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Curso técnico profissionalizante Habilitação em mineração TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Topografia Orientador: Mozart Henrique Teixeira Geólogo Usiminas (MUSA) Itaúna-Minas Gerais Junho-2012

Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Page 1: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

Curso técnico profissionalizante

Habilitação em mineração

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Topografia

Orientador: Mozart Henrique Teixeira

Geólogo Usiminas (MUSA)

Itaúna-Minas Gerais

Junho-2012

Page 2: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

“Topografia com aplicação no planejamento de lavra de curto prazo”

Autores: Isaías Rodrigo dos santos

Projeto de Pesquisa apresentado à Disciplina de Mineração do Curso Técnico

Profissionalizante, como requisito para a conclusão do curso de Mineração do

Colégio Técnico CECON-Itaúna.

Colégio Técnico CECON

Itaúna-Minas Gerais

Junho-2012

Page 3: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

Sumário

1.0 -Índice.................................................................................................... .....................ii

1.1 - listas de figuras..........................................................................................................iii

2.0-Introdução e objetivo...................................................................................................1

3.0 - Metodologia...............................................................................................................2

3.1-Topografia....................................................................................................................2

3.1.2-Divisão dos levantamentos topográficos....................................................................3

3.1.2.1- Planimetria............................................................................................................4

3.1.2.1.1- Medidas de distância..........................................................................................4

3.1.2.2- Medição direta de distância...................................................................................5

3.1.2.3- Erros de topografia...............................................................................................11

3.1.2.4- Medidas indireta de distância...............................................................................12

3.1.2.5- Taqueométria.......................................................................................................15

3.1.2.6-Ângulos..................................................................................................................15

3.1.2.6.1- Azimute..............................................................................................................15

3.1.2.6.2- Ângulo horizontal...............................................................................................16

3.1.2.6.3-Ângulo vertical....................................................................................................18

3.1.2.6.4-Distância horizontal.............................................................................................19

3.1.2.7-Distâncias verticais ou diferença de nível............................................ ..................20

3.1.2.8 -Distância inclinada................................................................................................20

3.1.2.9 -Medida eletrônica de distâncias............................................................................20

3.1.3- Avaliação de área.....................................................................................................26

3.1.4 -Altimetria.................................................................................................................27

3.1.5-Planimetria...............................................................................................................32

3.1.5.1- Planta topográfica.................................................................................................33

3.1.6 - Curvas de nível........................................................................................................36

Page 4: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

3.1.6.1- Divisão dos segmentos em partes iguais................................................................37

3.1.6.2- Cálculos de volume................................................................................................39

3.1.7- Equipamentos de medição, unidades de medidas e escalas......................................39

3.1.7.1- Unidades de superfície..........................................................................................40

3.1.7.2- Unidades de medidas............................................................................................40

3.1.7.3- Escalas...................................................................................................................40

3.1.7.4-Sistema de unidades..............................................................................................40

3.1.7.5- Procedimentos para estacionar equipamentos topográficos.................................41

3.1.8- Aerofotogrametria...................................................................................................43

3.1.8.1- Fotogrametria.......................................................................................................45

3.1.9-Desenho topográfico................................................................................................49

3.2-Levantamento topográfico da mina.............................................................................50

3.3-Planejamento de lavra de curto prazo.........................................................................51

3.3.1-Objetivo...................................................................................................................51

4.0-Aplicação....................................................................................................................52

4.1-Levantamento topográfico..........................................................................................56

5.0-tratamento geostático.................................................................................................57

5.1-Aplicação do levantamento geológico na frente de lavra.............................................59

5.2-Elaboração do modelo tridimensional.........................................................................59

5.3-Elaboração da área de avanço.....................................................................................60

5.4-Aderencia ao plano de lavra........................................................................................61

5.4.1-Planejamento de lavra realizado..............................................................................62

5.4.2-Planejamento de lavra não realizado........................................................................62

5.4.3-Planejamento realizado, não planejado....................................................................62

6.0-conclusão....................................................................................................................63

7.0-Anexo..........................................................................................................................64

Page 5: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

8.0-Bibliografia...................................................................................................................65

Listas de figuras

Figura 01- Superfície topográfica –planta topografia............................................................2

Figura 02- Medidas de distância terreno inclinado...............................................................4

Figura 03 - Medidas de distancia horizontais.......................................................................5

Figura 04 - Fita ou trena de aço...........................................................................................6

Figura 05 - Trena de fibra de vidro.......................................................................................7

Figura 06 - Estacas de medição............................................................................................8

Figura 07- Fichas de marcação.............................................................................................8

Figura 08 - Balizas utilizadas para localização do terreno.....................................................9

Figura 09 - Nível de cantoneira para suporte da baliza.........................................................9

Figura 10- Barômetro para medição de pressão atmosférica..............................................10

Figura 11- Medida indireta de distância.............................................................................12

Figura 11.1- Erros de determinação indireta de distância...................................................13

Figura 11.2- Erro linear de centragem do teodolito............................................................13

Figura 11.3- Três gerações do teodolito; o transito, ótico, eletrônico.................................14

Figura 11.4- Tripé de alumínio para teodolito ótico, eletrônico..........................................14

Figura 12- Ângulos de azimute...........................................................................................15

Figura 12.1- Medidas de azimute em quadrantes...............................................................15

Figura 12.2- Rumo magnético............................................................................................16

Figura 12.3 - Poligonal do terreno composto por vértices..................................................17

Figura 12.4- Ângulos horizontais internos medidos de uma poligonal................................17

Figura 13 - Ângulos verticais..............................................................................................18

Figura 13.1- Ângulos horizontais externos de uma poligonal..............................................19

Figura 14- Distância horizontal...........................................................................................19

Figura 15 -Taqueométria para medir ângulos e medidas indiretas.....................................19

Page 6: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

Figura 16 - Gerador de luz ou micro-ondas que produz onda portadora..............................21

Figura 17- Medição interna utilizando trena eletrônica......................................................22

Figura 18 - Teodolito eletrônico e trena eletrônica.............................................................22

Figura 19- Distaciométro visto posterior e anterior............................................................23

Figura 19.1- Bastão ou tripé específico...............................................................................24

Figura 20- Estação total com um dispositivo de cartão PMCIA...........................................24

Figura 20.1- Estação total leica, modelo TC600...................................................................25

Figura 21- Modelos de nível digital e régua de nível...........................................................26

Figura 22- Nível a laser e régua metálica com detentor adaptado......................................26

Figura 23 - Geometria de redução na avaliação de área.....................................................27

Figura 23.1- Processo de avaliação de área........................................................................27

Figura 24- Nivelamento simples.........................................................................................28

Figura 24.1- Nivelamento composto...................................................................................29

Figura 24.2 - Nivelamento trigométrico..............................................................................29

Figura 24.3 - Dispositivo clinômetro analógico digital.........................................................30

Figura 24.4 - Altímetro analógico.......................................................................................31

Figura 24.4.1- Altímetro digital..........................................................................................31

Figura 25- Planta topográfica com traços de curvas mestras..............................................34

Figura 26- Curvas de nível..................................................................................................36

Figura 26.1- Curvas de nível na posição do relevo do solo..................................................37

Figura 27- Divisão dos segmentos proporcionais................................................................37

Figura 27.1- Plataforma em cortes.....................................................................................38

Figura 27.2- Plataformas em aterro....................................................................................38

Figura 27.3- Plataformas em aterro....................................................................................38

Figura 28- Cálculos de volume............................................................................................39

Figura 29- Vista superior da bolha circula e tripé................................................................42

Page 7: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

Figura 30- Métodos de três calantes..................................................................................42

Figura 30.1- Métodos calantes perpendicular....................................................................43

Figura 31- Aerofotogrametria com base na câmera fotográfica.........................................43

Figura 31.1- Erros de distância na movimentação vertical e horizontal.............................44

Figura 31.2- Recobrimento longitudinal............................................................................44

Figura 31.3- Câmeras aéreas e terrestres..........................................................................48

Figura 31.4- Fotografias de ângulo nos trabalhos cartográficos.........................................49

Figura 32- Levantamento topográfico por pontos utm......................................................50

Figura 33- Sistema topograph...........................................................................................56

Figura 34- Mapa estimado pelo método de krigagem ordinária........................................58

Figura 34.1- Mapa desvio- padrão krigagem.....................................................................58

Figura 34.2- Método geoestatistico..................................................................................58

Figura 35- Elaboração de modelo tridimensional..............................................................60

Figura 36- Log’s de sondagem (Anexo 1)...........................................................................64

Figura 36.1- Correlação entre as sondagens (Anexo 2)......................................................64

Page 8: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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2.0- Introdução e objetivo

O estudo tem como objetivo de aplicar os métodos de topografia, que é definida

como a Ciência aplicada, que trata dos princípios e métodos para determinação,

localização e representação tridimensional das feições e objetos da Terra (naturais

e/ou criadas pelo homem), com uma precisão adequada e, geralmente, limitada a

certa extensão da superfície terrestre. Inclui também no seu objeto de estudo no

planejamento de lavra de curto prazo.

“A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, a dimensão e a posição

relativa de uma porção limitada da superfície terrestre”. Esta determinação se dá a

partir do levantamento de pontos planimétricos e altimétricos, através de medidas

angulares e lineares, com o uso de equipamentos apropriados. As técnicas

topográficas para cálculos de levantamentos planimétricos, altimétricos bem como

os cálculos geodésicos de transformação de coordenadas, possuem conceitos e

métodos consagrados no mundo científico, e fazem uso, muito, e principalmente,

dos conceitos básicos da geometria clássica.

A topografia no planejamento de lavra de curto prazo tem a finalidade estabelecida

por pontos de área topográfica que usualmente, é uma linha base local onde a

orientação conveniente daquele deposito.

Desta forma o planejamento de curto prazo define uma série de sequências de

expansões que o seu somatório deverá ser fisicamente a exaustão da reserva

lavrável e o resultado econômico a relação estéril minério global.

O objetivo é esclarecer de forma detalhada a utilização da topografia no dia a dia do

planejamento de lavra curta prazo, com foco através de estudos conceituais,

levantamentos topográficos, levantamentos de medições equipamentos e etc.; que

possa obter resultados imediatos da sua lavra em curto prazo com um planejamento

estratégico.

Page 9: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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3.0- Metodologia

3.1-Topografia

Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de

uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura

resultante da esfericidade terrestre.

Geodésia é a ciência que estuda a superfície da Terra com a finalidade de conhecer

sua forma quanto ao contorno e ao relevo e sua orientação, levando em

consideração a curvatura da terra.

Geoprocessamento é a ciência que estuda a produção de mapas com informações

referentes a ele, tudo num só produto e em meio digital.

Geotécnica estuda a composição, disposição e condição do solo como produto para

utilização em obras. A topografia determina e posiciona os solos de acordo com sua

localização na superfície da terra.

Croqui: esboço gráfico sem escala, em breves traços a mão livre, que facilite a

identificação de detalhes topográficos.

Caderneta de Campo: planilha utilizada em campo para anotar os dados coletados

(distâncias, ângulos e informações).

Planta: representação gráfica de uma parte limitada da superfície terrestre, sobre

um plano de referência horizontal, para fins específicos, na qual não se considera a

curvatura da Terra. As escalas normalmente são grandes.

Carta ou Mapa: representação gráfica sobre uma superfície plana, dos detalhes

físicos, naturais e artificiais, de parte ou toda a superfície terrestre. Esta

representação leva em consideração a curvatura terrestre. As escalas normalmente

são pequenas.

