Upload
jose-barros
View
475
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
Marketing Internacional
AZEITE
OLIWY Z OLIWEK
Implantação de um produto Português na
Polónia
Ana Isabel Sousa
José Manuel Barros
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas
3º Ano – 2º Semestre
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
Índice
1 Introdução e Objectivo .............................................................................................. 3
2 O Produto – Azeite .................................................................................................... 4
2.1 O Azeite em Portugal ......................................................................................... 4
2.2 Principais características do Azeite ................................................................... 5
2.3 Necessidades de adequação/adaptação do produto ao novo mercado .......... 6
2.4 Gama do produto ............................................................................................... 7
3 A Polónia como Mercado Alvo .................................................................................. 8
3.1 Caracterização geral do país ............................................................................. 8
3.2 Dados Macroeconómicos ................................................................................ 10
3.3 Análise Interna – Pontos Fortes ...................................................................... 14
3.4 Análise Interna – Pontos Fracos ..................................................................... 14
3.5 Análise Externa - Oportunidades..................................................................... 15
3.6 Análise Externa - Constrangimentos ............................................................... 16
4 Os clientes alvo ....................................................................................................... 18
5 O mercado em valor ................................................................................................ 19
6 Metodologia de abordagem ao mercado ................................................................ 24
6.1 Canais de distribuição e Gama de produtos ................................................... 25
6.2 A Comunicação ................................................................................................ 26
6.2.1 Media ........................................................................................................ 26
6.2.2 Feiras e eventos gastronómicos .............................................................. 26
6.2.3 Internet e outras redes ............................................................................. 27
6.2.4 Material de suporte promocional e de apoio à venda .............................. 27
7 Fluxograma das Acções a realizar .......................................................................... 28
8 Anexos - Material promocional................................................................................ 29
9 Anexos - Glossário .................................................................................................. 43
10 Bibliografia e webografia ......................................................................................... 45
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
1 Introdução e Objectivo
Este trabalho foi realizado na licenciatura do Curso de Marketing, Publicidade e
Relações Públicas, no âmbito da disciplina de Marketing Internacional.
O objectivo do trabalho é a internacionalização de um produto iminentemente
português, elaborando um plano de actividades que visa implementar essa
internacionalização num dos países escolhidos a partir de uma lista prévia (Bulgária,
Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia e República Checa), proposta
pelo docente.
A escolha deste grupo de trabalho recaiu no azeite como produto a
internacionalizar na Polónia, pelas razões que neste trabalho se fundamentarão.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina4
2 O Produto – Azeite
A oliveira, árvore mítica e símbolo da imortalidade, funde-se com a história, a
tradição e a cultura dos povos mediterrânicos. A sua origem, na sua forma primitiva,
remonta à Era Terciária – antes do nascimento do homem – e situa-se, segundo a
opinião de vários autores, na Ásia Menor, talvez na Síria ou Palestina, região onde
foram descobertos vestígios de instalações de produção de Azeite e fragmentos de
vasos datados do início da Idade do Bronze. O facto é que em todo o Mediterrâneo
foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico.
Por volta de 3000 antes de Cristo, a oliveira era já cultivada por todo o
“Crescente Fértil”. A dispersão desta cultura pela Europa mediterrânica ter-se-á ficado
a dever aos gregos que com os romanos, eram grandes entusiastas e produtores de
Azeite, igualmente pródigos a descobrir-lhe aplicações e, não contentes com as
múltiplas utilizações que lhe davam na cozinha, utilizavam ainda o Azeite como
medicamento, unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação,
lubrificante de alfaias e impermeabilizante de tecidos.
Mais tarde, a cultura do olival espalhou-se pela bacia do Mediterrâneo e, com
as expedições marítimas dos portugueses e espanhóis, a oliveira acabou por navegar
até às Américas. Depois, onde as condições climatéricas lhe foram favoráveis, foi-se
propagando um pouco por todo o mundo.
2.1 O Azeite em Portugal
O olival é uma cultura com uma larga tradição no território nacional,
confundindo-se com a própria cultura lusitana, muitos anos antes do nascimento da
nacionalidade.
Em Portugal, a cultura da Oliveira perde-se nos tempos mais remotos.
Segundo rezam as crónicas, os Visigodos já a deviam ter herdado dos Romanos e
estes, possivelmente, tinham-na encontrado na Península Ibérica. Por sua vez, os
Árabes mantiveram esta cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra Azeite
tem origem no vocábulo árabe az-zait, que significa “sumo de azeitona”. Resistente à
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina5
seca, de fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira tornou-se numa presença
constante na agricultura portuguesa.
De facto, as primeiras manifestações da importância da cultura da oliveira em
Portugal aparecem nas províncias onde a reconquista cristã mais tardiamente se
realizou. Os primeiros forais referentes à produção olivícola dizem respeito às
províncias portuguesas da Estremadura e do Alentejo. Até finais de século XII, em
Portugal, não é mencionada a cultura da oliveira nem o interesse económico da sua
produção. Contudo, no século XIII, o Azeite já ocupa um lugar importante no nosso
comércio externo, posição que manterá posteriormente, podendo afirmar-se que esta
gordura era um produto muito abundante na Idade Média.
Mais tarde, são as ordens religiosas que, com o seu papel na revitalização da
agricultura, dedicam especial atenção ao fabrico do Azeite. O “óleo sagrado” vai ter
uma importância fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra,
do Mosteiro de Alcobaça, da Ordem dos Freires de Cristo, da Ordem do Templo e da
Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O Azeite esteve sempre presente nos recantos da vida diária dos portugueses:
na candeia do pobre e no candelabro do rico, na mesa frugal do camponês e nos
solenes templos de velhos cultos. Mítico, bíblico, romanesco e histórico, “o Azeite vem
sempre ao de cima”. Enfrentou a nova verdade dos mercados selectivos e deixou de
ser simplesmente o Azeite, para adoptar o berço de uma origem e assumir a
identidade de uma marca.
2.2 Principais características do Azeite
O Azeite é muito apreciado desde a antiguidade pelo seu valor gastronómico,
pelas suas características químicas, biológicas e organolépticas, mas também porque
as suas propriedades preventivas e terapêuticas fazem dele uma gordura
absolutamente insubstituível. O Azeite Virgem conserva o sabor, o aroma, as
vitaminas, os antioxidantes, sendo a única gordura vegetal que pode ser consumida,
directamente, virgem e crua.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina6
Estudos realizados provaram que países onde a dieta é tradicionalmente rica
em Azeite, como a que se verifica nos povos mediterrâneos, têm uma incidência muito
menor de doenças cardiovasculares. O Azeite é uma gordura essencialmente
monoinsaturada, rica em vitamina E e outros antioxidantes naturais (caroteno e
polifenóis) que ajudam o nosso organismo a defender-se dos “radicais livres”
responsáveis pelo envelhecimento celular, prevenindo os efeitos nocivos da idade
sobre as funções cerebrais e o envelhecimento dos tecidos e órgãos em geral.
O Azeite tem uma composição em ácidos gordos essenciais que se aproxima
da do leite materno e que proporciona o seu fornecimento adequado, atendendo às
necessidades de um organismo em crescimento. Mercê do seu ácido oleíco (que se
metaboliza facilmente) é uma excelente fonte de energia, inclusive para um coração
doente. Contrariamente às gorduras animais saturadas reduz o "mau" colesterol (LDL)
no sangue, mantendo o nível do "bom" colesterol (HDL). O Azeite, pelo seu alto teor
em ácidos gordos monoinsaturados, é também aconselhado na diabetes,
influenciando positivamente os valores de açúcar e gordura no sangue. A nível ósseo,
favorece a mineralização, estimulando o crescimento e favorecendo a absorção do
cálcio. Também pode proteger de alguns tipos de cancro, particularmente o da mama.
Estas características fazem com que o azeite seja um produto de cada vez
mais reconhecido e valorizado e por isso com um elevado potencial de crescimento a
nível global. Estas características deverão ser acentuadas e valorizadas no processo
de comunicação. O azeite foi um dos primeiros produtos portugueses a ser exportado.
2.3 Necessidades de adequação/adaptação do produto ao novo mercado
Dado tratar-se da internacionalização de um produto genuinamente português
(apesar de não ter a exclusividade do produto, Portugal é um dos principais produtores
tradicionais) e cuja estratégia reside precisamente na valorização das suas
características únicas, não se justificam por isso quaisquer alterações ou adaptações
do produto ao mercado polaco. Muito pelo contrário, trata-se de um produto que se
identifica com a sua origem e cuja mensagem reside precisamente nas suas
características intrínsecas.
