Outubro. 2014

CONTINUAR GANHANDO DINHEIRO

inovabs.com.br

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EXPERIÊNCIA E ATUAÇÃO: Executivo da área de “supply chain”, atuou nas empresas ERIEZ, BASF, FORMED, BLACK & DECKER, CASE, ERICSSON e FLEXTRONICS, liderando processos de suprimentos, transportes globais, “trade compliance”, desenvolvendo soluções para cadeia supridora, de ponta a ponta em operações multiclientes, incluindo logística reversa. Dirige a SOTLOG focada em educação, no desenvolvimento de conteúdos programáti-cos, palestras e consultoria em negócios domésticos e internacionais.

ELCIO SOTKEVICIENE

Ganha dinheiro quem chega primeiro foi uma frase que ouvi de um sábio líder, no mundo dos negó-cios. Fato é que há consumidores entrantes para um mercado de produtos cada vez mais inovador. Exem-plos disto não faltam, principalmente, oferecidos pela empresa líder em inovação a Apple, agora com o relógio Apple Watch. Além de chegar primeiro, com seu Airfryer, a Philips Walita, ou mesmo a Ford com o EcoSport, exem-plos nacionais de inovação que atraíram publico consumidor gerando, na concorrência, a corrida para absorção de mercado, essas e outras empresas olham para a sequencia dos negócios na busca da manu-tenção das fatias de mercado arduamente conquistadas. Nós já vimos casos de lançamentos de produtos que se tornaram ícones e que devido a restrições geradas pelo descasamento entre a demanda e as capacidades produtivas, provocaram filas de espera, abrindo oportunidades para os que se apresentavam com seus produtos similares ou alternativos. A necessidade premente de redução do tempo para o mercado obriga que os espaços entre as con-cepções dos produtos ou serviços, viabilidade de fabricação ou prestação do serviço, capacitação dos pro-cessos produtivos e, finalmente, a disponibilização para os consumidores, sejam cada vez menores e também determina a observância de foco no cumprimento dos prazos estabelecidos nos programas de lançamento aí incluído singular cuidado ao planejar os processos, como um todo, com a garantia da quali-dade necessária. Trabalhando com a Teoria das Restrições (TOC–Therory of Constraints) e o Tempo Para o Mercado, (TTM Time to Market), encontrei as alternativas que solucionaram entraves na atividade supridora desde a Ásia e na distribuição física doméstica. Ao checar a funcionalidade da cadeia supridora, como um todo, envolvendo desde os fornecedores de componentes até o ponto de entrega dos produtos acabados, foi possível identificar e endereçar onde estavam ocorrendo os gargalos que impediam a manutenção dos volumes produtivos programados, sem quebra de continuidade, o que também contribuiu para melhorar o atendimento ponto a ponto, necessá-rio pela súbita alteração da demanda, originalmente projetada, devido à excepcional aceitação do produto ou serviço pelo mercado consumidor. Focar na restrição, tratando-a com as soluções necessárias, em alternativas que vão desde o aumento das capacidades, a terceirização momentânea do volume extra, a importação temporária de equipamento com produtividade maior, redimensionamento ou treinamento de equipes, alternância entre modais, ava-liação de rotas, a fim de balancear a máxima capacidade de entrega de cada tarefa, etapa, processo ou sistema, foi essencial para melhorar os custos produtivos pelo ganho em escala, que acabaram por traduzir um aumento da margem, possibilitando redução dos preços, assegurando a competitividade dos produ-tos. Ao mesmo tempo em que se aumentou a vazão dos processos produtivos pelas alternativas adota-das eliminando gargalos, ocorreu também a redução do tempo para o mercado, que acabou sendo tratada sem causar comprometimento à qualidade e aos custos. Outra lição aprendida é que o processo decisório que suporta cada uma das situações acima deve ter igual prioridade entre executivos, trabalhando multidisciplinarmente. Este alerta é feito porque o processo decisório pode configurar-se em uma restrição ao sistema, visto que é também sequenciado em meio a várias decisões que devem ser tomadas no dia a dia, devendo ter-se cautela em separar o urgente do importante, já que demanda correlação entre áreas multifuncionais, no negócio, onde todas precisam convergir para continuar ganhando dinheiro.

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