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CAMPANHA ELEITORAL Financiamento, Otimização de gastos e Ferramentas de Campanha DIEGO CONTI

Apresentação desafio Diego Conti

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CAMPANHA ELEITORAL

Financiamento, Otimização de gastos e Ferramentas de

Campanha

DIEGO CONTI

Objetivo:

Esclarecer os principais pontos legais e sugerir estratégias para a captação e uso dos recursos financeiros e para a utilização das melhores ferramentas disponíveis em campanhas eleitorais.

“Dinheiro é tudo em uma eleição.”

O melhor caminho é elaborar uma

estratégia objetiva e inovadora que

racionalize o emprego dos recursos

para a conquista de votos.

Origem dos recursosRecursos próprios dos candidatos

Os candidatos podem fazer investimento pessoal na própria campanha.

Nesse caso, eles poderão “doar” seus recursos no valor máximo estabelecido pelo partido, ou até 50% do total de seu patrimônio declarado à Receita Federal no ano anterior ao da eleição.

Deverão documentar a operação e emitir o respectivo recibo eleitoral.

Sugestão JR: É muito comum candidatos, no calor da reta final de campanha, começar a vender o seu próprio carro, tirar dinheiro de poupança, previdência privada entre outras “loucuras” na crença que isso contribuirá para se eleger.

É preciso realmente ter o bom senso, dialogar com os familiares e lembrar que existe o pós – campanha. Buscar um amigo, conselheiro ou qualquer pessoa de confiança para compartilhar os momentos de adrenalina ajuda a manter o racional bem vivo.

Origem dos recursosRecursos e fundos dos partidos políticos

É pacífico que os partidos políticos, em todos os níveis de direção, poderão aplicar nas campanhas eleitorais os recursos do Fundo Partidário, inclusive de exercícios anteriores, por meio de doações a candidatos e a comitês financeiros (art. 21 da Res. TSE nº 23.406/14).

Esses recursos podem ser utilizados nas campanhas eleitorais de acordo com previsão existente no § 5º do art. 39 da Lei nº 9.096/95

Sugestão JR: É importante negociar com a direção partidária para garantir o máximo possível de recursos.

Tente identificar os candidatos prediletos da legenda, obtenha informação do que eles estão conseguindo e seja firme. Garantir tempo de TV, espaço nos comitês e material é vital para o sucesso. Tente ser o coordenador da campanha majoritária em uma determinada região, talvez seja uma boa saída para conseguir montar um comitê.

Origem dos recursosDoações de pessoas físicas

Conforme o disposto no art. 23 da Lei 9.504/97, as doações de pessoas físicas ficam limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição.

A doação de quantia acima desse limite sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso.

Sugestão JR: Como as doações de pessoas jurídicas poderão ser proibidas nas eleições a partir de 2016, é preciso fidelizar doadores. Faça uma lista com nomes de pessoas que podem te ajudar mesmo que com pouca coisa. Converse individualmente com cada uma delas e explique seu propósito de candidatura. Identifique pessoas que possam conseguir recursos para você e mantenha contato direto.

No Brasil, a arrecadação pela internet ainda é muito baixa, mas ainda assim a sua utilização é uma questão de marketing. Se você conseguir montar uma boa estratégia para as mídias sociais e for um candidato de grande carisma é possível que consiga arrecadar uma quantidade significativa.

Origem dos recursosUtilização de sites de financiamento coletivo (crowdfunding) de terceiros

Conforme decisão na Consulta (CTA) 20887, o TSE firmou entendimento de que não é possível arrecadar recursos de campanha por meio de páginas existentes na internet de financiamento coletivo, pois a legislação eleitoral não aceita intermediários na arrecadação de doações. Dessa forma o candidato, partido político ou a coligação somente podem receber doações pela internet em página própria.

Origem dos recursosDoações de pessoas jurídicas

Ficam limitadas a 2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição, de acordo com o disposto no art. 81 da Lei 9.504/97.  Tal como ocorre com as pessoas físicas, a doação de quantia acima desse limite sujeita a pessoa jurídica ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso.

Além disso, a pessoa jurídica pode ficar sujeita à proibição de participar de licitações públicas e de celebrar contratos com o poder público pelo período de cinco anos, por determinação da Justiça Eleitoral, em processo no qual seja assegurada ampla defesa.

