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SERGIO DE MELLO QUEIROZ SER PARAQUEDISTA MILITAR BRASIL 2015

HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

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Page 1: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

SERGIO DE MELLO QUEIROZ

SER PARAQUEDISTA MILITAR

BRASIL

2015

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INTRODUÇÃO

Tropas paraquedistas não era um conceito novo na Segunda Guerra

Mundial, nem a blitzkrieg que já tinha sido usada por Napoleão.

Quando Napoleão era adolescente, Benjamim Franklin previa o uso de

balões para levar tropas na retaguarda inimiga. Em 1783, Napoleão

pensou em usar balonetes para invadir o Reino Unido.

Em 1709, data em que o padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão

(1685-1724) nascido em Santos-SP conseguiu em Lisboa, que o seu balão ou

“passarola” como foi chamado pelo povo, se elevasse a quatro metros de altura na

terceira tentativa e diante do rei D. João V e toda sua corte.

Como na primeira tentativa a “passarola” havia pegado fogo, foi destruída por

dois guardas, receosos de que o padre voador provocasse um incêndio no palácio.

O experimento de Bartolomeu de Gusmão ficaria para a história como o primeiro

vôo promovido pela engenharia humana.

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Antes dele a teoria mais aceita é a de que os índios Nazca do Peru teriam feito

um balão com fibras vegetais existentes naquela região, e que teriam sobrevoado o

deserto de Nazca.

As provas desse feito estão em peças de cerâmica datadas do ano 500 que

estão hoje em um Museu na cidade de Lima.

É no entanto geralmente aceito que o primeiro vôo efetivo em balão foi o

realizado pelos irmãos franceses Joseph e Jacques Montgolfier, primeiramente ao

fazerem subir um engenho em 1783, meses mais tarde lançaram outro tripulado por

um carneiro, um pato e um galo que retornaram ao solo em perfeitas condições.

O primeiro era na verdade um grande saco de linho com ar aquecido, que eles

soltaram na praça de sua cidade natal,

Vidalon-les-Annonay na França, este balão

subiu a 45 metros de altura e percorreu

cerca de 2,4 quilometros em 10 minutos.

Já o segundo era feito a base de culose

e fibras vegetais, o curioso é que encheram

o balão de fumaça acreditando que esse

fluído fazia o balão se elevar, quando na

verdade era o ar quente.

Finalmente em 21 de novembro de 1783,

o Marquês François d’Arlandes e o físico François de Rozier eleveram-se ao céu na

cela do balão projetado pelos Irmãos Montgolfier, o feito foi assistido pelo rei da

França Luis XVI, pela Rainha Maria Antonieta, Benjamin Franklin e pelo público

parisiense estimado em 300.000 pessoas.

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O vôo durou 25 minutos, enquanto os dois inventores alimentavam a fonte de

calor com palha úmida e lã de carneiro, ao mesmo tempo tentavam se proteger dos

vapores e do mau cheiro da combustão e cuidavam para que nenhuma fagulha

pudesse tudo a perder.

Antes de todos esses acontecimentos uma das mais importantes descobertas

para o mundo dos aerostatos já havia ocorrido: a do hidrogênio ou ar inflamável,

como o chamava aquele que estudou suas propriedades, o físico inglês Henry

Cavendish (nome hidrogênio, só foi inventado anos depois pelo físico francês

Lavoisier). Correspondendo a apenas 1/14 da densidade do ar e de alta

inflamabilidade, o gás era tudo com que os aeronautas sonhavam, o problema era

encontrar um invólucro capaz de reter as pequenas moléculas do elemento.

Então ainda em 1783, o professor e membro da Academia Francesa Jacques

A.Charles descobriu um novo tecido, a base de seda e borracha capaz de conter o

gás. Ele então voou por duas horas e meia a uma altura de mais de 250 metros, por

cerca de 40 km em um balão de gás hidrogênio.

No ano seguinte em 1784 Joseph Montgolfier voava no maior balão tripulado até

então construído, com capacidade de 20.000 m³. Apartir desse ano a conquista dos

céus começara.

Em 1784 também foi registrada a primeira mulher á bordo de um balão, Madame

Thible, passageira de M. Fleurant.

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O primeiro vôo na Inglaterra foi nesse mesmo ano e foi capitaneado pelo italiano

Vicente Lunardi, que ficou no ar durante 1 hora e 40 minutos e foi recebido como

herói pelo Rei George III.

Em 1785 um balão atravessava o Canal da Mancha com o francês Jean-Pierre

Blanchard e o americano John Jeffries á bordo. Blanchard se encarregaria de

divulgar o novo meio de transporte pela Europa.

Oito anos depois o francês Jean Pierre Blanchard vôou pela primeira vez de

balão em território americano, foi na Filadélfia na presença de George Washington.

Em 1786 foi realizado o primeiro vôo noturno de balão, na França de Paris à

Breteuil.

Em 1798 foi realizada a primeira ascenção exclusivamente feminina de balão, por

Mlle. Labrosse e Mlle. Henry em Paris, França.

Em 1850 o francês Giffard tentou acoplar ao seu aparelho um motor com hélices

para impulsioná-lo e torná-lo independente do vento, mas não deu certo.

Em 1867 ocorria o primeiro vôo de balão no Brasil por dois americanos, J. e E. Allen.

Nesse mesmo ano aqui no Brasil um balão foi utilizado na Guerra do Paraguai pelo exército Imperial para observar as linhas paraguaias no dia 24 de junho.

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Em 1870 foi registrado o primeiro serviço postal aéreo, entre Paris e La Província, constituído por 66 balões postais.

Em 1884, o brasileiro Júlio Cezar Ribeiro de Souza (1843-1887) patenteou em Paris o dirigível Victória (subvencionado pela Assembléia de sua província, região que corresponde ao atual Estado do Pará), que vôou contra o vento e em linha reta.

A primeira ascenção do Victória ocorreu em 8 de novembro de 1881. O brasileiro escreveu um livro “Memórias do novo sistema de navegação aérea” que estabeleu as bases da aerodinâmica.

Mais tarde por problemas financeiros não pode continuar seus projetos, mas as leis que descobriu foram aplicadas por Alberto Santos Dumond 20 anos mais tarde,

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na mesma Paris.

Em 1893 Augusto Severo de Albuquerque Maranhão construiu em Paris um dirigível com o nome de "Bartholomeu de Gusmão".

Em 1898 Alberto Santos Dumont (1873-1932) no dia 4 de julho, elevou-se aos céus em um balão, chamado de Brasil com 6 metros de diâmetro, invólucro de seda japonesa envernizada e capacidade de 113 m³ de gás e um peso de apenas 14 quilos.

Em 1900 houve a primeira ascenção de um Zeppelin, dirigível rígido.

Em 1901 na França, Alberto Santos Dumont (1873-1932), com seu dirigível número 3 partiu de Vaugirard e foi em direção ao campo de Marte, já fazendo de tudo e indo aonde queria.

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Com o número 6 deu a volta na Torre Eiffel no dia 19 de outubro do mesmo ano, o que fez com que ganhasse o Prêmio Deutsch de La Meurthe, de 125 mil francos.

Santos Dumond, com seu aprendizado de construção de aeronaves fez vários dirigíveis, até que acabou de construir uma aeronave mais pesada que o ar. A construção por Dumont de um balão de 186 m³ com hélice serviu de base para o famoso 14 BIS.

