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Memento Memento MoriMoriV Noite de PoesiaV Noite de Poesia
Carpe Diem – Brasília / DFCarpe Diem – Brasília / DF23/07/200823/07/2008
A Literatura vista com outros olhosA Literatura vista com outros olhoshttp://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti Filha de Antônio do Rêgo Maranhão Neto, odontólogo, e Zelair Mendes Maranhão (in Filha de Antônio do Rêgo Maranhão Neto, odontólogo, e Zelair Mendes Maranhão (in memorian), fiscal do INSS, nasceu em 27 de abril de 1957 em São Luís do Maranhão. memorian), fiscal do INSS, nasceu em 27 de abril de 1957 em São Luís do Maranhão. É nutricionista, funcionária do Ministério da Saúde desde 1984.É nutricionista, funcionária do Ministério da Saúde desde 1984.
Formou-se também em Direito em 2005. Mora em Goiânia desde os 8 anos de idade, Formou-se também em Direito em 2005. Mora em Goiânia desde os 8 anos de idade, saindo de lá em 1983, para morar em São Paulo, quando casou-se com o paulista, saindo de lá em 1983, para morar em São Paulo, quando casou-se com o paulista, médico oncologista Roberto Cezar De Conti. Nasceram em São Paulo seus dois filhos, médico oncologista Roberto Cezar De Conti. Nasceram em São Paulo seus dois filhos, Pedro, e Davi.Pedro, e Davi.
Retornou a Goiânia em 1987, e em 1989, nasceu sua filha Ana Elisa. Pedro é Retornou a Goiânia em 1987, e em 1989, nasceu sua filha Ana Elisa. Pedro é publicitário em São Paulo. Davi é estudante de Relações Internacionais e Filosofia, e publicitário em São Paulo. Davi é estudante de Relações Internacionais e Filosofia, e Ana Elisa, vestibulanda de Medicina. Em 2002 seu casamento terminou.Ana Elisa, vestibulanda de Medicina. Em 2002 seu casamento terminou.
Escreve desde jovem, iniciando sua participação em concursos em 2005, quando foi Escreve desde jovem, iniciando sua participação em concursos em 2005, quando foi premiada com o 3º lugar no V Concurso Kelps de Poesia Falada, em Goiânia. premiada com o 3º lugar no V Concurso Kelps de Poesia Falada, em Goiânia. Recebeu novamente o 3º lugar no VI Concurso kelps de Poesia Falada em Recebeu novamente o 3º lugar no VI Concurso kelps de Poesia Falada em 2007. Nesse mesmo ano foi classificada no Poemanoônibus, projeto de iniciativa 2007. Nesse mesmo ano foi classificada no Poemanoônibus, projeto de iniciativa da prefeitura municipal de Porto Alegre. Em abril deste ano, 2008, foi premiada com da prefeitura municipal de Porto Alegre. Em abril deste ano, 2008, foi premiada com o 2º lugar no V Prêmio Nacional- cidade Ipatinga, com uma coletânea de 5 poemas. o 2º lugar no V Prêmio Nacional- cidade Ipatinga, com uma coletânea de 5 poemas. Avalia, nesse momento, propostas de editoras interessadas em sua primeira obra, Avalia, nesse momento, propostas de editoras interessadas em sua primeira obra, Luar nos Porões.Luar nos Porões.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti
Síntese de seu trabalho ainda não publicado “Luar nos Porões”Síntese de seu trabalho ainda não publicado “Luar nos Porões”
““Luar nos Porões” é um livro que expõe de forma intensa os Luar nos Porões” é um livro que expõe de forma intensa os sentimentos mais primitivos do ser humano. Deveria vir sentimentos mais primitivos do ser humano. Deveria vir encharcado das lágrimas quase tangíveis em seus versos... encharcado das lágrimas quase tangíveis em seus versos... Falada dor do existir, como uma dor única e definida... E dessa Falada dor do existir, como uma dor única e definida... E dessa dor em seus pedaços... Do amor louco e desesperado, dor em seus pedaços... Do amor louco e desesperado, obsessivo, sensual. Da perda desse amor. Do luto. Da solidão. obsessivo, sensual. Da perda desse amor. Do luto. Da solidão. Da angústia que é a lucidez de se saber quem é ou de não se Da angústia que é a lucidez de se saber quem é ou de não se saber... A dor dessa procura e das possíveis respostas... A dor saber... A dor dessa procura e das possíveis respostas... A dor da melancolia como um algoz, mas um algoz querido, pois da melancolia como um algoz, mas um algoz querido, pois empreendedor das rimas. E fala finalmente do amor a esse empreendedor das rimas. E fala finalmente do amor a esse ofício, de assim se traduzir. A paixão pelas palavras... pelos seus ofício, de assim se traduzir. A paixão pelas palavras... pelos seus significados...O efeito da voz e das palavras nas emoções... significados...O efeito da voz e das palavras nas emoções...