Para além da tradução dos rótulos, em virtude das normas europeias, não se
torna necessário qualquer adaptação.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina7
2.4 Gama do produto
Os Azeites hoje disponíveis no mercado português são de vários tipos, que se
diferenciam pelo seu processo de fabrico, maturação e variedade da azeitona e região.
As principais designações são:
Azeite Virgem Extra - Azeite de qualidade superior, com sabor e cheiro intensos a
azeitona sã. Não apresenta nenhum defeito organoléptico. Acidez igual ou inferior a
0,8%. Obtido por processos mecânicos e físicos.
Azeite Virgem Azeite de boa qualidade, com sabor e cheiro a azeitona sã. Acidez
igual ou inferior a 2%. Obtido por processos mecânicos e físicos.
Azeite – contém azeite refinado e azeite virgem Trata-se de azeite refinado,
enriquecido com azeite virgem, aromático e frutado, com grau de acidez igual ou
inferior a 1,0%.
Dentro dos Azeites que se encontram no mercado podem, ainda, encontrar-se
os Azeites com Denominação de Origem Protegida” (DOP) que têm origem numa
área geográfica delimitada, com solos e clima característicos e são exclusivamente
elaborados com azeitonas de certas variedades de oliveiras, os “Azeites da
Agricultura Biológica” que são provenientes de olivais conduzidos de acordo com o
modo de produção biológico, tal como previsto pela Regulamentação Europeia. E
finalmente os “Azeites Elementares ou Monovarietais” que são obtidos de uma só
variedade de azeitona.
Produção e Consumo Mundial de Azeite
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina8
3 A Polónia como Mercado Alvo
3.1 Caracterização geral do país
A Polónia é uma República (República
da Polónia) com uma forma de governo
parlamentar-presidencial, baseada no
equilíbrio e separação dos poderes
legislativo, executivo e judicial. Com uma
população de 38,18 milhões de habitantes
(Nov. 2009), e uma superfície de 311.899 km2,
é, em termos populacionais e de superfície, o
maior país do conjunto dos PECO (Países da
Europa Central e Ocidental).
A sua capital é Varsóvia (1.707 mil habitantes - Dezembro de 2007), outras
cidades importantes são Łódź, Kraków, Wrocław, Poznań, Gdańsk, Szczecin.
Relativamente à religião a maioria da população é cristã, com 97% aderentes à Igreja
Católica Romana. A língua oficial é o polaco e a unidade monetária é o Zloty (PLN).
Sob o antigo regime socialista, de economia estatal e planificação central, a
indústria pesada mereceu sempre a preferência das autoridades, em prejuízo das
indústrias viradas para a satisfação das necessidades imediatas da população e do
sector de serviços transaccionáveis.
A Polónia era, então, conhecida sobretudo como um grande produtor de
carvão, cobre e enxofre, ferro e aço, no que respeita a matérias-primas e produtos
intermédios, e produtor de máquinas e equipamentos, no tocante a bens de capital.
A transição para a economia de mercado, de livre iniciativa, que teve lugar
entre o final da década de 80 e o início dos anos 90, implicou três alterações radicais
no sistema socioeconómico: a introdução da democracia, com aceitação de um regime
pluripartidário; o predomínio da propriedade privada, em detrimento da propriedade
estatal (actualmente cerca de 96,2% das empresas existentes funcionam no sector
privado gerando cerca de 80% do PIB e empregando 71% da população activa); e,
finalmente, a reestruturação profunda do tecido económico.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina9
No período de 1989-2006, a estrutura da economia polaca registou, à
semelhança do que fora outrora observado em outras economias desenvolvidas, o
predomínio final do sector terciário na formação do produto interno bruto (PIB) e a
consequente perda de peso dos sectores primário e secundário.
Em termos do sistema bancário, a Lei do Banco Nacional da Polónia (BNP), de
Agosto de 1997, define a gestão da política monetária do país. O objectivo básico do
BNP é obter a estabilidade dos preços. Foi criado o Conselho de Política Monetária
que tem a responsabilidade de estabelecer as linhas directrizes da política monetária,
com carácter anual.
Mau grado os efeitos negativos provocados pela crise financeira em 2008, com
a diminuição da taxa de crescimento do PIB, aumento da taxa de desemprego,
desvalorização do Zloty (moeda local), aumento do risco e das taxas de juro, a Polónia
continua a oferecer um mercado potencial e de oportunidade.
Oportunidade concreta que o grupo sentiu a necessidade de aproveitar, dada a
conjuntura favorável e previsões de crescimento e desenvolvimento devido à
dimensão do mercado e suas características:
• 40 Milhões de habitantes;
• Membro da União Europeia;
• Mercado com elevado potencial de crescimento, em processo de
convergência para as médias da EU.
Com a entrada na União Europeia em 1 de Maio de 2004, a Polónia passou a
fazer parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, nomeadamente, pela livre
circulação de mercadorias e pela adopção de uma política comercial comum em
relação a países terceiros.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
0
3.2 Dados Macroeconómicos
A partir de meados de 2003, a economia polaca entrou num ciclo de
crescimento que a converteu numa das mais dinâmicas da UE, o que se manteve até
ao momento presente. Com efeito, apesar da crise económico-financeira mundial a
Polónia registou a quarta maior taxa de crescimento do PIB (5,0% para 6,8%, em
2007), apenas atrás da Roménia, Eslováquia e Bulgária, enquanto que, em 2009, terá
sido, segundo a EIU – Economist Intelligence Unit, a única daquelas economias a
registar uma taxa de crescimento positiva (1,7%). Estes resultados são ainda mais
expressivos em comparação com as taxas de crescimento do PIB da UE27, em 2008
e 2009 (estimativa): 0,7% e -4,1%, respectivamente.
No conjunto da UE, a economia polaca tem sido aquela que melhor resistiu à
crise mundial, o que se deverá ao facto da Polónia contar com o maior mercado, no
conjunto dos PECO, uma taxa moderada de abertura da sua economia ao exterior
(66,0% em 2009 – a 3ª mais baixa no conjunto dos 12 países do alargamento), e uma
situação financeira relativamente equilibrada das empresas polacas.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
1
No período de 2007-2009, o PIB cresceu a uma taxa média de 5,4% ao ano,
superando a da UE27 (2,2%) e a da Zona Euro (2,4%). A procura interna (6,3% em
média ao ano) foi o factor determinante do crescimento económico, com o consumo
privado e a formação bruta de capital fixo dando os maiores contributos.
Segundo informação do Millennium BCP (2010) e ICEP (2010), consideram a
Polónia como um dos casos de sucesso da União Europeia e com grandes
potencialidades futuras, esperando-se taxas de crescimento do PIB de 2,6% em 2010
e 3,1% em 2011, devendo crescer até 3,7% em 2012, superando sempre as taxas de
crescimento da UE27 e da Zona Euro, mas, marcadamente aquém das taxas de
crescimento registadas no período de 2005-2008, figurando novamente a procura
interna como locomotiva do crescimento, com a formação bruta de capital fixo e o
consumo privado como principais factores dinamizadores.
A taxa de inflação que montou a 3,1% em 2009 (2,7% em média no período de
2007-2009), em consequência principalmente do forte aumento nominal dos salários,
com um diferencial acentuado das taxas de crescimento dos salários reais e
produtividade do trabalho, e dos aumentos dos preços do petróleo e alimentos no
mercado internacional, cai ligeiramente para 2,9% em 2010 (estimativa), devendo
continuar esta tendência para 2,8% e 2,7%, em 2011 e 2012, respectivamente.
De todos os modos, pode afirmar-se que a Polónia não sofreu de problemas
inflacionários graves, tendo a sua economia evitado a recessão.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
2
A taxa média de desemprego, que caíra de 9,6% em 2005 para 8,2% em 2009,
caiu ainda mais em 2008 (7,1%), devendo montar a 10,0% em 2010, iniciando-se
depois um movimento descendente até 7,9% em 2012, continuando, portanto, ainda
além da taxa de 2008, mostrando, assim, a persistência dos efeitos negativos da crise
económico-financeira mundial na economia polaca, embora menos acentuados do que
noutras economias desenvolvidas.
Relativamente à moeda, depois duma desvalorização até Julho 2009 verifica-
se uma valorização sistemática do zloty em relação ao Euro sobretudo fruto da
desvalorização do Euro em relação ao Dólar. Contudo há que ter presente, por
exemplo, que o zloty se tem mostrado como uma moeda significativamente volátil,
mantendo-se ainda o risco do zloty enfraquecer, caso os investidores venham a julgar
que o governo enfrenta dificuldades em alcançar os seus objectivos. Apesar deste
constrangimento para que quer exportar para a Polónia, ao se tornar membro da UE,
esta assumiu também o compromisso de adesão à UEM, o que pressupõe no curto
prazo que este problema deixará de existir em 2015 (nova data de adesão à UEM).
