microlascamento, causado por partículas deelevada dureza relativa. Estas partículas podem estar contidasno material da peça (óxidos, carbetos e outros), ou sãopartículas da própria ferramenta arrancadas de alguma forma.

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Abrasão Mecânica

A abrasão ( ou atrito) mecânica é uma das principais causas dedesgaste da ferramenta.•O desgaste gerado pela abrasão é incentivado pela presença departículas duras no material da peça e pela temperatura decorte, que reduz a dureza da ferramenta.•Assim, quanto maior a dureza a quente da ferramenta, maiorsua resistência ao desgaste abrasivo.•As vezes, partículas duras arrancadas de outra região daferramenta por aderência ou mesmo por abrasão e arrastadaspelo movimento da peça, causam o desgaste abrasivo em umaárea adjacente da ferramenta.

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MECANISMOS DE DESGASTE E AVARIA

Difusão: transferência de átomos de um material para outro,é dependente da temperatura e solubilidade dos elementosda zona de fluxo. A área desgastada, quando observada nomicroscópio, é lisa. A taxa de desgaste aumenta com avelocidade de corte e o avanço.

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DifusãoA difusão entre ferramenta e cavaco é um fenômenomicroscópico ativado pela temperatura na zona de corte.A difusão no estado sólido consiste na transferência de átomosde um metal a outro.Depende da temperatura, da duração do contato e da afinidadefísico-química dos dois metais envolvidos.

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Difusão

A difusão dos átomos de ferro do aço do cavaco para aferramenta, principalmente se esta for de metal duro, muda ascondições de equilíbrio entre os elementos constituintes damesma, levando a uma reação química entre eles.Estas reações químicas, no caso de metal duro, provocam aformação de carbonetos complexos (Fe W C26), que são menosresistentes e são rapidamente removidos por abrasão.

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MECANISMOS DE DESGASTE E AVARIA

Oxidação: gerada pelas altas temperaturas e presença de ar eágua, são originados óxidos complexos de tungstênio, cobaltoe ferro, que em decorrência de sua expansão volumétrica, emrelação ao WC, constituem-se elevações na superfície daferramenta, facilitando o lascamento e a quebra da aresta decorte (entalhes).

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MECANISMOS DE DESGASTE E AVARIA

Fadiga: variação nas forças ou na temperatura podemfragilizar a ferramenta (trincas) levando-a à ruptura. Além daação cíclica, este fenômeno é provocado por variações natemperatura causadas pelo acesso irregular do refrigerante decorte.

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MECANISMOS DE DESGASTE E AVARIA

Aderência: duas superfícies metálicas postas em contatosob cargas moderadas, forma-se entre elas um extratometálico, de elevada resistência. Sob estas condiçõesfragmentos microscópicos são arrancados da superfície daferramenta e arrastados juntos com o fluxo e material.

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Aderência

Também causada pelas baixas temperaturas e baixas velocidades de corte, forma-se entre elas um extrato metálico que provoca aderência. A resistência deste extrato é elevada a tal ponto que, na tentativa de separar as superfícies, ocorre ruptura em um dos metais e não na superfície de contato.O fenômeno da aderência esta presente na formação da aresta postiça de corte, mas pode-se ter desgaste por aderência mesmo sem a formação da aresta postiça.

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MECANISMOS DE DESGASTE

Aresta Postiça de Corte:Forma-se na superfície decontato entre o cavaco e a sup.de saída.Uma camada de cavaco quepermanece aderente à aresta decorte.Em função dos esforços acamada solda-se à ferramenta, ofluxo provoca encruamento, aAPC cresce e depois sedesprende.

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Mecanismos Causadores do Desgaste da Ferramenta

Aresta Postiça de Corte.

Figura 6.9 – Aresta Postiça de Corte

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Fig. 6.10 – Desgaste Frontal X Velocidade de CorteMostrando a região de formação da Aresta Postiça de Corte

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PROVIDÊNCIAS – ARESTA POSTIÇA

Aumente a velocidade de corte e o avanço.

Não utilize refrigeração.

Selecione um quebra-cavacos mais positivo.

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DESGASTES DA FERRAMENTA

Desgaste de Flanco ou Largura do desgaste na superfícieprincipal de folga (VB): é o desenvolvimento de uma zona dedesgaste da ferramenta devido à ação abrasiva existente entre aferramenta e a superfície nascente gerada na peça pela usinagem.

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Desgaste Frontal ( ou de flanco)ocorre na superfície de folga da ferramenta,causado pelo contato entre ferramentapeça. É o tipo de desgaste mais comum.Todo processo de usinagem causadesgaste frontal (figura 6.1)

Figura 6.1 – Desgaste Frontal

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PROVIDÊNCIAS - FLANCO

Reduza a velocidade de corte.

Selecione uma classe mais resistente ao desgaste.

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DESGASTES DA FERRAMENTA

Desgaste de Cratera ou Desgaste na superfície de saída daferramenta (KT) : a principal causa do desgaste de cratera é adifusão, uma vez que ocorrem elevadas temperaturas na interfacecavaco/sup. de saída, assim sendo o desgaste aumenta com oaumento das condições de corte (Vc).

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b) Desgaste de CrateraÉ o tipo de desgaste que ocorre na superfície de saída da ferramenta, causado pelo atrito entre a ferramenta e o cavaco (figura 6.2)

Não ocorre em todos os processos de usinagem, como ferramentas de metal duro recoberto, ferramentas de cerâmica e quando o material da peça é frágil (gera cavacos curtos).

Figura 6.2 – Desgaste de Cratera

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PROVIDÊNCIAS - CRATERA

Utilize refrigeração.

Selecione uma classe mais resistente ao desgaste.

Reduza a velocidade de corte e o avanço.

