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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA DIREITO AMBIENTAL E URBANÍSTICO Renata Helena S. Bueno AULA 03. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL 1

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA

DIREITO AMBIENTAL E URBANÍSTICO

Renata Helena S. Bueno

AULA 03.

RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

AMBIENTAL

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CONSIDERAÇÕES GERAISCONSIDERAÇÕES GERAIS

A intervenção OBRIGATÓRIA do Poder Público na defesa do meio ambiente é norma instituída pelo caput do art. 225 da Constituição Federal.

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

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Os mecanismos capazes de afastar/reparar os danos ambientais foram proclamados no § 3º do art. 225:

“As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.”

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DANOSIDADE AMBIENTAL

Gera repercussão jurídica TRIPLA (responsabilizando-se o poluidor, por um mesmo ato, alternativa ou cumulativamente)

na esfera PENAL (com possibilidade de detenção e multa)

na esfera CIVIL (pagamento de indenização ou cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer)

na esfera ADMINISTRATIVA (multa, interdição

e outros) 4

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FUNDAMENTOS DA TUTELA ADMINISTRATIVA DO

AMBIENTE:

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Administração Pública:

Tem suporte legal e estabelecimento de limites no contexto dos direitos e deveres concernentes ao bem comum da sociedade, assim, Direito e Administração não se excluem e não se esgotam: complementam-se.

Meio ambiente:

Bem essencialmente difuso (de natureza indivisível), De caráter transcendente a interesses particulares e localizados, necessita de uma tutela do Estado, referencial de direitos e deveres.

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TUTELA ADMINISTRATIVA E GESTÃO AMBIENTAL:

Como bem difuso e de uso coletivo, o meio ambiente não pode gerir-se por si mesmo: ele carece de proteção, especialmente do Poder Público, seu “tutor”, já que se trata de patrimônio público – GESTÃO AMBIENTAL

de forma ampla e

racional; conferindo ao processo nota participativa e democrática.

Como entidade tutelar, pode o próprio Estado ser responsabilizado por ações e omissões lesivas ao meio ambiente enquanto patrimônio da comunidade – PRESTAÇÃO DE CONTAS.

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PRERROGATIVA DO PODER PÚBLICO – PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL

A noção de poder de polícia é uniforme segundo a maioria dos doutrinadores brasileiros e estrangeiros, assim entendido:

Exercício legítimo do Poder de Polícia

pelo órgão competente nos limites da lei aplicável com observância do processo legal sem abuso ou desvio de poder

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RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTALAMBIENTAL

A tutela administrativa do meio ambiente usa instrumentos:

a)PREVENTIVOS

limitações administrativas; desapropriação; estudos de impacto ambiental; licença ambiental; tombamento; inquérito civil.

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RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTALAMBIENTAL

b)REPRESSIVOS:

multas;

interdição temporária ou definitiva de atividade nociva ao meio ambiente;

perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público;

perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento oficiais de crédito.

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Ao contrário das sanções civis e penais, só aplicáveis pelo Poder Judiciário, as penalidades administrativas são impostas pelos próprios órgãos da Administração direta ou indireta da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios.

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CONSEQÜÊNCIAS DA ADOÇÃO DA TEORIA DO SISTEMA HÍBRIDO DA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL

1. Desnecessidade de investigação da culpa

A Lei 9.605/98, não exigiu a configuração de culpa, senão em casos excepcionais tal como previsto no §3º do art. 72, tocante à multa simples que faz menção à negligência ou dolo.

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2. Inversão do ônus da prova – o processo de apuração de uma conduta infracional é instaurado a partir da prática de um ato administrativo: a lavratura do auto de infração.

Na qualidade de ato emanado da autoridade competente, goza do atributo da presunção de legitimidade, cabendo desta forma ao suposto infrator o ônus da prova de demonstrar estarem ausentes os pressupostos jurídicos da responsabilidade administrativa.

