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Consulta Pública - Padrões de interoperabilidade de governo eletrônico - ePING, versão 2015

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Brasscom - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação

Rua Funchal 263, conj. 151, Vila Olímpia, São Paulo, SP, CEP 04551-060

Brasscom-PR-2014-088 v15 1/2

São Paulo, 12 de dezembro de 2014

À

Excelentíssima Sra. Loreni Foresti

Secretária de Logística e Tecnologia da Informação

Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão

C/C:

Sergio Sgobbi, Diretor de Relações Institucionais, Brasscom

Assunto: Consulta Pública - Padrões de interoperabilidade de governo eletrônico - ePING, versão 2015

Prezada Sra. Foresti,

A Brasscom, Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, entidade

que congrega seleto grupo de empresas fornecedoras de software, soluções e serviços de TIC, tem como missão

trabalhar em prol do desenvolvimento do setor, disseminando seu alcance e potencializando seus efeitos sobre a

economia e o bem-estar social. Em estreita sintonia com as tendências de mercado e com as principais

preocupações no âmbito governamental, a Brasscom sente-se honrada pela oportunidade de contribuir na

Consulta Pública em referência, em linha com o espírito de aperfeiçoar a gestão da segurança das comunicações

e informações no âmbito da Administração Federal.

Sabedores que a informação é atualmente considerada como ativo estratégico para qualquer

organização, entendemos que a gestão da segurança das comunicações e informações e a proteção destas ante a

tentativas de violação por parte de atores não autorizados, tornaram-se um desafio para todos os usuários das

modernas tecnologias. Há, portanto, que se louvar a diuturna e diligente preocupação com a gestão da segurança

das informações, tanto daquelas que circulam através de redes de comunicação quanto daquelas que são

processadas e armazenadas em sistemas computacionais. As empresas do setor de Tecnologia da Informação e

Comunicação têm se debruçado sobre tal desafio, produzindo equipamentos, concebendo software e provendo

serviços que ajudem aos usuários (i) mitigar riscos, (ii) defenderem-se de ataques cibernéticos, (iii) garantir a

inviolabilidade da informação, e (iv) detectar e coibir invasões de sistemas e banco de dados por ofensores não

autorizados.

Desde a publicação do Decreto Presidencial 8.135 de 4 de novembro de 2013 e da subsequente Portaria

Interministerial MPOG 141 de 2 de maio de 2014, a Brasscom tem se manifestado sobre o tema, alertando para a

sua complexidade e oferecendo sugestões de abordagem. Neste sentido, registramos nossa apreciação pelo fato

de que nossa sugestão, feita na correspondência encaminhada em 7 de abril de 2014 sob o título “Sugestão de

consulta pública prévia à regulamentação do Decreto 8.135/2013”, foi acatada quando da publicação da consulta

pública “Padrões de interoperabilidade de governo eletrônico - ePING, versão 2015” ora em tramitação, com limite

para submissão de manifestações no dia 12 de dezembro de 2014. Porém é importante ressaltar que pela

complexidade do material disponibilizado na referida consulta, denso e com vários documentos técnicos, se faz

necessário um tempo mais dilatado para uma análise detalhada e a concepção de contribuições relevantes. Diante

desta avaliação, a Brasscom novamente se manifestou solicitando que o prazo fosse postergado (ref. carta

Brasscom-DI-2014-003 de 19 de novembro de 2014), o que, até o momento da submissão desta carta, ainda não

havia ocorrido. Também temos conhecimento de que outras manifestações neste sentido foram submetidas pela

ABES, Abinee, ITI e BSA.

Na ausência da dilação do prazo de manifestação, vemo-nos frustrados pela impossibilidade de prover

análises e contribuições relevantes ao processo de aperfeiçoamento da gestão da segurança das comunicações e

informações no âmbito da Administração Federal, tema amplo, diversificado, complexo e de altíssimo grau de

especialização tecnológica. Ressalte-se, ainda, que não observamos, nos documentos apresentados, nenhum

indício de aproximação com órgãos certificadores e auditores mundialmente reconhecidos, como foi, por nós,

sugerido em correspondências anteriores. O Brasil corre o risco de se isolar técnica, operacional e economicamente

em um setor marcadamente globalizado. Cabe salientar que a bem sucedida internacionalização de certas

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empresas de capital nacional são o maior testemunho de que a cooperação e a competição em escala global são

grandes impulsionados dos negócios, gerando tanto, empregos qualificados, como, pesquisa e desenvolvimento

que redundam em propriedade intelectual com agregação de valor. A primeira leitura dos documentos

apresentados à consulta pública deixa transparecer certa desconexão entre a missão de fortalecer a segurança

digital pátria, no âmbito técnico, e o objetivo macroeconômico de seguir fomentando o setor de TIC no Brasil por

intermédio do estímulo à cooperação nacional e estrangeira na geração de inovação e viabilização de eficiência

nos gastos públicos.

Reiteramos nosso espírito de colaboração e trabalho conjunto com a Administração Federal.

Consequente com nossa postura, respeitosamente solicitamos:

I. Que seja postergada a publicação de novas medidas infralegais sobre o tema, de modo a dar

ensejo a um amplo debate com o setor de TIC.

II. Que a Brasscom seja formalmente convidada a participar dos grupos de trabalho relevantes ao

processo, na qualidade de representante setorial, nos moldes em que já o faz em diversas outras

instâncias.

III. Que seja agendada uma reunião ministerial para que apresentemos uma perspectiva ampliada

sobre o tema, concebida com aporte e apoio dos nossos Associados, dentre os quais estão as

maiores empresas do Brasil e do mundo.

Somos todos pelo Brasil!

Atenciosamente,

Sergio Paulo Gallindo

Presidente Executivo

Associação Brasileira das Empresas

de Tecnologia da Informação e Comunicação