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FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO CÁRDIO-PULMONARCÁRDIO-PULMONAR
Prof. Vinícius Guimarães
Vinícius Guimarães
• Pós graduado em Treinamento de Força - 2008
• Graduado em Ed. Física - 2007• Graduado em Fisioterapia - 2004
ENVELHECIMENTOENVELHECIMENTO
“O idoso que corre morre,e o que não anda desanda”
Mercedes Carvalho
DEFINIÇÕES
• FISIOLOGIA: physis = natureza e logos = estudo. Estuda o funcionamento do organismo.
• ENVELHECIMENTO: Modificações estruturais e funcionais produzidas EXCLUSIVAMENTE pelo envelhecimento.
• CÁRDIO: Coração; PULMONAR: Pulmão
ENVELHECIMENTO
• Processo natural de envelhecimento Senescência
• Processo patológico de envelhecimento Senelidade
1
Data Nascimento6/jul/1946
Idade66 anos
ENVELHECIMENTO
PROCESSO HETEROGÊNENO:• diferenças genéticas,• morte celular programada,• Doenças,• Dietas,• Exercícios,• estilo de vida,• TUDO JUNTO!
Já aconteceriam com Já aconteceriam com o envelhecimento ou o envelhecimento ou
são causa?são causa?
ENVELHECIMENTO
Genética, DM, Dislipidemia e Sedentarismo
Causam: HAS, ICC e AVC.
Com a Com a IDADEIDADE, são mais prevalentes e , são mais prevalentes e graves, graves, além dealém de maior tempo de maior tempo de exposição!exposição!
“O envelhecimento dificilmente causa disfunção, mas sempre requer uma adptação”
ENVELHECIMENTO
Comorbidades, doenças subclínicas, alterações funcionais e anatômicas
↓
modificam a estrutura cardiovascularmodificam a estrutura cardiovascular↓
facilita atuação dos mecanismos fisiopatológicos
ENVELHECIMENTOENVELHECIMENTO
CARDIOVASCULARCARDIOVASCULAR
“Não existe atividade contra-indicada aos idosos, existe idoso que não devem praticá-las”
Leonardo da Vinci
• “veias que devido ao espessamento das túnicas, que ocorre nos idosos, limitam a passagem do sangue e, como resultado dessa falta de nutrição destroem a vida dos idosos sem provocar febre e os idosos enfraquecem pouco a pouco em uma morte lenta.”
1452 - 1519
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO TEORIAS DO ENVELHECIMENTO CARDIOVASCULARCARDIOVASCULAR
TEORIAS
• Estudos de Hayflick:
Genoma, Fisiológica e Orgânica
• Recentemente...:
FISIOLÓGICA e ORGÂNICA
Teoria FisiológicaÉ a mais esclarecedora
Teoria Fisiológica
• Alterações do TECIDO CONJUNTIVO > Matriz Extracelular - Glicosamina e Proteína > Elastina, Colágeno e Substância Fundamental (lubrifica e protege)
• Rigidez pericárdica, valvar, miocárdica e tecidos vasculares
Teoria OrgânicaImunológica e Neuroendócrina
Neuroendócrina:
↓ função cardíaca - em repouso, OK!
PORÉM, quando ↑ demanda
ocorrem processos isquêmicos
* Coração Senil ou Presbicárdia * 3
Bolaños – 83 anos
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICASALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
• Pericárdio• Endocárdio• Miocárdio• Válvulas (Mitral e Aórtica)• Aorta• Sistema Condução• Coronárias
Pericárdio
• Alterações discretas, decorrentes do desgaste progressivo.
• Espessamento difuso, > esq.• ↑ taxa de gordura epicárdica• Sem alterações degenerativas X idade.
Endocárdio
• Espessamento, > esq.
1.↑ fibras colágenas e elásticas (hiperplasia irritativa – turbulência sanguínea)
2.Fragmentação e desorganização
3.Perda da disposição uniforme.
JOVENS: espessam. focal acentuam e difundem aos 60/70 anos.60 a.: infiltração lipídica, > átrio esq.80 a.: alterações escleróticas, todas câmarasQq. Idade: átrio esq. mais afetado
Miocárdio
• Alterações mais expressivas, porém seletas
1.Acúmulo de gordura: Átrio, parede do ventrículo e septo interventricular.
Baixa repercussão clínica – Arritmias
2.Moderada degeneração muscular
Substit. Cél. Miocárdicas p/ tec. Fibrosos.
- sem correlação c/ lesão de coronárias. -4
continuação
3. Depósito de Lipofuscina, em grande quantidade – atrofia miocárdica.
4. Moderada hipertrofia miocárdica, > ventrículo esq. - pelo aumento da resistência vascular periférica.
5. Depósito de substância amilóide, > +70a.
Maior incidência de insuf. Cardíaca, além de:
Arritmias, BAV, disfunção atrial.
