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ESTUDO DE GÁLATAS Capítulo 1

08/05/2016 - Estudo de Gálatas - parte 01 - A autoridade de Paulo

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ESTUDO DE GÁLATAS Capítulo 1

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Começamos o estudo de gálatas falando sobre a doença dos gálatas que é misturar a lei com a graça.

Eles misturaram as duas alianças. Eles tentaram criar um tipo de doutrina que combinava um pouco da graça do Novo Testamento e um pouco da lei do Velho Testamento.

Percebemos a seriedade e o perigo disto no meio da igreja tendo por base a maneira como Paulo tratou a situação chamando-os de insensatos, ou seja tolos. 2

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A igreja de Corinto que era uma grande bagunça, não foi tão duramente exortada, mas foi elogiada, e os gálatas que não tinha os pecados que se via no meio dos crentes coríntios foi repreendida de forma severa.

Por que tanta dureza? A resposta é simples: a nossa conduta é fruto de nossa crença.

Se temos uma crença errada, mais cedo ou mais tarde isso se revela numa conduta errada. Crer corretamente sempre produz um viver correto.

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Ou seja uma doutrina errada é pior que um comportamento errado.

Aos olhos de Deus, é pior crer numa doutrina errada do que ter um comportamento errado.

Uma fé errada é pior que um comportamento errado. Isso não significa que Deus tolera o pecado, mas sim, que essa fé vai gerar cada vez mais comportamentos errados, agravando a situação.

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Se cremos da maneira certa, temos a provisão de Deus para vencer um comportamento errado.

Mas se cremos errado, não há esperança de mudança de comportamento. Não existem doutrinam neutras, teologias neutras.

Tudo aquilo em que cremos vai afetar o nosso comportamento.

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Se a sua vida cristã não tem avançado é porque há algum ensino errado, há alguma convicção em desarmonia com a verdade do evangelho.

Quando surgiu o comportamento errado dos coríntios, Paulo foi paciente com eles, pois sabia que a graça de Deus era suficiente para mudar a bagunça em que eles se meteram.

O comportamento deles era errado, mas o ensino que recebiam era verdadeiro. Era só uma questão de tempo e agir do Espírito.

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Por causa disso, Paulo podia falar de forma positiva, chegando mesmo a dar graças a Deus por eles (ICo 1.4).

Mas quando surgiu o ensino errado entre os gálatas, ele foi muito duro, pois sábia que sem a graça de Deus não haveria esperança para eles.

Os gálatas estavam abandonando a pureza do evangelho da graça e o estavam misturando com a lei.

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Lemos o Velho Testamento e presumimos que tudo ali se aplica a nós hoje, mas isso é um erro.

Não significa que vamos ignorar o ensino do Velho Testamento.

O Velho Testamento ele é uma grande ilustração que nos ajuda a compreender melhor o Novo Testamento.

Ele é a sombra e Jesus é a luz. Se já estamos na luz, não andamos mais pela sombra. Não o desprezamos, mas também não vivemos por ele.

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Se fizermos como os gálatas e começarmos e aplicar em nossas vidas as cláusulas da Velha Aliança, teremos um grande prejuízo espiritual em nossa vida pessoal e ministerial.

Em Gálatas 5 verso 4, Paulo diz que os gálatas haviam se desligado de Cristo pelo fato de estarem procurando se justificar pela lei de Moisés, Paulo enfatiza, que desta forma eles haviam decaído da graça.

É isso que temos visto hoje. A graça parece ser fácil demais para nós, difícil de aceitar. 9

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Mesmo depois de salvo, um crente pode decair da graça e voltar a confiar em seus esforços para agradar a Deus. É o mais comum de acontecer.

Existem crentes que só dependem de Jesus para a salvação, mas depois disso pensam que é responsabilidade deles se esforçar para ter sucesso em sua vida espiritual e natural.

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Quando um crente rejeita a graça de Deus e volta a depender das suas obras para ser abençoado, ele volta a ficar sob a maldição da lei.

Essa rejeição da graça não significa que ele perde a salvação, mas significa apenas que ele deixa de desfrutar das bênçãos plenas da graça de Deus manifesta na obra de Cristo na cruz.

