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GRUPO SER EDUCACIONAL FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO DE NUTRIÇÃO MARLANE DA SILVA CARDOSO ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE BISCOITOS TIPO COOKIE UTILIZANDO FARINHA DE MARACUJÁ PARNAÍBA 2013

Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

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Page 1: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

GRUPO SER EDUCACIONAL

FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

CURSO DE NUTRIÇÃO

MARLANE DA SILVA CARDOSO

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE BISCOITOS TIPO COOKIE UTILIZANDO

FARINHA DE MARACUJÁ

PARNAÍBA

2013

Page 2: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

MARLANE DA SILVA CARDOSO

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE BISCOITOS TIPO COOKIE UTILIZANDO

FARINHA DE MARACUJÁ

Monografia apresentada ao curso de Nutrição

da Faculdade Mauricio de Nassau como pré-

requisito para obtenção do Título de bacharel

em Nutrição.

Orientação: Professor José Roberto da Cunha

Lima.

Linha de Pesquisa: Tecnologia dos Alimentos

PARNAÍBA

2013

Page 3: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

MARLANE DA SILVA CARDOSO

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE BISCOITOS TIPO COOKIE UTILIZANDO

FARINHA DE MARACUJÁ

Monografia apresentada ao curso de Nutrição

da Faculdade Mauricio de Nassau como pré-

requisito para obtenção do Título de bacharel

em Nutrição.

Orientação: Professor José Roberto da Cunha

Lima.

Linha de Pesquisa: Tecnologia dos Alimentos

Aprovado em: ____/____/____

Banca Examinadora:

_________________________________________________________

Examinador Externo

Profº Mestre Gilberto Escórcio Duarte Filho

_________________________________________________________

Examinador interno

Profª Especialista Izabelle Silva de Araujo

__________________________________________________________

Orientador

Profº Especialista José Roberto da Cunha Lima

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Em especial à minha mãe Marlene, mulher guerreira, que

mesmo com todas as dificuldades não me desamparou, à

minha filha Mayla Beatriz, razão do meu viver e meus

irmãos Vagno e principalmente Magno pelo incentivo,

pelo companheirismo e apoio incondicional e a toda a

minha família por acreditar em mim, sempre.

Ofereço

Dedico

Page 5: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela saúde e por todas as bênçãos recebidas ao longo desta

trajetória.

À Faculdade Mauricio de Nassau e à Coordenadora do Curso Karla Campelo, nossa mãezona.

Ao professor orientador José Roberto Cunha pela instrução e apoio nas orientações.

Às técnicas de laboratório Meire e Layse pela grandiosa ajuda nas análises.

À minha tia Luzia por toda dedicação, preocupação, carinho e confiança.

À minha mãe Marlene pela grandiosa ajuda na correria do dia a dia, que muito me ajudou na

minha incansável busca e perseverança por uma vida melhor.

Ao meu irmão Magno por toda ajuda moral e financeira.

Às minhas amigas de turma, principalmente às que estiveram mais próximas nos últimos

semestres.

A todos, que de alguma forma contribuíram para a realização desta pesquisa, os meus sinceros

agradecimentos.

Page 6: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

“É muito melhor lançar-se em busca de conquistas

grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do que

alinhar-se com os pobres de espírito, que nem gozam

muito nem sofrem muito, porque vivem numa penumbra

cinzenta, onde não conhecem nem vitória nem derrota.”

(Theodore Roosevelt)

Page 7: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo determinar através de análises físico-químicas as

características do biscoito tipo cookie de farinha de maracujá com gotas de chocolate amargo.

As análises foram realizadas no laboratório de química e bromatologia da Faculdade Mauricio

de Nassau Parnaíba-PI. Os diversos ensaios realizados foram: umidade, cinzas, proteínas, pH,

lipídios, glicídios e fibras. Os testes de umidade, cinzas e pH foram conforme descrito pelo

Instituto Adolf Lutz, exceto para pH, a unidade calculada foi g/100g. Observara-se que os

valores de cinzas, umidade, e pH embora não apresentem correlação significativa se

estabeleceram dentro dos valores estimados na literatura para biscoitos similares. O teor de

lipídios encontrados no biscoito de farinha de maracujá foi de 33,5%, sendo o conteúdo de

lipídio observado nos cookies proveniente do chocolate e da margarina utilizada. A

quantidade baixa de carboidratos observados no presente estudo, 38,129% deu-se pelo uso de

um adoçante especial para forno e fogão adicionado no preparo do biscoito de farinha de

maracujá sem adição de açúcar na formulação dos cookie. No que tange ao conteúdo

energético, correlacionado ao teor lipídico, de proteínas e carboidratos, as amostras

apresentaram-se hipocalóricas, com baixo teor de açúcar e calorias, mas dentro dos valores

apresentados em outros estudos. Os resultados apresentados neste trabalho indicam que a

farinha de maracujá pode ser utilizada em biscoitos tipo cookies com o intuito de melhorar

sua qualidade nutricional. Os biscoitos tipo cookie elaborados com farinha de maracujá se

enquadram nos conceitos de alimento funcional, devido possuir nas suas formulações

ingredientes funcionais que proporcionam benefícios à saúde com o intuito de promover

melhoria na qualidade de vida.

PALAVRAS-CHAVE: biscoito; alimento funcional; farinha de maracujá.

Page 8: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

ABSTRACT

This study aimed to determine through physical-chemical analysis the flour of passion fruit

cookie with bitter chocolate chips. The analyses were performed in the chemistry and

bromatology laboratory at Faculdade Mauricio de Nassau Parnaiba -PI. The tests were:

moisture, ashes, protein, pH, lipids, glycines and protein fibres. The moisture, ash and pH

testes were as described by Adolfo Lutz Institute, except for pH, the calculated unit was

g/100g. It is observed that the values of ash, moisture, and pH while not having significant

correlation were established within the estimated values on the literature. The lipid content

found in flour of passion fruit cookie was 33.5%, being the lipid content observed in the

cookies from chocolate and margarine used. The low amount of carbohydrates observed in

this study, 38, 129% is due to the use of a special sweetener for oven and stove added in the

flour of passion fruit cookie preparation without added sugar in the cookies formulation.

