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Aula 03 Direito Ambiental p/ XX Exame de Ordem - OAB Professor: Rosenval Júnior

DIREITO AMBIENTAL AULA 03

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AULA 03 – Licenciamento Ambiental

SUMÁRIO PÁGINA

Teoria sobre Licenciamento Ambiental 2

Questões comentadas 36

Lista de questões 77

Pessoal,

Notem que no total nós temos muitas páginas, mas de teoria

mesmo são menos de 35 páginas. A teoria começa na página 2 e vai

até a 35. Depois são questões comentadas e ao final a lista de questões.

Eu poderia deixar apenas a teoria e as questões da FGV, mas prefiro

deixar todas as questões para o aluno treinar mais.

Observem que todas as nossas aulas seguem essa estrutura.

Bons estudos!

TEMAS MAIS IMPORTANTES (FOCO TOTAL PARA A PROVA):

Conceitos de licença e licenciamento;

Tipos de licenças (LP, LI, LO);

Prazos de validade de cada licença e de renovação;

Possibilidades de modificação, suspensão e cancelamento da

licença;

EIA/RIMA;

Audiência pública;

Compensação ambiental;

EIV.

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Raio X para o Exame de Ordem (OAB):

Questões:

35 – Cespe – Tipo de Licenças (LP – LI – LO);

36 – FGV – Licenciamento Ambiental + Acesso à Informação;

37 – FGV - Tipo de Licenças (LP – LI – LO);

38 – FGV – Licenciamento Ambiental: Poder de Polícia Ambiental;

39 – FGV - Tipo de Licenças (LP – LI – LO) + Competências;

40 – FGV – EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) x EIA/RIMA;

41 – FGV - EIA/RIMA;

42 – FGV - EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança);

43 – FGV – Licenciamento Ambiental + Princípios;

44 – FGV - Licenciamento Ambiental + Princípios + Audiência

Pública.

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Introdução

O fundamento da exigência do licenciamento ambiental reside na

possibilidade, constitucionalmente outorgada, de o Poder Público impor

condições/restrições ao exercício do direito de propriedade e do direito ao

livre empreendimento, a fim de que a função socioambiental da

propriedade seja observada.

O licenciamento ambiental reflete os princípios da supremacia do

interesse público na proteção do meio ambiente em relação aos interesses

privados, já que cuida de proteger o direito fundamental da pessoa

humana ao equilíbrio ecológico, disposto no art. 225, caput, da

Constituição Federal, de 1988.

Dada a indisponibilidade deste direito, cabe ao Poder Público – em

defesa do meio ambiente – intervir nas atividades privadas,

condicionando o seu exercício a determinadas obrigações que busquem

atingir um padrão de desenvolvimento reputado sustentável.

O licenciamento tem a finalidade de controlar atividades

potencialmente poluentes, procurando imprimir-lhes um padrão de

atuação sustentável, de modo a prevenir e/ou mitigar danos ambientais.

Nesse sentido, o licenciamento operacionaliza os princípios da

precaução, da prevenção e do poluidor-pagador, além de outros como a

exigência de publicidade. Cabe também o princípio da participação

através de audiências públicas, convocadas de acordo com

regulamentação do Conama.

Uma aplicação do princípio da prevenção e da precaução seria o

Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Quando da realização de um EIA

poderá haver a necessidade de aplicação de um ou de outro princípio, que

determinará a concessão ou não da licença ambiental.

Assim, se o risco é conhecido, certo, concreto, a análise pode

indicar medidas preventivas no intuito de mitigar os impactos ou até

mesmo a não aprovação da obra ou empreendimento propostos.

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Por outro lado, se identificados apenas riscos potenciais, incertos,

abstratos, em que não haja certeza científica quanto à extensão ou o grau

dos mesmos, a atividade poderá não ser aprovada por conta da aplicação

do princípio da precaução, haja vista que devemos adotar a opção mais

favorável à manutenção do equilíbrio ambiental (in dubio pro natura) e

da saúde (in dubio pro salute).

O Licenciamento e a Avaliação de Impactos Ambientais são

instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (Art. 9º, IV da

Lei 6.938/81). A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225,

§ 1º, IV, exige estudo prévio de impacto ambiental para instalação de

obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente.

Importante dizer que a LC 140/2011 dispôs sobre as

competências em matéria ambiental e disciplinou alguns pontos acerca do

licenciamento ambiental. Além disso, cabe observar as regras dispostas

pelo Conama, em especial, as Resoluções 01/86, 237/97, 09/87 e

Instruções Normativas IBAMA nº 184/2008 e nº 14/2011. Há

ainda Resoluções e Instruções Normativas específicas para algumas

atividades, como exploração de gás e petróleo, mineração, entre outras.

A localização, construção, instalação, ampliação, modificação

e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de

recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente

poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer

forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio

licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras

licenças legalmente exigíveis.

A licença ambiental para empreendimentos e atividades

consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de

significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de

impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio

ambiente (EIA/RIMA), ao qual será dado publicidade, garantida a

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realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a

regulamentação.

O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou

empreendimento não é potencialmente causador de significativa

degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes

ao respectivo processo de licenciamento.

Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental

(EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA) o

licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:

I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;

II - Ferrovias;

III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do

Decreto-Lei nº 32, de 18 de setembro de 1966;

V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e

emissários de esgotos sanitários;

VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de

230KV;

VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais

como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de

saneamento ou de irrigação, abertura de canais para

navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos

d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de

bacias, diques;

VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no

Código de Mineração;

X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos

tóxicos ou perigosos;

Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte

de energia primária, acima de 10MW;

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XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais

(petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool,

hulha, extração e cultivo de recursos hidróbios);

XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais -

ZEI;

XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas

acima de 100 (CEM) hectares ou menores, quando atingir áreas

significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de

vista ambiental;

XV - Projetos urbanísticos, acima de 100 (CEM) hectares ou

em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a

critério da SEMA e dos órgãos estaduais ou municipais;

XVI - Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados

ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas

por dia.

XVII - Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de

1.000 (MIL) hectares ou menores, neste caso, quando se tratar

de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do

ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção

ambiental.

XVIII - Empreendimentos potencialmente lesivos ao

patrimônio espeleológico nacional.

Essas são algumas atividades que devem ser licenciadas e para as

quais é exigido o EIA/RIMA. É um rol aberto, exemplificativo. Notem que

o caput do artigo diz “tais como”, ou seja, são exemplos. Não é um rol

taxativo ou exaustivo, pois o órgão ambiental pode exigir EIA/RIMA de

qualquer atividade que cause ou possa vir a causar significativo impacto

ambiental.

Veja como caiu em prova!

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(CESPE / UnB– Juiz Federal - TRF 2º Região - 2013)

A resolução do CONAMA que regulamenta a realização de EIA

enumera exaustivamente as atividades obrigatoriamente sujeitas

a esse tipo de estudo.

Errado. O rol não é taxativo ou exaustivo. A Resolução do CONAMA

apresente um rol aberto ou exemplificativo de atividades sujeitas ao

EIA/RIMA.

Muita atenção, pois licenciamento ambiental e Estudo de Impacto

Ambiental e seu Relatório (EIA/RIMA) não são sinônimos!

O Licenciamento ambiental é um procedimento

administrativo (exercício do poder de polícia) pelo qual o órgão

ambiental competente licencia um empreendimento considerado efetiva

ou potencialmente poluidor ou que possa causar degradação ambiental.

Para realizar o Licenciamento são exigidos estudos

ambientais. Um desses estudos pode ser o EIA/RIMA, pois

existem outros estudos.

O detalhe é que o EIA/RIMA é exigido nos casos de efetivo ou

pontencial SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. Não é para

qualquer atividade ou empreendimento.

Veja como foi cobrado em prova!

(CESPE / UnB - Juiz Federal - TRF 3º Região - 2013)

O estudo prévio de impacto ambiental e o respectivo relatório de

impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA) é necessariamente

exigido em todas as atividades que causem impacto ao meio

ambiente.

Errado. O EIA/RIMA é exigido para atividades ou empreendimentos com

potencial de causar SIGNIFICATIVA degradação ambiental. O item está

errado ao afirmar que será necessariamente exigido em todas as

atividades impactantes.

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O órgão ambiental definirá os estudos ambientais pertinentes ao

respectivo processo de licenciamento, caso o empreendimento não seja

potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente.

Assim, estudos mais simples podem ser exigidos.

Cabe destacar que a análise dos estudos ambientais é atividade

própria do Poder Executivo, é exercício do poder de polícia! Tanto

União, Estados, DF e Municípios possuem competência para licenciar, de

acordo com as disposições da Lei Complementar 140/11. Cabe lembrar

que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em

qualquer de suas formas.

Jurisprudência

CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. MANDADO DE

SEGURANÇA. CONSTRUÇÃO DE PISCICULTURA PARA CRIAÇÃO DE

ROBALO EM CATIVEIRO. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL E ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO

AMBIENTAL. NECESSIDADE. COMPETÊNCIA GERENCIAL-EXECUTIVA,

COMUM E CONCORRENTE DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS.

FISCALIZAÇÃO CONJUNTA DOS AGENTES DO PODER DE POLÍCIA

AMBIENTAL DAS ENTIDADES FEDERADAS COMPETENTES. PODER DE

POLÍCIA ADMINISTRATIVA DO IBAMA. LEGITIMIDADE. I - Na ótica

vigilante da Suprema Corte, "a incolumidade do meio ambiente não pode

ser comprometida por interesses empresariais nem ficar dependente de

motivações de índole meramente econômica, ainda mais se se tiver

presente que a atividade econômica, considerada a disciplina

constitucional que a rege, está subordinada, dentre outros princípios

gerais, àquele que privilegia a"defesa do meio ambiente"(CF, art. 170,

VI), que traduz conceito amplo e abrangente das noções de meio

ambiente natural, de meio ambiente cultural, de meio ambiente artificial

(espaço urbano) e de meio ambiente laboral (...) O princípio do

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desenvolvimento sustentável, além de impregnado de caráter

eminentemente constitucional, encontra suporte legitimador em

compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro e

representa fator de obtenção do justo equilíbrio entre as exigências da

economia e as da ecologia, subordinada, no entanto, a invocação desse

postulado, quando ocorrente situação de conflito entre valores

constitucionais relevantes, a uma condição inafastável, cuja observância

não comprometa nem esvazie o conteúdo essencial de um dos mais

significativos direitos fundamentais: o direito à preservação do meio

ambiente, que traduz bem de uso comum da generalidade das pessoas, a

ser resguardado em favor das presentes e futuras gerações" (ADI-MC nº

3540/DF - Rel. Min. Celso de Mello - DJU de 03/02/2006). Nesta visão de

uma sociedade sustentável e global, baseada no respeito pela natureza,

nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de

paz, com responsabilidades pela grande comunidade da vida, numa

perspectiva intergeneracional, promulgou-se a Carta Ambiental da França

(02.03.2005), estabelecendo que "o futuro e a própria existência da

humanidade são indissociáveis de seu meio natural e, por isso, o meio

ambiente é considerado um patrimônio comum dos seres humanos,

devendo sua preservação ser buscada, sob o mesmo título que os demais

interesses fundamentais da nação, pois a diversidade biológica, o

desenvolvimento da pessoa humana e o progresso das sociedades estão

sendo afetados por certas modalidades de produção e consumo e pela

exploração excessiva dos recursos naturais, a se exigir das autoridades

públicas a aplicação do princípio da precaução nos limites de suas

atribuições, em busca de um desenvolvimento durável. II - A tutela

constitucional, que impõe ao Poder Público e a toda coletividade o dever

de defender e preservar, para as presentes e futuras gerações, o meio

ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida,

como direito difuso e fundamental, feito bem de uso comum do povo (CF,

art. 225, caput), já instrumentaliza, em seus comandos normativos, o

princípio da precaução (quando houver dúvida sobre o potencial deletério

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de uma determinada ação sobre o ambiente, toma-se a decisão mais

conservadora, evitando-se a ação) e a consequente prevenção (pois uma

vez que se possa prever que uma certa atividade possa ser danosa, ela

deve ser evitada) , exigindo-se, assim, na forma da lei, para instalação de

obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação

do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará

publicidade (CF, art. 225, § 1º, IV). III - Na hipótese dos autos, versando

a controvérsia em torno de suposta ilegalidade de licença ambiental,

expedida, tão-somente, pelo órgão ambiental municipal, deve o IBAMA

adotar as medidas cabíveis, na condição de responsável pela ação

fiscalizadora decorrente de lei, a fim de coibir abusos e danos ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, por eventuais beneficiários de

licenças emitidas sem a sua participação, na condição de órgão executor

da política nacional do meio ambiente, pois é da competência gerencial-

executiva e comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios proteger as obras e outros bens de valor histórico, artístico e

cultural, as paisagens naturais notáveis, os sítios arqueológicos e o meio

ambiente e, ainda, preservar as florestas, a fauna e a flora (CF, art. 23,

incisos III, VI e VII). IV - Em sendo assim, no caso em exame, afigura-se

insuficiente o licenciamento concedido pela municipalidade, sem o

acompanhamento fiscal do IBAMA e a elaboração do respectivo EIA/RIMA,

para fins de licenciar a atividade a ser realizada em Zona Costeira, de

acordo com o que estabelece o art. 6º, § 2º, da Lei nº 7.661/1988, bem

assim, conforme dispõe a Constituição Federal, quando determina a

proteção especial à Mata Atlântica e à Zona Costeira (CF, art. 225, § 4º),

caracterizando-se, portanto, a legitimidade da multa aplicada e o

embargo da referida atividade, na espécie dos autos. V - Apelação

desprovida.

(TRF-1 - AMS: 805 BA 2004.33.01.000805-7, Relator: DESEMBARGADOR

FEDERAL SOUZA PRUDENTE, Data de Julgamento: 21/05/2012, QUINTA

TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.1192 de 22/08/2012).

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Conceitos

Artigo 1º da Resolução Conama 01/86

Impacto ambiental

Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do

meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia

resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,

afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.

Art. 1º da Resolução Conama 237/97

Licenciamento Ambiental

Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente

licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob

qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Licença Ambiental

Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece

as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão

ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para

localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades

utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou

potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam

causar degradação ambiental.

Estudos Ambientais

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São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais

relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma

atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise

da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de

controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico

ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e

análise preliminar de risco.

Impacto Ambiental Regional

É todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de

influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois

ou mais Estados.

Art. 2º da LC 140/2011

Licenciamento Ambiental

Procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou

empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou

potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar

degradação ambiental.

*Notem que a LC 140/2011 praticamente repetiu o conceito

apresentado pela Resolução do CONAMA 237/97.