Taxas de câmbio de referência: Banco de Portugal
País Moeda 18/05/2011 17/05/2011 16/05/2011 13/05/2011
POLÓNIA ZLOTI POLACO PLN 3,9263 3,9288 3,9303 3,9173
1 EUR = 3,97 PLN (câmbio médio, entre 01 de Janeiro e 05 de Maio de 2010)
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
3
Moeda Notas Cheques
Abrev. Descrição Compra Venda Compra Venda
PLN ZLOTY NOVO POLÓNIA 4,15400 3,68380 3,96590 3,87190
Fonte: BPI - Data: 20/05/2011 Hora: 08:29
Alguns dados mais sobre “Ranking” de negócios:
o Risco político – A
o Risco de estrutura económica – BB
o Risco país – BB (AAA = risco menor; D = risco maior)
o “Ranking” em negócios – índice 7,28 (10 = máximo)
o “Ranking” geral – 28 (entre 82 países) (EIU – Maio 2010)
o Risco de crédito: 2 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Abril 2010)
o Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp+Imp/PIB = 66,0% (2009)
o Imp. / PIB = 33,6% (2009)
o Imp. / Imp. Mundial = 1,2% (2008)
Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) - Country Report
EIU – Country Profile; EIU Viewswire; WTO; COSEC
Fonte: Eurostat
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
4
3.3 Análise Interna – Pontos Fortes
Excelentes condições edafoclimáticas adaptadas à cultura do olival, com importante
diversidade de variedades, que potenciam os requisitos para a produção de azeite
de qualidade.
Benefícios intrínsecos associados ao consumo do azeite.
As preocupações com a qualidade da alimentação são já um factor estruturante em
favor do consumo de azeite.
Aumentos anuais progressivos da produção proporcionais às novas áreas de olival.
Sector estratégico que tem tido nos últimos anos um grande desenvolvimento, com
a modernização dos lagares e das técnicas agrícolas do olival, com novas práticas
de processamento, para além da expansão das áreas em produção, a par da
inovação no marketing e comercialização, que demonstram uma grande dinâmica e
um elevado nível técnico.
Reconhecimento internacional dos azeites portugueses, devido às suas
características e especificidade com inúmeros prémios internacionais (ex. Conselho
Oleícola Internacional), situação que se perspectiva poder continuar. As variedades
tradicionais com as suas especificidades são um complemento indispensável à
produção de azeite com características amplamente reconhecidas.
A bolsa de novos consumidores está longe de estar esgotada. A procura continua a
alargar-se, mo plano interno e externo.
Diferenciação positiva em relação às outras oleaginosas que não exigem condições
edafoclimáticas adaptadas à cultura e cujas características são semelhantes em
todos os países.
Experiência na exportação para diferentes países.
Apoios ao olival e melhoria da qualidade e certificação de azeite e azeitona de
mesa DOP/IGP.
3.4 Análise Interna – Pontos Fracos
Apoios em fase degressiva.
Descida dos preços em Portugal.
O azeite inicia processos de deterioração a partir do momento em que é extraído,
logo não poderá ser armazenado por períodos muito prolongados de tempo.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
5
O mercado nacional não permite o escoamento da produção total do azeite, em que
o consumo doméstico se encontra relativamente estagnado há vários anos, o
aumento da produção nacional torna imperiosa a dinamização das exportações.
3.5 Análise Externa - Oportunidades
A tradição mediterrânea de temperar os pratos com um fio de azeite,
substituindo muitas vezes as gorduras animais, geralmente presentes na cozinha
polaca, entra cada vez mais nos hábitos culinários dos polacos, especialmente como
complemento às saladas de legumes, consumidas em grandes quantidades. A
importação de azeite tem aumentado sistematicamente desde a segunda metade dos
anos 90, devido a uma forte promoção da dieta mediterrânica, como uma dieta
saudável onde é bastante comum o uso destes produtos, antigamente quase
desconhecidos na Polónia Essas alterações nos hábitos de consumo da população
abrem excelentes oportunidades de negócios para alguns dos produtos da chamada
“dieta mediterrânea”.
O uso destes produtos tornou-se muito frequente e aconselhado pelos
nutricionistas polacos. Para a divulgação destes hábitos contribuíram decisivamente
as viagens de férias dos polacos para os países do Sul da Europa e a implementação
da grande distribuição que aumentou e diversificou a oferta alimentar na Polónia.
Por outro lado existe na Polónia algum uso do azeite como produto de
embelezamento e estética, nomeadamente através de massagens, máscaras,
tratamentos de pele e cabelo. São vários os blogues polacos que dão conselhos e
mostram a utilização do azeite como produto terapêutico, enaltecendo estas
qualidades.
Vantagens comparativas da Polónia
Leis económicas estáveis;
Força de trabalho altamente qualificada;
Força de trabalho relativamente barata;
Perspectivas de forte potencial para a economia polaca;
Redução dos custos no mercado de trabalho e imobiliário;
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
6
Apoio financeiro fornecido pelos Programas da EU e Programas Nacionais aos
investidores;
Condições especiais (isenções ficais e apoios financeiros) nas Zonas Económicas
Livres;
Apoio da EU para importantes infra-estruturas de obras públicas (estradas, caminho
de ferro, etc.)
Especificamente para o sector do Azeite, Conselho Oleícola Internacional (COI)
concede apoios a candidaturas individuais para participação em feiras e realização de
materiais de promoção. Estas candidaturas são feitas directamente no COI, que as
financia em 50%. Do mesmo modo existem apoios e iniciativas patrocinadas pelo
ICEP no apoio ao comércio externo.
3.6 Análise Externa - Constrangimentos
Numa fase inicial de abordagem, constata-se um défice de informação sobre a
realidade e as características actuais do mercado polaco.
Falta de acesso aos canais de grande distribuição.
Mercado em grande mutação social e económica que requer um acompanhamento
directo e frequente dos clientes locais por parte do exportador.
Mercado bastante competitivo, com uma forte presença de empresas locais e
estrangeiras de grande qualidade e onde as empresas portuguesas podem
encontrar dificuldades se não tiverem uma correcta, agressiva e persistente
estratégia de internacionalização.
Burocracia ao nível da administração pública, traduzida num elevado número de
documentos necessários em qualquer processo administrativo.
Lentidão e rigidez do sistema judicial, o que se tem procurado minimizar através do
aconselhamento por parte de advogados locais.
Precariedade das infra-estruturas de transportes, sobretudo ao nível das auto-
estradas.
Dimensão territorial do país (semelhante à de Espanha), com 42 cidades com mais
de 100.000 habitantes.
Tradicional “nacionalismo polaco” e algum “proteccionismo” e preferência por
empresas locais.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
7
Dificuldades de comunicação relacionadas com a língua, que gradualmente se vai
ultrapassando pelo facto de um número cada vez maior de polacos dominarem a
língua inglesa.
Distância geográfica que condiciona as comunicações e o transporte de pessoas e
mercadorias, agravada pela inexistência de ligações aéreas directas e regulares ao
longo de todo o ano.
Relativo desconhecimento da oferta portuguesa de bens e serviços.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
8
4 Os clientes alvo
A Polónia não é um país produtor de azeite e até há bem pouco tempo este era
um produto quase desconhecido na Polónia, mas hoje em dia o seu uso tornou-se
muito frequente nos consumidores com mais elevado poder de compra.
O azeite português tem assim potencial em qualidade para se posicionar nos
segmentos de preço médio e médio alto e concorrer directamente com a oferta
italiana, espanhola ou grega.
A presença pouco visível de azeite português deve-se à falta de acesso aos
canais de grande distribuição. O azeite português é vendido unicamente nas pequenas
lojas tipo gourmet.
Contudo estão identificados no mercado como principais clientes/canais:
Importadores
Distribuidores/Grossistas
Retalho
Sector HoReCa (hotelaria e restauração)
O nosso cliente alvo final, é um indivíduo da classe média, média alta e alta,
que valoriza a dieta mediterrânica como forma de alimentação saudável, moderno,
aberto a novas experiências e culturas.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina1
9
5 O mercado em valor
A importação de azeite tem aumentado sistematicamente desde a segunda
metade dos anos 90, devido a uma forte promoção da dieta mediterrânea, como uma
dieta saudável onde é bastante comum o uso do azeite. Neste momento, conforme
várias análises, o mercado encontra-se numa fase estável. Para a divulgação destes
hábitos contribuíram decisivamente as viagens de férias dos polacos para os países
do Sul da Europa.