About the energy content, correlated with the lipid content of protein and carbohydrates, the

samples showed low calorie, low in sugar and calories, but within the values shown in other

studies. The results presented in this work indicate that the flour passion fruit can be used in

type biscuits cookies in order to improve their nutritional quality. The cookies made with

passion fruit flour fit the concepts of functional food, because in their own formulations

functional ingredients provide health benefits in order to promote a better quality of life.

KEYWORDS: cookie, functional food, passion fruit flour.

Page 9: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11

CAPÍTULO 1 – METODOLOGIA DA PESQUISA ..........................................................13

1.1 TIPO E ABORDAGEM METODOLÓGICA DA PESQUISA .......................................13

1.2 AMOSTRAS.......................................................................................................................13

1.3 MÉTODOS DE ANÁLISES...............................................................................................15

1.3.1 Determinação da umidade.............................................................................................15

1.3.2 Determinação do pH .....................................................................................................15

1.3.3 Determinação do Lipídeo ............................................................................................16

1.3.4 Determinação da Proteina.............................................................................................16

1.3.5 Determinação do Glicídeo.............................................................................................18

1.3.6 Determinação da Fibra..................................................................................................18

CAPÍTULO 2 – SUPORTE TEÓRICO................................................................................19

2.1 MERCADO DA ALIMENTAÇÃO....................................................................................19

2.2 ALIMENTOS FUNCIONAIS...........................................................................................21

2.3 FIBRA ALIMENTAR........................................................................................................22

2.3.1 Insolúveis.........................................................................................................................24

2.3.2 Solúveis............................................................................................................................24

2.4 FARINHA DE MARACUJÁ.............................................................................................25

CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS OBTIDOS..........................27

CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................30

REFERÊNCIAS......................................................................................................................31

Page 10: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS

Tabela 1. Formulação básica para o preparo do cookie americano tradicional

Tabela 2. Receita adaptada com farinha de maracujá

Tabela 3: Dados de absorbância da amostra

Tabela 4: Composição centesimal média do cookie de farinha de maracujá

Gráfico 1: Curva padrão

Page 11: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

LISTA DE ABREVIATURAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Cu2O Óxido de cobre I

Fehling A Solução de sulfato de cobre

Fehling B Solução de Tartarato duplo de sódio e potássio e hidróxido de sódio

NaOH Hidróxido de sódio

OMS Organização Mundial de Saúde

pH Potencial Hidrogeniônico

Page 12: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

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INTRODUÇÃO

Uma alternativa que vem crescendo desde o início da década de 1970 consiste no

aproveitamento de resíduos (principalmente cascas) de certas frutas como matéria- prima para

a produção de alguns alimentos perfeitamente passíveis de serem incluídos na alimentação

humana. Trata-se, sem sombra de dúvidas, de uma proposta plausível, visto que esses

resíduos representam extraordinária fonte de materiais considerados estratégicos para algumas

indústrias brasileiras, como é o caso da pectina que até o presente momento tem sido isolada

com propósitos comerciais, a partir de cascas de maracujá, laranja, limão e maçã (OLIVEIRA

et al, 2002).

O aproveitamento de um resíduo industrial é uma alternativa no sentido de se

utilizar alimentos de forma integral, diminuir problemas referentes à poluição ambiental,

melhorar o alimento nutricionalmente, possibilitar uma nova fonte de materiais e substâncias

consideradas estratégicas para algumas indústrias e levar o desenvolvimento de novos

produtos.

Outra possibilidade que tem mostrado viabilidade tecnológica e econômica é o

enriquecimento de produtos de alta aceitação e consumo dentro da população, incluindo-se

aos mesmos, farinhas mistas elaboradas com resíduos industriais de frutas e hortaliças, de

modo a reduzir as deficiências nutricionais decorrentes das mudanças no padrão da

alimentação, onde são consumidos cada vez mais alimentos industrializados em detrimento

dos in natura, naturalmente ricos em fibras, vitaminas e minerais.

Atualmente, o extrato seco da casca de maracujá tem sido utilizado para diminuir

as taxas de glicose nos diabéticos. O mesmo exerce uma ação positiva sobre o controle

glicêmico no tratamento da diabetes, sendo o provável mecanismo desta ação a presença de

um alto teor de pectina na casca da fruta, totalmente degradável no organismo, que ajuda a

diminuir a taxa de glicose e colesterol no sangue (RAMOS, 2004).

As frutas representam um dos principais grupos de alimentos responsáveis pelo

fornecimento de vitaminas e minerais. Correspondem ainda aos alimentos in natura mais

ricos em compostos responsáveis pela sensação agradável do aroma. Destes compostos, a

indústria de alimentos utiliza como recurso para a fabricação de novos produtos.

Considerando que as cascas podem ser fontes alternativas de alimentos, a casca do maracujá

vem sendo estudada devido seu alto teor nutritivo. Considera-se relevante o desenvolvimento

deste projeto.

Page 13: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

12

Segundo autores como Piteira et al., (2006) e Pereira (2002), as fibras alimentares

desenvolvem papéis importantes no trato gastrintestinal humano, são de origem vegetal e não

fornecem energia, mas são fundamentais ao funcionamento do sistema digestivo, embora não

sejam digeridas pelas enzimas presentes nos mesmos. Além de diminuírem a absorção de

gorduras e produzirem ácidos graxos de cadeia curta, atuantes no combate ao colesterol,

também promovem a regulação no tempo de trânsito intestinal e apresentam alto poder de

saciedade, aliada também ao consumo de água.

Destaca-se que essas propriedades fisiológicas são essenciais para o tratamento e a

prevenção das complicações oriundas da obesidade onde algumas das funções das fibras

solúveis são: retardar a passagem intestinal, o esvaziamento gástrico e a absorção da glicose,

ajudando a reduzir o colesterol no sangue, já as fibras insolúveis aceleram o trânsito intestinal,

aumentando o volume fecal, desacelerando a hidrólise da glicose, contribuindo para a redução

de alguns males do cólon.

