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O banco dos Brics e a inclusão

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Durante a reunião que começa amanhã em Fortaleza, Brasil, se espera que os líderes dos países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciem os detalhes do tão esperado "Banco de Desenvolvimento dos BRICS". A ideia de um Banco de Desenvolvimento dos BRICS, que sirva de contrapeso às instituições financeiras lideradas por EUA e União Europeia, como o Banco Mundial e o FMI, e às políticas dos países doadores tradicionais, foi discutida pela primeira vez na Cúpula de 2012, em Nova Délhi, quando os ministros das Finanças do bloco foram incumbidos de elaborar um relatório de viabilidade sobre um ‘Novo Banco de Desenvolvimento’. Em 2013, na quinta reunião de cúpula realizada em Durban, África do Sul, os BRICS anunciaram a intenção de lançar o banco este ano – mas revelaram muito pouco à comunidade global a não ser a decisão de ter como foco “a mobilização de recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países dos BRICS e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento”. A intenção então comunicada seria de “complementar os esforços existentes de instituições financeiras multilaterais e regionais para o crescimento e o desenvolvimento globais”. Isso é importante. Os BRICS têm uma responsabilidade especial de ajudar o mundo a cumprir suas metas de acabar com a pobreza extrema, reduzir a desigualdade e contribuir para o desenvolvimento sustentável, já que estes países também enfrentam coletivamente alguns dos maiores desafios nessas questões. Apesar do avanço notável na redução da pobreza em países como Índia, China e Brasil, os BRICS abrigam quase a metade dos pobres do mundo e – à exceção do Brasil – registraram aumento da desigualdade nos últimos anos.

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