Do ponto de vista de conteúdo de ácidos gordos, que determinam o valor
nutritivo do azeite para o consumo, o produto que compete com o azeite no mercado
polaco é o óleo de colza (uma planta oleaginosa muito frequente na Europa Central)
produzido e consumido tradicionalmente na cozinha polaca.
No mercado polaco, o consumo de azeite constitui ainda uma pequena parte
do consumo de gorduras vegetais sendo muito superior o consumo de óleo de colza
devido, fundamentalmente, ao seu preço baixo que é muito inferior ao do azeite. O
óleo de colza é comparável ao óleo de girassol, logo as diferenças de preço são
similares às verificadas em Portugal entre o azeite e o óleo.
Uma garrafa de azeite virgem na polónia pode custar em média, entre 30 a 40
Zloty, cerca de 7,50 a 10 euros. O óleo de colza custa em média 8 Zloty, cerca de 2
euros.
Conforme a AC Nielsen (VIII 2009-VII 2010), a estrutura de vendas de gorduras
vegetais, no mercado polaco, apresenta-se de seguinte maneira:
Quantidades Valor
Óleo de colza 80,6% 67,5%
Óleo de girassol 8,0% 6,8%
Azeite 3,6% 14,1%
Óleo de soja 2,6% 1,8%
Outros 5,3% 9,8%
No mercado polaco estão presentes os seguinte tipos de azeite: extra virgem,
virgem, refinado e uma grande quantidade de azeite feito dos restos das azeitonas
trituradas.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
0
O azeite é vendido em todos os estabelecimentos de venda de produtos alimentares,
desde as grandes superfícies, lojas tipo “gourmet” até às pequenas mercearias e lojas
tipo “discount”. Obviamente que a qualidade do produto oferecido ao consumidor
nestes vários estabelecimentos difere bastante de estabelecimento para
estabelecimento.
O azeite é oferecido em vários tamanhos de garrafas de vidro, em lata ou em
garrafas de plástico.
Importações Polacas e Posicionamento de Portugal
Posição Pautal: 1509 – Azeite de oliveira
2007 2008 2009 I-IX 2010PaValor Quot
a
(%)
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
1
Segundo dados das estatísticas polacas (GUS), as importações mostram uma
tendência decrescente e em 2009 atingiram o valor cerca de 16,078 milhões de Euros,
tendo registado um decréscimo de 15,7% em relação a 2008. Nos três primeiros
semestres de 2010 a importação atingiu o valor de 12,791 milhões de Euros.
O mercado está praticamente dominado pelos produtos italianos e espanhóis.
Durante os 4 anos analisados, manteve-se a ordem dos fornecedores, com uma forte
liderança italiana.
Em relação ao azeite português notou-se uma queda significativa das
importações. 2005 foi o primeiro ano das grandes importações (374 965,00 Euros e
3,16% quota de mercado) e logo nos anos seguintes tem-se observado a diminuição
substancial das importações (ano de 2006: 59 396,00 Euros e 0,42% quota de
mercado).
Realce-se o facto de alguns países que não produzem azeite, estarem à frente
de Portugal relativamente à quota de mercado (a Alemanha justifica-se pela
proximidade e histórico de relações comerciais). Deste modo, contamos aumentar a
quota de mercado não só pelo aumento do consumo mas também pelo aumento de
quota de mercado face a países não produtores de azeite.
Pela análise dos dados da tabela abaixo, o preço médio nas exportações de
azeite é muito semelhante, ou até superior ao do mercado interno.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
2
Consumo de Azeite na EU:
Fonte: COI
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
3
Este era o panorama em 2004. Com os dados do COI, actualmente a Polónia
situa-se no valor per capita de 0,065 Kg de azeite por ano. Verificando-se um aumento
considerável. Não sendo muito viável considerar uma média europeia pois como se
verifica, o consumo de azeite está concentrado nos países mediterrânicos, é
espectável que os países onde os consumos são residuais os venham a aumentar.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
4
6 Metodologia de abordagem ao mercado
A oferta de produtos alimentares da dieta mediterrânica de boa qualidade,
tratando-se de produtos importados, está dirigida para a classe social com maior poder
de compra. Os produtos da dieta mediterrânica portugueses têm potencial para se
posicionarem nos segmentos de preços médio e médio/alto e concorrem directamente
com a oferta italiana, espanhola ou grega, já bem instalada no mercado, como já ficou
demonstrado.
Para a entrada neste mercado, é fundamental uma aposta na promoção destes
produtos nos meios de comunicação social, como também em feiras e festivais ou
eventos gastronómicos.
A fim de ultrapassar os constrangimentos verificados na análise externa,
optamos por escolher um parceiro local, conhecedor do mercado e com uma rede de
distribuição implantada, estabelecendo uma parceria, tendo em vista a promoção e o
desenvolvimento das vendas do azeite, nomeadamente pelo:
Conhecimento do mercado
Acesso aos canais de distribuição
Acompanhamento dos clientes locais
Esta parceria é estabelecida através de uma Joint Venture com o fim de
partilhar o risco de negócio, os investimentos, as responsabilidades e os lucros
associados ao projecto de internacionalização, mantendo-se as entidades
juridicamente independentes.
O Produto é da inteira responsabilidade do produtor/exportador.
O Preço é determinado pelos parceiros, acordando seguir o preço de mercado.
A Promoção será gerida pelo produtor, em colaboração com o parceiro e
outras entidades de apoio à internacionalização do Azeite português. Uma
percentagem das vendas é destinada à promoção.
A distribuição fica a cargo do parceiro local que dispõe de armazém para
stock e distribuição dos azeites, disponibilizando prazos de entrega rápidos e
permitindo que o transporte de origem se faça directamente por camião completo CIF
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
5
Varsóvia. Cabe-lhe a gestão do processo de comercialização no país bem assim como
a logística.
6.1 Canais de distribuição e Gama de produtos
Conforme decorre deste trabalho, estando definido o público-alvo, foram
seleccionados os diferentes canais de distribuição assim como os produtos a distribuir,
segundo as especificidades dos segmentos e sua utilização final:
Retalho e Grande
distribuição
Retalho Especializado
HORECA
Azeite Virgem Extra Garrafa 750ml - Garrafa 250ml Garrafão 5L
Azeite Virgem Garrafa 750ml - Garrafa 250ml Garrafão 5L
Azeite Garrafa 750ml - Garrafão 5L
Azeites DOP - Garrafa 250ml Garrafa 250ml
Azeites aromatizados e premium
- Garrafa 500ml -
As garrafas são de vidro e os garrafões de plástico.
Garrafa de 250ml
Garrafa de 500ml
Garrafa de 750ml
Garrafão de 5l
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
6
6.2 A Comunicação
A comunicação assentará essencialmente nos benefícios intrínsecos
associados ao consumo do azeite em geral – integrado na dieta mediterrânica e
retirando partido dessa notoriedade – e na especificidade e qualidade do azeite
português em particular e da nossa marca.
A estratégia de comunicação considerada adequada utilizará argumentos tais
como “saber fazer tradicional”, “comércio justo”, “ responsabilidades ambientais “, para
atingir os consumidores dispostos a pagar mais.
É fundamental que nesta primeira fase se efectue uma maior aposta
promocional no mercado, através de uma participação mais activa em feiras da
especialidade, festivais gastronómicos, imprensa e acções junto dos consumidores, no
sentido de dar a conhecer o produto, a sua origem, a sua utilização (receitas por
exemplo) e as suas vantagens de consumo.
Uma das vantagens do parceiro local é que o enfoque da comunicação será
mais dirigido ao cliente final, pois contamos com a sua experiência e conhecimento
dos intermediários, assim como das suas relações comerciais com eles.
6.2.1 Media
Divulgação através de uma campanha publicitária em revistas especializadas e
de grande tiragem nacional e que correspondam ao perfil do cliente alvo.
“MAGAZYN WINO” (“Revista Vinho”) – trimestral1
“NOWOŚCI GASTRONOMICZNE” (“Novidades Gastronómicas”) – mensal2
6.2.2 Feiras e eventos gastronómicos
Presença na feira POLAGRA-FOOD Feira Internacional do Sector Alimentar
(Poznan)3. Para além desta maior feira internacional, existem muitos outros eventos de
carácter mais regional em toda a Polónia.
