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Laser no tratamento da hiperplasia benigna de próstata

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D I R E T R I Z E S D E

LaSER no TRaTamEnTo

CIRúRgICo Da HIpERpLaSIa

BEnIgna Da pRóSTaTa

Rio de Janeiro2011

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Diretrizes de laser no tratamento cirúrgico da hiperplasia benigna da próstata/ Paulo Cesar Rodrigues Palma, Miriam Dambros (Orgs.); Fabio Lorenzetti (Coord.). Adalberto Andriolo Junior, Alberto Antunes, Antonio Gugliotto, et al. Rio de Janeiro: SBU - Sociedade Brasileira de Urologia, Escola Superior de Urologia, 2011 28 p.; 18x25cm.

1. Hiperplasia Prostática. 2. Resseção Transuretral da Próstata. I.Palma, Paulo Cesar Rodrigues. II.Dambros, Miriam. III. Lorenzetti, Fábio. IV. Andriolo Junior, Adalberto. V. Antunes, Alberto, Gugliotta,

CDD 616.65

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Sociedade Brasileira de Urologia

Escola Superior de Urologia

OrganizadOres das diretrizes

Paulo Cesar Rodrigues Palma – TiSBUMiriam Dambros – TiSBU

COOrdenadOr

Fabio Lorenzetti – TiSBUMestre e Doutor em Urologia – UNIFESPPós Doutorado - CnPQ

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Adalberto Andriolo Junior TiSBU - Coordenador do grupo Prostata-HPB

do Centro de referencia da saúde do Homem - Hospital Brigadeiro Médico do corpo clinico e Check-Up do

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Alberto Azoubel Antunes TiSBU - Docente da Divisão de Urologia

HC FMUSP.

Antonio Gugliotta TiSBU - Doutor em Urologia – UNICAMP e Prof. Titular da Disciplina de Urologia – PUC

- CAMPINAS

Charles Alberto Villacorta de Barros TiSBU - Doutor em Ciências – UNIFESP

João Pádua Manzano▪ TiSBU - Médico assistente da Disciplina de Urologia e Doutorado em Urologia - UNIFESP

Joaquim Francisco de Almeida Claro▪ TiSBU - Professor Livre Docente de Urologia UNIFESP▪ Coordenador do Centro de Referëncia de Saú-de do Homem Secretaria da Saúde- SPDM

Miriam Dambros▪ TiSBU - Professora Livre Docente – UNIFESP▪ Editora Chefe do International Brazilian Jour-nal of Urology - IBJU

Oskar G. Kaufmann▪ TiSBU - Minimally Invasive , Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery Fellow, UC Irvine ▪ Medical Center , Dept. of Urology

Sandro Mendonça de Faria▪ TiSBU - Fellow Emory University - GA▪ Médico Urologista da Clínica Urológica Ro-berto Rocha Brito

Sergio Bisogni ▪ TiSBU - Doutor em Ciência - UNIFESP▪ Coordenador do Serviço de Urologia do Hospi-tal Municipal Mario Gatti (HMMG)

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Descrição da Metodologia A revisão bibliográfica de artigos cien-

tíficos dessas diretrizes – Laser no trata-mento cirúrgico da Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) foi realizada com a base de dados PubMed. A busca de recomendação de trabalhos clínicos utilizou os critérios do Centro de Medicina Baseada em Evi-dências de Oxford – Inglaterra, selecionan-do descritores (MeSH terms) agrupados de acordo com os temas interessados em dife-rentes combinações:Ablação e Enucleação da Próstata com Holmium laser:(prostatic hyperplasia OR bladder ou-tlet obstruction) AND (laser surgery OR holmium laser) AND (prostatectomy OR transurethral resection of prostate)Vaporização foto-seletiva da prostata:(greenlight laser OR greenlight laser vapo-rization OR HPS laser OR PVP prostate OR PVP) AND (laser prostate vaporization OR prostate laser surgery)(greenlight OR prostate laser surgery) AND

anticoagulant AND learning curve and la-ser OR reproducibility)Outros Lasers:(prostate OR benign prostatic hyperplasia) AND lasers AND treatment

Grau de Recomendação:Foram utilizados os seguintes critérios:

A – Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistênciaB – Estudos experimentais ou observacionais de menor consistênciaC – Relatos de casos (estudos não controlados). D – Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

Objetivo Determinar as indicações, resultados e

complicações do laser no tratamento cirúr-gico da Hiperplasia Benigna da Próstata.

