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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA
Secretaria de Processamento e Julgamento Departamento do Pleno
Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
Av. Presidente Dutra nº 4229, Bairro: Pedrinhas Porto Velho - Rondônia CEP: 76801-326
www.tce.ro.gov.br
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Proc.: 03835/11
Fls.:__________
PROCESSO Nº: 3835/TCER-2011
UNIDADE: Prefeitura Municipal de Vilhena ASSUNTO: Tomada de Contas Especial (Decisão nº 372/2011-2ª Câmara),
objetivando apurar possíveis irregularidades na aquisição de passagens aéreas e terrestres, no período entre janeiro e outubro de 2011
RESPONSÁVEIS: José Luiz Rover, Prefeito (CPF nº 591.002.149-49)
José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de Educação (CPF nº 051.977.082-04)
José Luiz Serafim, Secretário Municipal de Comunicação (CPF nº 025.197.249-60) Mário Gardini, Subprocurador do Município (CPF nº 452.428.529-68)
Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral do Município (CPF nº 030.501.019-03)
Lizangela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social (CPF nº 581.500.562-20) Ivani Ferreira Vieira, Servidora Pública (CPF nº 390.292.479-91)
Maria Zenaide Alexo Luna Rodrigues, Servidora Pública (CPF nº 219.947.732-00)
Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral (CPF nº 386.781.287-04) Edmar dos Santos Pereira, Secretário Adjunto da Semed (CPF nº 419.305.252-49)
Sérgio Norberto da Silva, Assessor de Orçamento da Semed (CPF nº 474.727.151-15)
Vivaldo Carneiro Gomes, Secretário Municipal de Saúde (CPF nº 326.732.132- 87)
Valdir de Araújo Coelho, Servidor Público (CPF nº 022.542.803.25)
Severino Miguel de Barros Júnior, Secretário Municipal Interino da Semfaz e Assistente da Controladoria (CPF nº 766.904.311-34)
Gustavo Valmórbida (CPF nº 514.353.572-72), Secretário Municipal Interino da Semfaz (02/08/10 a 18/04/11) e Chefe de Gabinete Luciléia Rosa Fernandes, Secretária Municipal Adjunta da Semfaz
(CPF nº 643.704.612-00) Geisa Maria Vivan, Secretária Municipal Adjunta da Semas (CPF nº
734.221.772-72) Welliton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal da Semec (CPF nº 619.157.502-53)
Anisio Pereira Ruas, Secretário Municipal Adjunto da Semec (CPF nº 204.114.132-87)
Acira Hasan Abdalla, Gerente de Normas (CPF nº 701.507.372-20) Eduardo Portela da Silva, Gerente de Planejamento e Controle (CPF nº 788.273.102-15)
Maira Sobral Vannier, Gerente Técnica (CPF nº 893.699.397-68) Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento (CPF nº
006.369.759-91)
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José Cândido Gonçalves de Espíndula, Secretário Municipal da
Semagri (CPF nº 062.721.420-72) Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de Transporte e
Trânsito (CPF nº 004.601.637-60) Marcos Ivan Zola, Secretário Municipal de Turismo, Indústria e Comércio (CPF nº 544.045.259-15)
Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração (CPF nº 283.959.482-04)
Rose Meire Ikino, Presidente do Cmdca (CPF nº 526.781.729-53) Ângelo Mariano Donadon Júnior, Advogado Municipal (CPF nº 260.749.168-10)
Letícia T. N. Linares, Servidora Pública (CPF nº 856.124.212-49) Milbene de Oliveira Filha, Servidora Pública (CPF nº 162.981.442-34)
Caroline Batista Silva, Servidora Pública (CPF nº 754.222.042-04) Celina Aureliano de Araújo, Servidora Pública (CPF nº 389.971.502-00)
Silviane Gomes de Lima, Servidora Pública (CPF nº 581.951.142-53) Loreni Grosbelli, Servidora Pública (CPF nº 316.673.332-91)
José de André de Almeida, Servidor Público (CPF nº 154.038.828-04) RELATOR: Conselheiro PAULO CURI NETO
Tomada de Contas Especial. Poder Executivo do
Município de Vilhena. Irregularidades danosas e
formais graves consumadas. Aquisição de passagens
aéreas e terrestres. Pagamento de despesa sem a regular
liquidação. Dispensa e inexigibilidade ilegal de
licitação. Realização de despesa, mediante confissão de
dívida, sem prévio empenho e sem licitação. Alta
reprovabilidade das condutas investigadas. Julgamento
irregular. Responsabilização com a imputação de
débitos e de multas.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam de
fiscalização com o escopo de apurar supostas irregularidades na aquisição de passagens aéreas e terrestres pelo Poder Executivo de Vilhena, no período de janeiro a outubro de 2011,
que, por força da Decisão nº 372/2011-2ª Câmara, foi convertida em Tomada de Contas Especial, como tudo dos autos consta.
ACORDAM os Senhores Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro PAULO CURI
NETO, por unanimidade de votos, em: I - Julgar irregular a presente Tomada de Contas Especial,
com fundamento no artigo 16, III, “b” e “c”, da Lei Complementar nº. 154/96, em relação aos Senhores José Luiz Rover, Prefeito, José Luis Serafim, Secretário Municipal Adjunto de
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Comunicação, Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento, José Carlos
Arrigo, Secretário Municipal de Educação, José Candido Gonçalves Espindula, Secretário Municipal de Agricultura, Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de
Transporte e Trânsito, Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração, Wellinton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura, Gustavo
Valmórbida, Secretário Municipal de Fazenda, Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral
do Município, Mário Gardini, Procurador do Município, Carlos Eduardo Machado
Ferreira, Procurador Geral do Município, bem como Lizângela Marta Silva Rover,
Secretária Municipal de Assistência Social, em razão das seguintes irregularidades:
a) de responsabilidade dos Senhores José Luiz Rover, Prefeito,
José Luis Serafim, Secretário Municipal Adjunto de Comunicação, Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento, José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de Educação,
José Candido Gonçalves Espindula, Secretário Municipal de Agricultura, Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração, Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral
do Município, Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social, Wellinton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura, Roberto Scalércio
Pires, Controlador Geral do Município: irregular liquidação da despesa com a aquisição de passagens aéreas e terrestres, o que ocasionou a lesão de ordem econômica no valor total histórico de R$ 84.412,50 (oitenta e quatro mil, quatrocentos e doze reais e cinquenta
centavos)1, distribuído de acordo com o exposto na fundamentação deste voto;
b) de responsabilidade dos Senhores José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de Educação, José Luiz Rover, Prefeito, Mário Gardini, Procurador do Município, e Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social:
contratações ilegais, sem licitação (artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93); e
c) de responsabilidade dos Senhores José Luiz Rover, Prefeito, e Gustavo Valmórbida, Chefe de Gabinete: realização de despesa, mediante confissão de dívida, sem prévio empenho e sem licitação.
II - Imputar o débito no valor histórico de R$ 4.996,00 (quatro
mil novecentos e noventa e seis reais), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$10.714,59 (dez mil, setecentos e quatorze reais e cinquenta e nove centavos), com fulcro
no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e José Luis Serafim, Secretário Municipal Adjunto de Comunicação, por terem,
respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processo 1563/11);
III - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.612,63 (mil seiscentos e doze reais e sessenta e três centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e
acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia 1 R$ 4.787,91 (passagens aéreas) + 1.942,61 (passagens aéreas) + 77.681,98 (passagens terrestres).
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de R$ 3.458,50 (três mil quatrocentos e cinquenta e oito reais e cinquenta centavos), com
fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz
Rover, Prefeito, e Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento, por terem,
respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 967/11 e 815/11);
IV - Imputar o débito no valor histórico de R$ 5.492,07 (cinco mil quatrocentos e noventa e dois reais e sete centavos), que, ao ser atualizado
monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 11.778,48 (onze mil setecentos e setenta e sete reais e quarenta e oito centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos
Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de Educação, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa
sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 1886/11 e 4821/11);
V - Imputar o débito no valor histórico de R$ 2.302,57 (dois mil trezentos e dois reais e cinquenta e sete centavos), que, ao ser atualizado monetariamente
e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 4.938,17 (quatro mil novecentos e trinta e oito reais e dezessete centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz
Rover, Prefeito, e José Cândido Gonçalves Espindula, Secretário Municipal de Agricultura, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da
despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 990/11 e 1000/11);
VI - Imputar o débito no valor histórico de R$ 6.990,78 (seis mil novecentos e noventa reais e setenta e oito centavos), que, ao ser atualizado
monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 14.992,66 (quatorze mil novecentos e noventa e dois reais e sessenta e seis centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96,
solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, por terem, respectivamente, ordenado e
emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 1410/11, 1536/11 e 3879/11);
VII - Imputar o débito no valor histórico de R$ 2.408,50 (dois mil quatrocentos e oito reais e cinquenta centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e
acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 5.165,35 (cinco mil cento e sessenta e cinco reais e trinta e cinco centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover,
Prefeito, e Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem
prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 2753/11 e 4317/11);
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VIII - Imputar o débito no valor histórico de R$ 2.818,50 (dois
mil oitocentos e dezoito reais e cinquenta centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia
de R$ 6.044,65 (seis mil e quarenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral do Município, por terem,
respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processo nº 104/11);
IX - Imputar o débito no valor histórico de R$ 47.712,00
(quarenta e sete mil setecentos e doze reais), que, ao ser atualizado monetariamente e
acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 102.324,74 (cento e dois mil trezentos e vinte e quatro reais e setenta e quatro
centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o
adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 383/11 e 471/11);
X - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.753,43 (mil
setecentos e cinquenta e três reais e quarenta e três centavos), que, ao ser atualizado
monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 3.760,46 (três mil setecentos e sessenta reais e quarenta e seis
centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Wellinton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o
adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 400/11 e 404/11);
XI - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.595,50 (mil
quinhentos e noventa e cinco reais e cinquenta centavos), que, ao ser atualizado
monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 3.421,76 (três mil quatrocentos e vinte e um reais e setenta e seis
centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral do Município, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa
sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processo nº 551/11);
XII - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.942,61 (mil novecentos e quarenta e dois reais e sessenta e um centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de
2016, perfaz a quantia de R$ 4.166,19 (quatro mil cento e sessenta e seis reais e dezenove centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs.
José Luiz Rover, Prefeito, e Gustavo Valmórbida, Secretário Municipal de Fazenda, por
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terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa
sem prévia liquidação com a aquisição de passagens aéreas (processo nº 09/11);
XIII- Imputar o débito no valor histórico de R$ 4.787,91 (quatro mil setecentos e oitenta e sete reais e noventa e um centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de
2016, perfaz a quantia de R$ 10.268,31 (dez mil duzentos e sessenta e oito reais e trinta e um centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, ao Sr. Heitor Tinti
Batista, Secretário Municipal de Planejamento, por ter emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens aéreas (processo nº 122/11);
XIV - Aplicar multa individual, com fulcro no art. 54 da Lei
Complementar nº 154/96, no percentual de 10% (dez por cento) do valor atualizado do débito cominado (sem a incidência dos juros de mora), totalizando R$ 10.818,14 (dez mil oitocentos e dezoito reais e quatorze centavos), ao Sr. José Luiz Rover, Prefeito, por ter ordenado
indevidamente os pagamentos sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres e aéreas (itens II a XII), o que acarretou a lesão de ordem econômica no valor total histórico
de R$ 84.412,50 (oitenta e quatro mil, quatrocentos e doze reais e cinquenta centavos); XV - Aplicar multa individual, com fulcro no art. 54 da Lei
Complementar nº 154/96, no percentual de 10% (dez por cento) do valor atualizado do débito cominado (sem a incidência dos juros de mora), totalizando R$ 6.644,46 (seis mil seiscentos e
quarenta e quatro reais e quarenta e seis centavos), a Sra. Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social, por ter emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (item
IX), o que acarretou a lesão de ordem econômica no valor histórico de R$ 47.712,00 (quarenta e sete mil setecentos e doze reais);
XVI - Aplicar multa individual, no valor de R$ 1.500,00 (mil
e quinhentos reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96 ao Sr. José Carlos Arrigo
(Secretário da SEMED), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres na Secretaria Municipal de Educação, por meio dos procedimentos administrativos nº 433/11,
4821/11, 432/11, 1886/11 e 4820/11, o que configurou infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93;
XVII - Aplicar multa individual no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, à Sra. Lizângela Marta Silva
Rover (Secretária da SEMAS), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres e aéreas na Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio dos procedimentos administrativos nº 4318/11, 471/11, 383/11 e 1510/11, o que configurou infração ao artigo 3º,
caput, da Lei nº. 8.666/93;
XVIII - Aplicar multa individual no valor de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, ao Sr. José Luiz
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Rover (Prefeito), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres, por meio
dos procedimentos administrativos nos. 471/11, 400/11, 433/11, 8/11, 104/11, 383/11, 404/11, 432/11, 7/11, 58/11, 550/11, 1000/11, 551/11, 990/11, 815/11, 1536/11, 1510/11, 1563/11,
1656/11, 1410/11, 2308/11, 1886/11, 1900/11, 122/11, 2753/11, 2983/11, 3374/11, 3879/11, 3762/11, 4318/11, 4317/11, 4820/11, 4821/11, o que configurou infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93;
XIX - Aplicar multa individual no valor de R$ 1.500,00 (mil e
quinhentos reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, ao Sr. Mário Gardini (Procurador do Município), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres e aéreas na Secretaria Municipal de Educação e na Secretaria Municipal de Assistência Social,
por meio dos procedimentos administrativos nos. 432/11, 1.886/11, 4.820/11, 471/11, 383/11 e 1510/11, o que configurou infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93;
XX - Aplicar multa individual no valor de R$ 3.000,00 (três
mil reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e
Gustavo Valmórbida, Chefe de Gabinete, em decorrência da realização de despesa, mediante confissão de dívida, sem prévio empenho e sem licitação, por intermédio do processo nº
3439/11, no valor de R$ 99.997,90; XXI - Advertir que os débitos deverão ser recolhidos à conta
única do Tesouro Municipal de Vilhena e as multas devem ser recolhidas ao Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas – Banco do Brasil, agência nº 2757-X,
conta corrente nº 8358-5; XXII - Fixar o prazo de 15 (quinze) dias para o recolhimento
dos débitos e multas cominadas, contado da notificação dos responsáveis, com fulcro no art. 31, III, “a”, do Regimento Interno;
XXIII - Autorizar, caso não ocorrido o recolhimento dos
débitos e multas mencionados acima, a emissão dos respectivos Títulos Executivos e as
consequentes cobranças judiciais, em conformidade com o art. 27, II, da Lei Complementar nº 154/96 c/c o art. 36, II, do Regimento Interno, sendo que nos débitos deve incidir a correção
monetária e os juros de mora (art. 19 da Lei Complementar nº 154/96) a partir do fato ilícito (dezembro de 2011), na multa, apenas a correção monetária (artigo 56 da Lei Complementar nº 154/96);
XXIV - Determinar ao atual Chefe do Poder Executivo de
Vilhena que adote providências com o fim de corrigir e/ou prevenir a reincidência das irregularidades apuradas neste processo, o que demanda o aperfeiçoamento do procedimento (i) de liquidação da despesa; e (ii) de estimação das necessidades da Administração
(planejamento global), de modo a prevenir tanto o fracionamento da despesa para burlar a obrigatoriedade da licitação, como o reconhecimento de dívida. Em atenção à jurisprudência
moderna desta Corte, a Administração (iii) deve – para o registro de preços de serviços de agenciamento de viagem para fornecimento de passagens aéreas ou terrestres (e contratação
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de outros bens e serviços comuns) –, obrigatoriamente, salvo justificativa expressa e robusta,
optar pela modalidade pregão na forma eletrônica, utilizando preferentemente plataforma virtual gratuita, com o escopo de ampliar a competitividade e a publicidade das licitações. O
gestor, ainda, (iv) deve promover a capacitação e a estruturação do órgão de controle interno, observadas às diretrizes traçadas na Decisão Normativa nº 001/2015/TCE-RO;
XXV - Dar ciência deste Acórdão, via Diário Oficial, aos responsáveis identificados no cabeçalho, e, via ofício, ao Ministério Público do Estado – 2ª
Promotoria de Justiça de Vilhena, ficando registrado que o voto e o parecer do Ministério Público de Contas, em seu inteiro teor, encontram-se disponíveis para consulta no sítio eletrônico desta Corte (www.tce.ro.gov.br); e
XXVI - Arquivar os presentes autos, depois de adotadas as
medidas pertinentes.
Participaram do julgamento PAULO CURI NETO (Relator),
CONSELHEIRO JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO, CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, CONSELHEIRO EDILSON DE SOUSA SILVA, CONSELHEIRO FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, CONSELHEIRO WILBER
CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, PROCURADOR GERAL ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS, CONSELHEIRO BENEDITO ANTÔNIO ALVES, o Produrador(a) de
Ministério Público de Contas, ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS.
Porto Velho, quinta-feira, 15 de setembro de 2016.
PAULO CURI NETO EDILSON DE SOUSA SILVA CONSELHEIRO Conselheiro Presidente do Pleno
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PROCESSO Nº: 3835/TCER-2011
UNIDADE: Prefeitura Municipal de Vilhena ASSUNTO: Tomada de Contas Especial (Decisão nº 372/2011-2ª Câmara),
objetivando apurar possíveis irregularidades na aquisição de passagens aéreas e terrestres, no período entre janeiro e outubro
de 2011 RESPONSÁVEIS: José Luiz Rover, Prefeito (CPF nº 591.002.149-49) José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de Educação (CPF nº
051.977.082-04) José Luiz Serafim, Secretário Municipal de Comunicação (CPF nº
025.197.249-60) Mário Gardini, Subprocurador do Município (CPF nº 452.428.529-68)
Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral do Município
(CPF nº 030.501.019-03) Lizangela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência
Social (CPF nº 581.500.562-20) Ivani Ferreira Vieira, Servidora Pública (CPF nº 390.292.479-91) Maria Zenaide Alexo Luna Rodrigues, Servidora Pública (CPF nº
219.947.732-00) Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral (CPF nº 386.781.287-04)
Edmar dos Santos Pereira, Secretário Adjunto da Semed (CPF nº 419.305.252- 49)
Sérgio Norberto da Silva, Assessor de Orçamento da Semed (CPF nº
474.727.151-15) Vivaldo Carneiro Gomes, Secretário Municipal de Saúde (CPF nº
326.732.132- 87) Valdir de Araújo Coelho, Servidor Público (CPF nº 022.542.803.25)
Severino Miguel de Barros Júnior, Secretário Municipal Interino da
Semfaz e Assistente da Controladoria (CPF nº 766.904.311-34) Gustavo Valmórbida (CPF nº 514.353.572-72), Secretário Municipal
Interino da Semfaz (02/08/10 a 18/04/11) e Chefe de Gabinete Luciléia Rosa Fernandes, Secretária Municipal Adjunta da Semfaz (CPF nº 643.704.612-00)
Geisa Maria Vivan, Secretária Municipal Adjunta da Semas (CPF nº 734.221.772-72)
Welliton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal da Semec (CPF nº 619.157.502- 53)
Anisio Pereira Ruas, Secretário Municipal Adjunto da Semec (CPF nº
204.114.132-87) Acira Hasan Abdalla, Gerente de Normas (CPF nº 701.507.372-20)
Eduardo Portela da Silva, Gerente de Planejamento e Controle (CPF nº 788.273.102-15)
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Maira Sobral Vannier, Gerente Técnica (CPF nº 893.699.397-68)
Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento (CPF nº 006.369.759- 91)
José Cândido Gonçalves de Espíndula, Secretário Municipal da Semagri (CPF nº 062.721.420-72) Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de Transporte e
Trânsito (CPF nº 004.601.637-60) Marcos Ivan Zola, Secretário Municipal de Turismo, Indústria e
Comércio (CPF nº 544.045.259-15) Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração (CPF nº 283.959.482-04)
Rose Meire Ikino, Presidente do Cmdca (CPF nº 526.781.729-53) Ângelo Mariano Donadon Júnior, Advogado Municipal (CPF nº
260.749.168-10) Letícia T. N. Linares, Servidora Pública (CPF nº 856.124.212-49) Milbene de Oliveira Filha, Servidora Pública (CPF nº 162.981.442-34)
Caroline Batista Silva, Servidora Pública (CPF nº 754.222.042-04) Celina Aureliano de Araújo, Servidora Pública (CPF nº 389.971.502-
00) Silviane Gomes de Lima, Servidora Pública (CPF nº 581.951.142-53) Loreni Grosbelli, Servidora Pública (CPF nº 316.673.332-91)
José de André de Almeida, Servidor Público (CPF nº 154.038.828-04) RELATOR: Conselheiro PAULO CURI NETO
RELATÓRIO
Cuidam os autos de fiscalização com o escopo de apurar supostas irregularidades na aquisição de passagens aéreas e terrestres pelo Poder Executivo de Vilhena, no período de
janeiro a outubro de 2011, que, por força da Decisão nº 372/2011-2ª Câmara, foi convertida em Tomada de Contas Especial.
Adota-se o relatório constante do parecer ministerial pronunciado pelo d. Procurador Geral de Contas, Adilson Moreira de Medeiros (fls. 14.841/14.872-verso):
“Trata-se de fiscalização
2 convertida em Tomada de Contas Especial (TCE), com
espeque no artigo 44 da Lei Complementar Estadual n. 154/96, para apuração de
irregularidades na contratação e liquidação de despesas com passagens aéreas e
terrestres, no Município de Vilhena, no período de janeiro a outubro de 2011.
O corpo técnico, após análise dos documentos e informações coletadas junto ao
Município, emitiu o relatório de fls. 3594/3638, concluindo pela existência de diversas
irregularidades, entre elas, o pagamento de despesas com passagens sem a regular
liquidação e demonstração de que estas foram efetivamente utilizadas; realização de
diversos procedimentos de contratação direta, em desacordo com os requisitos legais;
abertura de licitação na modalidade pregão na forma presencial, em detrimento da
2 Originada de fatos detectados na auditoria ordinária de que cuida o Processo n. 3823/2011.
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forma eletrônica; reconhecimento de dívida e deficiência na atuação do controle
interno.
Após a manifestação inicial a equipe técnica opinou, dentre outras recomendações,
pela definição de responsabilidade e citação dos responsáveis.
Dessarte, por haver indícios de dano ao erário3, o Relator, Conselheiro Paulo Curi
Neto, apresentou entendimento pela conversão dos autos em Tomada de Contas
Especial – por meio do Relatório de Voto constante às fls. 3641/3644.
Em seguida, a 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em
consonância com o voto do Relator, por unanimidade de votos, exarou a Decisão n.
372/2011-2ª CÂMARA, nos seguintes termos: DECISÃO Nº 372/2011 – PLENO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Fiscalização de atos e contratos, realizada no Município de Vilhena, como tudo dos autos consta.
A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do
Relator, Conselheiro PAULO CURI NETO, por UNANIMIDADE de votos, decide:
I - Converter o processo em Tomada de Contas Especial, com fulcro no artigo 44 da Lei
Complementar nº 154, de 1996, combinado com o artigo 65 do Regimento Interno desta Corte; II - Determinar à Secretaria Geral das Sessões desta Corte que, em ato contínuo, devolva os
autos ao Gabinete do Conselheiro Relator para a Definição de Responsabilidade, nos termos do
artigo 12,I a III, da Lei Complementar n° 154, de 1996, combinado com o artigo 19, I a III, do
Regimento Interno desta Corte.
Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO (RELATOR); o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA; o Conselheiro Presidente da Sessão da 2ª Câmara
VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Auditor DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS. Convertidos em Tomada de Contas Especial, foi definida a responsabilidade de
diversos servidores municipais, solidariamente com o Senhor José Luiz Rover, Prefeito
do Município de Vilhena (fls. 3668/3752).
Devidamente notificados, os responsáveis apresentaram defesas e vasta documentação,
as quais foram analisadas pela unidade técnica, que pugnou pela irregularidade da
TCE, realizando os seguintes apontamentos no relatório conclusivo de fls.