Assim, a fibra alimentar passou a ter sua importância reconhecida e passou a ser

recomendada na alimentação por causa do aumento da incidência de algumas doenças

crônicas não transmissíveis como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes,

hipercolesterolemia, entre outras, que surgiram em populações dos centros urbanos de países

industrializados, à medida que os alimentos naturais foram sendo substituídos pelos

processados e refinados.

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CAPÍTULO 1

METODOLOGIA DA PESQUISA

1.1 Tipo e abordagem metodológica da pesquisa

O trabalho desenvolvido é do tipo quantitativo e experimental. O enfoque

qualitativo não procura medir os fenômenos ou ainda analisá-los estatisticamente. O seu

objetivo não é generalizar a pesquisa, mas interpretá-la e, ao mesmo tempo, permitir uma

contextualização do tema. Já no sentido quantitativo, questões e hipóteses necessitam ser

testadas. Ocorre uma medição padronizada e númerica assim como uma análise estatística e o

que se deseja é a comprovação daquilo que o pesquisador alega. Quanto ao prisma

experimental, este só ocorre na pesquisa quantitativa e procura com que inúmeras variáveis

independentes sejam analisadas a fim de as consequências de variáveis dependentes serem

estudadas (GIL, 2010).

1.2 Amostras

Os biscoitos foram eleborados no laboratório de Técnica e Dietética a partir de

uma formulação já existente, onde foram feitas as substituições de ingredientes.Partindo de

uma formulação de cookie americano tradicional (Tabela 1) realizamos a preparação do

cookie de farinha de maracujá (Tabela 2).

Tabela 1. Formulação básica para o preparo do cookie americano tradicional

Ingredientes Quantidades

Margarina 3 colheres de sopa

Essência de baunilha 1 colher de sobremesa

Leite 2 colheres de sopa

Trigo 200g / 2 xicaras e meia

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Açúcar mascavo 90g

Chocolate meio amargo 170g

Fermento em pó 1 colher de sobremesa

Ovo 1 unidade

Fonte: Amanda Buriti (http: //cybercook.terra.com.br/cookie-americano-tradicional-na-

comunidade.html?codigo=69342)

Tabela 2. Receita adaptada com farinha de maracujá

Ingredientes Quantidade

Halvarina 3 colheres de sopa

Essência de maracujá 1 colher de sobremesa

Leite desnatado 2 colheres de sopa

Trigo 60g

Farelo de trigo 60g

Farinha de maracujá 80g

Edulcorante especial para forno e fogão 90g

Chocolate amargo 170g

Fermento em pó 1 colher de sobremesa

Ovo 1 unidade

Fonte: autora.

Os biscoitos foram preparados da seguinte maneira:

Em uma vasilha foram misturados bem a halvarina, o ovo e o edulcorante.

Logo depois foi colocada a essência de maracujá.

Juntou-se aos poucos a farinha de trigo peneirada junto com o farelo de trigo e a

farinha de maracujá, nesse procedimento acrescentamos o leite desnatado.

Misturou-se o fermento em pó e o chocolate por final.

Os cookies foram modelados e colocados numa fôrma untada com halvarina e trigo.

A fôrma pronta foi posta em um forno pré-aquecido a 180°C durante cerca de 20

minutos.

Page 16: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

15

Os cookies foram assados em forno elétrico e depois de frios foram armazenados

separadamente em potes de 20g cada para posteriormente serem utilizados nas analises

químicas.

1.3 Métodos de análise

As análises bromatológicas de medida de pH, teor de umidade, cinzas, glicídios,

fibras e proteínas, foram realizadas nos laboratórios de química e bromatologia do curso de

Nutrição da Faculdade Maurício de Nassau em Parnaíba – PI. Os métodos utilizados para as

análises quantitativas foram retirados do manual de análises em alimentos do Instituto Adolf

Lutz (2008).

1.3.1 Determinação de umidade

Foram pesados 3 gramas de Biscoito triturado em cápsula de porcelana,

previamente tarada, e anotou-se o peso. O material foi colocado em estufa de secagem da

marca Fanem Oriom, modelo 515, a 105º C, para eliminação da água. Os cadinhos foram

colocados na chapa aquecedora para evaporação por 40 minutos. Depois, as amostras foram

resfriadas em dessecador até atingir a temperatura ambiente. Em seguida, os cadinhos

contendo a amostra seca foram pesados e os procedimentos foram repetidos até atingir peso

constante (IAL, 2008).

1.3.2 Determinação do pH

A leitura do pH foi realizada diretamente na amostra, utilizado-sepHmetro de

bolso com eletrodo e cabo modelo Q400BC – 3 V, devidamente calibrado com as soluções

tampões pH 4,01 e 6,86. Para cada leitura foi utilizado um tempo máximo de 10 minutos para

se obter o valor do pH no demonstrador digital do aparelho(IAL, 2008).

Page 17: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

16

1.3.3 Determinação de Lipídios

Foram pesados aproximadamente 5g de amostra no cartucho e colocados no

extrator depois foram lavados os balões e colocados na estufa a 105°C por uma hora. Em

seguida os balões foram colocados no dessecador e após seu resfriamento foram pesados e

acoplados no balão; Colocou-se o solvente e o conjunto na placa aquecedora, foi deixado por

16 horas e recuperamos o solvente. Retirou-se os balões da placa e colocamos na estufa por

uma hora. Retiramos os balões da estufa e colocamos no dessecador por aproximadamente 30

minutos e pesamos.