Andar por si mesmo (obras próprias) é cansativo e frustrante. Você se faz, faz, mas não vê fruto algum.

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A carta aos gálatas foi uma das primeiras a serem escritas por volta de 48 ou 49 d.C.

A carta não foi destinada a uma única igreja. É por isso que no verso 2 mencionam-se as igrejas da Galácia, no plural.

A Galácia não era uma cidade, mas uma região do Império Romano. Ela se localizava no centro do que hoje é a Turquia.

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Certamente a carta foi endereçada principalmente às igrejas de Antioquia, da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe.

Essas foram cidades que Paulo evangelizou por ocasião da sua primeira viagem missionária descrita em Atos 13 e 14.

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Visto que as igrejas da Galácia estavam abandonando a graça de Cristo e voltando-se para a observância da lei de Moisés, Paulo teve o encargo de escrever essa epístola.

Os falsos mestres estavam distorcendo o evangelho e arruinando a edificação da igreja. Não há como edificarmos a igreja sem a graça do evangelho.

Por causa disso, Paulo faz cinco afirmações sérias a respeito da condição espiritual dos gálatas:

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A 1ª Afirmação é:

VOCÊS SE DESLIGARAM DE CRISTO

Está em Gálatas capítulo 5 verso 4: 

De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes (Gl.5:4).

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Na redenção Deus fez com que Cristo fosse a nossa fonte de vida.

Quando nos afastamos da graça da redenção, nós estamos também nos desligando de Cristo, assim como uma corrente elétrica é interrompida antes de chegar à tomada.

É como se toda a obra de Cristo se tornasse ineficaz para nós. Quem tenta merecer, perde o favor imerecido (graça).

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A 2ª Afirmação é:

VOCÊS DECAÍRAM DA GRAÇA

De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes (Gl.5:4).

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Isso mostra que Cristo é a própria graça de Deus que se fez gente por nós.

Toda vez que tentamos viver a vida cristã pela lei, nós decaímos da graça.

Todo aquele que decai da graça acaba caindo no pecado, pois é a graça de Deus que nos livra da queda.

Em Rm. 6.14 Paulo afirma que o pecado não tem domínio sobre nós quando estamos debaixo da graça.

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Depois vemos uma 3ª afirmação de Paulo:

VOCÊS TENTARAM SE JUSTIFICARPELA LEI

De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes (Gl.5:4).

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Paulo também diz aos gálatas que eles estavam tentando se justificar pelas obras da lei.

Aceite isto em seu coração:

- Nenhum homem é capaz de guardar a lei, por isso ninguém pode ser salvo pelas boas obras. Hoje a nossa justiça é Cristo.

Toda vez que confiamos em nossa própria justiça, nós decaímos da graça.

A lei é sinônimo de justiça própria. Viver pela lei é tentar se justificar por méritos próprios. 20

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Paulo faz uma 4ª afirmação aos Gálatas de que eles:

PRATICAVAM A CIRCUNCISÃO

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Visto que as igrejas da Galácia estavam abandonando a graça de Cristo e voltando-se para a observância da lei de Moisés, Paulo teve o encargo de escrever essa epístola.

Os falsos mestres estavam distorcendo o evangelho e arruinando a edificação da igreja. Não há como edificarmos a igreja sem a graça do evangelho.

Quando colocamos nossa mão, Deus “tira” a dEle. Ele não precisa de nossas habilidades naturais.

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Os judaizantes também estavam constrangendo os gálatas a praticarem a circuncisão

Olhem em Gálatas 6.12 e 15:

12 Todos os que querem ostentar-se na carne,Esses vos constrangem a vos circuncidardes,somente para não serem perseguidos por causada cruz de Cristo.15 Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem aincircuncisão, mas o ser nova criatura.

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Nós sabemos que a circuncisão era apenas uma prefiguração da cruz de Cristo, que elimina a carne.

Aquele que tem a realidade da cruz de Cristo não precisa mais da sombra.

Não ignoramos a velha aliança, mas vivemos na nova. Não andamos pela sombra se temos a luz completa.

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Por fim Paulo afirma que os gálatas por misturar a graça com a lei estavam:

TENTANDO SE APERFEIÇOAR NA CARNE

Em Gálatas 3.3: 3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?