Não podemos esquecer que Santos Dumond voou primeiro num balão comum, tão livremente como fazem os balonistas atuais.

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PARAQUEDAS

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Um paraquedas é um dispositivo que permite diminuir a velocidade de uma pessoa

na atmosfera usando um arrasto que é criado.

Normalmente um paraquedas é feito de tecido leve e forte de nylon, originalmente

de seda.

Dependendo da situação, paraquedas são usados com uma variedade de cargas,

incluindo as pessoas, alimentos, equipamentos, cápsulas espaciais e bombas.

A palavra "paraquedas" vem do prefixo francês "paracete", originalmente do grego,

significando para proteger contra, e do substantivo "chute", a palavra francesa para

"queda", e foi cunhada originalmente como palavra híbrida, que significava

literalmente "aquele que protege contra uma queda", pelo aeronauta

francêsFrançois Blanchard (1753-1809) em 1785.

HISTÓRIA

A história do paraquedas[

A mais antiga descrição de um

paraquedas de um autor anônimo, British

Museum Add. MSS 34,113, fol. 200v

Segundo a literatura, o paraquedismo

começou na China, há 2000 anos.1

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A primeira tentativa foi a construção de um tipo de guarda-chuva que usavam para

pular de torres e penhascos.

Em 852 d.c. em Córdova, na Andaluzia, um muçulmano chamado Armen Firman,

construiu asas para planar, pulando de uma torre. Armen pousou com pequenos

ferimentos, graças à sustentação que a sua asa lhe conseguiu dar.2

O primeiro indício para o paraquedas no mundo ocidental remonta ao período

da Renascença.

O projeto mais antigo paraquedas aparece em um manuscrito anônimo da década

de 1470 da Itália Renascentista, mostrando um homem livre pendurado segurando

um quadro de barra transversal conectado a uma cobertura cónica.

Como medida de segurança, quatro cintas descem a partir das extremidades das

hastes com um cinto. O design é uma melhoria acentuada em detrimento de outro

folio que retrata um homem que tenta quebrar a força de sua queda por meio de

duas fitas de pano longa presa a duas barras que ele agarra com as mãos.

Embora a área de superfície do desenho do paraquedas parece ser pequeno

demais para oferecer resistência eficaz ao atrito do ar e a base de madeira é

supérfluo e, potencialmente, prejudicando, o caráter revolucionário do novo conceito

é óbvio.

Apenas um pouco mais tarde, um paraquedas mais sofisticado foi esboçado pelo

sábio Leonardo da Vinci datado de 1485.

Aqui, a escala do paraquedas está em uma proporção mais favorável para o peso

do saltador.

A cobertura de Leonardo foi mantida aberta pela uma moldura quadrada de

madeira, que altera a forma do paraquedas de cônica a piramidal.

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Não se sabe se o inventor italiano foi influenciado pelo projeto anterior, mas ele

pode ter aprendido sobre a ideia através da comunicação intensiva oral

entreengenheiros-artistas da época.

A viabilidade do projeto piramidal de Leonardo foi testada com sucesso em 2000

pelo inglês Adrian Nicholas e novamente em 2008 por outro paraquedista.

Segundo o historiador da tecnologia Lynn White, estes projetos cônicos e

piramidais, muito mais elaborados do início saltos artísticos com guarda-sóis rígida

na Ásia, marca a origem de "paraquedas como a conhecemos".

O inventor Fausto Veranzio (1551-1617), da República de Veneza, examinou um

esboço de paraquedas de Da Vinci, e partiu para programar um de seus próprios.

Manteve a moldura quadrada, mas substituiu a cobertura de com um pedaço

saliente de algo semelhante à vela de pano que ele veio a perceber a desacelerar a

queda de forma mais eficaz.

A representação agora famosa de um paraquedas que ele apelidou de Homo

Volans (homem voador) apareceu em seu livro sobre mecânica em 1595, ao lado de

uma série de outros dispositivos e conceitos técnicos.

Em 1617, Veranzio programou o seu projeto e testou o paraquedas, saltando de

uma torre em Veneza.

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Paraquedas modernos[

Meados do Século XVIII e XIX

Louis-Sébastien Lenormand salta da torre do observatório Montpellier, 1783.

Ilustração do final do século XIX

Representação esquemática do paraquedas de Garnerin, de uma ilustração início

do século XIX

O paraquedas moderno foi inventado pelo francês Louis-Sébastien Lenormand, que fez um salto pela primeira vez em público em 1783.

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Lenormand também esboçou o seu dispositivo de antemão.

Dois anos depois, Lenormand inventou a palavra "paraquedas" por hibridação.

Também em 1785, Jean-Pierre Blanchard demonstrou como um meio seguro de

desembarcar de um balão de ar quente.

Enquanto primeiras demonstrações de Blanchard de paraquedas foram realizadas

com um cachorro como o passageiro, mais tarde ele teve a oportunidade de

experimentá-lo nele mesmo em 1793 quando seu balão de ar quente rompeu e ele

usou um paraquedas para escapar.

Um desenvolvimento posterior do paraquedas focado nisso tornando-se mais

compacto.

Enquanto o paraquedas no início era feito de linho esticado sobre uma moldura de

madeira, no final da década de 1790, Blanchard começou a fazer paraquedas de

seda dobrada, aproveitando a força de seda e peso leve. Garnerin também inventou

o paraquedas ventilado, o que melhorou a estabilidade da queda.

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PARAQUEDISMO MILITAR NA PRIMEIRA

GUERRA

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VÉSPERAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL]

Em 1911, um teste bem sucedido foi feito com um boneco na Torre Eiffel, em Paris.

O peso do boneco era de 75 kg, e o peso do paraquedas era 21 kg.

Os cabos entre a marioneta e o paraquedas tinham 9 m de comprimento. No ano

seguinte, Franz Reicheltsaltou da torre demonstrando seu paraquedas, mas faleceu

na queda.

Também no mesmo ano, Grant de Morton deu o seu primeiro salto de paraquedas

de um avião, um Wright Modelo B, em Venice, na Califórnia. O piloto do avião foi

Phil Parmalee.

Paraquedas de Morton era do tipo "jogar fora", onde ocupou a calha em seus braços

quando ele saiu da aeronave.

No mesmo ano, um russo Gleb Kotelnikov inventor inventou o paraquedas-mochila,

embora Hermann Lattemann e sua esposa Käthe Paulus foram saltar com

paraquedas ensacado na última década do século 19.

Em 1912, numa estrada perto de Tsarskoye Selo, São Petersburgo, Kotelnikov

demonstrra com sucesso os efeitos de travagem de paraquedas ao acelerar um

automóvel à velocidade máxima, e em seguida, abrindo um paraquedas anexado ao

banco de trás, assim inventando também o paraquedas que atualmente é usado

para travar veículos a jato.

Štefan Banič, na Eslováquia, inventou o paraquedas usado ativamente, patenteado

em 1913. Em 21 de junho de 1913, Georgia Broadwick tornou-se a primeira mulher

a saltar de paraquedas de uma aeronave em movimento, em Los Angeles.

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PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

O primeiro uso militar para o paraquedas foi para uso de detetores de artilharia

amarrados em balões de observação na Primeira Guerra Mundial.

Estes foram alvos tentadores para os aviões de combate do inimigo, embora difícil

de destruir, devido às suas pesadas defesas antiaéreas.