Page 10: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Figura 01-superficie topográfica-Planta topográfica

3.1.2-Divisão do levantamento topográfico

otopograficDesenho

riaFotogramet

iaTaqueometr

iaTopo

Altimetria

aPlanimetriTopometria

Topografia

log

Planimetria: conjunto de métodos e técnicas que visam detalhar a superfície

terrestre sobre um plano horizontal de referência. Trata apenas das distâncias

horizontais e ângulos horizontais.

Altimetria: conjunto de métodos e técnicas que visam detalhar a superfície terrestre

sobre um plano vertical de referência.

Planialtimetria: conjunto de métodos e técnicas que visam detalhar a superfície

terrestre sobre um plano horizontal de referência com dados referenciados a um

plano vertical de referência.

Topometria: conjunto dos métodos empregados para colher os dados necessários

para o traçado da planta. Subdivide em: Planimetria e Altimetria.

Planimetria é a representação em projeção horizontal dos detalhes existentes na

superfície. As medidas, tanto lineares como angulares, são efetuadas em planos

horizontais, obtendo-se ângulos azimutais e distâncias horizontais.

Page 11: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Altimetria: determina as cotas ou distâncias verticais de certo número de pontos

referidos ao plano horizontal de projeção. As medidas são efetuadas na vertical ou

num plano vertical, obtendo-se as distâncias verticais ou diferenças de nível.

Topologia: é a parte da topografia que estuda as formas do relevo. Ela estuda as

formas exteriores da superfície terrestre no sentido planialtimétrico. O Complemento

indispensável da topometria, tem por objeto de estudo as formas exteriores da

superfície terrestre e as leis a que deve obedecer seu modelado. Sua aplicação

principal é na representação cartográfica do terreno pelas curvas de nível.

Taqueometria: tem por finalidade o levantamento de pontos do terreno, pela

resolução de triângulos retângulos aptos a representá-los, tanto plani como

altimetricamente, ou, dando origem a plantas cotadas ou com curvas de nível

(Planialtimétricas).

Fotogrametria: utiliza medidas feitas em fotografias orientadas (fotogramas) para

definir a forma e as dimensões dos objetos nelas contidos.

Desenho topográfico: constitui a representação em escala reduzida, por meio de

sinais convencionais (Convenções topográficas), da forma do terreno levantado.

Segundo a escala, grau de precisão, detalhes e amplitude, tal desenho denomina-se

esboço, planta ou mapa topográfico, carta geodésica, geográfica ou corográfica. As

plantas topográficas devem ser sempre acompanhadas das cadernetas de campo,

planilha dos cálculos e memoriais descritivos.

3.1.2.1- Planimetria

3.1.2.1.1-medidas de distancia

Na Topografia, à distância D entre dois pontos A e B será sempre a distância

horizontal entre eles, mesmo que o terreno seja inclinado.

Page 12: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Figura 02-medidas de distâncias terreno inclinado

Se o trecho a ser medido não for plano, não permitindo medida direta de A até B,

procede-se da mesma forma, porém em segmentos sucessivos, obtendo-se a

distância horizontal D, pela soma dos valores das distâncias horizontais desses

segmentos sucessivos.

Figura 03-medidas de distâncias horinzontais

3.1.2.2-Medição direta de distancia

O processo de medida de distância é direto, quando se percorre a grandeza em

questão, comparando-a com uma grandeza padrão. Os padrões de medida direta

são denominados diastímetros. Os erros cometidos, voluntária ou involuntariamente,

durante a medida direta de distâncias, devem-se ao comprimento do diastímetro:

afetado pela tensão aplicada em suas extremidades e também pela temperatura

ambiente. A correção depende dos coeficientes de elasticidade e de dilatação do

material com que o mesmo é fabricado. Portanto, deve-se utilizar dinamômetro e

Page 13: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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termômetro durante as medições para que estas correções possam ser efetuadas

ou, proceder à aferição do diastímetro de tempos em tempos.

Os tipos de diastímetros flexíveis:

- Corrente de agrimensor: é composta de barras de ferro ligadas por elos, dois em

cada extremidade, para facilitar a articulação; cada barra, com um elo de cada lado,

mede 20 cm e a corrente toda é de 20 m. De metro em metro, encontra-se presa

uma medalha onde se acha gravado o nº de metros desde o início da corrente. Nas

extremidades da corrente existem as manoplas, as quais permitem a extensão para

eliminar a catenária (curvatura que o peso da própria corrente ocasiona).

-Fita e Trena de Aço

São feitas de uma lâmina de aço inoxidável, a trena é graduada em metros,

centímetros e milímetros só de um lado, a fita é graduada a cada metro; o meio

metro (0,5m) é marcado com um furo e somente o início e o final da fita são

graduados em decímetros e centímetros, a largura destas fitas ou trenas varia de 10

a 12 mm; o comprimento das utilizadas em levantamentos topográficos é de 30, 60,

100 e 150 metros, o comprimento das de bolso varia de 1 a 7,50 metros (as de 5

metros são as mais utilizadas);normalmente apresentam-se enroladas em um

tambor (figura a seguir) ou cruzeta, com cabos distensores nas extremidades, por

serem leves e praticamente indeformáveis, os levantamentos realizados com este

tipo de dispositivo nos fornecem uma maior precisão nas medidas, ou seja, estas

medidas são mais confiáveis, desvantagens: as de fabricação mais antiga,

enferrujam com facilidade e, quando esticadas com nós, se rompem facilmente.

Além disso, em caso de contato com a rede elétrica, podem causar choques, as

mais modernas, no entanto, são revestidas de nylon ou epoxy e, portanto, são

resistentes à umidade, a produtos químicos, a produtos oleosos e à temperaturas

extremas. São duráveis e inquebráveis.

Page 14: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Figura 04-fita de aço e fita

-Trena de Lona

É feita de pano oleado ao qual estão ligados fios de arame muito finos que lhe dão

alguma consistência e invariabilidade de comprimento, é graduada em metros,

centímetros e milímetros em um ou ambos os lados e com indicação dos

decímetros, o comprimento varia de 20 a 50 metros, não é um dispositivo preciso,

pois deforma com a temperatura, tensão e umidade (encolhe e mofa), pouquíssimo

utilizado atualmente.

-Trena de Fibra de Vidro

É feita de material bastante resistente (produto inorgânico obtido do próprio vidro por

processos especiais), conforme figura a seguir, pode ser encontrada com ou sem

envólucro e, este, se presente, tem o formato de uma cruzeta; sempre apresentam

distensores (manoplas) nas suas extremidades, seu comprimento varia de 20 a 50m

(com envólucro) e de 20 a 100m (sem envólucro) comparada à trena de lona,

deforma menos com a temperatura e a tensão, não se deteriora facilmente, é

resistente à umidade e a produtos químicos, é bastante prática e segura.

Page 15: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Figura 05- Trena de fibra de vidro

Apesar da qualidade e da grande variedade de diastímetros disponíveis no

mercado, toda medida direta de distância só poderá ser realizada se for feito uso de

alguns acessórios especiais são eles;

-Piquetes

São necessários para marcar, convenientemente, os extremos do alinhamento a ser

medido são feitos de madeira roliça ou de seção quadrada com a superfície no topo

plana são assinalados (marcados) por tachinhas de cobre seu comprimento varia de

15 a 30cmseu diâmetros varia de 3 a 5cmé cravado no solo, porém, parte dele

(cerca de 3 a 5 cm) deve permanecer visível sua principal função é a materialização

de um ponto topográfico no terreno.

-Estacas

São utilizadas como testemunhas da posição do piquete são cravadas próximas ao

piquete cerca de 30 a 50cmseu comprimentos varia de 15 a 40cmseu diâmetros

varia de 3 a 5cmsão chanfradas na parte superior para permitir uma inscrição

numérica ou alfabética, que pertence ao piquete testemunhado.

Page 16: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Figura 06- Estacas de medição

-Fichas

São utilizadas na marcação dos lances efetuados com o diastímetro quando a

distância a ser medida é superior ao comprimento deste são hastes de ferro ou aço

seu comprimento é de 35 ou 55cmseu diâmetro é de 6mmconforme figura a seguir,

uma das extremidades é pontiaguda e a outra é em formato de argola, cujo diâmetro

varia de 5 a 8 cm.

Figuras 07- Fichas de marcação

-Balizas

É vara de ferro ou madeira, de 2m de comprimento, pintada geralmente de branco e

vermelho, para que sejam vistas com facilidade à distância. Tem a função de

facilitar a localização dos pontos do terreno.

Figuras 08- Balizas utilizadas para localização de pontos do terreno

-Nível de Cantoneira

Aparelho em forma de cantoneira e dotado de bolha circular que permite à pessoa

que segura à baliza posicioná-la corretamente (verticalmente) sobre o piquete ou

sobre o alinhamento a medir.

Page 17: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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Figura 09- Nível de cantoneira aparelho de suporte a baliza

-Barômetro de Bolso

O aparelho que se destina à medição da pressão atmosférica (em mb = milibares)

para fins de correção dos valores obtidos no levantamento atualmente estes

aparelhos são digitais e, além de fornecerem valores de pressão, fornecem valores

de altitude com precisão de 0,10m .exemplo:

Figura 10- Barômetro utilizado na medição da pressão atmosférica

-Dinamômetro

O aparelho que se destina à medição das tensões que são aplicadas aos

diastímetros para fins de correção dos valores obtidos no levantamento, as

correções são efetuadas em função do coeficiente de elasticidade do material com

que o diastímetro foi fabricado.

-Termômetro

O aparelho que se destina à medição da temperatura do ar (C) no momento da

medição para fins de correção dos valores obtidos no levantamento as correções

Page 18: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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são efetuadas em função do coeficiente de dilatação do material com que o

diastímetro foi fabricado.

-Nível de Mangueira

É uma mangueira d'água transparente que permite, em função do nível de água das

extremidades, proceder à medida de distâncias com o diastímetro na posição

horizontal. Este tipo de mangueira é também muito utilizado na construção civil em

serviços de nivelamento (piso, teto, etc.).

-Cadernetas de Campo

É um documento onde são registrados todos os elementos levantados no campo

(leituras de distâncias, ângulos, régua, croquis dos pontos, etc.) normalmente são

padronizadas, porém, nada impede que a empresa responsável pelo levantamento

topográfico adote cadernetas que melhor atendam suas necessidades. Com relação

aos seguintes acessórios mencionados: barômetro, termômetro e dinamômetro;

pode-se afirmar que os mesmos são raramente utilizados atualmente para

correções das medidas efetuadas com diastímetros. Contudo, os diastímetros são

ainda largamente empregados em levantamentos que não exigem muita precisão,

ou, simplesmente, em missões de reconhecimento.

3.1.2.3-Erros

Nas medições com fitas deve-se ter conhecimento das causas da ocorrência de

erros, e da influência que esses erros podem causar na medida da grandeza.

Assim, os erros pertinentes às medições topográficas podem ser classificados

como:

-Naturais: são aqueles ocasionados por fatores ambientais, ou seja, temperatura,

vento, refração e pressão atmosféricas, ação da gravidade, etc.. Alguns destes

erros são classificados como erros sistemáticos e dificilmente podem ser evitados.

São passíveis de correção desde que sejam tomadas as devidas precauções

durante a medição.