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Isso significa que tentavam se aperfeiçoar pelo esforço próprio e pelas obras da lei. Mas essas obras apenas produziam neles ainda mais obras da carne.

Toda a carta de Gálatas foi escrita para reconduzir os irmãos para a graça de Deus.

E hoje quase dois mil depois, estamos aqui estudando a mesma carta para sermos reconduzidos à maravilhosa graça de Deus.

Precisamos muito da exortação dos gálatas. 26

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Infelizmente muitos irmãos começam na graça, mas rapidamente caem na tentativa de se aperfeiçoarem na carne.

Qual foi o contexto em que Paulo escreveu a epístola aos gálatas?

As igrejas que Paulo havia estabelecido na Galácia estavam sendo perturbadas por falsos mestres.

Esses homens desencadearam um ataque contra a autoridade de Paulo e do seu evangelho.

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Eles contestavam o evangelho da justificação pela graça mediante a fé, dizendo que para ser salvo era necessário circuncidar-se e guardar a lei de Moisés.

Vemos isto em Atos 15 versos 1 e 5

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Atos 15.1 e 5

1 Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos.

5 Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.

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Observem as acusações que os judaizantes faziam contra Paulo:

1- Eles o acusavam de ter sido uma pessoa terrível antes de sua conversão e um selvagem perseguidor da igreja e, portanto, alguém desqualificado para ser um apóstolo GI 1.13

2- Eles diziam que Paulo não era um dos Doze apóstolos de Jesus. Afirmavam que ele não passava de um impostor que havia se infiltrado com má intenção.

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3- As legalistas diziam que Paulo não tinha uma carta de recomendação, ou seja, credenciais enviadas pelos apóstolos de Jerusalém. Ele portanto, não tinha autorização para exercer o apostolado (Gl. 1:17, 18);

4- Paulo era acusado de rejeitar a lei e os rituais mosaicos (Gl. 4:9,10; 5:6; e 6:12-15)

5- Estes judaizantes diziam que o evangelho de Paulo era diferente daquele pregado pelos outros Doze.

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Paulo percebe os perigos desse ataque, e por isso lança bem no começo da epístola, uma declaração de sua autoridade apostólica e do seu evangelho da graça.

Esse era justamente o título que os judaizantes estavam lhe negando.

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Mas ele declara no capítulo 1 verso 1 enfaticamente que era um apóstolo do Senhor Jesus Cristo.

Em Gálatas 1:1 Paulo afirma:

Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos,

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Apóstolo era aquele que era um mensageiro especial, com um status especial, desfrutando uma autoridade e um comissionamento que procedia de um organismo mais elevado que ele próprio.

Devemos admitir que existem apóstolos em nossos dias. Eles são homens de Deus, mas não tem a mesma autoridade de Paulo.

Ninguém pode dizer hoje algo como: “Paulo disse isso, mas eu discordo!".

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Os apóstolos de hoje são apóstolos porque sustentam o ensino apostólico do Novo Testamento.

Só podem ser reconhecidos se eles repetirem os ensinos dos apóstolos do Novo Testamento.

Não existe sucessão apostólica no sentido de que hoje haja apóstolos com a mesma autoridade de Paulo ou de Pedro.

Os apóstolos de hoje são apenas leais seguidores da doutrina apostólica do Novo Testamento.

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Em Gálatas 1.8,9, Paulo diz: “Ainda que um anjo vindo do céu ou eu mesmo vos anuncie um evangelho diferente deste, seja anátema”

Anátema significa amaldiçoado. É uma palavra muito forte que Paulo usa. Literalmente, nos dias de hoje, seria como se ele dissesse : “Se alguém anuncia um evangelho diferente, que vá para o inferno”. (No sentido literal).

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Indo para o verso 3 de Gálatas 1 Paulo faz uma saudação:

"Graça a vós outros e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. . ."

Essa saudação resume a mensagem do evangelho, pois somente quando recebemos a graça de Deus é que podemos desfrutar da paz.

O verdadeiro sinal daquele que experimenta a graça é que ele sente paz com Deus, paz consigo mesmo e paz com os homens.

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A graça é o favor imerecido de Deus a nós. Não merecemos coisa alguma, mas Ele nos fez participantes do seu favor divino.