14767/14820, in verbis: IV – CONCLUSÃO
Por todo o explanado e pelo que consta dos autos, remanescem as seguintes irregularidades com
as adequações necessárias quanto a valores e processos devidamente comprovados: DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E EDMAR DOS SANTOS PEREIRA – SECRETÁRIO
MUNICIPAL ADJUNTO DE EDUCAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ
ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
1) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a regular
liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que ocorreu o
deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade,
através do processo nº 1886/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 3.993,00 (três mil novecentos e noventa e três reais), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E SÉRGIO NOBERTO DA SILVA – ASSESSOR DE
ORÇAMENTO DA SEMED, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER –
PREFEITO MUNICIPAL: 2) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que
ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através do processo nº 4821/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$
3 No valor de R$ 425.454,06, segundo o Relatório de Voto do Conselheiro Relator de fls. 3641/3644.
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1.499,07 (um mil, quatrocentos e noventa e nove reais e sete centavos), que deverá ser devolvido
ao Erário Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES CARLOS EDUARDO MACHADO FERREIRA –
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO E MÁRIO GARDINI – SUBPROCURADOR
MUNICIPAL, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
3) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através do processo nº 104/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 2.818,50
(dois mil, oitocentos e dezoito reais e cinquenta centavos), que deverá ser devolvido ao Erário
Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER – SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E GEISA MARIA VIVAN –
SECRETÁRIA MUNICIPAL ADJUNTA DA SEMAS, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR
JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
4) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação, através dos processos nºs 383/11 e 471/10, cujo montante gasto foi da ordem
de R$ 47.712,00 (quarenta e sete mil setecentos e doze reais), que deverá ser devolvido ao Erário
Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES WELLITON OLIVEIRA FERREIRA – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ESPORTE E CULTURA E ANISIO PEREIRA RUAS –
SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DA SEMEC, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR
JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
5) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que
ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através do processo nº 400/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 901,43
(novecentos e um reais e quarenta e três centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR WELLITON OLIVEIRA FERREIRA – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE ESPORTE E CULTURA, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ
ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
6) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts . 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que
ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através do processo nº 404/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 852,00 (oitocentos e cinquenta e dois reais), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES ROBERTO SCALÉRCIO PIRES –
CONTROLADOR GERAL, SEVERINO MIGUEL DE BARROS JUNIOR – ASSISTENTE DA
CONTROLADORIA, EDUARDO PORTELA DA SILVA – GERENTE DE PLANEJAMENTO E
CONTROLE E DA SENHORA MAIRA SOBRAL VANNIER – GERENTE TÉCNICA, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
7) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através do processo nº 551/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 1.595,50
(um mil, quinhentos e noventa e cinco reais e cinquenta centavos), que deverá ser devolvido ao
Erário Municipal;
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Secretaria de Processamento e Julgamento Departamento do Pleno
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DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR HEITOR TINTI BATISTA – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER
– PREFEITO MUNICIPAL:
8) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que
ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através dos processos nºs 815/11 e 967/11, cujo montante gasto foi da ordem de
R$ 1.612,63 (um mil, seiscentos e doze reais e sessenta e três centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ CÂNDIDO GONÇALVES ESPÍNDOLA –
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ
LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
9) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que
ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através dos processos nºs 990/11 e 1000/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 2.302,07 (dois mil, trezentos e dois reais e sete centavos), que deverá ser devolvido ao Erário
Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO –
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TRÂNSITO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ
ROVER – PREFEITO MUNICIPAL: 10) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que
ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através dos processos nºs 1410/11, 1536/11 e 3879/11, cujo montante gasto foi
da ordem de R$ 6.990,78 (seis mil, novecentos e noventa reais e setenta e oito centavos), que
deverá ser devolvido ao Erário Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ LUIS SERAFIM – SECRETÁRIO MUNICIPAL
ADJUNTO DE COMUNICAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
11) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através do processo nº 1563/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$
4.996,00 (quatro mil novecentos e noventa e seis reais), que deverá ser devolvido ao Erário
Municipal;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MIGUEL CÂMARA NOVAES – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ
ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
12) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da
legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e
63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que
ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela
municipalidade, através dos processos nºs 2753/11 e 4317/11, cujo montante gasto foi da ordem
de R$ 2.408,00 (dois mil, quatrocentos e oito reais), que deverá ser devolvido ao Erário
Municipal; DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), GUSTAVO
VALMÓRBIDA (SEMFAZ), WELLITON OLIVEIRA FERREIRA (SEMEC), ROBERTO
SCALÉRCIO PIRES (CONTROLADOR GERAL), HEITOR TINTI BATISTA (SEMPLAN), JOSÉ
CÂNDIDO GONÇALVES ESPÍNDOLA (SEMAGRI), AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO
(SEMTRAN) E DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER (SEMAS) E ROSE MEIRE
APL-TC 00303/16 - Proc. 03835/11 - Decisão cadastrada eletronicamente e impressa através do PCE em 23/09/2016 15:47Documento ID=348213 Sessão nº 0040 - Departamento do Pleno - 15/09/2016 - Publicada em 23/09/2016 Autenticação: 240cee613a8e68b3538467d56cdb86a9
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA
Secretaria de Processamento e Julgamento Departamento do Pleno
Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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www.tce.ro.gov.br
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Proc.: 03835/11
Fls.:__________
IKINO (FMDCA), SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO
MUNICIPAL:
13) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo
único, da Lei Federal nº 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade,
impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura dos processos nºs 433/11, 4821/11, 008/11, 400/11, 550/11, 967/11, 1000/11, 1536/11, 3374/11, 3879/11, 1222/11 e 4318/11,
totalizando o montante de R$ 24.300,66 (vinte e quatro mil e trezentos reais e sessenta e seis
centavos), sem o devido certame licitatório, ou seja, mediante dispensa de licitação, assim como
por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenhamento e pagamento) sem que
tivessem sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública,
haja vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a
economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e
redução nos atos praticados, dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), VIVALDO CARNEIRO GOMES (SEMUS), GUSTAVO VALMÓRBIDA (SEMFAZ), CARLOS DE
RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), SOLIDARIAMENTE
COM OS SENHORES CARLOS EDUARDO MACHADO FERREIRA – PROCURADOR GERAL
MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL
15) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal nº 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade,
impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura do processo nº 2983/11, totalizando o
montante de R$ 9.982,50 (nove mil novecentos e oitenta e dois reais e cinquenta centavos), sem o
devido certame licitatório, ou seja, mediante inexigibilidade de licitação, assim como por terem
autorizado o prosseguimento da despesa (empenhamento e pagamento) sem que tivessem sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo Pregão
Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública, haja vista a
celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a economia de
escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos
praticados, dentre outros; DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO (SEMTRAN),
SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES ÂNGELO MARIANO DONADON JÚNIOR –
ADVOGADO MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
16) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo
único, da Lei Federal nº 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura do processo nº 1.410/11, totalizando o
montante de R$ 2.999,00 (dois mil novecentos e noventa e nove reais), sem o devido certame
licitatório, ou seja, mediante inexigibilidade de licitação, assim como por terem autorizado o
prosseguimento da despesa (empenhamento e pagamento) sem que tivessem sido apresentados os
motivos que levaram aquele EDUARDO MACHADO FERREIRA (PROCURADORIA GERAL), WELLITON OLIVEIRA FERREIRA (SEMEC), ROBERTO SCALÉRCIO PIRES
(CONTROLADOR GERAL), HEITOR TINTI BATISTA (SEMPLAN), JOSÉ CÂNDIDO
GONÇALVES ESPÍNDOLA (SEMAGRI), MARCOS IVAN ZOLA (SEMTIC), AGENOR
FRANCISCO DE CARVALHO (SEMTRAN), JOSÉ LUIS SERAFIM (SECOM), MIGUEL
CÂMARA NOVAES (SEMAD) E DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER (SEMAS) E ROSE MEIRE IKINO (FMDCA), SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES MÁRIO
GARDINI – SUBPROCURADOR MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO
MUNICIPAL:
14) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo
único, da Lei Federal nº 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura dos processos nºs 471/10, 432/11,
1886/11, 4820/11, 058/11, 007/11, 104/11, 383/11, 404/11, 551/11, 815/11, 990/11, 1510/11,
1563/11, 1656/11, 1900/11, 2308/11, 2753/11, 3273/11, 3762/11 e 4317/11, totalizando o
montante de R$ 123.217,00 (cento e vinte e três mil duzentos e dezessete reais), sem o devido
certame licitatório, ou seja, mediante inexigibilidade de licitação, assim como por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenhamento e pagamento) sem que tivessem sido
apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo Pregão
Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública, haja vista a
celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a economia de
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escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos
praticados, dentre outros;
Poder Público Municipal a não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais
benéfico à Administração Pública, haja vista a celeridade em sua realização, a ampliação da
competição entre os fornecedores, a economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos praticados, dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR GUSTAVO VALMÓRBIDA – CHEFE DE GABINETE,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
17) Infringência ao art. 37, caput e inciso XXI, ambos, da CF (princípios da legalidade,
moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de licitar), art. 60, da Lei Federal nº 4.320/64 c/c art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93 e art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal nº
10.520/02, por terem efetuado o reconhecimento de dívidas, através do processo nº 3439/11, na
ordem de R$ 99.997,90 (noventa e nove mil novecentos e noventa e sete reais e noventa
centavos), referente às despesas sem licitação, consequentemente sem o prévio empenho,
decorrentes da aquisição de passagens aéreas da empresa VILHETUR Vilhena Turismo Ltda.; DE RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES LETÍCIA T. N. LINARES, MILBENE DE
OLIVEIRA FILHA, VALDIR ARAÚJO COELHO, IVANI FERREIRA VIEIRA, CAROLINE
BATISTA SILVA, MARIA ZENAIDE ALEXO DE LUNA, SILVIANE GOMES DE LIMA E JOSÉ
ANDRÉ DE ALMEIDA, TODOS LOTADOS NA CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR ROBERTO SCALÉRCIO PIRES – CONTROLADOR GERAL:
18) Infringência aos artigos 37, caput, 70, parágrafo único, e 74, II, todos, da Constituição Federal
(princípios da legalidade, economicidade, eficiência e do dever de prestar contas), por terem
permitido que ocorressem irregularidades graves na liquidação das despesas relacionadas a
aquisição de passagens aéreas e terrestres entregues aos servidores públicos municipais e distribuídos gratuitamente a terceiros (pacientes), posto que há fragilidade nos documentos
acostados nos processos administrativos nºs 400/11, 404/11, 471-B/10, 1000/11, 967/11, 104/11,
551/11, 1563/11, 815/11, 4317/11, 990/11, 1410/11, 122/11, 2753/11, 1536/11, 1563/11, 3879/11,
4821/11, 1886/11 e 383/11 (Vol. I e II), conforme abaixo relacionados, quanto a identificação clara
e sem sombra de dúvidas de quem foi beneficiado com a concessão de passagens, se essa pessoa efetivamente realizou a viagem, qual o período e o destino da viagem, os respectivos bilhetes já
utilizados ou os bilhetes que não tenham sido utilizados (crédito para a Administração Municipal),
se houve concessão de diárias qual o respectivo processo, a finalidade/objetivo da mesma e, por
fim, a inexistência de documento fiscal hábil (nota fiscal/duplicata), posto que fora emitido simples
recibo pela empresa AUCATUR – Agência União Cascavel Turismo Ltda., o que pode caracterizar sonegação de impostos (ICMS):
PASSAGENS TERRESTRES – AUCATUR – AG. UNIÃO CASCAVEL TURISMO LTDA.
SEMED-25%
Processo n. Modalidade Licitatória
Valor Liquidado (R$)
Secretaria Municipal
Liquidação Controle Interno
1886/11 Inexigibilidade 3.993,00 SEMED-25% Não Maria Zenaide Alexo de Luna; Valdir de Araújo Coelho; Ivani Ferreira Vieira; Silviane Gomes de Lima; e, Milbene de Oliveira Filha.
4821/11 Dispensa de Licitação
1.499,07 SEMEC-25% Não Milbene de Oliveira Filha; Valdir de Araújo Coelho; e, Ivani Ferreira Vieira.
TOTAL 5.492,07 OUTRAS SECRETARIAS MUNICIPAIS
Processo n. Modalidade Licitatória
Valor Liquidado (R$)
Secretaria Municipal
Liquidação Controle Interno
0104/11 Inexigibilidade 2.818,50 Procuradoria Geral
Não Milbene de Oliveira Filha; Silviane Gomes de Lima; Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho; Letícia T. N. Linares.
0383/11 Inexigibilidade 29.820,00 SEMAS (Pacientes)
Não Ivani Ferreira Vieira; Milbene de Oliveira Filha;
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Valdir de Araújo Coelho; Caroline Batista Silva; Letícia T. N. Linares.
0400/11 Dispensa de licitação
901,43 SEMEC
Não Ivani Ferreira Vieira; Milbene de Oliveira Filha; Valdir de Araújo Coelho.
0404/11 Inexigibilidade 852,00 SEMEC Não Letícia T. N. Linares; Caroline Batista Silva; Ivani Ferreira Vieira; Maria Zenaide Alexo de Luna; Valdir de Araújo Coelho.
0471-B/10 Inexigibilidade 17.892,00 SEMAS (Pacientes)
Não José André de Almeida; Caroline Batista Silva.
0551/11 Inexigibilidade 1.595,50 CGM Não Severino Miguel de Barros Junior; Maria Zenaide Alexo de Luna; Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho.
0815/11 Inexigibilidade 1.248,00 SEMPLAN Não Caroline Batista Silva; Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho; Milbene de Oliveira Filha; Letícia T. N. Linares.
0967/11 Dispensa de licitação
364,63 SEMPALN Não Caroline Batista Silva; Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho; Milbene de Oliveira Filha; Letícia T. N. Linares.
0990/11 Inexigibilidade 825,50 SEMAGRI Não Caroline Batista Silva; Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho; Milbene de Oliveira Filha; Letícia T. N. Linares.
1000/11 Dispensa de licitação
1.477,07 SEMAGRI Não Caroline Batista Silva; Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho.
1410/11 Inexigibilidade 2.999,00 SEMTRAN Não Maria Zenaide Alexo de Luna; Valdir de Araújo Coelho.
1536/11 Dispensa de licitação
1.998,25 SEMTRAN Não Letícia T. N. Linares; Ivani Ferreira Vieira; Maria Zenaide Alexo de Luna.
1563/11 Inexigibilidade 4.996,00 SECOM Não Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho; Silviane Gomes de Lima.
2753/11 Inexigibilidade 924,00 SEMAD Não Caroline Batista Silva; Ivani Ferreira Vieira; Valdir de Araújo Coelho.
3879/11 Dispensa de licitação
1.993,53 SEMTRAN Não Letícia T. N. Linares; Valdir de Araújo Coelho.
TOTAL 70.705,41
PASSAGENS AÉREAS – VILHETUR VILHENA TURISMO LTDA. Processo n. Modalidade
Licitatória Valor Liquidado (R$)
Secretaria Municipal
Liquidação Controle Interno
4317/11 Dispensa de licitação
1.484,50 SEMAS Não Milbene de Oliveira Filha
TOTAL 1.484,50 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MIGUEL CÂMARA NOVAES – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER
– PREFEITO MUNICIPAL: 19) Infringência aos artigos 37, caput, 70, parágrafo único, e 74, II, todos, da Constituição
Federal (princípios da legalidade, economicidade, eficiência e do dever de prestar contas), por
não terem encaminhado o processo nº 4317/11 à Controladoria Geral para registro, análise
técnica e emissão de parecer e/ou determinações das correções que se fizerem necessárias;
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DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR GUSTAVO VALMÓRBIDA – CHEFE DE GABINETE
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
20) Infringência aos artigos 37, caput, 70, parágrafo único, e 74, II, todos, da Constituição
Federal (princípios da legalidade, economicidade, eficiência e do dever de prestar contas), por
não terem encaminhado o processo nº 893/10 à Controladoria Geral para registro, análise técnica e emissão de parecer e/ou determinações das correções que se fizerem necessárias.
Excelentíssimo Senhor Conselheiro Relator
PAULO CURI NETO
A Unidade Técnica desta Corte de Contas, na forma estabelecida nos incisos I e II do § 4º do artigo
170 do Regimento Interno desta Casa, entende, data venia, que a presente Tomada de Contas Especial deve ser julgada IRREGULARES, nos termos do art. 16, III, b e c, da Lei Complementar
n. 154/96 c/c o art. 25, II e III, do Regimento Interno desta Corte de Contas, e o valor da total das
despesas não liquidadas, depois de corrigido, ressarcido aos cofres públicos. Outrossim,
recomenda-se a aplicação de multa aos responsáveis relacionados nos itens 17, 19 e 20 da
conclusão deste Relatório, nos termos do art. 55, II, da Lei Complementar n. 154/96 c/c o art. 26, parágrafo único, do Regimento Interno deste Tribunal. Vieram os autos, assim instruídos, para manifestação do Ministério Público de Contas
na forma regimental.
É o necessário a relatar”.
Em arremate, o parecer ministerial (parcialmente) transcrito exarou o seguinte:
“7 - Conclusão
Ante todo o exposto, o Ministério Público de Contas opina no sentido de que a Corte de
Contas:
I) julgue irregulares as contas, nos termos do art. 16, inciso III, alíneas “b” e “c”, da
Lei Complementar 154/96, em razão das seguintes infringências: DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E EDMAR DOS SANTOS PEREIRA – SECRETÁRIO
MUNICIPAL ADJUNTO DE EDUCAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
1) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processo n. 1886/11, cujo montante gasto foi
da ordem de R$ 3.993,00;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E SÉRGIO NOBERTO DA SILVA – ASSESSOR DE
ORÇAMENTO DA SEMED, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER –
PREFEITO MUNICIPAL:
2) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processo n. 4821/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 1.499,07;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES CARLOS EDUARDO MACHADO FERREIRA –
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO E MÁRIO GARDINI – SUBPROCURADOR
MUNICIPAL, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO
MUNICIPAL: 3) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, arts. 62 e 63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64,
mediante Processo n. 104/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 2.818,50;
DE RESPONSABILIDADE DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER –
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E GEISA MARIA VIVAN – SECRETÁRIA MUNICIPAL ADJUNTA DA SEMAS, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR
JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
4) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processos ns. 383/11 e 471/10, cujo montante
gasto foi da ordem de R$ 47.712,00; DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES WELLITON OLIVEIRA FERREIRA –
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ESPORTE E CULTURA E ANISIO PEREIRA RUAS –
SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DA SEMEC, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR
JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
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Secretaria de Processamento e Julgamento Departamento do Pleno
Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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5) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processo n. 400/11, cujo montante gasto foi da
ordem de R$ 901,43;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR WELLITON OLIVEIRA FERREIRA – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE ESPORTE E CULTURA, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
6) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processo n. 404/11, cujo montante gasto foi da
ordem de R$ 852,00;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES ROBERTO SCALÉRCIO PIRES – CONTROLADOR GERAL, SEVERINO MIGUEL DE BARROS JUNIOR – ASSISTENTE DA
CONTROLADORIA, EDUARDO PORTELA DA SILVA – GERENTE DE PLANEJAMENTO E
CONTROLE E DA SENHORA MAIRA SOBRAL VANNIER – GERENTE TÉCNICA,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
7) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação, mediante processo n. 551/11, cujo montante gasto foi da
ordem de R$ 1.595,50;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR HEITOR TINTI BATISTA – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER
– PREFEITO MUNICIPAL: 8) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processos ns. 815/11, 967/11 e 122/2011, cujo
montante gasto foi da ordem de R$ 6.400,54;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ CÂNDIDO GONÇALVES ESPÍNDOLA –
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE AGRICULTURA, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
9) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processos ns. 990/11 e 1000/11, cujo montante
gasto foi da ordem de R$ 2.302,07;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TRÂNSITO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ
ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
10) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, através dos processos ns. 1410/11, 1536/11 e 3879/11,
cujo montante gasto foi da ordem de R$ 6.990,78; DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ LUIS SERAFIM – SECRETÁRIO MUNICIPAL
ADJUNTO DE COMUNICAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER –
PREFEITO MUNICIPAL:
11) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante processo n. 1563/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 4.996,00;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MIGUEL CÂMARA NOVAES – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ
ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
12) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processos ns. 2753/11 e 4317/11, cujo
montante gasto foi da ordem de R$ 2.408,50, limitando-se o ressarcimento ao valor de R$
1.825,00, conforme consta nos Mandados de Citação ns. 209/TCER/2012 e 210/TCER/2012;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR GUSTAVO VALMÓRBIDA – CHEFE DE GABINETE,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL: 13) Infringência aos arts. 62 e 63, da Lei Federal n. 4320/64, por terem atestado os recebimentos
das despesas, sem a regular liquidação, mediante Processos ns. 009/2011, cujo montante gasto
foi da ordem de R$ 1.942,61;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), GUSTAVO
VALMÓRBIDA (SEMFAZ), WELLITON OLIVEIRA FERREIRA (SEMEC), ROBERTO SCALÉRCIO PIRES (CONTROLADOR GERAL), HEITOR TINTI BATISTA (SEMPLAN), JOSÉ
CÂNDIDO GONÇALVES ESPÍNDOLA (SEMAGRI), AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO
(SEMTRAN) E DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER (SEMAS) E ROSE MEIRE
IKINO (FMDCA), SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO
MUNICIPAL:
APL-TC 00303/16 - Proc. 03835/11 - Decisão cadastrada eletronicamente e impressa através do PCE em 23/09/2016 15:47Documento ID=348213 Sessão nº 0040 - Departamento do Pleno - 15/09/2016 - Publicada em 23/09/2016 Autenticação: 240cee613a8e68b3538467d56cdb86a9
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA
Secretaria de Processamento e Julgamento Departamento do Pleno
Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
Av. Presidente Dutra nº 4229, Bairro: Pedrinhas Porto Velho - Rondônia CEP: 76801-326
www.tce.ro.gov.br
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Proc.: 03835/11
Fls.:__________
14) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal n. 8666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único,
da Lei Federal n. 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e
moralidade), por permitirem a abertura dos processos ns. 433/11, 4821/11, 008/11, 400/11,
550/11, 967/11, 1000/11, 1536/11, 3374/11, 3879/11, 1222/11 e 4318/11, totalizando o montante
de R$ 24.300,66, sem o devido certame licitatório, mediante dispensa de licitação, assim como por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenho e pagamento) sem que tivessem
sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo
Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública, haja
vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a
economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos praticados, dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), VIVALDO
CARNEIRO GOMES (SEMUS), GUSTAVO VALMÓRBIDA (SEMFAZ), CARLOS EDUARDO
MACHADO FERREIRA (PROCURADORIA GERAL), WELLITON OLIVEIRA FERREIRA
(SEMEC), ROBERTO SCALÉRCIO PIRES (CONTROLADOR GERAL), HEITOR TINTI BATISTA (SEMPLAN), JOSÉ CÂNDIDO GONÇALVES ESPÍNDOLA (SEMAGRI), MARCOS
IVAN ZOLA (SEMTIC), AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO (SEMTRAN), JOSÉ LUIS
SERAFIM (SECOM), MIGUEL CÂMARA NOVAES (SEMAD) E DAS SENHORAS LIZÂNGELA
MARTA SILVA ROVER (SEMAS) E ROSE MEIRE IKINO (FMDCA), SOLIDARIAMENTE COM
OS SENHORES MÁRIO GARDINI – SUBPROCURADOR MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
15) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal n. 8666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único,
da Lei Federal n. 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e
moralidade), por permitirem a abertura dos processos ns. 471/10, 432/11, 1886/11, 4820/11,
058/11, 007/11, 104/11, 383/11, 404/11, 551/11, 815/11, 990/11, 1510/11, 1563/11, 1656/11, 1900/11, 2308/11, 2753/11, 3273/11, 3762/11 e 4317/11, totalizando o montante de R$
123.217,00, sem o devido certame licitatório, mediante inexigibilidade de licitação, assim como
por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenho e pagamento) sem que tivessem
sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo
Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública, haja vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a
economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e
redução nos atos praticados, dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED),
SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES CARLOS EDUARDO MACHADO FERREIRA – PROCURADOR GERAL MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL
16) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal n. 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo
único, da Lei Federal n. 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade,
impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura do processo n. 2983/11, totalizando o
montante de R$ 9.982,50, sem o devido certame licitatório, ou seja, mediante inexigibilidade de licitação, assim como por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenho e pagamento)
sem que tivessem sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a
não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração
Pública, haja vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os
fornecedores, a economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos praticados, dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO (SEMTRAN),
SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES ÂNGELO MARIANO DONADON JÚNIOR –
ADVOGADO MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
17) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal n. 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal n. 10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade,
impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura do processo n. 1.410/11, totalizando o
montante de R$ 2.999,00, sem o devido certame licitatório, mediante inexigibilidade de licitação,
assim como por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenho e pagamento) sem que
tivessem sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública,
haja vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a
economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e
redução nos atos praticados, dentre outros;
APL-TC 00303/16 - Proc. 03835/11 - Decisão cadastrada eletronicamente e impressa através do PCE em 23/09/2016 15:47Documento ID=348213 Sessão nº 0040 - Departamento do Pleno - 15/09/2016 - Publicada em 23/09/2016 Autenticação: 240cee613a8e68b3538467d56cdb86a9
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Secretaria de Processamento e Julgamento Departamento do Pleno
Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
Av. Presidente Dutra nº 4229, Bairro: Pedrinhas Porto Velho - Rondônia CEP: 76801-326
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DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR GUSTAVO VALMÓRBIDA – CHEFE DE GABINETE,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
18) Infringência ao art. 37, caput e inciso XXI, ambos, da CF (princípios da legalidade,
moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de licitar), art. 60, da Lei Federal n. 4.320/64
c/c art. 3º, caput, da Lei Federal n. 8.666/93 e art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal n. 10.520/02, por terem efetuado o reconhecimento de dívidas, através do processo n. 3439/11, na
ordem de R$ 99.997,90 (noventa e nove mil novecentos e noventa e sete reais e noventa
centavos), referente às despesas sem licitação, sem o prévio empenho, decorrentes da aquisição
de passagens aéreas da empresa VILHETUR Vilhena Turismo Ltda.;
DE RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES LETÍCIA T. N. LINARES, MILBENE DE OLIVEIRA FILHA, VALDIR ARAÚJO COELHO, IVANI FERREIRA VIEIRA, CAROLINE
BATISTA SILVA, MARIA ZENAIDE ALEXO DE LUNA, SILVIANE GOMES DE LIMA E JOSÉ
ANDRÉ DE ALMEIDA, TODOS LOTADOS NA CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIO,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR ROBERTO SCALÉRCIO PIRES – CONTROLADOR
GERAL: 19) Infringência aos artigos 37, caput, e 74 da Constituição Federal, por terem permitido que
ocorressem irregularidades graves na liquidação das despesas relacionadas a aquisição de
passagens aéreas e terrestres entregues aos servidores públicos municipais e distribuídos
gratuitamente a terceiros (pacientes), mediante processos administrativos ns. 400/11, 404/11,
471-B/10, 1000/11, 967/11, 104/11, 551/11, 1563/11, 815/11, 4317/11, 990/11, 1410/11, 2753/11, 1536/11, 3879/11, 4821/11, 1886/11 e 383/11, 009/2011 e 122/2011;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MIGUEL CÂMARA NOVAES – SECRETÁRIO
MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER
– PREFEITO MUNICIPAL:
20) Infringência aos artigos 37, caput, e 74, II, todos, da Constituição Federal, por não terem encaminhado o processo n. 4317/11 à Controladoria Geral para registro, análise técnica e
emissão de parecer e/ou determinações das correções que se fizessem necessárias;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR GUSTAVO VALMÓRBIDA – CHEFE DE GABINETE
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
21) Infringência aos artigos 37, caput, e 74, II, todos, da Constituição Federal, por não terem encaminhado o processo n. 893/10 à Controladoria Geral para registro, análise técnica e
emissão de parecer e/ou determinações das correções que se fizessem necessárias.