Page 19: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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-Instrumentais: são aqueles ocasionados por defeitos ou imperfeições dos

instrumentos ou aparelhos utilizados nas medições. Alguns destes erros são

classificados como erros acidentais e ocorrem ocasionalmente, podendo ser

evitados e/ou corrigidos com a aferição e calibragem constante dos aparelhos.

-Pessoais: são aqueles ocasionados pela falta de cuidado do operador. Os mais

comuns são: erro na leitura dos ângulos, erro na leitura da régua graduada, na

contagem do número de trenadas, ponto visado errado, aparelho fora de prumo,

aparelho fora de nível, etc.. São classificados como erros grosseiros e não devem

ocorrer jamais, pois não são passíveis de correção.

É importante ressaltar que alguns erros se anulam durante a medição ou durante o

processo de cálculo. Portanto, um levantamento que aparentemente não apresenta

erros, não significa estar necessariamente correto.

3.1.2.4- Medida indireta de distancia

O processo de medida é indireto quando a distância é calculada em função da

medida de outras grandezas, não havendo, portanto, necessidade de percorrer a

distância para compará-la com a grandeza padrão.

Figura 11- Medida indireta de distância

Os erros cometidos durante a determinação indireta de distâncias podem ser

devidos aos seguintes fatores leitura da régua: relativo à leitura errônea dos fios

estadimétricos inferior, médio e superior provocados:

Page 20: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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-Pela distância entre o teodolito e a régua (muito longa ou muito curta).

-Pela falta de capacidade de aproximação da luneta.

-Pela espessura dos traços do retículo.

-Pelo meio ambiente (refração atmosférica, ventos, má iluminação).

-Pela maneira como a régua está dividida e pela variação do seu comprimento.

-Pela falta de experiência do operador.

Leitura de ângulos: ocorre quando se faz a leitura dos círculos vertical e/ou

horizontal de forma errada, por falha ou falta de experiência do operador,

verticalidade da baliza: ocorre quando não se faz uso do nível da cantoneira exe.:

Figura 11.1- Erros de determinação indireta de distância

Verticalidade da mira: assim como para a baliza, ocorre quando não se faz uso do

nível de cantoneira.

Erro linear de centragem do teodolito: consiste este erro se verifica quando a

projeção do centro do instrumento não coincide exatamente com o vértice do ângulo

a medir, ou seja, o prumo do aparelho não coincide com o ponto sobre o qual se

encontra estacionado.

Figura 11.2- Erro linear de centragem do teodolito

Erro de calagem ou nivelamento do teodolito: ocorre quando o operador, por falta de

experiência, não nivela o aparelho corretamente.

Page 21: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

14

Os equipamentos utilizados na medida indireta de distâncias são principalmente:

-Teodolito e/ou Nível: o teodolito é utilizado na leitura de ângulos horizontais e

verticais e da régua graduada; o nível é utilizado somente para a leitura da régua.

Figura11. 3- Mostra três gerações de teodolitos: o trânsito (mecânico e de leitura

externa); o ótico (prismático e com leitura interna); e o eletrônico (leitura digital).

-Acessórios: entre os acessórios mais comuns de um teodolito ou nível estão: o tripé

(serve para estacionar o aparelho); o fio de prumo (serve para posicionar o aparelho

exatamente sobre o ponto no terreno); e a lupa (para leitura dos ângulos).

Mira ou Régua graduada: é uma régua de madeira, alumínio ou PVC,

graduada em m, dm, cm e mm; utilizada na determinação de

distâncias horizontais e verticais entre pontos.

Page 22: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

15

Figura 11.4- Tripé de alumínio, normalmente utilizado com teodolitos óticos ou

eletrônicos.

3.1.2.5-taqueometria

A taqueometria compreende uma série de operações que constituem um processo

rápido e econômico para se obter o relevo de um terreno. Estuda os processos de

levantamentos planimétricos realizados com o taqueômetro (teodolito e mira).

3.1.2.6-Ângulos

3.1.2.6.1-Azimute

Azimute é o ângulo formado entre uma direção do terreno e a direção norte-sul. O

azimute varia de 0 a 360 , com origem no norte e sentido NESW (direita

Figura 12-Ângulos de azimute

Nos problemas topográficos, também é comum a medida do azimute em quadrantes

(variando de 0 a 90 ), com origem no norte, nos sentidos NW e NE e, com origem

no sul, nos sentidos SW e SE; nestes casos, o azimute recebe o nome particular de

RUMO.

Page 23: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

16

Figura 12.1- Mostra medidas de azimute em quadrantes

Azimute Magnético: definido como o ângulo horizontal que a direção de um

alinhamento faz com o meridiano magnético. Este ângulo é obtido através de uma

bússola, como mostra a figura a seguir.

Os azimutes (verdadeiros ou magnéticos) são contados a partir da direção norte (N)

ou sul (S) do meridiano, no sentido horário - azimutes à direita, ou, no sentido anti-

horário - azimutes à esquerda, variando sempre de 0 a 360 .

Rumo Verdadeiro: é obtido em função do azimute verdadeiro através de relações

matemáticas simples.

Rumo Magnético: é o menor ângulo horizontal que um alinhamento forma com a

direção norte/sul definida pela agulha de uma bússola (meridiano magnético).

Figura 12.2- Rumo magnetico

Os rumos (verdadeiros ou magnéticos) são contados a partir da direção norte (N) ou

sul (S) do meridiano, no sentido horário ou anti-horário, variando de 0 a 90 e

Page 24: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

17

sempre acompanhados da direção ou quadrante em que se encontram (NE, SE,

SO, NO).

3.1.2.6.2-Ângulos horizontais

Dadas duas direções quaisquer, a medida angular horizontal entre elas é feita

através da medida do ângulo diedro formado por dois planos verticais que contêm

respectivamente as direções em questão. Os terrenos normalmente são definidos

por poligonais compostas de vértices, distâncias e ângulos internos.

Figura 12.3-Poligonais do terreno composta de vertices

Para a medida de um ângulo horizontal interno a dois alinhamentos consecutivos de

uma poligonal fechada, o aparelho deve ser estacionado, nivelado e centrado com

perfeição, sobre um dos pontos que a definem (o prolongamento do eixo principal do

aparelho deve coincidir com a tachinha sobre o piquete).

Assim, o método de leitura do referido ângulo, utilizando um teodolito eletrônico ou

uma estação total, consiste em:

-Executar a pontaria (fina) sobre o ponto a vante (primeiro alinhamento);

-Zerar o círculo horizontal do aparelho nesta posição

-Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a pontaria

(fina) sobre o ponto a ré (segundo alinhamento);

Page 25: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

18

-Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde ao ângulo

horizontal interno medido.

Figura 12.4- Ângulos horizontais internos medidos em todos os pontos de uma

poligonal.

3.1.2.6.3-Ângulos verticais

O ângulo de inclinação ( ), com origem no horizonte, varia de 0 a 90 ,

positivamente para as retas ascendentes e negativamente para as retas

descendentes.

Figura 13-Ângulos verticais

Para a medida de um ângulo horizontal externo a dois alinhamentos consecutivos de

uma poligonal fechada, o aparelho deve ser estacionado, nivelado e centrado com

perfeição, sobre um dos pontos que a definem (o prolongamento do eixo principal do

aparelho deve coincidir com a tachinha sobre o piquete).

Page 26: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

19

Assim, o método de leitura do referido ângulo, utilizando um teodolito eletrônico ou

uma estação total, consiste em:

-Executar a pontaria (fina) sobre o ponto a ré (primeiro alinhamento);

-Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a pontaria

(fina) sobre o ponto a vante (segundo alinhamento);

-Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde ao ângulo

horizontal externo medido.

Figura 13.1- Ângulos horizontais externos medidos de uma poligonal

3.1.2.6.4-Distancia horizontal (DH): é a distância medida entre dois pontos, no

plano horizontal.

Figura 14-Distancia horinzontal

Os taqueômetros são teodolitos munidos de fios chamados estadimétricos e que,

além da função de medir ângulos, podem efetuar medidas indiretas de distância. A

luneta dos taqueômetros é munida de um retículo, destinado á medida indireta de

distância.

Page 27: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

20

figura 15-Taqueometros utilizado para medir ângulos e medidas indireta de distancia

Os distanciômetros de luneta são constituídos por uma objetiva munida de três fios

estadimétricos a, m e b equidistantes e a ocular por onde o observador pode

visualizar aqueles fios e uma régua graduada (mira). Para medir uma distância com

o teodolito, coloca-se o teodolito num dos extremos e a mira no outro, em posição

vertical; observando-se o intervalo abrangido na mira pelos raios visuais que

passam pelos fios estadimétricos extremos.

3.1.2.7-Distâncias verticais ou diferença de nível: é a distância medida entre dois

pontos, num plano vertical que é perpendicular ao plano horizontal. Este plano

vertical pode passar por qualquer um dos pontos A/A’ ou B/B’ já mencionados.

3.1.2.8-Distância Inclinada (DI): é a distância medida entre dois pontos, em planos

que seguem a inclinação da superfície do terreno, é importante relembrar que as

grandezas representadas pela planimetria são: distância e ângulo horizontais

(planta); enquanto as grandezas representadas pela altimetria são: distância e

ângulo verticais, representados em planta através das curvas de nível, ou, através

de um perfil.

3.1.2.9-Medida eletrônica de distância

Os distanciômetros eletrônicos DME medem a distância usando como padrão de

medida o comprimento de onda do espectro eletromagnético, de valor

rigorosamente conhecido, nos gamas de luz ou microondas. A distância é conhecida

pela comparação de fase entre uma "amostra" da onda emitida, com a fase da onda

Page 28: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

21

recebida, após ter ela percorrido a distância a ser medida e refletida de volta ou

retransmitida no ponto de retorno. Os DME são constituídos de:

-Gerador de luz ou microondas que produz a onda portadora; oscilador que gera

frequência precisa e estável, necessária à modulação da onda portadora; modulador

para transformar a onda portadora em onda modulada (ampliação de zero até um

máximo) no mesmo ritmo da frequência gerada pelo oscilador; emissor do feixe de

ondas moduladas; receptor de ondas e amplificador; comparador de fase das ondas

emitidas e recebidas e dispositivas de leitura de fase ou da distância.

Figura 16- Gerador de luz ou microondas que produz a onda portadora

Alguns equipamentos de medida eletrônica:

-Trena Eletrônica

Dispositivo eletrônico composto de um emissor/receptor de sinais que podem ser

pulsações ultrassónicas ou feixe de luz infravermelho o alcance depende do

dispositivo normalmente, para a determinação de distâncias acima de 50 metros, é

necessário utilizar um alvo eletrônico para a correta devolução do sinal emitido

como explicitado anteriormente, o cálculo da distância é feito em função do tempo

que o sinal emitido leva para atingir o alvo, ser refletido e recebido de volta; a

Page 29: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

22

frequência e o comprimento do sinal são conhecidos pelo dispositivo o sinal é então

recebido e processado e a distância calculada é mostrada num visor de cristal

líquido (LCD) alguns destes dispositivos são capazes de processar, entre outras

coisas, áreas, volumes, adição e subtração

de distâncias, etc.

Figura 17- medição interna utilizando trena eletrônica

-Teodolito Eletrônico

É um dispositivo com ótica de alto rendimento, mecânica de precisão, facilidade de

utilização e altíssima confiabilidade, normalmente faz parte de um sistema modular

que permite adaptar outros equipamentos de medição (distanciômetro ou trena

eletrônica) que se adequem às suas novas necessidades a um custo reduzido,

Page 30: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

23

Figura 18- Teodolito eletrônico (modelo T460d) e uma trena eletrônica.