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3.Incidência das excludentes da responsabilidade (caso fortuito, força maior e fato de terceiro)

FORÇA MAIOR – se prende ao fato da natureza, superior às forças humanas.

CASO FORTUITO – diz respeito à obra do acaso.

Regra geral, a responsabilidade administrativa pode ser afastada quando se configurar uma hipótese de força maior, caso fortuito ou fato de terceiro, todavia, incumbe ao administrado demonstrar, perante a Administração Pública, que o seu comportamento não contribuiu para a ocorrência da infração.

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Como?

a) Demonstrando que de forma diligente e objetiva, havia tomado todas as medidas disponíveis e exigíveis para evitar e prevenir o dano, não tendo cometido assim, NA ESFERA ADMINISTRATIVA, qualquer ilicitude;

b) Que não concorreu, tampouco se beneficiou da infração cometida por terceiro (o órgão administrativo não pode punir uma pessoa pelo evento danoso causado por outra) – AUTORIA DA CONDUTA;

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SANÇÕES ADMINISTRATIVAS EM

ESPÉCIE

(previstas no art. 72 e seguintes da Lei 9.605/98 e especificadas

no art. 3º e seguintes do Decreto 6.514/2008)

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1. Advertência (de índole essencialmente pedagógica e preventiva)

não precisa necessariamente preceder a aplicação das penalidades mais graves;

por sua natureza, cabe nas infrações mais leves ou nas cometidas por infratores primários;

2. Multa simples Será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo (exceção à regra objetiva - §3º do art. 72, da Lei 9.605/98), não sanar as irregularidades no prazo consignado na advertência ou opuser embaraço à fiscalização, mas não só neste caso, apreciadas às peculiaridades do caso concreto.

O §4º do art. 72, da Lei 9.605/98, permite a conversão da multa simples em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.

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3. Multa diária

Será aplicada nos casos de infração continuada, caracterizada pela permanência da ação ou omissão, até a sua efetiva cessação ou até a celebração, pelo infrator, de termo de compromisso de reparação de dano com o órgão ambiental competente, com vistas a sanar a irregularidade encontrada.

Ex.: a operação de uma atividade sem a licença ambiental exigível ou o funcionamento de uma atividade não provida de meios adequados para evitar a emissão de poluentes.

Continua..18

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4. Apreensão de animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração.

A destinação dada está descrita no art. 25 da Lei 9.605/98 (liberação de animais, doação de produtos etc.).

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5. Destruição ou inutilização do produto

Há de se distinguir, necessariamente, se os produtos e instrumentos são do infrator ou de terceiro e possibilitar a ampla defesa e o contraditório, sob pena de macular o procedimento.

6. Suspensão de venda e fabricação do produto

Limitada a produtos que, apesar de não estarem sujeitos ao licenciamento ambiental, possam causar danos ao meio ambiente.

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7. Embargo ou interdição de obra ou atividade

No que tange às obras, o embargo impede o seu prosseguimento e é geralmente imposto no caso de edificação feita sem a devida licença.

Só deve haver embargo ou interdição de atividade, se a degradação puder ser revertida e o empreendimento puder ser licenciado. Caso contrário, a pena a ser aplicada é de demolição de obra, suspensão total das atividades ou restrição de direito.

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8. Demolição de obra

Toshio Mukai: “sendo a mais rigorosa sanção administrativa, somente cabe sua aplicação, com bastante prudência, em casos extremos, sendo imprescindível fazer a seguinte distinção:

EM SE TRATANDO DE OBRA LICENCIADA A ordem de demolição somente será expedida após processo regular, com direito de defesa, na qual se desconstitua a licença (por anulação ou cassação) e, não sendo efetuada a demolição pelo próprio interessado, caberá a demolição compulsória.

EM SE TRATANDO DE OBRA CLANDESTINA A demolição é efetivada mediante ordem sumária da Administração. No que tange às obras, o embargo impede o seu prosseguimento e é geralmente imposto no caso de edificação feita sem a devida licença.