1 http://www.magazynwino.pl
2 http://www.brog.pl
3 www.polagra-food.pl
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
7
Entre os dias 30 Maio e 5 de Junho, irá ter lugar em Varsóvia a 2ª edição da
semana gastronómica portuguesa "Sabores de Portugal" (ou em polaco Smaki
Portugalii)4. Esta é uma iniciativa da Câmara de Comércio Portuguesa na Polónia com
vários parceiros, que será alargada a outros locais para apresentar a nossa cultura em
termos de comida, vinhos e música também.
6.2.3 Internet e outras redes
Será criado um “micro site” dedicado ao azeite da marca presente com toda a
gama, com o historial do azeite, os diferentes tipos, características, benefícios do seu
uso, curiosidades e receitas, com interligação ao Facebook (rede social).
Será disponibilizado um serviço de apoio ao consumidor por correio electrónico
e linha telefónica com número dedicado.
6.2.4 Material de suporte promocional e de apoio à venda
Os clientes e potenciais clientes terão ao dispor fichas de produto com
informação relevante, colecção de receitas, curiosidades, características, etc. Estes
suportes farão parte também de campanhas promocionais – marketing directo –
sobretudo na grande distribuição e também nas lojas de especialidade.
No sector HORECA serão oferecidos suportes para as garrafas de 0,25L para
uso na mesa, assim como nas lojas “gourmet” por cada compra de duas garrafas.
Em anexo reproduzimos alguns exemplos deste material.
4 http://www.flavoursofportugal.pl/
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
8
7 Fluxograma das Acções a realizar
Mês Revistas Feiras e eventos Pontos de Venda
(1 semana)
Maio 2011 MAGAZYN WINO - -
Junho 2011 NOWOŚCI
GASTRONOMICZNE
Sabores de Portugal (Hotel Intercontinental)
Retalho e especialidade
Julho 2011 NOWOŚCI
GASTRONOMICZNE Sabores de
Portugal Retalho e
especialidade
Agosto 2011 MAGAZYN WINO Sabores de
Portugal -
Setembro 2011 NOWOŚCI
GASTRONOMICZNE POLAGRA-FOOD -
Outubro 2011 NOWOŚCI
GASTRONOMICZNE Feira regional Retalho
Novembro 2011 MAGAZYN WINO Sabores de
Portugal Lojas de
especialidade
Dezembro 2011 NOWOŚCI
GASTRONOMICZNE Feira regional
Lojas de especialidade
Por todas as razões e mais uma...
... a dos seus sonhos e desejos, do seu estilo de vida e da imaginação. O azeite é
sabor que não se esquece, intensidade que se procura. Ele é paixão condimentada de
prazer e fonte renovada de bem-estar e saúde.
Ponha à prova todos os seus sabores...
Z tych wszystkich powodów i więcej ...
... do swoich marzeń i pragnień, stylu życia i wyobraźni. Smak oliwy z oliwek, które nie
zostało zapomniane, że intensywność popytu. To jest pasja odnowionej ostry źródłem
przyjemności i dobrego samopoczucia i zdrowia.
Aby spróbować wszystkich smaków ...
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina2
9
8 Anexos - Material promocional
A dieta mediterrânea e os novos mercados do azeite - Argumentário
O interesse pela Dieta Mediterrânica teve início, algo paradoxalmente, nos Estados
Unidos. Nos anos 60, o Prof. Ancel Keys, da Universidade do Minnesota, ficou
profundamente impressionado pela baixa incidência de doenças cardiovasculares e
pela comparativamente elevada esperança de vida observada entre as populações
mediterrânicas, o que o levou a pensar que poderia existir uma relação entre o
consumo de gordura, o aumento do colesterol e o risco de mortalidade por doenças
cardiovasculares.
Como consequência, este professor norte-americano começou a observar a
alimentação destas populações, tendo iniciado uma série de investigações cujos
resultados ficaram conhecidos pelo “’Estudo dos Sete Países” (Keys, 1970).
Neste estudo comparam-se as dietas de diferentes populações, incluídas dietas de
países do norte da Europa, de países mediterrânicos, do Japão e dos estados Unidos,
tendo-se confirmado cientificamente o que até então se sabia empiricamente: a
esperança de vida das populações mediterrânicas, nomeadamente no caso de Creta,
era muito superior à observada em populações de outras regiões.
A razão desta diferença aparecia associada às concentrações de colesterol total
observadas entre as diversas populações. De facto, embora a dieta tradicional das
populações mediterrânicas apresentasse uma alto teor em gordura total, este
compunha-se fundamentalmente de azeite, encontrando-se entre estas populações
uma das mais baixas incidências de doenças cardiovasculares do mundo.
Os estudos desenvolvidos nos asnos sessenta e setenta estiveram na base dos
estudos de nutrição que, em 1993, conduziram à definição da pirâmide da dieta
mediterrânica, apresentada pelo Prof. Walter Willett da Escola de Saúde Pública de
Harvard, na Conferência Internacional sobre a Dieta Mediterrânica 1993, celebrada em
Cambridge, Massachusetts.
Esta pirâmide sublinha a importância dos principais grupos de alimentos, cada um dos
quais proporciona alguns, mas não todos, os nutrientes de que necessitamos para
uma alimentação saudável, e constitui um modelo de estilo de vida e de alimentação
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
0
que recomenda o consumo regrado de alimentos de todos os grupos associados a um
exercício físico regular, as prazer da mesa e a um período de repouso após as
refeições.
Entre as características e os produtos básicos da dieta mediterrânica encontramos o
azeite, eixo fundamental em torno do qual se elaboram a maior parte dos pratos do
regime mediterrânico, e que se utiliza tanto para cozinhar como para ser consumido
cru, formas em que melhor se pode apreciar o seu aroma e sabor e, ainda, aproveitar
os benefícios de todos os seus componentes naturais.
Assim, com a “descoberta” e expansão da dieta mediterrânica, assistiu-se a uma
procura crescente daquela que é a sua principal fonte de gordura – o azeite – porque a
adopção da dieta mediterrânica e do estilo de vida que lhe está associado significam
utilizar o azeite em substituição de outras gorduras, nomeadamente as gorduras
saturadas e as hidrogenadas, e não para além destas ou juntamente com estas.
--------
COMO ESCOLHER
Utilizado desde tempos imemoriais como ingrediente culinário, o Azeite é um dos
pilares da cozinha moderna e saudável. O seu consumo não se confina às regiões
produtoras, e espalha-se hoje por todo o mundo.
O Azeite dá sabor, aroma e cor, integra os alimentos, personaliza e identifica um
prato.
Na hora de escolher um azeite deve-se esquecer:
● Da acidez do azeite pois está não está directamente relacionada com o seu
sabor. A acidez está relacionada com o estado fitossanitário das azeitonas,
enquanto que o sabor, cor e cheiro do azeite é dado por pequenos compostos
chamados compostos menores.
● Da cor do azeite pois esta não está relacionada com a qualidade. Azeites mais
verdes são provenientes de azeitonas mais verdes enquanto que azeites mais
amarelos são provenientes de azeitonas mais maduras.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
1
E deve lembrar-se que:
● O azeite inicia processos de deterioração a partir do momento em que é
extraído, logo não deverá armazená-lo por períodos muito prolongados de
tempo;
● Dentro da ampla gama de Azeites hoje disponível no mercado, deverá eleger o
Azeite em função da sua utilização culinária e do seu gosto pessoal, sendo que
os tipos disponíveis são:
Azeite Virgem Extra Azeite de qualidade superior, com sabor e cheiro intensos a
azeitona sã. Não apresenta nenhum defeito organoléptico. Acidez igual ou inferior a
0,8%. Apto para o consumo directo e ideal para temperar a cru. Os azeites virgem
extra de sabor mais suave são ideais para o tempero de saladas e alimentos com
sabor mais suave, bem como para a doçaria. Por outro lado, os azeites virgem extra
de sabor mais intenso vão melhor com alimentos de sabor mais marcado e poderão
ser utilizados para a confecção de alguns molhos.
Azeite Virgem Azeite de boa qualidade, com sabor e cheiro a azeitona sã. Acidez
igual ou inferior a 2%. Apto para consumo directo e apropriado para assados, sopas,
refogados ou marinadas.
Azeite – contém azeite refinado e azeite virgem Trata-se de azeite refinado,
enriquecido com azeite virgem, aromático e frutado, com grau de acidez igual ou
inferior a 1,0%. É ideal para frituras dada a sua elevada resistência às altas
temperaturas. É mais barato, mantém o valor nutritivo do azeite e tem um ponto de
fumo bastante elevado o que permite aumentar o seu número de utilizações. Além
disso, forma uma crosta na superfície dos alimentos, que impede a penetração do
Azeite no interior dos mesmos. Com a utilização do Azeite para a fritura obtêm-se
fritos mais secos e apetecíveis.