Jeffry60 anos
Valvas
• Composto predominante das valvas – COLÁGENO.
• Sujeito a grandes pressões;• Com envelhecimento – degeneração e
espessamento• Poucos idosos desenvolvem manifestações
clínicas.
Os idosos que desenvolvem...
• Cúspide do coração esq.• Inicialmente: ↓ mucopolissacarídeo e ↑
lipídios• Aumento de idade: espessamento, esclerose,
fragmentação colágena, nódulos nas bordas de fechamento.
Válvula MitralVálvula Mitral
Válvula Mitral
• CALCIFICAÇÃO em 10% + 50a e 50% + 90a• Deformação e deslocamento da cúspide• Espessamento• Depósito de lipídios• Degeneração mucóide ou mixomatosa -
cordoalhas• Pouca manifestação clínica – sopro sistólico
relacionados a:
Doenças – Valv. Mitral
• Insuficiência e/ou estenose• Alteração na condução dos estímulos• Endocardite infecciosa• Evolução para insuf. cardíaca
Alterações da Válvula AórticaAlterações da Válvula Aórtica
Alterações da Válvula Aórtica
• CALCIFICAÇÃO - em alguns casos calcificações das coronárias.
• Depósito de lipídios• Fibrose e degeneração colágena – estendendo
ao Feixe de His + áreas fibróticas nas bordas das cúspides = excrescência de Lambia.
• No geral sem manifestações clínicas, somente sopro sistólico em área aórtica.
Alterações sistema de conduçãoAlterações sistema de condução
Alterações sistema de condução
• Instalação lenta e gradual após 60a• ↓ das cél. do nó sinusal, comprometendo nó
átrio-ventricular e o feixe de His.• Infiltração gordurosa separa nó sinusal da
musculatura – FA• Geralmente não relacionadas a
coronariopatias, mas podem evoluir para bloqueios....
Oswaldo Silveira: 80 anos
AlteraçãoAlteraçãodada
AortaAorta
Alteração da Aorta
• 6% de 40 a 80 anos• > na camada média:• Descontinuidade e desorganização das fibras
elásticas - Maior rigidez e aumento do calibre• Atrofia, ↑ fibras colágenas, deposição de
cálcio• Repercussões clínicas POUCO ACENTUADAS
↑ PA, ↑ trab. Cardíaco.
Alterações arteriais
• Dilatação da luz do vaso• ↑ espessura da parede• Rigidez com disfunção endotelial• ↑ pós-carga e ↑ PA.
Arnold Schwarzenegger
Data de nascimento30/07/1947
Alterações das coronáriasAlterações das coronárias
Alterações das coronárias
• POUCO EXPRESSIVAS• ↓ tec. Elástico, ↑ colágeno• Alterações de trajetos, turtuosidades (> esq.)• Calcificação (nos mais idosos), podendo atingir
tronco coronário.
Alteração do Sist. Alteração do Sist. Nerv. AutônomoNerv. Autônomo
Alteração do Sist. Nerv. Autônomo
• GRANDE INFLUENCIA NO DESEMPENHO • Falha nos receptores β-adrenérgicos, mesmo
com níveis ↑ de catecolaminas.• Maior uso da lei Frank-Starling• Agonista β-adrenérgicos - ↓ Efeito
vasodilatador (aorta e grandes vasos)• ↓ inotropismo miocárdico as catecolaminas• ↓ resposta dos barorreceptores.
Hélio Grace: 96 anos
(1913-2009)
Alterações da Função CardíacaAlterações da Função Cardíaca
Alterações da Função Cardíaca
Modificações estruturais
↓reserva funcional
↓DC
↓desempenho nos exercícios e doença.
Causas
a) ↓ resp. de ↑ FC ao esforço
b) ↓ complacência VE (indep. de HVE) disfunção distólica do idoso
c) ↓ complacência arterial ↑ pós-carga e PS
d) ↓ do Crono e inotropismo as catecolaminas
e) ↓ VO2máx
f) ↓ reflexo vascular barorreceptor
g) Hipertensão sistólica isolada.
Resumo
• Fração ejeção e DC – NÃO SE ALTERAM EM REPOUSO• Menor capacidade de adaptação a:• ↓ resposta β-adrenérgica• ↓ enchimento diastólico VE• ↑ pós-carga (rigidez arterial)
• CONCLUSÃO: Difícil caracteriazação das alterações cárdiovasculares devido ao envelhecimento isoladamente em virtude do estilo de vida dessa população.
