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MARCO REGULATÓRIO DO TERCEIRO SETOR - LEI 13.019, DE 31 DE JULHO DE 2014 VISÃO GERAL Maria Esther Piovesan Moretti Reis Vivian Martinez Ricchione 1 ADVOCACIA SERGIO MONELLO

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Novo Marco Regulatório das parcerias com o Terceiro Setor - Vivian e Esther

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MARCO REGULATÓRIO DO TERCEIRO

SETOR - LEI 13.019, DE 31 DE JULHO DE

2014 – VISÃO GERAL

Maria Esther Piovesan Moretti Reis

Vivian Martinez Ricchione

1ADVOCACIA SERGIO MONELLO

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Marco Regulatório

• A Lei 13.019/14 é uma Lei Federal – o que significa que trará

reflexos para todo o País;

- Estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias,

envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre

a Administração Pública e as organizações da sociedade civil,

em regime de mútua cooperação, para a consecução de

finalidades de interesse público; define diretrizes para a política

de fomento e de colaboração com organizações da sociedade

civil; institui o termo de colaboração e o termo de fomento; e

altera as Leis nº 8.429, de 2 de junho de 1992 (que trata dos

crimes de improbidade administrativa), e nº 9.790, de 23

de março de 1999 (Lei das OSCIPs).

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MARCO REGULATÓRIO

• Dia 1º de Agosto de 2014 – Publicação no DOU;

• Dia 1º de Novembro – A Lei 13.019/14 entra em vigor;

• Ainda não há Decreto Regulamentador – O que dificulta a

implantação da Lei;

• Muitos aspectos dependem de regulamentação via

Decreto;

• Aplicação em todo Território Nacional;

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Algumas Novidades:

A nova Lei traz instrumentos jurídicos próprios no

tratamento com a Administração Publica:

Termo de Fomento;

Termo de Colaboração;

Fim dos Convênios para as OSCs.

Os Convênios ficam mantidos apenas entre órgãos

públicos;

Remuneração de pagamento de equipe de trabalho,

com todos os encargos sociais inclusos;

Remuneração de custos indiretos (despesas

administrativas) limitada a 15% do valor total;

Regulamento de compras.

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Criação de Comissões de Monitoramento e

Avaliação nos órgãos públicos e pesquisas junto a

beneficiários;

Idéia de Prestação de Contas Simplificada: - Sistema

aperfeiçoado. Regulamento deverá prever regras mais

simplificadas abaixo de R$ 600.000,00;

CONSELHO NACIONAL DE FOMENTO E

COLABORAÇÃO: - Composição paritária para divulgar

boas práticas, propor e apoiar políticas e ações voltadas

ao fortalecimento;

Capacitação: - Para gestores públicos, conselheiros e a

sociedade civil organizada.

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Manifestação de Interesse Social – “MIS”: -

Elaboração de propostas de chamamento público

pelas próprias OSCs, movimentos sociais e

interessados – Questão Polêmica – Depende de

Regulamento Próprio por cada Ente Federado (Art. 20 –

Parágrafo único)

A “MIS” não implica na execução do Chamamento

Público, que depende do interesse da Administração

Pública e não dispensa a convocação por Chamamento

Público para a realização da Parceria (Art. 21 e §1º);

Divulgação em meios públicos de comunicação – por

meio de campanhas e programações desenvolvidas por

OSCs;

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Conceitos Legais –Art. 2º

• Estabelece conceitos em suas Disposições Preliminares:

Art. 2º....:

I - organização da sociedade civil: pessoa jurídica de

direito privado sem fins lucrativos que não distribui, entre

os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,

empregados ou doadores, eventuais resultados, sobras,

excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos,

bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio,

auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que

os aplica integralmente na consecução do respectivo

objeto social, de forma imediata ou por meio da

constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva;

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Termo de colaboração

• VII - termo de colaboração: instrumento peloqual são formalizadas as parcerias estabelecidaspela administração pública com organizações dasociedade civil, selecionadas por meio dechamamento público, para a consecução definalidades de interesse público propostaspela administração pública, sem prejuízo dasdefinições atinentes ao contrato de gestão e aotermo de parceria, respectivamente, conforme asLeis nos 9.637, de 15 de maio de 1998 (LeiOS/Contratos de Gestão), e 9.790, de 23 demarço de 1999 (OSCIP/Termo de Parceria);