Dentro dos Azeites que se encontram no mercado podem, ainda, encontrar-se os
”Azeites com Denominação de Origem Protegida” (DOP), os “Azeites da
Agricultura Biológica” e os “Azeites Elementares ou Monovarietais”.
Os “Azeites DOP” têm origem numa área geográfica delimitada, com solos e clima
característicos e são exclusivamente elaborados com azeitonas de certas variedades
de oliveiras. Estes factores, aliados ao saber fazer tradicional da região, que se
consubstancia no modo de condução das árvores, apanha da azeitona e extracção do
Azeite, conferem-lhes tipicidade e características qualitativas que os permitem
distinguir dos demais.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
2
Portugal possui, actualmente, seis denominações de origem protegida para Azeites:
“Azeites de Moura”, “Azeites de Trás-os-Montes”, “Azeites da Beira Interior
(Azeites da Beira Baixa e da Beira Alta)”, “Azeites do Norte Alentejano”, “Azeites do
Ribatejo” e “Azeites do Alentejo Interior”.
Os “Azeites da Agricultura Biológica” são provenientes de olivais conduzidos de
acordo com o modo de produção biológico, tal como previsto pela Regulamentação
Europeia. Este modo de produção obriga a diversos condicionalismos importantes,
designadamente à manutenção do fundo de fertilização dos solos, à utilização de
rotações adequadas e ao respeito por normas fitossanitárias e de fertilização muito
estreitas, sendo praticamente interdita a utilização de produtos químicos de síntese.
Os “Azeites Elementares ou Monovarietais” são obtidos de uma só variedade de
azeitona.
Qualidade do Azeite
É importante que se faça a distinção entre variedades e qualidades de Azeite. Duas
variedades diferentes de oliveira podem dar Azeites de cor, aroma e sabor diferentes
mas podem ter ambos qualidade.
A Qualidade do Azeite vai ser determinada pela região, a variedade e o grau de
maturação das azeitonas, o estado sanitário dos frutos, o processo de extracção, o
modo de conservação e a idade do azeite.
Para verificar a qualidade de um Azeite recorre-se a dois tipos de análises; as análise
químicas e análise organoléptica.
As Análises Químicas feitas ao Azeite são, entre outras:
● A acidez (quantidade de ácidos gordos livres expressa em % de ácido oleico).
A acidez é consequência, entre outros, das azeitonas não estarem em perfeitas
condições quando são laboradas ou do mau armazenamento do Azeite. A %
de acidez de um Azeite NÃO TEM RELAÇÃO COM O SEU SABOR.
● O índice de peróxidos - Verifica a oxidação inicial do Azeite e a sua
deterioração.
● A absorvência no ultravioleta - Utiliza-se para detectar componentes
anormais de um Azeite.
● O teor em ceras - Parâmetro utilizado para verificar a genuinidade de um
azeite.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
3
O Azeite é o único produto com prova organoléptica obrigatória. As suas
características organolépticas são definidas através de um painel de provadores
especializados para o efeito.
Estas são sensações detectáveis pelos sentidos, fundamentalmente relacionadas com
o cheiro e sabor, podendo ser agradáveis sendo, então, denominadas de atributos.
Os atributos mais comuns num azeite são o frutado, o amargo, o picante, a maçã ou a
amêndoa e são conferidos pela variedade e pelo estado de maturação da azeitona.
No entanto, e caso o estado da azeitona não seja o melhor ou o processamento do
azeite e sua armazenagem não sejam os mais correctos podemos ter sensações
desagradáveis denominadas de defeitos. Os mais comuns são a tulha o ranço e
mofo.
Uma vez que a cor de um Azeite não caracteriza a sua qualidade, os provadores
profissionais utilizam copos de vidro de cor azul, para não se deixarem influenciar pela
sua tonalidade.
O azeite é aquecido a uma temperatura de, aproximadamente, 28º C de modo a que
os componentes voláteis que conferem o cheiro e o sabor ao azeite se libertem mais
facilmente.
A Prova do Azeite
A prova de azeites não é só para profissionais... em casa poderá também realizar uma
prova de azeites seguindo estes passos:
● Verta cerca de 15ml de azeite para um copo
● Tape de imediato o copo com a mão
● Ponha a outra mão na base do copo, para aquecer um pouco o azeite
● Mova ligeiramente o azeite no interior do copo;
● Destape e inspire suave e lentamente
● Volte a tapar o copo de prova e esperar um pouco
● Engula uma pequena porção de azeite – deixe percorrer toda a cavidade bucal
e descer até à garganta
● Durante a prova e com o azeite na boca, é importante inspirar algum ar.
● Entre provas sugerimos que beba água e coma uma pequena porção de maçã,
não sendo aconselhável que prove mais de 3 azeites sucessivamente.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
4
CURIOSIDADES
Todas as azeitonas são negras se as deixarem amadurecer até ao fim.
Para extrair 1 l de Azeite são necessários, em média, 5 a 6 Kg de azeitonas.
grau de acidez pouco ou nada tem a ver com o cheiro e o sabor do Azeite. A
acidez tem a ver com a quantidade de ácidos gordos livres que o Azeite possui e
também com a variedade e o estado de maturação da azeitona quando é
colhida.
A cor do Azeite não está directamente ligada ao seu sabor ou aroma. Um Azeite
verde provém de azeitonas ainda verdes enquanto que um Azeite dourado
provém de azeitonas maduras. Mas o Azeite é geralmente obtido a partir de uma
mistura de variedades de azeitonas, com diferentes graus de maturação.
Como produto natural que é o Azeite, ao contrário do vinho, não melhora com o
tempo, pelo que é aconselhável consumi-lo o mais cedo possível. Quando bem
acondicionado, pode conservar-se, sem alteração das suas características, ao
longo de 18 meses a partir da extracção.
rendimento do Azeite é maior do que o de outras gorduras vegetais, tanto em frio
como em quente.
Azeite deve guardar-se em recipientes de vidro, de preferência escuro, ou em
recipientes de folha de flandres ou de aço inox. Deve manter-se em local fresco,
sem luz e longe de produtos com cheiros intensos para evitar que os absorva.
Quando sujeito a temperaturas muito baixas o Azeite pode solidificar. Contudo,
ele retomará o seu aspecto inicial quando volta à temperatura ambiente, não
perdendo nenhuma das suas características.
Niel Amstrong deixou na lua um raminho de oliveira em ouro como símbolo da
paz.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
5
DENOMINAÇÕES DE ORIGEM PROTEGIDA
Variedades Características dos Azeites
DOP AZEITES DE TRÁS-OS-MONTES
Verdeal
Madural
Cobrançosa
Negrinha do Freixo
Azeites equilibrados com cheiro e
sabor a fruto fresco por vezes
amendoado. Notável sensação
verde, amargo e picante
DOP AZEITES DA BEIRA INTERIOR
Galega
Cobrançosa
Carrasquenha
Outras
Azeites de cor amarela clara e
levemente esverdeada. Sabor a
fruto fresco. Bastante suaves.
DOP AZEITES DO RIBATEJO
Galega
Cobrançosa
Outras
Azeites ligeiramente espessos,
frutados, com cor amarela ouro, por
vezes ligeiramente esverdeados.
Sabor marcadamente doce e suave.
DOP AZEITES DO NORTE ALENTEJANO
Galega
Blanquete
Cobrançosa
Azeiteira
Carrasquenha
Redondil
Azeites de baixa a muito baixa
acidez, ligeiramente espessos,
frutados, com cor amarelo ouro por
vezes esverdeada, aroma e sabor
suave.
DOP AZEITES DO ALENTEJO INTERIOR
Galega
Cordonil de Serpa
Cobrançosa
Outras
Azeites de cor amarelo dourada ou
esverdeada, aroma frutado e suave
de azeitona madura e/ ou verde e
outros frutos nomeadamente maça
e figo. Grande sensação de doce.
DOP AZEITES DE MOURA
Verdeal
Cordonil
Galega
Azeites de baixa a muito baixa
acidez, cor amarela esverdeada
com aroma e sabor frutado. Amargo
e picante.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
6
... a da sabedoria do povo português e a da sua própria sabedoria, a da paz que
simboliza e a da paz que tanto preza, a da glória a que sempre esteve associado
e a da glória com que revela os seus desejados petiscos.
HISTÓRIA E ESTÓRIAS
A oliveira, árvore mítica e símbolo da imortalidade, funde-se com a história, a tradição
e a cultura dos povos mediterrânicos.