II) impute aos responsáveis pelos itens 1 a 13 acima destacados, o ressarcimento do
dano ao erário nos valores correspondentes em razão da ausência de comprovação da
liquidação das despesas em descumprimento aos arts. 62 e 63 da Lei Federal 4.320/64,
devidamente atualizado e acrescido dos consectários legais até o pagamento;
III) comine multa pecuniária aos responsáveis pelos itens 1 a 13, correspondentes a
percentual sobre o valor do dano indicado em cada item, com base no artigo 54 da Lei
Complementar n. 154/96;
IV) comine o pagamento de multa aos responsáveis pelas infringências descritas nos
itens 14 a 18 acima destacados, nos termos do artigo 55, inciso II, da Lei
Complementar n. 154/96;
V) providencie a remessa de cópias dos autos ao MPE, tendo em vista os indícios da
prática, em tese, da conduta tipificada no artigo 89 da Lei n. 8666/93 e/ou de
improbidade administrativa (Lei n. 8429/92), nos moldes do que determina o artigo 102
da Lei Geral de Licitações.
VI) determine ao Município de Vilhena que estruture a unidade de Controle Interno, de
modo a prevenir a ocorrência de irregularidades como as ora vistas, observando -se aos
termos da Decisão Normativa n. 001/2015/TCE-RO.
No tocante à persecução dos eventuais danos causados por ausência de prestação de
contas da efetiva utilização das passagens, tem-se por prejudicada a apreciação, em
razão da forma como se processou a instrução destes autos, com fulcro nos princípios
da razoabilidade/proporcionalidade, economicidade, seletividade e tempestividade do
controle, cotejadas com a escassez de pessoal para aperfeiçoamento da fiscalização.
Sem embargo, na hipótese de o Conselheiro relator entender necessário o
aprofundamento da questão, o MPC opina pela instauração de procedimento próprio
para a adequada aferição dos eventuais danos causados por não comprovação do
efetivo deslocamento dos servidores e pacientes, bem como para aperfeiçoamento e
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individualização da responsabilização dos agentes envolvidos, facultando -lhes o pleno
direito ao contraditório e à ampla defesa.
É o opinativo”.
É o relatório.
VOTO
CONSELHEIRO PAULO CURI NETO
Passa-se a analisar as irregularidades (remanescentes) oriundas do rol de ilegalidades objeto do contraditório, na forma do Despacho de Definição de Responsabilidade
de fls. 3.654/3.664, a fim de apreciar a consistência das imputações, à luz das provas carreadas aos autos, com o escopo de verificar a presença dos elementos de materialidade e autoria, indispensáveis à responsabilização.
Das irregularidades danosas
Desde logo, antes de enfrentar o mérito propriamente dito das irregularidades
danosas, há por bem esclarecer, nos termos da manifestação ministerial, que a análise se
restringe a aferir a regularidade ou não da liquidação da despesa com a aquisição de passagens aéreas e terrestres pelo Poder Executivo, no exercício de 2011 (fls. 14.841/14.872-verso):
“Tratam estas contas especiais de irregularidades apuradas pela unidade técnica na
contratação e liquidação de despesas com aquisição de passagens aéreas e terrestres
para atender a servidores e pacientes no Município de Vilhena, no período de janeiro a
outubro de 2011.
Com intuito de facilitar a análise e compreensão das acusações apresentadas contra as
autoridades elencadas no presente processo, as capitulações serão subdivididas em
grupos, de acordo com a natureza dos apontamentos, evitando -se aprofundamentos
desnecessários em teses cujo entendimento do Parquet coadune com o do corpo
técnico.
Porém, antes de adentrar no mérito das infringências detectadas pela unidade técnica,
faz-se necessário delimitar o objeto da Tomada de Contas em análise, de modo a
determinar, com base em critérios de significância, efetividade e razoabilidade, o que
deve ser avaliado e o que deve ser relevado.
Nesse sentido, constata-se que após empreender os primeiros esforços para a
realização da auditoria ordinária, a unidade instrutiva lavrou o relatório constante às
fls. 3594/3638, no qual destacou os objetivos do trabalho e a forma de alcançá -los,
verbis:
Foram aplicados testes de auditoria no sentido de apurar e quantificar os valores
decorrentes da ausência de prestação de contas das passagens concedidas pelo Poder
Público Municipal, referente ao período de janeiro a outubro de 2011. Os testes
consistiram no seguinte:
1. Solicitação de informações e encaminhamento pela Administração Municipal de
Vilhena de todos os processos que tivessem como objeto a aquisição de passagens
para servidores e/ou terceiros (pacientes), referente ao exercício de 2011, documentos
de fls. 54/3555;
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2. Solicitação dos empenhos emitidos, liquidados e pagos em favor das empresas
AUCATUR – AG. UNIÃO CASCAVEL TURISMO LTDA. e VILHETUR VILHENA
TURISMO LTDA., referente ao exercício de 2011, documentos de fls. 3/54;
3. Apuração dos valores pagos daquelas despesas que não foram regularmente
liquidadas e os respectivos responsáveis, bem como da fonte pagadora para
devolução. (grifamos)
É possível concluir que o corpo técnico perquiria dois objetivos ao inspecionar a
unidade, são eles: 1) “apurar e quantificar os valores decorrentes da ausência de
prestação de contas das passagens concedidas pelo Poder Público Municipal”; e, 2)
apurar os “valores utilizados para pagamentos daquelas despesas que não foram
regularmente liquidadas e os respectivos responsáveis”.
Com o desiderato de alcançar os objetivos traçados, a equipe de instrução solicitou aos
gestores os seguintes documentos:
1 - todos os processos de aquisição de passagens para servidores e/ou terceiros
(pacientes); e, 2 - todos os empenhos emitidos, liquidados e pagos em favor das empresas AUCATUR
– AG. UNIÃO CASCAVEL TURISMO LTDA. e VILHETUR VILHENA TURISMO
LTDA., referente ao exercício de 2011.
Em resposta à solicitação da equipe técnica, foi apresentada a documentação de fls. 03
a 3555.
Veja-se, no entanto, que os documentos solicitados e, por consequência, examinados
pela unidade técnica não possibilitam o alcance dos dois objetivos delineados
inicialmente.
É bem verdade que o exame dos processos de aquisição de passagens (aéreas e
terrestres) e os respectivos empenhos, permitem verificar se tais despesas foram ou não
liquidadas regularmente.
Por outro lado, analisando tão somente os documentos requeridos pela unidade
instrutiva (processos de aquisição de passagens e notas de empenhos), não é possível
identificar os danos causados pela ausência de prestação de contas, conforme
pretendia o corpo técnico.
Essa aferição somente seria possível se houvesse análise dos respectivos processos de
prestação de contas de diárias e passagens, porquanto tais processos objetivam
demonstrar que as viagens foram efetivamente realizadas pelos servidores ou pacientes
que tenham recebido os bilhetes.
Do que se conclui que nesta oportunidade, os autos não se encontram maduros para
julgamento, ao considerar os dois objetivos da unidade técnica ao realizar a auditoria.
Explico.
Trata-se de procedimentos distintos (aquisição de passagens e prestação de contas)
cuja análise de legalidade perpassa pela avaliação de documentos específicos e
independentes.
Nesse contexto, a despesa com aquisição de passagens deve observar aos regramentos
do direito financeiro, desde o planejamento ao pagamento.
Em sede administrativa, após a sua fixação nos instrumentos de planejamento, bem
como atendimento às regras de contratação, restam três estágios de percurso, a saber,
o empenho, a liquidação e o pagamento4.
Essas três últimas fases encontram regramento substancial na Lei 4.320/1964,
especialmente nos artigos 58 a 65.
4 Conforme lição de Caldas Furtado: “A realização da despesa pública passa por 3 (três) fases distintas: empenho,
liquidação e pagamento. Esse procedimento, que deve ser trilhado na execução da despesa pública, vigora no país desde 1922, com a publicação do Regulamento de Contabilidade Pública (art. 227. Os denominados estágios da despesa pública
estão disciplinados atualmente no Capítulo III (Da despesa) do Título VI (Da execução do orçamento) da Lei nº. 4.320/64.
[...] Vale dizer que a sequencia completa dos atos administrativos, quando incluídas as fases de licitação e assinatura do
contrato, é: licitação, empenho, contrato, liquidação e pagamento.” In, CALDAS FURTADO, J.R. Direito Financeiro, 4ª Ed.
Belo Horizonte: Fórum, 2013, p. 216.
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A respeito do atendimento a tais preceitos, o corpo técnico, tendo solicitado
documentos hábeis (processos de aquisição de passagens e notas de empenhos),
aprofundou-se no exame concluindo acertadamente pela existência de inúmera s
infringências ensejadoras de dano ao erário, adiante tratadas.
Por outro lado, a prestação de contas deve ser realizada após o término da viagem pelo
servidor que recebeu as passagens e eventuais diárias, observando prazo previamente
fixado.
É na fase de prestação de contas que se comprova a regular aplicação do recurso
público, momento em que o servidor deverá apresentar todos os documentos capazes de
comprovar que houve o efetivo deslocamento, incluindo bilhetes de passagens ou
comprovante de embarque, relatório de viagem especificando as ações realizadas,
entre outros documentos que comprovem a realização das atividades previstas
(certificado de treinamento, lista de presença ou outro comprovante da participação no
evento ou reunião, etc.).
A exemplificar a questão, no âmbito da Corte a prestação de contas de diárias e
passagens é regulamentada pela Resolução n. 102/TCE-RO/2012, que assim dispõe:
Art. 12. A prestação de contas do uso das diárias, que deverá ocorrer no prazo de 5
(cinco) dias para os servidores lotados na capital e 10 (dez) dias para os lotados no
interior do Estado, contados do retorno, integrará o mesmo processo da concessão,
devendo ser observado o modelo próprio constante no Anexo III desta Resolução. § 1º Não sendo possível cumprir a exigência da devolução do comprovante do cartão
de embarque, por motivo justificado, a comprovação da viagem poderá ser feita por
quaisquer das seguintes formas:
I – ata de reunião ou declaração emitida por unidade admini strativa, no caso de
reuniões de Conselhos, de Grupos de Trabalho ou de Estudos, de Comissões ou
assemelhados, em que conste o nome do beneficiário como presente;
II – certificado de participação em eventos, seminários, treinamentos ou assemelhados;
e
III – declaração emitida por unidade administrativa ou lista de presença em eventos,
seminários, treinamentos ou assemelhados, em que conste o nome do beneficiário como
presente. (grifamos)
Decorrido o prazo, acaso seja constatada a omissão do servidor em prestar contas, a
Administração deverá notificá-lo, concedendo-lhe prazo para que apresente a
documentação.
Se ainda assim persistir a omissão, o órgão deverá instaurar Tomada de Contas
Especial ou procedimento análogo, a fim de apurar os fatos e aferir se resultaram em
prejuízo ao Erário, caso em que o servidor ficará impossibilitado de receber novas
diárias ou passagens, até a completa regularização da pendência ou devolução dos
recursos.
Em sendo assim, o gestor que deixa de cobrar a prestação de contas também poderá
ser responsabilizado, pois cabe àquele que gerencia recursos públicos a demonstração
de sua boa e regular aplicação, sendo que o dever de prestar contas é inerente à função
de administrar coisa alheia5.
Nesse sentido, caminha a jurisprudência da Corte de Contas da União, conforme indica
trecho do voto a seguir transcrito:
[VOTO]
6. [...] há jurisprudência pacífica no âmbito desta Corte de Contas no sentido de que,
ex vi do art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal e do art. 93 do Decreto -lei
nº 200/1967, o ônus de comprovar a regularidade integral na aplicação dos recursos
públicos compete ao gestor, por meio de documentação consistente, que demonstre
cabalmente os gastos efetuados, bem assim o nexo causal entre estes e os recursos
repassados, o que não ocorreu nos presentes autos. 7. A respeito do tema, transcrevo
5 FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Tribunais de Contas do Brasil: Jurisdição e Competência. Belo Horizonte: Fórum,
2008, p. 197.
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trecho do voto do Ministro Adylson Motta para a Decisão nº 225/2000 - 2ª Câmara
(autos do TC-929.531/1998-1):
“A não-comprovação da lisura no trato de recursos públicos recebidos autoriza, a meu ver, a presunção de irregularidade na sua aplicação. Ressalto que o ônus da prova da
idoneidade no emprego dos recursos, no âmbito administrativo, recai sobre o gestor ,
obrigando-se este a comprovar que os mesmos foram regularmente aplicados quando
da realização do interesse público. Aliás, a jurisprudência deste Tribunal consolidou
tal entendimento no Enunciado de Decisão nº 176, verbis: “Compete ao gestor
comprovar a boa e regular aplicação dos recursos públicos, cabendo-lhe o ônus da
prova”. Há que se destacar, ainda, que, além do dever legal e constitucional de prestar
contas do bom e regular emprego dos recursos públicos recebidos, devem os gestores
fazê-lo demonstrando o estabelecimento do nexo entre o desembolso dos referidos
recursos e os comprovantes de despesas realizadas com vistas à consecução do objeto
acordado.” (AC-3310-37/07-1 Sessão: 23/10/07 Grupo: II Classe: II Relator: Ministro
AUGUSTO NARDES - Tomada e Prestação de Contas). (Grifei).
Diante de tais explanações, resta claro que os procedimentos de aquisição de
passagens (despesa pública) e prestação de contas de diárias e passagens obedecem a
regramentos específicos e independentes.
Assim, pode-se afirmar que a ausência da prestação de contas da viagem não implica
necessariamente em irregularidades na liquidação da despesa referente à aquisição da
passagem.
É possível que haja despesas com aquisição de passagens que tenham sido devidamente
liquidadas, nos termos do art. 62 e 63 da Lei 4.320/64, porém, a utilização dos bilhetes
não tenha sido comprovada pelo beneficiário, em sede de prestação de contas.
Nesse caso, conforme dito alhures, caberá ao servidor ou terceiro beneficiado, reparar
o dano causado ao Erário, porém, sem que essa medida impacte negativamente a
liquidação da despesa com aquisição das passagens.
Ocorre, no entanto, que a equipe técnica não solicitou para análise os processos
relativos às prestações de contas de diárias e passagens, e aind a assim, em seu
relatório inicial, apontou diversas infringências relativas à ausência da prestação de
contas.
Nesse sentido, indubitavelmente, a unidade instrutiva não detinha documentos
suficientes para afirmar que houve omissão no dever de prestar contas e que as viagens
não estavam comprovadas, haja vista que a análise dos processos de prestação de
contas de diárias e passagens é condição indispensável para que se forme tal
entendimento.
Isso resultou no apontamento de infringências até então não caracterizadas, bem como
na atribuição de responsabilidade de forma genérica, impondo a determinados
servidores responsabilidade que não lhes cabe, a exemplo do item 01 da conclusão do
relatório inicial que atribuiu ao Assessor de Orçamento da SEMED, responsabil idade
pela infringência ao art. 70 da Constituição Federal de 88, pela omissão no dever de
prestar contas, sem demonstrar o nexo causal entre as atividades exercidas pelo
referido servidor – que atuou tão somente nos processos de despesas - e a não
apresentação de prestação de contas de passagens.
Vê-se dos autos que o primeiro contato da equipe técnica com as prestações de contas
ocorreu no momento da análise da defesa dos jurisdicionados, conforme comprova o
seguinte excerto extraído do relatório conclusivo (fls. 14782): Contudo, considerando o envio nessa fase dos respectivos processos de despesas
(diárias) elencados pelos próprios jurisdicionados, levou-se a cabo uma análise
minuciosa e comparativa com as irregularidades apontadas tendo sido detectada a
permanência das mesmas em grande parte por falta da documentação probante,
situação essa que deveria ter sido detectada pela Administração Municipal através do
seu sistema de controle interno. (grifamos)
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Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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Fls.:__________
De posse dos processos de comprovação de diárias e passagens, com o desiderato de
verificar se efetivamente ocorreram os deslocamentos dos servidores e pacientes que
receberam os bilhetes, o corpo técnico aprofundou-se na análise de toda a
documentação, o que deveria ter sido realizado desde a primeira investida, tendo em
vista os objetivos da auditoria, anteriormente mencionados.
Nessa nova análise (fls. 14780/14808), consoante aos documentos apresentados pelos
gestores, a maior parte das irregularidades foi sanada, sendo que o dano inicialmente
apontado, no total de R$ 425.454,06, foi reduzido para R$ 77.681,98 .
Contudo, o Parquet não tem dúvida em afirmar que, mesmo diante dos documentos de
comprovação de viagens apresentados, a unidade técnica não logrou examinar a
questão do efetivo deslocamento, limitando-se a verificar se houve ou não a liquidação
das despesas com aquisição de passagens.
O objetivo primeiro da unidade técnica, qual seja, “apurar e quantificar os valores
decorrentes da ausência de prestação de contas das passagens concedidas pelo Poder
Público Municipal”, não foi objeto de sua análise final.
Fosse esse o caso, o dano a ser apontado deveria abarcar não apenas o valor da
passagem adquirida pelo Município, mas também todos os valores relativos a diárias
concedidas e eventuais pagamentos de cursos, treinamentos ou capacitações custeados
com dinheiro público e não utilizados pelos servidores.
Contudo, não foram apurados tais valores, ou seja, o corpo técnico não avaliou o dano
causado pela omissão no dever de prestar contas e pela ausência de comprovação do
efetivo deslocamento, embora tenha afirmado ser este um dos objetivos da auditoria.
Nesse contexto, conclui-se que apenas a questão da liquidação das despesas com
aquisição de passagens aéreas e terrestres encontra-se apta para avaliação do
Parquet.
Para que se processasse o exame dos danos causados pela não comprovação das
viagens seria preciso que a unidade técnica aprimorasse a análise quanto à
individualização de condutas e responsabilidades, assim como quanto ao dano
causado, incluindo, não apenas o valor dos bilhetes de passagens, mas sim todos os
gastos envolvidos (diárias, pagamento de cursos, etc.).
Ademais, far-se-ia necessário que se processasse o chamamento dos responsáveis aos
autos para apresentação de justificativas, tendo em vista que na oportunidade em que
foram chamados a esclarecer a questão não havia elementos probatórios suficientes a
fundamentar as infringências apontadas no relatório inicial, quanto à omissão no dever
de prestar contas e ausência de comprovação do efetivo deslocamento.
Contudo, o Parquet considera ineficaz e contraproducente mobilizar a estru tura da
Corte de Contas para perscrutar tais questões nestes autos, tendo em vista que seu
escopo se restringe à aferição da legalidade das despesas com aquisição das
passagens.
Com efeito, o Parquet considera mais adequado concluir o julgamento da Tomada de
Contas Especial em apreço no estado em que se encontra, restringindo -a a avaliação
das infringências atinentes à irregular liquidação das despesas com aquisição de
passagens aéreas e terrestres, considerando prejudicada a análise das impropriedades
relativas à ausência de prestação de contas, em razão da forma como foi efetuada a
análise técnica.
Contudo, caso o Conselheiro Relator entenda necessário o aprofundamento da questão ,
levando em conta os critérios de materialidade, risco, relevância, tempestividade do
controle e escassez de pessoal técnico, o MPC se posiciona no sentido de que se
instaure fiscalização específica para análise dos eventuais danos causados pela não
comprovação do efetivo deslocamento dos servidores e pacientes, bem como para
aperfeiçoamento da responsabilização, conforme se expôs em linhas volvidas.
De toda sorte, se por um lado não é possível apontar danos sobre as viagens não
comprovadas, por outro é absolutamente possível concluir que, mesmo adequadamente
instados a se manifestarem sobre a ausência de documentos hábeis a demonstrar a
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liquidação das despesas com a aquisição de passagens, os responsáveis não
comprovaram a regularidade da liquidação em todos os pagamentos, o que enseja dano
ao erário a ser recomposto, conforme adiante se exporá”.
Conforme apontou o parquet, o Corpo Técnico deixou de perscrutar o suposto
dano consubstanciado na ausência das respectivas prestações de contas das diárias concedidas
na época, embora tenha acusado ser esse um dos objetivos da auditoria.
A suscitada deficiência da instrução, quanto à comprovação da regularidade do dispêndio com as diárias e com as passagens, a ser perscrutada em processos diversos, por demandar o aprofundamento da fiscalização, a fim do aperfeiçoamento desse ponto – que
exigirá, dentre outras providências, a realização de novas oitivas –, aliada ao lapso transcorrido, evidencia a inexistência de interesse de agir no retrocesso processual para a
apuração das responsabilidades pelos mencionados atos (supostamente) irregulares, o que impõe o julgamento do feito no estágio em que se encontra, em homenagem ao princípio da duração razoável do processo, o da economicidade, bem como o da eficiência, que exigem do
Tribunal de Contas a seletividade (risco, materialidade e relevância) nas suas ações de controle. Diante disso, acolho a manifestação do MPC e considero prejudicada a análise das
impropriedades relativas à ausência de prestação de contas do uso das passagens aéreas e terrestres.
Em ato contínuo, convém avaliar a regularidade ou não da liquidação da despesa com a aquisição de passagens terrestres e aéreas.
Da imputação e da configuração do dano ao erário
Da irregular liquidação da despesa com a aquisição de passagens aéreas e terrestres (itens 01 a 24)
Sobre as irregularidades danosas remanescentes, convém trazer à colação a manifestação do Ministério Público de Contas, que, ao examinar as justificativas dos
imputados, em consonância com a Unidade Técnica, propugnou pelas suas responsabilizações, nos seguintes termos:
“2 – Da liquidação da despesa
A análise técnica desenvolveu-se de modo que as infringências indicadas nos itens 1 a
24 da conclusão do relatório técnico inicial possuem a mesma redação, tratando-se de
irregularidades danosas ao Erário pelo pagamento de despesas sem o atendimento dos
requisitos legais da liquidação6.
6 A título de exemplo, transcreve-se o item 01 da conclusão do Relatório Técnico inicial: 01) Infringência aos arts. 37, caput,
e 70, parágrafo único, ambos, da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, ambos, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a
regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que ocorreu o deslocamento de
servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através dos processos nºs 432/11, 433/11 e
2983/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 11.600,13 (onze mil seiscentos reais e treze centavos), que deverá ser
devolvido ao Erário Municipal;
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Acerca dessas infringências, os responsáveis7 apresentaram defesa conjunta, às fls.