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Termo de Fomento

• VIII - termo de fomento: instrumento pelo qualsão formalizadas as parcerias estabelecidas pelaadministração pública com organizações dasociedade civil, selecionadas por meio dechamamento público, para a consecução definalidades de interesse público propostaspelas organizações da sociedade civil, semprejuízo das definições atinentes ao contrato degestão e ao termo de parceria, respectivamente,conforme a Lei nº 9.637/98 (Lei OS/Contratos deGestão) e a Lei 9.790/99 (OSCIP/Termo deParceria);

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Art. 3º da Lei – 13.019/2014

• A Lei não regula parcerias firmadas por empresas

públicas e sociedades de economia mista exploradoras

de atividades econômicas;

• Também não é aplicável aos contratos de gestão

celebrados entre a Administração Pública e as OS –

Organizações Sociais, assim consideradas pela Lei

9.637, de 15 de maio de 1.998;

• Por outro lado a Lei 13.019/2014 diz expressamente que,

no que couber, é aplicável às OSCIPs – Lei 9.790, de 23

de março de 1999.

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Sistemática de funcionamento:

Termos de Colaboração e de Fomento

1- A Administração Pública deverá prover a capacitação de

pessoal, e os recursos materiais e tecnológicos necessários para

assegurar a sua capacidade de acompanhamento das parcerias (art.

8°, parágrafo único);

2- A Lei informa os principais pontos do Plano De Trabalho:

diagnóstico da realidade; descrição das metas; formas de avaliação,

entre outros (art.22);

3- Busca pela padronização de: objetivos; metas; métodos; custos;

Plano de Trabalho; indicadores de avaliação de resultados (art. 23)

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4- Chamamento Público como regra geral (art. 24 e art. 30);

5- Ficha Limpa para as organizações e seus dirigentes (art.

39. VII, a, b e c);

6- Exigência de 3 (três) anos de existência e experiência

prévia – Dúvida: Será que a exceção do Art. 31 – expertise

excluirá a exigência de 03 anos de existência? Talvez o

Regulamento trate desta questão;

7- Exigências adicionais: - Experiência prévia na realização

do objeto ou de natureza similar, assim como capacidade

técnica e operacional para execução das atividades. (art. 24, §

1º , VII, “a”; “b” e “c”) e Conselho Fiscal.

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PLANO DE TRABALHO –Art. 22

• Diagnóstico da realidade;

• Descrição pormenorizada de metas a serem atingidas e de

atividades a serem executadas;

• Prazo para a execução;

• Indicadores, qualitativos e quantitativos;

• Elementos que demonstrem a compatibilidade dos custos

com os preços praticados no mercado ou com outras

parcerias da mesma natureza, devendo existir elementos

indicativos da mensuração desses custos;

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PLANO DE TRABALHO –Art. 22

• Plano de aplicação dos recursos;

• Estimativa de encargos previdenciários e trabalhistas das

pessoas envolvidas diretamente na consecução do objeto;

• Valores a serem repassados;

• Modo e periodicidade das prestações de contas;

• Prazos de análise da prestação de contas;

ATENÇÃO: SERÃO ANEXOS DO TERMO DE PARCERIA:

O PLANO DE TRABALHO e o REGULAMENTO DE COMPRAS .

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Requisitos – Formalização do Termo de Colaboração e

Termo de Fomento - Art. 33 e 34

AS ENTIDADES – DEVEM FAZER CONSTAR DE SEUS

ESTATUTOS:

• OBJETIVOS voltados à promoção de ATIVIDADES E

FINALIDADES DE RELEVÂNCIA PÚBLICA E SOCIAL;

• CONSELHO FISCAL ou órgão equivalente – com

atribuição para opinar sobre os relatórios de

desempenho financeiro e contábil e sobre as

operações patrimoniais realizadas;

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Deve constar do Estatuto da Entidade

• Previsão para que nos casos de dissoluçãoda entidade, o patrimônio líquido sejatransferido a outra pessoa jurídica de igualnatureza que preencha os requisitos da Lei13.019/14 e cujo objeto social seja,preferencialmente, o mesmo da entidadeextinta;

• Normas de prestação de contas sociais aserem observadas pela entidade; quedeterminarão, no mínimo:

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• os princípios fundamentais de contabilidade

e das Normas Brasileiras de Contabilidade;

• que se dê publicidade, por qualquer meio

eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao

relatório de atividades e demonstrações

financeiras da entidade, incluídas as certidões

negativas de débitos com a Previdência Social

e com o Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço - FGTS, colocando-os à disposição

para exame de qualquer cidadão.