1.3.4 Determinação de Proteína

Foi preparada uma solução contendo 7g de biscoito triturado + 1000 mL de água

destilada. Dessa solução, retirou-se 1mL e transferiu-se para um tubo de ensaio. Foram

adicionados 5mL de solução de Biureto ao tubo de ensaio contendo a amostra e aguardou-se

10 minutos para ocorrer a reação entre o cobre contido na solução do Biureto e o nitrogênio

das ligações peptídicas das proteínas. Para curva de calibração, organizou-se uma bateria

contendo seis tubos de ensaio, identificados com números de 1 a 6. Em seguida, foram

adicionados em cada tubo de ensaio 5mL da solução de Biureto e deixados reagir por 10

minutos. O tubo 1 correspondeu ao branco da calibração e foi utilizado para zerar a

absorbância. As leituras de absorbância do padrão e das amostras froam realizadas em

espectrofotômetro de marca BIOSPECTRO, modelo SP-22 e o comprimento de onda

selecionado foi de 540nm. Os dados de absorbância a curva padrão foram interpolados para se

obter a melhor reta possível passando pela origem dos eixos cartesianos e, em seguida,

determinada a equação da reta para ser possível encontrar a relação absorbância em função da

concentração de proteínas nas amostras de LHO (IAL, 2008).

Page 18: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

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Tabela 3: Dados de absorbância da amostra

CONCENTRAÇÃO

( mg/mL) ABSORBANCIA LOTES

DESVIO

PADRÃO MÉDIA

0,000 0,000

0,167 0,041

0,334 0,088

0,501 0,127

0,668 0,167

0,835 0,209

CONCENTRAÇÃO

% ABSORBANCIA

Proteína

total

1,395841663 0,350 01

0,689860274 0,908037 0,420231907 0,106 02

Gráfico 1: Curva padrão

y = 0,2501x + 0,0009 R² = 0,9994

0,000

0,050

0,100

0,150

0,200

0,250

0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000

CURVA PADRÃO

ABSORBANCIA

Linear (ABSORBANCIA)

Page 19: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

18

1.3.5 Determinação de Glicídios

Foram pesados 10 g da amostra em um béquer de 100 mL, depois foi triturado e

transferido para um balão volumétrico de 250 mL completando com 200 mL de água

destilada e agitando até dissolver a amostra. Adicionou-se5mL da solução de ferrocianeto de

potássio a 15% e 5 mL da solução de sulfato de acetato de zinco a 30%, agitamos e deixamos

sedimentar. Filtramos em papel de filtro seco em frasco Erlenmeyer de 250 mL. Transferimos

o filtrado para a bureta. Colocamos num balão de fundo chato de 250 mL, com auxílio de

pipetas de 10 mL, cada uma das soluções de Fehling A e B, adicionando 40 mL de água

destilada. Foi aquecido até ebulição. Adicionou-se, gota a gota, a solução da bureta sobre a

solução do balão em ebulição, agitando sempre, até que esta solução passasse de azul a

incolor e ocorresse a formação no fundo do balão de um resíduo vermelho de óxido de cobre I

- Cu2O (IAL, 2008).

1.3.6 Determinação de Fibra Bruta

Foram pesados 2 g da amostra, envolvemos em papel de filtro e amarramos com

lã. Aqueceu-se em estufa para eliminar o resto de solvente. Transferimos o resíduo para um

frasco Erlenmeyer de 750 mL, adicionou-se 100 mL de solução ácida e 0,5 g de agente de

filtração. Adaptamos o frasco Erlenmeyer a um refrigerante de refluxo por 40 minutos a partir

do tempo em que a solução ácida foi adicionada, mantendo sempre aquecido. Agitou-se,

frequentemente, a fim de evitar que gotas secassem na parede do frasco. Filtrou-se em

cadinho de Gooch previamente preparado com areia diatomácea e com auxílio de vácuo.

Lavou-se com água fervente até que a água de lavagem não tivesse reação ácida. Lavou-se

com 20 mL de álcool e 20 mL de éter. Aquecemos em estufa a 105°C, por 2 horas. Resfriou-

se em dessecador até a temperatura ambiente. Pesamos e repetimos as operações de

aquecimento e resfriamento até peso constante. Incinerou-se em mula a 550°C. Resfriou-se

em dessecador até a temperatura ambiente. Pesamos e repetimos as operações de aquecimento

e resfriamento até peso constante. A perda de peso determinou a quantidade de fibra bruta.

Page 20: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

19

CAPÍTULO 2

SUPORTE TEÓRICO

2.1 O mercado da alimentação

O estado de nutrição e saúde da população é diretamente afetado pela qualidade e

quantidade de alimentos consumidos. O Brasil ainda apresenta grande carência de

informações sistematicamente coletadas que permitam uma análise quantitativa precisa.

Contudo, a partir de estudos dos dados do IBGE é possível conhecer os principais riscos

associados ao atual padrão de consumo alimentar.

Além disso, a preferência por consumir alimentos fora do lar parece estar se

estabelecendo como tendência diretamente associada ao emprego e a renda. Na região

sudeste, que responde pelo maior PIB do país, as famílias gastam em média 27% do

orçamento doméstico destinado a alimentos em equipamentos como restaurantes, bares e

lanchonetes, o maior percentual entre as cinco regiões administrativas.

A excessiva exposição a gêneros alimentares com grande quantidade de energia

não acompanhada de nutrientes, como os alimentos ricos em gordura, amido, açúcar e sal,

naturalmente compromete o estado nutricional em médio prazo. Esta preocupação foi

apontada pelo Ministério da Saúde em seu Guia Alimentar para a População Brasileira

(2009), ao analisar os dados do IBGE para definir os principais riscos nutricionais a que estão

sujeitos os brasileiros atualmente. Afastada a preocupação com carência protéica, nota-se a

diminuição do consumo de carboidratos complexos e a transferência do volume de açúcar

consumido para a figura de refrigerantes, acompanhados do aumento da ingestão de gordura,

especialmente saturada.