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Precedente do TJ de São Paulo:

“É possível a concessão de liminar determinando a demolição de residência edificada clandestinamente em área de proteção ambiental, quando o particular foi devidamente notificado e teve a oportunidade de exercer a mais ampla defesa administrativa.

A tolerância com edificações clandestinas em áreas de preservação permanente fará com que, estimulados pelo uso de meios retardatários da execução da liminar demolitória, novas violências contra o meio ambiente sejam perpetradas, sem prejuízo de toda a comunidade”. (AI 96.001089-0, 3, rel. Des. Eder Graf, j. 25.02.1997)

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9. Suspensão parcial ou total das atividades

A suspensão da atividade cabe especialmente quando há perigo iminente para a saúde pública ou grave risco de dano ambiental. Cabe também, nos casos em que as multas anteriormente impostas não tiverem bastado para a correção do infrator.

Não implica necessariamente o fechamento do estabelecimento com um todo, mas pode ser aplicada apenas em relação às máquinas ou aos equipamentos poluidores, por exemplo, podendo prosseguir o restante da atividade.

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10. Restritiva de direitos

a) Suspensão ou cancelamento de registro, licença, permissão ou autorização a aplicação de tal pena deve ser proporcional à lesão ao direito, decorrente de procedimento de apuração das infrações ambientais devidamente instruído. Caso contrário, estar-se-á diante de abuso de poder ou desvio de finalidade, possibilitando-se a sua reversão pelo Poder Judiciário.

Continua...

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b) Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais e financeiros para que seja posta em prática, é necessário que a Fazenda Pública ou a entidade financeira seja comunicada, necessário assim, uma organização para que a autoridade concedente do favor ou crédito tenha a informação, sem a qual será impossível cancelar ou suspender o benefício.

c) Proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos Há uma corrente que entende que os efeitos da punição limitam-se apenas à Administração que a declara (Édis Milaré) e outra que entende que a proibição alcançaria toda a Administração Pública - federal, estadual e municipal – (Flávio Dino de Castro e Costa).

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RESUMO ESQUEMÁTICO DA APURAÇÃO E AUTUAÇÃO DE

INFRAÇÃO AMBIENTAL

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A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL EM FACE DA LEI A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL EM FACE DA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVADE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Regime constitucional-democrático brasileiro:

a probidade é a conduta exigível à

Administração, em todos os seus

setores e nos seus mais diversos

campos de atuação.

A Administração Pública Ambiental DEVERÁ atuar em todas as frentes (educando, protegendo, recuperando, divulgando informações) visando a proteção do ambiente.

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A Administração tem o DEVER de:

Anular seus próprios atos, quando viciados por ilegalidade, porque deles nenhum dever ou direito pode resultar e

Ainda que sejam legais, pode revogá-los com esteio na conveniência e oportunidade, diante de superveniente interesse público relevante, sem prejuízo de eventual direito adquirido e de possível apreciação judicial.

Arbitrariedades, omissões ou atos equivocados na promoção da gestão ambiental não podem ser tolerados, e para estes casos existem remédios legais (controle interno e externo).

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Improbidade administrativa é o designativo técnico para a chamada corrupção administrativa, promovendo o desvirtuamento da Administração Pública e afrontando os princípios nucleares da ordem jurídica

Exemplos:

a) receber vantagem econômica em troca da expedição de uma licença

ambiental;

b) agir negligentemente na conservação de um

bem público tombado;

c) negar deliberadamente publicidade a uma licença ambiental expedida,

em prejuízo de terceiros interessados. 32

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Conclusão: A improbidade administrativa é pluriofensiva, podendo gerar conseqüências jurídicas no âmbito interno da Administração:

a)Com a responsabilização funcional do agente, ou ainda, b)Ensejar reflexos na órbita penal, bastando que haja correspondência com um dos tipos criminais desenhados pelo legislador penal,c)Além da responsabilidade civil analisada no caso concreto.

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