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Requisitos adotados pela ENTIDADE para firmar Termo de

Colaboração e Termo de Fomento - Art. 33 e 34

• Prova da propriedade ou posse legítima do imóvel, caso sejanecessário à execução do objeto pactuado;

• Certidões de regularidade fiscal, previdenciária, tributária, decontribuições e de dívida ativa;

• Certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registrocivil (certidão de breve relato);

• Documento que evidencie a situação das instalaçõesnecessárias para a realização do objeto pactuado;

• Cópia da ata de eleição da atual diretoria;

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• Relação nominal atualizada dos dirigentes da

entidade, com endereço, Rg e CPF;

• Cópia de documento que comprove que a

organização da sociedade civil funciona no

endereço registrado no CNPJ;

• Regulamento de compras e contratações,

próprio ou de terceiro, aprovado pela

administração pública.

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Requisitos adotados pela administração pública para firmar

Termo de Colaboração e Termo de Fomento - Art. 35 a 38

• Exigência de Chamamento Público;

• Prévia Dotação Orçamentária;

• Prova/Demonstração de que os objetivos e

finalidades institucionais e a capacidade técnica e

operacional da organização da sociedade civil foram

avaliados e são compatíveis com o objeto;

• Aprovação do PLANO DE TRABALHO, a ser

apresentado nos termos desta Lei;

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• Emissão de parecer de órgão técnico da

administração pública (Art. 35, V);

• Emissão de parecer jurídico do órgão de assessoria

ou consultoria jurídica da administração pública

acerca da possibilidade de celebração da parceria,

com observância das normas desta Lei e da

legislação específica.

• Art. 35: - “A celebração e a formalização do TERMO

DE COLABORAÇÃO e do TERMO DE FOMENTO

dependerão da adoção das seguintes providências

pela administração pública:...

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O parecer de órgão técnico da administração pública

deverá tratar: ...

g) da designação do gestor da parceria;

h) da designação da COMISSÃO DE

MONITORAMENTO e AVALIAÇÃO DA PARCERIA;

i) da aprovação do regulamento de compras;

Não será exigida contrapartida financeira como requisito para

celebração de parceria, facultada a exigência de contrapartida

em bens e serviços economicamente mensuráveis”. (§1º, Art.

35).

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Art. 37 - Da Responsabilidade SOLIDÁRIA

do Dirigente da Entidade

- É também requisito para celebração do instrumento

jurídico – Termo de Parceria ou Termo de Fomento:

a indicação de pelo menos 01 (um) dirigente da OSC

que será responsabilizado de forma solidária pela

execução das atividades e cumprimento das metas

pactuadas na parceria, devendo essa indicação

constar do Termo de Parceria.

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Seção V – Do Monitoramento e Avaliação – Art. 58/60

Prevê os procedimentos de fiscalização das parceriasantes do término da vigência – prevê ainda, visitas “inloco” para fins de monitoramento e avaliação documprimento do objeto da parceria, na forma doregulamento; Possibilidade de pesquisa de satisfaçãocom os beneficiários do Plano de Trabalho – AAdministração Pública deverá emitir RELATÓRIOTÉCNICO de Monitoramento e Avaliação – submetê-loà COMISSÃO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃOque o homologará. - Prevê a fiscalização também pelosórgãos de controle(Tribunais de Contas/Outros), pelosCONSELHOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS em cadaesfera de governo, além dos mecanismos de controlesocial previstos na legislação.

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Seção VIII –Das Obrigações do Gestor

Artigos 61 e 62

• acompanhar e fiscalizar a parceria;

• emitir parecer técnico conclusivo de análise daprestação de contas final, com base no relatóriotécnico de monitoramento e avaliação;

• poderá assumir a responsabilidade pelaexecução do restante do objeto previsto noPLANO DE TRABALHO, em casos excepcionais,devendo comunicar ao Administrador Público.

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Capítulo IV – Da Prestação de Contas

Seção I – Normas Gerais

As regras devem estar previstas na Lei, noInstrumento de Parceria e no PLANO DE TRABALHO.

A Administração Pública fornecerá MANUAISESPECÍFICOS para as OSC quando da celebração dasParcerias.

O Regulamento poderá prever procedimentos maissimples para Prestação de Contas de valor igual oumenor de R$ 600.000,00. (Aguardar oRegulamento/Decreto)

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PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 65. A prestação de contas e de todos osatos que dela decorram dar-se-á, sempreque possível, em plataforma eletrônica,permitindo a visualização por qualquerinteressado.