CONFLITO DE INTERESSE: não houve

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Introdução...........................................................................................13

Indicações e Resultados da Vaporização Foto-Seletiva (VFP) no Tratamento Cirúrgico da HBP........................................................17

Indicações e Resultados da Ablação e Enucleação da Próstatacom Holmium Laser.............................................................................21

Outros Lasers no tratamento cirúrgico da HPB................................27

sumáriO

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13

Na urologia, a primeira utilização de la-ser foi com Parsons em 1966. Desde então, o seu uso apresenta-se como uma impor-tante fonte de energia aplicada em doen-ças benignas e malignas que afetam o rim, ureter, bexiga e próstata1.

O melhor tratamento para Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) com obstrução do trato urinário inferior continua sendo a res-secção transuretral (RTU-p). Por outro lado, a RTU-p, a qual era o segundo procedimento cirúrgico mais executado nos Estados Unidos (EUA) nos anos 80 (perdendo apenas para a cirurgia de catarata), apresentou um declínio constante e significativo para menos de 40% dos índices iniciais na última década 2,3.

A diminuição dos índices de tratamen-tos cirúrgicos ocorreu devido ao apareci-mento de outras terapias, principalmente a farmacológica, além dos fatores de risco associados a própria RTU-p e da cirurgia aberta como sangramento, transfusão sanguínea e tempo de internação 1,2,3,6.

Diante deste contexto, nos últimos anos, técnicas minimamente invasivas têm sido desenvolvidas e vêm ganhando destaque cada vez maior no tratamento da HPB, destacando-se o laser 5.

Princípios do Laser

O resultado cirúrgico utilizando o laser na próstata depende diretamente de múl-tiplos fatores: comprimento de onda, po-tência, tempo de aplicação e técnica (abla-ção ou vaporização e enucleação)1. Sua ação tecidual promove a elevação abrupta de temperatura, acarretando duas rea-ções teciduais principais: a coagulação e a vaporização1,2.

A luz do laser é direcionada em um úni-co comprimento de onda (monocromáti-ca), emitida e intensificada a partir de uma fonte de luz polarizada através de elemen-tos externos, tais como, semicondutores, gás, cristais ou tintura. A capacidade de ação tecidual é controlada pela quantidade de energia aplicada, comprimento de onda e pela presença de partículas cromóforas (água ou hemoglobina) que reagem com o laser promovendo o efeito térmico1,2,3.

A interação deste calor no tecido pro-voca os dois tipos de reação. A primeira, a vaporização que é a elevação abrupta da temperatura do tecido para mais de 100º C, promove a mudança do estado sólido para o gasoso instantaneamente. Quando

intrOduçãO

Adalberto Andriolo Junior Fabio Lorenzetti

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utilizada com foco mais aberto possibili-ta desintegração mais evidente, por outro lado, quando utilizada com foco mais con-vergente, produz corte tecidual eficaz1,3.

O segundo efeito do laser é a coagula-ção, na qual o aumento da temperatura é inferior a 100ºC, provocando lesão tecidual e necrose secundária. Esta ação é funda-mental para hemostasia1,2.

As técnicas iniciais utilizavam coa-gulação pura com Nd:Yag (neodymium yttrium-aluminuim-garnet). Os métodos disponíveis eram a coagulação intersticial a laser (ILC) e a ablação visual da próstata (VLAP). Estes métodos perderam relevân-cia devido às altas taxas de sintomas irrita-tivos, necessidade de utilização prolonga-da de sonda, resultados variáveis e alta taxa de reabordagem cirúrgica1.