A sua origem, na sua forma primitiva, remonta à Era Terciária – antes do nascimento
do homem – e situa-se, segundo a opinião de vários autores, na Ásia Menor, talvez na
Síria ou Palestina, região onde foram descobertos vestígios de instalações de
produção de Azeite e fragmentos de vasos datados do início da Idade do Bronze. O
facto é que em todo o Mediterrâneo foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas,
datadas do Paleolítico e do Neolítico.
Actualmente pensa-se que a espécie à qual pertence a oliveira, a Olea europaea, tem
uma origem híbrida, ou seja, é fruto do cruzamento de várias espécies. Entre os seus
progenitores encontram-se a Olea africana, originária da Arábia e do Egipto, a Olea
ferruginea, procedente da Ásia, e a Olea laperrini, abundante no Sul de Marrocos e
nas Ilhas da Macarronésia.
Por volta de 3000 antes de Cristo, a oliveira era já cultivada por todo o “Crescente
Fértil”. A dispersão desta cultura pela Europa mediterrânica ter-se-á ficado a dever aos
gregos.
Os gregos e os romanos, grandes entusiastas e produtores de Azeite, eram
igualmente pródigos a descobrir-lhe aplicações e, não contentes com as múltiplas
utilizações que lhe davam na cozinha, utilizavam ainda o Azeite como medicamento,
unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias e
impermeabilizante de tecidos.
Mais tarde, a cultura do olival espalhou-se pela bacia do Mediterrâneo e, com as
expedições marítimas dos portugueses e espanhóis, a oliveira acabou por navegar até
às Américas. Depois, onde as condições climatéricas lhe foram favoráveis, foi-se
propagando um pouco por todo o mundo.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
7
MITOS E LENDAS
Desde sempre, a oliveira tem estado associada a práticas religiosas, a mitos e
tradições, a manifestações artísticas e culturais, a usos medicinais e gastronómicos.
Na antiga Grécia, as mulheres, quando queriam engravidar passavam longos períodos
de tempo à sombra das oliveiras. Da madeira das oliveiras faziam-se ceptros reais e
com o Azeite ungiam-se monarcas, sacerdotes e atletas. Com as folhas faziam-se
grinaldas e coroas para os vencedores.
A oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória.
Os egípcios, há seis mil anos, atribuíam a Ísis, mulher de Osíris, Deus supremo da sua
mitologia, o mérito de ensinar a cultivar a oliveira. Na lenda grega Palas Atenea,
Deusa da paz e sabedoria, filha de Zeus, era para os Gregos a mãe da árvore sob a
qual teriam nascido Remo e Rómulo, descendentes dos Deuses e fundadores de
Roma, tendo feito brotar a oliveira de um golpe e, na sua grande bondade, ensinado o
seu cultivo e o seu uso.
Por sua vez Minerva oferece aos romanos este presente divino, asilo também da
divindade.
Cantaram a oliveira Homero, Esquilo, Sófocles, Virgílio, Ovído e Plínio:
“E com um ramo de oliveira o homem se purifica totalmente.” Virgílio, Eneida
“Uma gloriosa árvore floresce na nossa terra dórica: Nossa doce, prateada ama de
leite, a oliveira. Nascida sozinha e imortal, sem temer inimigos, a sua força eterna
desafia velhacos jovens e idosos, pois Zeus e Atena a protegem com olhos insones”
Sófocles, Édipo
Em quase todas as religiões se fala da oliveira, árvore de civilizações longínquas, que
tem lugar nos textos mais antigos:
- no "Génesis" a pomba de Noé traz no bico um ramo de oliveira para lhe mostrar que
o mundo revive.
- No "Êxodo", Yaveh prescreve a Moisés a "Santa Unção" na qual o Azeite se mistura
com perfumes raros.
- No horto de Getsemani vivem ainda oito grandes oliveiras que viram rezar, chorar e
morrer Cristo.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
8
- Também o Corão canta a árvore que nasce no monte Sinai e refere-se ao óleo que
dela se extrai para ser transformado em luz de candeia “que parece um astro
rutilante”.
Foi sempre património dos países mediterrâneos, mas hoje em dia encontra-se
disseminada um pouco por toda a parte, desde a Argentina, Austrália, Chile, Estados
Unidos da América, até ao Japão, México, China e República da África do Sul, entre
outros.
O AZEITE EM PORTUGAL
O Azeite esteve sempre presente nos recantos da vida diária dos portugueses: na
candeia do pobre e no candelabro do rico, na mesa frugal do camponês e nos solenes
templos de velhos cultos.
Mítico, bíblico, romanesco e histórico, “o Azeite vem sempre ao de cima”. Enfrentou a
nova verdade dos mercados selectivos e deixou de ser simplesmente o Azeite, para
adoptar o berço de uma origem e assumir a identidade de uma marca.
Em Portugal, a cultura da Oliveira perde-se nos mais remotos tempos. Segundo rezam
as crónicas, os Visigodos já a deviam ter herdado dos Romanos e estes,
possivelmente, tinham-na encontrado na Península Ibérica. Por sua vez, os Árabes
mantiveram a cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra Azeite tem origem
no vocábulo árabe az-zait, que significa “sumo de azeitona”.
De facto, as primeiras manifestações da importância da cultura da oliveira em Portugal
aparecem nas províncias onde a reconquista cristã mais tardiamente se realizou. É
assim que os primeiros forais que se referem à produção olivícola dizem respeito às
províncias portuguesas da Estremadura e do Alentejo.
Até finais de século XII, em Portugal, não é mencionada a cultura da oliveira nem o
interesse económico da sua produção. Contudo, no século XIII, o Azeite já ocupa um
lugar importante no nosso comércio externo, posição que manterá posteriormente,
podendo afirmar-se que esta gordura era um produto muito abundante na Idade
Média.
Mais tarde, são as ordens religiosas que, com o seu papel na revitalização da
agricultura, dedicam especial atenção ao fabrico do Azeite. O “óleo sagrado” vai ter
uma importância fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra,
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina3
9
do Mosteiro de Alcobaça, da Ordem dos Freires de Cristo, da Ordem do Templo e da
Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Resistente à seca, de fácil adaptação aos terrenos pedregosos, a oliveira tornou-se
numa presença constante na agricultura portuguesa.
-------------------
Por todas as razões e mais uma...
Pelo bem-estar
O Azeite é muito apreciado desde a antiguidade pelo seu valor gastronómico, pelas
suas características químicas, biológicas e organolépticas, mas também porque as
suas propriedades preventivas e terapêuticas fazem dele uma gordura absolutamente
insubstituível.
O Azeite Virgem conserva o sabor, o aroma, as vitaminas, os antioxidantes, sendo a
única gordura vegetal que pode ser consumida, directamente, virgem e crua.
Estudos realizados provaram que países onde a dieta é tradicionalmente rica em
Azeite, como a que se verifica nos povos mediterrâneos, têm uma incidência muito
menor de doenças cardiovasculares.
O Azeite é uma gordura essencialmente monoinsaturada, rica em vitamina E e outros
antioxidantes naturais (caroteno e polifenóis) que ajudam o nosso organismo a
defender-se dos “radicais livres” responsáveis pelo envelhecimento celular, prevenindo
os efeitos nocivos da idade sobre as funções cerebrais e o envelhecimento dos tecidos
e órgãos em geral.
O Azeite tem uma composição em ácidos gordos essenciais que se aproxima da do
leite materno e que proporciona o seu fornecimento adequado, atendendo às
necessidades de um organismo em crescimento.
É a mais digestiva das gorduras. Absorvido antes de uma boa refeição protege as
mucosas do estômago e protege-o contra as úlceras. Tomado como laxante (1 ou 2
colheres de sopa em jejum, com ou sem limão ou café) não irrita o intestino, não
contrai demasiado a vesícula, não cria hábito. Actua nas doenças das vias biliares e
da vesícula.
Mercê do seu ácido oleíco (que se metaboliza facilmente) é uma excelente fonte de
energia, inclusive para um coração doente. Contrariamente às gorduras animais
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina4
0
saturadas reduz o "mau" colesterol (LDL) no sangue, mantendo o nível do "bom"
colesterol (HDL).
O Azeite, pelo seu alto teor em ácidos gordos monoinsaturados, é também
aconselhado na diabetes, influenciando positivamente os valores de açúcar e gordura
no sangue.
A nível ósseo, favorece a mineralização, estimulando o crescimento e favorecendo a
absorção do cálcio.
Também pode proteger de alguns tipos de cancro, particularmente o da mama.
Como se produz
A Oliveira é uma árvore de porte médio, muito resistente, com raízes que atingem os 6
metros, sendo conhecidas cerca de 400 espécies. Tem crescimento lento e
normalmente só entra em produção a partir do quinto ano.