Não utiliza, necessariamente, sinais refletores para a identificação do ponto a medir,

pois é um equipamento específico para a medição eletrônica de ângulos e não de

distâncias assim, possibilita a leitura de ângulos (Hz e V) contínuos em intervalos

que variam de 20”, 10”, 7”, 5”, 3”, 2”, 1.5”, 1” e 0.5", dependendo da aplicação e do

fabricante dispõe de prumo ótico ou a laser, como indica a figura a seguir, e com

magnitude (focal) de até 2Xpossui visor de cristal líquido (LCD) com teclado de

funções e símbolos específicos que têm por finalidade guiar o operador durante o

levantamento o teclado, bem como o equipamento, recarregável luneta tem uma

magnitude (focal) que varia de 26X a 30Xpermite medições sob temperaturas que

variam de -20C a +50C, exploração de minérios, em levantamentos topográficos e

geodésicos, etc..

-Distanciômetro Eletrônico

É um equipamento exclusivo para medição de distâncias (DH, DV e DI) a tecnologia

utilizada na medição destas distâncias é a do infravermelha a precisão das medidas

depende do modelo de equipamento utilizado;

Page 31: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

24

Figura 19- Mostra a vista posterior (teclado e visor) e anterior (emissor e receptor do

infravermelho) de um distanciômetro.

É normalmente utilizado acoplado a um teodolito ótico-prismático convencional ou a

um teodolito eletrônico o alcance deste equipamento varia entre 500m a 20.000m e

depende da quantidade de prismas utilizados para a reflexão do sinal, bem como,

das condições atmosféricas o prisma é um espelho circular, de faces cúbicas,

utilizado acoplado a uma haste de metal ou bastão e que tem por finalidade refletir o

sinal emitido pelo aparelho precisamente na mesma direção em que foi recebido o

sinal refletor (bastão + prismas) deve ser posicionado sobre o ponto a medir, na

posição vertical, com a ajuda de um nível de bolha circular ou de um bipe.

Figura 19.1-Um bastão, um prisma e um tripé específico para bastão.

-Estação Total

A estação total é o conjunto definido por um teodolito eletrônico, um distanciômetro

a ele incorporado e um microprocessador que automaticamente monitora o estado

de operação do instrumento, portanto, este tipo de equipamento é capaz de medir

Page 32: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

25

ângulos horizontais e verticais (teodolito) e distâncias horizontais, verticais e

inclinadas (distanciômetro), além de poder processar e mostrar ao operador uma

série de outras informações, tais como: condições do nivelamento do aparelho,

número do ponto medido, as coordenadas UTM ou geográficas e a altitude do

ponto, a altura do aparelho, a altura do bastão, etc.

Figura 20-Estação total com um cartão PCMCIA

As estações são relativamente resistentes a intempéries e alguns fabricantes

dispõem de modelos à prova d’água funcionam com bateria específica, porém,

recarregável, são muito utilizadas atualmente em qualquer tipo de levantamento,

topográfico ou geodésico.

Figura 20.1- Estação total da LEICA, modelo TC600,

-Nível digital

Page 33: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

26

É um nível para medição eletrônica e registro automático de distâncias horizontais e

verticais ou diferenças de nível, portanto, não mede ângulos seu funcionamento

está baseado no processo digital de leitura, ou seja, num sistema eletrônico de

varredura e interpretação de padrões codificados para a determinação das

distâncias o aparelho deve ser apontado e focalizado sobre uma régua graduada

cujas divisões estão impressas em código de barras (escala binária).

Este tipo de régua, que pode ser de alumínio, metal inva, ou fibra de vidro, é

resistente à umidade e bastante precisa quanto à divisão da graduação os valores

medidos podem ser armazenados internamente pelo próprio equipamento ou em

coletores de dados. Estes dados podem ser transmitidos para um computador

através de uma interface RS 232 Padrões a régua é mantida na posição vertical,

sobre o ponto a medir, com a ajuda de um nível de bolha circular.

Figura 21- modelos de nível digital e uma régua de nível

-Nível a Laser

É um nível automático cujo funcionamento está baseado na tecnologia do

infravermelho assim como o nível digital, é utilizado na obtenção de distâncias

verticais ou diferenças de nível e também não mede ângulos para a medida destas

Page 34: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

27

distâncias é necessário o uso conjunto de um detector laser que deve ser montado

sobre uma régua de alumínio, metal invar ou fibra de vidro, utilizada no cálculo das

distâncias por estadimetria, é efetuada diretamente sobre a mesma, com o auxílio

do detetor laser, pela pessoa encarregada de segurá-la.

Figuras 22- Nível a laser e uma régua metálica com detentor laser adaptada.

3.1.3-Avaliação de área

Podemos classificar os processos topográficos de avaliação de áreas em três tipos:

geométrico, analítico e mecânico. A decomposição do polígono em figuras

geométricas: Seja o polígono ABCDEFG; para efeito de avaliação de sua área, foi

decomposto em três triângulos e um trapézio. Redução ou equivalência geométrica

Consiste o processo na transformação da superfície de um polígono qualquer na de

um triângulo da mesma área, utilizando-se construções gráficas.

Page 35: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

28

Figura 23- Geometria de redução na avaliação de área

O processo de avaliação das áreas extrapoligonais seja a área extrapoligonal

ABPQ, que se deseja avaliar.

Figura 23.1- Processo de avaliação de área

3.1.4-Altimetria

A altimetria tem por fim a medida da distância vertical ou diferença de nível entre

diversos pontos. Dá-se o nome de nivelamento á determinação do relevo de um

terreno, obtendo-se, através de processos específicos, as altitudes (referidas à

superfície média dos mares), as cotas (referem a uma superfície de nível fictícia,

situada acima ou abaixo da superfície dos mares) ou as diferenças de altitudes ou

de cotas, dos diversos pontos desse terreno. A diferença de nível pode ser

determinada por três processos: nivelamento geométrico, trigonométrico,

barométrico.

- Nivelamento geométrico

Este método diferencia-se dos demais, pois está baseado somente na leitura de

réguas ou miras graduadas, não envolvendo ângulos. O aparelho utilizado deve

estar estacionado a meia distância entre os pontos (ré e vante), dentro ou fora do

alinhamento a medir. Assim como para o método anterior, as medidas de DN ou DV

Page 36: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

29

podem estar relacionadas ao nível verdadeiro ou ao nível aparente, depende do

levantamento.

-Simples

Neste método é instala-se o nível uma única vez em ponto estratégica, situada ou

não sobre a linha a nivelar e equidistante aos pontos de nivelamento.

Figura 24-Nivelamento simples

-Composto

Este método, exige que se instale o nível mais de uma vez, por ser, o desnível do

terreno entre os pontos a nivelar, superior ao comprimento da régua. Instala-se o

nível eqüidistante aos pontos de ré e intermediário (primeiro de uma série de pontos

necessários ao levantamento dos extremos), evitando-se aos máximos lances muito

curtos.

Page 37: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

30

Figura 24.1-Nivelamento composto

-Nivelamento trigométrico

Este método baseia-se na resolução de um triângulo retângulo ABC, conhecendo a

base AB = D e o ângulo de inclinação .

Figura 24.2- Nivelamento trigométrico

-Clinômetro Analógico ou Digital

O dispositivo capaz de informar a inclinação ()entre pontos do terreno indicado

para a medida de ângulos, lances inferiores a 150m constituído por luneta, arco

vertical e vernier e bolha tubular pode ser utilizado sobre tripé com prumo de bastão

e duas miras verticais de 4m, para a determinação das distâncias horizontais por

estadimetria.

Page 38: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

31

Figura 24.3- representa o dispositivo clinométro analógico ou digital

-Nivelamento barométrico

O nivelamento barométrico é baseado na relação que existe entre altitude e pressão

atmosférica. Este método, em função dos equipamentos que utiliza, permite obter

valores em campo que estão diretamente relacionados ao nível verdadeiro.

Atualmente, com os avanços da tecnologia GPS e dos níveis laser e digital, este

método não é mais empregado.

Os equipamentos para trabalhos rotineiros de reconhecimento são:

-Altímetro Analógico

É constituído de uma cápsula metálica vedada a vácuo que com a variação da

pressão atmosférica se deforma. Esta deformação, por sua vez, é indicada por um

ponteiro associado a uma escala de leitura da altitude que poderá estar graduada

em metros ou pés este tipo de altímetro é dito compensado quando possui um

dispositivo que indica a correção a ser feita no valor da altitude por efeito da

temperatura.

Page 39: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

32

Figura 24.4- Altímetro Analógico

-Altímetro Digital

O seu funcionamento é semelhante ao do altímetro analógico, porém, a escala de

leitura foi substituída por um visor de LCD, típico dos aparelhos eletrônicos, as

altitudes são fornecidas com precisão de até 0,04m (“0,015”).

Figura 24.4.1- Altímetro Digital

A Utilização das Medidas de um Levantamento Altimétrico consiste nas medidas,

cálculos e transportes de um nivelamento podem ser utilizados no perfil de

representação gráfica do nivelamento e a sua determinação tem por finalidade, os

estudo do relevo ou do seu modelado, através das curvas de nível através da

locação de rampas de determinada declividade para projetos de engenharia e

arquitetura: edificações, escadas, linhas de eletrificação rural, canais e

encanamentos, estradas etc. O estudo dos serviços de terraplanagem (volumes de

corte e aterro). O perfil de uma linha do terreno pode ser de dois tipos:

Page 40: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

33

Longitudinal: determinado ao longo do perímetro de uma poligonal (aberta ou

fechada), ou, ao longo do seu maior afastamento (somente poligonal fechada).

Transversal: determinado ao longo de uma faixa do terreno e perpendicularmente

ao longitudinal.

O levantamento de um perfil, para poligonais abertas ou fechadas, é feito da

seguinte forma:

-Toma-se o maior afastamento (fechada) ou o perímetro (aberta) de uma poligonal e

determina-se a linha principal a ser levantada.

-Faz-se o estaqueamento desta linha em intervalos de 5m, 10m ou 20m, com a

ajuda de balizas e trena ou de teodolito. É importante que as estacas sejam

numeradas.

-Faz-se o levantamento altimétrico desta linha e determinam-se todos os seus

desníveis.

-Faz-se o estaqueamento das linhas transversais com a mesma precisão da linha

principal, ou seja, em intervalos de 5m, 10m ou 20m.

-Representam-se os valores dos desníveis obtidos e das distâncias horizontais entre

as estacas em um sistema de eixos ortogonais.

3.1.5-Planialtimetria

É a representação das informações planimétricas e altimétricas, obtidas dos

levantamentos já descritos anteriormente, em uma única planta, carta ou mapa.

A finalidade da planta planialtimétrica é fornecer o maior número possível de

informações da superfície representada para efeitos de estudo, planejamento e

viabilização de projetos a planimetria permite representar os acidentes geográficos

(naturais ou artificiais) do terreno em função de suas coordenadas planas (x, y).

Page 41: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

34

A planta planialtimétrica é utilizada para:

-Escolha do melhor traçado e locação de estradas (ferrovias ou rodovias)

-Através da planta pode-se determinar a Declividade máxima das rampas no Mínimo

de curvas necessário, movimentação de terra (volumes de corte e aterro) e etc.

-Linhas de transmissão: energia

Através da planta fazem-se o estudo a direção e largura da faixa de domínio da

linha (perfis longitudinal e transversal), Áreas de desapropriação.