No Brasil, entre as 24 categorias de alimentos mais vendidos em 2005, 75% estão

ligadas à saúde. Uma pesquisa feita pela Health Focus em 30 países mostra que 44% dos

consumidores brasileiros da classe A e B escolhem seus alimentos com base na relação que

eles têm com a saúde, sendo um dos maiores índices da América Latina (OLIVEIRA &

FERNANDES, 2004). De maneira geral, a indústria alimentícia brasileira viu seu faturamento

aumentar nos últimos anos, passando de 112 bilhões de reais, em 2001, para 184,6 bilhões,

em 2005, mas sua participação manteve-se ao redor de 10% do Produto Interno Bruto (PIB)

Page 21: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

20

brasileiro, entre 2001 e 2005. Os principais setores em 2005 (em valor faturado) eram por

ordem decrescente: 1) derivados de carne; 2) beneficiamento de café, chá e cereais; 3) óleos e

gorduras; 4) laticínios e 5) açúcares.

Os alimentos funcionais vêm adquirindo uma presença crescente nessa indústria,

tendo faturado 2,5 bilhões de dólares, em 2003 (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

ALIMENTOS FUNCIONAIS, 2007). No Brasil, já são vários os alimentos funcionais

presentes no mercado: além dos iogurtes com pro-bióticos que melhoram a saúde intestinal,

podemos citar leites enriquecidos com ferro (que ajuda na prevenção e no tratamento da

anemia), com vitaminas e com o ácido ômega-3 (que ajuda no controle do colesterol), bem

como ovos e margarinas enriquecidos também com ômega-3. O setor da água mineral não

ficou fora do movimento e ingressou recentemente no mercado das bebidas funcionais,

oferecendo águas que contêm alta concentração de vitaminas C e do complexo B, a fim de

fortalecer o sistema imunológico, ou que contêm a fibra FOS (frutooligossacarídeo) e

prometem contribuir para a prevenção dos cânceres de mama e de cólon e para a redução dos

riscos de doenças cardiovasculares, além de regular o intestino.

Os alimentos associados a uma forte imagem de “saúde” representam uma fonte

de diferenciação e de rentabilidade em certos ramos do setor alimentar que conhecem uma

forte estagnação, como os laticínios. Na França, por exemplo, a taxa de valor agregado dos

laticínios “saúde” é de 20%, contra 13% para a simples transformação do leite (PADILLA et

al, 2006). Para as indústrias alimentares, a chave do sucesso no mercado dos alimentos

funcionais reside na inovação, o que constitui uma poderosa barreira à entrada de novas

empresas. Para atender as demandas específicas em termo de saúde, as indústrias devem cada

vez mais especializar-se e segmentar seus produtos, o que lhes obriga a realizar investimentos

pesados na área da pesquisa e desenvolvimento e na área da comunicação. Somente as

multinacionais e algumas grandes empresas nacionais podem mobilizar os recursos

financeiros necessários.

Nesse contexto, as indústrias alimentares são levadas a adotar determinadas

estratégias, como a aproximação com firmas farmacêuticas por meio de operações de parceria

(fusões e aquisições). A vantagem da farmácia reside no seu forte potencial de pesquisa e nas

suas relações estreitas com o meio médico. Por sua vez, a indústria alimentar conhece bem o

consumidor, o marketing de massa e sabe como manter uma dimensão de “prazer” nos

alimentos funcionais.

Page 22: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

21

2.2 Alimentos funcionais

A migração das populações rurais para os centros urbanos causou profundas

modificações nos hábitos alimentares dos indivíduos, ganhando popularidade a alimentação a

base de carnes, cereais refinados e açúcar, pobres em fibra alimentar.

Nos últimos anos têm crescido o interesse por alimentos ou componentes

alimentares ativos fisiologicamente, que promovam à saúde. Diversos estudos

epidemiológicos indicaram que hábitos de vida, especialmente os alimentares, eram fatores de

proteção. A partir daí, diversos estudos apontaram para a ação benéfica de componentes

alimentares (VIGGINIANO, 2005).

O papel da alimentação equilibrada na manutenção da saúde tem despertado

interesse pela comunidade científica que tem produzido inúmeros estudos com o intuito de

comprovar a atuação de certos alimentos na prevenção de doenças. Qualquer alimento, natural

ou preparado, que contenha uma ou mais substâncias, classificadas como nutrientes ou não

nutrientes capazes de atuar no metabolismo e na fisiologia humana, promovendo efeitos

benéficos para saúde podendo retardar o estabelecimento de doenças crônico-degenerativas e

melhorar a qualidade e expectativa de vida das pessoas. (PIMENTEL, e col. 2005). Na década

de 80, foram estudados no Japão, alimentos que além de satisfazerem às necessidades

nutricionais básicas desempenhavam efeitos fisiológicos benéficos.

Após um longo período de trabalho, em 1991, a categoria de alimentos foi

regulamentada recebendo a denominação de (FOSHU) "Foods forSpecified Health Use"

(SHIMIZIU, 2002). A tradução da expressão para o português é: Alimentos Funcionais ou

Nutracêuticos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos

funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação

de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras

funções normais do organismo humano.

Este novo conceito de alimentos promotores de boa saúde está emergindo como

uma nova fronteira no desafio dos profissionais de nutrição e introduzindo a necessidade dos

nutrientes tradicionais, como estabelecido ao longo de todos os anos de estudos da Nutrição,

mas muito ampliada para o conceito nutriente preventivos.

Nutrientes são necessários para o desenvolvimento e crescimento normais dos

indivíduos. Mas não é somente para todas essas necessidades, é preciso também, proteger os

indivíduos contra os riscos por agressões genéticas e do meio ambiente, incluindo os hábitos

Page 23: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

22

alimentares, reduzindo riscos que poderiam ser minimizados, através de uma nutrição

preventiva, iniciada logo após o desmame e continuada ao longo de toda a vida. Obviamente,

que não se proíbe o consumo de alimentos menos recomendados, mas é necessária

moderação.

É neste ponto que outros componentes dos alimentos, não somente os nutrientes

tradicionais devem também, fazer parte da alimentação. Estes compostos dos alimentos que

existem em alimentos e que não são os nutrientes clássicos, mas apresentam propriedades

funcionais benéficas, além dos efeitos tradicionais dos nutrientes, devem ser consumidos

normalmente.

Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o

crescente aparecimento de doenças crônicas como obesidade, aterosclerose, hipertensão,

osteoporose, diabetes e câncer, está havendo uma preocupação maior, por parte da população

e dos órgãos públicos de saúde, com a alimentação. Hábitos alimentares adequados como o

consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas e, ricos em fibras presentes em frutas,

legumes, verduras e cereais integrais, juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios

físicos regulares, ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na

diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o

envelhecimento. (MAGNONI, 2007)

O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais, além de atuar em

funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também

seguro para o consumo sem supervisão médica. (STELLA, 2007). O surgimento recente

desses novos produtos que trazem um "algo mais", além dos nutrientes já conhecidos, teve

influência de fatores como: os altos custos com o tratamento de doenças, o avanço nos

conhecimentos mostrando a relação entre a alimentação e o binômio saúde/doença e os

interesses econômicos da indústria de alimentos. (STELLA, 2007)

2.3 Fibras alimentares

A investigação sobre o papel das fibras na dieta no organismo humano não é

nova. A propriedade laxativa do farelo de trigo é reconhecida desde o tempo de Hipócrates e

foi comprovada por pesquisas científicas realizadas nos anos 30, valorizando o emprego das

fibras alimentares para tratar a constipação intestinal. (MAGNONI, 2007) Nos anos 50,

Page 24: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

23

alguns pesquisadores começaram a notar que em coletividades não submetidas aos processos

da industrialização de alimentos, os casos de constipação intestinal eram raros, ou mesmo

inexistentes. (PIMENTEL e col. 2005)

O interesse de fibras alimentares na dieta surgiu no início da década de 70, com

grupos de voluntários na África, pela ação de dois médicos ingleses, Denis Burkitt e Hugh

Trowell, onde descobriram que muitas doenças ocidentais eram decorrentes da falta de fibras

na dieta. Os nativos eram habituados a refeições ricas em cereais integrais, verduras, frutas e

legumes, que muitas vezes o consumo de fibras alimentares chegava até 150 g/dia, enquanto

que em países desenvolvidos o consumo chegava a aproximadamente 15 g/dia, por este

motivo os nativos não conheciam as doenças gastrointestinais e todas as demais enfermidades

comuns em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, onde a ingestão de alimentos refinados

e de origens animais superou a dos vegetais e alimentos integrais (SBAN, 1990).

A partir deste ponto, os cientistas chegaram a seguinte conclusão: se o homem

voltasse à dieta para o qual está geneticamente adaptado, com mais itens vegetais,

naturalmente consumiria mais fibras alimentares e menos gordura, trazendo diversos

benefícios para a saúde, prevenindo a incidência de câncer e doenças cardiovasculares, que

juntas correspondem a mais de 80% de mortes prematuras em países desenvolvidos e

subdesenvolvidos como no caso do Brasil. (TEIXEIRA, 2006)

O termo “Fibra Alimentar” utilizado para descrever nutrientes que não seriam

digeridos ou absorvidos pelos seres humanos foi empregado pela primeira vez em 1943 por

Hipsley. No entanto, foi apenas no inicio dos anos 70 que esse termo foi utilizado para

descrever os polissacarídeos componentes de vegetais que são resistentes a hidrolise por

enzimas digestivas de humanos (SANTANA, et al. 2011).

Desde então, surgiram hipóteses que relacionavam o consumo de fibra alimentar

com efeitos benéficos à saúde, como diminuição da incidência de câncer de cólon e doenças

cardiovasculares. Dentro desse contexto, em 1976, Trowellet al. Passaram a adotar uma

definição de fibra alimentar que englobava os outros oligossacarídeos não-disponíveis que,

embora não tenham suas origens na parede celular dos vegetais, possuem propriedades

funcionais semelhantes.

As fibras das dietas fazem parte de uma ampla categoria de carboidratos, podendo

ser fermentáveis ou não fermentáveis. Podem ser classificadas segundo o papel que

desempenham nos vegetais, sendo polissacarídeos estruturais e não estruturais. O primeiro

grupo, estruturais, é constituído de componentes da parede celular da planta: celulose,

hemiceluloses, pectinas, dentre outras. Os não estruturais incluem a lignina (SAAD, 2006).

Page 25: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

24

Outra forma de classificá-las, a qual está sendo amplamente utilizada em

pesquisas de alimentos, é a diferenciação com base na propriedade física da solubilidade:

fibras solúveis e insolúveis. As dietas ricas em fibras, solúveis e insolúveis, são aliadas da

prevenção de doenças e manutenção da saúde, pois previnem o aparecimento de câncer de

intestino, ajudam a eliminar gorduras prejudiciais e toxinas do organismo, são aliadas no

controle de peso, contribuído para a redução da obesidade, pois induzem a saciedade

promovendo menor ingestão de alimentos e calorias (PIMENTEL; FRANCKI; GOLLUCKE,

2005).

2.3.1 Insolúveis

As fibras insolúveis proporcionam uma textura firme a alguns alimentos, como o

farelo de trigo e as hortaliças. Ingerir alimentos ricos em fibras insolúveis auxilia no

tratamento ou prevenção da constipação, hemorróidas, doença diverticular, câncer e outros

problemas intestinais (LIMA, 2007). As fibras insolúveis são utilizadas em especial para

benefícios nutricionais, mas algumas podem também ser usadas pelas suas propriedades

tecnológicas, essas fibras têm um efeito mais pronunciado no aumento do bolo fecal, por

manterem sua estrutura no cólon. Ainda segundo o referido autor as fibras alimentares têm

efeito na saciedade, em decorrência, primeiramente, da distensão das fibras no estômago e,

depois, do aumento da secreção do hormônio intestinal colecistoquinina, que diminui a

velocidade do esvaziamento gástrico.

2.3.2 Solúveis

A fibra alimentar solúvel é composto por pectinas, beta-glicanas, gomas,

mucilagens e algumas hemiceluloses. Os componentes insolúveis são lignina, pectinas

insolúveis, celulose e hemiceluloses. Esta classificação apresenta importância quanto a sua

ação, pois os efeitos fisiológicos das fibras solúveis são diferentes das fibras insolúveis.