Porque eles eram difíceis de escapar, e perigoso quando em chamas devido a sua

inflação de hidrogênio, observadores os abandonam e descem de paraquedas, logo

que aeronaves inimigas foram vistos.

A equipe de terra, então, tentar recuperar e desinflar o balão o mais rápido possível.

A parte principal do paraquedas foi em um saco suspenso a partir do balão com o

piloto vestindo apenas um cinto simples na cintura, que foi anexado ao paraquedas

principal.

Quando a equipe do balão saltou a parte principal do paraquedas foi retirado do

saco de aproveitar a tripulação da cintura, primeiro as linhas de mortalha, seguido

do velame principal.

Este tipo de paraquedas foi adotado pela primeira vez em larga escala pelos

alemães para as suas tripulações balão de observação, e depois pelo. Britânicos e

franceses para as suas tripulações balão de observação.

Embora este tipo de unidade funcionasse bem de balões tinha resultados mistos

quando usado em aeronaves de asa fixa pelos alemães onde o saco foi

armazenado em um compartimento atrás do piloto.

Em muitos casos em que não funcionaram as linhas mortalha tornou-se enredado

com a aeronave girando. Embora um número de famosos pilotos de caça alemães

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tivessem sido salvos por esse tipo de paraquedas, incluindo Hermann Göring, sem

paraquedas foram emitidos para aliados "mais pesado que o ar" da tripulação, já

que foi pensado na altura que, se um piloto tinha um paraquedas, ele iria saltar do

avião, quando bateu em vez de tentar salvar o avião.

Como resultado, o piloto de um avião com deficiência só tinha três opções:. Tente

montar a sua máquina para o solo, muitas vezes queimadas vivas com ele, salto de

vários milhares de pés, ou cometer suicídio utilizando um revólver padrão emitido.

Evolução]

Paraquedista dos Marines com um paraquedas militar.

Com a formação de unidades especializadas em salto (paraquedistas) a Força

Aérea de quase todos os países dispõe assim de uma possibilidade de colocar

tropas no solo a partir do céu, possibilitando-as de serem transportadas mais

rapidamente.

Com novas opções de utilização do paraquedismo, começaram a aparecer várias

modalidades desportivas, e o paraquedas evoluiu em vários sentidos: de abertura

automática (tipicamente para uso militar)

Tipos de paraquedas

Militares a usar o paraquedas de abertura automática, lançados a partir de

um Hércules C-130.

Abertura automática

Este tipo de paraquedas está preparado para ser engatilhado por um gancho que,

amarrado a um cabo resistente, irá abrir o paraquedas depois do salto com a tensão

no cabo resultante do afastamento do paraquedista em relação ao avião. Este tipo

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de paraquedas permite, assim, saltos de baixa altitude, já que o paraquedas é

aberto quase instantaneamente.

Este tipo não é muito manobrável e é utilizado especialmente para a largada de

militares em alvos bem específicos.

Para uma maior segurança do paraquedista, existe um dispositivo de abertura

automática do paraquedas (DAA ou Automatic Activation Device - AAD em inglês),

existindo em diversos modelos (Cypress, FXC e Vigil entre outros) de diferentes

fabricantes. É um altímetrodigital e velocímetro que, em queda livre, estabelece uma

relação entre altitude e velocidade e estipula uma altura mínima para abertura do

paraquedas, ou seja, se por acaso o paraquedista enfrentar problemas no salto, tal

como desmaios ou um Twist muito intenso, ao chegar a altitude pré-determinada o

paraquedas reserva é acionado automaticamente.

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ASSALTO AEROTERRESTRE

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ASSALTO AEROTERRESTRE

Esta ideologia de operações aeroterrestres foi praticada inicialmente

pelos soviéticos, mas foram os alemães que colocaram em pratica.

O desenvolvimento das aeronaves, planadores e dos pára-quedas

fizeram o sonho do assalto aéreo, ou operações aeroterrestres, se

tornarem uma realidade.

As táticas variavam de uma nação para outra e nos teatros de

operação. Inicialmente era esperado o uso apenas em incursões devido

a limitação das aeronaves e dificuldade de comando & controle e

logística de grandes operações.

Operações de reconhecimento de longo alcance era uma opção

estudada mas na época não havia bons radio leves de longo alcance.

A opções de uso se tornaram mais ambiciosas com uso de tropas em

nível de batalhão para tomar pontos chaves com pontes,

entroncamentos, bases áreas para apoiar o avanço e atrapalhar o

reforço inimigo.

Os aliados atuaram assim na Europa em uma grande frente.

Operações desta escala deveriam durar 3-5 dias e atuar de forma

independente.

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Usariam apoio aéreo aproximado no lugar de artilharia.

O Alemães atuaram assim na Noruega e Creta para tomar bases aéreas

até o chegar reforços.

Os aliados realizaram este tipo de missão no Pacífico em Nadzab em

1943.

O assalto no forte de Eben Emael foi uma das melhores operações do

tipo e todas as operações na Segunda Guerra tiveram sucesso e incluía

o uso de aerobarcos em assaltos com pouso em rios.

O Reino Unido realizou incursões com tropas pára-quedistas na França

com sucesso.

Os russos usaram unidades maiores em operações na Finlândia

também com sucesso.

A experiência pratica mostrou que as tropas do tipo Comandos eram

melhores para realizar incursões enquanto os pára-quedistas eram

melhores para operações decisivas de larga escala com tamanho de

pelo menos um batalhão para tomar objetivos chaves até chegada de

tropas convencionais.

Tropas em pequeno número não podem cumprir estas missões que

precisam de muito poder de fogo.

Os alemães estudaram vários conceitos de uso de pára-quedistas. Um

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era atuar atrás das linhas, "cortando a cabeça para enfraquecer o

corpo".

Esta doutrina foi usada na Holanda e Dinamarca em 1940 com sucesso.

Na função de seqüestro foi usado com Mussolini e contra Tito.

Foi pensado no uso de pára-quedistas para tomar objetivos chave como

pontes para as unidades Panzer passar antes de serem demolidas.

Foi usado na Holanda, Bélgica e com sucesso parcial na Grécia.

A quarta doutrina seria tomar bases para uso da Luftwaffe para

aumentar o alcance e levar tropas para aumentar a cabeça de ponte

aérea.

Foi usado na Noruega, Dinamarca, Holanda e Creta.

Outra função seria criar uma frente não esperada pelo inimigo sendo

usada em Creta mas os aliados sabiam onde e como seria esta

operação.

Os aliados aplicaram esta última doutrina na Normandia.

Os russos dividem as missões aerotransportadas em profundidade e

importância do objetivo.

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As operações estratégicas ocorrem a mais de 500km, para

demonstração de força, atacar centros políticos e industriais, portos,

bases aéreas ou isolar um membro de coalizão.

As operacionais ocorrem a até 50km como liberação nuclear, atacar

quartéis, pontes, desfiladeiros e bloquear a fuga inimiga.

As operações especiais ocorrem entre 50 a 500km como liberação

nuclear, demonstração de força, fogo premeditado e apreensão de

meios.

O uso de tropas aerotransportadas tem muita vantagens.

Pode ultrapassar rápido a frente de batalha podendo ser posicionado

em áreas não acessíveis por terra; pode atravessar obstáculos como

rios e até oceanos; podem evadir fortificações para prevenir ataque de

uma direção especifica; tem capacidade de profundidade, velocidade e

surpresa, principalmente operando na retaguarda que é difícil de

defender.