3946/4046, argumentando, em síntese, que:
- por ocasião da realização da inspeção junto à Prefeitura Municipal de Vilhena, a
Equipe Técnica desta Corte não teria consubstanciado de forma clara e inequívoca as
assertivas expressas em sua análise, não comprovando a premissa conclusiva de que a
despesa não teria sido liquidada adequadamente;
- a manifestação inicial da unidade técnica estaria eivada de nulidade uma vez que as
provas documentais carreadas aos autos não abalizam suas conclusões, por não
atenderem ao conceito de prova como meio regular e admissível em lei para
demonstrar a verdade ou falsidade de fato conhecido ou controverso ou para convencer
da certeza de ato ou fato jurídico;
- dada a natureza dos apontamentos o mais adequado seria a Comissão de Inspeção ter
solicitado da Prefeitura Municipal todos os processos de concessão de diárias a
servidores e autoridades municipais, bem como todos os processos de passagens a
pacientes em tratamento fora do domicílio para a análise circunstanciada dos
documentos e para o devido apuratório com a quantificação adequada do dano ao
Erário;
- o fato de qualificarem como absurda a conclusão do Corpo Técnico reside na
discordância acerca da premissa adotada pelo analista de não considerar liquidadas as
despesas cujos comprovantes de passagens não se encontravam acostados aos
processos de despesas e que teriam informado à Comissão de Auditoria sobre os
mecanismos e rotinas das aquisições de passagens;
- até a data da realização da Auditoria a comprovação da realização das viagens era
feita com a juntada dos bilhetes de passagens aos processos de concessão de diárias,
devidamente preenchidos. Já nos procedimentos relativos à aquisição de passagens
aéreas e terrestres, constava apenas o recibo da empresa contratada, informando a
quantidade de bilhetes emitidos.
- trouxeram aos autos todos os processos de diárias deflagrados pelo Município no ano
de 2011, indicando seus números, os respectivos empenhos, datas, valores e os nomes
dos beneficiários, para caracterizar a regularidade das despesas;
- foi editada a Instrução Normativa n. 004/CGM/2011 que estabelece normas mais
rigorosas para concessão de passagens aos servidores da municipalidade;
- quanto aos processos ns. 471/2010 e 383/2011 cujo objeto é a aquisição de passagens
terrestres destinadas aos munícipes que necessitavam de tratamento fora do domicílio
informaram que, a despeito da ausência dos bilhetes de passagens, os autos foram
instruídos adequadamente, e para comprovar a premissa juntaram documentos
relativos aos pacientes, descrevendo a enfermidade e o tratamento recomendado pelos
médicos, juntando aos autos diversos documentos de comprovação.
Apresentando tais argumentações, bem como vasta documentação, os jurisdicionados
rogaram que fossem aceitos como prova de que os processos de aquisição de passagens
foram adequadamente liquidados. 2.1 – Das passagens terrestres
Em relação aos processos de aquisição de passagens terrestres8, assiste razão à
unidade técnica ao apontar irregularidades na liquidação da despesa .
7 Senhores José Luiz Rover, Vivaldo Carneiro Gomes, Edmar dos Santos Pereira, Sérgio Noberto da Silva, Severino Miguel
de Barros Junior, Luciléia Rosa Fernandes, Carlos Eduardo Machado Ferreira, Mário Gardini, Geisa Maria Vivan, Anísio
Pereira Ruas, Eduardo Portela da Silva, Maira Sobral Vannier, Heitor Tinti Batista, Miguel Câmara Novaes, José Cândido Gonçalves Espíndola, Welliton Oliveira Ferreira, Agenor Francisco Carvalho, José Luiz Serafim, José Carlos Arrigo,
Marcos Ivan Zola, Roberto Scalércio Pires, Lizângela Marta Silva Rover, Rose Meire Ikino e Gustavo Valmórbida 8 São eles: Processos ns. 0432/11, 0433/11, 1886/11, 2983/11, 4820/11, 4821/11, 0058/11, 0007/11, 0008/11, 0104/11,
0383/11, 471-B/10, 0400/11, 0404/11, 0551/11, 0815/11, 0967/11, 0990/11, 1000/11, 1410/11, 1510/11, 1536/11, 1563/11,
1656/11, 1900/11, 2308/11, 2753/11, 3273/11, 3374/11, 3762/11, 3879/11, 4317/11.
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Para tais processos, em regra, a Administração emitia uma requisição de passagem
sem indicação de datas ou horários em que se realizariam as viagens, registrando -se
apenas o nome do servidor ou terceiro que receberia os bilhetes.
Imediatamente após requisitá-las efetuava o pagamento, sem qualquer comprovação de
que haviam sido entregues pela empresa, conforme documentação carreada às fls.
54/3555.
Após o pagamento, a empresa contratada, (Aucatur Ag. União Cascavel Turismo Ltda.
– CNPJ n. 77.410.249/0002-80) emitia um recibo, declarando que o Município havia
pago a quantia correspondente ao valor do bilhete e esse recibo era certificado pelo
mesmo servidor que havia requisitado os bilhetes.
Nos casos de concessão de bilhetes de passagens a pacientes que necessitavam se
deslocar para realização de tratamento fora do Município (Processos n. 471/2010 e
383/2011), os autos foram instruídos da mesma forma insipiente, sem, de qualquer
modo, comprovar que os bilhetes de passagens haviam sido fornecidos pela contratad a.
Nesse contexto, por certo que a formalização dos processos de aquisição de passagens
terrestres, conforme documentação juntada aos autos, não atende às exigências legais
quanto à fase de liquidação da despesa.
É nessa fase que o Administrador Público deve verificar a certeza, a exigibilidade e a
liquidez da contraprestação cobrada pelo credor, sendo necessário que essa condição
esteja demonstrada nos autos mediante documentos comprobatórios da “efetiva
prestação do serviço”, nos termos do que dispõe o artigo 63, caput, §2º, III, da Lei n.
4.320/64.
Assim, não se admite a realização do pagamento sem a produção dos documentos e
títulos hábeis a demonstrar a certeza da obrigação de pagar (anotações em registros
próprios, termos de vistoria, termo de recebimento, certificações e declarações
oficiais).
Acaso o pagamento seja processado sem a regular liquidação da despesa, condição
estabelecida em lei para sua validade9, os responsáveis sujeitar-se-ão às penalidades
legais.
Vale dizer que a comprovação da regular aplicação dos recursos públicos cabe àquele
que o recebe, conforme leciona Jorge Ulisses Jacoby Fernandes10
, “o ônus da prova
em relação à boa e regular aplicação de recursos incumbe a quem os recebe, posto que
é inerente à função de administrar coisa alheia, o dever de prestar contas”.
Devidamente instados, os responsáveis trouxeram aos autos os processos de diárias
que continham a comprovação da efetiva utilização dos bilhetes ou mesmo declarações
dos servidores atestando o recebimento das passagens.
Esses documentos foram apresentados com o intuito de comprovar a liquidação das
despesas e suprir a ausência de informações adequadas nos processos de aquisições de
passagens.
Após analisar os argumentos de defesa e a documentação carreada aos autos, o corpo
técnico concluiu que a maior parte das infringências foi sanada , haja vista que os
processos de diárias e as declarações dos servidores que receberam as passagens
comprovam a realização da viagem e, portanto, comprovam a regular liquidação da
despesa (fls. 14707/14808).
Em relação à comprovação das viagens, o MPC discorda do entendimento técnico de
que as declarações apresentadas em sede de defesa sejam suficientes para demonstrar
o efetivo deslocamento dos servidores. Porém, como dito alhures, não há nos autos
elementos suficientes para adentrar a questão da comprovação de viagens, sendo,
portanto, inviável tratar da matéria nessa análise.
9 Nos termos em que dispõe o artigo 62 da Lei n. 4.320/64, verbis: Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando
ordenado após sua regular liquidação. 10 Tribunais de Contas do Brasil. 2 ed. Belo Horizonte: Fórum, 2008, p. 197.
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Já em relação à liquidação das despesas com passagens, sopesa o Parquet que ainda
que tais documentos (processos de diárias e declarações pessoais dos servidores) não
sejam os mais adequados meios de comprovação, é razoável aceitá-las neste caso, haja
vista que restando comprovada a utilização das passagens (prestação de contas de
diárias) ou mesmo a entrega das passagens à Administração (declaração dos
servidores), restará demonstrado que o objeto pactuado foi cumprido pelo credor,
indicando o regular emprego dos recursos públicos, ainda que demonstrado
extemporaneamente.
Assim, mesmo considerando os processos de diárias e declarações dos servidores como
forma de comprovar a liquidação das despesas, verifica-se que não foram sanadas
todas as infringências, como bem salientou a unidade técnica, restando não
comprovada a regular utilização dos recursos públicos nos processos abaixo
elencados:
Process
o
Secretari
a
Valor do dano -
despesa sem
comprovação
de liquidação
1886/1
1 SEMED R$ 3.993,00
4821/1
1 SEMED R$ 1.499,07
104/11 PGM R$ 2.818,50
383/11 SEMAS11
R$ 29.820,00
471-
B/10 SEMAS12
R$ 17.892,00
400/11 SEMEC R$ 901,43
404/11 SEMEC R$ 852,00
551/11 SEMAS R$ 1.595,50
815/11
SEMPLA
N R$ 1.261,50
967/11
SEMPLA
N R$ 351,13
990/11
SEMAGR
I R$ 825,50
1000/1
1
SEMAGR
I R$ 1.477,07
1410/1
1
SEMTRA
N R$ 2.999,00
1536/1
1
SEMTRA
N R$ 1.998,25
3879/1
1
SEMTRA
N R$ 1.993,53
1563/1
1
SEMCO
M R$ 4.996,00
2753/1
1 SEMAD
R$
924,0013
11 Processo relativo à concessão de passagens para pacientes. 12 Processo relativo à concessão de passagens para pacientes. 13 O dano identificado nos Processos Administrativos ns. 2753/2011 e 4317/2011 totaliza R$ 2.408,50, porém, os
responsáveis foram citados para apresentação de defesa aos termos do item 19 do relatório técnico inicial, o qual
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4317/1
1 SEMAD
R$
1.484,5014
TOTAL R$ 77.681,98
Notadamente, quanto a tais processos não constaram nos autos os comprovantes de
liquidação e não foram trazidos em sede de defesa quaisquer outros documentos
probatórios, tal como a comprovação das viagens (processos de diárias) ou da entrega
das passagens (declarações), impondo-se, assim, o ressarcimento ao erário.
2.2 – Das passagens aéreas
Quanto à análise dos processos relativos à aquisição de passagens aéreas15
, a unidade
técnica apontou que havia irregularidades na liquidação.
Após analisar os argumentos da defesa, considerou que a evidenciação da sistemática
adotada pelo Município para efetuar a liquidação, respaldada pelos documentos que
inicialmente constavam nos autos e complementarmente pelos novos documentos
carreados ao caderno processual, seria o suficiente para sanar todas as
irregularidades apontadas.
Registre-se que, quanto a tais procedimentos, a unidade técnica não examinou se houve
ou não comprovação de utilização dos bilhetes, limitando-se a verificar tão somente se
as despesas foram liquidadas, vale dizer, se as passagens foram efetivamente
fornecidas à Administração.
Tal fato fortalece a tese do Parquet de que nestes autos foram adequadamente
avaliados apenas os defeitos na liquidação das despesas com passagens, restando
inconclusa a avaliação quanto à ausência de prestação de contas de sua efetiva
utilização (deslocamentos, finalidade pública da viagem, etc.).
Nesse contexto, o MPC dissente da análise técnica apenas quanto aos Processos
Administrativos ns. 09/11 e 122/11, pois nesses casos a liquidação da despesa não foi
processada regularmente, haja vista que as notas fiscais não foram certificadas,
havendo, portanto, falha na comprovação de que as passagens requisitadas foram
recebidas pela Administração para que houvesse o respectivo pagamento a VILHETUR
Vilhena Turismo Ltda, conforme constata-se da leitura dos documentos de fls.
1960/1975 e 4969/5017.
Assim, não havendo nos autos outros documentos hábeis a sanar a impropriedade,
permanece a infringência aos artigos 62 e 63 da Lei n. 4320/64, em relação aos
Processos ns. 09/2011 e 122/2011, de responsabilidade dos senhores Gustavo
Valmórbida – Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal, Heitor Tinti Batista –
Secretário Municipal da SEMPLAN, solidariamente com o senhor José Luiz Rover –
Prefeito Municipal, impondo-se o ressarcimento ao erário do montante de R$ 1.942,61
e R$ 4.787,91, respectivamente”.
Pois bem. A verificação do montante devido ao fornecedor do bem ou ao
prestador do serviço surge da necessidade de se dimensionar a contraprestação que incumbe ao Poder Público saldar, desde que constatado o implemento de uma condição, qual seja, a concreta prestação do serviço ou o efetivo fornecimento do bem, tanto nos moldes da avença
que deu causa ao nascimento da relação obrigacional, quanto em conformidade com o disposto na legislação vigente.
mencionou o valor de R$ 1.825,00. Portanto, entende o MPC que este deverá ser o limite para ressarcimento, consoante teor
dos Mandados de Citação ns. 209/TCER/2012 e 210/TCER/2012. 14 Idem ao item anterior. 15 São eles: Processos ns. 0009/11, 0122/11, 0132/11, 0164/11, 0429/11, 0503/10, 0893/10, 1653/11, 1742/11, 2233/11,
2700/10, 3386/11, 3439/11, 3466/10, 4318/11.
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Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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Constitui a fase da liquidação da despesa essa imprescindível espécie de inspeção
dos títulos e documentos, que instruem todo o processo de realização da despesa, com o escopo de atestar se houve a observância dos recíprocos direitos e deveres, que permeiam a
relação contratual firmada entre a Administração e seus fornecedores ou prestadores de serviços. É por meio dessa medida (obrigatória) que o agente público qualifica o contratado como credor da Administração, na qualidade de legítimo destinatário do valor apurado, após
atestar o adimplemento, na prática, das suas obrigações.
A despeito da importância da aludida exigência legal para a garantia da boa e regular aplicação dos recursos públicos, não se depreende dos procedimentos glosados (remanescentes) qualquer esforço da Administração no sentido da sua implementação, o que
realça a culpabilidade dos agentes envolvidos nos eventos ilegais (passagens terrestres e aéreas), que agiram conscientemente a fim de levar a cabo os dispêndios sem a preocupação
com a inescusável comprovação da regular liquidação das despesas. Como bem realçou o representante ministerial, a ilegalidade dos dispêndios se
consubstancia na inexistência de qualquer registro da utilização dos bilhetes de passagem pela Administração (agentes públicos ou pacientes), que tampouco demonstraram a realização das
viagens que ensejaram as suas solicitações e supostas emissões pela contratada. Diante do incontestável pagamento integral, somente a prova do recebimento do
que foi contratado (e pago), obstaria o reconhecimento da consumação do dano, o que aqui não se confirmou. Além de não existir o registro de recebimento dos bilhetes por parte da
Administração, os imputados foram incapazes de demonstrar a realização das viagens. Portanto, não lograram demonstrar o nexo entre o desembolso do recurso e o comprovante de despesa realizada com vista à consecução do objeto pretendido (contratado) na sua
integralidade.
Destarte a materialidade delitiva – irregular liquidação da despesa – restou configurada, ou seja, sobejou caracterizada a lesão de ordem econômica decorrente do pagamento por passagens terrestres e aéreas não utilizadas. Por conseguinte, a imposição da
devolução do valor pago imerecidamente, sem a regular liquidação (art. 62 da Lei nº 4.320/64), é inevitável16, sem prejuízo da multa do art. 54 da LC nº 154/96, em decorrência da
alta reprovabilidade das condutas (conscientes) para levar a cabo os dispêndios ilícitos, mesmo diante da total ausência de suporte documental hígido a lastrear cada pagamento.
A seguir, cumpre verificar a participação individual dos envolvidos em cada um dos procedimentos glosados.
16 O art. 113 da Lei nº 8.666/93 estatui que: “O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos
regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e regularidade da despesa e execução, nos
termos da Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto”.
A norma transfere, destarte, para o agente (público ou privado) que expediu o ato o ônus de comprovar a sua regularidade, se
esta for impugnada pelos órgãos de controle, de modo que afaste a presunção de legitimidade dos atos administrativos, acaso
o objeto desses for a execução da despesa pública.
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Passagens terrestres
As aquisições irregulares de passagens terrestres, que configuraram o prejuízo
econômico a ser ressarcido pelos imputados, no valor total de R$ 77.681,98, ocorreram nos processos administrativos listados abaixo, e, ainda, contaram com a contribuição de cada um dos seguintes agentes, que devem ser responsabilizados:
- Processo nº 1563/11(item 16)
17 – R$ 4.996,00: a documentação de fls.
1.713/1.739 denota que o Sr. José Luis Serafim, Secretário Municipal Adjunto de Comunicação
18, emprestou fundamento para o adimplemento da despesa
ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito19
; - Processos nº 967/11 e 815/11 (item 12)
20 – R$ 351,13 e R$ 1.261,50:
depreende-se da documentação de fls. 1.553/1.569 (967/11) e de fls. 4.856/4.968 (815/11), que o Sr. Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento
21, emprestou fundamento para o adimplemento da despesa ilegal,
que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito22
; - Processo nº 1886/11(item 02)
23 – R$ 3.993,00: a documentação de fls.
4.526/4.624 denota que o Sr. José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de 17 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ LUIS SERAFIM – SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DE
COMUNICAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL: 16) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através do
processo nº 1563/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 4.996,00 (quatro mil novecentos e noventa e seis reais), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 18 Subscreveu a “solicitação da despesa”, a “justificativa” da inexigibilidade de licitação, a “nota de autorização de despesa”,
as requisições de passagens, e a “nota de liquidação de empenho”. Além disso, certificou todos os recibos emitidos pela
contratada. 19 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu o “aviso de inexigibilidade de licitação” e os cheques em favor da contratada. 20 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR HEITOR TINTI BATISTA – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
12) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através dos
processos nºs 815/11, 967/11 e 122/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 6.400,54 (seis mil quatrocentos reais e
cinquenta e quatro centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 21 Subscreveu a “solicitação da despesa” (em ambos os processos), o “projeto básico” (em ambos os processos), a “justificativa” do procedimento licitatório na modalidade cotação simples (967/11) e da inexigibilidade de licitação (815/11) ,
a “nota de autorização de despesa” (815/11), e a requisição de passagens. Além disso, certificou todos os recibos emitidos
pela contratada (em ambos os processos). 22 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu o “aviso de inexigibilidade” (815/11), a “nota de empenho”
(815/11), a “nota de liquidação de empenho” (815/11), a “nota de pagamento de despesa orçamentária” (815/11), e os cheques em favor da contratada (em ambos os processos). 23 DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E
EDMAR DOS SANTOS PEREIRA – SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DE EDUCAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O
SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
2) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através do
processo nº 1886/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 3.993,00 (três mil novecentos e noventa e três reais), que
deverá ser devolvido ao Erário Municipal;
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Educação24
, emprestou fundamento para o adimplemento da despesa ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito
25;
- Processo nº 4821/11 (item 03)26
– R$ 1.499,07: a documentação de fls. 4.756/4.827 denota que o Sr. José Carlo Arrigo, Secretário Municipal de Educação
27, emprestou fundamento para o adimplemento da despesa ilegal, que
restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito28
; - Processos nº 990/11 e 1000/11 (item 13)
29 – R$ 825,50 e R$ 1.477,07:
depreende-se da documentação de fls. 5.018/5.137 (990/11) e de fls. 5.140/5.240 (1000/11), que o Sr. José Candido Gonçalves Espindula, Secretário Municipal de Agricultura
30, emprestou fundamento para o adimplemento da
despesa ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito31
; - Processos nº 1410/11, 1536/11 e 3879/11 (item 14)
32 – R$ 2.999,00, R$
1.998,25 e R$ 1.993,53: depreende-se da documentação de fls. 5.241/5.370 (1410/11), fls. 5.371/5.430 (1536/11) e de fls. 5.433/5.478 (3879/11), que o Sr. Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de Transporte e Trânsito
33,
24 Subscreveu a “solicitação da despesa”, a “justificativa” da inexigibilidade de licitação, e as requisições de passagens. Além
disso, certificou todos os recibos emitidos pela contratada. 25 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu o “aviso de inexigibilidade de licitação” e os cheques em favor da
contratada. 26 DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E SÉRGIO NOBERTO DA SILVA – ASSESSOR DE ORÇAMENTO DA SEMED, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ
LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
3) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através dos
processos nºs 4820/11, 4821/11 e 2983/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 11.423,57 (onze mil quatrocentos e vinte
e três reais e cinquenta e sete centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 27 Subscreveu a “solicitação da despesa”, a “justificativa” da dispensabilidade de licitação, a “nota de autorização de
despesa”, e as requisições de passagens. Além disso, certificou todos os recibos emitidos pela contratada. 28 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu os cheques em favor da contratada. 29 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ CÂNDIDO GONÇALVES DE ESPÍNDULA – SECRETÁRIO MUNICIPAL
DE AGRICULTURA, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
13) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através dos
processos nºs 990/11 e 1000/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 4.309,11 (quatro mil trezentos e nove reais e onze
centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 30 Subscreveu a “solicitação da despesa” (em ambos os processos), a “justificativa” da inexigibilidade e de dispensa de licitação (em ambos os processos), a “nota de autorização de despesa” (em ambos os processos), e as requisições de
passagens. Além disso, certificou todos os recibos emitidos pela contratada. 31 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu os cheques em favor da contratada. 32 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE
TRANSPORTE E TRÂNSITO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL: 14) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através dos
processos nºs 1410/11, 1536/11, 3879/11 e 2700/10, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 9.716,22 (nove mil setecentos e dezesseis reais e vinte e dois centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 33 Subscreveu a “solicitação da despesa” (em todos os processos), a “justificativa” da dispensa da licitação (1536/11 e
3879/11) e da inexigibilidade de licitação (1410/11), a “nota de autorização de despesa” (em todos os processos), e as
requisições de passagens (em todos os processos). Além disso, certificou todos os recibos emitidos pela contratada (em todos
os processos).
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emprestou fundamento para o adimplemento da despesa ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito
34;
- Processos nº 2753/11 e 4317/11 (item 19)35
– R$ 924,00 e R$ 1.484,50: depreende-se da documentação de fls. 6.262/6.327 (2753/11), e de fls. 6.328/6.402 (4317/11), que o Sr. Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração
36, emprestou fundamento para o adimplemento da despesa
ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito37
; - Processo nº 104/11 (item 06)
38 – R$ 2.818,50: a documentação de fls.
10.239/10.416 denota que o Sr. Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral do Município
39, emprestou fundamento para o adimplemento da despesa
ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito40
; - Processos nº 383/11 e 471/11 (item 07)
41 – R$ 29.820,00 e R$ 17.892,00:
depreende-se da documentação de fls. 10.417/10.864 (383/11), e de fls. 10.865/11.965 (471/11), que a Sra. Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social
42, emprestou fundamento para o adimplemento
da despesa ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito43
;
34 Autorizou o processamento do dispêndio (em todos os processos). Subscreveu o “aviso de inexigibilidade” (1410/11), e os
cheques em favor da contratada (em ambos os processos). 35 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MIGUEL CÂMARA NOVAES – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE
ADMINISTRAÇÃO, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
19) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através dos
processos nºs 2753/11 e 4317/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 1.825,00 (mil oitocentos e vinte e cinco reais), que
deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 36 Subscreveu a “solicitação da despesa” (em ambos os processos), a “justificativa” da inexigibilidade de licitação (em ambos
os processos), a “nota de autorização de despesa” (em ambos os processos), e as requisições de passagens (em ambos os
processos). Além disso, certificou todos os recibos emitidos pela contratada (em ambos os processos). 37 Autorizou o processamento do dispêndio (em ambos os processos). Subscreveu o “aviso de inexigibilidade” (em ambos os
processos), e os cheques em favor da contratada (em ambos os processos). 38 DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES CARLOS EDUARDO MACHADO FERREIRA – PROCURADOR-GERAL
DO MUNICÍPIO E MÁRIO GARDINI – SUBPROCURADOR MUNICIPAL, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ
LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
6) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através do
processo nº 104/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 3.480,50 (três mil quatrocentos e oitenta reais e cinquenta
centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 39 Subscreveu a “solicitação da despesa”, a “nota de autorização de despesa”, e as requisições de passagens. Além disso, certificou todos os recibos emitidos pela contratada. 40 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu os “avisos de ratificação de inexigibilidade” e os cheques em favor
da contratada. 41 DE RESPONSABILIDADE DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER – SECRETÁRIA MUNICIPAL DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL E GEISA MARIA VIVAN – SECRETÁRIA MUNICIPAL ADJUNTA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
7) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação, através dos processos nºs 383/11 e 471/11, cujo montante gasto foi
da ordem de R$ 47.712,00 (quarenta e sete mil setecentos e doze reais), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 42 Subscreveu a “solicitação da despesa” (em ambos os processos), a “justificativa” da inexigibilidade de licitação (em ambos
os processos), a “nota de autorização de despesa” (em ambos os processos), e as requisições de passagens (em ambos os
processos). 43 Autorizou o processamento do dispêndio (em ambos os processos). Subscreveu o “aviso de inexigibilidade” (em ambos os
processos), e os cheques em favor da contratada (em ambos os processos).