Instrumental

As modalidades cirúrgicas com uso do laser utilizam fonte de energia específica, fibras condutoras que podem ser descar-táveis ou não, elementos de trabalho e/ou cistoscópios específicos de fluxo contínuo (22 a 27F), material de proteção individual e soluções salinas para irrigação intra-ope-ratória. Vale ressaltar a necessidade do uso de câmera e monitor por não ser seguro a visão direta. Nos métodos de enucleação é necessária a utilização de morcelador para retirada completa dos fragmentos maiores.

Técnicas atuais

Após algumas tentativas com uso de laser na próstata que se mostraram insa-tisfatórias, a introdução do Holmium laser em 1994 por Gilling demonstrou ter um

comprimento de onda adequado para ab-sorção pela água, com baixa penetração no tecido prostático e mínimo risco de san-gramento, impulsionando definitivamente este e outros tipos de laser no tratamento cirúrgico da HPB 4.

A Ablação com Holmium (HoLAP) foi realizada com o aparecimento da fibra de ação lateral e esta técnica permitiu a reali-zação de movimentos sobre o tecido pros-tático mostrando a destruição tecidual as-sociada à área de necrose adjacente. Este método permanece sendo utilizado para próstatas menores que 30g 7.

A vaporização foto-seletiva da próstata (VFP) teve seu início mais intenso a partir de 2000 2 utilizando o laser KTP (Potassium -titanyl- phosphate) com potência de 60 W. Este laser utiliza tecnologia do ND-YAG, mas que ao passar por um cristal de KTP produz um comprimento de onda de 532 nm, a qual é visível na cor verde. Tais ca-racterísticas conferiram a nomenclatura de greenlight (laser verde). Evoluiu para 80 W e posteriormente a troca do KTP por LBO (lithium triborato) fez essa energia ter au-mento no ganho de potência para 120 W.

Existe já em testes clínicos uma nova geração de laser, com este mesmo compri-mento de onda, associado a recursos de re-frigeração de fibra e ganho de energia para 180 W, diminuindo ainda mais a duração da cirurgia.

São vantagens desse método a pequena curva de aprendizagem, a imagem de ca-vitação real da próstata, a possibilidade de realizar o procedimento em pacientes anti-coagulados e curto tempo de internação8. Contra o método observa-se a ausência de material para exame anatomopatológico.

O laser de diodo de alta potência (250 W) confere capacidade ablativa e eficá-cia de desobstrução. No entanto, ainda

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há necessidade de trabalhos que avaliem a efetividade e segurança destes procedi-mentos com maior ação tecidual 11.

Dentre as técnicas ressectoras, a enu-cleação com Holmium (HoLEP) mostra resultados encorajadores. A capacidade de hemostasia e a disponibilidade de material para anatomopatológico são os grandes pontos a favor desta técnica. As críticas ao método são a necessidade de uma curva de

aprendizado mais extensa e necessidade do aparelho morcelador para a retirada dos fragmentos 5.

A utilização de Thulium:Yag como fonte de energia para um método descrito como vapo-enucleação foi introduzido em 2009. Esta terapia aproxima-se de uma técnica combinada entre vaporização e corte. Por ser recente, possui pequeno seguimento na literatura 9,10.

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A indicação para o tratamento com a vaporização foto-seletiva (laser verde) in-clui todo paciente portador de obstrução infravesical prostática com necessidade de intervenção cirúrgica (A), inclusive ne-oplasia 1,2 (C). Este método possui peque-na curva de aprendizado (10 a 20 procedi-mentos), no entanto, recomenda-se iniciar com casos menos complexos 3,4 (C). Assim, os pacientes ideais para as primeiras cirur-gias devem apresentar: próstatas menores que 40 gramas, ausência de sondagem ve-sical, não usar anticoagulante ou possuir lobo mediano intravesical 2,3,4 (C).