A retaguarda inimiga tem uma grande área, com as tropas dispersas,

com tropas de reserva menos treinadas, pouca defesa aérea, e as

forças de reação são poucas, com muitas oportunidades de explorar

fraquezas do inimigo.

O inimigo fica sempre forçado a espalhar suas defesas para proteger

áreas normalmente seguras pela geografia.

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A ameaça de um assalto aéreo tem efeito devastador no inimigo

levando a dispersão de defesas na retaguarda e aliviando as tropas de

frente, já sendo uma justificativa para a sua existência.

É a vantagem de poder ser inseridas atrás das linhas em qualquer lugar

e sem muito aviso.

O tamanho da formação é limitado apenas pelo núumero e tamanho das

aeronaves.

Uma unidade pára-quedista pode aparecer em qualquer lugar em

minutos (envolvimento vertical).

Um cargueiro C-17 auxiliado por reabastecimento em vôo permite atingir

qualquer lugar do mundo.

As tropas aerotransportadas podem ser usadas na defesa para reforçar,

realizar ataques divisionários em uma operação maior, inquietação de

retaguarda e ajudar em um contra-ataque.

Os britânicos citam a opção de reforçar o sucesso ao invés de só apoiar

tropas com problemas.

As operações pára-quedistas têm muitos pontos negativos.

As tropas ficam muito vulneráveis quando estão descendo; depois do

pouso ainda estão muito desorganizadas levando tempo para se

reagruparem; só tem mobilidade a pé após o salto apesar de serem

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muito móveis no ar; para apoio de fogo praticamente só tem o apoio

aéreo aproximado e é difícil de serem reforçadas ou ressupridas.

Atuando junto com operações terrestres as operações

aerotransportadas são muito difíceis de coordenar com o avanço pois

precisam de muito planejamento antecipado.

A necessidade da missão pode deixar de existir antes de ficar pronta

para ser levada adiante.

As tropas aerotransportadas podem ser apoiadas pelo ar com apoio

aéreo, reforço e munição. Isto é importante pois a duração e

profundidade da ação são outra limitação dos pára-quedistas.

Os pára-quedistas não levam suprimentos e equipamentos para

operações de combate prolongadas, usando a cabeça ponte aérea para

receber reforços e realizar a ocupação de longo termo.

As aeronaves atuais são muito mais capazes podendo lançar cargas

mais pesadas como canhões, veículos, suprimentos e blindados

superando os problemas das primeira aeronaves usadas nas operações

aeroterrestres.

As tropas pára-quedistas são pouco capazes em mobilidade e poder de

fogo e tem muito pouca capacidade contra uma divisão blindada.

São poucas as armas para esta contingência, mas é um problema para

toda divisão de infantaria leve.

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Desde a Segunda Guerra Mundial que as tropas pára-quedistas tem

melhor valor quando usadas contra um inimigo já debilitado ou

operações periféricas.

Os alemães só tiveram sucesso com pára-quedistas na Holanda e

Bélgica em 1940. Depois falharam ou sem impacto decisivo.

O sucesso inicial foi contra inimigos fracos ou sem interesse.

Em Arnhein os britânicos fracassaram devido a presença de uma

divisão Panzer no local que não era conhecida.

As forças pára-quedistas russas, ou VDV (Vozdushno-Desantnye

Vojska), foram pensadas para a função de operações em profundidade

como tomar uma cabeça de ponte aérea para a chegada de uma coluna

mecanizada.

Na realidade não se esperava que realizessem este tipo de missão em

um cenário como o da Guerra Fria.

A VDV é pensada mais guerra fora da Europa e não contra a OTAN.

Em 1968 tomaram o aeroporto na Tchecoslováquia e sua liderança

local.

Em 1979 foram a força de frente na invasão do Afeganistão e depois

eram o eram centro da força antiguerrilha local.

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Os problemas internos na Rússia também eram resolvidos com a VDV

se as forças locais não derem conta.

Como outras unidades de infantaria leve a VDV era pensada para

conflito de baixa intensidade.

As tropas de assalto aéreo russas VDV é uma força semi-independente

do Exército Russo. Atualmente são cinco divisões pára-quedistas e oito

brigadas de assalto aéreo.

São formadas pelos recrutas de melhor desempenho em termos de

preparo físico e liderança.

O tamanho das unidades é menor que as forças motorizadas ou

blindadas e mais parecidas com as tropas mecanizadas americanas.

São tropas de infantaria leve, capazes de operar como força

mecanizadas com seus BMD.

Poucas nações que tem unidades pára-quedistas esperam usar em

assalto aeroterrestre, mas para cumprir missões que outras unidades

não conseguem realizar como citado anteriormente.

Os pára-quedistas são questionados como um tipo de tropa absoleta

com o aparecimento do helicóptero, mas ainda tem a capacidade de

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voar meio mundo e nem precisa de bases avançadas frente de

combate.

Os EUA passaram a usar suas tropas pára-quedistas como força de

resposta rápida, apoio a ONU, e conflitos de média e baixa intensidade.

As tropas blindadas e mecanizadas se concentram em conflitos de alta

intensidade.

TÁTICAS

As tropas aerotransportadas devem ser muito bem treinadas, bem

equipadas e bem lideradas. Os alemães treinavam muito a iniciativa e

trabalho em equipe. A iniciativa era necessária pois podem estar

espalhados e provavelmente superados e devem se juntar para não

serem massacrados.

O treinamento físico era necessário para ter velocidade e conseguir

sustentar a luta até o reforço chegar.

As missões dependem de muito planejamento e inteligência do objetivo,

terreno, inimigo e meteorologia.

A força deve ter superioridade local pelo menos, e depois devem ter

garantia de receber ressuprimento, reforço e apoio aéreo aproximado.

Uma operação aeromóvel (helicópteros) ou aeroterrestre (pára-

quedista) de vulto sempre exige a superioridade aérea no local e no

itinerário.

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As tropas alemães eram brifadas sobre todas as características da

missão para poder continuar a missão se o líder for morto ou ferido.

A mentalidade do "need to know" ocidental leva a tropa a esperar se o

líder for morto e perdem a vontade de lutar.

Os alemães ficam mais ligados a missão que a unidade. Não se

importam se ficam isolados ou se algo der errado.

Os oficiais não consideram um problemas se as tropas pensam por si

ou se desobedecem ordens. A mentalidade do "need to know" favorecia

os prisioneiros americanos que não sabiam informar nada.

A execução do salto é complicada.

Precisa de treino, ensaio, saltos de pratica, coordenação com transporte

aéreo, planejamento de rota, coleta de inteligência, seleção da zona de

desembarque e área de reagrupar, planos táticos, preparação do

equipamento, movimento para o aeroporto, meios de despistamento,

estudo da meteorologia, atualização constante do plano, e

carregamento nas aeronaves.

Geralmente estes passos são os mesmo desde pequena até grandes

unidades.

A meteorologia é importante pois um nevoeiro não deixa encontrar a

zona de salto e com ventos acima de 25km/h não é seguro saltar.

Ventos a grande altitude atrapalhava a navegação da aeronave.

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Os pára-quedistas usam a surpresa para conseguir superioridade local

e temporária sendo muito necessária por só terem armamento leve.