A transformação e melhoria das características da oliveira foram conseguidas pelo
homem, ao longo dos tempos, até se obter a árvore a que chamamos hoje a oliveira
cultivada.
A Oliveira que todos conhecem, Mãe das azeitonas que produzem o Azeite que
consumimos, é da Espécie Olea europea L..
Dentro desta espécie encontram-se diversos grupos de cultivares, espalhados por
diferentes zonas oleícolas.
As cultivares de maior importância utilizadas em Portugal são a Galega, a
Carrasquenha, a Cordovil, a Cobrançosa e a Verdeal, entre outras.
A oliveira, dada a sua rusticidade, encontra-se muitas vezes em terrenos onde
nenhuma outra planta resistiria. Mas quando a oliveira é tratada como uma verdadeira
cultura as produções aumentam em quantidade e, em comparação com situações
extremas, também em qualidade.
Em média, uma oliveira dá 20 Kg de azeitonas, sendo necessários cerca de 5 a 6 Kg
para produzir 1 L de Azeite.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina4
1
A Obtenção do Azeite
O Azeite é obtido da azeitona exclusivamente por processos mecânicos e físicos em
condições, essencialmente térmicas, que não produzem a sua alteração.
Para se obter um azeite de qualidade deve partir-se de azeitonas inteiras, sãs e
maduras.
1. Apanha da Azeitona
A oliveira floresce na primavera. O fruto começa a formar-se, passando da cor verde a
negra, altura em que fica maduro. No princípio de Inverno está pronto para a apanha.
2. Transporte da Azeitona para o Lagar
As azeitonas colhidas são transportadas para o lagar para serem laboradas.
3. Operações Preliminares
Ao entrar no lagar as azeitonas devem ser classificadas, a fim de serem laboradas
separadamente consoante a classe.
As azeitonas são limpas das folhas que as acompanham e são lavadas com água
corrente.
Nesta fase é recolhida uma amostra para laboratório, procede-se à pesagem,
classificação e armazenagem.
4. Moenda da Azeitona limpa e preparação da pasta
A moenda consiste na trituração da azeitona, até formar uma pasta: a massa de
azeitona. Antigamente eram utilizados moinhos de pedra (mós ou galgas). Hoje em dia
recorre-se a moinhos de martelos metálicos.
Seguidamente esta pasta é batida e aquecida numa termobatedeira de maneira a
aumentar o rendimento de extracção, facilitando a separação do azeite.
5. Separação das partes sólida e líquida (extracção do azeite)
Quando a massa está convenientemente batida e aquecida, procede-se à extracção
propriamente dita, ou seja, à separação da parte sólida (o bagaço) das partes líquidas
(o Azeite e a água de vegetação). Por fim, separa-se o azeite da água.
6. Armazenamento
O Azeite obtido é armazenado em depósitos até à sua comercialização. A uma
temperatura de armazenado ideal situa-se entre os 15 e os 18ºC (para permitir uma
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina4
2
correcta maturação dos azeites sem favorecer a sua oxidação). Deve também ter
pouca luminosidade.
Obtenção de Azeites Refinados: Refinação
Devido a condições climatéricas, a colheitas tardias, a grandes tempos de espera
antes das azeitonas serem laboradas e erros no processo indicado anteriormente, os
azeites virgens apresentam, por vezes, defeitos, como a acidez elevada e odores e
sabores estranhos, que os fazem não ser aptos para consumo, pelo que devem sofrer
um processo de refinação para eliminar defeitos.
A refinação consta de três fases, cada uma das quais tende a eliminar um processo
determinado: Neutralização, Descoloração e Desodorização.
Azeite refinado - Azeite obtido por refinação de Azeite virgem.
Azeite - Azeite constituído por loteamento de Azeite refinado e de Azeite virgem com
exclusão do Azeite lampante.
Óleo de bagaço de azeitona - óleo constituído por loteamento de óleo de bagaço de
azeitona refinado e de azeites virgens, com exclusão do Azeite lampante.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina4
3
9 Anexos - Glossário
Absorvência no Ultravioleta ( K270, K232, ∆K): Utiliza-se para detectar componentes
anormais de um azeite.
Acidez: Percentagem de ácido oleico livre existente no azeite. Não está relacionada
com o sabor.
Análise Organoléptica: Análise efectuada para caracterizar o aroma e sabor de um
azeite. É obrigatória por lei.
Água russa: Água de vegetação das azeitonas, isto é, água existente no interior das
azeitonas. É bastante poluente.
Azeite: Gordura líquida de cor verde amarelada que se obtém mediante extracção
física das azeitonas.
Azeite de Agricultura Biológica: Azeites provenientes de olivais conduzidos de
acordo com o modo de produção biológico, tal como previsto pela Regulamentação
Europeia. Este modo de produção obriga a diversos condicionalismos importantes que
visam a protecção do meio ambiente
Azeitona: Fruto da oliveira (Olea europea, L.), drupa de forma ovóide.
Bagaço de azeitona: Subproduto obtido da extracção de azeite. Compreende a água
de constituição da azeitona, a água de adição e lavagem e uma percentagem variável
de produto sólido (epiderme, polpa e caroço de azeitona). A quantidade de água
presente neste subproduto depende do método de extracção do azeite adoptado.
Borras: Impurezas existentes nos azeites e que ao fim da algum tempo acabam por
se sedimentar no fundo dos recipientes onde este está armazenado.
Capacho: Objecto do lagar de azeite em forma de disco plano e delgado, feito de
fibras vegetais ou sintéticas, sobre o qual é distribuída a massa da azeitona, a fim de
ser espremida na prensa.
Cor: A cor do azeite varia entre o amarelo e o verde. Esta não está relacionada com a
qualidade do azeite. Azeites obtidos de azeitonas mais maduras são mais amarelos,
enquanto que azeites obtidos a partir de azeitonas mais verdes são mais verdes.
D.O.P – Denominação de Origem Protegida. Certificação europeia que garante que o
azeite têm origem numa área geográfica delimitada, com solos e clima característicos
e é exclusivamente elaborado com azeitonas de certas variedades de oliveiras.
Extracção a Frio: Azeite extraído a uma temperatura inferior a 27º.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina4
4
Infernos ou ladrões: Nome que se atribui aos depósitos onde se armazenam as
águas russas.
Índice de Peróxidos: Parâmetro utilizado para verificar a oxidação inicial do azeite e a
sua deterioração.
Lagar: local onde se efectua o processamento da azeitona para se extrair o azeite.
Lote: Conjunto de unidades de venda de um género alimentício produzido, fabricado
ou acondicionado em circunstâncias praticamente idênticas. Esta indicação permite
saber detalhes sobre a produção e o enchimento do produto, tais como a data de
fabrico e a origem das matérias-primas utilizadas.
Maquia: Quantidades de azeite que o lagareiro retém para si como contrapartida dos
serviços que prestou aos olivicultores.
Monovarietal: Azeite obtido a partir de uma só variedade de azeitona.
Óleo de bagaço de azeitona: Óleo extraído a partir do bagaço de azeitona através de
processos químicos.
Oliveira: A oliveira é conhecida cientificamente como Olea europaea L., família
Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar
Mediterrâneo.
Painel de provadores: Grupo de provadores especialmente treinados para proceder à
caracterização organoléptica do azeite e à sua pontuação.
Primeira pressão a frio: Menção usada pelos azeites obtidos por prensagem a uma
temperatura inferior a 27º.
Teor em Ceras: Parâmetro analisado para verificar a genuinidade de um azeite.
Variedade: Diferentes tipos de oliveiras que, apesar de pertencerem à mesma
espécie, apresentam algumas diferenças significativas.
Marketing Internacional | Azeite | Polónia
ISVOUGA – Marketing, Publicidade e Relações Públicas – 3º Ano – Ana Sousa, José Barros
Pág
ina4
5
10 Bibliografia e webografia
Agricultura, M. d. (2010). Internacionalização dos Sectores Agro‐Alimentar e e
Florestal.
Associação do Azeite de Portugal. (s.d.). Obtido em Maio de 2011, de Casa do Azeite:
http://www.casadoazeite.pt
BCP, M. (2010). Corporate International Services - Polónia.
Cadernos, Boletins e fichas de mercado. (s.d.). Obtido em Maio de 2011, de AICEP:
http://www.portugalglobal.pt
COI/IOC. (s.d.). Obtido em Maio de 2011, de International Olive Council:
http://www.internationaloliveoil.org/
Fernandes, M. O. (s.d.). A Dieta Mediterrânica, o caso do Azeite. Conselho Oleícola
Internacional.