O uso da VFP apresenta bons resultados com melhora importante dos índices de sintomas prostáticos, com redução do IPSS e melhora do fluxo urinário, sem compro-meter a segurança do paciente5,6(A). Os pa-cientes em retenção urinária também apre-sentaram boa evolução quando submeti-dos a esse método 4,5,6 (A). Comparado com a ressecção transuretral da próstata (RTU--p) possui as vantagens de menor tempo de internação, menor tempo de perma-nência de sonda vesical no pós operatório e ausência do risco de intoxicação hídrica 5,6 (A). Em próstatas pequenas e de médio

indiCações e resultadOs da vapOrizaçãO fOtO-seletiva (vfp)

nO tratamentO CirúrgiCO da hbp

Sandro Mendonça de FariaOskar G. Kaufmann

volume (menor que 60g) os resultados de resolução em longo prazo da desobstrução são comparáveis à ressecção convencional, assim como são raras as complicações4,5,6 (A). Existem evidências que demonstram uma taxa maior de transfusão sanguínea e perfuração de cápsula nos casos submeti-dos à RTU de próstata quando comparados à VFP 5,6 (A).

Em estudos multicêntricos prospectivos comparando pacientes com e sem anticoa-gulação (warfarin, heparina, clopidrogel e ácido acetil salicílico), observou-se que a vaporização prostática foi segura e eficaz, apresentando taxa zero de transfusão em ambos os grupos 5,7,8,9 (A), mesmo em prós-tatas maiores que 120g10, 11(C).

Nos casos que apresentam glândulas maiores de 80g existe uma melhora ob-jetiva e subjetiva do escore de sintomas prostáticos com o uso da VFP indepen-dente do tamanho da próstata operada 12,13(B), podendo ser realizado mesmo em pacientes com anticoagulantes ou risco cirúrgico aumentado10 (C). Comparado com a cirurgia aberta apresentou melho-ra equivalente em relação ao IPSS, fluxo máximo, resíduo pós miccional e a função

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sexual não foi alterada13 (B). Contudo o tecido prostático residual neste caso foi maior13. Em relação a próstatas maiores necessita-se de mais dados pra definir os resultados em longo prazo 5,13.

Existem algumas publicações mostran-do uma maior taxa de re-tratamento na vaporização prostática quando compara-da à RTU-p (6,7% versus 3,9%)14(C). Con-tudo, os trabalhos com maior tempo de seguimento na literatura revelam uma in-cidência de re-tratamento igual à RTU de próstata12,15,16,17(B).

A maioria dos artigos já publicados sobre a VFP relata resultados com o equipamento (KTP) de 80 W, incluindo os trabalhos com maior seguimento (5 anos) mostrando boa evolução16,17. O fato do equipamento com

120 W (LBO) ter sido desenvolvido há qua-tro anos impede a existência de artigos com seguimentos maiores com essa nova potência. Existem várias opções de laser com diferentes comprimentos de onda disponíveis no mercado. No entanto, a li-teratura considera até o momento apenas a VFP e o laser de Holmium tecnologias já amadurecidas no tratamento da hiperpla-sia prostática benigna7 (B) e quando com-parado com o HoLAP a VFP apresentou um tempo cirúrgico menor18 (A).

Os custos ainda são variáveis entre os diferentes serviços. Realizado ambulato-rialmente, o custo individual do procedi-mento nos EUA parece ser semelhante ao da RTU-p19 (C). Ainda não existem publica-ções sobre os custos praticados no Brasil.