Conseguir surpresa é relativamente fácil com as tropas pára-quedistas

pois o inimigo não tem condições de proteger todos os alvos em

potencial ou ter reservas móveis para contra-ataque.

Despistamento pode ser feito com ataque em alvo próximo por

aeronaves de ataque. As operações alemãs em 1940 tiveram sucesso

mais devido a surpresa pois as tropas estavam muito espalhadas ou

muito fracas.

Onde a oposição estava alerta tiveram muitas baixas e com sucesso

marginal.

O mau tempo atrapalhou mas só podiam rezar a respeito.

As aeronaves de transporte têm que voar próximas para não dispersar

as tropas e facilitar a navegação.

O lançamento tem que ser feito em uma velocidade e altitude correta.

O tipo de formação vai depender do tamanho da zona de salto. Na

formação em "V" fica fácil não atingir avião do lado que fica 15 metros

mais alto quando mais próxima.

Os alemães lançavam seus pára-quedistas a cerca de 90 metros para

ficar pouco tempo no ar.

Page 32: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

32

Com uma aeronave voando a 6 metros por segundo e com um salto a

cada segundo, os pára-quedistas ficavam 15m separados no ar.

Um grupo de combate de12 tropas ficava separado em uma faixa de

200 metros ao chegar no solo.

No assalto ao canal de Suez em 1956 os Noratlas franceses permitiam

lançar 17 pára-quedistas em dez segundos ficando dispersos em

800metros enquanto os Hastings britânicos levava vinte segundos para

lançar quinze tropas e dispersos no dobro da distância.

O salto a baixa altitude e abertura a baixa atitude (LALO - Low Altitude

Low Opening) e o salto enganchado convencional (Low Level Static

Line - LLSL ou MAMO - Medium Altitude Medium-Open) são realizados

entre 250-400 metros.

O pára-quedas abre logo após o salto automaticamente. A aeronave

voa em uma altitude vulnerável ao radar e a maioria das armas no

MAMO.

O método Low Altitude Low Opening ou LALO é muito perigoso com o

salto sendo realizado a cerca de 160-200 metros. É uma variação do

MAMO mas com a aeronave voando mais baixo.

Não é possível usar o pára-quedas reserva se o principal falhar.

Page 33: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

33

O LALO é usado em locais onde as defesas locais são intensas com

risco da aeronave e dos pára-quedistas serem atingidos.

Novos pára-quedas tipo Low Level Parachute permite salto enganchado

a 85 metros.

O lançamento operacional é feito geralmente entre 150-200 metros para

diminuir a exposição e dispersão.

As tropas no solo são proibidas de disparar contra os pára-quedistas no

ar, mas caem relativamente rápido e são um alvo pequeno e móvel

difícil de acertar.

As baixas são relativamente poucas. Levam cerca de 20-30s para cair

de uma altitude de 150-200m. A maior preocupação são arvores, fios de

alta tensão e prédios.

As tropas recebem flutuadores para o caso de caírem em água

profunda.

A zona de salto é ditada pelo alto comando com o planejamento no

objetivo feito pela unidade, mas coordenado com o avanço da tropa em

terra em avanço.

Os pára-quedistas não podem explodir qualquer ponte que depois deve

ser usada pelas forças amigas.

Page 34: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

34

A escolha da zona de salto depende do tamanho das áreas disponíveis,

obstáculos no local, proximidade do inimigo, defesas e bases aéreas

próximas, proximidade com cidades, facilidade de identificação,

distância do objetivo, proximidade de cobertura e proteção, áreas para

reagrupar, estradas que podem ser usadas por forças em terra.

O alvo pode ser atacado diretamente (overhead assault) ou com os

pára-quedistas sendo lançados próximos e atacam por terra.

A distância do objetivo, obstáculos e terreno são importante pois as

tropas pára-quedistas avançam a pé após o salto.

As vezes é melhor saltar direto no alvo, mas geralmente é feito em

incursões contra alvos pouco defendidos.

Próximo do alvo e fora do alcance das armas leves é mais desejado.

A experiência de saltos longe do alvo sempre leva o inimigo a bloquear

o avanço ou atrasando a operação.

As vezes é melhor ter perdas maiores perto do alvo que saltar longe do

alvo.

No chão as tropas se juntam e seguem qualquer oficial. Não há tempo

para se organizar e por isso devem saber o objetivo próprio e dos outros

de cor.

Page 35: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

35

Os postos de comando na Alemanha era ditada mais pela capacidade

que pelo tempo pois os alemães sempre consideravam na possibilidade

dos oficiais serem feridos e substituídos por outros.

Os comandantes também ficam bem na frente de batalha pois não há

retaguarda.

No assalto a ilha de Creta os alemães usaram o conceito de "ink spot"

lançando pequenas unidades do tamanho de pelotão, compania ou

batalhão em uma grande área para tomar vários objetivos ao mesmo

tempo, ao contrario das tropas convencionais que sempre concentram

unidades.

Funcionou na Holanda e Bélgica onde havia pouca oposição.

Primeiro foi pensado em concentrar o assalto na capital e garantir

reforço e concentrando o apoio aéreo aproximado, depois varrendo o

resto da ilha, mas os britânicos podiam retomar a outra ponta da ilha e

reconquistar.

Na Normandia os pára-quedistas foram lançados primeiro para cobrir os

flancos e tomar pontes para evitar reforços e deixar as tropas amigas

avançarem.

As tropas ficaram muito dispersas e não cumpriram todos os objetivos,

mas criou muita confusão nos alemães.

Page 36: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

36

Achavam que era um ataque divisionário ou tropas muito superiores por

estarem espelhadas em uma grande área.

Uma lição dos ataques a Normandia e Sicília é que ao invés de atacar

tudo que encontra, principalmente forças superiores, as tropas podem ir

para um objetivo pré-planejado e encontrar companheiros para

completar um objetivo principal ao invés de ter perdas com alvos sem

sentido, mas com opção de pequenos grupos atacar tropas pequenas,

cortar cabos telefônicos, e emboscar mensageiros para atrapalhar as

comunicações.

Os saltos podem ser noturnos ou diurnos. Na Segunda Guerra Mundial

os saltos noturnos mostraram ser problemáticos.

Em 1940 uma aeronave podia se desviar 7km a cada 100km de vôo

durante a noite.

A precisão era mais importante que a segurança que a noite oferecia

contra a artilharia antiaérea e as baixas são maiores quando as tropas

atingem o solo.

As tropas também se reagrupam mais facilmente.

O risco de lançamento diurno mostrou ser menos arriscado, sendo mais

fácil localizar a zona de salto e evitar acidentes com os planadores.

Um salto no sul da França foi diurno com 90% das tropas caindo no

objetivo contra poucos na Normandia.

Page 37: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

37

A operação Market Garden também teve sucesso por ser de dia, mas

uma Divisão Panzer estava no meio do caminho entre as tropas de

reforço e os pára-quedistas.

Por outro lado o ataque noturno na Normandia atrapalhou a linha de

comando alemã e fez pensarem que era uma força muito mais

numerosa que o real.

As incursões continuaram sendo a noite, mas os saltos de grandes

formações passou a ser só de dia.

Atualmente o GPS e os óculos de visão noturna tornaram o salto

noturno a melhor opção a não ser que seja realmente desnecessário.

Os japoneses só saltavam de dia.

