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11Jornal Ibiáespecial Montenegro - Quarta-feira, 15 de Julho de 2009
Versatilidade/ super-heróis resistem ao tempo e os quadrinhos inVadem os jornais
Links interessantes
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Afinal de contas,que heróis são esses?
Leonardo [email protected]
Gelson:“Fraquezassão atrativonos heróis”
As páginas impressas das His-
tórias em Quadrinhos (HQ’s) são
uma inesgotável fonte de entrete-
nimento. Nelas reside uma porção
de segredos que podem ajudar a
entender o porquê de esse pro-
duto cultural atrair leitores há
tantas gerações. Altos e baixos
são normais em diversas ativida-
des e com as HQ’s isso não foi
diferente. Mesmo assim, as histó-
rias nunca saíram de moda. Os prin-
cipais responsáveis por manter o
campo estável foram, sem dúvida
alguma, os super-heróis. “Eles são
um ícone cultural. As histórias não
são ‘inocentes’, como muitos pensam.
Com muita perspicácia, são aborda-
das questões com as quais todos
os seres humanos se defrontam”,
aponta o bacharel em Filosofia,
Gelson Weschenfelder.
Outro setor que cede, cada vez
mais, às graças dos recursos das
HQ’s é o jornalismo. Seja no papel
ou na internet, os quadrinhos são
uma importante ferramenta no pro-
cesso de contação dos fatos. “Todo
o texto é uma narrativa e cons-
trói sentido a partir de certas es-
tratégias. Os quadrinhos são uma
dessas ferramentas que podem
ajudar a aprofundar e humanizar
os relatos”, acredita o jornalista
Augusto Paim, gerenciador do blog
cabruuum!
No episódio de hoje, conheça um
pouco mais sobre a importância dos
super-heróis para a cultura e de
que forma os quadrinhos ganham
espaço no jornalismo. Boa leitura!
Os super-humanosSuperman, Batman, Quarteto Fantástico, Homem-
Aranha, X-Men, Hulk e outros tantos. A semelhança entre eles é, à primeira vista, nada poderosa: possuir alguma fraqueza. “Mas são elas que os aproximam dos leitores. O sucesso das franquias cinematográficas, que levam mi-lhões às salas de exibição, é uma prova. Projetamos uma parte do nosso ‘eu’ para a história, que aborda dilemas e anseios comuns a todos, como responsabilidade e sentido da vida”, exemplifica o filósofo Gelson Weschenfelder. Quem não se lembra da frase “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”?
Essa é uma das razões de os super-heróis agradarem a todas as faixas etárias. “Os homens precisam de alguém que os proteja. Os heróis dos quadrinhos são os seres mitológicos dos tempos modernos”, acredita Gelson. As adaptações para a telona ajudam a popularizar o que es-tava restrito a um grupo seleto de fãs, preocupados com a fidelidade aos originais. “Antes, muita coisa era alterada. Os últimos lançamentos provam que apenas uma nova roupagem traz bons resultados”, acredita o analista de documentação técnica Rafael de Souza, aficcionado em cinema e quadrinhos.
Jornalismo e(m) Quadrinhos
Um mundo de imagens e um universo de informações disseminadas por aí: o casamento em que o jornalismo aposta com força. “Não há por que dizer que jornalismo em quadrinhos não é jornalismo. Os próprios meios con-vencionais já agregam alguns recursos”, aponta o jorna-lista Augusto Paim. Isso é resultado da criatividade de se utilizar a linguagem de um meio em outro, como exem-plificam os infográficos, a fotorreportagem, a caricatura e a charge, que são reportagens gráficas. “Além de ser uma forma de suavizar a leitura, o jornalismo em quadrinhos também é uma chance de fazer algo novo e mais huma-no”, acrescenta.
Diversos heróis de quadrinhos são jornalistas, como Peter Parker (Homem-Aranha) e Clark Kent (Super-Ho-mem). Também há características comuns aos dois univer-sos, como as grandes aventuras resultantes da dimensão investigativa das profissões. A própria página de jornal está presente nos enredos das HQ’s, um sinal de que essa união ainda pode resultar em novidades no futuro.
A sala da casa do técnico em segurança do trabalho e lutador de artes marciais Gustavo Kuhn mais parece es-túdio de criação de alguma grande editora de HQ’s. Ali, bonecos (conhecidos como action figures) dos lendários super-heróis da Marvel e DC Comics convivem lado a lado. O interesse pelo assunto começou bem cedo: “O meu pai leu os gibis do Fantasma e Mandrake quando pequeno e acabou me ‘contaminando’ com esse gosto”, brinca Gustavo. De lá para cá, a coleção aumentou e o interesse pelo assunto também.
O lutador faz parte de uma organizada rede de aficcio-nados pelo assunto e é um dos apenas três brasileiros que possui a coleção completa de Legends Icons, bonecos de super-heróis da Marvel com 30 centímetros de altura. “É o meu hobby nos finais de semana”, conta. A filha Rayra é fiel companheira na tarefa de tirar o pó e manter o acervo em ordem. Para que o gosto pelos gibis não pese demais no orçamento, a estratégia é fazer parcerias com outros interessados. “Eu compro algumas sagas, outros amigos adquirem coleções diferentes e nos revezamos na leitu-ra”. Segundo Gustavo, um ponto positivo é que as histó-rias estão bastante vinculadas com fatos da realidade.
Uma casa de heróis
Gustavo Kuhn e a filha Kayra. Ao fundo, parte do acervo
Terça – O que são as HQ’sHoje – Super-heróis e
jornalismo
super-heróis que marcaram época
SupermanCriado em 1938
pela dupla de au-tores Joe Shuster e Jerry Siegel. Ele esconde seus super-poderes atrás do tí-mido jornalista Cla-rk Kent, do jornal Planeta Diário.
* u
nive
rso
DC
Com
ics
BaTmanCriado em 1939
por Bob Kane, também se vale do recurso da dupla identidade. Com a ajuda de Robin, de-fende Gothan City dos criminosos.
* universo marvelHomem aranHa
Criado no meio da década de 60 por Stan Lee e Steve Ditko. Com a iden-tidade secreta de Peter Parker, é um adolescente tímido, que precisa aprender a conviver com seus poderes.
CapiTão amériCa
Criado em 1941 por Joe Simon e Jack Kirby. Em plena época da Se-gunda Guerra Mundial, serviu para defender o patriotismo estadouni-dense.
amanhã – Uma conversa com Mauricio
de Sousa