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Inicialmente utilizado como método associado ao YAG laser, o Holmium mos-trou-se bastante eficaz e seguro mesmo quando empregado como única fonte de energia1. Os primeiros procedimentos uti-lizando Holmium para tratamento de HPB fundamentaram-se na vaporização prostá-tica sendo entitulados HoLAP (Ablação da Próstata por Holmium), com bons resulta-dos para alívio dos sintomas urinários. De-vido ao tempo prolongado para ablação e a necessidade frequente de mais de uma fi-bra de laser, encarecendo o procedimento, o HoLAP é melhor indicado para próstatas menores, mesmo após avanços na tecno-logia, com o aumento da intensidade da energia de 60 W para 100 W 2,3 (A).

Posteriormente, com pequenas alte-rações da técnica foram possíveis ressec-ções de pequenos fragmentos prostáticos (HoLRP), que deveriam ter até 2 g, para po-derem ser evacuados através da camisa do ressectoscópio. Os resultados funcionais foram semelhantes aos da RTU de prósta-ta, porém com uma vantagem em relação ao HoLAP: o fato de propiciar material para análise histopatológica4(A). Ainda 1996 foram concretizadas com sucesso as

primeiras enucleações da próstata com o Holmium laser (HoLEP), utilizando os mes-mos preceitos da prostatectomia transvesi-cal (PTV), porém realizando-se da região prostática apical em direção ao colo vesi-cal, e posteriormente evacuando o adeno-ma com auxílio de um morcelador5 (B).

IndicaçõesTodos aqueles pacientes com sintomas

urinários relacionados à obstrução infra-ve-sical com indicação de tratamento cirúrgico endoscópico, ou seja, por RTU de prósta-ta, também são candidatos ao uso do Hol-mium6 (B). Diversos estudos analisaram os limites relacionados ao tamanho da próstata para cada tipo de procedimento com Hol-mium laser sendo o HoLAP mais eficiente e melhor indicado em próstatas pequenas ou médias, de no máximo 60 g2,3 (A).

Por outro lado, o HoLEP se mostrou como uma boa solução para próstatas maiores que inicialmente teriam como melhor indicação a prostatectomia à céu aberto 7 (A). De fato, a enucleação prós-tatica é tão segura para próstatas gran-des, com estudos analisando cirurgias em próstatas maiores que 175g assim como

indiCações e resultadOs da ablaçãO e enuCleaçãO da próstata

COm hOlmium laser

Antonio GugliottaAlberto Azoubel AntunesCharles Alberto Villacorta de Barros

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para as pequenas, menores que 60g8,9 (B). Logo, diferentemente da RTU, a HoLEP é perfeitamente aplicável em todos os ta-manhos de próstata10,11,12 (B).

Para aqueles pacientes que apresentam distúrbios de coagulação e em uso de anit-coagulantes o Holmium laser tem suas vantagens bem apreciadas. Com uma pe-netração óptica no tecido bastante reduzi-da, cerca de 0,4 mm, este laser proporcio-na exatidão e delicadeza nas ressecções, além de vaporização prostática devido sua afinidade pela água. Simultaneamente ocorre coagulação tecidual periférica dis-creta, devido à dissipação do calor 12 (A). Suas propriedades físicas o credenciam como alternativa segura principalmente para aqueles pacientes em que a suspen-são do cumarínico é mais arriscada do que realizar o procedimento endoscópico sob anti-coagulação plena, nestes casos tor-nando-se arriscado a RTU-P 13 (B).

Resultados

Entre as três modalidades que utili-zam o Holmium, o HoLEP foi o que mais se destacou inclusive com uma crescente evidência na literatura nesta última déca-da. Considerando apenas trabalhos pros-pectivos e randomizados, está técnica mostrou-se efetiva e segura com resulta-dos duradouros em até 72 meses de segui-mento 12 (A).

Quando comparado com a RTU de próstata, o HoLEP apresenta bons resul-tados alcançados em todos os aspectos avaliados como fluxo máximo, resíduo pós miccional, IPSS (International Prosta-tic Symptom Score). Ademais, outras van-tagens são descritas como menor sangra-mento, menor tempo de sondagem vesical

e consequentemente menor tempo de in-ternação, além da ressecção de um maior volume tecidual 14 (A).