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- Processo nº 400/11 (item 08)44
– R$ 901,4345
: a documentação de fls. 11.966/12.052 denota que o Sr. Wellinton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura
46, emprestou fundamento para o adimplemento
da despesa ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito47
; - Processo nº 404/11 (item 09)
48 – R$ 852,00
49: a documentação de fls.
11.966/12.052 denota que o Sr. Wellinton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura
50, emprestou fundamento para o adimplemento
da despesa ilegal, que restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito51
; e - Processo nº 551/11 (item 11)
52 – R$ 1.595,50
53: a documentação de fls.
13.083/13.199 denota que o Sr. Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral do Município
54, emprestou fundamento para o adimplemento da despesa ilegal, que
restou ordenada pelo Sr. José Luiz Rover, Prefeito55
.
44 DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES WELLITON OLIVEIRA FERREIRA – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE
ESPORTE E CULTURA E ANISIO PEREIRA RUAS – SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DE ESPORTE E CULTURA,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL: 8) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade,
impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através do
processo nº 400/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 1.422,98 (mil quatrocentos e vinte e dois reais e noventa e oito centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 45 A utilização das passagens emitidas em favor dos atletas Nilson Martins Batista, Euclício Pacheco da Silva e Vilma
Aparecida Silva (fl. 12.042), está escorada nas declarações de fls. 13.396 e 13.398/13.399. Tais bilhetes totalizaram o valor
de R$ 521,55, que foi subtraído do débito originário (1.422,98 menos 521,55 é igual a 901,43). 46 Subscreveu a “solicitação da despesa”, a “justificativa” da dispensa da licitação, a “nota de autorização de despesa”, e as requisições de passagens. Além disso, certificou os recibos emitidos pela contratada. 47 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu os cheques em favor da contratada. 48 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR WELLITON OLIVEIRA FERREIRA – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE
ESPORTE E CULTURA, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
9) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas, sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através do
processo nº 404/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 3.382,50 (três mil trezentos e oitenta e dois reais e cinquenta
centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 49 A utilização de algumas das passagens emitidas foi comprovada (fls. 13.402/13.425, 13.426/13.427, 13.428, 13.400,
13.430, 13.432, 13.434 e 13.436). Em razão disso, o débito originário restou reduzido. 50 Subscreveu a “solicitação da despesa”, a “justificativa” da inexigibilidade da licitação, a “nota de autorização de despesa”,
e as requisições de passagens. Além disso, certificou os recibos emitidos pela contratada. 51 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu o “aviso de inexigibilidade” e os cheques em favor da contratada. 52 DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES ROBERTO SCALÉRCIO PIRES – CONTROLADOR GERAL, SEVERINO
MIGUEL DE BARROS JUNIOR – SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA, EDUARDO PORTELA DA SILVA –
GERENTE DE PLANEJAMENTO E CONTROLE E DA SENHORA MAIRA SOBRAL VANNIER – GERENTE TÉCNICA,
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
11) Infringência aos arts. 37, caput, e 70, parágrafo único, ambos da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de prestar contas) c/c os arts. 62 e 63, da Lei Federal nº 4.320/64, por terem atestado
os recebimentos das despesas sem a regular liquidação e sem que ficasse clara e objetivamente demonstrado e comprovado
que ocorreu o deslocamento de servidores em atividades públicas e de interesse daquela municipalidade, através do
processo nº 551/11, cujo montante gasto foi da ordem de R$ 2.973,50 (dois mil novecentos e setenta e três reais e cinquenta
centavos), que deverá ser devolvido ao Erário Municipal; 53 A utilização de algumas das passagens emitidas foi comprovada (fls. 13.047/13.074 e 13.075/13.082). Em razão disso, o
débito originário restou reduzido. 54 Subscreveu a “solicitação da despesa”, a “justificativa” da inexigibilidade da licitação, a “nota de autorização de despesa”,
e as requisições de passagens. Além disso, certificou os recibos emitidos pela contratada. 55 Autorizou o processamento do dispêndio. Subscreveu o “aviso de inexigibilidade” e os cheques em favor da contratada.
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Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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Proc.: 03835/11
Fls.:__________
Eis os quadros de imputação de débitos para melhor ilustrar a circunstância
descrita: Imputado Processos
Corresponsável (solidário) Valor
originário do
débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido
com juros
de mora
(R$)
1563/11 José Luis Serafim 4.996,00
967/11 Heitor Tinti Batista 351,13
815/11 Heitor Tinti Batista 1.261,50
1886/11 José Carlos Arrigo 3.993,00
4821/11 José Carlos Arrigo 1.499,07
990/11 José Candido Gonçalves
Espindula
825,50
1000/11 José Candido Gonçalves
Espindula
1.477,07
1410/11 Agenor Francisco de
Carvalho
2.999,00
1536/11 Agenor Francisco de
Carvalho
1.998,25
José Luiz
Rover
3879/11 Agenor Francisco de
Carvalho
1.993,53
2753/11 Miguel Câmara Novaes 924,00
4317/11 Miguel Câmara Novaes 1.484,50
104/11 Carlos Eduardo
Machado Ferreira
2.818,50
383/11 Lizângela Marta Silva
Rover
29.820,00
471/11 Lizângela Marta Silva
Rover
17.892,00
400/11 Wellinton Oliveira
Ferreira
901,43
404/11 Wellinton Oliveira
Ferreira
852,00
551/11 Roberto Scalércio Pires 1.595,50
Total do
débito
77.681,98 108.181,40 166.599,3656
Imputado Processo Corresponsável
(solidário)
Valor
originário do
débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
José Luis
Serafim
1563/11 José Luiz Rover 4.996,00
(débito)
6.957,52 10.714,5957
Imputado Processos Corresponsável Valor originário Valor Valor do
56 Fls. 14.876/verso. 57 Fls. 14.877/verso.
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Fls.:__________
(solidário) do débito (R$) atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
967/11 José Luiz Rover 351,13
Heitor Tinti
Batista
815/11 José Luiz Rover 1.261,50
Total do
débito
1.612,63 2.245,78 3.458,5058
Imputado Processos Corresponsável
(solidário)
Valor originário
do débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
1886/11 José Luiz Rover 3.993,00
José Carlos
Arrigo
4821/11 José Luiz Rover 1.499,07
Total do
débito
5.492,07 7.648,36 11.778,4859
Imputado Processos Corresponsável
(solidário)
Valor originário
do débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido
com juros de
mora (R$)
990/11 José Luiz Rover 825,50
José Candido
Gonçalves
Espindula
1000/11 José Luiz Rover 1.477,07
Total do
débito
2.302,57 3.206,60 4.938,1760
Imputado Processos Corresponsável
(solidário)
Valor originário
do débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
1410/11 José Luiz Rover 2.999,00
Agenor
Francisco de
Carvalho
1536/11 José Luiz Rover 1.998,25
3879/11 José Luiz Rover 1.993,53
Total do
débito
6.990,78 9.735,49 14.992,6661
Imputado Processos Corresponsável
(solidário)
Valor originário
do débito (R$)
Valor
atualizado
Valor do
débito
58 Fls. 14.878/verso. 59 Fls. 14.879/verso. 60 Fls. 14.880/verso. 61 Fls. 14.881/verso.
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Fls.:__________
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
corrigido com
juros de mora
(R$)
2753/11 José Luiz Rover 924,00
Miguel
Câmara
Novaes
4317/11 José Luiz Rover 1.484,50
Total do
débito
2.408,50 3.354,12 5.165,3562
Imputado Processo Corresponsável
(solidário)
Valor originário
do débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
Carlos Eduardo
Machado
Ferreira
104/11 José Luiz Rover 2.818,50
(débito)
3.925,10 6.044,6563
Imputada Processos Corresponsável
(solidário)
Valor originário
do débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
383/11 José Luiz Rover 29.820,00
Lizângela
Marta Silva
Rover
471/11 José Luiz Rover 17.892,00
Total do
débito
47.712,00 66.444,64 102.324,7464
Imputado Processo Corresponsável
(solidário)
Valor originário
do débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
400/11 José Luiz Rover 901,43
Wellinton
Oliveira
Ferreira
404/11 José Luiz Rover 852,00
Total do
débito
1.753,43 2.441,86 3.760,4665
Imputado Processo Corresponsável
(solidário)
Valor
originário do
débito (R$)
Valor
atualizado
(sem juros de
mora) do
débito (R$)
Valor do
débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
62 Fls. 14.882/verso. 63 Fls. 14.883/verso. 64 Fls. 14.884/verso. 65 Fls. 14.885/verso.
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Fls.:__________
Roberto
Scalércio Pires
551/11 José Luiz Rover 1.595,50
(débito)
2.221,92 3.421,7666
Passagens aéreas
Respeitante à aquisição das passagens aéreas, também, assiste razão ao parquet de Contas. Os documentos acostados nos processos nº 09/11 (R$ 1.942,61) e 122/11 (R$ 4.787,91) apontam para a irregular liquidação dessas despesas, porquanto não se depreende o
recebimento (ou utilização) por parte da Administração das passagens “adquiridas”.
No que toca ao processo nº 09/11, no valor de R$ 1.942,61, constata-se que o Sr. Gustavo Valmórbida, Secretário Municipal de Fazenda, figurou como solicitante e beneficiário das passagens emitidas. O pagamento foi realizado pelo Sr. José Luiz Rover,
Prefeito, mesmo sem qualquer prova do adimplemento da obrigação por parte da contratada. Logo, ambos os agentes envolvidos, solidariamente, por terem levado a cabo o dispêndio
ilegal, devem responder pelo dano ao erário decorrente. Imputados Processo Valor originário do
débito (R$)
Valor atualizado
(sem juros de
mora) do débito
(R$)
Valor do débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
José Luiz Rover e
Gustavo
Valmórbida
09/11 1.942,61 (débito) 2.705,32 4.166,1967
As passagens adquiridas por intermédio do processo nº 122/11, no valor de R$
4.787,91, foram solicitadas pelo próprio beneficiário, o Sr. Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento68. O processamento da despesa restou autorizado pelo Prefeito. O
pagamento foi efetuado pelo Sr. Severino Miguel de Barros Júnior, Secretário Municipal de Fazenda Interino.
O único agente que contribuiu para o aperfeiçoamento dessa irregularidade danosa e que, no caso, está sujeito à responsabilização é o Sr. Heitor Tinti Batista, Secretário
Municipal de Planejamento, a quem o débito deve ser imputado. A simples cópia das respectivas prestações de contas das diárias, que subsidiaram as emissões das passagens glosadas, o isentaria de responsabilidade. Contudo, a despeito da oportunidade de apresentar
defesa, ele não logrou comprovar a utilização dos bilhetes ou a realização das viagens, o que é inescusável.
Assim, diante da sua contribuição para a consumação da irregularidade danosa,
impositiva a imputação de débito no valor de R$ 4.787,91.
Quanto aos demais envolvidos, com a devida vênia, penso que a anuência inicial
corporificada na autorização para o “prosseguimento” do procedimento glosado, por si só, não reclama a responsabilização do Sr. José Luiz Rover, Prefeito, porquanto não comprova a sua
66 Fls. 14.886/verso. 67 Fls. 14.887/verso. 68 Subscreveu a “solicitação de despesa”, o “projeto básico”, as “justificativas” para a dispensa de licitação e para a
remarcação da viagem, e a “nota de autorização de despesa” (fls. 4969/5017)
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Proc.: 03835/11
Fls.:__________
ciência acerca das fragilidades reveladoras da ilicitude (ausência de prova da regular
liquidação do dispêndio). Já a responsabilização do agente que ordenou o pagamento se esbarra no fato de ele não ter sido chamado aos autos pela irregularidade em discussão.
Imputado Processo Valor originário do
débito (R$)
Valor atualizado
(sem juros de
mora) do débito
(R$)
Valor do débito
corrigido com
juros de mora
(R$)
Heitor Tinti Batista 122/11 4.787,91 (débito) 6.667,73 10.268,3169
Da multa do art. 54 da LC nº 154/96
O alto grau de reprovabilidade das condutas ilícitas perpetradas pelos agentes públicos envolvidos – por negligência ou conscientemente, sem a documentação apta para tanto, eles praticaram todos os atos necessários para a realização dos pagamentos imerecidos à
contratada (beneficiária do prejuízo da Administração) –, além de ser mais que suficiente para inquinar a TCE em exame, com a imputação de débito, demanda a aplicação da multa do
artigo 54 da Lei Complementar nº 154/96. Dessa feita, ante a gravidade das ilegalidades praticadas pelos responsáveis,
impositivo a imputação de débito e de multa prevista no artigo 54, da Lei Complementar nº 154/96.
Quanto à dosimetria da penalidade, considerando que o conjunto probatório
reunido está a evidenciar a consumação de várias ilegalidades danosas (realização de despesas
sem a regular liquidação), que decorreram da atuação direta dos jurisdicionados acima mencionados, proponho, motivado por todos os argumentos aqui lançados, multa individual no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor do débito atualizado (sem a incidência de
juros de mora)70.
Vale ressaltar que alguns dos valores glosados se revelam de baixa expressividade – como, por exemplo, as quantias originárias de R$ 1.612,63 e R$ 1.942,61, que, no patamar fixado de 10% sobre o valor corrigido, resultariam em multas nos montantes de R$ 224,57 e
R$ 270,53, respectivamente.
Tendo em vista a pouca expressividade das multas proporcionais à maior parte desses débitos, deixa-se, nesses casos, de aplicar algumas reprimendas, pois os custos com a cobrança podem se revelar superiores ao benefício decorrente do pagamento, o que obsta tal
medida, em razão do custo-benefício desfavorável. As penas, portanto, que não atingem valores iguais ou superiores à multa mínima prevista à época no art. 55 da LC nº 154/96 (R$
1.250,00), não devem ser cominadas. Imputados Valor atualizado (sem juros de
mora) do débito (R$)
Valor da multa (10%)
José Luiz Rover 108.181,40 10.818,14
69 Fls. 14.888/verso. 70 “Art. 54 – Quando o responsável for julgado em débito, poderá ainda o Tribunal aplicar-lhe multa de até 100% (cem por
cento) do valor atualizado do dano causado ao Erário.”
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Lizângela Marta Silva Rover 66.444,64 6.644,46
Por conseguinte, impositiva a fixação de multa individual, com fulcro no art. 54 da LC nº 154/96, aos Srs. José Luiz Rover e Lizângela Marta Silva Rover, nos valores de R$ 10.818,14 (dez mil, oitocentos e dezoito reais e quatorze centavos) e R$ 6.644,46 (seis mil,
seiscentos e quarenta e quatro reais e quarenta e seis centavos), respectivamente.
Após essas ponderações sobre as irregularidades danosas, passa-se à análise das irregularidades formais.
Das irregularidades formais
Da irregular contratação das empresas fornecedoras de passagens aéreas e terrestres (itens 25 a 32)
Sobre o ponto, convém trazer à colação a manifestação do Ministério Público de Contas, que, ao examinar as justificativas dos imputados, em consonância com a Unidade
Técnica, propugnou pelas suas responsabilizações, nos seguintes termos: 3 – Da contratação
A unidade técnica apontou irregularidades graves em relação à forma de contratação
das empresas fornecedoras de passagens aéreas e terrestres, as quais se encontram
consubstanciadas nos itens 25 a 28 de seu relatório inicial71
.
71 DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), GUSTAVO VALMÓRBIDA (SEMFAZ),
WELLITON OLIVEIRA FERREIRA (SEMEC), ROBERTO SCALÉRCIO PIRES (CONTROLADOR GERAL), HEITOR TINTI
BATISTA (SEMPLAN), JOSÉ CÂNDIDO GONÇALVES ESPÍNDOLA (SEMAGRI), AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO
(SEMTRAN) E DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER (SEMAS) E ROSE MEIRE IKINO (FMDCA),
SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL: 25) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal nº
10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura dos
processos nºs 433/11, 4821/11, 008/11, 400/11, 550/11, 967/11, 1000/11, 1536/11, 3374/11, 3879/11, 1222/11 e 4318/11,
totalizando o montante de R$ 24.300,66 (vinte e quatro mil e trezentos reais e sessenta e seis centavos), sem o devido
certame licitatório, ou seja, mediante dispensa de licitação, assim como por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenhamento e pagamento) sem que tivessem sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal
a não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública, haja vista a
celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a economia de escala nas contratações, a
possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos praticados, dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DOS SENHORES JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), VIVALDO CARNEIRO GOMES (SEMUS), GUSTAVO VALMÓRBIDA (SEMFAZ), CARLOS EDUARDO MACHADO FERREIRA (PROCURADORIA
GERAL), WELLITON OLIVEIRA FERREIRA (SEMEC), ROBERTO SCALÉRCIO PIRES (CONTROLADOR GERAL),
HEITOR TINTI BATISTA (SEMPLAN), JOSÉ CÂNDIDO GONÇALVES ESPÍNDOLA (SEMAGRI), MARCOS IVAN ZOLA
(SEMTIC), AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO (SEMTRAN), JOSÉ LUIS SERAFIM (SECOM), MIGUEL CÂMARA
NOVAES (SEMAD) E DAS SENHORAS LIZÂNGELA MARTA SILVA ROVER (SEMAS) E ROSE MEIRE IKINO (FMDCA), SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES MÁRIO GARDINI – SUBPROCURADOR MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER –
PREFEITO MUNICIPAL:
26) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal nº
10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura dos
processos nºs 471/10, 432/11, 1886/11, 4820/11, 058/11, 007/11, 104/11, 383/11, 404/11, 551/11, 815/11, 990/11, 1510/11, 1563/11, 1656/11, 1900/11, 2308/11, 2753/11, 3273/11, 3762/11 e 4317/11, totalizando o montante de R$ 123.217,00 (cento
e vinte e três mil duzentos e dezessete reais), sem o devido certame licitatório, ou seja, mediante inexigibilidade de licitação,
assim como por terem autorizado o prosseguimento da despesa (empenhamento e pagamento) sem que tivessem sido
apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já
se mostrou mais benéfico à Administração Pública, haja vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição
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Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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Tais apontamentos decorrem da constatação pelo corpo técnico de que o Município de
Vilhena, através de suas secretarias municipais72
, realizou reiterados procedimentos de
contratação direta, por dispensa ou inexigibilidade de licitação, para aquisição de
passagens terrestres e aéreas, sem atender aos requisitos previstos na Lei de Licitações
e Contratos Administrativos.
Assim, apontou a unidade técnica que a prática adotada pelo Município ofende ao
dever constitucional de licitar, haja vista ser possível a contratação de empresa para
fornecimento de passagens aéreas e terrestres pelas vias ordinárias de licitação,
ampliando a competitividade, preservando a isonomia e alcançando melhores
propostas em função da quantidade de passagens adquiridas (economia de escala).
Além disso, nos termos descritos pela unidade técnica a contratação da empresa
Vilhena Turismo Ltda – VILHETUR para fornecimento de passagens aéreas foi
realizada por meio de licitação na modalidade pregão na forma presencial, em
detrimento da utilização da forma eletrônica, sem motivação para a escolha.
Por todos esses fatores apontou a infringência ao art. 3º, caput, da Lei Federal n.
8666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal n. 10.520/02 e ao art. 37,
caput, da Constituição Federal.
Dessarte, foram chamados aos autos os gestores municipais73
e também os
procuradores e advogado que emitiram parecer favorável às contratações sem
licitação.
Em sede de justificativas, os gestores responsabilizados alegaram, em síntese, que (fls.
3861/3897):
- deixaram de licitar as referidas aquisições por entenderem que o transporte terrestre
intermunicipal no Estado de Rondônia constitui exclusividade da Empresa União
Cascavel de Transporte e Turismo Ltda. – EUCATUR, detentora da concessão do
serviço de;
entre os fornecedores, a economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução
nos atos praticados, dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR JOSÉ CARLOS ARRIGO (SEMED), SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES
CARLOS EDUARDO MACHADO FERREIRA – PROCURADOR GERAL MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO
MUNICIPAL: 27) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal nº
10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura do
processo nº 2983/11, totalizando o montante de R$ 9.982,50 (nove mil novecentos e oitenta e dois reais e cinquenta
centavos), sem o devido certame licitatório, ou seja, mediante inexigibilidade de licitação, assim como por terem autorizado
o prosseguimento da despesa (empenhamento e pagamento) sem que tivessem sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público Municipal a não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à
Administração Pública, haja vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a
economia de escala nas contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos praticados,
dentre outros;
DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO (SEMTRAN), SOLIDARIAMENTE COM OS SENHORES ÂNGELO MARIANO DONADON JÚNIOR – ADVOGADO MUNICIPAL E JOSÉ LUIZ ROVER –
PREFEITO MUNICIPAL:
28) Infringência aos art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93, ao art. 1º, caput e parágrafo único, da Lei Federal nº
10.520/02 e art. 37, caput, da CF (princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade), por permitirem a abertura do
processo nº 1.410/11, totalizando o montante de R$ 2.999,00 (dois mil novecentos e noventa e nove reais), sem o devido certame licitatório, ou seja, mediante inexigibilidade de licitação, assim como por terem autorizado o prosseguimento da
despesa (empenhamento e pagamento) sem que tivessem sido apresentados os motivos que levaram aquele Poder Público
Municipal a não optar pelo Pregão Eletrônico, sendo que este já se mostrou mais benéfico à Administração Pública, haja
vista a celeridade em sua realização, a ampliação da competição entre os fornecedores, a economia de escala nas
contratações, a possibilidade de negociação dos preços ofertados e redução nos atos praticados, dentre outros; 72 Quais sejam: SEMED SEMFAZ SEMEC CONTROLADOR GERAL SEMPLAN SEMAGRI SEMTRAN SEMAS FMDCA
SEMTRAN SEMTIC SECOM SEMAD PROCURADORIA GERAL SEMUS, conforme fls. 3594/3638. 73 Os senhores José Luiz Rover, Vivaldo Carneiro Gomes, Heitor Tinti Batista, Miguel Câmara Novaes, José Cândido
Gonçalves Espíndola, Welliton Oliveira Ferreira, Agenor Francisco Carvalho, José Luiz Serafim, José Carlos Arrigo, Marcos
Ivan Zola, Roberto Scalércio Pires, Lizângela Marta Silva Rover, Rose Meire Ikino e Gustavo Valmórbida.
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- quando a Administração necessita adquirir um bem ou contratar um determinado
serviço que possui características especiais e especificações ímpares, que apenas um
fabricante ou fornecedor possua, torna-se impossível a licitação, visto que o universo
de competidores se restrinja a apenas um único participante;
- os processos de aquisição de passagens terrestres foram instruídos com as devidas
justificativas e com a juntada da relação das empresas e respectivos itinerários
explorados no transporte rodoviário de passageiros, documentos expedidos pelo
Departamento Estadual de Estradas de Rodagens, órgão do governo estadual
responsável pela administração da malha viária do Estado e outorgante das concessões
de uso dos trechos para as empresas que atuam no transporte intermunicipal de
passageiros.
- acerca das aquisições de passagens aéreas, representadas pelos procedimentos ns.
9/11, 132/11, 164/11, 429/11, 503/10, 893/11, 1653/11, 2233/11, 2700/11, 3386/11 e
3466/11, tendo como fornecedora a empresa Vilhena Turismo Ltda. – Vilhetur, o
apontamento feito pelo Corpo Técnico no que se refere à opção da Administração pelo
Pregão na sua forma presencial, sem ter justificado ser essa escolha a mais vantajosa
para a municipalidade, não encontra respaldo fático, tendo em vista que a licitação na
modalidade pregão presencial se justificou pela natureza da relação contratual entre a
Prefeitura Municipal e a Agência de Viagens, o que tornaria imprescindível a presença
do preposto da empresa na sede do Município, para se evitar despesas com ligações
telefônicas para emissão de bilhetes de passagens por parte de empresas sediadas em
outras praças.