Termo de referência (TR)

Documento elaborado pelo órgão ambiental competente que

estabelece o conteúdo necessário dos estudos a serem

apresentados no processo de licenciamento ambiental.

Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único

nível de competência e todas as despesas e custos referentes à

realização do estudo de impacto ambiental correrão por conta do

proponente do projeto (empreendedor).

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Assim, os estudos necessários ao processo de licenciamento

deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às

expensas do empreendedor. Atenção aqui! Os estudos são pagos

pelo empreendedor! É muito comum questões afirmando que o

órgão ambiental assume os custos, o que deve ser julgado como

errado!

O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos

serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se

às sanções administrativas, civis e penais (TRÍPLICE

RESPONSABILIZAÇÃO).

As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou

sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do

empreendimento ou atividade.

O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais

específicas, observadas a natureza, características e peculiaridades da

atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de

licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação do

empreendimento ou atividade. Olhem aí mais uma competência do

Conama! Memorizem mais essa! Cai direito dizendo que é competência do

Ibama...o que está errado, claro!

No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar,

obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que

o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade

com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o

caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorga para

o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes.

Diretrizes Gerais

O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação,

em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional

do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes DIRETRIZES GERAIS:

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I - Contemplar TODAS as alternativas tecnológicas e de

localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não

execução do projeto;

II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos

ambientais gerados nas fases de implantação e operação da

atividade;

III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou

indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de

influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia

hidrográfica na qual se localiza;

lV - Considerar os planos e programas governamentais,

propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua

compatibilidade.

Atividades Técnicas

O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as

seguintes ATIVIDADES TÉCNICAS:

I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto,

completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas

interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação

ambiental da área, antes da implantação do projeto,

considerando:

a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima,

destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e

aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidrológico, as

correntes marinhas, as correntes atmosféricas;

b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna

e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade

ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas

de extinção e as áreas de preservação permanente;

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c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os

usos da água e a socioeconomia, destacando os sítios e

monumentos arqueológicos, históricos e culturais da

comunidade, as relações de dependência entre a sociedade

local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura

desses recursos.

II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas

alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e

interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes,

discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e

adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos,

temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas

propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e

benefícios sociais.

III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos

negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de

tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.

IV - Elaboração do programa de acompanhamento e

monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os

fatores e parâmetros a serem considerados.

Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente - RIMA

O relatório de impacto ambiental (RIMA) refletirá as

conclusões do estudo de impacto ambiental (EIA) e deve ser

apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão.

As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível,

ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de

comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e

desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais

de sua implementação.

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O RIMA é o instrumento que apresenta em uma linguagem mais

acessível, de maneira mais compreensível para leigos, as informações

técnicas do EIA. Lembrem-se de que o EIA é um estudo extremamente

técnico elaborado por uma equipe multidisciplinar, assim temos

engenheiros, biólogos, advogados, antropólogos, geólogos, geógrafos,

enfim, diversos profissionais que irão fazer as suas análises no seu campo

de atuação e apresentarão os seus estudos, laudos e pareceres sobre o

local, acerca dos possíveis impactos.

Notem que no EIA é utilizado um jargão técnico, muito específico e

que não é de entendimento de pessoas que não são da área. Por isso, o

RIMA tem que ser elaborado em uma linguagem digamos “mais didática”

para que a população interessada e afetada pela proposta tenha

entendimento suficiente sobre os impactos negativos e positivos da

atividade ou empreendimento.

O relatório de impacto ambiental - RIMA conterá, no mínimo:

I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e

compatibilidade com as políticas setoriais, planos e

programas governamentais;

II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e

locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de

construção e operação a área de influência, as matérias primas, e

mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnicas

operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos e perdas

de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;

III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos

ambiental da área de influência do projeto;

IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da

implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas

alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e

indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua

identificação, quantificação e interpretação;

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V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de

influência, comparando as diferentes situações da adoção do

projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não

realização;

VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras

previstas em relação aos impactos negativos, mencionando

aqueles que não puderem ser evitados, e o grau de alteração

esperado;

VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos

impactos;

VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável

(conclusões e comentários de ordem geral).

Respeitado o sigilo industrial, assim solicitado e demonstrado pelo

interessado, o RIMA será acessível ao público.

Etapas do Licenciamento Ambiental Federal (Competência do

Ibama)

De acordo com a Instrução Normativa IBAMA nº 184 /08

alterada pela Instrução Normativa IBAMA nº 14 de 27/10/2011,

que estabelece, no âmbito do Ibama, os procedimentos para o

licenciamento ambiental federal, os procedimentos para o

licenciamento ambiental deverão obedecer as seguintes etapas:

Instauração do processo;

Licenciamento prévio;

Licenciamento de instalação; e

Licenciamento de operação.

A instauração do processo de licenciamento ambiental federal

obedecerá as seguintes etapas:

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Inscrição do empreendedor no Cadastro Técnico Federal - CTF do

IBAMA (http://www.ibama.gov.br/cogeq) na categoria Gerenciador

de Projetos;

Acesso ao Serviços on line - Serviços - Licenciamento Ambiental

pelo empreendedor, utilizando seu número de CNPJ e sua senha

emitida pelo CTF e a verificação automática pelo sistema da

vigência do Certificado de Regularidade;

Preenchimento pelo empreendedor do Formulário de Solicitação de

Abertura de Processo - FAP e seu envio eletrônico ao IBAMA pelo

sistema;

Geração de mapa de localização utilizando as coordenadas

geográficas informadas no FAP, como ferramenta de auxílio a

tomada de decisão;

Verificação da competência federal para o licenciamento.

Abertura de processo de licenciamento.

Definição dos estudos ambientais e instância para o licenciamento

(Diretoria de Licenciamento Ambiental - DILIC ou Núcleo de

Licenciamento Ambiental - NLA).

A solicitação de EIA/RIMA se dará na fase de licenciamento prévio

para empreendimentos de significativo impacto ambiental.

Em empreendimentos de impacto pouco significativo e quando não

couber análise locacional, o IBAMA suprimirá a fase de Licença Prévia.

Para empreendimentos de impacto pouco significativo o IBAMA

exigirá Estudo Ambiental Simplificado e Plano de Controle Ambiental,

sendo que estes poderão ser licenciados integralmente pelos NLAs.

Tipos de Licenças Ambientais

Licenças Ambientais, Resolução Conama 237/97.

LP Concedida na fase preliminar do planejamento;

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Aprova sua localização e concepção;

Atesta a viabilidade ambiental; e

Estabelece os requisitos básicos e condicionantes

LI Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade.

LO Autoriza operação do empreendimento ou atividade.

No licenciamento ambiental ordinário federal, o Poder Público, no

exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do

planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua

localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e

estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem

atendidos nas próximas fases de sua implementação.

Instaurado o processo, o empreendedor deverá providenciar o envio

pelo “Serviço on line - Serviços - Licenciamento Ambiental de proposta de

Termo de Referência - TR para elaboração do Estudo Ambiental”, com

base no Termo de Referência Padrão da tipologia específica do

empreendimento, disponibilizado no site do IBAMA/Licenciamento.

O IBAMA providenciará agendamento para a apresentação do

empreendimento pelo empreendedor, convidando os órgãos

intervenientes quando necessário. Neste momento serão discutidos

preliminarmente o teor do TR e a necessidade de realização de vistoria ao

local pretendido para o empreendimento.

O EIA e o RIMA deverão ser elaborados pelo empreendedor em

conformidade com os critérios, as metodologias, as normas e os padrões

estabelecidos pelo TR definitivo aprovado pela Diretoria de Licenciamento

Ambiental - DILIC. O RIMA deverá ser elaborado em linguagem acessível

ao entendimento da população interessada.

Aos órgãos envolvidos no licenciamento será solicitado

posicionamento sobre o estudo ambiental no que segue:

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Orgãos Estaduais de Meio Ambiente envolvidos - avaliar o projeto,

seus impactos e medidas de controle e mitigadoras, em

consonância com plano, programas e leis estaduais;

Unidade de conservação - identificar e informar se existem

restrições para implantação e operação do empreendimento, de

acordo com o instrumento de criação, do plano de manejo ou

zoneamento;

FUNAI e Fundação Palmares - identificar e informar possíveis

impactos sobre comunidades indígenas e quilombolas e, se as

medidas propostas para mitigar os impactos são eficientes;

IPHAN - informar se na área pretendida já existe sítios

arqueológicos identificados e, se as propostas apresentadas para

resgate são adequadas.

O RIMA ficará disponível no site do IBAMA na Internet e nos locais

indicados na publicação.

Para a realização de Audiência Pública, o IBAMA providenciará a

publicação de Edital de Convocação, informando data, horário e local.

A(s) ata(s) da(s) audiências públicas deverão ser disponibilizadas no

site do IBAMA/Licenciamento.

A DILIC emitirá Parecer Técnico Conclusivo sobre a viabilidade

ambiental do empreendimento, e o encaminhará à Presidência do IBAMA

para subsidiar o deferimento ou não do pedido de licença.

O parecer técnico conclusivo deverá ser disponibilizado no site do

IBAMA/Licenciamento.

Para a emissão da Licença Prévia, o empreendedor deverá

apresentar ao IBAMA a Certidão Municipal, a qual declara que o local de

instalação do empreendimento está em conformidade com a legislação

aplicável ao uso e ocupação do solo ou documento similar.

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do

empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes

dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de

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controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem

motivo determinante.

A concessão da Licença de Instalação - LI é subsidiada pelo Projeto

Básico Ambiental - PBA e a emissão de autorização de supressão de

vegetação, por Projeto ou Plano de Recuperação de Áreas Degradadas -

PRAD e Inventário Florestal.

O PBA e o Inventário Florestal deverão ser elaborados em

conformidade com os impactos identificados no EIA e com os critérios,

metodologias, normas e padrões estabelecidos pelo IBAMA e fixados nas

condicionantes da LP.

Quando couber, deverá ser apresentada pelo empreendedor, no

momento do envio do PBA, a outorga de utilização de recursos hídricos.

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da

atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento

do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle

ambiental e condicionantes determinados para a operação.

Para subsidiar a concessão da Licença de Operação - LO, o

empreendedor deverá elaborar os seguintes documentos técnicos:

I - Relatório Final de Implantação dos Programas Ambientais;

II - Relatório Final das Atividades de Supressão de Vegetação,

quando couber; e

III - No caso de licenciamento de Usinas Hidrelétricas e Pequenas

Centrais Hidrelétricas, o Plano de Uso do Entorno do reservatório

(PACUERA).

O requerimento de LO deverá ser gerado pelo empreendedor

utilizando o Serviço on line - Serviços - Licenciamento Ambiental Federal

após o envio dos relatórios.

Etapas

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Assim, de forma resumida o procedimento de licenciamento

ambiental obedecerá às seguintes ETAPAS:

I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação

do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos

ambientais, necessários ao início do processo de

licenciamento correspondente à licença a ser requerida;

II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor,

acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais

pertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do

SISNAMA, dos documentos, projetos e estudos ambientais

apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando

necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo

órgão ambiental competente integrante do SISNAMA, uma

única vez, em decorrência da análise dos documentos, projetos e

estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a

reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e

complementações não tenham sido satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a

regulamentação pertinente;

VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo

órgão ambiental competente, decorrentes de audiências

públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação

quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido

satisfatórios;

VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber,

parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença,

dando-se a devida publicidade.

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O órgão ambiental competente definirá, se necessário,

procedimentos específicos para as licenças ambientais, observadas a

natureza, características e peculiaridades da atividade ou

empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de

licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação.

Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as

atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto

ambiental.

Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental

para pequenos empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para

aqueles integrantes de planos de desenvolvimento aprovados,

previamente, pelo órgão governamental competente, desde que definida

a responsabilidade legal pelo conjunto de empreendimentos ou

atividades.

Deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os

procedimentos de licenciamento ambiental das atividades e

empreendimentos que implementem planos e programas voluntários de

gestão ambiental, visando a melhoria contínua e o aprimoramento do

desempenho ambiental.

O custo de análise para a obtenção da licença ambiental deverá ser

estabelecido por dispositivo legal, visando o ressarcimento, pelo

empreendedor, das despesas realizadas pelo órgão ambiental

competente. Logo, o órgão ambiental não faz essa análise de graça!

Quem tiver curiosidade pode conferir aqui a tabela e a fórmula de

cálculo:

http://www.ibama.gov.br/licenciamento/index.php

Será facultado ao empreendedor acesso à planilha de custos

realizados pelo órgão ambiental para a análise da licença.

O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise

diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função

das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a

formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo

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máximo de 6 meses a contar do ato de protocolar o requerimento até

seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver

EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12

meses.

A contagem do prazo será suspensa durante a elaboração dos

estudos ambientais complementares ou preparação de esclarecimentos

pelo empreendedor.

Os prazos estipulados poderão ser alterados, desde que justificados

e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental

competente.

O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos e

complementações, formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro

do prazo máximo de 4 meses, a contar do recebimento da respectiva

notificação O prazo estipulado poderá ser prorrogado, desde que

justificado e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental

competente.

O não cumprimento dos prazos estipulados para o órgão ambiental

competente analisar as licenças ambientais e o prazo para o

empreendedor atender à solicitação de esclarecimentos e

complementações, respectivamente, sujeitará o licenciamento à ação do

órgão que detenha competência para atuar supletivamente e ao

arquivamento do pedido de licença do empreendedor.

O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a

apresentação de novo requerimento de licença, mediante novo

pagamento de custo de análise.

Prazos de validade das licenças

O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de

validade de cada tipo de licença, especificando-os no respectivo

documento, levando em consideração os seguintes aspectos:

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I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no

mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos,

programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não

podendo ser superior a 5 anos.

II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá

ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do

empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá

considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 anos

e, no máximo, 10 anos.

Prazos das licenças, art. 18 da Resolução Conama 237/97

Licenças: Prazo de validade:

LP - Licença Prévia 5 anos

LI - Licença de Instalação 6 anos

LO - Licença de Operação 4 a 10 anos

A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os

prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos

máximos estabelecidos.

O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de

validade específicos para a Licença de Operação (LO) de

empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades,

estejam sujeitos a encerramento ou modificação em prazos inferiores.

Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou

empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante

decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após

avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no

período de vigência anterior, respeitados os limites estabelecidos.