Outras formas de laser para vaporiza-ção apresentam além da desvantagem de não fornecer tecido para histopatológico, uma diminuição na massa prostática de apenas 30-45% do peso prévio ao proce-dimento, enquanto o HoLEP pode alcan-çar índices de 90 % de material removido 12 (A).

Em relação a prostatectomia à céu aberto, a HoLEP, também alcança resul-tados semelhantes no alívio dos sintomas relacionados à HPB, preservando esses bons resultados mesmo após 5 anos de seguimento. Adicionalmente, seus índices de complicação intra e pós operatória são significativamente menores que os índi-ces observados na prostatectomia aberta. Finalmente, mesmo para próstatas volu-mosas é possível a alta hospitalar precoce 15,16 (A).

Apesar de todas essas vantagens, este método ainda tem sua utilização restrita há poucos centros desenvolvidos. Dois fa-tores são apontados como os mais impor-tantes para a não massificação do método: o custo ainda elevado do equipamento e a curva de aprendizado longa. Aceita-se atualmente que são necessárias cerca de 50 cirurgias para que se alcance níveis ra-zoáveis de eficiência com o método 17 (A).

Complicações

As taxas de complicação observadas com a HoLAP utilizando o laser Holmium de 100 W são semelhantes às observadas nos pacientes submetidos à RTUP em pa-cientes com próstatas de pequeno e mé-dio volume 3 (B).

Page 23: Laser no tratamento da hiperplasia benigna de próstata

23

HoLEP vs RTUP

De modo geral, os eventos adversos observados após a realização da HoLEP são menos comuns que os observados com a RTUP (8% vs 16%). Em uma revisão sistemática de quatro estudos, as taxas de estenose uretral (2% vs 3%), necessidade de re-cateterização (0% vs 16%) inconti-nência de esforço (1% vs 2%), transfusão sanguínea (0% vs 1%) e re-intervenções (0% vs 2%) foram semelhantes entre as duas técnicas, mas no geral favoreceram a HoLEP 14, 18, 19, 20 (A).

Entretanto, as lesões de mucosa vesi-cal foram significativamente maiores no grupo da HoLEP (18% vs 0%). Vale res-saltar que estas últimas são usualmente benignas e inversamente proporcionais à experiência do cirurgião 21 (A). Uma das principais vantagens da HoLEP é a pos-sibilidade de usar solução salina como líquido de irrigação. Como resultado, nenhum caso de síndrome pós-RTU foi descrito até o presente momento com o uso desta técnica. O tamanho prostático, o tempo de irrigação, o volume de líquido utilizado e o peso do tecido ressecado po-dem influenciar a quantidade de líquido absorvida durante a HoLEP 22 (A).

HoLEP vs Prostatectomia aberta

Uma análise de 120 pacientes com volu-me prostático maior que 100 gramas com-parou os resultados da HoLEP com a cirur-gia aberta (prostatectomia transvesical). Apesar de apresentar um tempo cirúrgico

maior (136 vs 91 minutos) e uma menor quantidade de tecido removido (84 vs 96 gramas), a HoLEP esta associada a um me-nor tempo de internação hospitalar (70 vs 251 horas) e menor tempo de cateter vesi-cal (31 vs 194 horas) 23 (A).

A redução média na hemoglobina tam-bém foi menor no grupo da HoLEP (1,9 vs 2,8 g/dL), e enquanto nenhum paciente submetido a HoLEP necessitou de trans-fusão sanguínea, essa foi necessária em 13 dos pacientes submetidos à prostatectomia aberta. Quanto às complicações tardias, as taxas de estenose de uretra e contratura do colo vesical são semelhantes entre as duas técnicas 7,16 (A).