Após o salto na Sicília os EUA e Reino Unido criaram os precursores

para marcar as zonas de salto.

Eram lançados por pilotos muito bem treinados em navegação para

lançar no local certo. O salto em Creta mostrou que o reconhecimento

da zona de salto também era muito importante. Os alemães saltavam

sempre "cegos" sem o uso de precursores.

Page 38: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

38

Uma equipe de Combat Controller Team (CCT) fazendo aquisição de

alvos para aeronaves de combate que é outra função dos precursores.

As táticas de engajamento são iguais as da infantaria comum quando

chegam ao chão, mas os pára-quedistas compensam a falta de armas

pesadas de apoio com agressividade.

Sempre esperam lutar contra forças superiores e cercadas.

Sempre se preocupam com os flancos e retaguarda mais que a

infantaria comum com as tropas de reservas e posto de comando

cuidando da retaguarda e flancos.

Page 39: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

39

Apos atingir um objeto as tropas se deslocam para outro ou preparam

defesas até chegar tropas convencionais de reforço.

As vezes fazem patrulhas agressivas como meio de defesa.

As operações aeroterrestres têm algumas regras para funcionar direito.

As operações precisam de reforço rápido, pelo ar, terra ou mar.

O salto em Creta quase falhou pois o reforço pelo mar não chegou pois

lutaram contra força muito superior, estimada ser inferior.

A operação Market Garden falho por isso. Logo foi observado a

necessidade de uma artilharia pára-quedista.

Com baixas de 20% só em mortos em Creta os alemães só realizaram

seis operações pequenas de incursões com no máximo um batalhão.

Os Aliados tiveram conclusões contrárias e prepararam saltos maiores

como o Dia D.

As operações aeroterrestres geralmente dão certo e quando bem

empregadas e são muito eficientes, com as falhas relacionadas com

inteligência insuficiente, como inimigo mais forte que o esperado, ou

sem conseguir surpresa, mau tempo, navegação ruim, e falha nos

rádios.

O uso de pára-quedas pode ser custoso em perdas, e duvidoso com a

opção de usar helicópteros.

Page 40: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

40

As vezes é usado apenas como rito de passagem ou símbolo de

prestigio.

A Divisão pára-quedista alemã sabe que nunca vai ser usada nesta

função sendo apenas uma unidade anti-blindada transportada por

helicópteros.

Salta mais para operações independente de pequenas unidades.

O risco de morte nos saltos de pára-quedas é de cerca de 1% e de

ferimento de 4%. O risco é pior a noite, pouso em florestas e montanha.

Na selva é levada uma corda extra para descer das árvores e roupa

especial para evitar ferimento.

Na invasão da ilha de Creta os britânicos descobriram o plano e tinham

tropas esperando nas zonas de alto.

Mesmo assim os alemães conseguiram vitória mas as grandes perda

inibiu operações semelhantes pelos alemães pensando que os aliados

sabiam como se defender, mas não pelos aliados que se

impressionaram com o feito e não sabiam das grandes baixas (mas

sabiam o motivo das baixas), estimulando o desenvolvimento de

grandes forças de tropas pára-quedistas e planadores.

Na Segunda Guerra Mundial os pára-quedistas deveriam ser retirados

de combate depois de atingir seus objetivos, ou ser substituídos por

tropas convencionais, e se preparar para outras missões.

Page 41: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

41

Porém, esta regra raramente era seguida, com as tropas continuando a

campanha como uma unidade convencional.

Por isso passaram a ter armas e equipamentos de infantaria comum

incluindo blindados, e até atuam como força anfíbia.

Depois da Normandia os pára-quedistas americanos passaram a

realizar missões secundárias como tomar aeroportos, ataques

diversionários, reforçar tropas cercadas ou em perigo, tomar ilhas não

acessíveis por outros meios e dispersar tropas inimigas pela presença.

Os pilotos das aeronaves de transporte devem ser muito bem treinados

para operações aeroterrestres (lançamento de tropas e suprimentos).

É a mesma dificuldade das aeronaves de ataque, mas operam em

aeronaves bem maiores e mais lentas.

Page 42: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

42

Os primeiros pára-quedas eram brancos e chamavam a atenção de

aeronaves no ar, dando indicação do tamanho das tropas ou atacavam

o local.

Passaram a ser verde ou mais escuros. Os pára-quedas brancos ainda

são usados em treinamento.

Outras cores são usadas para identificar lançamento de cargas como

armas e suprimentos.

Os pára-quedas redondos são difíceis de controlar enquanto os

retangulares tipo "ram-ar" são muito manobráveis, mas os

convencionais são mantidos pois não se quer que as tropas se

espalhem ainda mais.

Page 43: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

43

ARMAS E EQUIPAMENTOS

As armas das tropas pára-quedistas tem que ser leves, mas para uma

força pequena não compensa desenvolver uma arma própria.

Geralmente são modificações como cano mais curto e/ou coronha

dobrável.

As armas pesadas são desmontadas e as vezes são difíceis de

remontar e danificadas facilmente.

As peças ficam dispersas e podem ser difíceis de encontrar.

As tropas pára-quedistas são muito móveis no ar, mas lentas em terra.

Levam mais carga que a infantaria convencional e não tem cauda

logística nem unidade de transporte orgânica, sendo inadequadas para

operações convencionais.

São unidades menores, menos armadas, com menos apoio de fogo e

menos equipamentos de transporte.

Como as unidades se movem rapidamente os rádios tem que ser leves

para enviar a posição continuamente ao posto de comando.

A operação Market-Garden teve vários problemas devido a falha dos

rádios durante o salto que se quebraram. Os alemães foram os

primeiros a equipar a infantaria com rádio.

Page 44: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

44

Antes só equipavam os blindados. Isto facilitou que a infantaria

acompanhasse os blindados e podiam chamar artilharia em 15-20

minutos.

Os blindados das tropas pára-quedistas estão disponíveis sempre em

pequeno número e por isso são de uso discutível.

Custa caro desenvolver um blindado leve que vai ser produzido em

pequena quantidade.

Exemplos de veículos modernos lançados do ar são o M-113

americano, o BMD russo, o Wiesel 1 alemão e o Bv206 sueco, usados

pelas unidades aeroterrestres mecanizadas para dar mobilidade no

solo.

O país que mais usa blindados nas tropas pára-quedistas são os

russos. Os pára-quedistas russos iniciaram suas operações com o ASU-

76 e depois o ASU-57 na década de 1950.

Cada regimento pára-quedista tinha nove blindados. Durante o salto

usavam retrofoguetes para desacelerar no fim da queda que era

iniciado por contato com sonda.

O ASU-85 era um caça-carros que entrou em serviço em 1960. Era

lançado de aeronaves AN-12.

Page 45: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

45

Depois surgiu o transporte blindado BMD em 1970 que era uma versão

leve do BMP e passou a equipar todas as divisões pára-quedistas com

320 blindados BMD cada.

O BMD tomou o lugar do ASU-57. Era muito apertado, tinha um canhão

automático de 73mm de baixa pressão com 40 tiros e dois mísseis AT-3

acima do canhão. O BMD dava muitos problemas mecânicos.

Já o BMD-1M da década de 1980 tinha um canhão de 30mm e lança

mísseis AT-4 (não é o lança foguete AT-4) e pode ser levado pelo

helicóptero pesado Mi-6 e Mi-26.