O § 4º do art. 18 da Resolução CONAMA 237/97 dispõe que a

renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou

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empreendimento deverá ser requerida com antecedência mínima de

120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade,

fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado

até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

Já o § 4º do artigo 14 da LC 140/11 prevê que a renovação de

licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima

de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade,

fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado

até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

Modificação, Suspensão ou Cancelamento de Licença

O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá

modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação,

suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou

normas legais;

II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes

que subsidiaram a expedição da licença;

III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

Os entes federados, para exercerem suas competências

licenciatórias, deverão ter implementados os Conselhos de Meio

Ambiente, com caráter deliberativo e participação social e, ainda, possuir

em seus quadros ou a sua disposição profissionais legalmente habilitados.

Audiências Públicas

De acordo com a Resolução CONAMA Nº 9 de 1987, as

audiências públicas têm por finalidade expor aos interessados o

conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo as

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dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito.

Órgão do Meio Ambiente promoverá a realização de Audiência

Pública:

Sempre que o órgão ambiental julgar necessário, ou

Quando for solicitado

o por entidade civil,

o pelo Ministério Público, ou

o por 50 ou mais cidadãos,

No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese do

Órgão ambiental não realizá-la, a licença não terá validade.

A audiência pública deverá ocorrer em local acessível aos

interessados. Em função da localização geográfica dos solicitantes e da

complexidade do tema, poderá haver mais de uma audiência pública

sobre o mesmo projeto e respectivo RIMA.

A audiência pública será dirigida pelo representante do

Órgão licenciador que, após a exposição objetiva do projeto e o seu

respectivo RIMA, abrirá as discussões com os interessados presentes.

Ao final de cada audiência pública será lavrada uma ata sucinta.

Serão anexados à ata, todos os documentos escritos e assinados que

forem entregues ao presidente dos trabalhos durante a seção. A ata da

Audiência Pública e seus anexos servirão de base, juntamente com o

RIMA, para a análise e parecer final do licenciador quanto à aprovação ou

não do projeto.

Órgãos e Entidades envolvidos no Licenciamento Ambiental

No âmbito do Licenciamento ambiental federal, são os órgãos

públicos federais (Fundação Nacional do Índio-FUNAI, da Fundação

Cultural Palmares (FCP), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

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Nacional (IPHAN) e do Ministério da Saúde) incumbidos da elaboração de

parecer sobre temas de sua competência, em processo visando à emissão

de licença ambiental, no âmbito do procedimento de licenciamento

ambiental.

De acordo com a Portaria Interministerial nº 419, de 26 de

outubro de 2011, os órgãos e entidades envolvidos no licenciamento

ambiental deverão apresentar ao IBAMA manifestação conclusiva sobre o

Estudo Ambiental exigido para o licenciamento.

I – Fundação Nacional do Índio-FUNAI – Avaliação dos impactos

provocados pela atividade ou empreendimento em terras indígenas,

bem como apreciação da adequação das propostas de medidas de

controle e de mitigação decorrentes desses impactos.

II – Fundação Cultural Palmares – Avaliação dos impactos provocados

pela atividade ou empreendimento em terra quilombola, bem como

apreciação da adequação das propostas de medidas de controle e de

mitigação decorrentes desses impactos.

III – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN

– Avaliação acerca da existência de bens acautelados identificados na

área de influência direta da atividade ou empreendimento, bem como

apreciação da adequação das propostas apresentadas para o resgate.

IV – Ministério da Saúde – Avaliação e recomendação acerca dos

impactos sobre os fatores de risco para a ocorrência de casos de

malária, no caso de atividade ou empreendimento localizado em

áreas endêmicas de malária.

A manifestação dos órgãos e entidades envolvidos deverá ser

conclusiva, apontando a existência de eventuais óbices ao

prosseguimento do processo de licenciamento e indicando as medidas ou

condicionantes consideradas necessárias para superá-los.

Atores envolvidos no processo de EIA são:

Órgão Ambiental Licenciador

Ministério Público

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Empreendedor: É o interessado, do Poder Público ou privado;

Equipe Interdisciplinar: São os consultores da empresa;

Órgão Não Governamentais (ONG’s): Grupos sociais

organizados;

População afetada: Direta ou Indiretamente;

Instituições Governamentais: Outros órgãos do governo (FUNAI,

IPHAN...);

Consultores Autônomos: Especialistas que podem ser

contratados para auxiliarem na análise do EIA e do RIMA.

Compensação Ambiental

Compensação ambiental é um instrumento previsto no art. 36 da

Lei 9.985/00, que obriga o empreendedor a apoiar a implantação e

manutenção de unidade de conservação, nos casos de

licenciamento ambiental de empreendimentos que causem

significativo impacto ambiental, com fundamento no EIA/RIMA.

Segundo o Caput do art. 36, as unidades de conservação

beneficiadas são as pertencentes ao grupo de proteção integral;

entretanto no parágrafo 3º do mesmo artigo, temos que no caso de o

empreendimento afetar uma unidade específica (mesmo que não seja de

Proteção Integral) ou sua zona de amortecimento, a unidade afetada

deverá ser uma das beneficiárias, ou seja, se uma unidade de

conservação sustentável for afetada pela atividade, também deverá ser

beneficiada com a compensação. Além disso, o licenciamento só será

concedido mediante autorização do órgão responsável pela administração

da UC atingida.

A lei estabeleceu, em seu texto original, que o montante de

recursos a ser destinado para as unidades de conservação pelo

empreendedor não poderia ser inferior a 0,5% dos custos totais de

implementação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão

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ambiental licenciador de acordo com o grau de impacto causado pelo

empreendimento.

O artigo 36, § 1o da lei 9.985/2000, ainda traz essa redação. E é

aqui que mora o perigo! Pois o Supremo Tribunal Federal declarou

a inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a meio

por cento dos custos totais previstos para a implantação do

empreendimento." (STF. ADI 3.378-DF, Relator Min. Carlos Britto.

Julgamento: 09-04-2008. DJ 20-06-2008).

Por esse motivo, eu risquei a exigência do percentual mínimo de

0,5%. Hoje não temos mais um piso! O órgão ambiental fixará o

montante de acordo com o grau de impacto causado, com

fundamento no EIA/RIMA.

Observe que a decisão do STF declarou inconstitucional

apenas o piso de 0,5%. A compensação ambiental é constitucional

e continua em vigor.

Assim, para os fins de fixação da compensação ambiental, o IBAMA

estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo prévio de impacto

ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que considerará,

exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio

ambiente. ATENÇÃO! É o IBAMA que faz o cálculo da compensação

ambiental!

Apenas para complementar o assunto, vale dizer que, de acordo

com o art. 36, § 2º da Lei 9.985/00, as unidades de conservação a

serem beneficiadas são definidas pelo órgão ambiental

licenciador, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e

ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de

novas unidades de conservação. Além disso, o Decreto 4.340/02

acrescenta que fixado em caráter final o valor da compensação, o IBAMA

definirá sua destinação, ouvindo o Instituto Chico Mendes de Conservação

da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes.

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A aplicação dos recursos da compensação ambiental nas

unidades de conservação, existentes ou a serem criadas, deve obedecer à

seguinte ordem de prioridade:

I - regularização fundiária e demarcação das terras;

II - elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo;

III - aquisição de bens e serviços necessários à implantação,

gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo

sua área de amortecimento;

IV - desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova

unidade de conservação; e

V - desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da

unidade de conservação e área de amortecimento.

Jurisprudência

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 36 E SEUS §§ 1º, 2º E

3º DA LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. CONSTITUCIONALIDADE

DA COMPENSAÇÃO DEVIDA PELA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS

DE SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL. INCONSTITUCIONALIDADE

PARCIAL DO § 1º DO ART. 36.

1. O compartilhamento-compensação ambiental de que trata o art. 36 da

Lei nº 9.985/2000 não ofende o princípio da legalidade, dado haver

sido a própria lei que previu o modo de financiamento dos gastos com as

unidades de conservação da natureza. De igual forma, não há violação

ao princípio da separação dos Poderes, por não se tratar de

delegação do Poder Legislativo para o Executivo impor deveres aos

administrados.

2. Compete ao órgão licenciador fixar o quantum da compensação,

de acordo com a compostura do impacto ambiental a ser

dimensionado no relatório - EIA/RIMA.

3. O art. 36 da Lei nº 9.985/2000 densifica o PRINCÍPIO USUÁRIO-

PAGADOR, este a significar um mecanismo de assunção partilhada da

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responsabilidade social pelos custos ambientais derivados da atividade

econômica.

4. Inexistente desrespeito ao postulado da razoabilidade.

Compensação ambiental que se revela como instrumento adequado à

defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras

gerações, não havendo outro meio eficaz para atingir essa finalidade

constitucional. Medida amplamente compensada pelos benefícios que

sempre resultam de um meio ambiente ecologicamente garantido em sua

higidez.

5. Inconstitucionalidade da expressão "não pode ser inferior a

meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do

empreendimento", no § 1º do art. 36 da Lei nº 9.985/2000. O valor da

compensação-compartilhamento é de ser fixado proporcionalmente ao

impacto ambiental, após estudo em que se assegurem o contraditório e a

ampla defesa. Prescindibilidade da fixação de percentual sobre os

custos do empreendimento.

6. Ação parcialmente procedente.

(STF: ADI 3378 DF, Relator: CARLOS BRITTO, Data de Julgamento:

08/04/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-112 Divulg. 19-06-

2008 Public. 20-06-2008)

Por fim cabe dizer que o novo Código Florestal (Lei 12.651/2012)

dispôs em seu artigo 41, § 6o, que os proprietários localizados nas zonas

de amortecimento de Unidades de Conservação de Proteção Integral são

elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da compensação prevista

no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de

recuperação e manutenção de áreas prioritárias para a gestão da

unidade.

De acordo com a Resolução do CONAMA nº 428/2010, o

licenciamento de empreendimentos de significativo impacto ambiental que

possam afetar Unidade de Conservação (UC) específica ou sua Zona de

Amortecimento (ZA), assim considerados pelo órgão ambiental

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licenciador, com fundamento em Estudo de Impacto Ambiental e

respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), só poderá ser

concedido após autorização do órgão responsável pela administração da

UC ou, no caso das Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN),

pelo órgão responsável pela sua criação.

Ainda conforme disposição da Resolução do CONAMA nº 428/2010,

caso o empreendimento de significativo impacto ambiental afete duas ou

mais UCs de domínios distintos, caberá ao órgão licenciador consolidar as

manifestações dos órgãos responsáveis pela administração das

respectivas UCs.

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Passo a passo do Licenciamento Ambiental Federal

Fonte: http://www.ibama.gov.br/perguntas-frequentes/licenciamento-

ambiental

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Estudo prévio de impacto ambiental (EIA)

x

Estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV)

O estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de

impacto de vizinhança (EIV) são instrumentos da Política Urbana,

segundo art. 4º, VI da Lei 10.257/2001.

Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou

públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio

de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de

construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público

municipal.

O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e

negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da

população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no

mínimo, das seguintes questões:

I – adensamento populacional;

II – equipamentos urbanos e comunitários;

III – uso e ocupação do solo;

IV – valorização imobiliária;

V – geração de tráfego e demanda por transporte público;

VI – ventilação e iluminação;

VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

Será dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, que

ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público

municipal, por qualquer interessado.

ATENÇÃO! A elaboração do EIV NÃO substitui a elaboração e a

aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA ou EPIA),

requeridas nos termos da legislação ambiental.

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Questões Comentadas

1 - (CESPE / UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

O licenciamento de estabelecimentos destinados a produzir

materiais nucleares deve ser feito pelos órgãos estaduais,

municipais e distritais.

Errado.

Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único

nível de competência.

"São ações administrativas da União: promover o licenciamento

ambiental de empreendimentos e atividades: destinados a pesquisar,

lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material

radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em

qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão

Nacional de Energia Nuclear (Cnen)." (Art. 7o, XIV, "g" da LC 140/2011.)

Lembrando que compete à União explorar os serviços e

instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio

estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e

reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios

nucleares e seus derivados.

Além disso, toda atividade nuclear em território nacional

somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação

do Congresso Nacional.

Outra questão importante e muito cobrada em concurso é que a

responsabilidade civil por danos nucleares independe da

existência de culpa (Responsabilidade Civil Objetiva)

Por fim, cabe recordar que as usinas que operem com reator

nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o

que não poderão ser instaladas. (Art. 225, § 6º da CF/88)

Percebam que tudo é federal. Assim fica mais fácil. Quando

aparecer na prova energia nuclear, lembrem-se de que é federal! O

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licenciamento ambiental é de competência do órgão ambiental federal. A

localização depende de lei federal. E a atividade nuclear depende de

aprovação do Congresso Nacional.

2 - (Cesgranrio - BNDES - Advogado - 2010)

No que se refere à tutela constitucional do meio ambiente e aos

princípios orientadores do Direito Ambiental, sabe-se que a

efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado é assegurada pelo Poder Público, ao exigir

licenciamento ambiental e estudo prévio de impacto ambiental

para instalação de todas as obras ou atividades potencialmente

causadoras de degradação do meio ambiente.

Errado.

Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é realizado previamente

para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades

consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de SIGNIFICATIVA

degradação do meio ambiente.

Portanto, não é qualquer, nem toda atividade, obra ou

empreendimento que será submetida ao EIA/RIMA.

Para atividades ou empreendimentos que não são potencialmente

causadores de significativa degradação do meio ambiente, o órgão

ambiental definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo

procedimento de licenciamento.

3 - (Cesgranrio - EPE - Advogado - 2010)

As atividades potencialmente poluidoras devem submeter- se a

procedimento de licenciamento ambiental conduzido pelo órgão

ambiental competente, que deve sempre exigir a realização de

Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de

Impacto Ambiental (EIA/Rima).

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Errado. Detalhe muito cobrado! EIA/RIMA é estudo realizado para o

licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades consideradas

efetiva ou potencialmente causadoras de SIGNIFICATIVA degradação

do meio ambiente.

Portanto, não é qualquer atividade. Tem que ser efetiva ou

potencialmente causadora de significativa degradação.

Para atividade ou empreendimento que não é potencialmente

causador de significativa degradação do meio ambiente o órgão ambiental

definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de

licenciamento.

4 - (CESPE / UnB - Procurador de Estado - PGE-PE - 2009)

O licenciamento ambiental, instrumento da Política Nacional do

Meio Ambiente, é procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação

e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de

recursos ambientais. Acerca da configuração jurídica do

licenciamento nos termos da Resolução nº 237/1997 do CONAMA,

é correto afirmar que

A) o licenciamento é obrigatório somente para as atividades

arroladas no anexo da Resolução nº 237/1997.

B) o licenciamento não consubstancia o exercício do poder de

polícia.

C) o licenciamento pode ser realizado por meio de uma única

licença que agregue a concepção, instalação e operação do

empreendimento.

D) os prazos máximos de vigência para as licenças prévia, de

instalação e de operação são distintos.