Memento Memento MoriMori
Márcia Maranhão de Conti Márcia Maranhão de Conti ÉÉ
Poetisa da Noite...Poetisa da Noite...
Memento Memento MoriMori
A SeduçãoA SeduçãoVídeoVídeo
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
ManifestoManifesto
Os meus significados não constamOs meus significados não constamnas páginas do teu dicionário.nas páginas do teu dicionário.São trilhas que não se avistamSão trilhas que não se avistamna via do que é comum.na via do que é comum.
As minhas palavras são rastros As minhas palavras são rastros deixados no cimento fresco.deixados no cimento fresco.Se não falseio os meus passosSe não falseio os meus passosnão minto nas minhas rimas.não minto nas minhas rimas.
E as minhas rimas são pérolasE as minhas rimas são pérolasde um colar que nunca tirode um colar que nunca tirocriadas nas conchas antigas criadas nas conchas antigas dos mares que habitam em mim.dos mares que habitam em mim.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
O Adeus à LógicaO Adeus à Lógica
A lógica do meu pensamentoA lógica do meu pensamentose jogou numa cachoeirase jogou numa cachoeirana frente do meu nariz.na frente do meu nariz.
Eu queria prestar-lhe socorro,Eu queria prestar-lhe socorro,mas se eu também me atirassemas se eu também me atirasseseria inteira afogada.seria inteira afogada.
Fiquei de longe, assistindo,Fiquei de longe, assistindo,lhe vendo as linhas sumirem.lhe vendo as linhas sumirem.Ás vezes, apareciam.Ás vezes, apareciam.No outro instante, fugiam.No outro instante, fugiam.
Confesso que eu sofriaConfesso que eu sofriavendo essa luta insana.vendo essa luta insana.Mas quanto mais se entregavam,Mas quanto mais se entregavam,me acendia, a poesia.me acendia, a poesia.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
Palavras e Vozes VIPalavras e Vozes VI
Quando amanheço, Quando amanheço, uma lua acorda dentro de mim.uma lua acorda dentro de mim.Do meu travesseiro, vejoDo meu travesseiro, vejoos meus versos no jardim.os meus versos no jardim. As minhas canções são silêncios, As minhas canções são silêncios, tocadas em um piano mudo.tocadas em um piano mudo.As minhas palavras são pássarosAs minhas palavras são pássarosque morrem no céu da minha boca. que morrem no céu da minha boca.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
EstouEstou
Estou com a lua na boca.Estou com a lua na boca.Com lua nos olhos.Com lua nos olhos.Lua no corpo.Lua no corpo.
A língua no céuA língua no céuo verso molhando a bocao verso molhando a boca
Estou com a rua no quarto.Estou com a rua no quarto.O riso de fora O riso de fora trago pra dentro.trago pra dentro.
A lua no claro.A lua no claro.A noite e o dia A noite e o dia se olham de frente.se olham de frente.