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MEDIDAS DE DESGASTES

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DESGASTES DA FERRAMENTA

Entalhes: originam-se principalmente nas extremidades da arestade corte, o que pode desencadear a deterioração prematura daaresta da ferramenta.

A morfologia do entalhe depende em grande parte da precisão deposicionamento da aresta de corte. Pode ocorrer tanto nasuperfície principal de folga como na superfície secundária defolga da ferramenta.

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DESGASTES DA FERRAMENTA

O entalhe ocorre principalmente na usinagem de materiaisresistentes a altas temperaturas (ligas de níquel, titânio, cobalto eaço inoxidável), devido à abrasão, difusão e “attrition”,influenciada pelas interações com a atmosfera (oxidação).

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PROVIDÊNCIAS - ENTALHE

Reduza a velocidade de corte.

Reduza a taxa de avanço.

Selecione ferramenta com um ângulo de posição menor.

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AVARIAS DA FERRAMENTAQuebras: a ruptura da ponta da ferramenta é originada pela ação deelevados esforços de usinagem.Podem ser causadas pelo uso de material de corte quebradiço,ocorrência de corte interrompido, parada do corte sem a retiradaprévia da ferramenta, além de ε e β pequenos.

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Quebra

Como foi visto, todos os desgastes e avarias da ferramenta, aocrescerem podem gerar a quebra da ferramenta.

Fig.6.7 - Quebra da ferramenta

Algumas vezes, porém, a quebra (figura 6.7) pode ocorrerinesperadamente devido à alguns fatores como:

Ferramenta muito dura, carga excessiva sobre a ferramenta,raio da ponta, ângulo de ponta ou ângulo de cunha pequenos,corte interrompido, parada instantânea do movimento de corte,etc...

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Quebra

A quebra da ferramenta ocasiona não somente dano na ferramenta, mas também no porta-ferramenta e na própria peça.

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EXEMPLOS DE QUEBRA

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PROVIDÊNCIAS – QUEBRA

Reduza a taxa de avanço e a profundidade de usinagem.

Selecione uma classe mais tenaz.

Selecione um quebra-cavacos mais resistente.

Selecione uma pastilha mais espessa.

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AVARIAS DA FERRAMENTA

Lascamento: é o desprendimento de lascas ou lascamento de finaspartículas da aresta cortante causados principalmente pelo choquetérmico (corte interrompido por exemplo), são mais frequentes emferramentas que apresentam maior dureza.

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LascamentoÉ um tipo de avaria da ferramenta, pois ao contrário dosdesgastes frontal e de cratera que retiram continuamentepartículas muito pequenas da ferramenta, no lascamento (figura6.4), partículas maiores são retiradas de uma só vez, podendolevar até a quebra da ferramenta.

Ocorrem principalmente em ferramentas com material frágile/ou quando a aresta de corte é pouco reforçada, sobretudo empastilhas cerâmicas e de metal duro com recobrimento

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EXEMPLOS DE LASCAMENTO

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PROVIDÊNCIAS – LASCAMENTO

Aumente a velocidade de corte e reduza o avanço.

Selecione um quebra-cavacos mais resistente.

Selecione uma classe mais tenaz.

Minimize as vibrações do sistema.

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AVARIAS DA FERRAMENTA

Deformação Plástica:

É uma avaria da ferramenta em função de elevadas pressões etemperaturas, gerando deformação plástica da aresta de corte,que toma uma forma bem típica.

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Deformação Plástica da Aresta de Corte

Muitas vezes, a pressão aplicada à ponta da ferramenta somada àalta temperatura gera deformação plástica da aresta de corte(figura 6.3).

Figura 6.3 – Deformação Plásticada Aresta de Corte

Tais deformações provocam deficiências do controle de cavacos edeterioração do acabamento superficial da peça.O crescimento desta deformação pode gerar a quebra da aresta decorte.

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AVARIAS DA FERRAMENTA

Deformação Plástica:

Ocorre principalmente quando a ferramenta trabalha comelevados avanços, levando então a grandes esforços de usinagem,a ferramenta pode vir a sofrer uma deformação plástica oumesmo uma quebra

Tais deformações provocam deficiências do controle de cavacos edeterioração do acabamento superficial da peça. Ocorreprincipalmente nos casos em que a ferramenta tem baixaresistência à deformação e suficiente tenacidade.

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É evitada pelo emprego de uma ferramenta com maior dureza aquente e maior resistência à Deformação Plástica, ou pelamudança das condições de usinagem e/ou geometria daferramenta, visando a diminuição dos esforços e da temperaturade corte.

Como evitar a Deformação Plástica da Aresta de Corte?

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EXEMPLOS DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

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PROVIDÊNCIAS – DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

Utilize refrigeração.

Selecione uma classe mais resistente ao desgaste.

Reduza a velocidade de corte e o avanço.

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AVARIAS DA FERRAMENTA

Trincas: quando da ocorrência docorte interrompido, variação daespessura de corte ou acessoirregular do fluido de corte, taisfatores podem provocar variaçãona temperatura e esforços decorte.As trincas transversais seapresentam na sup. de folga,enquanto que as perpendicularesà aresta podem ocorrer tambémna sup. de saída.

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Trincas

São causadas pela variação da temperatura e/ou pela variação dos esforços mecânicos.Quando tem origem térmica, elas ocorrem perpendicularmente à aresta de corte (figura 6.5)

•Figura 6.5 – Trincas de Origem Térmica

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TrincasAs trincas quando tem origem mecânica são paralelas à aresta –Figura 6.6.

Figura 6.6Trincas de Origem Mecânica

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AVARIAS - TRINCAS

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PROVIDÊNCIAS - TRINCAS

Utilize refrigeração abundante ou usine sem fluido.

Reduza a velocidade de corte e o avanço.

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Resumo

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