ESTRUTURA ACOMETIMENTOS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PERICÁRDIO•Espessamento difuso
Discretas•Aumento da taxa de gordura epicárdica
MIOCÁRDIO
•Acúmulo de gordura nos átrios e septo
Expressivas
•Degeneração muscular com substituição por tecido fibroso
•Depósito de lipofuscina intracelular - atrofia fosca ou parda
•Depósito de substância amiloide - amiloidose senil
ENDOCÁRDIO
•Espessamento e opacidade
Ocasionais•Proliferação das fibras colágenas e elásticas
•Fragmentação e desorganização destas•Infiltração lipídica•Alterações escleróticas
VALVA MITRAL •Calcificação e degeneração mucóide Discretas
VALVA AÓRTICA •Excrecências de Lambi, Calcificação e Amiloidose
Tecido Específico e Sistema de Condução
•Acúmulo de gordura
Ocasionais
•Redução da musculatura e aumento colágeno
•Fibrose•Atrofia celular•Calcificação•Processos esclerodegenerativos;
AORTA
•Aumento do calibre - volume e extensão;
Discretas•Maior espessura e rigidez da parede
•Desorganização e perda de fibras da túnica elástica
•Hiperplasia subendotelial;
CORONÁRIAS•Tortuosas, dilatadas e perda das fibras elásticas e aumento do colágeno Ocasionais•Depósito de lípides;
ENVELHECIMENTO ENVELHECIMENTO RESPIRATÓRIORESPIRATÓRIO
Introdução
1. Classif. em várias fases...
FASE DE PLATÔ
FASE DE DECLÍNIO
2. Alterações anatômicas e funcionais
3. Fatores que agravam o envelhecimento
4. Freqüente associação com outras enfermidades crônico-degenerativas, > comprometimento
ALTERAÇÕES ESTRUTURAISALTERAÇÕES ESTRUTURAIS- fisiológicas -
PulmãoPulmão :: ↓ retração elástica
Parede TorácicaParede Torácica :: enrijecimento
MusculaturaMusculatura :: ↓ potência
PULMÃOPULMÃO
• ↑ espaço mortoAlargamento e calcifição das cartilagens
traqueais e bronquicas
• ↓ área de superfície de volume↑ diâmetro ductos alveolares
achatamento dos sacos alveolares
↓ superfície alveolar
PAREDE TORÁCICAPAREDE TORÁCICA
• ↑ da rigidez do gradeado- Osteoporose e osteoartrose
. Costelas: descalcificação
. Cartilagens condroesternais: calcificação
. Articulações costovertebrais: alterações
- Idosos fragilizados: Postura e flexibilidade• ↓ Complacência + alteração formato pulmão e
dinâmica ventilatória
MUSCULTURA RESPIRTÓRIAMUSCULTURA RESPIRTÓRIA
• ↓ Força, potência e massa muscular• Tecido muscular Tecido gorduroso + ↑
Intividade/imobilismo = ↓ massa e potência muscular = ↓ endurance.
• endurance atividade física, fisioterapia, nutrição• ↑ rigidez = ↑ participação diafragma e abdomem e
↓ dos músculos torácicos• ↓ força diafragma 13-25%
MUSCULTURA RESPIRTÓRIAMUSCULTURA RESPIRTÓRIA
• ↓ força = ↓ fibra tipo II = ↓ intercostais – tosse e espirro
• Fadiga + Consumo = Falência(FADIGA: ↑ idade, desnutrição, obesidade, doenças neuromusculares e pulmonar, hipoperfusão muscular)
TROCAS GASOSASTROCAS GASOSAS
• ↓ PO2
Em repouso e exercício
Intenso na insuf. cardíaca
No idoso saudável, ok!
MECANISMOS DE DEFESAMECANISMOS DE DEFESA
• ↓ clearance (eptélio colunar ciliado e glândulas mucosa bronquica), > risco infecção
• ↓ reflexo protetor de VA – broncoaspiração• ↓ tosse efetiva - ↓ força = ↓ clearance
ATIVIDADE FÍSICAATIVIDADE FÍSICA
• ↑ gasto energético + ↑ consumo O2 + ↓ DC = ↓ desempenho e ↓ adaptação ao exercício
↑ espaço morto
↑ consumo O2
↓ capacidade ventilatória
↓ DC
↓ controles centrais e periféricos da respiração
• Exercícios + Nutrição = massa e potência• Paciente asilar X paciente ambulatório
TESTES FUNCIONAISTESTES FUNCIONAIS
• Espiromtria e Ergoespirometria
- Grande valor na detecção precoce de patologias- Colaboração e estado clínico:doenças crônicas,
dementados- Variação de 20% nas equações