-Dutos em geral: óleo, gás, água, esgoto, produtos químicos, etc.

Através da planta é possível e estudar o relevo para a idealização do projeto (perfis,

declividades, etc.), determinar pontos onde é necessária a utilização de bombas

para recondução do escoamento.

- Avaliação de Áreas de Figuras Planas

Como descrito acima, de posse da planta, carta ou mapa, o engenheiro pode dar

início aos estudos que antecedem às fases de planejamento e viabilização de

diversos projetos.

A avaliação de áreas de figuras planas faz parte deste estudo preliminar e tem como

objetivo informar ao engenheiro quais as áreas aproximadas envolvidas por um

determinado projeto.

3.1.5.1-Planta topográfica

Existem vários métodos para a representação do relevo de um terreno, sendo de

uso corrente o método das curvas de nível, que consiste em seccionar o terreno por

um conjunto de planos horizontais equidistantes, que interceptam a superfície do

local, determinando linhas fechadas que recebem o nome de "curvas de nível".

Page 42: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

35

Figura 25- Planta topográfica com traços mais fortes as curvas mestras.

A união de pontos notáveis da mesma categoria dá origem às linhas notáveis, que

se classificam em:

a) linhas de cumiada, de espigão ou divisórias de água: são as linhas formadas pela

sucessão de pontos notáveis mais altos.

As águas das chuvas que caem sobre uma linha de cumiada se dividem, caindo

uma parte em cada uma das superfícies laterais, chamadas vertentes das águas.

b) linhas de talvegue: são as linhas formadas pela sucessão dos pontos notáveis

mais baixos.

Ao longo das linhas de talvegue se reúnem as águas das vertentes, formando os

cursos d'água.

As denominações e definições em topologia do terreno são:

Cordilheira: cadeia de montanhas de grandes altitudes.

Contraforte: montanha alongada que se destaca da cordilheira, formando uma

cadeia de segunda ordem.

Espigão: contraforte secundário.

Page 43: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

36

Serra: cadeia de montanhas de forma alongada, cuja parte elevada aparenta dentes

de serra.

Montanha: grande elevação de terra, de altura superior a 400m.

Vértice ou cimo: ponto culminante da montanha; pode ser arredondado (pico) ou

pontiagudo (agulha).

Maciço: conjunto de montanhas agrupadas em torno de um ponto culminante.

Morro: pequena elevação.

Colina: pequena elevação, de 200m a 400m de altura, com declives pouco

pronunciados.

Planaltos: superfícies regulares, mais ou menos extensas, situadas a grande

altitude.

Planícies: superfícies regulares, mais ou menos extensas, situadas à pequena

altitude.

Vertentes: superfícies inclinadas que vem do cimo até a base das montanhas.

Dorso ou divisor de águas: superfícies convexas formadas pelo encontro de duas

vertentes.

Vale: superfícies côncavas formadas pelo conjunto de duas vertentes opostas; os

vales podem ter fundo côncavo, fundo de ravina ou fundo chato.

Garganta ou selado: lugar do terreno onde a superfície sobe para dois lados

opostos e desce para outros dois lados opostos; a garganta é o ponto mais baixo de

um divisor de águas e o ponto mais alto dos dois talvegues que aí nascem. Se a

profundidade for muito grande recebe o nome de canion.

Page 44: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

37

3.1.6-Curvas de nível

É a interseção da superfície do solo com um plano horizontal de cota conhecida e

relacionada a um referencial básico, “RN”, chamado referência de nível.

A cota é um valor relativo podendo ser positiva, quando corresponde a um valor

situado acima do plano referencial básico, RN, e negativa, quando situada abaixo

dele. O lugar geométrico dos pontos da mesma cota é um plano paralelo ou plano

de comparação, que se denomina plano de nível.

-As curvas de nível espaçadas significam uma inclinação mais suave.

-Quando excessivamente espaçadas indicam terreno quase plano.

-Com pouco espaçamento indicam maiores inclinações.

-As curvas de nível não se cruzam.

-As curvas de nível formam linhas fechadas em torno das elevações e depressões.

Figura 26- Curvas de nível

Por meio destas curvas, podemos representar com precisão o relevo do solo de

qualquer terreno e, levantar todos os dados que interessam. A nota se refere:

Page 45: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

38

-As curvas de nível espaçadas significam uma inclinação mais suave.

-Quando excessivamente espaçadas indicam terreno quase plano.

-Com pouco espaçamento indicam maiores inclinações.

-As curvas de nível não se cruzam.

-As curvas de nível formam linhas fechadas em torno das elevações e depressões.

Figura 26.1-Curvas de nível na posição do relevo do solo

3.1.6.1-Divisão do segmento em partes proporcionais

Sejam A e B dois pontos da planta de cotas 25,30m e 31,75m, a partir de A, um

segmento que forme um ângulo qualquer em relação à AB; sobre esse novo

segmento marcam-se, numa escala qualquer, pontos graduados de números

inteiros a partir do valor da cota do ponto A (25,30), terminado no ponto P

correspondente ao valor da cota B(31,75).

Page 46: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

39

Figura 27- Divisão do segmento em partes proporcionais

O perfil de uma seção do terreno é o desenho do relevo esse terreno, ao longo da

seção, que é representada na planta por uma linha (reta, quebrada, curva, etc.). As

plataformas são obras projetadas e executadas com a finalidade de tornar plana a

superfície irregular de um terreno; elas tanto podem ser horizontais como inclinadas.

Com relação ao tipo de movimento de terra utilizado, podem ser classificadas em:

a) Plataformas em corte

Figura 27.1- Plataformas em corte

b) Plataformas em aterro

Figura 27.2-Plataformas em aterro

c) Plataforma em corte e aterro ou mista

Page 47: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

40

Figura 27.3- Plataforma em corte e aterro ou mista

3.1.6.2-Cálculos de volume

A inclinação dos planos de contenção depende do ângulo de atrito do material do

solo, no estado de agregação em que se encontra; o ângulo de atrito () é o maior

ângulo no qual o cone de atrito desse solo é estável.

Figura 28- Cálculos de volume

A interseção entre um talude de corte e o terreno original recebe o nome de linha de

corte, a interseção entre uma saia de aterro e o terreno original recebe o nome de

linha de off-set de aterro.

3.1.7-equipamentos de medição, unidades de medidas e escalas

Os equipamentos de medição angular são:

-Teodolito: Equipamento utilizado para medir ângulos horizontais e verticais com

precisão. Os teodolitos atuais são todos eletrônicos, mas ainda é muito comum os

teodolitos ótico-mecânico.

Page 48: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

41

-Estação Total: Assim como o teodolito, a estação total também mede ângulos

horizontais e verticais. O que as difere dos teodolitos, é que elas também medem

distâncias. Todas as estações totais são eletrônicas e possibilitam o

armazenamento automático das informações.

A unidade que mais representa um espaço a ser ocupado, é sem dúvida as medidas

de área (duas dimensões). De acordo com a ABNT, a medida padrão utilizada em

topografia, é o metro quadrado (m2).

3.1.7.1-Unidades de superfície

Ainda hoje se utilizam alguns tipos de áreas para facilitar a leitura e dimensão.

Qualquer unidade linear elevada ao quadrado pode virar também unidade de área.

Outra unidade que se utiliza é o hectare (ha), que é igual a 10000m2.

3.1.7.2-Unidades de medidas

-Lineares= m (metro)

-Superficiais= m2 (metro quadrado) /Ha (hectare - 10.000 m2)

-Angulares =º (graus)

3.1.7.3-Escalas

Escala - Relação entre duas dimensões

MD = E. MO

MD = Medida no desenho

MO = Medida no terreno

E = Escala

Page 49: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

42

3.1.7.4-Sistema de unidades

Assim como a medida linear, temos várias unidades angulares. As unidades

angulares são de acordo com a divisão de um círculo.

-Grau: Um círculo dividido, a partir de seu centro, em 360 partes. Cada parte desta é

chamada de grau. Cada grau por sua vez, é dividido em 60 partes, chamada de

minuto. Cada minuto é divido em mais 60 partes, chamada de segundo, e cada

segundo assume as divisões decimais. Este sistema é chamado de Sexagesimal.

-Grado: Um círculo dividido, a partir de seu centro, em 400 partes. Cada parte desta

é chamada de grado. Cada grado segue a divisão decimal. Este sistema é chamado

de Centesimal.

-Radiano: Um radiano é representado pelo ângulo formado quando o valor do

comprimento do arco da circunferência é igual ao seu raio. Uma circunferência total

possui 2 radianos.

3.1.7.5-Procedimento para estacionar equipamento topográfico

-Posicione o tripé do instrumento aproximadamente na vertical do ponto topográfico.

Se a superfície topográfica for irregular, posicione apenas uma perna na parte mais

alta e utilize o fio de prumo para auxiliar na detecção da vertical. Procure adaptar a

altura do tripé para a sua altura, não deixando de considerar a irregularidade da

superfície e nem a altura do instrumento. Aproveite este momento para deixar a

mesa do tripé aproximadamente nivelada e crave uma das pernas no solo (de

preferência a que estiver na parte mais alta do terreno).

-Retire o instrumento de seu estojo conforme o item 4 do manual, coloque-o sobre o

tripé conforme o item 5 do referido manual. Posicione os três calantes numa mesma

altura (de preferência num ponto intermediário do recurso total do calante).

Normalmente os instrumentos possuem marcas fiduciais como anéis pintados ou

parafusos de fixação de seu eixo que podem servir de referência.

Page 50: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

43

-Posicione a marca central do prumo ótico sobre o ponto topográfico utilizando as

duas pernas do tripé que ainda não estão cravadas. Quando a marca estiver

perfeitamente sobre o ponto topográfico, crave as pernas soltas e inicie o

nivelamento da bolha circular utilizando as três pernas. Preste muita atenção na

direção formada pela bolha e o círculo. Esta direção irá definir com qual perna você

deverá subir ou abaixar a mesa.

Conforme as ilustrações ao lado, a perna que deverá baixar a mesa é a perna 1,

pois a bolha circular está na sua direção para o seu lado.

Vista superior da bolha circular vista superior do tripé

Figura 29- Vista superior da bolha circular e tripé

-Com a bolha perfeitamente dentro do círculo (automaticamente a mesa estará

nivelada, pois os calantes estão numa mesma altura), verifique se a marca central

do prumo ótico saiu da vertical do ponto. Caso tenha saído afrouxe o instrumento do

tripé e posicione novamente a marca sobre o ponto topográfico.

-Inicie então o nivelamento da bolha tubular utilizando o “Método dos Três Calantes”

ou o “Método do Calante Perpendicular” (ambos descritos a seguir). Independente

de qual método você optar, deverá ser feito duas vezes. Depois de feito, verifique se

a marca central do prumo ótico saiu do ponto.

- método de três calantes= Deixe a bolha tubular paralela aos calantes 1-2 e nivele-

a utilizando somente estes dois calantes. O movimento dos calantes deverá ser

sempre em sentidos opostos (quando um for girado no sentido horário o outro

deverá ser girado no anti-horário). Em seguida posicione a bolha tubular paralela

aos calantes 2-3 e use estes calantes para nivelar a bolha. Não esqueça que os

Page 51: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

44

calantes devem giram em sentidos opostos. Finalmente deixe a bolha paralela aos

calantes 3-1 e nivele-a também.