Por sua vez, os procuradores e advogados74
, em defesa constante às fls. 3762/3770,
3771/3781 e 3813/3819, trouxeram argumentações similares às dos demais
responsáveis e defenderam, resumidamente, que:
- não poderiam ser responsabilizados porque não atuaram nos autos como ordenadores
de despesa e sim no papel de advogados pareceristas, apresentando os fundamentos
jurídicos para a inexigibilidade da licitação nos procedimentos administrativos que
tiveram por objeto a aquisição de passagens rodoviárias;
- o advogado que se manifesta no processo não pode ser responsabilizado quando o seu
parecer for devidamente fundamentado, conforme posicionamento do Supremo
Tribunal Federal que deferiu um Mandado de Segurança interposto por um advogado
parecerista contra decisão do Tribunal de Contas da União, verbis:
CONSITUTUCIONAL. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE CONTAS. TOMADA DE
CONTAS: ADVOGADO. PROCURADOR. CF, ART. 70, PARÁGRAFO ÚNICO, ART.
71, II, ART. 133, LEI Nº 8.906/94, ART. 2º, § º, ART. 32 E ART. 34, IX.
1. Advogado de empresa estatal que, chamado a opinar, oferece parecer sugerindo
contratação direta, sem licitação, mediante interpretação da lei de licitações.
Pretensão do Tribunal de Contas da União em responsabilizar o advogado
solidariamente com o administrador que decidiu pela contração direta.
Impossibilidade, dado que o parecer não é ato administrativo, sendo, quando muito, ato
de administração consultiva, que visa a informar, elucidar, sugerir providências
administrativas a serem estabelecidas nos atos de administração ativa. Celso Antônio
Bandeira de Mello, “Curso de Direito Administrativo”, Malheiros Ed., 13ª Ed., p. 377.
2. O Advogado somente será civilmente responsável pelos danos causados a seus
clientes ou a terceiros, se decorrentes de erro grave, inescusável, ou de ato ou omissão
praticado com culpa em sentido largo: Código Civil, art. 159; Lei nº 8.906/94, art. 32.
3. Mandado de Segurança deferido (STF: MS 24.073-3 – DF. Rel. Min. Carlos Velloso,
j. 06.11.02. v.u.)
- não houve dano ao erário decorrente das contratações examinadas, haja vista que os
preços praticados pela empresa contratada para fornecimento de passagens terrestres
são compatíveis com os preços de mercado, assim, requerem a realização de diligência
74 Os senhores Mário Gardini – Subprocurador Municipal, Carlos Eduardo Machado Ferreira – Procurador Geral
Municipal e Ângelo Mariano Donadon Júnior – Advogado Municipal.
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junto às empresas Eucatur e Aucatur para que se comprove a alegação de que os
preços que foram pagos pela Prefeitura Municipal de Vilhena eram os mesmos
praticados pela empresa Eucatur em seu guichê localizado na Rodoviária Municipal.
Assim, os jurisdicionados requerem a revisão do apontamento técnico e, por
consequência, a elisão da responsabilidade que inicialmente lhes foi imputada.
A essa demanda, o Parquet considera impossível acatar, pelos seguintes fundamentos.
A leitura da Constituição Federal permite afirmar que o constituin te optou por impor
às contratações realizadas pelo Poder Público prévio procedimento licitatório, que só
poderia ser afastado em casos específicos previstos em lei, constituindo verdadeiro
dever constitucional de licitar:
Art. 37 (...). XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Nesses termos, os casos de contratação direta, ou seja, as hipóteses que excetuam o
dever constitucional de licitar deverão ser interpretadas com maior rigor possível,
consoante o preceito clássico exceptiones sunt strictissimae interpretationis
(“Interpretam-se as exceções estritissimamente”), por se tratar de direito excepcional.
No mesmo diapasão nos ensina o mestre hermeneuta Carlos Maximiliano que “as
disposições excepcionais são estabelecidas por motivos ou considerações particulares,
contra outras normas jurídicas, ou contra o Direito comum; por isso não se estendem
além dos casos e tempos que designam expressamente”75
.
Ademais, as restrições adotadas pelo intérprete na aplicação das exceções ao dever
constitucional de licitar devem ir além do mencionado método de interpretação lógico,
alcançando também os prismas teleológico e sistemático, tendo em vista as finalidades
ínsitas ao instituto da licitação pública e os diversos dispositivos que o regulamentam.
Desse modo, a análise contida neste parecer tem como premissa inarredável a
interpretação estrita e vinculada às exigências legais das hipóteses de dispensa ou
inexigibilidade de licitação tratada nos autos.
Alegam os responsáveis que, em relação às aquisições de passagens terrestres, a
realização de licitação seria impossível, considerando que a empresa União Cascavel
de Transporte e Turismo Ltda. – EUCATUR seria detentora de exclusividade no
transporte de passageiros no Estado de Rondônia, incidindo, nesse contexto, a hipótese
de contratação direta prevista no art. 25, inc. I, da Lei Federal 8666/93.
Inobstante, não há nos autos documentos que comprovem a alegada exclusividade,
limitando-se os defendentes a juntar tabela do Departamento de Estradas e Rodagens
do Estado de Rondônia - DER/RO, atualizada em 2009, indicando os trechos e horários
de viagens realizadas pela empresa EUCATUR, o que não comprova a impossibilidade
de contratar com outras empresas.
Diga-se que em muitos casos operou-se a contratação, por dispensa de licitação em
razão do valor, com fundamento no art. 24, inc. II, da Lei Federal 8666/93, a exemplo
dos Processos ns. 3374/11, 3879/11, 1000/11, 1857/1869, fato que evidencia a
desorganização administrativa havida no Município que ora recorria à dispensa, ora à
inexigibilidade de licitação para a aquisição do mesmo objeto.
Evidencia-se também a falta de planejamento das aquisições, que somadas totalizam
elevado valor, porém foram fracionadas em pequenas contratações sem licitação.
Além disso, a contratação não ocorreu diretamente com a empresa EUCATUR e sim
com a agência de viagens AUCATUR – Agência União Cascavel Turismo Ltda,
conforme se verifica ao largo de todo o caderno processual.
75 In: Hermenêutica e Aplicação do Direito, 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
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Nesse cenário, em que a contratação não ocorreu diretamente com a empresa
EUCATUR e sim com uma agência de viagens, torna-se ainda mais clarividente a
inadequação do caso concreto à hipótese legal de inexigibilidade utilizada como
fundamento do ato.
É patente que a contratação direta não era a única forma de se concretizar a demanda
administrativa por passagens terrestres, porquanto a própria contratação não ocorreu
de forma direta com a detentora da alegada exclusividade.
Anote-se que também não há nos autos provas de que a agência AUCATUR seja a
única que possa fornecer passagens da empresa EUCATUR. Notoriamente, qualquer
agência de viagem, sem maiores esforços, poderia fazê-lo.
Tanto é assim que, à mesma época (2011), o Tribunal de Contas deflagrou o pregão na
forma eletrônica para aquisição de passagens aéreas e terrestres, incluindo o
transporte intermunicipal, por meio da contratação de agência de viagens. Vejamos o
excerto da manifestação técnica, às fls. 14810-v: Foi o que fez esta Corte de Contas em 2011, ao deflagrar o Processo nº 3224/TCE-
RO/2011, que teve por objeto a aquisição de passagens terrestres e aéreas. Para tanto
se utilizou do Pregão Eletrônico nº 49/2011/TCE-RO, cujo resultado final se traz à
colação:
(...)
Logrou-se vencedora do item 1 a empresa AIRES TURISMO LTDA, CNPJ
06.064.175/0001-49, com desconto de 9,55% (nove inteiros e cinquenta e cinco
centésimos por cento) sobre os valores de tabela das passagens, divulgados pelas
companhias aéreas, excluídas as taxas de embarque.
Logrou-se vencedora do item 2 a empresa SELVATERRA EVENTOS E TURISMO
LTDA – EPP, CNPJ 00.968.855/0001-00, com taxa de administração de 1% (um por
cento) sobre o valor nominal do bilhete, divulgado pelas companhias de transporte
terrestre (rodoviário).
Os preços propostos foram aceitos conforme o dispositivo contido no inciso XI do art.
4º da Lei nº 10.520/2002; aceitáveis por estarem dentro dos valores estimados pela
Administração para a contratação.
São inúmeros os órgãos que, desde aquela época, deflagraram licitações para
viabilizar o fornecimento de passagens por meio da contratação de agências de
viagens. Vejamos: PREGÃO ELETRÔNICO Nº 0501/2010-19
PROCESSO : 50619.000821/2010-36
Tipo de Licitação: MAIOR DESCONTO Data Abertura : 16/11/2010
Horário : 09:00 horas (Horário Oficial de Brasília/DF).
Acesso Eletrônico ao Edital e à Participação: www.comprasnet.gov.br O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, mediante o
Pregoeiro, designado pela Portaria n.º 659, de 16 de junho de 2010, publicada no DOU
do dia 17 de junho de 2010, torna público para conhecimento dos interessados que na
data, horário e local acima indicados fará realizar licitação na modalidade de
PREGÃO ELETRÔNICO, do tipo maior desconto, conforme descrito neste Edital e seus
Anexos.
O procedimento licitatório obedecerá integralmente à legislação que se aplica à
modalidade Pregão, a Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, especialmente ao Decreto
nº 5.450, de 31 de maio de 2005, publicado no DOU de 01 de junho de 2005, e
subsidiariamente as disposições do Decreto 3.555, de 08 de agosto de 2000, alterado
pelos Decretos 3.693, de 20/12/2000 e 3.784, de 06/04/2001; Lei complementar nº 123
de 14 de dezembro de 2007, Decreto 6.204 de 05/09/2007; e, da Lei nº 8.666/93, e suas
alterações posteriores, bem como as condições estabelecidas neste Edital e seus Anexos
e, em conformidade com a autorização contida no Processo nº 50619.000821/2010-36. 1 – DO OBJETO
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Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de fornecimento de
passagens aéreas nacionais e internacionais e passagens terrestres nacionais
(rodoviárias); conforme especificações constantes do Termo de Referência - Anexo I
deste Edital.
[...]
10.4. A classificação das propostas será pelo critério de maior desconto por lote
indicado no Termo de Referência (Anexo I).
EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO N.º 04/2011
PROCESSO Nº: 46204.000117/2011-69
TIPO DE LICITAÇÃO: MENOR PREÇO GLOBAL/MAIOR DESCONTO
ABERTURA: Data: 20/06/2011 Horário: às 14 horas (Horário de Brasília) Local:
www.comprasnet.gov.b A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia , com sede à Av. Sete
de Setembro, n.º 698, Mercês, Salvador-BA, por meio do seu Pregoeiro designado pela
Portaria n.º 43, de 21 de fevereiro de 2011, publicada no Diário Oficial da União de 23
de fevereiro de 2011, torna público, para conhecimento dos interessados, q ue na data,
horário e local, acima indicados, fará realizar licitação na modalidade de PREGÃO
ELETRÔNICO, na forma de execução indireta, do tipo menor preço global/maior
desconto, conforme descrito neste Edital e seus Anexos.
O procedimento licitatório que dele resultar obedecerá, integralmente, o disposto na
Lei nº 10.520/2002 de 17 de julho de 2002; Lei Complementar nº 123/2006 de 14 de
dezembro de 2006; nos Decretos nºs 5.450 de 31 de maio de 2005 e 6.204, de 5 de
setembro de 2007, bem como, no que couber, às determinações constantes da Lei n.º
8.666, de 21 de junho de 1993, com suas alterações posteriores e das demais normas
que dispõem sobre a matéria.
1. DO OBJETO
O presente Pregão tem por objeto a contratação de empresa especializada no
fornecimento de bilhetes de passagens aéreas nacionais e internacionais e passagens
terrestres intermunicipais e interestaduais, para todo o País, para atender às
necessidades da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia e suas
unidades, conforme Termo de Referência constante do Anexo I, parte inseparável deste
Pregão Eletrônico. EDITAL DO PREGÃO ELETRÔNICO N.º 56/2013
Protocolo nº 102602013
ABERTURA DA LICITAÇÃO DIA 09/08/2013, às 14:00 HORAS (HORÁRIO DE BRASÍLIA)
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE/GO) torna público que fará realizar
licitação, na modalidade PREGÃO ELETRÔNICO, tipo menor preço, que será regido
pela Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, pelo Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005
e, subsidiariamente, pela Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, visando à contratação de
empresa especializada no fornecimento de passagens aéreas e serviços congêneres aos
agentes públicos do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás.
No dia 09 de agosto de 2013 (09/08/2013), às 14:00 (catorze) horas (horário de
Brasília), no edifício sede do TRE/GO, sito na Praça Cívica, nº 300, Setor Central,
Goiânia/GO, será feita a abertura do certame, exclusivamente por meio de sistema
eletrônico do Governo Federal que promove a comunicação pela Internet (Portal
Comprasnet – www.comprasnet.gov.br). I - DO OBJETO
1.1 O presente certame tem por objeto a contratação de empresa especializada no
Agenciamento de Viagem, compreendendo os serviços de pesquisa, reserva, emissão,
remarcação e cancelamento de passagem aérea nacional e, eventualmente,
internacional para os Membros da Corte Eleitoral, Juízes Eleitorais, Servidores do
quadro permanente, Colaboradores eventuais e Requisitados do Tribunal Regional
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Eleitoral de Goiás, conforme as especificações constantes do Termo de Referência
(ANEXO I deste edital).
1.1.1. A presente licitação utilizará como critério de julgamento das propostas o maior
desconto ofertado sobre o preço do bilhete de passagem aérea utilizado.
(grifamos)
Assim, não resta demonstrada a impossibilidade de realizar licitação para possibilitar
o acesso do Município às passagens terrestres, especialmente porque, como dito, a
contratação não ocorreu diretamente com a empresa EUCATUR, mas sim com a
agência de viagens AUCATUR, pertencente ao mesmo grupo.
Constata-se que na licitação realizada pela Corte, nos idos de 2011, a empresa
vencedora fixou taxa de Administração de 1% sobre o valor da passagem, no caso da
aquisição de passagens terrestres.
Nesse contexto, poder-se-ia argumentar que a contratação de agência de viagens
tornaria o contrato mais oneroso para a Administração Municipal de Vilhena.
Contudo, vê-se dos autos que não há elementos probantes de que o preço pago à
empresa AUCATUR esteja livre de taxas administrativas ou mesmo que seja mais
vantajoso para a Administração, a ponto dessa vantagem se sobrepor ao dever
constitucional de licitar.
De todo modo, naquele caso, a taxa de administração foi plenamente absorvida pelo
desconto de 9,55% sobre o valor da tabela oferecida pela licitante vencedora.
Imperioso dizer que a demonstração da justificativa do preço pactuado é um dos
requisitos para a contratação direta, previsto no art. 26 da Lei Federal 8.666/1993.
Portanto, caberia aos responsáveis, em cada processo de dispensa ou inexigibilidade
de licitação, comprovar que os preços são compatíveis com o mercado e que são os
mais vantajosos possíveis, o que não se vislumbra.
A fim de comprovar a inexistência de dano ao Erário, os responsáveis solicitam que a
Corte diligencie para confirmar a coerência entre o preço praticado pela agência de
viagens AUCATUR e o ofertado no guichê da empresa EUCATUR.
Inobstante, a verificação e comprovação da adequabilidade do preço contratado é
medida que antecede a contratação, sendo dever do Administrador demonstrar nos
autos que a escolha do fornecedor ocorreu, dentre outros fatores, pela vantajosidade
do preço pactuado.
Por tal razão de nenhuma forma seria viável que a Corte empreendesse esforços nesse
sentido, até mesmo em razão do tempo transcorrido desde a data das contratações.
Ademais, diga-se que a unidade técnica não apontou a existência de dano ao erário
decorrente de eventual superfaturamento ou sobrepreço, apontou, sim, os danos
causados aos princípios administrativos, especialmente ao dever de licitar (art. 37,
CF).
Convém ainda dizer que, conforme se observa no quadro abaixo, houve aquisições de
passagens terrestres partindo do Município de Vilhena para outros estados, sendo que
também essas aquisições foram realizadas sem licitação:
PROCESSO
ADMINISTRATIVO N.
SERVIDOR(A)
BENEFICIADO(A)
TRECHO
0008/2011 (SEMFAZ) Lucinéia Gomes de Souza Vilhena/RO – São Paulo/SP
0008/2011(SEMFAZ) Silvana Prado de Souza Vilhena/RO - Campo Grande/MS
0433/2011(SEMED) Vanda Machado Ally Vilhena/RO – Cuiabá/MT
0008/2011(SEMFAZ) Jaldemiro Dede Moreira Vilhena/RO – Cuiabá/MT
0008/2011(SEMFAZ) Lucinéia Gomes de Souza Vilhena/RO – Cuiabá/MT
3374/2011 (FMDCA) Rose Meire Ikino e Genivaldo
Florenços dos Santos
Vilhena/RO – Cuiabá/MT
Portanto, os responsáveis não fizeram a melhor leitura da Lei de Licitações e não
demonstraram, de forma cabal, a incidência, aos casos concretos, da hipótese que
fundamenta a dispensa ou a inexigibilidade de licitação, afastando -a de forma
irregular.
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Nessa senda, impende ressaltar, ainda, que a importância das formalidades afetas à
dispensa e à inexigibilidade de licitação é de tal relevância que o legislador tipificou a
conduta de sua inobservância como crime, nos termos do artigo 89 da Lei 8.666/9376
,
fato que autoriza a remessa do feito ao Ministério Público Estadual para averiguação
de eventual responsabilidade penal decorrente da conduta dos envolvidos.
Dessarte, a materialização das citadas irregularidades permite a responsabilização das
autoridades em questão, razão pela qual entendo que deva permanecer o a pontamento
técnico no que tange à infringência ao dever de licitar. Em relação à aquisição de passagens aéreas, tem-se que houve a realização de
licitação na modalidade pregão, em sua forma presencial.
A única justificativa apresentada pelos responsáveis para a não utilização do Pregão
na forma eletrônica é a necessidade de que a contratada dispusesse de preposto no
Município para atender as solicitações de passagens aéreas, a fim de evitar gastos com
ligações telefônicas.
Também essa argumentação não merece prosperar.
A preferência pela forma presencial do pregão em detrimento da eletrônica, sem a
demonstração dos fundamentos razoáveis a evidenciar as vantagens de sua eleição,
denota inobservância à orientação do Tribunal, no sentido de que a contratação de
bens e serviços comuns, por intermédio de pregão presencial, deve ser utilizada
excepcionalmente pela Administração, precedida de robusta justificativa (Súmula n.
06/TCER-RO)77
.
Acaso a necessidade de que houvesse preposto da contratada no Município estiv esse
embasada em estudos de economicidade em relação a gastos com ligações telefônicas,
o que não parecer ser o caso, tal exigência poderia ter sido incluída no edital do
certame eletrônico.
Nesse caso, a empresa vencedora deveria instalar e manter unidade de atendimento ou
preposto no Município, conforme dispusesse o edital, para atendimento das demandas
da Administração.
O que não se pode admitir é que com base em argumento tão frágil, o Município, em
prejuízo à economicidade e à participação de interessados, decida pela forma menos
eficiente de licitar.
Registre-se que houve aquisição de passagens aéreas por meio de dispensa de licitação,
com fundamento em situação de emergência prevista no art. 24, inc. IV, da Lei Federal
8.666/93, consubstanciado no processo administrativo n. 122/2011 (fls. 4970)78
, sem
amparo legal ante a inexistência de qualquer documentação apta a demonstrar a
caracterização da situação emergencial.
Dessarte, também quanto a essa questão, o MPC acompanha o entendimento técnico no
sentido de que a infringência não foi sanada.
76 Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo comprovadamente concorrido para a consumação da
ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público. 77 Súmula n. 06/TCERO – “Para a contratação de bens e serviços comuns deve ser utilizada, preferencialmente, a
modalidade pregão na forma eletrônica. A utilização de modalidade e forma diversas, por se tratar de via excepcional, deve
ser precedida de robusta justificativa que demonstre que ensejará resultado economicamente mais vantajoso que a
modalidade pregão na forma eletrônica”.
Vale ressaltar, que tal posicionamento está assentado na Corte desde meados de 2007. Nesse viés, há inúmeras decisões proferidas, cito, por exemplo: Decisão n. 649/2007 – 1ª Câmara (Processo n. 3192/07-TCER) e Decisão n. 614/2007 - 1ª
Câmara (Processo n. 2950/07-TCER). 78 Conforme se infere da solicitação de despesa (fls. 4970): “Solicitamos de Vossa Excelência autorização para
formalização de processo estimativo, de caráter emergencial, destinado ao pagamento de passagens aéreas para atender os
servidores desta SEMPLAN, em viagens a serviço do município, por um período de 03 meses”.
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Prosseguindo, ainda quanto à irregularidade em apreço, verifica -se que foram
responsabilizados solidariamente os procuradores e advogado municipais, por
emitirem pareceres aprovando as contratações diretas.
Alegam os justificantes que não poderiam ser responsabilizados porque não atuaram
nos autos como ordenadores de despesa e sim no papel de advogados pareceristas e
apresentaram os fundamentos jurídicos para a inexigibilidade da licitação nos
procedimentos administrativos que tiveram por objeto a aquisição de passagens
rodoviárias.
Preliminarmente, diga-se que muito se discute sobre a possibilidade de se
responsabilizar o Advogado Público, no exercício de sua atividade de parecerista,
pelas ilegalidades perpetradas nos atos administrativos. Porém, neste caso concreto,
assiste razão à unidade técnica.
Extrai-se dos autos, que os Pareceres emitidos nos processos inquinados, não fazem
qualquer ressalva acerca da possibilidade de deflagrar procedimento de licitação,
opinando pela continuidade do feito na forma em que se encontrava.
Com efeito, está-se diante não de simples parecer opinativo, em que se emite mera
indicação de solução ou esclarecimento, ao qual o Administrador não estaria
submetido ou vinculado, mas sim, de caso em que o ordenamento jurídico confere ao
parecer natureza de condição de validade ao ato administrativo a ser praticado,
vinculando a realização deste ao prévio exame e aprovação jurídica, nos termos do
parágrafo único do art. 38 da Lei n. 8.666/9379
.
Impende mencionar que a jurisprudência citada na defesa em voga, na qual o Supremo
Tribunal Federal posiciona-se pela impossibilidade de responsabilização do advogado
parecerista, nos autos do MS-24.073-3, foi superada pelo Excelso Pretório, que no
julgamento do MS 24.631-6, trouxe a lume novo paradigma, in verbis:
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONTROLE EXTERNO. AUDITORIA
PELO TCU. RESPONSABILIDADE DE PROCURADOR DE AUTARQUIA POR
EMISSÃO DE PARECER TÉCNICO-JURÍDICO DE NATUREZA OPINATIVA.
SEGURANÇA DEFERIDA.
I. Repercussões da natureza jurídico-administrativa do parecer jurídico: (i) quando a
consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu
poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii) quando a
consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como
submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar
ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; (iii) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa
manifestação de teor jurídica deixa de ser meramente opinativa e o administrador
não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, nã o decidir.
(MS 24.631 / DF – DISTRITO FEDERAL – MANDADO DE SEGURANÇA. Relator(a):
Min. JOAQUIM BARBOSA. Julgamento: 09/08/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno).
Essa compreensão, segundo a qual a manifestação jurídica sobre minutas de editais de
licitação, de contratos, de acordos, de convênios e de ajustes, tem natureza vinculante,
e não meramente opinativa, também foi adotada pelo Supremo Tribunal Federal no
Mandado de Segurança 24584/DF, nos termos do voto do Ministro Relator Marco
Aurélio80
:
79 As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente
examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração. 80 Ementa: ADVOGADO PÚBLICO - RESPONSABILIDADE - ARTIGO 38 DA LEI Nº 8.666/93 - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - ESCLARECIMENTOS. Prevendo o artigo 38 da Lei nº 8.666/93 que a manifestação da assessoria jurídica
quanto a editais de licitação, contratos, acordos, convênios e ajustes não se limita a simples opinião, alcançando a
aprovação, ou não, descabe a recusa à convocação do Tribunal de Contas da União para serem prestados esclarecimentos.
(STF - MS: 24584 DF, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 09/08/2007, Tribunal Pleno, Data de Publicação:
DJe-112 DIVULG 19-06-2008).
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Não há o envolvimento de simples peça opinativa, mas de aprovação, pelo setor técnico
da autarquia, de convênio e aditivos, bem como de ratificações. Portanto, a hipótese
sugere a responsabilidade solidária, considerado não só o crivo técnico implementado,
como também o ato mediante o qual o administrador sufragou o exame e o endosso
procedidos.
[...]
A partir do momento em que ocorre não a emissão de um parecer, mas a oposição de
visto, a implicar a aprovação do teor do convênio ou do aditivo, ou a ratificação
realizada, constata-se, nos limites técnicos, a assunção de responsabilidade.