E) o órgão ambiental não pode, por decisão motivada, modificar

licenças já concedidas.

Gabarito D

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Prazos das licenças, art. 18 da Resolução Conama 237/97

Licenças: Prazo de validade:

LP - Licença Prévia 5 anos

LI - Licença de Instalação 6 anos

LO - Licença de Operação 4 a 10 anos

5 - (Cesgranrio - BNDES - Advogado - 2010)

No que se refere à tutela constitucional do meio ambiente e aos

princípios orientadores do Direito Ambiental, sabe-se que a

efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado é assegurada pelo Poder Público, ao exigir

licenciamento ambiental e estudo prévio de impacto ambiental

para instalação de todas as obras ou atividades potencialmente

causadoras de degradação do meio ambiente.

Errado.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é realizado previamente

para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades

consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de SIGNIFICATIVA

degradação do meio ambiente.

Portanto, não é qualquer, nem toda atividade, obra ou

empreendimento que será submetida ao EIA/RIMA.

Para atividades ou empreendimentos que não são potencialmente

causadores de significativa degradação do meio ambiente, o órgão

ambiental definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo

procedimento de licenciamento.

6 - (Cesgranrio - Petrobrás - Advogado - 2011)

No que se refere à Política Nacional do Meio Ambiente, aos seus

instrumentos deve ser apresentado, como subsídio para a análise

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da possibilidade de concessão da Licença Instalação, o Estudo

Prévio de Impacto Ambiental, quando o licenciamento ambiental

depender da elaboração desse documento.

Errado. O EIA é requisito da Licença Prévia, no caso de atividades ou

empreendimentos de significativo impacto ambiental.

Em regra temos 3 licenças: prévia (LP), de instalação (LI) e de

operação (LO).

Alguns empreendimentos possuem licenças específicas, um exemplo

é a atividade petrolífera. A Resolução CONAMA 23/1993, institui 2 licenças

prévias, a de perfuração - LPper e a de produção para pesquisa - LPpro.

Licenças Ambientais, Resolução Conama 237/97.

LP Concedida na fase preliminar do planejamento;

Aprova sua localização e concepção;

Atesta a viabilidade ambiental; e

Estabelece os requisitos básicos e condicionantes

LI Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade.

LO Autoriza operação do empreendimento ou atividade.

7 - (Cesgranrio - Petrobrás - Advogado - 2011)

Depende da elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental o

licenciamento ambiental de oleodutos e gasodutos, aos quais será

dada publicidade, por tais empreendimentos serem considerados

capazes de causar significativa degradação do meio ambiente.

Certo. A resolução do Conama 01, de 1986, traz no seu art. 2º um rol

exemplificativo de atividades de dependem de Estudo de Impacto de

Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA),

dentre elas estão oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e

emissários de esgotos sanitários.

É imprescindível a leitura das resoluções 01/86 e 237/97.

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8 - (Cesgranrio - Petrobrás - Analista Ambiental - 2008)

No licenciamento ambiental, o documento emitido pelo órgão

licenciador que determina a abrangência, os procedimentos e os

critérios para a elaboração de um determinado estudo ambiental é

denominado Termo de

A) Concessão.

B) Referência.

C) Compromisso.

D) Ajustamento de Conduta.

E) Sigilo e Confidencialidade.

Termo de referência é o instrumento orientador para a elaboração

dos estudos ambientais, como o EIA/RIMA. Contém as diretrizes, o

conteúdo e abrangência dos estudos, além dos procedimentos.

Gabarito B.

9 - (Cesgranrio - Petrobrás - Advogado - 2008)

"Licença ambiental é o ato administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente estabelece as condições, restrições e

medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo

empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,

ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos

recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente

poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar

degradação ambiental." Resolução CONAMA nº. 237/97 - Art. 1º

II

Acerca das regras relativas ao procedimento de licenciamento

ambiental previstas na Resolução CONAMA nº 237, de 19 de

dezembro de 1997, analise as afirmações a seguir.

I - A concessão de licença ambiental a empreendimentos

considerados causadores de significativa degradação do meio

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ambiente dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e

respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente

(EIA/RIMA).

Correto. EIA/RIMA é exigido nos casos de significativo impacto

ambiental

II - Compete ao CONAMA o licenciamento ambiental de

empreendimentos e atividades com significativo impacto

ambiental de âmbito nacional.

Errado. Essa é uma competência do IBAMA. O CONAMA é órgão

consultivo e deliberativo.

III - Os prazos de validade constantes das licenças prévias e de

instalação concedidas pelo órgão ambiental competente são

improrrogáveis.

Errado. A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter

os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos

máximos.

IV - As Licenças de Operação concedidas terão um prazo máximo

de validade de 5 (cinco) anos.

Errado.

Prazos das licenças (art. 18 da Resolução Conama 237/97)

Licenças: Prazo de validade:

LP - Licença Prévia 5 anos

LI - Licença de Instalação 6 anos

LO - Licença de Operação 4 a 10 anos

Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

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A) I

B) IV

C) I e III

D) I e IV

E) I, II e III

Gabarito A.

10- (Cesgranrio - Engenheiro Ambiental - SEAD Amazonas - 2005)

A Constituição Federal assegura o livre exercício de qualquer

atividade econômica, independente de autorização do Poder Público,

ressalvados os casos legalmente previstos. Assim,

empreendimentos que utilizam recursos ambientais são

submetidos à licença ambiental, a qual consiste em ato

administrativo plenamente vinculado, pelo qual o Poder Público

faculta a um empreendedor o exercício de determinada

atividade, preenchidos os requisitos exigíveis. A licença ambiental

que aprova a localização e a concepção de um empreendimento ou

atividade é denominada licença:

(A) final.

(B) prévia.

(C) intermediária.

(D) de instalação.

(E) de operação

Gabarito B

Licenças Ambientais, Art. 8º, da Resolução Conama 237/97.

LP Concedida na fase preliminar do planejamento;

Aprova sua localização e concepção;

Atesta a viabilidade ambiental; e

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Estabelece os requisitos básicos e condicionantes

LI Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade.

LO Autoriza operação do empreendimento ou atividade.

11 - (Cesgranrio - Profissional Junior Formação Engenharia

Ambiental - Petrobras Distribuidora - 1/2011)

O estudo de impacto ambiental deve abranger a área de

influência do projeto, considerando

(A) que o licenciamento deve ser feito de forma a mais

fragmentada possível.

(B) um raio de dez kilômetros tendo como centro a área do

projeto.

(C) apenas área geográfica a ser diretamente afetada pelos

impactos.

(D) a bacia hidrográfica na qual se localiza.

(E) todos os possíveis desdobramentos no território nacional

causados pelos impactos diretos na área de influência.

Gabarito D

Uma das diretrizes do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é definir

os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada

pelos impactos, denominada área de influência do projeto,

considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza.

Art. 5º, III da Resolução Conama 01/86.

12 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

março/2010)

A Resolução CONAMA 01/86, que dispõe sobre critérios básicos e

diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA),

no artigo 6º, estabeleceu as atividades técnicas mínimas que

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deverão constar no Estudo de Impacto Ambiental, dentre as quais

NÃO se inclui o(a)

(A) diagnóstico ambiental da área de influência do projeto com

completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas

interações, de modo a caracterizar a situação ambiental da área,

antes da implantação do projeto.

(B) elaboração dos programas de acompanhamento e de

monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os

fatores e os parâmetros a serem considerados.

(C) definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos,

entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento

de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.

(D) análise dos impactos ambientais do projeto e de suas

alternativas, por meio de identificação, previsão da magnitude e

interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes.

(E) elaboração do relatório de qualidade do meio ambiente e de

um cadastro técnico de atividades e instrumentos de defesa

ambiental, caso eles não existam para a região do

empreendimento.

Gabarito E

Art. 6º Resolução Conama 01/86

EIA desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas:

I

Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto

considerando:

a) o meio físico:

b) o meio biológico e os ecossistemas naturais

c) o meio socioeconômico

II Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas

alternativas.

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III Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos.

lV Programa de acompanhamento e monitoramento.

13 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

De acordo com a Resolução do Conama no 010, de 06 de dezembro

de 1990, na hipótese de dispensa do Estudo de Impacto

Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental

(EIA/Rima) para a obtenção de licença prévia de atividade de

extração mineral de jazida de emprego imediato na construção

civil, o empreendedor deverá apresentar um

(A) Relatório de Controle Ambiental.

(B) Relatório Ambiental Preliminar.

(C) Projeto Básico Ambiental.

(D) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

(E) Plano de Controle Ambiental.

Gabarito A

Segundo a Resolução do Conama 10/90, a critério do órgão

ambiental competente, o empreendimento, em função de sua natureza,

localização, porte e demais peculiaridades, poderá ser dispensado da

apresentação do EIA/RIMA.

Na hipótese da dispensa de apresentação do EIA/RIMA, o

empreendedor deverá apresentar um Relatório de Controle Ambiental-

RCA, elaborado de acordo com as diretrizes a serem estabelecidas pelo

órgão ambiental competente.

Para a obtenção da LP é exigido o EIA/RIMA ou RCA (no caso de

dispensa do EIA/RIMA). Quando for requerer a LI o empreendedor deverá

apresentar o Plano de Controle Ambiental - PCA, que conterá os projetos

executivos de minimização dos impactos ambientais.

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14 - (Cesgranrio - Analista de Pesquisa Energética Meio Ambiente /

Desenvolvimento Regional / Socioeconomia - EPE 2010)

A realização dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e a

apresentação do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)

foram regulamentadas, no nível federal, pela Resolução CONAMA

001, de 28/01/1986. Analise os tópicos abaixo, apresentados

como obrigados aos referidos estudos para fins de licenciamento,

de acordo com o artigo 2º daquela resolução.

I – Linha de transmissão de energia elétrica acima de 230 kW.

II – Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão).

III – Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte

de energia primária, acima de 10 MW.

IV – Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos,

tais como barragens para fins energéticos, acima de 10 MW.

Estão efetivamente obrigados aos Estudos de Impacto

Ambiental os tópicos

(A) I e III, apenas.

(B) I, II e III, apenas.

(C) I, III e IV, apenas.

(D) II, III e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

Gabarito E

O rol apresentado no Art. 2º Resolução Conama 01/86 é apenas

exemplificativo.

Art. 2º Resolução Conama 01/86

Dependerá de elaboração de EIA/ RIMA:

I Estradas de rodagem com 2 ou +faixas;

II Ferrovias;

III Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

IV Aeroportos;

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V Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e

emissários de esgotos sanitários;

VI Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de

230KV;

VII Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais

como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW,

de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para

navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água,

abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias,

diques;

VIII Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

IX Extração de minério, inclusive os da classe II;

X Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos

tóxicos ou perigosos;

Xl Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a

fonte de energia primária, acima de 10MW;

XII Complexos e unidades industriais (petroquímicos,

siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha,

extração e cultivo de recursos hidróbios);

XIII Distritos industriais e zonas estritamente industriais -

ZEI;

XIV Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas

acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas

significativas em termos percentuais ou de importância

do ponto de vista ambiental;

XV Projetos urbanísticos, acima de 100 ha. ou em áreas

consideradas de relevante interesse ambiental;

XVI Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados

ou produtos similares, em quantidade superior a 10

toneladas por dia. De acordo com Resolução do Conama

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11/86

XVII Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de

1000 ha ou menores, neste caso, quando se tratar de

áreas significativas em termos percentuais ou de

importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas

áreas de proteção ambiental. De acordo com Resolução do

Conama 11/86

XVIII Empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio

espeleológico nacional. De acordo com Resolução do Conama

05/87

15 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras - 2008)

NÃO corresponde a uma diretriz estabelecida pela Resolução

CONAMA no 001, de 23 de janeiro de 1986, para elaboração do

Estudo de Impacto Ambiental (EIA):

(A) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização

de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do

projeto.

(B) considerar os planos e programas governamentais, propostos e

em implantação na área de influência do projeto, e sua

compatibilidade.

(C) definir os limites da área geográfica a ser direta ou

indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de

influência do projeto.

(D) realizar o diagnóstico ambiental do meio socioeconômico antes

da implantação da atividade, comparando-o com o prognóstico dos

meios físico e biótico na fase de operação da mesma.

(E) identificar e avaliar sistematicamente os impactos

ambientais gerados nas fases de implantação e operação da

atividade.

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Gabarito D

Artigo 5º da Resolução do Conama 01/86

Diretrizes do EIA:

I Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização

de projeto, confrontando as com a hipótese de não execução do

projeto;

II Identificar e avaliar sistematicamente os impactos

ambientais gerados nas fases de implantação e operação da

atividade ;

III Definir os limites da área geográfica a ser direta ou

indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de

influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia

hidrográfica na qual se localiza;

lV Considerar os planos e programas governamentais,

propostos e em implantação na área de influência do projeto, e sua

compatibilidade.

16 - (Cesgranrio -- Engenheiro de meio ambiente Júnior -

Termoaçu - 2008)

Além da prevenção do dano ambiental, devem ser objetivos de um

Estudo Prévio de Impacto Ambiental a transparência

administrativa e a consulta aos interessados, isto é, a efetiva

participação e fiscalização da atividade administrativa pela

comunidade. O principal instrumento para obtenção destes

objetivos é a audiência pública, que está regulamentada pela

Resolução CONAMA 009/87. Qual das seguintes situações NÃO

indica uma hipótese de convocação de audiência pública?

A) Quando solicitado por entidade civil.

B) Quando solicitado pelo Ministério Público.

C) Quando solicitado pelo empreendedor do projeto.

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D) Quando solicitado por cinquenta ou mais cidadãos.

E) Quando o órgão de meio ambiente “julgar necessário”.

Gabarito C

De acordo com a Resolução CONAMA Nº 9 de 1987, as audiências

públicas têm por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto

em análise e do seu referido RIMA, dirimindo as dúvidas e recolhendo dos

presentes as críticas e sugestões a respeito.

Órgão do Meio Ambiente promoverá a realização de Audiência

Pública:

Sempre que julgar necessário, ou

Quando for solicitado

o por entidade civil,

o pelo Ministério Público, ou

o por 50 ou mais cidadãos,

No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese do

Órgão Estadual não realizá-la, a licença não terá validade.

A audiência pública deverá ocorrer em local acessível aos

interessados. Em função da localização geográfica dos solicitantes se da

complexidade do tema, poderá haver mais de uma audiência pública

sobre o mesmo projeto e respectivo RIMA.

A audiência pública será dirigida pelo representante do Órgão

licenciador que, após a exposição objetiva do projeto e o seu respectivo

RIMA, abrirá as discussões com os interessados presentes.

Ao final de cada audiência pública será lavrada uma ata sucinta.

