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1) Disculta aproximações e afastamentos entre Marshal Sahlins e Hortner, a partir dos conceitos de Estrutura, agência, evento e história. Para conseguir suprir as indagações da questão, é valido admitir que muitos teóricos reconhecem que existe uma mudança no decorrer do tempo na estrutura social. Porem, a natureza dessas mudanças são os motivos de variados debates. Pois, alguns encaram a mudança como cíclica e outros que existe uma mudança linear em todos os lugares (Diacrônico e Sincrônico). Dessa forma, Sahlins e Hortner, assemelham-se quando pensam em uma estrutura social mais dinâmica e sem necessariamente ter essa dualidade de pensamento. Além disso, outra coisa que se percebe nos dois autores, é que para eles, a Estrutura é fixa e construída historicamente. Logo, enquanto Sahlins dialoga mais visivelmente, com uma síntese entre estrutura e evento, mas sem esquecer Agencia do individuou, Ortner tenta fazer uma dialética entre Estrutura e Agência. É valido ressaltar, que Sahlins, acredita que as pessoas organizam seus projetos e dão sentido aos objetos, partindo das compreensões preexistentes da ordem social. Ou seja, para ele o sujeito possui capacidade atuar e transformar a realidade social, a partir da associação dos símbolos da ordem cultural, sendo assim os indivíduos são dotados de capacidade de agência, na estrutura social. Intrínseco a isso, é a interpretação do evento, que é algo que é anterior ao individuo, e que possivelmente aconteceu antes com outros agentes históricos, mas com os mesmo símbolos culturais. A chegada do capitão Cook, e sua morte posteriormente, nas ilhas havaianas é um exemplo claro, onde Cook morre por ser confundido com um dos deuses havaianos. Já Ortner, percebia a Agencia, como algo que não era restrito ao individuo subjetivo, mas sim ao poder, poder esse que diz respeito a centralidade nas forças de dominação e resistência, isto é, o poder enquanto projeto, não se é percebido com uma perspectiva de dominação, mas no sentido de uma consequência do sistema cultural, a lógica. Operacionalizando melhor isso podemos dividir agencia, a Primeira é a Agencia de poder, que diz respeito a dominação e a resistência, a segunda forma é a Agencia de perseguir projetos , que retrata a logica do bom, do desejado e de como é perseguido. 2) James Clifford, Sahlins e Alge. Reflita sobre a condi ção da Antropologia na Contemporaneidade. James Clifford Para poder responder essa pergunta, é valido considerar, antes de tudo, como foi construído aquilo que veio a se designar por James Clifford como “Autoridade Etnográfica”, autoridade essa que se legitimou com a construção da figura do etnógrafo, que ganhou bastante importância com o trabalho de campo, que segundo Clifford, desde Malinowski se apoiava em duas vertentes, uma era experiência “eu estava lá” formando uma autoridade singular do antropólogo e a outra era a sua carga teoria de texto que fixava sua autoridade cientifica. Com isso, começasse a construir um discurso de “verdade”, objetivado no método etnográfico, que procurava conhecer o outro com uma acentuada ênfase na observação, mas com os discursos baseados nos preceitos ocidentais, que supostamente eram quase como se fossem os únicos detentores da razão, e por isso poderiam universalizar a “verdade” enquanto ciência.

Disculta aproximações e afastamentos entre marshal sahlins e hortner (salvo automaticamente)

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1) Disculta aproximações e afastamentos entre Marshal Sahlins e Hortner, a partir dos

conceitos de Estrutura, agência, evento e história.

Para conseguir suprir as indagações da questão, é valido admitir que muitos

teóricos reconhecem que existe uma mudança no decorrer do tempo na estrutura social. Porem, a natureza dessas mudanças são os motivos de variados debates. Pois, alguns encaram a mudança como cíclica e outros que existe uma mudança linear em todos os

lugares (Diacrônico e Sincrônico). Dessa forma, Sahlins e Hortner, assemelham-se quando pensam em uma estrutura social mais dinâmica e sem necessariamente ter essa

dualidade de pensamento. Além disso, outra coisa que se percebe nos dois autores, é que para eles, a

Estrutura é fixa e construída historicamente. Logo, enquanto Sahlins dialoga mais

visivelmente, com uma síntese entre estrutura e evento, mas sem esquecer Agencia do individuou, Ortner tenta fazer uma dialética entre Estrutura e Agência.