Cada Divisão de Assalto Aéreo Mecanizada russa tinha 6.500 homens e

precisa de 639 saídas de aeronaves IL-76, sendo que apenas 60% era

para lançar as tropas e o resto para lançar 17 blindados BMD e outros

oito blindados e veículos motorizados.

Os pára-quedistas russos podem operar sem equipamento pesado em

algumas situações.

A divisão tinha duas Brigadas com 4 batalhão cada, sendo que apenas

dois batalhões eram equipados com o BMD.

Além de pára-quedistas podiam ser transportados de helicópteros

sendo necessário 40 saídas de Mi-8 e 125 de Mi-6 ou Mi-26 para

transportar cada batalhão.

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46

Sem usar blindados precisa de 75 saídas de Mi-8 e 35 de Mi-26.

Um lançamento de um BMD chinês a partir de um IL-76.

Page 47: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

47

OPERAÇÕES

Os pára-quedistas britânicos, ou PARAs, foram criados na Segunda

Guerra Mundial e iniciaram suas operações com pequenas incursões.

A incursão contra o aqueduto de Trajano na Itália em 1941 foi realizada

por seis bombardeiros Whitley com exfiltração planejada por submarino.

As tropas levariam quatro dias a pé para cruzar a distância de 80km no

terreno montanhoso até a praia.

Todos foram detectados por civis e capturados. Mesmo se

conseguissem chegar a praia não encontrariam o submarino que fugiu

após uma aeronave cair próximo.

O efeito militar foi pequeno, mas efeito moral foi alto, e baixou o moral

dos italianos.

Na incursão a estação de radar em Bruneval em 1942 por uma

compania dos Paras tinham a missão de desmantelar um radar e levar

de volta ao Reino Unido.

A Royan Navy faria a extração com a RAF dando cobertura.

Page 48: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

48

A operação obteve sucesso levando partes e fotografando o resto. Um

"stick" pousou 2km fora do alvo o que mostrou a necessidade de

navegação precisa.

Na incursão contra a hidroelétrica de Norsk na Noruega em 1942, 30

sapadores foram lançados de planadores.

Dois planadores caíram ferindo a maioria e não tiveram sucesso.

Nesta missão usaram um beacon solo pela primeira vez plantado por

colaboradores locais.

Na Operação Husky na Sicília foram usadas quatro unidades em um

pouso noturno com tropas britânicas e americanas.

O vento desviou as aeronaves da rota e muitas tropas ficaram

espelhadas.

Metade tropas não atingiu o ponto de encontro.

Os planadores britânicos tiveram mais sucesso.

Depois mais 5 mil tropas foram lançadas para reforçar a cabeça de

praia após um contra-ataque alemão.

A operação Market-Garden em 1944 teve o lançamento de 35 mil tropas

pára-quedistas lançados 150 km atrás das linhas para capturar pontes

na Holanda.

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49

A operação foi mal planejada e mal executada, com planejamento muito

rápido.

O salto foi diurno com pouca oposição inicial.

Não sabiam da presença de uma Divisão Panzer no local que levou ao

fracasso da missão.

Depois da Segunda Guerra Mundial foi cobrado que todos os oficiais do

US Army fossem qualificado em pára-quedismo.

Queriam até que todas as Divisões fossem pára-quedistas, mas era

impraticável.

Em 1954 a vila de Diem Bien Phu no Vietnã foi tomada por um assalto

pára-quedistas por três batalhões de franceses.

Depois foi reforçado com 16 mil tropas que seriam apoiadas por ar com

reforço, suprimentos e apoio aéreo aproximado.

Ho Chi Min entrou no jogo enviando 50 mil tropas para cercar o local.

Era o que os franceses queriam concentrando as forças inimigas em

uma grande batalha.

O problema é que os vietnamitas conseguiram transportar artilharia na

selva e colocar ao redor.

Page 50: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

50

Destruíram as pistas e posições francesas mal preparadas para esta

ameaça.

Os franceses acabaram vencidos.

Preparo para o saldo de pára-quedistas franceses a partir de um C-160.

Em 1956 a brigada pára-quedistas israelense 202 saltou no Passo de

Mitla com 16 Dakota lançando 356 pára-quedistas.

O resto da Brigada chegou ao local por terra.

O objetivo era cortar um dos pontos de avanço das tropas Egípcias e

evitar que comandos inimigos tomassem o local.

A Guerra do Vietnã variou de guerra de guerrilha a combates

convencionais de alta intensidade, luta por cidades, e combates multi-

divisão.

Page 51: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

51

A 82a Divisão Pára-quedistas foi deslocada para o país atuando na

maioria das vezes como tropas convencionais atuando como força de

resposta rápida após contato de outras tropas com o inimigo e

emboscadas com grupos de combate e pelotão.

Outras subunidades faziam reconhecimento e ação direta.

Os pára-quedistas mostraram ser agressivos, e pela natureza das

operações, com altas perdas por isso.

Realizaram um salto operacional, mas algumas fontes citam que foi

mesmo para falar que fizeram, pois podiam ir de helicópteros, apesar de

poucos disponíveis.

A Divisão responde que os helicópteros estavam ajudando outro

batalhão e a velocidade era necessária para cercar o inimigo.

O salto foi na operação Juncion City em 1967 com 20 C-130 lançando

845 pára-quedistas.

Outro salto operacional foi realizado com mais de oito batalhões.

O pára-quedas é o principal método de inserção dos Ranger.

Seus membros têm que saltar pelo menos a cada três meses.

Page 52: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

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As unidades ficam espalhadas em várias aeronaves. Depois se

reagrupam em local determinado. Se uma aeronave for derrubada a

missão não é comprometida.

Ao chegarem ao chão leva cerca de 30 minutos até as tropas se

reagruparem e iniciar o movimento até o alvo.

As mochilas dos Rangers são mais pesadas que a das tropas pára-

quedistas e saltam das duas portas dos C-130 (técnica shotgun).

Se pousar em cima de arvore o Ranger só tem granadas para se

defender pois as armas ficam em containers separados.

O mestre de salto é responsável por brifar sobre a zona de

desembarque (DZ), vento etc.

Em 1983, durante a invasão da ilha de Granada, os Rangers foram

destacados para tomar o aeroporto de Point Salinas no sul da ilha.

Os Seals não conseguiram fazer reconhecimento da pista de pouso e

das defesas para saber se era possível um pouso de assalto.

Um AC-130 fez reconhecimento e percebeu que a pista estava

bloqueada.

Apenas uma compania iria saltar de pára-quedas, mas acabou que

todos saltaram.

Page 53: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

53

Os 250 Rangers, que levavam apenas água e munições, estavam

espalhados em 10 MC-130 apoiados por três AC-130 Spectre.

Os AC-130 limparam as defesas que eram maiores que os esperado.

Os canhões antiaéreos no local estavam em posição elevada e como

não podiam atirar para baixo, ou a 200 metros no local, o lançamento

seria então a 150 metros de altura.

Em um lançamento a baixíssima altitude nem adiantaria levar o pára-

quedas reserva.

No preparo da missão era esperado tempo bom e pouca oposição.

Tiveram que tirar o pára-quedas, depois recolocar o que atrasou o salto,

que deveria ser noturno mas acabou sendo diurno.

A zona de salto era ruim por ser estreita e com água dos dois lados,

além do vento estar forte.