Serão anexados à ata, todos os documentos escritos e assinados que

forem entregues ao presidente dos trabalhos durante a seção. A ata da

Audiência Pública e seus anexos servirão de base, juntamente com o

RIMA, para a análise e parecer final do licenciador quanto à aprovação ou

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não do projeto.

17 - (Cesgranrio - Advogado - EPE - 2010)

As atividades potencialmente poluidoras devem submeter- se a

procedimento de licenciamento ambiental conduzido pelo órgão

ambiental competente, que deve sempre exigir a realização de

Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de

Impacto Ambiental (EIA/Rima).

Errado. Detalhe muito cobrado! EIA/RIMA é estudo realizado para o

licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades consideradas

efetiva ou potencialmente causadoras de SIGNIFICATIVA degradação

do meio ambiente.

Portanto, não é qualquer atividade. Tem que causar significativa

degradação.

Para atividade ou empreendimento que não é potencialmente

causador de significativa degradação do meio ambiente o órgão ambiental

definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de

licenciamento.

18 - (PUC-PR - Juiz - TJ-RO - 2011)

A Lei 6.938/81 prevê expressamente o instrumento do

licenciamento ambiental estabelecendo que este deverá ser

exigido obrigatoriamente para a instalação e funcionamento de

toda e qualquer atividade econômica.

Errado. Não é toda ou qualquer atividade econômica.

Depende de licenciamento ambiental as atividades,

estabelecimentos ou empreendimentos efetiva ou potencialmente

poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação

ambiental

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19 - (Cesgranrio - Advogado - BNDES - 2010)

A aprovação de projetos habilitados a benefícios concedidos por

entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais

deve ser condicionada ao licenciamento ambiental e ao

cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos

pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Certo. Literalidade do art. 12 da Lei 6.938/81.

20 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5º - 2009)

O licenciamento ambiental é o conjunto de etapas constituintes do

procedimento administrativo que objetiva a concessão da licença

ambiental, sendo esta, portanto, uma das etapas do

licenciamento.

Certo. O licenciamento é o procedimento administrativo e a licença

ambiental é o ato administrativo.

21 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5º Região - 2009)

Para a expedição das diversas modalidades de licença ambiental

(licença prévia, licença de instalação e licença de operação), o

órgão ambiental competente não poderá estabelecer prazos de

análise diferenciados, devendo, todos eles, observar o prazo

máximo de doze meses a contar do ato de protocolar o

requerimento até seu deferimento ou indeferimento.

Errado. Em regra o prazo será de 6 meses, ressalvados os casos em que

houver EIA/RIMA ou audiência pública, que será de 12 meses.

22 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5ª Região - 2009)

A licença de instalação autoriza, após as verificações necessárias,

o início das atividades licenciada e o funcionamento de seus

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equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto

na licença prévia.

Errado. A LI autoriza a implantação. O início das atividades (operação)

depende da LO.

23 – (CESPE / UnB – Juiz federal – TRF 5ª Região - 2007)

O licenciamento ambiental é um procedimento por meio do qual o

Estado desenvolve seu poder de polícia no âmbito preventivo,

exercendo controle prévio sobre atividades potencialmente

causadoras de dano ao meio ambiente.

Certo. Exatamente. O licenciamento é exercício de poder de polícia

e aplicação do princípio da prevenção e da precaução, além de outros.

24 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5ª Região - 2006)

A autorização emitida por órgão ambiental se reveste de caráter

absoluto e imutável.

Errado. Pode haver modificação, suspensão e cancelamento da licença

ambiental.

O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá

modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação,

suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou

normas legais;

II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes

que subsidiaram a expedição da licença;

III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

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25 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – 2006)

Identificada pelo IBAMA –órgão executor da Polícia Nacional do

Meio Ambiente, a quem cabe exercer o poder de polícia ambiental-

a ocorrência de lesão à parcela de mata atlântica, é possível a

determinação de interrupção da atividade empreendida.

Certo. Com o mesmo fundamento apresentado no item anterior.

26 – (CESPE / UnB – Procurador - Procuradoria-Geral do Estado

do Piauí – 2014)

A licença ambiental é conferida por prazo determinado ou

indeterminado, submetendo-se, no primeiro caso, à possibilidade

de renovação.

Errado. A licença ambiental terá prazo determinado.

Consoante art. 18 da Resolução CONAMA 237/97, o órgão ambiental

competente estabelecerá os prazos de validade de cada tipo de licença,

especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os

seguintes aspectos:

I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o

estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e

projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser

superior a 5 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no

mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do

empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar

os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e,

no máximo, 10 (dez) anos.

27 – (CESPE / UnB – Ministério Público/AM – 2007)

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O licenciamento de estabelecimentos destinados a produzir

materiais nucleares deve ser feito pelos órgãos estaduais,

municipais e distritais.

Errado. É competência do órgão federal!

28 – (CESPE / UnB – Procurador Federal-AGU – 2006)

A exigência pela administração pública de realização de estudos

de impacto ambiental para o licenciamento de atividades

potencialmente poluidoras configura exercício de poder de polícia.

Certo. Já comentamos item similar. Fiscalização, licenciamento

ambiental, aplicação de sanções administrativas são exemplos de

exercício do poder de polícia.

29 - (CESPE / UnB - Analista de Infraestrutura - ÁREA I - MPOG–

2012)

As obras dos empreendimentos que vierem a afetar o meio

ambiente somente poderão ser iniciadas após a obtenção da

licença de operação pelo responsável.

Errado. Obras serão iniciadas pós a Licença de Instalação (LI).

30 - (Cesgranrio - Analista Ambiental Júnior – Biologia –

Petrobras – 2012)

O licenciamento ambiental é um instrumento fundamental na

busca do desenvolvimento sustentável. Sua contribuição é direta e

visa a encontrar o convívio equilibrado entre a ação econômica do

homem e o meio ambiente onde ele se insere. Através do

licenciamento, busca-se a compatibilidade do desenvolvimento

econômico e da livre iniciativa com o meio ambiente, dentro de

sua capacidade de regeneração e permanência. O processo de

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licenciamento ambiental possui três etapas distintas:

licenciamento prévio, licenciamento de instalação e licenciamento

de operação.

A licença prévia

(A) autoriza o início da obra ou a instalação do empreendimento;

nos empreendimentos que impliquem desmatamento, a licença

depende também de autorização de supressão de vegetação.

(B) deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em

operação, pois é essa licença que autoriza o início do

funcionamento da obra/empreendimento.

(C) deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação,

da alteração ou da ampliação do empreendimento.

(D) tem sua concessão condicionada à vistoria, que verifica se

todas as exigências e os detalhes técnicos do projeto aprovado

foram desenvolvidos e atendidos.

(E) tem prazo de validade estabelecido, não podendo esse prazo

ser inferior a 4 (quatro) anos ou superior a 10 (dez) anos.

Gabarito C

A – Errado. A LP é concedida na fase preliminar do empreendimento.

Não autoriza instalação, pois essa é uma prerrogativa da LI.

B – Errado. A licença que autoriza o início do funcionamento da

obra/empreendimento é a LO.

C – Certo. A LP deve ser solicitada na fase de planejamento/preliminar

da atividade ou empreendimento.

D – Errado. Não há essa condição.

E – Errado. Esse é o prazo de validade da LO (de 4 – 10 anos). A LP tem

prazo de validade de 5 anos. A LI tem prazo de 6 anos.

31 - (Cesgranrio - Engenheiro(A) de Meio Ambiente Júnior–

Petrobras – 2012)

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O processo de licenciamento ambiental de empreendimentos,

dependendo de seu porte e impactos causados ao meio ambiente,

exigirá a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e

respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima), a serem

submetidos à aprovação do órgão ambiental competente.

De acordo com a Resolução Conama no 01, de 23 de janeiro de

1986, o Rima deverá apresentar, em seu conteúdo, alguns

aspectos, EXCETO a(o)

(A) recomendação quanto à alternativa mais favorável

(B) descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e

locacionais

(C) caracterização da qualidade ambiental futura da área de

influência

(D) síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais

da área de influência do projeto

(E) projeto executivo de minimização dos impactos ambientais

Gabarito E

Artigo 9º da Resolução Conama 01/86:

O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudo

de impacto ambiental e conterá, no mínimo:

I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade

com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;

II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais,

especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a

área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de

energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes,

emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem

gerados; (Alternativa B)

III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da

área de influência do projeto; (Alternativa D)

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IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e

operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os

horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos,

técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e

interpretação;

V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência,

comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas

alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;

(Alternativa C)

VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em

relação aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam

ser evitados, e o grau de alteração esperado;

VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e

comentários de ordem geral). (Alternativa A)

32 - (Cesgranrio –Profissional Básico - Formação de Engenharia –

BNDES - 2011)

A Resolução do Conama nº 237, de 19 de dezembro de 1997, foi

um marco na regulamentação do processo de licenciamento

ambiental no Brasil. Ela estabelece a competência da União, dos

Estados e dos Municípios, lista as atividades sujeitas ao

licenciamento e aborda os estudos ambientais. No processo de

licenciamento ambiental, essa Resolução dispõe que

(A) o prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá

considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo,

4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

(B) o licenciamento ambiental de atividades com significativo

impacto ambiental de âmbito regional, que utilizem energia

nuclear, é da competência dos órgãos ambientais estaduais.

(C) os empreendimentos e as atividades devem ser licenciados em

três níveis de competência: federal, estadual e municipal.

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(D) os processos de licenciamento que sofreram arquivamento

podem ser objeto de apresentação de novo requerimento de

licença, após o período de 12 meses, mediante novo pagamento

de custo de análise.

(E) a Licença Prévia (LP) autoriza a instalação do

empreendimento ou atividade de acordo com as especificações

constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo

as medidas de controle ambiental.

Gabarito A

A – Certo. Art. 18 da Resolução CONAMA 237/97

O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de

cada tipo de licença, especificando-os no respectivo documento, levando

em consideração os seguintes aspectos:

I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o

estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e

projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser

superior a 5 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no

mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do

empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar

os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e,

no máximo, 10 (dez) anos.

B – Errado. Energia nuclear é competência federal.

C – Errado. O licenciamento é feito em um único nível de competência.

D – Errado. O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá

a apresentação de novo requerimento de licença, mediante novo

pagamento de custo de análise. A Resolução CONAMA 237/97 não

estabelece um período para novo requerimento de licenciamento.

E – Errado. LP não autoriza instalação, quem faz isso é a LI.

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33 – (CESPE / UnB – Analista de Infraestrutura – MPOG – 2012)

A licença ambiental é o ato administrativo por meio do qual o

órgão ambiental competente, considerando as disposições legais e

regulamentares e as normas técnicas aplicáveis a cada caso,

licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais,

que são consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Errado. Questão muito maldosa! Começou certo, pois, de fato, licença

ambiental é um ato administrativo. No entanto, é por intermédio do

licenciamento ambiental, o procedimento administrativo, que o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a

operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos

ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Art. 1º da Resolução Conama 237/97

Licenciamento Ambiental

Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente

licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob

qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Licença Ambiental

Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece

as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão

ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para

localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades

utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou

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potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam

causar degradação ambiental.

34 - (CESPE / UnB – Procurador - Procuradoria-Geral do Estado do

Piauí – 2014)

A licença ambiental possui natureza jurídica de licença, de forma

que, depois de concedida, não pode ser revista pela

administração.

Errado. De acordo com o art. 19 da Resolução CONAMA 237/97, temos

que o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá

modificar os condicionantes e as medidas de controle

e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando

ocorrer:

I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas

legais.

II - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que

subsidiaram a expedição da licença.

III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

35 – (CESPE / UnB – Exame da Ordem - OAB - 2008.3) Quanto ao

licenciamento ambiental, uma das modalidades de licença

ambiental é a licença de operação, que é concedida após a

apresentação dos documentos referentes a determinado

empreendimento e de seu projeto de implementação e antes da

licença de instalação.

Errado. 1º LP. A LO é posterior a LI.

36 - (FGV-2011-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-IV)

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Assinale a alternativa correta quanto ao licenciamento ambiental

e ao acesso aos dados e informações existentes nos órgãos e

entidades integrantes do SISNAMA.

(a) caso a área que sofrerá o impacto ambiental seja considerada

estratégica para o zoneamento industrial nacional de petróleo e

gás e em áreas do pré-sal, o órgão ambiental poderá elaborar

estudo prévio de impacto ambiental sigiloso.

(b) um cidadão brasileiro pode solicitar informações sobre a

qualidade do meio ambiente em um município aos órgãos

integrantes do SISNAMA, mediante a apresentação de título de

eleitor e comprovação de domicílio eleitoral no local.

(c) a exigência de estudo prévio de impacto ambiental para

aterros sanitários depende de decisão discricionária do órgão

ambiental, que avaliará no caso concreto o potencial ofensivo da

obra.

(d) uma pessoa jurídica com sede na França poderá solicitar, aos

órgãos integrantes do SISNAMA, mediante requerimento escrito,

mesmo sem comprovação de interesse específico, informações

sobre resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de

controle de poluição e de atividades potencialmente poluidoras

das empresas brasileiras.

Gabarito: Letra D.

A – Errado. De acordo com o art. 225, § 1º, IV, da CF/88, incumbe ao

Poder Público exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade

potencialmente causadora de significativa degradação do meio

ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará

publicidade.

Conforme dispõe o artigo 11, da Resolução CONAMA 1/86,

respeitado o sigilo industrial, assim solicitando e demonstrando pelo

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interessado, o RIMA será acessível ao público e suas cópias

permanecerão à disposição dos interessados.

Além disso, o EIA/RIMA obedece o princípio da informação e

participação ao realizar, por exemplo, audiências públicas com a

população com a finalidade de expor aos interessados o conteúdo do

produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e

recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito.

B – Errado. Não há necessidade de comprovação de interesse específico

para ter acesso às informações ambientais. É exigido apenas

requerimento escrito, no qual assumirá a obrigação de não utilizar as

informações colhidas para fins comerciais, sob as penas da lei civil, penal,

de direito autoral e de propriedade industrial, assim como de citar as

fontes, caso, por qualquer meio, venha a divulgar os aludidos dados.

Também não há necessidade de se comprovar domicílio eleitoral no

local, muito menos apresentar título de eleitor.

Cabe ainda frisar que é um instrumento da Política Nacional do Meio

Ambiente (PNMA), conforme o artigo 9º, XI, da Lei 6.9838/81, a garantia

da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o

Poder Público a produzi-las, quando inexistentes.