Outra análise de pacientes com prós-tatas maiores que 70 gramas demonstrou que lesões da mucosa vesical e disúria pós--operatória são mais comuns nos pacientes submetidos à HoLEP quando comparados à cirurgia aberta 24 (A). Algumas complica-ções podem ser influenciadas pelo volume prostático. Uma análise de 330 pacientes submetidos à HoLEP e seguidos por 3 anos revelou que as estenoses de uretra e con-traturas do colo vesical são mais comuns entre as próstatas com menos de 50 gramas e as lesões de mucosa vesical e re-interven-ções por fragmentos de próstata soltos na bexiga ocorrem mais comumente entre as próstatas maiores 25 (A).

A função sexual em pacientes submeti-dos à HoLEP foi especificamente avaliada por dois estudos que não observaram al-teração pós-operatória na função erétil24,26 (A). Em relação aos pacientes usando anti-coagulantes submetidos à HoLEP, a taxa de transfusão sanguínea foi de 8% 27 (B).

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27

O tratamento cirúrgico da HBP também pode ser obtido pela utilização de outros ti-pos de lasers que recentemente vêm sendo empregados, como o laser de Diodo (vapo-rização) de alta potência – HiDi1,2 (D) e o Thulium laser (enucleação)3 (D). Destaca--se também o Lithium triborato laser (LBO).

O LBO apresenta características simila-res ao KTP com mesmo comprimento de onda de 532nm, porém apresenta maior capacidade de vaporização em menor tem-po e devido à absorção pela hemoglobina proporciona eficiente hemostasia3 (D).

Estudos recentes com o laser de Diodo de alta potência demonstraram melhores resultados na hemostasia e maior capacida-de ablativa do tecido prostático (2-3 vezes) em menor tempo operatório quando com-parado ao KTP4 (B). O sistema HiDi disponí-vel comercialmente em nosso meio utiliza comprimento de onda de 940nm, com po-tência máxima de 250 W, que combina equi-valente absorção tanto pela hemoglobina quanto pela água, proporcionando elevada capacidade de ablação do tecido com ex-celente hemostasia, podendo ser utilizado com solução salina fisiológica, minimizan-do os efeitos de absorção hídrica5 (C).

Quando comparada à RTU, a vaporiza-ção prostática apresenta resultados simi-lares quanto à melhora dos sintomas obs-trutivos, porém com vantagem no menor tempo de internação e de uso de sonda, ausência de irrigação no pós-operatório imediato e menor custo total do procedi-mento6 (A).

O HiDi proporciona ainda a vantagem de permitir a realização do procedimento na vigência do uso de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários7 (B).

Em estudo prospectivo comparativo com laser LBO (laser verde de 120W) e KTP, o HiDi apresentou resultado semelhante quanto à capacidade de ablação de tecido prostático quando comparado ao LBO e superior ao KTP (laser verde de 80W), de-monstrando vantagem do HiDi quanto à hemostasia em relação aos demais8 (B).

As taxas de complicações da vaporiza-ção prostática com uso do laser HiDi de modo geral são similares ao KTP e LBO e menores que às da RTU-p, principalmente na comparação de sangramento imediato e tardio e ejaculação retrógrada, no entan-to, apresenta maior incidência de sintomas irritativos4 (B).

OutrOs lasers nO tratamentO CirúrgiCO da hpb

João Pádua ManzanoJoaquim Francisco de Almeida Claro

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28

O Thulium laser teve inicio em 2005 com as técnicas de enucleação prostática com sistema de 50 W, sendo que posterior-mente em 2007 foi introduzida a vapo-res-secção com o sistema de 70W, combinando a vaporização com a retirada de pequenos fragmentos de próstata. Isto levou a uma eficiente desobstrução com reduzido tem-po cirúrgico, porém estudos prospectivos

de larga amostragem e estudos randomiza-dos ainda são necessários para a validação destes procedimentos3 (A).

Estas novas opções de tratamento são promissoras, já com evidências clínicas de sua efetividade, porém necessitam no-vos trabalho com maior tempo de segui-mento, para se tornarem parte no trata-mento da HPB.

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