Mesmo assim apenas um Ranger quebrou a perna e outro caiu na água

e salvou o equipamento.

Depois do salto usaram buldozers para limpar a pista. Snipers

mantinham os morteiros inimigos abaixados a 600-1000m.

A pista foi usada depois pelos MC-130 para deixar Jeeps e pegar

feridos.

Page 54: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

54

Os Rangers tiveram mais oportunidades de realizar saltos de combate

na invasão do Panamá em 1989.

Dois batalhões formam lançados próximos a base panamenha de Rio

Rato.

Foram levados em 15 C-130 e lançados a menos de 200m a noite

sofrendo 35 baixas por ferimentos no salto devido ao vento forte.

Os primeiros C-130 tinham 65 Rangers em cada aeronave e por isso

nem tinham espaço para ir no banheiro na viagem de sete horas até o

salto.

Junto foram levados quatro Jeeps e quatro motos.

Apenas duas aeronaves não foram atingidas por fogo antiaéreo leve.

Nos treinamentos o salto é realizado a cerca de 400m mas pode chegar

a 200m.

Os Rangers foram apoiados por helicópteros AH-6, AH-64 e aeronaves

AC-130. Blindados CG-150 que estavam próximos foram logo

destruídos com LAW.

Um Ranger foi arrastado por um caminhão que fugiu e agarrou seu

pára-quedas. Foi parado com um LAW a 150m.

Page 55: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

55

O comandante do regimento foi responsável por cortar a energia da

base ao cair em cima das linhas de energia sem se ferir, mas no meio

da base inimiga.

Para abrir a porta de uma das casas de praia de Noriega também

usaram um LAW.

Outro batalhão Ranger (Terceiro Batalhão), durante a invasão do

Panamá, tomou a base aérea de Tocumen para desembarque posterior

da 82a Divisão.

Tiveram apoio de helicópteros AH-64 e aeronaves AC-130.

O salto dos 700 Rangers foi a menos de 200 metros com 19 feridos por

atingir a pista dura.

Junto foram lançados 12 Jeeps e 12 motos.

Um batalhão costuma ter 2-3 feridos a noite com equipamento completo

durante os treinamentos.

Já a 82a Divisão tomou a base aérea de Torrijos com 2200 pára-

quedistas levados por 20 aeronaves C-141 junto com o lançamento de

oito carros de combate leve Sheridan. Foram 50 feridos no salto.

Depois receberam helicópteros UH-60 para realizar assalto aéreo pelo

país.

Page 56: HISTORIA DO PARAQUEDISMO MILITAR

56

As operações aeroterrestres mais recentes foram no Afeganistão e

Iraque.

Em 2001 o Terceiro Batalhão dos Rangers foi usado para tomar uma

base aére no Afeganistão com apoio dos CCTs da USAF.

Em 2003 a 173a Brigada Aeromóvel fez um salto no norte Iraque para

tomar uma base aérea logo no inicio das operações bem a frente do

avanço em terra.

O salto foi realizado devido a falta de bases que foram negadas pela

Turquia.

O Exército Brasileiro tem uma Brigada de Infantaria Pára-quedista,

chamada de "a brigada", formada por três batalhões de infantaria pára-

quedista, um esquadrão de cavalaria pára-quedista, um grupo de

artilharia pára-quedista, duas companias de engenharia pára-quedista e

1 batalhão logístico.

As tropas são todas voluntárias com 10% passando pela seleção inicial.

A Brigada de Infantaria Pára-quedista tem uma compania de

precursores com 134 tropas.

Sua missão é localizar, reconhecer e balizar a zona de lançamento (ZL),

e depois auxiliar a organização das tropas em terra após o salto.

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57

Também são responsáveis por operar zona de pouso (ZP) e zona

pouso de helicóptero (ZPH); auxiliar na navegação; lançar, desembarcar

e reorganizar tropas e material lançado; realizar patrulhas apos a

conquista da cabeça de ponte aérea; levantamento meteorológico; e

controlador aéreo avançado.

Os precursores são treinados em infiltração aquática e aérea como

técnicas de HALO, HALO e mergulho.

Tropas da Brigada Pára-quedista se preparando para um salto. Um

grupo de pára-quedistas a ser lançados é chamado de "stick", enquanto

as tropas para o movimento aéreo são chamados de "chalk".

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Uma equipe de precursores da Brigada Pára-quedista durante uma

missão. Notar os óculos para salto tipo HAHO/HALO.

TROPAS PÁRA-QUEDISTAS NO OFP

O OFP é um bom jogo para uso de tropas pára-quedistas.

Tropas e veiculos para os saltos são o que não falta como Rangers,

tropas do VDV russos e aeronaves como o C-130.

Alguns addons e scripts permitem lançar veículos e blindados.

Os BMD russos já estão disponíveis no OFP.

Alguns MODs com a invasão 44 tem ilhas e tropas para simular missões

na invasão da Normandia.

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59

Na verdade todas as tropas lançadas das aeronaves abrem seu pára-

quedas automaticamente e não precisam "vestir" um.

O OFP aceita salto seguro a até 120m e já testei a 90 metros. É

possível mandar as aeronaves voarem mais baixo forçando o salto tipo

LALO.

Um bom exemplo de missão é colocar artilharia bem alto para não atirar

para baixo e forçar a aeronave a voar baixo para simular uma missão

como o salto na ilha de Granada pelos Rangers em 1983.

A maioria das missões no OFP são contra forças pouco potentes tipo

operações periféricas e não ataques a linha de frente. As tropas pára-

quedistas são ideais nestas missões mesmo já começando do solo. As

tropas reais geralmente fazem salto um pouco longe do e evitam atacar

diretamente (overhead assault) apesar de possível.

Com altas perdas previstas em um overhead assault é bom ter AI no

squad para poder continuar a missão devido a grande chance de morrer

logo ao chegar no solo.

No OFP as tropa atiram nos pára-quedistas caindo mas não conseguem

atingir ou matar nunca.

Addons com o Support Pack permite chamar caças para conseguir

superioridade aérea ou para supressão de defesas.

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60

Depois pode chamar mais pára-quedistas para reforçar as tropas em

terra e segurar o objetivo.

Missões para tomar bases aéreas ou pontes já estão disponíveis e

algumas usam tropas lançadas de pára-quedas.

Também existem missões como seqüestro e assassinato onde é

possível usar tropas pára-quedistas.

Para usar tropas pára-quedistas para criar uma frente de combate ou

cabeça ponte aérea precisa de forcas mais numerosas e com muitos

AIs.

Como na vida real os precursores devem estar presentes no local de

salto com marcadores de fumaça.

A missão pode até ser o uso de precursores lançados com método

HALO para marcar a área de operação.

O Armed Assault deve permitir iniciar a operação como uma marcação

de zona de salto com precursores e depois continuar a missão com

tropas pára-quedistas com o uso do "change caracter" com o jogador

podendo trocar de tropa durante o jogo (no OFP só é possível com o

respawn no grupo após morrer).

Aqui no site tem tropas tipo Comandos e pára-quedistas para estas

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61

missões junto com aeronaves para o saldo como o C-130, C-95

Bandeirante e helicópteros de todas as nossas Forças Armadas.

As pequenas operações do OFP lembram mais incursões onde as

tropas deveriam ser do tipo Comandos.

Estas tropas pára-quedistas podem ser usadas como infantaria

convencional e não só no salto como na vida real.