C – Errado. O artigo 225, § 1º, IV da CF/88 dispõe sobre uma obrigação

(um dever) do Poder Público. Além disso, de acordo com o artigo 2º, X,

da Resolução CONAMA 1/86, dependerá de elaboração de estudo de

impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, o

licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como

aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou

perigosos.

D – Certo. Qualquer indivíduo (inclusive estrangeiro),

independentemente da comprovação de interesse específico, terá

acesso às informações ambientais, mediante requerimento escrito.

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37 - (FGV-2012-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-VII)

Um shopping center, que possui cerca de 250 lojas e

estacionamento para dois mil veículos, foi construído há doze

anos sobre um antigo aterro sanitário e, desde sua inauguração,

sofre com a decomposição de material orgânico do subsolo,

havendo emissão diária de gás metano, em níveis considerados

perigosos à saúde humana, podendo causar explosões. Em razão

do caso exposto, assinale a alternativa correta:

a) como o shopping foi construído há mais de cinco anos, a

obrigação de elaborar estudo prévio de impacto ambiental e de se

submeter a licenciamento já prescreveu. Assim o empreendimento

poderá continuar funcionando.

b) a licença de operação ambiental tem prazo de validade de dez

anos. Logo o shopping já cumpriu com suas obrigações referentes

ao licenciamento e ao estudo prévio de impacto ambiental, e

poderá continuar com suas atividades regularmente.

c) a decomposição de material orgânico continua ocorrendo, e é

considerada perigosa à saúde humana e ao meio ambiente. Logo,

o shopping center em questão poderá ser obrigado pelo órgão

ambiental competente a adotar medidas para promover a

dispersão do gás metano, de forma a minimizar ou anular os

riscos ambientais, mesmo que já possua licença de operação

válida.

d) caso o shopping center possua licença de operação válida, não

poderá ser obrigado pelo órgão ambiental competente, no caso

exposto, a adotar novas medidas para a dispersão do gás metano.

Apenas no momento da renovação de sua licença de operação

poderá ser obrigado a adquirir novo equipamento para tal fim.

Gabarito: Letra C.

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Prazos das licenças, art. 18 da Resolução Conama 237/97

Licenças: Prazo de validade:

LP - Licença Prévia 5 anos

LI - Licença de Instalação 6 anos

LO - Licença de Operação 4 a 10 anos

O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá

modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação,

suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

I - violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou

normas legais;

II - omissão ou falsa descrição de informações relevantes

que subsidiaram a expedição da licença;

III - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

Mesmo com a licença ambiental válida, se ocorrer, por exemplo,

superveniência de graves riscos ambientais e à saúde, o órgão ambiental

poderá exigir medidas de controle e adequação.

38 - (FGV-2013-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XI)

Em determinado estado da federação é proposta emenda à

constituição, no sentido de submeter todos os relatório de

impacto ambiental à comissão permanente da assembleia

legislativa.

Com relação ao caso proposto, assinale a afirmativa correta.

a) os relatórios e os estudos de impacto ambiental são realizados

exclusivamente pela união, de modo que a assembleia legislativa

não é competente para analisar os relatórios.

b) a análise e a aprovação de atividade potencialmente causadora

de risco ambiental são consubstanciadas no poder de polícia, não

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sendo possível a análise do relatório de impacto ambiental pelo

poder legislativo.

c) a emenda é constitucional, desde que de iniciativa parlamentar,

uma vez que incumbe ao poder legislativo a direção superior da

administração pública, incluindo a análise e a aprovação de

atividades potencialmente poluidoras.

d) a emenda é constitucional, desde que seja de iniciativa do

governador do estado, que detém competência privativa para

iniciativa de emendas sobre organização administrativa,

judiciária, tributária e ambiental do estado.

Gabarito: Letra B.

Alternativas A, C e D estão incorretas, pois o licenciamento ambiental é

típica atividade administrativa (poder de polícia), de competência

própria do Poder Executivo, podendo ser realizados não só no âmbito

da União, como também dos Estados, DF e Municípios, de acordo com

a repartição de competências, previstas na LC 140/11.

A Assembleia Legislativa não pode querer fazer típica atividade

administrativa, apreciando relatórios de impacto ambiental, sob pena de

violação ao princípio da independência dos poderes, o que é uma indevida

interferência.

39 - (FGV-2014-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XIV)

Kellen, empreendedora individual, obtém, junto ao órgão

municipal, licença de instalação de uma fábrica de calçados.

A respeito da hipótese formulada, assinale a afirmativa correta.

a) a licença não é válida, uma vez que os municípios têm

competência para a análise de estudos de impacto ambiental, mas

não para a concessão de licença ambiental.

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b) com a licença de instalação obtida, a fábrica de calçados poderá

iniciar suas atividades de produção, gerando direito adquirido pelo

prazo mencionado na licença expedida pelo município.

c) a licença é válida, porém não há impedimento que um estado e

a união expeçam licenças relativas ao mesmo empreendimento,

caso entendam que haja impacto de âmbito regional e nacional,

respectivamente.

d) para o início da produção de calçados, é imprescindível a

obtenção de licença de operação, sendo concedida após a

verificação do cumprimento dos requisitos previstos nas licenças

anteriores.

Gabarito: Letra D.

A – Errado. O licenciamento pode ser realizado pelos órgãos Federais,

Estaduais, Municipais, e do Distrito Federal. A repartição de competências

está prevista na LC 140/11. Lembrem-se sempre de que proteger o meio

ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas é uma

competência administrativa comum, conforme artigo 23, VI, da CF/88.

B – Errado. Não há direito adquirido contra o meio ambiente. Ademais, a

licença de instalação não permite o início das atividades da empresa. O

início das atividades (operação) só é permitido com a LO (Licença de

Operação).

C – Errado. Conforme dispõe o art. 13, da LC 140/11, os

empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados,

ambientalmente, por um único ente federativo.

D – Certo. Artigo 8º, da Resolução Conama 237/97:

O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as

seguintes licenças:

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I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do

empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção,

atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e

condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua

implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento

ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos,

programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle

ambiental e demais condicionantes da qual constituem motivo

determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou

empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que

consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e

condicionantes determinados para a operação.

Licenças Ambientais, Resolução Conama 237/97.

LP Concedida na fase preliminar do planejamento;

Aprova sua localização e concepção;

Atesta a viabilidade ambiental; e

Estabelece os requisitos básicos e condicionantes

LI Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade.

LO Autoriza operação do empreendimento ou atividade.

40 - (FGV-2015-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XVI)

Miguel, empreendedor particular, tem interesse em dar início à

construção de edifício comercial em área urbana de uma grande

metrópole. Nesse sentido, consulta seu advogado e indaga sobre

quais são as exigências legais para o empreendimento.

Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) não é necessária a realização de estudo de impacto ambiental,

por ser área urbana, ou estudo de impacto de vizinhança, uma vez

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que não foi editada até hoje lei complementar exigida pela

constituição para disciplinar a matéria.

b) é necessário o estudo prévio de impacto ambiental, anterior ao

licenciamento ambiental, a ser efetivado pelo município, em razão

de o potencial impacto ser de âmbito local.

c) é necessária a realização de estudo de impacto de vizinhança,

desde que o empreendimento esteja compreendido no rol de

atividades estabelecidas em lei municipal.

d) é necessária a realização de estudo de impacto ambiental, o

qual não será precedido necessariamente por licenciamento

ambiental, uma vez que a atividade não potencialmente causadora

de impacto ambiental.

Gabarito: Letra C.

De acordo com o artigo 36 do Estatuto da Cidade, Lei Federal nº

10.257/2001, lei municipal definirá os empreendimentos e

atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de

elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter

as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a

cargo do Poder Público municipal.

Mais uma vez ressalto que estudo prévio de impacto ambiental só será

exigido no caso de significativo impacto ambiental.

41 - (FGV-2015-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XVIII)

Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para

obter informações sobre as exigências ambientais que possam

incidir em seus projetos, especialmente no que tange à

apresentação e aprovação de estudo prévio de impacto ambiental

e seu respectivo relatório (EIA/RIMA). Considerando a disciplina

do EIA/RIMA pelo ordenamento jurídico, assinale a afirmativa

correta.

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a) o EIA/RIMA é um estudo simplificado, integrante do

licenciamento ambiental, destinado a avaliar os impactos ao meio

ambiente natural, não abordando impactos aos meios artificial e

cultural, pois esses componentes, segundo pacífico entendimento

doutrinário e jurisprudencial, não integram o conceito de “meio

ambiente”.

b) o EIA/RIMA é exigido em todas as atividades e

empreendimentos que possam causar impactos ambientais,

devendo ser aprovado previamente à concessão da denominada

licença ambiental prévia.

c) o EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as licenças ambientais

prévia e de instalação, tem a sua metodologia e o seu conteúdo

regrados exclusivamente por resoluções do conselho nacional do

meio ambiente (CONAMA), podendo a entidade / o órgão

ambiental licenciador dispensá-lo segundo critérios discricionários

e independentemente de fundamentação, ainda que a atividade

esteja prevista em resolução CONAMA como passível de

EIA/RIMA.

d) o EIA-RIMA é um instrumento de avaliação de impactos

ambientais, de natureza preventiva, exigido para

atividades/empreendimentos não só efetiva como potencialmente

capazes de causar significativa degradação, sendo certo que a sua

publicidade é uma imposição constitucional (CRFB/1988).

Gabarito: Letra D.

A – Errado. O EIA é um estudo extremamente complexo utilizado para

avaliar os impactos ambientais significativos.

Além disso, diferente do que afirma a alternativa, os conceitos de meio

ambiente artificial e cultural integram sim o conceito de meio ambiente.

Havendo uma divisão didática em meio ambiente natural, artificial,

cultural e do trabalho.

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B – Errado. Conforme já dissemos repetidas vezes o EIA/RIMA não é

exigido em todas ou quaisquer -atividades e empreendimentos que

possam causar impactos ambientais, mas somente será exigido para

empreendimentos que possam causar significativa degradação ambiental.

C – Errado. O EIA/RIMA não está exclusivamente disciplinado por

Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), mas

também possui previsão constitucional e legal, conforme consta no artigo

225, § 1º IV da CF; artigo 8º, II, da Lei 6938/81 e LC 140/11. Ademais, o

EIA não é aprovado entre as Licenças Ambientais Prévia e de Instalação,

mas sim antes da licença prévia. Lembrando que temos 3 licenças no

licenciamento ambiental ordinário: LP (Licença Prévia), LI (Licença de

Instalação) e LO (Licença de Operação).

D – Certo. Consoante dispõe o artigo 225, §1º, IV, da CF/88.

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para

as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder

Público:

IV- exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade

potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,

estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade.”

41 - (FGV-2011-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-III)

O estudo de impacto de vizinhança – EIV é uma espécie do gênero

avaliação de impacto ambiental e está disciplinado no Estatuto da

Cidade, que estabelece e enumera os instrumentos da política de

desenvolvimento urbano, de acordo com seus arts. 4º e 36 a 38.

a esse respeito, assinale a alternativa correta.

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(a) as atividades de relevante e significativo impacto ambiental

que atingem mais de um município são precedidas de estudo de

impacto de vizinhança.

(b) o estudo de impacto de vizinhança só pode ser exigido em

área rural pelo órgão ambiental municipal.

(c)a avaliação de impacto ambiental é exigida para analisar o

adensamento populacional e a geração de tráfego e demanda por

transporte público advindos da edificação de um prédio.

(d) a elaboração de estudo de impacto de vizinhança não substitui

a elaboração de estudo prévio de impacto ambiental, requerida

nos termos da legislação ambiental.

Gabarito: Letra D.

O estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de

impacto de vizinhança (EIV) são instrumentos da Política Urbana,

segundo art. 4º, VI da Lei 10.257/2001.

Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades

privados ou públicos em área urbana que dependerão de

elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para

obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou

funcionamento a cargo do Poder Público municipal.

O estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) será

executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do

empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população

residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo,

das seguintes questões:

I – adensamento populacional;

II – equipamentos urbanos e comunitários;

III – uso e ocupação do solo;

IV – valorização imobiliária;

V – geração de tráfego e demanda por transporte público;

VI – ventilação e iluminação;

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VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

Será dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, que

ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público

municipal, por qualquer interessado.

ATENÇÃO! A elaboração do EIV NÃO substitui a elaboração e a

aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA ou EPIA),

requeridas nos termos da legislação ambiental.

Lembrando que o EIA (estudo prévio de impacto ambiental) é

exigido nos casos de atividades/empreendimentos que causem ou possam

vir a causar significativo impacto ambiental.

43 - (FGV – X EXAME UNIFICADO – OAB - 28 / 04 /2013)

Na perspectiva da tutela do direito difuso ao meio ambiente, o

ordenamento constitucional exigiu o estudo de impacto ambiental

para instalação e desenvolvimento de certas atividades. Nessa

perspectiva, o estudo prévio de impacto ambiental está

concretizado no princípio

A) da precaução.

B) da prevenção.

C) da vedação ao retrocesso.

D) do poluidor-pagador.

Gabarito: Letra B.

Já resolvemos esta questão na aula sobre Princípios, mas apresento ela

novamente por ser um importante posicionamento da Banca FGV,

afirmando que o estudo prévio de impacto ambiental está concretizado no

princípio da prevenção. Cabe dizer, novamente, que para outras bancas

tanto o princípio da prevenção quanto o da precaução seriam observados

no licenciamento ambiental, a depender do caso concreto.

44 - (FGV – Exame de Ordem – OAB – 2012)

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Uma empresa de telefonia celular deseja instalar uma antena

próxima a uma floresta localizada no município de Cantinho Feliz.

A antena produzirá uma quantidade significativa de energia

eletromagnética. Com base no exposto, assinale a alternativa

correta.

a) Como a energia é incolor e inodora, e é praticamente

imperceptível a olho nu, não pode ser considerada potencialmente

poluente. Logo, o Poder Público não pode exigir licenciamento e

estudo prévio de impacto ambiental à empresa de telefonia,

porque não há como comprovar o risco de impacto ambiental.

b) Como não há certeza científica sobre a existência de riscos

ambientais causados pela poluição eletromagnética, o princípio da

prevenção deve ser invocado, e a empresa de telefonia deverá

solicitar ao Município de Cantinho Feliz que faça o licenciamento e

que elabore o estudo prévio de impacto ambiental.

c) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é visto

pelos tribunais superiores como um direito fundamental e possui

viés antropocêntrico. Logo, se a área não for habitada por seres

humanos, o Poder Público não poderá exigir licenciamento e

estudo prévio de impacto ambiental.

d) Caso haja licenciamento e estudo prévio de impacto ambiental

para avaliar a possível instalação da antena, o órgão competente

não estará necessariamente obrigado a marcar a audiência

pública. Entretanto, ela pode ser requerida por abaixo-assinado

subscrito por, no mínimo, 50 cidadãos, por entidade civil ou pelo

Ministério Público.