Estou com a lua nos lábios.Estou com a lua nos lábios.O resto da tarde O resto da tarde lambendo um poemalambendo um poema
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
FeitiçoFeitiço
Preparei uns versos frescosPreparei uns versos frescospra alimentar teu amor.pra alimentar teu amor.Vou te servir devagarVou te servir devagaras poções de cada vez.as poções de cada vez.
Palavras embebedadas,Palavras embebedadas,amolecidas no vinho.amolecidas no vinho.Abafadas no silêncioAbafadas no silêncioenquanto te delicias.enquanto te delicias.
Se sobrarem uns versos friosSe sobrarem uns versos friosdepois de tua fome farta,depois de tua fome farta,rimarei de outras formasrimarei de outras formaspro teu desejo voltar.pro teu desejo voltar.
E desta vez minha língua E desta vez minha língua entregará para a tua,entregará para a tua,já dissolvido em saliva já dissolvido em saliva o estro no melhor sumo.o estro no melhor sumo.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
A CasaA CasaO meu amor é minha casa,O meu amor é minha casa,de espaço e fronteiras amplas,de espaço e fronteiras amplas,com janelas abertas pra o diacom janelas abertas pra o diae estrelas vigiando.e estrelas vigiando.
É casa de se explorar com carinho,É casa de se explorar com carinho,de varrer, de enfeitar , de dormir.de varrer, de enfeitar , de dormir.É casa de paredes limpas,É casa de paredes limpas,com cheiro de lua e cantigas matinais.com cheiro de lua e cantigas matinais.
Meu amado é uma casa floridaMeu amado é uma casa floridaque me guarda do mundoque me guarda do mundocom paredes sólidas.com paredes sólidas. É casa de fruteiras carregadas, É casa de fruteiras carregadas, onde durmo nas frutasonde durmo nas frutase nas sombras me satisfaço.e nas sombras me satisfaço.
Meu amado é uma casa de móveis simplesMeu amado é uma casa de móveis simplesno pedestal da montanha,no pedestal da montanha,que no inverno me acende a lareira que no inverno me acende a lareira e no verão me faz nua no quintal. e no verão me faz nua no quintal.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
O TangoO Tango
Ocorre-me um pensamentoOcorre-me um pensamentono alto da madrugada: no alto da madrugada: Eu quero dançar um tango,Eu quero dançar um tango,vestida inteira a caráter.vestida inteira a caráter.
Nos lábios, batom vermelho.Nos lábios, batom vermelho.No olhar, um fogo intrigante.No olhar, um fogo intrigante.A perna a se revelar.A perna a se revelar.No vestido, a fenda gigante.No vestido, a fenda gigante.
Tua mão na minha cintura. Tua mão na minha cintura. O comandante e o seu navio.O comandante e o seu navio.O desejo corrompendo os ares.O desejo corrompendo os ares.E a firmeza dos passos seguindo.E a firmeza dos passos seguindo.
Os sapatos se roçandoOs sapatos se roçandoem sintonia candente.em sintonia candente.Nossos mundos dialogam.Nossos mundos dialogam.Se entrelaçam nossas mentes.Se entrelaçam nossas mentes.
A nostalgia fascina A nostalgia fascina no compasso dois por quatro.no compasso dois por quatro.Nossos corpos se exibem. Nossos corpos se exibem. É deslumbre nosso baile.É deslumbre nosso baile. Éramos estrelas de brilho.Éramos estrelas de brilho.No final, chuva de aplausos.No final, chuva de aplausos.Todos bradavam de pé.Todos bradavam de pé.Os voyeurs enfeitiçados. Os voyeurs enfeitiçados.
A última palma batidaA última palma batidame acorda, gemendo, encolhida.me acorda, gemendo, encolhida.O sonho era o calor da noite,O sonho era o calor da noite,que eu desejava, tremendo de frio.que eu desejava, tremendo de frio.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
Lamento I e IILamento I e II
II
Meu vestido é negro e transparente.Meu vestido é negro e transparente.Clareio a noite com as certezas líquidasClareio a noite com as certezas líquidas
que escorrem dos meus olhos.que escorrem dos meus olhos.São vertentes de um rio que há muito me saciouSão vertentes de um rio que há muito me saciou
mas sua nascente é ninho onde o meu pensamento mora.mas sua nascente é ninho onde o meu pensamento mora.