Figura 30- Método de três calante

-Método do Calante Perpendicular: Deixe a bolha paralela aos calantes 1-2 e nivele-

a utilizando somente estes dois calantes. O movimento dos calantes deverá ser

sempre em sentidos opostos (quando um for girado no sentido horário o outro

deverá ser girado no anti-horário). Em seguida posicione a bolha tubular

perpendicular aos calantes 1-2 e use somente o calante 3 para nivelar a bolha.

Figura 30.1- Método do Calante Perpendicular

3.1.8-Aerofotogrometria

A execução de fotos áreas tem base da câmera fotográfica com nivelamento em vôo

(parafusos), série de fotos numeradas, correção do eixo longitudinal da câmera em

relação à linha de vôo (devido a ventos de través).

Page 52: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

45

Figura 31-Aerofotogrametria com base na câmera fotografia

As condições atmosféricas da aerofotogrametria a característica é a boa visibilidade,

a condição do sol consiste nas sombras excessivas: promovem perda de nitidez

(ideal: 09h30min às 15h00min), pouca sombra que acarreta perda do contraste

entre os objetos. Os erros de distorção tem linha de vôo não retilínea devido a

movimentações verticais e horizontais. Desnivelamento da aeronave e da câmera.

Figura 31.1- Erros de distorção na movimentação verticais e horizontais

O recobrimento da área promove o aparecimento de pontos comuns em fotos

consecutivas ou laterais.

Recobrimento longitudinal: necessário para permitir a observação de um par estéreo

fotogramétrico e para amarração, recobrimento lateral: para amarrar as sequências

fotográficas.

Page 53: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

46

Figura 31.2- Recobrimento longitudinal

A: afastamento das linhas de vôo.

B: base (distância entre verticais da foto)

L: dimensão da área abrangida pela foto (quadrado)

Os mapas-índice e foto-índice consistem permitem a observação da área através

das fotos e reconhecer a posição de cada foto na área levantada. Devem-se

observar as bandas das fotos na posição invertida e os reconhecimentos.

3.1.8.1-Fotogrametria

-definição de fotogrametria

A fotogrametria é a ciência que permite executar medições precisas utilizando de

fotografias métricas. Embora apresente uma série de aplicações nos mais diferentes

campos e ramos da ciência, como na topografia, geologia, astronomia, medicina,

meteorologia e tantos outros, tem sua maior aplicação no mapeamento topográfico.

Tem por finalidade determinar a forma, dimensões e posição dos objetos contidos

numa fotografia, através de medidas efetuadas sobre a mesma. Com objetivo

Realizar medições sobre fotografias para a elaboração de mapas topográfico-

geodésicos planialtimétricos. A Divisão consiste por partes:

Page 54: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

47

Métrica: realiza medidas precisas e computações para a determinação da forma e

tamanho dos objetos fotografados.

Interpretativa: lida com o reconhecimento e a identificação destes mesmos objetos.

Dentre elas, podemos encontrar:

Sensoriamento Remoto: ciência cujos aparelhos são capazes de captar e registrar

características das superfícies, sub-superfícies e de corpos sobre as superfícies,

abrangendo, em seu mais alto grau, instrumentos que não requerem contato físico

com estes corpos para a coleta das informações desejadas. Captam imagens

através de câmaras multiespectrais, sensores infravermelho, scanners térmicos,

radares, microondas.

Fotointerpretação: é o estudo sistemático de imagens fotográficas para propósitos

de identificação de objetos e julgamento da sua significância. Sua finalidade é o

levantamento de mapas temáticos. Tanto o Sensoriamento Remoto como a

Fotogrametria Métrica estão sendo largamente empregados como ferramenta no

planejamento e gerenciamento de projetos que envolvem o meio ambiente e/ou

recursos naturais. Os Ambos são utilizados como base de dados gráfica para

projetos de SIG (Sistemas de Informações Geográficas) ou Geoprocessamento. As

aplicações são:

-Mapas topográficos (planialtimétricos) e temáticos (solos, vegetação, relevo).

-Projetos rodoviários, de obras de artes especiais como: pontes, bueiros,

encanamentos, oleodutos, linhas de transmissão, barragens e etc.

-Estudos pedológicos (ou de solos), florestais, geológicos.

A Classificação se faz segundo o tipo e posição espacial da câmara e segundo a

sua finalidade.

-Fotogrametria Terrestre

Page 55: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

48

Utiliza-se de fotografias obtidas de estações fixas sobre a superfície do terreno, com

o eixo ótico da câmara na horizontal. (Fotografias horizontais)

Topográfica: utilizada no mapeamento topográfico de regiões de difícil acesso.

Não Topográfica: utilizada em atividades policiais, na solução de crimes e de

problemas de tráfego (acidentes de trânsito); na medicina, em tratamentos contra o

câncer; na indústria, na construção de barcos ou no estudo das deformações de um

determinado produto; etc..

-Fotogrametria Aérea

Utiliza-se de fotografias obtidas de estações móveis no espaço (avião ou balão),

com o eixo ótico da câmara na vertical (ou quase).

-Fotogrametria Espacial

Utiliza-se de fotografias obtidas de estações móveis fora da atmosfera da Terra

(extraterrestres) e das medições feitas com câmaras fixas (também chamadas

câmaras balísticas) na superfície da Terra e/ou da Lua.

Quando a Fotogrametria (aérea, terrestre ou espacial) utiliza-se do computador para

a elaboração de mapas, ou seja, todo o processo de transformação da imagem

fotográfica em mapa é realizado matematicamente pelo computador, diz-se que

aquela é Numérica.

Atualmente, além do processo de transformação da imagem fotográfica em mapa

ser realizado pelo computador, o produto que gerou o mapa, no caso a fotografia, e

o próprio mapa gerado, pode estar armazenado em meio magnético na forma de

imagem. Neste caso, a Fotogrametria passa a ser denominada Digital. Os

problemas da fotogrametria esta relacionada a fatores que pode ocorrer erros.

Page 56: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

49

As condições de obtenção e preservação dos negativos e seus produtos à posição

do avião (linha e altura), distorção das lentes e imperfeições óticas, estabilidade da

câmara (inclinação e choques) e etc.

A transferência das informações contidas nos negativos (originais) para o papel

(carta ou mapa) e equipamentos ou operadores. A superfície terrestre, que não é

plana, horizontal e lisa com modelo matemático utilizado (elipsoide).

As Câmaras Fotogramétricas constitui uma imitação grosseira do olho humano e,

como tal, está sujeita a limitações quando da obtenção de informações, registrando

apenas a faixa visível do espectro eletromagnético, trata-se simplesmente de uma

caixa com uma de suas faces internas sensibilizadas quimicamente, tendo, na face

oposta a esta, um pequeno orifício. Esta abertura é feita de forma a permitir que a

luz refletida/emitida por uma cena entre na caixa e atinja a face sensível (filme),

registrando assim a imagem. Existem dois tipos de câmaras fotogramétricas: a

terrestre e a aérea.

-Câmara Terrestre: a câmera permanece fixa durante o tempo de exposição esta

com objeto fotografado geralmente estão fixos o tempo de exposição do filme é

relativamente longo e só diminui quando o objeto a ser fotografado estiver em

movimento na sua utilização a emulsão é de baixa sensibilidade e de granulação

fina com o formato do filme é pequeno e seu funcionamento pode ser manual ou

automático.

Figura 31.3- Câmeras aéreas e terrestres

Tipos de câmaras:

Page 57: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

50

-Pequeno: 50

Obtém fotografias de ângulo pequeno que empregada em trabalhos de

reconhecimento com fins militares com vôos muito altos, para a confecção de

mapas de áreas urbanas densas.

-Normal: 50 75

Obtém fotografias de ângulo normal com trabalhos cartográficos (confecção de

mapas básicos), confecção de mosaicos e ortofotomapas de áreas urbanas não

muito densas.

-Grande-angular: 75 100

Trabalhos cartográficos com maior economia de serviços de aerotriangulação.

Confecção de mapas topográficos e mapas em escalas grandes.

-Super-grande-angular: 100

Obtém fotografias de ângulo muito grande em trabalhos cartográficos com a

vantagem de uma cobertura fotográfica muito maior. Os Formatos são marcados de

modo a permanecerem fixos durante o tempo de exposição estas marcas podem

ter: 18x18cm, 12x18cm, 6x9cm e 23x23cm, ou ainda, 23x46cm (formato especial).

Figura 31.4- Fotografias de ângulo no trabalhos cartográficos

Page 58: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

51

3.1.9-Desenho topográfico

São as representações nos papéis de desenho dos dados obtidos nas atividades de

campo como resultado da execução dos diferentes tipos de serviços topográficos.

Em Topografia as escalas empregadas normalmente para a execução dos

desenhos são: 1:250, 1:200, 1:500 e 1:1000. A utilização destes valores, entretanto,

dependerá do objetivo de cada desenho, podendo ser utilizados outros valores,

quando necessário ou a critério do autor do trabalho. Para a representação de uma

área do terreno, terão que ser levadas em consideração as dimensões reais desta

(em largura e comprimento), bem como, as dimensões x e y do papel onde ela será

projetada. Assim, ao aplicar a relação fundamental de escala, têm-se como

resultado duas escalas, uma para cada eixo. A escala escolhida para melhor

representar a porção em questão deve ser aquela de maior módulo, ou seja, cuja

razão seja menor.

Quando a área levantada e a ser projetada é bastante extensa e, se quer

representar convenientemente todos os detalhes naturais e artificiais a ela

pertinentes, procura-se, ao invés de reduzir a escala para que toda a área caiba

numa única folha de papel, dividir esta área em partes e representar cada parte em

uma folha. É o que se denomina representação parcial. O erro de graficismo (e.g.) é

uma função da acuidade visual, habilidade manual e qualidade do equipamento de

desenho. De acordo com a NBR 13133 (Execução de Levantamentos

Topográficos), o erro de graficismo admissível na elaboração do desenho

topográfico para lançamento de pontos e traçados de linhas é de 0,2 mm e equivale

a duas vezes a acuidade visual. Uma escala gráfica fornece sem cálculos, o valor

real das medidas executadas sobre o desenho, qualquer que tenha sido a redução

ou ampliação sofrida por este.

3.2-levantamento topográfico da mina

Page 59: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

52

O levantamento topográfico da mina executado através da coleta de pontos coordena dos

em x, y, z reais, gerando uma “nuvem” de pontos que será utiliza a para interpretação e

gerando o sólido da cavidade lavra.

A linha azul apresenta o levantamento topográfico, na sequencia a linha preta

apresenta o minério, na linha verde e sto pé.

Figura 32- Levantamento topográfico da mina por pontos de UTM

O levantamento topográfico é realizado por meio da medição dos pontos notáveis,

ou seja, onde existem variações dos mesmos pares coordenados amarrados ao

sistema de coordenadas UTM. Assim se obtém a descrição do terreno no local onde

houve a deposição de um referido material. Para efetuar esse tipo de levantamento

são necessários, além de equipamentos e softwares específicos para realização do

cálculo de volume, profissionais treinados e qualificados para executá-lo, de modo a

se obter um resultado o mais preciso possível. É um procedimento fundamental

quando se trata de conhecer o terreno onde vai ser realizada uma obra, ou ainda se

esse terreno for utilizado para outros fins como, por exemplo, a pesquisa geológica

ou a exploração mineral.

3.3-planejamento de curto prazo

Esse planejamento tem como objetivo, uma lavra para um mínimo de seis meses e

um máximo de um ano. De uma maneira geral esse planejamento seque o

Page 60: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

53

sequenciamento de lavra planejada partir das pesquisas de longo prazo baseado no

conceito de cava ótima, mas em planejar áreas de lavra e desenvolvimento em curto

prazo, com o maior fluxo de caixa, contudo limitado pelo conceito econômico e

geométrico da cava ótima.