É valido ressaltar, que Sahlins, acredita que as pessoas organizam seus projetos e dão sentido aos objetos, partindo das compreensões preexistentes da ordem social. Ou seja, para ele o sujeito possui capacidade atuar e transformar a realidade social, a partir

da associação dos símbolos da ordem cultural, sendo assim os indivíduos são dotados de capacidade de agência, na estrutura social. Intrínseco a isso, é a interpretação do

evento, que é algo que é anterior ao individuo, e que possivelmente aconteceu antes com outros agentes históricos, mas com os mesmo símbolos culturais. A chegada do capitão Cook, e sua morte posteriormente, nas ilhas havaianas é um exemplo claro, onde Cook

morre por ser confundido com um dos deuses havaianos. Já Ortner, percebia a Agencia, como algo que não era restrito ao individuo

subjetivo, mas sim ao poder, poder esse que diz respeito a centralidade nas forças de dominação e resistência, isto é, o poder enquanto projeto, não se é percebido com uma perspectiva de dominação, mas no sentido de uma consequência do sistema cultural, a

lógica. Operacionalizando melhor isso podemos dividir agencia, a Primeira é a Agencia de poder, que diz respeito a dominação e a resistência, a segunda forma é a Agencia de

perseguir projetos , que retrata a logica do bom, do desejado e de como é perseguido.

2) James Clifford, Sahlins e Alge. Reflita sobre a condição da Antropologia na

Contemporaneidade.

James Clifford

Para poder responder essa pergunta, é valido considerar, antes de tudo, como foi

construído aquilo que veio a se designar por James Clifford como “Autoridade

Etnográfica”, autoridade essa que se legitimou com a construção da figura do etnógrafo,

que ganhou bastante importância com o trabalho de campo, que segundo Clifford, desde

Malinowski se apoiava em duas vertentes, uma era experiência “eu estava lá” formando

uma autoridade singular do antropólogo e a outra era a sua carga teoria de texto que

fixava sua autoridade cientifica. Com isso, começasse a construir um discurso de

“verdade”, objetivado no método etnográfico, que procurava conhecer o outro com uma

acentuada ênfase na observação, mas com os discursos baseados nos preceitos

ocidentais, que supostamente eram quase como se fossem os únicos detentores da razão,

e por isso poderiam universalizar a “verdade” enquanto ciência.

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Dessa maneira, para poder superar esse ponto vista “Etnocêntrico”, a antropologia

contemporânea, que se baseava em um dispositivo interpretativo, procurou fechar as

lacunas deixada das experiência passadas dos etnógrafos, visando um dialogo maior

com as sociedades pesquisadas, direcionando assim a antropologia para uma perspectiva

mais dialógica e polifônica. Logo, procurando, pluralizar a “verdade”, respeitando a

construção dos padrões de verdade e razão que cada grupo possui, dando voz ao nativo

através dos informantes. Assim, é importante considerar, que o paradoxo entre a

verdade considerada geral e universal, em relação a uma verdade histórica. É construída

por uma relação de força, onde os fluxos das ideologias saem geralmente de um

“centro” (origem pesquisador) para as “periferias” (origem do pesquisado).

Ulf Hannerz

Com isso, surge outra discussão, aprofundada por Ulf Hannerz, que é a ideia do

conceito de Fluxo. Onde o autor nos mostra o caráter resumido que existe no conceito

de fluxo, pois esse conceito tende a traçar um sentido de mão única e reduzido,

esquecendo que com o contato, apesar de uma cultura ter tendência a sobressair a outra,

existe sempre uma troca, das mesmas, embora essa troca seja assimétrica. Além disso,

ele nos indica duas correntes do fluxo a primeira Temporal, que esta ligada a uma ideia

de movimento, transformador e continuo e uma Espacial que esta articulada com uma

concepção de deslocamento, ainda assim, é valido pensar os dois respectivamente.

Hannerz considera, inclusive, o fluxo correspondente a uma metáfora, ou seja, uma

figura de linguagem, que surge como um problema, pois começa a chegar a um ponto

de não saber o limite de utilização dessa metáfora, com isso, começasse confundir mais,

do que explicar. Passando assim de uma relação metafórica para uma mais metonímica,

isto é, onde era duas áreas começasse a se torna uma só, coisificando.

Marc Augé

É importante admitir, ainda, para melhorar a discursão, que na contemporaneidade a

figura do Antropólogo foi rompendo com a do etnólogo. Marc Augé, tenta mostra essa

diferença quando expõe que a antropologia “do aqui do agora” (presente) enquanto a

etnologia descreve o que acontece naquele momento mesmo. Ou seja, o antropólogo

enxerga o campo com uma visão mais universal comparativa, com o seu objeto sendo

intelectual buscando perceber a alteridade do outro, já o etnólogo percebe o campo mais

na sua particularidade, diversidade, especificidade, onde seu objeto é mais empírico e a

visão do outro sobre si, contudo na sua dimensão sócio-cultural se a semelha ao

antropólogo.

Sahlins

Por último, Salins, nos ajuda a nos situar sobre o conteúdo do conceito problemático de

cultura, que em resumo é a representação simbólica dos padrões assimilados e

desenvolvidos dos seres humanos, ao mesmo tempo em que aponta, as fraquezas dos

argumentos que tentaram dissolver esse conceito. Mostrando que cada povo possui sua

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cultura em particular. Dessa forma, a cultura seria contra hegemônica, pois demarcaria

as diferenças existes entre os povos. Mas é valido ressaltar que não é útil pensar a lógica

humana, a partir de sua composição de criação enquanto um fenômeno, até porque não

se pode ignorar a capacidade humana especifica de criar, interpretar e diversificar.