As fibras solúveis, que são um dos principais objetos desse estudo, por serem

componentes presentes na farinha de casca de maracujá, retardam o esvaziamento gástrico, a

Page 26: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

25

absorção da glicose e reduzem o colesterol no soro sanguíneo. Aproximadamente um terço

das fibras alimentares totais ingeridas com a dieta habitual é solúvel. Este tipo de fibra forma

gel em contato com água, aumentando a viscosidade dos alimentos parcialmente digeridos no

estômago. As principais fibras solúveis são:

Pectinas: Essas substâncias dão firmeza às plantas, colando as paredes celulares. São

usadas como espessantes, emulsificantes e conservantes em alimentos, assim como para a

formação de gel.

Hemiceluloses: Esta substância nos vegetais formam as paredes celulares e o material que

liga as células. Podem ser quimicamente muito variadas e apresentarem frações insolúveis.

Entre as hemiceluloses mais importantes estão as beta-glucanas da aveia e cevada. A maioria

das gomas e mucilagens também pertence ao grupo das hemiceluloses. (PIMENTEL e col.

2005).

As fibras solúveis estão presentes em vários produtos que possuem

exclusivamente este tipo de fibras com destaque para: a goma acácia, a pectina, a goma

xantana, mucilagens e algumas hemiceluloses, embora em quantidade muito menor a das

fibras insolúveis. O primeiro aspecto importante das fibras solúveis é o aumento do tempo de

exposição dos nutrientes no estômago, proporcionando uma melhora na digestão dos mesmos,

em particular os açúcares e as gorduras. Este aspecto contribui na regularização do

metabolismo energético para um melhor aproveitamento no desempenho de todas as

atividades físicas. (PIMENTEL e col. 2005).

2.4 Farinha de Maracujá

Devido a uma postura mais consciente em relação à saúde tem-se observado uma

mudança mundial no perfil do consumidor. Atualmente, a população está mais atenta aos

benefícios trazidos por alimentos com teor reduzido de gorduras, açúcares e com adição de

fibras e proteínas. Assim, a demanda por padrões nutricionais apropriados é cercada por

custos elevados, muitas vezes diminuindo a disponibilidade de matérias-primas, além de

problemas referentes à poluição ambiental, despertando o interesse na recuperação e

aproveitamento de resíduos. Segundo Lousada Junior et al. (2006), calcula-se que do total de

frutas processadas, em média, sejam gerados 40% de resíduos agroindustriais para frutas

como manga, acerola, maracujá e caju.

Page 27: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

26

Com isso, sugerem-se várias alternativas para aproveitar os alimentos na forma

integral, como a utilização de casca, talos e folhas de vegetais na alimentação. Essas partes

dos frutos e hortaliças são ricas em fibras. Alguns estudos têm demonstrado a utilidade

terapêutica das fibras alimentares na redução da concentração de glicose no sangue e na

necessidade de insulina em pacientes diabéticos (JANEBRO et al, 2008). Uma das fibras de

grande importância é o extrato seco da casca de Passiflora sp., que exerce uma ação positiva

sobre o controle glicêmico no tratamento do Diabetes mellitus tipo II, sendo o provável

mecanismo desta ação, a presença de um alto teor de pectina na casca da fruta, fibra solúvel,

totalmente degradável no organismo, que ajuda a diminuir a taxa de glicose (JANEBRO et al,

2008, JUNQUEIRA, 2002) e colesterol no sangue (RAMOS et al, 2007).

A utilização da casca do maracujá vem sendo aplicada em vários alimentos. Entre

alguns exemplos dos produtos já pesquisados, podemos citar doce em calda (OLIVEIRA et al,

2002, COSTA, et al, 2008), geléia (LIRA FILHO, 1995), barras de cereais (SILVA et al,

2009), pães (LOPES, 2011), biscoitos (ISHIMOTO et al, 2007), massas alimentícias

(SPANHOLI, 2009) e cereal matinal (LEORO, 2007).

A casca do maracujá (parte branca) é rica em pectina, niacina (vitamina B3),

ferro, cálcio, e fósforo. Em humanos, a niacina atua no crescimento e na produção de

hormônios, assim como previne problemas gastrointestinais. Os minerais atuam na prevenção

da anemia (ferro), crescimento, fortalecimento dos ossos (cálcio) e na formação celular

(fósforo) (GOMES, 2004). Quanto à composição de fibras, a casca do maracujá constitui

produto vegetal rico em fibra do tipo solúvel (pectinas e mucilagens), benéfica ao ser humano.

Ao contrário da fibra insolúvel (contida no farelo dos cereais) que pode interferir na absorção

do ferro, a fibra solúvel pode auxiliar na prevenção de doenças (BINA, 2004).

A casca do maracujá é constituída basicamente, por carboidratos, proteínas e

pectina, substância esta que pesquisas vêm demonstrando possuir a capacidade de reduzir o

chamado “mau colesterol” (LDL) e aumentar o “bom colesterol” (HDL).

Page 28: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

27

CAPÍTULO 3

ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS OBTIDOS

A tabela 04 mostra a composição centesimal em g/100 g dos valores de média e

desvio padrão obtido para o Biscoito tipo cookie de farinha de maracujá para os seguintes

parâmetros: umidade, pH, proteínas, glicídios, fibras, cinzas e lipídios; enquanto que as

calorias são mencionadas em Kcal. As amostras foram produzidas no período de agosto a

outubro do ano 2013 no laboratório da Faculdade Mauricio de Nassau da cidade de Parnaíba-

PI, as quais foram analisadas conforme metodologia definida.

Os valores de caloria calculados a partir da relação energética dos carboidratos,

proteínas e lipídios do biscoito foram citados separadamente. Os resultados mostraram que o

biscoito apresentou média de 457,7 Kcal para cada 100 gramas de amostra analisada. Segundo

Costa (2012) ao analisar a composição centesimal de biscoitos enriquecidos com farinha de

maracujá encontrou valor médio de 400 Kcal/100g.