Sugestão JR: Veja a lista das pessoas jurídicas que doaram nas últimas eleições e busque fazer contato com elas. Obviamente, o melhor caminho para fazer isso é através de seus contatos. Quanto a questão ética, o primordial nesse ponto é não assumir nenhum compromisso que vá contra suas convicções ou sua visão ética.

A doação deve ser incondicional ou, eventualmente, em cima de um propósito programático convergente. A doação não deve significar um canal de acesso especial durante o futuro mandato (lobby), nem um compromisso de defesa de interesses ou pleitos que surjam desvinculados da proposta programática que você formulo na campanha.

Observação Importante!

Para as eleições de 2016, recursos de pessoas jurídicas podem ser vetados nas campanhas eleitorais. Deve-se acompanhar o desfecho do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4650 no Supremo Tribunal Federal.

Origem dos recursosDoações de outros candidatos, comitês financeiros ou partidos políticos

As doações de outros candidatos, comitês financeiros ou partidos políticos são lícitas e permitidas, sendo o fortalecimento da coligação uma hipótese que enseja sua ocorrência.

No caso específico das doações de outros candidatos, vale ressaltar que, se quiserem doar, podem fazê-lo como pessoa física.

Sugestão JR: Outra iniciativa de grande importância e talvez de maior eficiência para ganhar capilaridade no estado é a dobradinha com os candidatos a deputado federal. Negocie que contribuam de alguma forma com sua campanha e deem materiais. Lembre-se que eles também precisam de você.

Identifique e faça acordos com os candidatos a vereador que tiveram votação com alguma expressão na última eleição.

Hoje as mídias sociais são extremamente importantes para o candidato inclusive pelo baixo custo. Vale a pena concentrar esforços no Facebook por ser a rede social mais popular e possuir eficientes ferramentas de segmentação de anúncios. Embora  os "links patrocinados”  tenham sido proibidos de comprar durante a eleição, é importante pensar para o pós eleição e ir construindo sua rede.

Da mesma forma o YouTube é muito importante, consolidado seus vídeos que não podem passar de 5 minutos, sendo o ideal de 2 minutos. Outras ferramentas como Twitter, Google Plus, Instagram, SoundClound são interessantes, mas é preciso ter foco no gerenciamento.

Ferramentas de Campanha -Mídias Sociais

Ferramentas de Campanha -Mídias Sociais

O Blog e Site sempre devem ser a base do conteúdo. Todas suas postagens nas redes sociais devem levar a essa plataforma. É muito importante cadastrar os e-mails dos visitantes e criar uma lista segmentada. Use a ferramenta AWeber junto com o Gmail para gerenciar e personalizar seus contatos. Tente identificar e fazer amizade com blogueiros da sua região para replicarem o seu conteúdo. Socialize com os formadores de opinião!

Mídias Sociais

Relacionamento

Monitoramento

Design

Foto

Vídeo

Conteúdo

Conteúdo: Tenha um jornalista e trace a estratégia de postagem. É importante postar pelo menos duas vezes ao dia.

Relacionamento: Não adianta nada ter uma página do Facebook e não interagir. Tenha uma pessoa de confiança, com expertise política e que te conheça bem para se relacionar e fidelizar aqueles que comentam, enviam mensagens e criticam. Tente também reservar um tempo para você pessoalmente responder. Divida essa tarefa.

Monitoramento: Monitorar via Scoop, interpretar as tendências e segmentar seu público é poderoso para você criar sua base eleitoral e ter um norte nas sua comunicação.

Design/Foto/Vídeo: Vale a pena ter um faz tudo! que tira foto, grava video, edita e cria as artes.

MicroTarget: Veja vídeos e literatura dessa nova ferramenta de campanha. É o que tem de mais novo nas eleições. Personalizar sua comunicação individualmente para cada eleitor é muito poderoso.

Usar as ferramentas de mídias sociais com essa essência e cadastrar pessoas na sua região para realizar ações de comunicação fará com que você solidifique sua base eleitoral. Assim, busque informações pessoais dos seus eleitores , trace seus perfis e monte um grande banco de dados.

Foco na rua: Plote em um mapa onde você e seus adversários tiveram votos nas últimas eleições até o nível das zonas e em locais de grande expressividade até em seções .

Todas essas informações estão no site do TSE, mas precisam ser organizadas e interpretadas. Não disperse sua campanha, escolha os principais locais potenciais de votos e se concentre neles. As placas precisão ser colocadas dentro dessa lógica.