Ademais, veja-se, sobre a matéria, o que tem se decidido no âmbito do e. Tribunal de
Contas da União:
O fato de o administrador seguir pareceres técnicos e jurídicos não o torna imun e à
censura do Tribunal. Esta Corte evoluiu o seu posicionamento no sentido de que tal
entendimento somente pode ser admitido a partir da análise de cada caso concreto, isto é, deve-se verificar se o parecer está devidamente fundamentado, se defende tese
aceitável e se está alicerçado em lição de doutrina ou de jurisprudência . Presentes tais
condições, não há como responsabilizar os técnicos e os advogados, nem, em
consequência, a autoridade que se baseou em seu parecer. Ao contrário, se o parecer não atende a tais requisitos, e a lei o considerar
imprescindível para a validade do ato, como é o caso do exame e aprovação das
minutas de editais e contratos, acordos, convênios ou ajustes, os advogados ou os
técnicos deverão responder solidariamente com o gestor público que praticou o ato
irregular, mas em hipótese alguma será afastada a responsabilidade pessoal do gestor,
razão pela qual não assiste razão ao recorrente em relação a tal argumento. (Acórdão
n. 206/2007, Plenário, Rel. Min. Aroldo Cedraz - Destaquei)
Nos casos em que o parecer do profissional é de fundamental importância para
embasar o posicionamento a ser adotado pelas instâncias decisórias, uma
manifestação contaminada por erro técnico, de difícil detecção, acarreta a
responsabilidade civil do parecerista pelos possíveis prejuízos daí advindos. (Acórdão
n. 342/2007, 1ª Câmara, Rel. Ministro Augusto Nardes – Destaquei)
À vista disso reforça-se que o parecer, nessa hipótese, constitui-se como imprescindível
para a validade do próprio ato administrativo, a ponto de sua inexistência ou não
aprovação tornar nulos os editais, contratos, acordos, convênios ou ajustes realizados
e, no extremo, gerar a responsabilização solidária de quem valida ou ratifica ato ilegal.
Dessa forma, à luz do Estado Democrático de Direito, no qual se postula a submissão
de todos à ordem legal, o parecer que ratifica ou confere validade a ato ilegal, sem
dúvida, enseja a responsabilização solidária do seu autor, sob pena de tornar a função
descartável.
Diante disso, nada mais correto que considerar o Procurador que ratifica e confere
validade a ato ilegal, omitindo-se no dever de fundamentar o posicionamento adotado
com base na doutrina e na jurisprudência mais adequada ao caso, seja
responsabilizado.
Trata-se, aliás, de entendimento defendido pela doutrina abalizada de Marçal Justen
Filho:
Ao examinar e aprovar os atos da licitação, a assessoria jurídica, assume
responsabilidade pessoal solidária pelo que foi praticado. Ou seja, a manifestação
acerca da validade do edital e dos instrumentos de contratação associa o emitente do
parecer ao autor dos atos. Há dever de ofício de manifestar-se pela invalidade, quando
os atos contenham defeitos. Não é possível os integrantes da assessoria jurídica
pretenderem escapar aos efeitos da responsabilização pessoal quando tiverem atuado
defeituosamente no cumprimento de seus deveres: se havia defeito jurídico, tinham o
dever de apontá-lo. (In Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
12 ed. São Paulo: Dialética, 2008. p. 492).
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Não se afigura razoável, pois, sob qualquer prisma pelo qual se observe o caso, que o
Advogado Público, que exerce função primordial dentro da estrutura da Administração
e da Justiça, seja eximido das consequências de sua conduta, especialmente, a qu e se
afigura no caso posto, em que negligencia fundamentos adequados para conferir
validade aos atos ilegais praticados pela Administração.
Vale dizer, a responsabilidade, in casu, é clara no passo em que o parecer em análise,
de natureza obrigatória, omite-se no seu dever fundamental de verificar a legalidade e
a validade do ato administrativo, permitindo que, mesmo diante de irregularidade vista
à olho nu, ele se materializasse e gerasse efeitos jurídicos no mundo dos fatos.
Com efeito, diante da clareza do liame causal entre os pareceres e a concretização das
ilegalidades perpetradas pelos atos administrativos, a responsabilização dos senhores
Carlos Eduardo Machado Ferreira – Procurador Geral Municipal, Mário Gardini –
Subprocurador Municipal e Ângelo Mariano Donadon Júnior – Advogado Municipal, é
medida a ser mantida.
Assim sendo, entende o Parquet que remanescem as infringências ora analisadas (itens
25 a 28 do relatório inicial), o que enseja, por sua gravidade, nos termos do parágrafo
único do art. 19 da Lei 154/94, aplicação de multa prevista no artigo 55 da referida
norma”. Empreendendo uma análise detida das evidências documentadas, registro que
convirjo, em parte, com as conclusões técnica e ministerial. Diversamente do que alegado na defesa, não se mostra cabível in casu a contratação por inexigibilidade de licitação. Está
demonstrado nos autos que os deslocamentos não se restringiam ao Estado de Rondônia (fl. 5.577 e 9.936), não havendo que se falar em fornecedor exclusivo na prestação de serviços de transporte terrestre e aéreo interestadual, conforme foi alertado inclusive pelo Controle
Interno. Nesse sentido, transcrevo: “este Controle Interno não vislumbra a aplicação da inexigibilidade para todos os trechos solicitados, conforme documentos juntados” (fl. 4.553).
Demais, conforme ressaltou corretamente o Ministério Público de Contas, os
contratos foram celebrados com agências de viagens (AUCATUR – Agência União Cascavel
Turismo Ltda. e VILHETUR – Vilhena Turismo Ltda.), e não com a empresa concessionária do serviço de transporte terrestre ou aéreo, o que afasta a inviabilidade da licitação81. Nesse
sentido, já decidiu este Tribunal de Contas ao apreciar achado de irregularidade na contratação direta de agência de viagens por suposta exclusividade pelo Município de Santa Luzia do Oeste (Acórdão nº 63/2013 – Pleno, Processo nº. 2.820/2011, Relator: Conselheiro
Valdivino Crispim).
Portanto, não há se falar em inviabilidade da licitação, pois há notoriamente uma pluralidade de empresas prestadoras de serviços de agenciamento de viagens, para fornecimento de passagens terrestres e aéreas. O argumento de defesa, pois, deve ser
rechaçado.
Demais, verifica-se que houve a fragmentação da despesa, mediante aquisições frequentes e não coordenadas do mesmo objeto ao longo do exercício auditado. O valor total da despesa com a aquisição de passagens rodoviárias, consideradas todas as unidades
81 Com efeito, bem lembrou o MPC que, “à mesma época (2011), o Tribunal de Contas deflagrou o pregão na forma
eletrônica para aquisição de passagens aéreas e terrestres, incluindo o transporte intermunicipal, por meio da contratação
de agência de viagens”. O Município de Vilhena também, em certo momento, realizou pregão presencial para contratar o
fornecimento de passagens aéreas.
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administrativas, alcançou ao longo do exercício o montante de R$ 122.746,42, afastando-se
do limite máximo que torna a licitação dispensável, conforme demonstrado abaixo.
Processo UG Data Fornecedor Nota de Liquidação
R$ Fls.
471/11 SEMAS jan/10 Aucatur R$ 17.892,00 10865/11965
400/11 SEMEC jan/11 Aucatur R$ 959,22 11967/12052
433/11 SEMED jan/11 Aucatur R$ 2.959,13 4177/4302
8/11 SEMFAZ jan/11 Aucatur R$ 1.096,91 9902/9981
104/11 Gabinete do Prefeito jan/11 Aucatur R$ 480,50 10239/10416
383/11 SEMAS jan/11 Aucatur R$ 29.820,00 10417/10864
404/11 SEMEC jan/11 Aucatur R$ 1.998,50 12054/12196
432/11 SEMED jan/11 Aucatur R$ 3.941,00 4055/4176
7/11 SEMFAZ jan/11 Aucatur R$ 2.500,00 9803/9901
58/11 SEMUS jan/11 Aucatur R$ 1.624,00 12579/12721
550/11 Gabinete do Prefeito fev/11 Aucatur R$ 173,85 12723/12770
1000/11 SEMAGRI fev/11 R$ 2.691,76 5140/5232
551/11 Gabinete do Prefeito fev/11 Aucatur R$ 2.973,50 12197/12436
990/11 SEMAGRI fev/11 Aucatur R$ 2.459,50 5018/5136
815/11 SEPLAN fev/11 Aucatur R$ 646,34 4855/4968
1536/11 SEMTRAN mar/11 Aucatur R$ 1.998,25 5371/5430
1510/11 SEMAS mar/11 Aucatur R$ 5.775,00 1651/1688
1563/11 SEMCOM mar/11 Aucatur R$ 996,00 5890/5985
1656/11 SEMTIC mar/11 Aucatur R$ 1.994,50 5988/6141
1410/11 SEMTRAN mar/11 Aucatur R$ 1.499,00 5242/5370
2308/11 Gabinete do Prefeito abr/11 Aucatur R$ 733,00 13251/13333
1886/11 SEMED abr/11 Aucatur R$ 3.997,00 4527/4581
1900/11 SEMFAZ abr/11 Aucatur R$ 2.972,00 9982/10120
122/11 SEMPLAN mai/11 Vilhetur R$ 4.787,00 1976/2000
2753/11 SEMAD mai/11 Aucatur R$ 924,00 6262/6327
2983/11 SEMED mai/11 Aucatur R$ 4.911,00 4305/4525
3374/11 FMDCA jun/11 Aucatur R$ 347,70 6403/6429
3879/11 SEMTRAN jul/11 Aucatur R$ 1.993,53 5433/5478
3762/11 SEMFAZ jul/11 Aucatur R$ 2.980,00 10121/10237
4318/11 SEMAS ago/11 Vilhetur R$ 4.644,66 5556/5588
4317/11 SEMAD ago/11 Aucatur R$ 1.484,50 6328/6402
4820/11 SEMED set/11 Aucatur R$ 6.998,00 4625/4755
4821/11 SEMED out/11 Aucatur R$ 1.499,07 4756/4852
Valor total R$ 122.746,42
Nos municípios de orçamento modesto, os limites legais que autorizam a dispensa
de licitação devem ser aferidos de maneira global, considerando as necessidades globais da Administração municipal. Nesse sentido, o Tribunal de Contas de Minas Gerais já decidiu, em sede de consulta, que “a adoção da descentralização por unidades gestoras em municípios
menores deve ser afastada, haja vista que aquisições setorizadas em unidades gestoras poderão representar o caminho da fragmentação da despesa pública, que, diferentemente do
parcelamento, previsto no art. 23, §§1º e 2º, da Lei nº. 8.666/93, pode causar sério prejuízo aos princípios das licitações” (Consulta n. 7012202, Relator: Conselheiro Wanderley Ávila, sessão de 09/11/2005).
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Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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Demais, verifica-se, no caso, que as unidades orçamentárias setoriais possuíam
reduzida autonomia para gerir os créditos orçamentários, pois as despesas com a aquisição de passagens prescindiam de autorização do Chefe do Poder Executivo. Dada a concentração da
gestão da despesa, seria impositivo somar as despesas realizadas pelas unidades setoriais para verificação da ocorrência de fracionamento. Todavia, na situação examinada, os limites foram aferidos casuisticamente, sem considerar a estimativa de necessidades globais de cada
unidade administrativa demandante no exercício financeiro, restando caracterizada a violação ao artigo 3º da Lei nº. 8.666/93.
A fragmentação da despesa, todavia, não deve ser imputada aos gestores setoriais
das seguintes unidades administrativas: Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, no Gabinete do Prefeito, Secretaria Municipal de Agricultura, Secretaria Municipal de Planejamento, Secretaria Municipal de Trânsito, Secretaria Municipal de
Administração, Secretaria Municipal de Comunicação, Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Municipal de Tecnologia da Informação e Comunicação e Secretaria Municipal de Saúde.
Os administradores das referidas unidades setoriais não poderiam razoavelmente
prever a fragmentação da despesa no âmbito das respectivas atribuições, pois não lhes competia determinar ou ter conhecimento acerca da demanda global da Administração municipal no fornecimento de passagens. Com efeito, os valores pagos dos contratos dessas
unidades gestoras não ultrapassaram o valor mínimo de alçada que obriga a deflagração da licitação, o que tenderia a produzir a aparência de legitimidade da dispensa de licitação, se
considerada cada unidade setorial isoladamente. Portanto, divirjo quanto à cominação de sanção aos senhores José Candido
Gonçalves Espíndula (SEMAGRI), Welliton Oliveira Ferreira (SEMEC), Heitor Tinti Batista (SEPLAN), Agenor Francisco de Carvalho (SEMTRAN), Mário Gardini (Gabinete do
Prefeito), Roberto Scalercio Pires (Gabinete do Prefeito), Miguel Câmara Novaes (SEMAD), José Luis Serafim, Welliton Oliveira Ferreira (SEMCOM), Marcos Ivan Zola (SEMTIC), Vivaldo Carneiro Gomes (SEMUS), Rose Meire Ikino (FMDCA), Gustavo Valmórbida e
Severino Miguel de Barros (SEMFAZ). Em relação aos referidos agentes públicos, não vislumbro que tenham, ao menos de maneira culposa, contribuído para a fragmentação da
despesa. Noutro giro, há provas suficientes de que concorreram, culposamente, para a
fragmentação da despesa os seguintes agentes públicos: José Luiz Rover (Prefeito), José Carlos Arrigo (Secretário da SEMED), Lizângela Marta Silva Rover (Secretária da SEMAS) e
Mário Gardini (Assessor Jurídico). O Prefeito recebia a demanda de todas as Secretarias e unidades setoriais,
subscrevendo os documentos de solicitação da despesa juntamente com seus Secretários. Ao tomar conhecimento de que as contratações estavam a ser realizadas de maneira fragmentária,
o Chefe da Administração municipal autorizou o prosseguimento das despesas, sem assegurar que fossem adotadas as providências necessárias à estimativa das necessidades globais para o
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exercício. Competia-lhe, ao menos, atribuir a um órgão, setor ou equipe a responsabilidade
por consolidar as necessidades dos setores com a aquisição de passagens, a fim de realizar compras globais, mediante o procedimento licitatório cabível.
Demais, nas contratações por inexigibilidade de licitação, o Chefe do Poder
Executivo participou decisivamente da despesa, ao lavrar os atos de ratificação da contratação
direta, autorizando a abertura e o prosseguimento dos processos administrativos (conforme fls. 1657, 4086, 4567, 4658, 9831, 10.016, 10.156, 10.450 e 10.999), mesmo quando
advertido pela Controladoria Geral do Município quanto à inaplicabilidade da contratação direta.
Com efeito, ao examinar a pretensão de contratação direta com fundamento no artigo 25, I, da Lei nº. 8.666/93, a CGM registrou o descabimento da inexigibilidade da
licitação, ao aduzir que: “este Controle Interno não vislumbra a aplicação da inexigibilidade para todos os trechos solicitados, conforme documentos juntados” (fl. 4.553). Pode-se afirmar, portanto, que o Chefe do Poder Executivo agiu com dolo, ao menos eventual, pois se
tornou indiferente à consumação da despesa ilegal.
Com relação ao Secretário da SEMED (José Carlos Arrigo) e à Secretária da SEMAS (Lizângela Marta Silva Rover), evidencio que eles poderiam prever a ocorrência da fragmentação ilícita da despesa, de forma que concorreram, ao menos culposamente, com a
infração ao artigo 3º da Lei de Licitações. Conforme se observa nos quadros abaixo apresentados, os valores liquidados das despesas das unidades gestoras mencionadas
ultrapassaram, por si sós, o limite estabelecido pelo inciso II do art. 24 da Lei 8.666/93. Processo Administrativo UG Modalidade Fornecedor Data Valor Fls.
433/11 SEMED Dispensa Aucatur Jan/11 R$ 2.959,13 4177/4302
432/11 SEMED Inexigibilidade Aucatur Jan/11 R$ 3.941,00 4055/4176
1886/11 SEMED Inexigibilidade Aucatur abr/11 R$ 3.993,00 4527/4581
4820/11 SEMED Inexigibilidade Aucatur set/11 R$ 6.998,00 4625/4755
4821/11 SEMED Dispensa Aucatur out/11 R$ 1.499,07 4756/4852
TO TAL R$ 19.390,20
Processo Administrativo UG Modalidade Fornecedor Data Valor Fls.
471/11 SEMAS Inexigibilidade Aucatur jan/11 R$ 17.892,00 10865/11965
383/11 SEMAS Inexigibilidade Aucatur jan/11 R$ 29.820,00 10417/10864
1510/11 SEMAS Inexigibilidade Aucatur mar/11 R$ 5.775,00 1651/1688
4318/11 SEMAS Dispensa Vilhetur ago/11 R$ 4.644,66 5556/5588
TO TAL R$ 58.131,66
Vê-se que os gestores recorriam ora à dispensa, ora à inexigibilidade de licitação para a aquisição do mesmo objeto, o que evidencia, a meu ver, não mera desorganização
administrativa, mas subterfúgio para não se submeter ao procedimento licitatório. Sem mencionar que, no curso do exercício examinado, os Secretários ignoraram as advertências do
Coordenador de Licitações quanto à vedação legal do fracionamento de despesa (fls. 4.193/4.196 e 5.567), e deram continuidade à contratação direta, por sua conta e risco, sem atender aos requisitos legais.
Mesmo que não houvesse evidências de dolo, mostra-se patente, no mínimo, a
negligência dos agentes públicos mencionados. Eles se omitiram em adotar providências básicas para estimar as necessidades da Administração no exercício financeiro, a fim de
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verificar se a licitação era ou não impositiva na contratação pretendida. Além disso, o
conteúdo das justificativas para a contratação por inexigibilidade faz singela transcrição do dispositivo legal (artigo 25, I, da Lei nº. 8.666/93), o que configura manifesto descaso quanto
ao dever de motivar os atos administrativos (por exemplo, fls. 4.627). O desprestígio à obrigação legal de justificar a decisão pela inexigibilidade da
licitação (artigo 26, caput, da Lei de Licitações) demonstra, a meu ver, falta de seriedade da justificativa, o que constitui descumprimento do dever de cuidado objetivo exigível do
administrador minimamente diligente. Nos nove procedimentos de contratação por inexigibilidade para aquisição de
passagens rodoviárias, o Senhor Mário Gardini, na qualidade de assessor jurídico, foi responsável pela elaboração dos Pareceres Jurídicos às fls. 1654/1655, 4084, 4564/4565,
4655/4656, 9828/9829, 10013/10014, 10153/10154 e 10447/10448. As condutas acima descritas são aptas a demonstrar o nexo de causalidade com a consumação das despesas ilegais.
No que tange à culpabilidade do parecerista jurídico (Mário Gardini), a
jurisprudência desta Corte já pacificou entendimento de que é cabível a imputação de responsabilidade pela emissão de pareceres quando, consideradas as peculiaridades fáticas e jurídicas do caso, encontram-se presentes os requisitos da responsabilidade pessoal e subjetiva
– dolo ou erro inescusável, nexo causal e resultado –, conforme já salientado pelo Parquet de Contas, cujos fundamentos integram as razões de decidir deste voto.
In casu, o assessor jurídico não está a ser responsabilizado pela fragmentação da
despesa em si mesmo, mas por ter participado de contratações diretas, por inexigibilidade de
licitação, incorrendo em grave e inescusável erro de fato ao considerar que o objeto da contratação era o serviço de transporte intermunicipal de passageiros, do qual a União
Cascavel de Transporte e Turismo Ltda. – EUCATUR seria detentora de exclusividade, nos trechos pretendidos pela Administração.
Entretanto, o objeto do contrato era o serviço de agenciamento de viagem e a contratação não ocorreu diretamente com a empresa Eucatur, mas sim com a agência de
viagens AUCATUR – Agência União Cascavel Turismo Ltda., o que comprova que a contratação direta não era a única forma de concretizar a demanda administrativa por passagens terrestres.
Essa falha poderia ser facilmente percebida mediante o compulsar dos autos do
procedimento administrativo. Há, portanto, a configuração de inescusável erro de fato na fundamentação utilizada pelo assessor jurídico, pois sendo o resultado previsível e de fácil constatação, concorreu para que a Administração Pública firmasse contratações ilegais, sem
licitação. Dessa forma, conclui-se em suma que:
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a) o Chefe do Poder Executivo, José Luiz Rover, concorreu para o concurso
material de infrações ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, mediante contratação direta nos seguintes processos administrativos: 471/11, 400/11, 433/11, 8/11, 104/11, 383/11, 404/11,
432/11, 7/11, 58/11, 550/11, 1000/11, 551/11, 990/11, 815/11, 1536/11, 1510/11, 1563/11, 1656/11, 1410/11, 2308/11, 1886/11, 1900/11, 122/11, 2753/11, 2983/11, 3374/11, 3879/11, 3762/11, 4318/11, 4317/11, 4820/11, 4821/11;
b) o Secretário da SEMED, José Carlos Arrigo, concorreu para o concurso
material de infrações ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, mediante contratação direta nos seguintes processos administrativos: 433/11, 4821/11, 432/11, 1.886/11 e 4.820/11;
c) a Secretária da SEMAD, Lizângela Marta Silva Rover, concorreu para o concurso material de infrações ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, mediante contratação
direta nos seguintes processos administrativos: 4318/11, 471/11, 383/11 e 1510/11; d) o Assessor Jurídico, Mário Gardini, concorreu para o concurso material de
infrações ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, mediante contratação direta nos seguintes processos administrativos: 432/11, 1.886/11, 4.820/11, 471/11, 383/11 e 1510/11;
A despeito do concurso material de condutas ilícitas, considerando a pequena
materialidade das despesas, reputo pertinente aplicar a cada agente público apenas uma multa,
a fim de evitar desproporção entre a gravidade dos ilícitos e a sanção a ser suportada pelos agentes públicos. Quanto à dosimetria do valor da multa, considero que o Prefeito, por haver
concorrido com o maior número de ilícitos, deverá suportar pena mais rigorosa que os demais. Considerando esses parâmetros, proponho que sejam aplicadas as seguintes multas, com fulcro no artigo 55, II, da Lei Complementar nº. 154/96:
a) Multa individual no valor de R$ 1.500,00, ao Sr. José Carlos Arrigo (Secretário
da SEMED), pela infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres na Secretaria Municipal de Educação, por meio dos procedimentos administrativos nos. 433/11, 4821/11, 432/11, 1.886/11 e 4.820/11;
b) Multa individual no valor de R$ 1.500,00, à Sra. Lizângela Marta Silva Rover
(Secretária da SEMAS), pela infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres e aéreas na Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio dos procedimentos administrativos nos. 4318/11, 471/11, 383/11 e 1510/11;
c) Multa individual no valor de R$ 4.500,00, ao Sr. José Luiz Rover (Prefeito)
pela infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres, por meio dos procedimentos administrativos nos. 471/11, 400/11, 433/11, 8/11, 104/11, 383/11, 404/11, 432/11, 7/11, 58/11, 550/11, 1000/11, 551/11, 990/11,
815/11, 1536/11, 1510/11, 1563/11, 1656/11, 1410/11, 2308/11, 1886/11, 1900/11, 122/11, 2753/11, 2983/11, 3374/11, 3879/11, 3762/11, 4318/11, 4317/11, 4820/11, 4821/11; e
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d) Multa individual no valor de R$ 1.500,00, ao Sr. Mário Gardini pela infração
ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93, pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres e aéreas na Secretaria Municipal de Educação e na Secretaria Municipal de
Assistência Social, por meio dos procedimentos administrativos nos. 432/11, 1.886/11, 4.820/11, 471/11, 383/11 e 1510/11.
No que tange às despesas com aquisição de passagens aéreas oriundas da Ata de Registro de Preços nº. 003/10 (Pregão Presencial nº. 006/10), não houve na instrução
processual questionamento específico quanto ao uso da forma presencial do pregão, pois a Unidade Técnica se limitou a indicar irregularidades na liquidação da despesa (item 30 da conclusão do Relatório de Análise de Defesa). Mesmo que a Unidade Técnica tenha
defendido em tese o uso preferencial do pregão eletrônico quando do exame das contratações diretas, o Pregão Presencial nº. 006/10 foi impugnado apenas no que tange à liquidação da
despesa. Julgo, assim, impositivo reiterar ao Município de Vilhena, em atenção à
jurisprudência moderna desta Corte, que, para o registro de preços de serviços de agenciamento de viagem para fornecimento de passagens aéreas ou terrestres (e contratação
de outros bens e serviços comuns), adote obrigatoriamente, salvo justificativa expressa e robusta, a modalidade pregão na forma eletrônica, utilizando preferentemente plataforma virtual gratuita, a fim de ampliar a competitividade e a publicidade das licitações.