Gabarito: Letra D.

Conforme artigo 2º, da Resolução CONAMA 9/87, o Órgão de Meio

Ambiente promoverá a realização de audiência pública sempre que julgar

necessário, ou quando for solicitado por entidade civil, pelo Ministério

Público, ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos.

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Órgão do Meio Ambiente promoverá a realização de Audiência

Pública:

Sempre que o órgão ambiental julgar necessário, ou

Quando for solicitado

o por entidade civil,

o pelo Ministério Público, ou

o por 50 ou mais cidadãos,

Quando não há certeza sobre a existência de riscos ambientais o princípio

aplicado é o da Precaução. Prevenção é princípio aplicado no caso de

certeza científica, de dano certo, conhecido, concreto.

No caso das ondas eletromagnéticas transmitidas por esses equipamentos

há sim possibilidade de ocorrer riscos potenciais à saúde e ao meio

ambiente, pela própria nocividade das emissões, bem assim pela

possibilidade de essas emissões se darem em níveis acima dos limites

recomendados cientificamente, ou de virem algum dos equipamentos

apresentar defeitos, passando a emitir radiofrequências em intensidade

capaz de afetar o homem. Toda a infraestrutura das antenas pode

modificar a paisagem, gerar ruídos, além de expor o meio ambiente e a

população, à uma irradiação de ondas eletromagnéticas que não possui

segurança plenamente comprovada pela ciência. Por isso, no caso, por

haver dúvida, o princípio da precaução deveria ser aplicado.

Gabarito

1E 2E 3E 4D 5E 6E 7C 8B 9A 10B

11D 12E 13A 14E 15D 16C 17E 18E 19C 20C

21E 22E 23C 24E 25C 26E 27E 28C 29C 30C

31E 32A 33E 34E 35E 36D 37C 38B 39D 40C

41D 42D 43B 44D

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Lista de questões que foram comentadas

1 - (CESPE / UnB - Promotor de Justiça - MPE-AM - 2007)

O licenciamento de estabelecimentos destinados a produzir

materiais nucleares deve ser feito pelos órgãos estaduais,

municipais e distritais.

2 - (Cesgranrio - BNDES - Advogado - 2010)

No que se refere à tutela constitucional do meio ambiente e aos

princípios orientadores do Direito Ambiental, sabe-se que a

efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado é assegurada pelo Poder Público, ao exigir

licenciamento ambiental e estudo prévio de impacto ambiental

para instalação de todas as obras ou atividades potencialmente

causadoras de degradação do meio ambiente.

3 - (Cesgranrio - EPE - Advogado - 2010)

As atividades potencialmente poluidoras devem submeter- se a

procedimento de licenciamento ambiental conduzido pelo órgão

ambiental competente, que deve sempre exigir a realização de

Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de

Impacto Ambiental (EIA/Rima).

4 - (CESPE / UnB - Procurador de Estado - PGE-PE - 2009)

O licenciamento ambiental, instrumento da Política Nacional do

Meio Ambiente, é procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação

e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de

recursos ambientais. Acerca da configuração jurídica do

licenciamento nos termos da Resolução nº 237/1997 do CONAMA,

é correto afirmar que

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A) o licenciamento é obrigatório somente para as atividades

arroladas no anexo da Resolução nº 237/1997.

B) o licenciamento não consubstancia o exercício do poder de

polícia.

C) o licenciamento pode ser realizado por meio de uma única

licença que agregue a concepção, instalação e operação do

empreendimento.

D) os prazos máximos de vigência para as licenças prévia, de

instalação e de operação são distintos.

E) o órgão ambiental não pode, por decisão motivada, modificar

licenças já concedidas.

5 - (Cesgranrio - BNDES - Advogado - 2010)

No que se refere à tutela constitucional do meio ambiente e aos

princípios orientadores do Direito Ambiental, sabe-se que a

efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado é assegurada pelo Poder Público, ao exigir

licenciamento ambiental e estudo prévio de impacto ambiental

para instalação de todas as obras ou atividades potencialmente

causadoras de degradação do meio ambiente.

6 - (Cesgranrio - Petrobrás - Advogado - 2011)

No que se refere à Política Nacional do Meio Ambiente, aos seus

instrumentos deve ser apresentado, como subsídio para a análise

da possibilidade de concessão da Licença Instalação, o Estudo

Prévio de Impacto Ambiental, quando o licenciamento ambiental

depender da elaboração desse documento.

7 - (Cesgranrio - Petrobrás - Advogado - 2011)

Depende da elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental o

licenciamento ambiental de oleodutos e gasodutos, aos quais será

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dada publicidade, por tais empreendimentos serem considerados

capazes de causar significativa degradação do meio ambiente.

8 - (Cesgranrio - Petrobrás - Analista Ambiental - 2008)

No licenciamento ambiental, o documento emitido pelo órgão

licenciador que determina a abrangência, os procedimentos e os

critérios para a elaboração de um determinado estudo ambiental é

denominado Termo de

A) Concessão.

B) Referência.

C) Compromisso.

D) Ajustamento de Conduta.

E) Sigilo e Confidencialidade.

9 - (Cesgranrio - Petrobrás - Advogado - 2008)

"Licença ambiental é o ato administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente estabelece as condições, restrições e

medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo

empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,

ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos

recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente

poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar

degradação ambiental." Resolução CONAMA nº. 237/97 - Art. 1º

II

Acerca das regras relativas ao procedimento de licenciamento

ambiental previstas na Resolução CONAMA nº 237, de 19 de

dezembro de 1997, analise as afirmações a seguir.

I - A concessão de licença ambiental a empreendimentos

considerados causadores de significativa degradação do meio

ambiente dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e

respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente

(EIA/RIMA).

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II - Compete ao CONAMA o licenciamento ambiental de

empreendimentos e atividades com significativo impacto

ambiental de âmbito nacional.

III - Os prazos de validade constantes das licenças prévias e de

instalação concedidas pelo órgão ambiental competente são

improrrogáveis.

IV - As Licenças de Operação concedidas terão um prazo máximo

de validade de 5 (cinco) anos.

Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

A) I

B) IV

C) I e III

D) I e IV

E) I, II e III

10- (Cesgranrio - Engenheiro Ambiental - SEAD Amazonas - 2005)

A Constituição Federal assegura o livre exercício de qualquer

atividade econômica, independente de autorização do Poder Público,

ressalvados os casos legalmente previstos. Assim,

empreendimentos que utilizam recursos ambientais são

submetidos à licença ambiental, a qual consiste em ato

administrativo plenamente vinculado, pelo qual o Poder Público

faculta a um empreendedor o exercício de determinada

atividade, preenchidos os requisitos exigíveis. A licença ambiental

que aprova a localização e a concepção de um empreendimento ou

atividade é denominada licença:

(A) final.

(B) prévia.

(C) intermediária.

(D) de instalação.

(E) de operação

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11 - (Cesgranrio - Profissional Junior Formação Engenharia

Ambiental - Petrobras Distribuidora - 1/2011)

O estudo de impacto ambiental deve abranger a área de

influência do projeto, considerando

(A) que o licenciamento deve ser feito de forma a mais

fragmentada possível.

(B) um raio de dez kilômetros tendo como centro a área do

projeto.

(C) apenas área geográfica a ser diretamente afetada pelos

impactos.

(D) a bacia hidrográfica na qual se localiza.

(E) todos os possíveis desdobramentos no território nacional

causados pelos impactos diretos na área de influência.

12 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

março/2010)

A Resolução CONAMA 01/86, que dispõe sobre critérios básicos e

diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA),

no artigo 6º, estabeleceu as atividades técnicas mínimas que

deverão constar no Estudo de Impacto Ambiental, dentre as quais

NÃO se inclui o(a)

(A) diagnóstico ambiental da área de influência do projeto com

completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas

interações, de modo a caracterizar a situação ambiental da área,

antes da implantação do projeto.

(B) elaboração dos programas de acompanhamento e de

monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os

fatores e os parâmetros a serem considerados.

(C) definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos,

entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento

de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.

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(D) análise dos impactos ambientais do projeto e de suas

alternativas, por meio de identificação, previsão da magnitude e

interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes.

(E) elaboração do relatório de qualidade do meio ambiente e de

um cadastro técnico de atividades e instrumentos de defesa

ambiental, caso eles não existam para a região do

empreendimento.

13 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras -

2/2010)

De acordo com a Resolução do Conama no 010, de 06 de dezembro

de 1990, na hipótese de dispensa do Estudo de Impacto

Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental

(EIA/Rima) para a obtenção de licença prévia de atividade de

extração mineral de jazida de emprego imediato na construção

civil, o empreendedor deverá apresentar um

(A) Relatório de Controle Ambiental.

(B) Relatório Ambiental Preliminar.

(C) Projeto Básico Ambiental.

(D) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.

(E) Plano de Controle Ambiental.

14 - (Cesgranrio - Analista de Pesquisa Energética Meio Ambiente /

Desenvolvimento Regional / Socioeconomia - EPE 2010)

A realização dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e a

apresentação do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)

foram regulamentadas, no nível federal, pela Resolução CONAMA

001, de 28/01/1986. Analise os tópicos abaixo, apresentados

como obrigados aos referidos estudos para fins de licenciamento,

de acordo com o artigo 2º daquela resolução.

I – Linha de transmissão de energia elétrica acima de 230 kW.

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II – Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão).

III – Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte

de energia primária, acima de 10 MW.

IV – Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos,

tais como barragens para fins energéticos, acima de 10 MW.

Estão efetivamente obrigados aos Estudos de Impacto

Ambiental os tópicos

(A) I e III, apenas.

(B) I, II e III, apenas.

(C) I, III e IV, apenas.

(D) II, III e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

15 - (Cesgranrio - Engenheiro de Meio Ambiente - Petrobras - 2008)

NÃO corresponde a uma diretriz estabelecida pela Resolução

CONAMA no 001, de 23 de janeiro de 1986, para elaboração do

Estudo de Impacto Ambiental (EIA):

(A) contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização

de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do

projeto.

(B) considerar os planos e programas governamentais, propostos e

em implantação na área de influência do projeto, e sua

compatibilidade.

(C) definir os limites da área geográfica a ser direta ou

indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de

influência do projeto.

(D) realizar o diagnóstico ambiental do meio socioeconômico antes

da implantação da atividade, comparando-o com o prognóstico dos

meios físico e biótico na fase de operação da mesma.

(E) identificar e avaliar sistematicamente os impactos

ambientais gerados nas fases de implantação e operação da

atividade.

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16 - (Cesgranrio -- Engenheiro de meio ambiente Júnior -

Termoaçu - 2008)

Além da prevenção do dano ambiental, devem ser objetivos de um

Estudo Prévio de Impacto Ambiental a transparência

administrativa e a consulta aos interessados, isto é, a efetiva

participação e fiscalização da atividade administrativa pela

comunidade. O principal instrumento para obtenção destes

objetivos é a audiência pública, que está regulamentada pela

Resolução CONAMA 009/87. Qual das seguintes situações NÃO

indica uma hipótese de convocação de audiência pública?

A) Quando solicitado por entidade civil.

B) Quando solicitado pelo Ministério Público.

C) Quando solicitado pelo empreendedor do projeto.

D) Quando solicitado por cinquenta ou mais cidadãos.

E) Quando o órgão de meio ambiente “julgar necessário”.

17 - (Cesgranrio - Advogado - EPE - 2010)

As atividades potencialmente poluidoras devem submeter- se a

procedimento de licenciamento ambiental conduzido pelo órgão

ambiental competente, que deve sempre exigir a realização de

Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de

Impacto Ambiental (EIA/Rima).

18 - (PUC-PR - Juiz - TJ-RO - 2011)

A Lei 6.938/81 prevê expressamente o instrumento do

licenciamento ambiental estabelecendo que este deverá ser

exigido obrigatoriamente para a instalação e funcionamento de

toda e qualquer atividade econômica.

19 - (Cesgranrio - Advogado - BNDES - 2010)

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A aprovação de projetos habilitados a benefícios concedidos por

entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais

deve ser condicionada ao licenciamento ambiental e ao

cumprimento das normas, dos critérios e dos padrões expedidos

pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.

20 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5º - 2009)

O licenciamento ambiental é o conjunto de etapas constituintes do

procedimento administrativo que objetiva a concessão da licença

ambiental, sendo esta, portanto, uma das etapas do

licenciamento.

21 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5º Região - 2009)

Para a expedição das diversas modalidades de licença ambiental

(licença prévia, licença de instalação e licença de operação), o

órgão ambiental competente não poderá estabelecer prazos de

análise diferenciados, devendo, todos eles, observar o prazo

máximo de doze meses a contar do ato de protocolar o

requerimento até seu deferimento ou indeferimento.

22 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5ª Região - 2009)

A licença de instalação autoriza, após as verificações necessárias,

o início das atividades licenciada e o funcionamento de seus

equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto

na licença prévia.

23 – (CESPE / UnB – Juiz federal – TRF 5ª Região - 2007)

O licenciamento ambiental é um procedimento por meio do qual o

Estado desenvolve seu poder de polícia no âmbito preventivo,

exercendo controle prévio sobre atividades potencialmente

causadoras de dano ao meio ambiente.

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24 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – TRF 5ª Região - 2006)

A autorização emitida por órgão ambiental se reveste de caráter

absoluto e imutável.

25 – (CESPE / UnB – Juiz Federal – 2006)

Identificada pelo IBAMA –órgão executor da Polícia Nacional do

Meio Ambiente, a quem cabe exercer o poder de polícia ambiental-

a ocorrência de lesão à parcela de mata atlântica, é possível a

determinação de interrupção da atividade empreendida.

26 – (CESPE / UnB – Procurador - Procuradoria-Geral do Estado

do Piauí – 2014)

A licença ambiental é conferida por prazo determinado ou

indeterminado, submetendo-se, no primeiro caso, à possibilidade

de renovação.

27 – (CESPE / UnB – Ministério Público/AM – 2007)

O licenciamento de estabelecimentos destinados a produzir

materiais nucleares deve ser feito pelos órgãos estaduais,

municipais e distritais.

28 – (CESPE / UnB – Procurador Federal-AGU – 2006)

A exigência pela administração pública de realização de estudos

de impacto ambiental para o licenciamento de atividades

potencialmente poluidoras configura exercício de poder de polícia.

29 - (CESPE / UnB - Analista de Infraestrutura - ÁREA I - MPOG–

2012)

As obras dos empreendimentos que vierem a afetar o meio

ambiente somente poderão ser iniciadas após a obtenção da

licença de operação pelo responsável.