Os valores de umidade apresentaram uma média de 15,89%, sendo superiores aos

observados por Ando et al. (2007) que estudaram cookies acrescidos de farinha de

maracujá e observaram valores de umidade de 8,28%. Menores percentuais de umidade são

ideais para um aumento da sua vida de prateleira (MADRONA; ALMEIDA, 2008), já que

baixos conteúdos de umidade são capazes de inibir o crescimento de microrganismos e

provocar modificações na textura. A quantificação da água no alimento é necessária, pois a

mesma é o elemento mais importante da composição centesimal do alimento e, por meio do

seu percentual e dos solutos do alimento nela dissolvidos é possível identificar e prevê as

possíveis reações bioquímicas de transformação do alimento (BOBBIO; BOBBIO, 2001;

CECCHI, 2003).

Valores superiores do teor de cinzas, em média 3,0% e aproximados aos

encontrados neste estudo, com média de 2,75% foram relatados por Madrona e Almeida

(2008), com diferentes formulações de cookie com okara. Ishimoto et al. (2007) avaliaram

biscoitos acrescidos com farinha da casca de maracujá, e apresentaram teores de cinzas de

1,65%. Ando et al. (2007) estudando o efeito da adição de farinha de casca de maracujá,

observou que não existe diferença significativa (p<0,05) entre o cookie enriquecido com

farinha de maracujá e o cookie sem esta adição quanto ao conteúdo de cinzas. Os referidos

Page 29: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

28

autores observaram valores de cinzas de 2,35% e 1,19% em cookies acrescidos de farinha da

casca de maracujá e sem a adição da farinha, respectivamente.

O valor do pH do biscoito de farinha de maracujá encontrou-se na faixa de 5,30,

valor aproximado aos relatados por Sousa e Silva (2010), cujo valor variou entre 5,47 a 7,84.

Esse autor afirma ainda que o valor do pH seja inversamente proporcional ao conteúdo

lipídico, portanto quanto maior o percentual de gordura menor é o valor do pH.

O teor de lipídios encontrados no biscoito de farinha de maracujá foi de 33,5%%,

isto ocorreu devido ao fato da casca de maracujá não ser fonte de lipídios, sendo o conteúdo

de lipídio observado nos cookies proveniente do chocolate e da margarina utilizada. Ando

et al. (2007), observaram teores de lipídios de 31,14% em cookies enriquecidos com

farinha de casca de maracujá. Os referidos autores utilizaram na formulação dos cookies a

mesma quantidade de margarina do que os utilizados no presente estudo, mas não utilizaram o

chocolate.

Tabela 04: Composição centesimal média do cookie de farinha de maracujá

Amostra

Calorias

(Kcal)

Umidade

(g/100g)

pH Proteínas

(g/100g)

Glicídios

(g/100g)

Fibras

(g/100g)

Cinzas

(g/100g)

Lipídios

(g/100g)

Biscoito 457,7 15,89

5,30 0,91

38,129

8,81 2,75 33,508

A quantidade baixa de carboidratos observados no presente estudo, 38, 129% é

devido ao uso de um adoçante especial para forno e fogão adicionado no preparo do biscoito

de farinha de maracujá sem adição de açúcar na formulação dos cookie. Valores superiores

foram relatados por Rodrigues et al. (2007), 68,90 a 70,10% para cookies formulados com

diferentes tipos de café.

Os valores de proteínas foram de 0,91% na formulação estudada. Indicando que o

biscoito de farinha de maracujá não é fonte de proteínas. Ando et al. (2007), observaram

teores de proteínas de 9,33% em cookies enriquecidos de farinha da casca de maracujá.

Rodrigues et al. (2007), encontraram valor médio de 7,61% para cookies formulados com

diferentes tipos de café.

Em relação ao teor de fibras, com valor de 8,81%, observa-se que a substituição

de uma parte da farinha de trigo por uma de farinha da casca do maracujá e de farelo de trigo,

proporcionou acréscimo significativo deste nutriente para o biscoito otimizado quando

comparado ao padrão. Vale ressaltar que a farinha de casca de maracujá foi a principal

responsável por esse enriquecimento, por se tratar de um produto com “alto teor de fibras”

Page 30: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

29

(aproximadamente 36g/100g). A quantidade de fibras no biscoito otimizado permite predizer

que pode ser considerado “fonte de fibras” segundo a legislação brasileira que preconiza no

mínimo 3 gramas/100g do alimento.

Ishimoto et al. no desenvolvimento de biscoito com farinha de casca de maracujá,

observaram que a melhor formulação foi aquela com incorporação de 33g de farinha de casca

de maracujá. A quantidade de fibra adicionada foi responsável pelo incremento de 7,5 vezes o

teor de fibra originalmente presente no biscoito padrão. Apesar dos resultados obtidos no

presente estudo corresponderem a um maior aumento em relação ao biscoito otimizado, que

foi cerca de 25 vezes superior à quantidade de fibra em relação ao padrão, pode-se verificar

que da mesma forma o aumento da fibra foi bastante pronunciado.

Page 31: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

30

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados apresentados neste trabalho indicam que a farinha de maracujá pode

ser utilizada em biscoitos tipo cookies com o intuito de melhorar sua qualidade nutricional.

Os biscoitos tipo cookie elaborados com farinha de maracujá se enquadram nos conceitos de

alimento funcional, devido possuir nas suas formulações ingredientes funcionais que

proporcionam benefícios à saúde com o intuito de promover melhoria na qualidade de vida.

A farinha da casca de maracujá apresenta potencial de aplicação para

enriquecimento de alimentos, uma vez que, foi possível elaborar biscoito sensorialmente

aceitável e com a presença de 8,81% de fibras em sua constituição; caracterizando-se,

portanto, como produto alimentício fonte de fibras, além de possuir alto teor de minerais.

Portanto, os resultados sugerem a viabilidade de produção de biscoitos

enriquecidos com qualidade sensorial, nutricional e funcional. Por serem considerados de

menor densidade calórica e fonte de fibras.

Page 32: Analise fisico-quimica de biscoitos tipo cookie utilizando farinha de maracujá

31

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