O art. 66 prevê que a prestação de contasse dará pela análise dos documentosconstantes do PLANO DE TRABALHO eainda pelos seguintes Relatórios feitos pelaOSC:

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PRESTAÇÃO DE CONTAS PELA OSC - SÍNTESE

1. RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO OBJETO - deve ser

assinado pelo representante da OSC;

2. RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FINANCEIRA – deve ser

assinado pelo representante da OSC e pelo contador;

3. RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA “in loco” –

(responsabilidade da Administração Pública);

4. RELATÓRIO TÉCNICO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

(responsabilidade da Administração Pública);

5. PARECER TÉCNICO DE ANÁLISE DE PRESTAÇÃO DE

CONTAS DA PARCERIA CELEBRADA (responsabilidade da

Administração Pública);

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Page 29: Diálogo soc 20 10 2014   lei 13 019 - esther e vivian

Arquivar todos os documentos originais da

Prestação de Contas

• Artigo 68...

• Parágrafo único. Durante o prazo de 10 (dez) anos,

contado do dia útil subsequente ao da prestação de

contas, a entidade deve manter em seu arquivo os

documentos originais que compõem a prestação de

contas.

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Das Sanções que podem ser aplicadas às OSC

pela Administração Pública

O artigo 73 prevê procedimento administrativo para

aplicação de sanções às OSC.

A Administração Pública poderá instaurar procedimento

administrativo para os casos de atuação da OSC em

desacordo com o PLANO DE TRABALHO e com a Lei

13.019/14 e demais legislação aplicável.

O artigo fala em garantia de “prévia defesa” para a OSC,

contudo, não há um procedimento definido.

Possivelmente será objeto do Decreto Regulamentador.

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Page 31: Diálogo soc 20 10 2014   lei 13 019 - esther e vivian

Penalidades Aplicáveis às OSC

• As penalidades previstas são:

I- Advertência;

II- Suspensão temporária da participação em

Chamamento Público e Impedimento de celebrar

parcerias, por prazo não superior a 02 anos;

III- Declaração de Inidoneidade (Ministro de

Estado/Secretario Estadual ou Municipal).

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Da Responsabilidade pela Execução e pela Emissão

de Pareceres Técnicos - Dos Atos de Improbidade

Administrativa

Art. 10. Lei 8.429/92: - Constitui ato de improbidade

administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação

ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda

patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou

dilapidação dos bens ou haveres das entidades

referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:... - VIII -

frustrar a licitude de processo licitatório ou de

processo seletivo para celebração de parcerias com

entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los

indevidamente....

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Page 33: Diálogo soc 20 10 2014   lei 13 019 - esther e vivian

Lei 8.429/92 – Lei de Improbidade Administrativa –

Capítulo II- Das Penas

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis eadministrativas previstas na legislação específica, está oresponsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintescominações, que podem ser aplicadas isolada oucumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: ...

II- na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perdados bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, seconcorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensãodos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multacivil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratarcom o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscaisou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédiode pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo decinco anos;

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Disposições Finais - Lei 13.019/14

O Sistema de Cadastramento Unificado deFornecedores - SICAF, mantido pela União, ficadisponibilizado aos demais entes federados, possibilitandoque as OSC tenham acesso aos fornecedores jácadastrados pela União.

REGRAS DE TRANSIÇÃO:

As parcerias existentes no momento da entrada em vigordesta Lei permanecerão regidas pela legislação vigente aotempo de sua celebração, sem prejuízo da aplicaçãosubsidiária desta Lei, naquilo em que for cabível, desde queem benefício do alcance do objeto da parceria.

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As novas parcerias que serão firmadas após a entrada em

vigor da Lei 13.019/14 funcionarão com base na referida lei.

Exceção: - casos específicos de prorrogação de ofício

prevista em lei ou regulamento, exclusivamente para a

hipótese de atraso na liberação de recursos por parte da

administração pública.

Para qualquer parceria referida no caput eventualmente

firmada por prazo indeterminado antes da promulgação

desta Lei, a administração pública promoverá, em prazo não

superior a 1 (um) ano, sob pena de responsabilização, a

repactuação para adaptação de seus termos a esta Lei ou a

respectiva rescisão.

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Lei 13.019/2014 Alguns pontos pendentes de Regulamentação

• Questão da Capacitação de Gestores, Conselheiros e

Sociedade Civil Organizada;

• Transparência e do Controle;

• Fortalecimento da Participação Social e da

Divulgação das Ações;

• Termos de Colaboração e de Fomento;

• Procedimento de Manifestação de Interesse Social;

• Plano de Trabalho;

• Chamamento Público.

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OBRIGADA PELA PRESENÇA!

Maria Esther Piovesan Moretti ReisVivian Martinez Ricchione

ADVOCACIA SERGIO MONELLO“Soluções Jurídicas para o Terceiro Setor”São Paulo - Fone: (11) [email protected]