Desta forma o planejamento de curto prazo é uma serie de sequências de

expansões que o seu somatório deverá ser fisicamente a exaustão da reserva

lavrável e o resultado econômico a relação estéril minério global. Cada planejamento

curto prazo objetiva a relação custo benefício.

3.3.1-Objetivo

• Prever abertura de estradas e rampas entre os blocos.

• Viabilizar drenagens e situações de depósito de rejeito.

• Analisar os ritmos de produção em relação ao plano anual.

• Adequar a remoção de rejeito às condições meteorológicas.

• Posicionar as escavadeiras de acordo com a necessidade da lavra.

• Analisar os reflexos de desempenho do Plano Trimestral anterior.

• Adequar a demanda ao período em quantidade / tipos de produtos.

Os recursos utilizados são:

-Mapas Topográficos.

-Seções Geológicas Horizontais.

-Cubagens por Planimétrica.

4.0- Aplicação

-Engenharia Civil: como estradas, exploração, projetos, locação e construção Civil

no acompanhamento durante a construção verificação após o término da obra.

Page 61: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

54

- Aeroportos: A obtenção da planta topográfica, locação, projeto, nivelamento de

obra.

-Hidráulica; Estudo do potencial hidráulico.

-Portos: Controle das marés, estudo de canais, bacias de acumulação, locação e

nivelamento de canais de irrigação, controle na construção de barragens.

-Engenharia Elétrica: Locação de linhas de transmissão, subestações, etc.

-Engenharia Mecânica: Locação e nivelamento de equipamentos, controle periódico.

-Engenharia de Minas: Na obtenção da planta topográfica, locação de galerias e

poços.

- Engenharia Sanitária e Urbanismo: Locação e nivelamento de redes de água e

esgoto, drenagens, retificação de cursos d’água, levantamento de áreas para

urbanização e etc.

- Geologia: Demarcação de jazidas e prospecção de galerias.

-Mineração: levantamentos topográficos da mina, planejamento de lavra.

No planejamento de lavra de curto prazo da auxilio no suporte de elaboração dos

correspondentes mapas e plantas nas escavações e como poços, planos inclinados,

galerias, chaminés, áreas mineradas, áreas com movimentação de material,

inclinação dos taludes, drenagens, níveis de água.

Os levantamentos topográficos devem basear-se preferencialmente em uma rede de

triangulação com coordenadas em sistema UTM - Projeção Universal Transversa de

Mercator. .

Assim se obtém a descrição do terreno no local onde houve a deposição de um

referido material. Para efetuar esse tipo de levantamento são necessários, além de

equipamentos e softwares específicos para realização do cálculo de volume.

O equipamento utilizado nesse procedimento foi uma estação total marca LEICA,

modelos TC307 e TC407 e outra de marca TOPCON modelo GTS239. São

equipamentos que medem os ângulos e as distâncias de pontos que são amarrados

ao sistema de coordenadas. A precisão desse equipamento é de 2 mm + 2ppm

linear na medida de distância e de 0o 00’ 07” na medida dos ângulos vertical e

horizontal.

Após o término do processamento dos dados no TOPOGRAPH é visualizada uma

janela é mostrada com o resultado final do cálculo. Os volumes podem ser

calculados com base na malha triangular ou na malha retangular e ambas as opções

Page 62: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

55

funcionam de forma semelhante. A diferença está no método de cálculo do volume,

utilizada para cada caso. Para quaisquer das opções será necessário que a malha

triangular tenha sido gerada pelas Curvas de Nível.

O método utilizado para o cálculo do volume de corte e de aterro de uma área

retangular de um terreno em relação a um plano horizontal é o somatório dos

volumes de prismas de base triangular. Para a obtenção desses prismas, cada

triângulo da malha triangular deverá ser verificado.

Ao informar a área retangular sobre a qual será calculado o volume, os triângulos

gerados pelas Curvas de Nível poderão se posicionar de três diferentes maneiras

em relação à referida área. Se todos os vértices do triângulo estiverem dentro da

área retangular, a projeção desse triângulo no plano de referência será à base do

prisma sobre o qual será calculado o volume e se um ou dois dos vértices do

triângulo estiverem fora da área retangular, à parte do triângulo que estiver dentro

dessa área poderá ser dividida em vários triângulos.

No caso em que todos os vértices do triângulo estiverem fora da área retangular,

esse triângulo será desconsiderado no cálculo do volume. Os triângulos resultantes

da verificação feita acima poderão se posicionar em relação ao plano de referência

de três maneiras diferentes. Se todos os vértices do triângulo estiverem acima do

plano de referência, será definido um prisma triangular cujas bases serão o próprio

triângulo e sua projeção no plano de referência. O volume desse prisma será

acrescentado no volume de corte do terreno e se todos os vértices do triângulo

estiverem abaixo do plano de referência, será definido um prisma triangular cujas

bases serão o próprio triângulo e sua projeção no plano de referência. O volume

desse prisma será acrescentado no volume de aterro do terreno.

Se o plano de referência interceptar o triângulo, poderão ocorrer dois casos: um

vértice posicionado acima do plano de referência e dois vértices abaixo ou vice-

versa. Nos dois casos serão dois prismas, um de base triangular e outro de base

quadrangular. No primeiro caso, o volume do prisma de base triangular será somado

ao volume de corte do terreno e o volume do prisma de base quadrangular será

somado ao volume de aterro do terreno. No segundo caso será feito o inverso, ou

seja, o volume do prisma de base triangular será somado ao volume de aterro do

terreno e o volume do prisma de base quadrangular será somado ao volume de

corte do terreno.

Page 63: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

56

O método utilizado será semelhante ao usado no cálculo de volume pela malha

triangular. Ao invés de utilizar a malha triangular, será usada a malha retangular.

Cada retângulo será dividido em dois triângulos e, para cada um desses triângulos

será aplicado o método de Cálculo para a Malha Triangular.

No cálculo do volume usando a malha retangular, somente serão levados em conta

os retângulos que tiverem pelos menos três de seus vértices no interior da malha

triangular.

Os volumes das pilhas foram calculados separadamente, conforme a metodologia

descrita acima. Os resultados do cálculo de volume do material, realizado após os

trabalhos de topografia de campo e do processamento dos dados, são apresentados

na tabela abaixo. Nela estão registradas as medições realizadas com as respectivas

datas, horas e também os volumes, uma vez que, a cada interrupção da medição, é

necessário começar uma nova, pois as pilhas de minério se alteram

constantemente. Pode-se ainda, por meio desses resultados, perceber a importância

do uso do levantamento topográfico para fins de controle da produção de minério de

ferro dentro de um complexo minerário, já que por meio desse procedimento se

pode verificar o cumprimento do que foi planejado durante um período determinado,

visando atender uma demanda de mercado interno e externo.

Os levantamentos topográficos devem basear-se em redes locais já adotadas em

minas vizinhas caso não exista uma rede de triangulação UTM.

Os levantamentos topográficos, a elaboração de mapas, plantas e trabalhos

correlatos devem respeitar as normas e instruções vigentes.

No mapa geral de localização devem ser indicadas as concessões na região, assim

como as minas exauridas, em funcionamento ou planejadas.

Nos mapas e plantas devem constar também:

a) número de concessões;

b) estradas ou vias de acesso;

c) linhas férreas;

d) instalações de beneficiamento do empreendimento mineiro;

e) portos de embarque;

f) oficinas das minas;

g) drenagens e

h) linhas de alta e média tensão.

Page 64: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

57

Na planta de superfície devem ser indicados:

a) a superfície topográfica;

b) os limites das concessões;

c) os pontos dos vértices das concessões;

d) os perímetros das minas;

e) os limites dos pilares de segurança na superfície;

f) ângulos laterais dos pilares de segurança;

g) pontos de amarração em rede de triangulação, estações e pontos topográficos e

pontos de nível;

h) cursos e acumulações de água;

i) estradas e vias de acesso;

j) linhas férreas;

l) instalações de transporte;

m) linhas de alta e média tensão;

n) construções na superfície;

o) áreas para estocagem de estéril, produtos e rejeitos.

O suporte da topografia é que se possa quantificar o volume de material que se

desloca que esse cálculo permite um controle eficaz sobre a movimentação desse

material.

Assim, seja para se garantir o uso adequado e seguro da mina em curto prazo, seja

para assegurar o bom andamento diário, através de estudos ordenados e cálculo de

volume a ser lavrado.

4.1-levantamento topográfico em campo

O levantamento topográfico é realizado por meio da medição dos pontos notáveis,

ou seja, onde existem variações dos mesmos pares coordenados amarrados ao

sistema de coordenadas UTM. Assim se obtém a descrição do terreno no local onde

houve a deposição de um referido material. Para efetuar esse tipo de levantamento

são necessários, além de equipamentos e softwares específicos para realização do

cálculo de volume.

O levantamento topográfico é usado para determinar analiticamente as medidas de

área, perímetro, localização, orientação, variações e inclinações, tanto do relevo. Os

dados obtidos em campo são trabalhados em computador e apresentados

Page 65: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

58

graficamente na forma de plantas ou cartas topográficas.

O uso do equipamento consiste em um software especifico o sistema Topograph

chegou à Mineração em 1995, adquirido junto com um equipamento Topcon 302 s,

tornou-se mais importante ferramenta de topografia, o sistema é usado para calcular

curvas, desmonte, levantamento de cristas e pés de bancos, controle de desmonte e

muitos outros serviços. Com a ajuda do sistema é calculado na mina um ponto que é

bastante favorável é a boa interface com todos os softwares utilizados pela

Mineração no planejamento da mina onde dados são importados e exportados sem

maiores problemas. Sistema topograph é um software para processamento de dados

topográficos, cálculos de volumes de terraplenagem, projetos viários e elaboração

de notas de serviço.

No levantamento da topografia consiste em áreas pequenas e escalas, com método

clássico que recorre à medição direta. Na área de mineração tem o adensamento de

redes que permite alcançar e visar todo o corpo da superfície a topografia da mina.

Figura 33- Representa o sistema topograph.

5.0-Tratamento Geoestatísticos

Page 66: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

59

Está relacionada com uma analise matemática da Terra, uma avaliação percentual

dos componentes da Terra, ou seja, significa simplesmente à aplicação de métodos

estatísticos em Geologia, geoestatísticos é justamente um nome associado com uma

classe de técnicas usada para analisar e inferir valores de uma variável distribuída

no espaço e ou no tempo. Tais valores são implicitamente assumidos ser

correlacionados com outros, e o estudo de tal correlação é denominada de análise

estrutural ou modelagem do variograma. O Estudo geostático, a parte fundamental

refere-se à determinação do semivariograma. Isso é importante e todo o cuidado

deve ser tomado na análise variografica para que possa obter uma criteriosa análise

geostático. A função variograma é na realidade a análise das informações estruturais

do fenômeno em questão (comportamento espacial) ou, em outras palavras, é a

ferramenta que possibilita identificar, qualificar e compreender a variação espacial

de determinado fenômeno ou variável, a partir de dados amostrais aparentemente

aleatórios e independentes.

Krigagem é um processo de estimativa de valores de variáveis distribuídas no

espaço, e/ou no tempo, a partir de valores adjacentes enquanto considerados como

interdependentes pelo variograma.