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30 - (Cesgranrio - Analista Ambiental Júnior – Biologia –

Petrobras – 2012)

O licenciamento ambiental é um instrumento fundamental na

busca do desenvolvimento sustentável. Sua contribuição é direta e

visa a encontrar o convívio equilibrado entre a ação econômica do

homem e o meio ambiente onde ele se insere. Através do

licenciamento, busca-se a compatibilidade do desenvolvimento

econômico e da livre iniciativa com o meio ambiente, dentro de

sua capacidade de regeneração e permanência. O processo de

licenciamento ambiental possui três etapas distintas:

licenciamento prévio, licenciamento de instalação e licenciamento

de operação.

A licença prévia

(A) autoriza o início da obra ou a instalação do empreendimento;

nos empreendimentos que impliquem desmatamento, a licença

depende também de autorização de supressão de vegetação.

(B) deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em

operação, pois é essa licença que autoriza o início do

funcionamento da obra/empreendimento.

(C) deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação,

da alteração ou da ampliação do empreendimento.

(D) tem sua concessão condicionada à vistoria, que verifica se

todas as exigências e os detalhes técnicos do projeto aprovado

foram desenvolvidos e atendidos.

(E) tem prazo de validade estabelecido, não podendo esse prazo

ser inferior a 4 (quatro) anos ou superior a 10 (dez) anos.

31 - (Cesgranrio - Engenheiro(A) de Meio Ambiente Júnior–

Petrobras – 2012)

O processo de licenciamento ambiental de empreendimentos,

dependendo de seu porte e impactos causados ao meio ambiente,

exigirá a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e

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respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima), a serem

submetidos à aprovação do órgão ambiental competente.

De acordo com a Resolução Conama no 01, de 23 de janeiro de

1986, o Rima deverá apresentar, em seu conteúdo, alguns

aspectos, EXCETO a(o)

(A) recomendação quanto à alternativa mais favorável

(B) descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e

locacionais

(C) caracterização da qualidade ambiental futura da área de

influência

(D) síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais

da área de influência do projeto

(E) projeto executivo de minimização dos impactos ambientais

32 - (Cesgranrio –Profissional Básico - Formação de Engenharia –

BNDES - 2011)

A Resolução do Conama nº 237, de 19 de dezembro de 1997, foi

um marco na regulamentação do processo de licenciamento

ambiental no Brasil. Ela estabelece a competência da União, dos

Estados e dos Municípios, lista as atividades sujeitas ao

licenciamento e aborda os estudos ambientais. No processo de

licenciamento ambiental, essa Resolução dispõe que

(A) o prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá

considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo,

4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

(B) o licenciamento ambiental de atividades com significativo

impacto ambiental de âmbito regional, que utilizem energia

nuclear, é da competência dos órgãos ambientais estaduais.

(C) os empreendimentos e as atividades devem ser licenciados em

três níveis de competência: federal, estadual e municipal.

(D) os processos de licenciamento que sofreram arquivamento

podem ser objeto de apresentação de novo requerimento de

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licença, após o período de 12 meses, mediante novo pagamento

de custo de análise.

(E) a Licença Prévia (LP) autoriza a instalação do

empreendimento ou atividade de acordo com as especificações

constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo

as medidas de controle ambiental.

33 – (CESPE / UnB – Analista de Infraestrutura – MPOG – 2012)

A licença ambiental é o ato administrativo por meio do qual o

órgão ambiental competente, considerando as disposições legais e

regulamentares e as normas técnicas aplicáveis a cada caso,

licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais,

que são consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou

que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

34 - (CESPE / UnB – Procurador - Procuradoria-Geral do Estado do

Piauí – 2014)

A licença ambiental possui natureza jurídica de licença, de forma

que, depois de concedida, não pode ser revista pela

administração.

35 – (CESPE / UnB – Exame da Ordem - OAB - 2008.3) Quanto ao

licenciamento ambiental, uma das modalidades de licença

ambiental é a licença de operação, que é concedida após a

apresentação dos documentos referentes a determinado

empreendimento e de seu projeto de implementação e antes da

licença de instalação.

36 - (FGV-2011-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-IV)

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Assinale a alternativa correta quanto ao licenciamento ambiental

e ao acesso aos dados e informações existentes nos órgãos e

entidades integrantes do SISNAMA.

(a) caso a área que sofrerá o impacto ambiental seja considerada

estratégica para o zoneamento industrial nacional de petróleo e

gás e em áreas do pré-sal, o órgão ambiental poderá elaborar

estudo prévio de impacto ambiental sigiloso.

(b) um cidadão brasileiro pode solicitar informações sobre a

qualidade do meio ambiente em um município aos órgãos

integrantes do SISNAMA, mediante a apresentação de título de

eleitor e comprovação de domicílio eleitoral no local.

(c) a exigência de estudo prévio de impacto ambiental para

aterros sanitários depende de decisão discricionária do órgão

ambiental, que avaliará no caso concreto o potencial ofensivo da

obra.

(d) uma pessoa jurídica com sede na França poderá solicitar, aos

órgãos integrantes do SISNAMA, mediante requerimento escrito,

mesmo sem comprovação de interesse específico, informações

sobre resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de

controle de poluição e de atividades potencialmente poluidoras

das empresas brasileiras.

37 - (FGV-2012-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-VII)

Um shopping center, que possui cerca de 250 lojas e

estacionamento para dois mil veículos, foi construído há doze

anos sobre um antigo aterro sanitário e, desde sua inauguração,

sofre com a decomposição de material orgânico do subsolo,

havendo emissão diária de gás metano, em níveis considerados

perigosos à saúde humana, podendo causar explosões. Em razão

do caso exposto, assinale a alternativa correta:

a) como o shopping foi construído há mais de cinco anos, a

obrigação de elaborar estudo prévio de impacto ambiental e de se

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submeter a licenciamento já prescreveu. Assim o empreendimento

poderá continuar funcionando.

b) a licença de operação ambiental tem prazo de validade de dez

anos. Logo o shopping já cumpriu com suas obrigações referentes

ao licenciamento e ao estudo prévio de impacto ambiental, e

poderá continuar com suas atividades regularmente.

c) a decomposição de material orgânico continua ocorrendo, e é

considerada perigosa à saúde humana e ao meio ambiente. Logo,

o shopping center em questão poderá ser obrigado pelo órgão

ambiental competente a adotar medidas para promover a

dispersão do gás metano, de forma a minimizar ou anular os

riscos ambientais, mesmo que já possua licença de operação

válida.

d) caso o shopping center possua licença de operação válida, não

poderá ser obrigado pelo órgão ambiental competente, no caso

exposto, a adotar novas medidas para a dispersão do gás metano.

Apenas no momento da renovação de sua licença de operação

poderá ser obrigado a adquirir novo equipamento para tal fim.

38 - (FGV-2013-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XI)

Em determinado estado da federação é proposta emenda à

constituição, no sentido de submeter todos os relatório de

impacto ambiental à comissão permanente da assembleia

legislativa.

Com relação ao caso proposto, assinale a afirmativa correta.

a) os relatórios e os estudos de impacto ambiental são realizados

exclusivamente pela união, de modo que a assembleia legislativa

não é competente para analisar os relatórios.

b) a análise e a aprovação de atividade potencialmente causadora

de risco ambiental são consubstanciadas no poder de polícia, não

sendo possível a análise do relatório de impacto ambiental pelo

poder legislativo.

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c) a emenda é constitucional, desde que de iniciativa parlamentar,

uma vez que incumbe ao poder legislativo a direção superior da

administração pública, incluindo a análise e a aprovação de

atividades potencialmente poluidoras.

d) a emenda é constitucional, desde que seja de iniciativa do

governador do estado, que detém competência privativa para

iniciativa de emendas sobre organização administrativa,

judiciária, tributária e ambiental do estado.

39 - (FGV-2014-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XIV)

Kellen, empreendedora individual, obtém, junto ao órgão

municipal, licença de instalação de uma fábrica de calçados.

A respeito da hipótese formulada, assinale a afirmativa correta.

a) a licença não é válida, uma vez que os municípios têm

competência para a análise de estudos de impacto ambiental, mas

não para a concessão de licença ambiental.

b) com a licença de instalação obtida, a fábrica de calçados poderá

iniciar suas atividades de produção, gerando direito adquirido pelo

prazo mencionado na licença expedida pelo município.

c) a licença é válida, porém não há impedimento que um estado e

a união expeçam licenças relativas ao mesmo empreendimento,

caso entendam que haja impacto de âmbito regional e nacional,

respectivamente.

d) para o início da produção de calçados, é imprescindível a

obtenção de licença de operação, sendo concedida após a

verificação do cumprimento dos requisitos previstos nas licenças

anteriores.

40 - (FGV-2015-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XVI)

Miguel, empreendedor particular, tem interesse em dar início à

construção de edifício comercial em área urbana de uma grande

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metrópole. Nesse sentido, consulta seu advogado e indaga sobre

quais são as exigências legais para o empreendimento.

Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) não é necessária a realização de estudo de impacto ambiental,

por ser área urbana, ou estudo de impacto de vizinhança, uma vez

que não foi editada até hoje lei complementar exigida pela

constituição para disciplinar a matéria.

b) é necessário o estudo prévio de impacto ambiental, anterior ao

licenciamento ambiental, a ser efetivado pelo município, em razão

de o potencial impacto ser de âmbito local.

c) é necessária a realização de estudo de impacto de vizinhança,

desde que o empreendimento esteja compreendido no rol de

atividades estabelecidas em lei municipal.

d) é necessária a realização de estudo de impacto ambiental, o

qual não será precedido necessariamente por licenciamento

ambiental, uma vez que a atividade não potencialmente causadora

de impacto ambiental.

41 - (FGV-2015-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-XVIII)

Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para

obter informações sobre as exigências ambientais que possam

incidir em seus projetos, especialmente no que tange à

apresentação e aprovação de estudo prévio de impacto ambiental

e seu respectivo relatório (EIA/RIMA). Considerando a disciplina

do EIA/RIMA pelo ordenamento jurídico, assinale a afirmativa

correta.

a) o EIA/RIMA é um estudo simplificado, integrante do

licenciamento ambiental, destinado a avaliar os impactos ao meio

ambiente natural, não abordando impactos aos meios artificial e

cultural, pois esses componentes, segundo pacífico entendimento

doutrinário e jurisprudencial, não integram o conceito de “meio

ambiente”.

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b) o EIA/RIMA é exigido em todas as atividades e

empreendimentos que possam causar impactos ambientais,

devendo ser aprovado previamente à concessão da denominada

licença ambiental prévia.

c) o EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as licenças ambientais

prévia e de instalação, tem a sua metodologia e o seu conteúdo

regrados exclusivamente por resoluções do conselho nacional do

meio ambiente (CONAMA), podendo a entidade / o órgão

ambiental licenciador dispensá-lo segundo critérios discricionários

e independentemente de fundamentação, ainda que a atividade

esteja prevista em resolução CONAMA como passível de

EIA/RIMA.

d) o EIA-RIMA é um instrumento de avaliação de impactos

ambientais, de natureza preventiva, exigido para

atividades/empreendimentos não só efetiva como potencialmente

capazes de causar significativa degradação, sendo certo que a sua

publicidade é uma imposição constitucional (CRFB/1988).

41 - (FGV-2011-OAB-EXAME-DE-ORDEM-UNIFICADO-III)

O estudo de impacto de vizinhança – EIV é uma espécie do gênero

avaliação de impacto ambiental e está disciplinado no Estatuto da

Cidade, que estabelece e enumera os instrumentos da política de

desenvolvimento urbano, de acordo com seus arts. 4º e 36 a 38.

a esse respeito, assinale a alternativa correta.

(a) as atividades de relevante e significativo impacto ambiental

que atingem mais de um município são precedidas de estudo de

impacto de vizinhança.

(b) o estudo de impacto de vizinhança só pode ser exigido em

área rural pelo órgão ambiental municipal.

(c)a avaliação de impacto ambiental é exigida para analisar o

adensamento populacional e a geração de tráfego e demanda por

transporte público advindos da edificação de um prédio.

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(d) a elaboração de estudo de impacto de vizinhança não substitui

a elaboração de estudo prévio de impacto ambiental, requerida

nos termos da legislação ambiental.

43 - (FGV – X EXAME UNIFICADO – OAB - 28 / 04 /2013)

Na perspectiva da tutela do direito difuso ao meio ambiente, o

ordenamento constitucional exigiu o estudo de impacto ambiental

para instalação e desenvolvimento de certas atividades. Nessa

perspectiva, o estudo prévio de impacto ambiental está

concretizado no princípio

A) da precaução.

B) da prevenção.

C) da vedação ao retrocesso.

D) do poluidor-pagador.

44 - (FGV – Exame de Ordem – OAB – 2012)

Uma empresa de telefonia celular deseja instalar uma antena

próxima a uma floresta localizada no município de Cantinho Feliz.

A antena produzirá uma quantidade significativa de energia

eletromagnética. Com base no exposto, assinale a alternativa

correta.

a) Como a energia é incolor e inodora, e é praticamente

imperceptível a olho nu, não pode ser considerada potencialmente

poluente. Logo, o Poder Público não pode exigir licenciamento e

estudo prévio de impacto ambiental à empresa de telefonia,

porque não há como comprovar o risco de impacto ambiental.

b) Como não há certeza científica sobre a existência de riscos

ambientais causados pela poluição eletromagnética, o princípio da

prevenção deve ser invocado, e a empresa de telefonia deverá

solicitar ao Município de Cantinho Feliz que faça o licenciamento e

que elabore o estudo prévio de impacto ambiental.

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c) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado é visto

pelos tribunais superiores como um direito fundamental e possui

viés antropocêntrico. Logo, se a área não for habitada por seres

humanos, o Poder Público não poderá exigir licenciamento e

estudo prévio de impacto ambiental.

d) Caso haja licenciamento e estudo prévio de impacto ambiental

para avaliar a possível instalação da antena, o órgão competente

não estará necessariamente obrigado a marcar a audiência

pública. Entretanto, ela pode ser requerida por abaixo-assinado

subscrito por, no mínimo, 50 cidadãos, por entidade civil ou pelo

Ministério Público.

Gabarito

1E 2E 3E 4D 5E 6E 7C 8B 9A 10B

11D 12E 13A 14E 15D 16C 17E 18E 19C 20C

21E 22E 23C 24E 25C 26E 27E 28C 29E 30C

31E 32A 33E 34E 35E 36D 37C 38B 39D 40C

41D 42D 43B 44D

É isso, pessoal!

Qualquer dúvida, entrem em contato. Vocês podem conversar comigo por email também:

[email protected]

Rumo à aprovação!!! Avante!!!

Um abraço e bons estudos!

Rosenval Jr.

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