Quanto à atuação deficiente do Controle Interno, “por terem permitido que
ocorressem irregularidades graves na liquidação das despesas relacionadas a aquisição de passagens aéreas e terrestres entregues aos servidores públicos municipais e distribuídos gratuitamente a terceiros (pacientes), posto que (sic) há fragilidade nos documentos
acostados” nos procedimentos administrativos auditados (item 30 da conclusão do Relatório Técnico82), cumpre registrar que não se mostra possível a imputação de débito, porque os
servidores da Controladoria-Geral do Município não foram citados para responder sobre o dano decorrente da irregular liquidação da despesa.
De igual modo, não parece pertinente também a aplicação indiscriminada de multa aos servidores lotados na CGM, pois, conforme salientou o Parquet de Contas:
“considera-se que os documentos trazidos aos autos pelos defendentes lograram sanar a
82 “30) Infringência aos artigos 37, caput, 70, parágrafo único, e 74, II, todos, da Constituição Federal (princípios da
legalidade, economicidade, eficiência e do dever de prestar contas), por terem permitido que ocorressem irregularidades
graves na liquidação das despesas relacionadas a aquisição de passagens aéreas e terrestres entregues aos servidores
públicos municipais e distribuídos gratuitamente a terceiros (pacientes), posto que há fragilidade nos documentos acostados nos processos administrativos nºs 400/11, 404/11, 503/10, 3466/10, 2700/10, 1742/11, 471-B/10, 1000/11, 2308/11, 550/11,
967/11, 4820/11, 3374/11, 104/11, 2983/11, 3439/11, 1656/11, 1563/11, 815/11, 1653/11, 4318/11, 058/11, 007/11, 008/11,
4317/11, 429/11, 1900/11, 3762/11, 990/11, 164/11, 1410/11, 2233/11, 893/10, 132/11, 009/11, 122/11, 1510/11, 551/11,
2753/11, 3273/11, 3386/11, 1536/11, 3879/11, 4821/11, 1886/11, 432/11, 433/11 e 383/11 (Vol. I e II), conforme abaixo
relacionados, quanto a identificação clara e sem sombra de dúvidas de quem foi beneficiado com a concessão de passagens , se essa pessoa efetivamente realizou a viagem, qual o período e o destino da viagem, os respectivos bilhetes já utilizados ou
os bilhetes que não tenham sido utilizados (crédito para a Administração Municipal), se houve concessão de diárias qual o
respectivo processo, a finalidade/objetivo da mesma e, por fim, a inexistência de documento fiscal hábil (nota
fiscal/duplicata), posto que fora emitido simples recibo pela empresa AUCATUR – Agência União Cascavel Turismo Ltda., o
que pode caracterizar sonegação de impostos (ICMS)”.
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maior parte dos apontamentos quanto à ausência de liquidação das despesas, restando
apenas alguns processos cuja liquidação não restou comprovada conforme já se demonstrou neste Parecer (itens 2.1 e 2.2). Assim, o Parquet sopesa que as falhas ora vistas decorrem da
necessidade premente de melhoria nos órgãos de controle interno, os quais ainda hoje enfrentam inúmeras dificuldades ao, não raramente, lidarem com situações hostis e com carência de pessoal qualificado, situação que certamente ocorria com maior intensidade à
época da instauração da TCE”.
Acompanho, assim, a ponderada posição da Procuradoria-Geral do MPC no sentido de que seja determinado ao atual Chefe do Poder Executivo que “promova, se ainda não o fez, a estruturação do órgão de controle interno e observe as diretrizes traçadas na
citada Decisão Normativa n. 001/2015/TCE-RO”.
Quanto ao não encaminhamento dos Processos Administrativos nos. 893/10 e 4.317/11, convirjo com a proposição do Parquet de Contas. Na conduta descrita não é possível vislumbrar, por si só, intenção maliciosa em ocultar informações do Órgão Central de
Controle Interno. Demais, a Unidade Técnica não indicou a existência de preceito normativo a tornar obrigatória a manifestação da CGM nos procedimentos administrativos indicados.
Por fim, o representante ministerial, em consonância com a Unidade Técnica,
defendeu a irregularidade das aquisições de passagens aéreas nos anos de 2009 e de 2010, que
foram levadas a cabo, por intermédio do processo administrativo nº 3439/11, no valor de R$ 99.997,90, mediante reconhecimento de dívida, sem prévio empenho e sem licitação, nos
seguintes termos (item 29)83:
“4 - Do reconhecimento de dívidas
Conforme assentou o corpo técnico em seu relatório inicial, foi efetuado o
reconhecimento de dívidas, mediante o Processo Administrativo n. 3439/11, no valor de
R$ 99.997,90, referente à aquisição de passagens aéreas, as quais se processaram sem
licitação e sem o prévio empenho.
Foram responsabilizados os senhores Gustavo Valmórbida – Chefe de Gabinete,
solidariamente com o Senhor José Luiz Rover – Prefeito Municipal, os quais
reconheceram que houve falha de planejamento quanto à dotação orçamentária.
Afirmaram ainda que não raras vezes têm que decidir entre restrições de ordem técnica
e a manutenção das atividades e rotinas do órgão, sendo que nesse caso concreto
optaram por incorrer na vedação legal para não ocasionar prejuízos ao Município (fls.
3897/3899).
Diante da defesa apresentada, concluiu a unidade técnica que deve remanescer a
irregularidade, opinando pela aplicação de multa aos responsáveis na forma do art. 55,
II, da Lei Complementar n. 154/96 c/c o art. 26, parágrafo único, do Regimento Interno
83 DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR GUSTAVO VALMÓRBIDA – CHEFE DE GABINETE, SOLIDARIAMENTE
COM O SENHOR JOSÉ LUIZ ROVER – PREFEITO MUNICIPAL:
29) Infringência ao art. 37, caput e inciso XXI, ambos, da CF (princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência e do dever de licitar), art. 60, da Lei Federal nº 4.320/64 c/c art. 3º, caput, da Lei Federal nº 8.666/93 e art. 1º,
caput e parágrafo único, da Lei Federal nº 10.520/02, por terem efetuado o reconhecimento de dívidas, através do processo
nº 3439/11, na ordem de R$ 99.997,90 (noventa e nove mil novecentos e noventa e sete reais e noventa centavos), referente
às despesas sem licitação, consequentemente sem o prévio empenho, decorrentes da aquisição de passagens aéreas da
empresa VILHETUR Vilhena Turismo Ltda.;
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deste Tribunal, entendimento como qual corrobora o Parquet, diante da confissão
materializada”.
Não há controvérsia acerca da materialidade e autoria delitiva. Afinal, os próprios jurisdicionados assumiram que a falta de planejamento quanto à dotação orçamentária os levou a agir, conscientemente, em descompasso com a lei, para “não ocasionar prejuízos ao
Município”.
Certamente, o caso posto não se confunde com uma atuação ao arrepio de uma legalidade estrita, em busca da satisfação do interesse público e das necessidades sociais, ou seja, de um ilícito cometido premido por um cenário hostil e amplamente desfavorável,
marcado pela urgência e pela importância das necessidades, o que retiraria a ilicitude da conduta típica praticada.
Ao revés disso, o que se depreende dos autos é a união de esforços dos agentes envolvidos a fim de levar a cabo inúmeros dispêndios ilegais com aquisições de passagens
(aéreas e terrestres), mediante contratação direta, em flagrante burla à Lei de Licitações e Contratos. Assim, diante do procedimento rotineiro na Prefeitura de Vilhena, fácil concluir
que o reconhecimento de dívida em questão foi mais um a maneira de agir (práxis administrativa) em desrespeito às normas legais, principalmente no que toca às regras de licitação.
Como vimos, os gestores recorriam ora à dispensa, ora à inexigibilidade de
licitação para a aquisição do mesmo objeto, o que evidenciou não mera desorganização administrativa, mas subterfúgio para não se submeter ao procedimento licitatório. Vale lembrar que, no curso do exercício examinado, os Secretários ignoraram as advertências do
Coordenador de Licitações quanto à vedação legal do fracionamento de despesa e deram continuidade à contratação direta, por sua conta e risco, sem atender aos requisitos legais.
Devemos considerar que, ressalvada justificativa robusta, o procedimento de reconhecimento de dívida constitui burla às formalidades exigidas dos gastos públicos. Essa
espécie de contratação, repudiada expressamente pela legislação administrativa, caracteriza forma de despesa pública à margem da necessária oficialidade e transparência que deve
permear os atos do Poder Público. Por essa razão, a jurisprudência desta Corte sinaliza que “o reconhecimento de dívida é decisão excepcional da Administração Pública” (Acórdão nº. 39/2013 – 1ª Câmara, Fiscalização de Atos e Contratos, Processo nº. 4.855/2012, Relator:
Conselheiro Francisco Carvalho).
O reconhecimento posterior de dívida (ou confissão de dívida) constitui, muitas vezes, uma forma de ocultar fatos e informações dos mecanismos de controle interno e de controle externo da despesa pública, retardando as ações de fiscalização e controle. Isso
porque, quando tais relações contratuais informais são finalmente reveladas ao sistema de controle interno, os fatos já se consumaram, sem a possibilidade da intervenção preventiva
das unidades de controle interno. Mesmo para a dispensa de licitação, a legislação reclama justificação prévia da escolha do fornecedor e dos preços contratados, bem como publicação
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na imprensa oficial, a fim de assegurar a transparência dos contratos públicos, o que constitui
uma exigência do princípio da publicidade (artigo 37, caput, da CRFB/88). Nada nesse sentido restou comprovado no caso concreto.
Dessa feita, com esteio nesses parâmetros normativos e fáticos, configurada a realização consciente de despesa, mediante confissão de dívida, sem prévio empenho, e sem
licitação, viável a aplicação de sanções aos imputados.
Os Srs. Gustavo Valmórbida, Chefe de Gabinete, e José Luiz Rover, Prefeito, subscreveram a “Justificativa” para o reconhecimento de dívida, no valor de R$ 99.997,90, sob o argumento de que “Devido ao aumento da demanda de viagens do Sr. Prefeito, em
busca de recurso para o município, assessores e servidores, não houve o planejamento necessário bem como indisponibilidade orçamentária e financeira”.
O Sr. Gustavo Valmórbida subscreveu as solicitações de passagens aéreas e as
certidões de recebimento apostas nas faturas emitidas pela Vilhetur – Viagens e Turismo.
O procedimento administrativo registra que, em 27/06/2011, o feito ingressou na
Procuradoria do Município. Em 29/06/2011, o Procurador Geral devolveu o processo ao Gabinete do Prefeito “para certificar a utilização das passagens”, ressalvando que, “após a devida certificação, deverá ser analisado o reconhecimento de dívida” (fl. 8618).
Em 04/07/2011, o Sr. Gustavo Valmórbida remeteu o processo para a
Procuradoria, afirmando que havia resolvido a pendência – “REALIZADO O CERTIFICO NAS FATURAS, CONFORME SOLICITADO” (fl. 8619).
O Sr. Mário Gardini, Advogado do Município, em 05/07/2011, opinou pelo reconhecimento da dívida, em decorrência do lastro documental, “incluindo a certificação das
notas fiscais e requisições”, que comprova a utilização das passagens aéreas.
Em ato contínuo, no mesmo dia (05/07/2011), o Sr. José Luiz Rover subscreveu o
“Reconhecimento de Dívida” de fl. 8625. Os pagamentos foram efetuados por ele.
Diante das confissões, que encontram suporte probatório, não há como divergir quanto à responsabilização dos envolvidos na realização de despesa, mediante confissão de dívida, sem prévio empenho e sem licitação.
Nessas circunstâncias, portanto, diante da conduta altamente reprovável dos Srs.
José Luiz Rover e Gustavo Valmórbida, que, conscientemente e injustificadamente, optaram por conduzir o gasto público em total desconformidade com os preceitos legais, impositiva as suas responsabilizações, com a fixação de multa no valor de três mil reais, com fulcro no
artigo 55, II, da LC nº 154/96.
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Ao lume do exposto, comungando parcialmente com a manifestação do Ministério
Público de Contas e da Equipe Técnica, submeto à apreciação deste c. Plenário a seguinte proposta de decisão:
I - Julgar irregular a presente Tomada de Contas Especial, com fundamento no
artigo 16, III, “b” e “c”, da Lei Complementar nº. 154/96, em relação aos Senhores José Luiz
Rover, Prefeito, José Luis Serafim, Secretário Municipal Adjunto de Comunicação, Heitor
Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento, José Carlos Arrigo, Secretário
Municipal de Educação, José Candido Gonçalves Espindula, Secretário Municipal de Agricultura, Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração, Wellinton Oliveira
Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura, Gustavo Valmórbida, Secretário Municipal de Fazenda, Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral do Município, Mário
Gardini, Procurador do Município, Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral do Município, bem como Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social, em razão das seguintes irregularidades:
a) de responsabilidade dos Senhores José Luiz Rover, Prefeito, José Luis Serafim,
Secretário Municipal Adjunto de Comunicação, Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento, José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de Educação, José Candido Gonçalves Espindula, Secretário Municipal de Agricultura, Agenor Francisco de Carvalho,
Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, Miguel Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração, Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral do Município,
Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social, Wellinton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura, Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral do Município: irregular liquidação da despesa com a aquisição de passagens aéreas e
terrestres, o que ocasionou a lesão de ordem econômica no valor total histórico de R$ 84.412,50 (oitenta e quatro mil, quatrocentos e doze reais e cinquenta centavos)84, distribuído
de acordo com o exposto na fundamentação deste voto; b) de responsabilidade dos Senhores José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de
Educação, José Luiz Rover, Prefeito, Mário Gardini, Procurador do Município, e Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social: contratações ilegais, sem
licitação (artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93); e c) de responsabilidade dos Senhores José Luiz Rover, Prefeito, e Gustavo
Valmórbida, Chefe de Gabinete: realização de despesa, mediante confissão de dívida, sem prévio empenho e sem licitação.
II - Imputar o débito no valor histórico de R$ 4.996,00 (quatro mil novecentos e
noventa e seis reais), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a
partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$10.714,59 (dez mil, setecentos e quatorze reais e cinquenta e nove centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei
Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e José Luis 84
R$ 4.787,91 (passagens aéreas) + 1.942,61 (passagens aéreas) + 77.681,98 (passagens terrestres).
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Serafim, Secretário Municipal Adjunto de Comunicação, por terem, respectivamente,
ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processo 1563/11);
II - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.612,63 (mil seiscentos e doze
reais e sessenta e três centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros
de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 3.458,50 (três mil quatrocentos e cinquenta e oito reais e cinquenta centavos), com fulcro no artigo 19
da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Heitor
Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a
aquisição de passagens terrestres (processos nº 967/11 e 815/11);
IV - Imputar o débito no valor histórico de R$ 5.492,07 (cinco mil quatrocentos e noventa e dois reais e sete centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$
11.778,48 (onze mil setecentos e setenta e sete reais e quarenta e oito centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover,
Prefeito, e José Carlos Arrigo, Secretário Municipal de Educação, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 1886/11 e 4821/11);
V - Imputar o débito no valor histórico de R$ 2.302,57 (dois mil trezentos e dois
reais e cinquenta e sete centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 4.938,17 (quatro mil novecentos e trinta e oito reais e dezessete centavos), com fulcro no artigo 19 da
Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e José
Cândido Gonçalves Espindula, Secretário Municipal de Agricultura, por terem,
respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 990/11 e 1000/11);
VI - Imputar o débito no valor histórico de R$ 6.990,78 (seis mil novecentos e noventa reais e setenta e oito centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido
dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$
14.992,66 (quatorze mil novecentos e noventa e dois reais e sessenta e seis centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz
Rover, Prefeito, e Agenor Francisco de Carvalho, Secretário Municipal de Transporte e Trânsito, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o
adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 1410/11, 1536/11 e 3879/11);
VII - Imputar o débito no valor histórico de R$ 2.408,50 (dois mil quatrocentos e oito reais e cinquenta centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros
de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 5.165,35 (cinco mil cento e sessenta e cinco reais e trinta e cinco centavos), com fulcro no artigo 19 da
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Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Miguel
Câmara Novaes, Secretário Municipal de Administração, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação
com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 2753/11 e 4317/11); VIII - Imputar o débito no valor histórico de R$ 2.818,50 (dois mil oitocentos e
dezoito reais e cinquenta centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$
6.044,65 (seis mil e quarenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Carlos Eduardo Machado Ferreira, Procurador Geral do Município, por terem,
respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processo nº 104/11);
IX - Imputar o débito no valor histórico de R$ 47.712,00 (quarenta e sete mil
setecentos e doze reais), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora
a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 102.324,74 (cento e dois mil trezentos e vinte e quatro reais e setenta e quatro centavos), com fulcro no artigo 19
da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem
prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 383/11 e 471/11);
X - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.753,43 (mil setecentos e cinquenta e três reais e quarenta e três centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia
de R$ 3.760,46 (três mil setecentos e sessenta reais e quarenta e seis centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito,
e Wellinton Oliveira Ferreira, Secretário Municipal de Esportes e Cultura, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processos nº 400/11 e 404/11);
XI - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.595,50 (mil quinhentos e
noventa e cinco reais e cinquenta centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 3.421,76 (três mil quatrocentos e vinte e um reais e setenta e seis centavos), com fulcro
no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Roberto Scalércio Pires, Controlador Geral do Município, por terem,
respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (processo nº 551/11);
XII - Imputar o débito no valor histórico de R$ 1.942,61 (mil novecentos e quarenta e dois reais e sessenta e um centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e
acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia de R$ 4.166,19 (quatro mil cento e sessenta e seis reais e dezenove centavos), com fulcro no
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artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, solidariamente, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito,
e Gustavo Valmórbida, Secretário Municipal de Fazenda, por terem, respectivamente, ordenado e emprestado fundamento para o adimplemento da despesa sem prévia liquidação
com a aquisição de passagens aéreas (processo nº 09/11); XIII- Imputar o débito no valor histórico de R$ 4.787,91 (quatro mil setecentos
e oitenta e sete reais e noventa e um centavos), que, ao ser atualizado monetariamente e acrescido dos juros de mora a partir de dezembro de 2011 até junho de 2016, perfaz a quantia
de R$ 10.268,31 (dez mil duzentos e sessenta e oito reais e trinta e um centavos), com fulcro no artigo 19 da Lei Complementar nº 154/96, ao Sr. Heitor Tinti Batista, Secretário Municipal de Planejamento, por ter emprestado fundamento para o adimplemento da despesa
sem prévia liquidação com a aquisição de passagens aéreas (processo nº 122/11);
XIV - Aplicar multa individual, com fulcro no art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, no percentual de 10% (dez por cento) do valor atualizado do débito cominado (sem a incidência dos juros de mora), totalizando R$ 10.818,14 (dez mil oitocentos e dezoito reais e
quatorze centavos), ao Sr. José Luiz Rover, Prefeito, por ter ordenado indevidamente os pagamentos sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres e aéreas (itens II a
XII), o que acarretou a lesão de ordem econômica no valor total histórico de R$ 84.412,50 (oitenta e quatro mil, quatrocentos e doze reais e cinquenta centavos);
XV - Aplicar multa individual, com fulcro no art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, no percentual de 10% (dez por cento) do valor atualizado do débito cominado (sem a
incidência dos juros de mora), totalizando R$ 6.644,46 (seis mil seiscentos e quarenta e quatro reais e quarenta e seis centavos), a Sra. Lizângela Marta Silva Rover, Secretária Municipal de Assistência Social, por ter emprestado fundamento para o adimplemento da
despesa sem prévia liquidação com a aquisição de passagens terrestres (item IX), o que acarretou a lesão de ordem econômica no valor histórico de R$ 47.712,00 (quarenta e sete mil
setecentos e doze reais); XVI - Aplicar multa individual, no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos
reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96 ao Sr. José Carlos Arrigo (Secretário da SEMED), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres na Secretaria
Municipal de Educação, por meio dos procedimentos administrativos nº 433/11, 4821/11, 432/11, 1886/11 e 4820/11, o que configurou infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93;
XVII - Aplicar multa individual no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, à Sra. Lizângela Marta Silva Rover
(Secretária da SEMAS), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres e aéreas na Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio dos procedimentos administrativos nº 4318/11, 471/11, 383/11 e 1510/11, o que configurou infração ao artigo 3º,
caput, da Lei nº. 8.666/93;
XVIII - Aplicar multa individual no valor de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, ao Sr. José Luiz Rover
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(Prefeito), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres, por meio dos
procedimentos administrativos nos. 471/11, 400/11, 433/11, 8/11, 104/11, 383/11, 404/11, 432/11, 7/11, 58/11, 550/11, 1000/11, 551/11, 990/11, 815/11, 1536/11, 1510/11, 1563/11,
1656/11, 1410/11, 2308/11, 1886/11, 1900/11, 122/11, 2753/11, 2983/11, 3374/11, 3879/11, 3762/11, 4318/11, 4317/11, 4820/11, 4821/11, o que configurou infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93;
XIX - Aplicar multa individual no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos
reais), com fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, ao Sr. Mário Gardini (Procurador do Município), pela contratação direta do fornecimento de passagens terrestres e aéreas na Secretaria Municipal de Educação e na Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio
dos procedimentos administrativos nos. 432/11, 1.886/11, 4.820/11, 471/11, 383/11 e 1510/11, o que configurou infração ao artigo 3º, caput, da Lei nº. 8.666/93;
XX - Aplicar multa individual no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), com
fulcro no art. 55, II da LC nº 154/96, aos Srs. José Luiz Rover, Prefeito, e Gustavo
Valmórbida, Chefe de Gabinete, em decorrência da realização de despesa, mediante confissão de dívida, sem prévio empenho e sem licitação, por intermédio do processo nº
3439/11, no valor de R$ 99.997,90; XXI - Advertir que os débitos deverão ser recolhidos à conta única do Tesouro
Municipal de Vilhena e as multas devem ser recolhidas ao Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas – Banco do Brasil, agência nº 2757-X, conta corrente nº
8358-5; XXII - Fixar o prazo de 15 (quinze) dias para o recolhimento dos débitos e
multas cominadas, contado da notificação dos responsáveis, com fulcro no art. 31, III, “a”, do Regimento Interno;
XXIII - Autorizar, caso não ocorrido o recolhimento dos débitos e multas
mencionados acima, a emissão dos respectivos Títulos Executivos e as consequentes
cobranças judiciais, em conformidade com o art. 27, II, da Lei Complementar nº 154/96 c/c o art. 36, II, do Regimento Interno, sendo que nos débitos deve incidir a correção monetária e os
juros de mora (art. 19 da Lei Complementar nº 154/96) a partir do fato ilícito (dezembro de 2011), na multa, apenas a correção monetária (artigo 56 da Lei Complementar nº 154/96);
XXIV - Determinar ao atual Chefe do Poder Executivo de Vilhena que adote providências com o fim de corrigir e/ou prevenir a reincidência das irregularidades apuradas
neste processo, o que demanda o aperfeiçoamento do procedimento (i) de liquidação da despesa; e (ii) de estimação das necessidades da Administração (planejamento global), de modo a prevenir tanto o fracionamento da despesa para burlar a obrigatoriedade da licitação,
como o reconhecimento de dívida. Em atenção à jurisprudência moderna desta Corte, a Administração (iii) deve – para o registro de preços de serviços de agenciamento de viagem
para fornecimento de passagens aéreas ou terrestres (e contratação de outros bens e serviços comuns) –, obrigatoriamente, salvo justificativa expressa e robusta, optar pela modalidade
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA
Secretaria de Processamento e Julgamento Departamento do Pleno
Acórdão APL-TC 00303/16 referente ao processo 03835/11
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Proc.: 03835/11
Fls.:__________
pregão na forma eletrônica, utilizando preferentemente plataforma virtual gratuita, com o
escopo de ampliar a competitividade e a publicidade das licitações. O gestor, ainda, (iv) deve promover a capacitação e a estruturação do órgão de controle interno, observadas às diretrizes
traçadas na Decisão Normativa nº 001/2015/TCE-RO; XXV - Dar ciência deste Acórdão, via Diário Oficial, aos responsáveis
identificados no cabeçalho, e, via ofício, ao Ministério Público do Estado – 2ª Promotoria de Justiça de Vilhena, ficando registrado que o voto e o parecer do Ministério Público de Contas,
em seu inteiro teor, encontram-se disponíveis para consulta no sítio eletrônico desta Corte (www.tce.ro.gov.br); e
XXVI - Arquivar os presentes autos, depois de adotadas as medidas pertinentes.
É como Voto.
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Em
EDILSON DE SOUSA SILVA
15 de Setembro de 2016
PAULO CURI NETO
PRESIDENTE
RELATOR
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