A krigagem pode ser usada, como algoritmo estimador, para:

a) previsão do valor pontual de uma variável regionalizada em um determinado local

dentro do campo geométrico; é um procedimento de interpolação exato que leva em

consideração todos os valores observados, o qual pode ser a base para cartografia

automática por computador quando se dispõe de valores de uma variável

regionalizada dispostos por uma determinada área;

b) cálculo médio de uma variável regionalizada para um volume maior que o suporte

geométrico como, por exemplo, no cálculo do teor médio de uma jazida a partir de

informações obtidas de testemunhas de sondagens.

Krigagem ordinária e a metodologia geostática apresentam diversas técnicas de

estimativas disponíveis e a mais usual é a krigagem ordinária Seja um ponto que se

Page 67: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

60

deseja estimar, sendo o valor real desconhecido representado por V. O valor

estimado (V*) é calculado.

Figura 34- Mapa estimado pelo método da krigagem ordinária para os dados.

Figura 34.1- Mapa de desvios-padrão da krigagem

Os métodos Geoestatísticos são dos mais utilizados na área mineira, especialmente

quando se estão perante jazigos minerais de alto valor económico e comportamento

errático.

Figura 34.2- Métodos Geoestatísticos

Page 68: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

61

5.1- Aplicações do levantamento geológico na frente de lavra

O levantamento geológico da frente de lavra é fundamental, pois há um cuidado com

os mapeamentos das frentes de lavra, buscando a identificação dos tipos de

material. São utilizados mapas com topografia constantemente atualizada e seções

tipológicas horizontais correspondentes aos bancos de cada frente de lavra. São

observadas características como composição mineralógica, coloração, estrutura,

compacidade, desagregação, contaminantes, relações de contato entre os tipos de

minério, etc., e são obtidas medidas de foliação, acamamento, lineações, etc... O

processo todo, é para cada bloco, é baseado na coleta de amostras pontuais, ou

seja, com volumes menores que os blocos. As amostras, com teores conhecidos, é

que irão estimar o teor médio dos blocos, a duas ou a três dimensões. O

levantamento geológico, visa à otimização das atividades de lavra, pois fornece

informações essenciais sobre o modo de ocorrência do minério, variação dos teores,

sua distribuição geográfica, relação estéril/minério, presença de descontinuidades,

entre outras. Essas informações são indispensáveis, pois fornecem subsídios para o

direcionamento das atividades durante a vida útil do empreendimento.

5.2-Elaboraçao de modelo tridimensional

Antes de se construir o modelo tridimensional tem serem elaborados mapas

topográficos bidimensionais e tridimensionais a partir de um conjunto de cotas

altimétricas extraídas, onde se mostram a morfologia do terreno da mina com

posicionamento e a direção da inclinação do levantamento. A precisão dos modelos

tridimensional é analisar mediante os estudos do levantamento topográfico na mina,

junto o método geostáticos na frente de lavra com o ponto básico a correlação entre

os teores reais (ou seja, os teores determinados laboratorialmente sobre as

amostras dos logs das sondagens) e os teores estimados a partir daqueles. Os

resultados obtidos indicam que, de facto, os modelos construídos apresentam uma

correlação direta com os dados originais. No entanto, tal não é sinónimo de que

esses modelos sejam os melhores, apenas nos diz que as estimativas feitas para

todos os blocos do modelo honram os dados originais.

Page 69: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

62

Assim, o modelo geológico obtido parece refletir as condições da mina, atendendo

às litologias atravessadas pela topografia e de acordo com o que se conhece da

relação geométrica entre o geológico presente, por outro lado o modelo

tridimensional elaborado com o que acontece à escala regional, verifica-se que não

é perceptível o dobramento em sinclinal das formações, no qual esses dobramentos

não podem ser observados com auxilio da topografia. No entanto, este aspecto não

invalida a razoabilidade da modelação efetuada, apenas denuncia a necessidade de

obtenção de mais dados.

Figura 35- Elaboração do modelo tridimensional

5.3- Elaborações de área de avanço

A elaboração da área de avanço da lavra se dá a seguinte sequência operacional:

um painel totalmente lavrado, preenchido parcialmente por rejeitos do

beneficiamento e recebendo estéril para a conformação topográfica final e

revegetação; um segundo painel, também já lavrado, serve de bacia para os rejeitos

do beneficiamento; e o terceiro painel encontra-se em fase de lavra. A conformação

e o tamanho dos módulos e dos painéis são determinados pela tipologia do minério

e pela demanda necessária para abastecimento das plantas de beneficiamento. A

geometria dos módulos é definida a partir dos seguintes parâmetros: segurança na

construção das barragens de rejeito, volume de produção prevista para períodos de

Page 70: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

63

dois a três anos; participação da produção por tipos de produtos; tipologia do minério

na jazida; e condições de avanço da frente de lavra.

O desenvolvimento da lavra se dá segundo a seguinte sequência operacional:

decapeamento do minério com remoção da camada de estéril e transporte até uma

lagoa de decantação exaurida dentro da cava; avanço com aprofundamento até a

base da camada de minério; disposição dos rejeitos em lagoas de decantação

dentro da cava; retaludamento das laterais da frente de lavra com redução do ângulo

de face dos taludes de 60° para 33° (ângulo de repouso natural da areia);

recomposição do fundo da frente lavrada até 5 m acima do nível do lençol; acesso

às bancadas e ao fundo da frente de lavra por rampas com inclinação de no máximo

6%. Os principais ganhos obtidos com este tipo de desenvolvimento foram tanto

ambientais como econômicos. Na área ambiental, permitiu uma significativa redução

de áreas impactadas para disposição de estéril e barragem de rejeitos, com

consequente aumento de áreas recuperadas e revegetadas. As principais vantagens

ambientais são: eliminação da necessidade de áreas de ocupação e/ou supressão

vegetal para formação de lagoas de decantação e locais para disposição de estéril;

redução em 70% das áreas de exposição de solos relacionadas às atividades de

lavra; redução de 80% da área da cava, sem perda da escala de produção

proporcionada pela recuperação da cava simultânea ao avanço da lavra;

preservação do nível inicial do lençol freático; menor geração de poeiras e emissão

de gases pela diminuição das distâncias de transporte de estéril; aumento das áreas

revegetadas em toda a área do empreendimento pela não necessidade de novas

áreas para bacias de decantação e depósito de estéril.

5.4-Aderência no plano de lavra

Aderência é a porcentagem de extração quanto a ser lavrado, que são avanços

realizados pelo operador são registrados e visualizados em tempo real no

equipamento e na central de operações, permitindo conferir se a operação realizada

respeita o avanço determinado pelo sequenciamento de lavra. Possui indicadores

que medem o nível de aderência dos processos, tais como:

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-Relatórios online de Planejado versus Realizado de massa, volume, qualidade,

entre outros.

-KPIs para cumprimento do plano de lavra por turno

-Retorno aos sistemas de planejamento de lavra (GMP - General Mine Planning) dos

pontos X, Y, Z de cada carregamento, para tornar possível a reconciliação

geométrica.

-Reconhecimento do modelo de blocos das principais soluções de planejamento do

mercado, permitindo reconciliação de qualidade por bloco.

A aderência do plano em relação ao realizado. O objetivo é aumentar a

previsibilidade do empreendimento, é a capacidade do gestor em conseguir que uma

determinada orientação seja seguida por aqueles a ela relacionados de acordo com

planejamento realizado e não realizado.

5.4.1-O planejamento de lavra realizado

Consiste na estimativa de produção a ser lavrado semanal e mensal baseado no seu

teor e massa do corpo da localização do deposito, quando R<RL (relação

estéril/minério< relação estéril/minério limite) e o teor do bloco ti (teor limite) for igual

ou superior ao teor de corte (ti>tc=teor de corte) o bloco será lavrado.

5.4.2-O planejamento de lavra não realizado

Consiste na estimativa de produção não alcançada semanal e mensal, na base de

teores se R>RL, com teor de bloco inferior ao teor limite (ti« tl=teor da lavra), não

compensa ser lavrado no ocasiona prejuízos que não se aproveita, em hipótese

alguma, materiais com teores inferiores ao teor mínimo, sendo, pois, estes blocos

considerados estéreis.

5.4.3-Planejamento de lavra realizado, não planejado

O planejamento realizado, não planejado consiste a realização das metas ser sem

planejados pelo planejamento de lavra decorrente dia, semana, mês.

Page 72: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

65

A identificação dessas porções, na escala de lavra, e a passagem dessas

informações para o Planejamento de Curto Prazo são fundamentais para a

diminuição da variabilidade do material alimentado e para se obter uma melhor

previsibilidade do comportamento do no processo de planejamento.

6.0- Conclusão

O estudo mostra os métodos de utilização da topografia que consiste em pontos

coordenados pelo planejamento de lavra curto prazo que tem a finalidade de

levantar a área topográfica, cálculos de nível, sondagens e etc.; para atualizações e

seções tipológicas horizontais correspondentes aos bancos de cada frente de lavra.

São observadas características como composição mineralógica, coloração,

estrutura, compacidade, desagregação. Através dos levantamentos em campo que

consiste em base das coordenadas utm que determinar analiticamente as medidas

de área, perímetro, localização, orientação, variações e inclinações, tanto do relevo.

Os dados obtidos em campo são trabalhados em computador e apresentados

graficamente na forma de plantas ou cartas topográficas.

Os métodos geoestatísticos possuem uma base teórica destinada a conferir maior

fiabilidade às interpolações, através da definição do melhor estimador linear não

enviesado, que atribui teores aos blocos não amostrados de uma jazida mineral.

Através do método conhecido por krigagem, o estimador pode calcular valores que,

em média, são iguais ao valor real da jazida, baseando-se na hipótese de que o teor

é uma variável regionalizada, ou seja, que pode apresentar correlação espacial entre

os pontos amostrados. Este método permite estimar não só os valores mais

prováveis dos blocos intermediários de minério, mas também, os erros cometidos

em tais avaliações (variância da distribuição), podendo desse modo assinalar os

locais onde mais dados devem ser colhidos para se obter maior através dos estudos

de topografia.

O levantamento geológico permite calcular a reserva da área de cada bloco previsto

para semana ou mês, assim o planejamento de lavra curto prazo a precisão na

estimativa do teor de que resulta em uma maior confiabilidade do monitoramento na

Page 73: Topografia aplicada ao planejamento de lavra a curto prazo

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escala de curto prazo, diminuindo a variabilidade dos teores mineralógicos do

minério alimentado e garantindo a qualidade física do produto final.

Assim a topografia tem relação à definição da posição das frentes de lavra e ao

direcionamento da lavra no dia a dia. Com isso pode-se obter uma maior precisão na

estimativa dos teores das frentes de lavra, na Programação Diária de Lavra.

7.0- Anexo

-Anexo 1:

Log´s de sondagens se através da topografia executa a sondagens

Figura 36- Log´s sondagem

-Anexo 2;

A correlação entre sondagens através da obtenção de dados do levantamento

topográfico.

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Figura 36.1- Correlação entre sondagens

8.0- Bibliografia

Doubeck, A. Topografia. Universidade do Paraná, 2009.

Neto, Ozório Florêncio de C. Apostila de topografia, Aracaju/SE Maio/2007.

Landim, Paulo M. Barbosa, Instituto de Geociência e Ciências Exatas, Universidade

Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro; [email protected].

Costa Álvaro Gabriel Domingues, Fabiano, Leonardo Marcela, Brasilminingsite,

geologia da mina, suporte ao planejamento de curto prazo.

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