Ali um vento sozinhoAli um vento sozinhosempre assovia saudades...sempre assovia saudades...Parecem chorinhos tocando feridasParecem chorinhos tocando feridas
num arranjo feito pra mim.num arranjo feito pra mim.Tua voz lateja ao fundoTua voz lateja ao fundoe quem rege é a minha dore quem rege é a minha dor
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
Lamento I e IILamento I e II
IIII
Eu guardava os meus desejosEu guardava os meus desejosnum bouquet de flores rubras.num bouquet de flores rubras.Um dia o espelho me disse:Um dia o espelho me disse:Guarda-os agora em teus versos.Guarda-os agora em teus versos.
E eu desfolhei os desejosE eu desfolhei os desejosprocurando rimas levesprocurando rimas levespra não agredir as palavraspra não agredir as palavrasque foram feitas pra versos.que foram feitas pra versos.
Tentei retirar os espinhos Tentei retirar os espinhos pra escrever coisa alegrepra escrever coisa alegremas furaram os meus dedosmas furaram os meus dedose o sangue escorreu nos versos.e o sangue escorreu nos versos.
Hoje te oferto este livroHoje te oferto este livrocom o vestígio da dorcom o vestígio da dormas o perfume do bouquetmas o perfume do bouquetfugiu no tempo... exalou... fugiu no tempo... exalou...
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
PrognósticoPrognóstico
Agora levo o meu quarto para a varandaAgora levo o meu quarto para a varandae, da janela semi - cerrada,e, da janela semi - cerrada,um raio de luz me alcança.um raio de luz me alcança.
Agora entrego para o solAgora entrego para o solo mofo da minha camao mofo da minha camae devagar estendo os lençóise devagar estendo os lençóisque acobertaram minha insônia.que acobertaram minha insônia.
Agora pressinto uma brisaAgora pressinto uma brisano interior do meu cômodono interior do meu cômodoe a inspiro lentamentee a inspiro lentamenteaté arejar minhas entranhas.até arejar minhas entranhas.
Agora decifro as letras Agora decifro as letras que se agarraram ao meu sangueque se agarraram ao meu sanguee solfejo pra elas uma melodiae solfejo pra elas uma melodiacom um resto de nó na garganta.com um resto de nó na garganta.
Agora revejo a minha agoniaAgora revejo a minha agoniacomo num quadro de Picasso.como num quadro de Picasso.Pareço surrealistaPareço surrealistaao expressar meu ocaso.ao expressar meu ocaso.
Agora tenho a fome dos diasAgora tenho a fome dos diasem que não quis comer nada.em que não quis comer nada.E contemplo o meu ser famintoE contemplo o meu ser famintoa saciar-se do nada.a saciar-se do nada.
Márcia Maranhão de ContiMárcia Maranhão de Conti http://www.mementomori.com.brhttp://www.mementomori.com.br
ProjetoProjeto
Quando eu aposentar minha tristezaQuando eu aposentar minha tristeza
vou plantar flores nos canteiros da poesia.vou plantar flores nos canteiros da poesia.
Já tomei as minhas providências,Já tomei as minhas providências,
virão sonho e alegria incumbir-se do meu dia.virão sonho e alegria incumbir-se do meu dia.
E se ainda assim eu não parecer contenteE se ainda assim eu não parecer contente
pedirei à nostalgia que me faça um plantão extrapedirei à nostalgia que me faça um plantão extra
que ela leia , aprecie e corrija os meus poemas.que ela leia , aprecie e corrija os meus poemas.
Memento Memento MoriMoriV Noite de PoesiaV Noite de Poesia
Carpe Diem – Brasília / DFCarpe Diem – Brasília / DF23/07/200823/07/2008
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