Depois disso, no verso 4 Paulo faz um resumo do evangelho, por meio de três afirmações:

4- o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,

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Vejamos estas 3 afirmações aqui no verso 4:

A 1ª afirmação: Cristo se entregou pelos nossos pecados

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O Senhor Jesus não morreu como um mártir nas mãos dos governantes opressores, nem simplesmente se entregou numa demonstração de amor, mas Ele morreu como um sacrifício pelo pecado.

A morte de Cristo foi uma oferta pelo pecado, através da qual os nossos pecados podem ser perdoados e esquecidos.

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A 2ª afirmação de Paulo aqui é:

Cristo morreu para nos desarraigar deste mundo perverso.

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Paulo diz que o evangelho é uma "libertação", ou seja nós fomos desarraigados deste mundo tenebroso. Fomos libertos deste sistema maligno governado pelo diabo.

Tivemos as nossas raízes arrancadas deste mundo e fomos plantados nos átrios da Casa do nosso Deus.

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A 3ª e última afirmação de Paulo no verso 4 é:

Cristo morreu segundo a vontade de Deus

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O sacrifício de Cristo foi segundo a vontade de Deus. Não foi fruto de qualquer iniciativa humana, mas efetuado de acordo com a vontade de Deus.

Na cruz houve uma perfeita harmonia entre a vontade de Deus Pai e Deus Filho.

Nunca acalente o pensamento de que Deus exigiu que Cristo fizesse algo contra a sua vontade, ou que o Filho se ofereceu para fazer algo contra a vontade do Pai.

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Já mencionamos que na epístola aos gálatas, Paulo muda completamente a sua forma usual de saudar os irmãos.

Mas, para ressaltarmos algo a mais, iremos falar novamente sobre isto.

Em todas as outras epístolas, depois de saudar os irmãos, Paulo dá graças a Deus pelo que o Senhor tem feito na vida dos irmãos.

Mas com os gálatas a postura é completamente diferente. PORQUE?

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Porque ele se mostra preocupado com a ação dos judaizantes no meio da igreja, assustado com os terríveis danos que eles estavam causando aos irmãos.

Os gálatas não tinham realmente abandonado a fé no Senhor Jesus, o problema é que eles estavam misturando o evangelho com a lei.

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Ainda criam que a salvação era por meio de Cristo, mas tinham sido enganados com o ensino de que precisavam guardar a lei.

E esse é o motivo por que a epístola dos gálatas é tão atual.

A igreja evangélica hoje padece do mesmo problema. Os evangélicos não abandonaram a graça do Senhor para serem salvos, mas acrescentaram o esforço próprio da lei para se santificarem.

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Vivemos a geração da barganha com Deus. Estamos constantemente tentando trocar nossa obediência por bênçãos. (Dt 28).

Pensamos que, por nossos méritos próprios e nosso esforço pessoal, iremos agradar a Deus. Isso nada mais é que acrescentar a lei ao evangelho.

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A indignação de Paulo a respeito disso foi muito grande.

Por essa razão, não houve ações de graças e nem saudações afetuosas, mas sua atitude foi firme e incisiva, olhe o verso 6:

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho.”

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A palavra grega usada aqui é "metatitémi" e significa "transferir a fidelidade".

Era uma palavra usada para descrever alguém que mudou de time e passou a torcer para aquele que antes era o adversário.

Hoje em dia certamente seria empregada para descrever os nossos políticos que mudam de partido como quem troca de roupas, a chamada infidelidade partidária.

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Dá para perceber que Paulo usou aqui uma palavra muito pesada.

Paulo acusa os gálatas de serem desertores espirituais, vira-casacas religiosos.

Os gálatas tinham recebido o evangelho da graça, mas depois estavam se voltando para um outro evangelho, um evangelho de obras.

Esse evangelho de obras da lei era ensinado por cristãos “judaizantes”.

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Estes judaizantes eram falsos mestres da Palavra de Deus que ensinavam que para alguém ser salvo precisava crerem Jesus e também ser circuncidado.

Em Atos 15 verso 1 fala sobre eles:

“Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos. ”

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Os judaizantes não negavam que era preciso crer em Jesus para se obter a salvação, mas enfatizavam que também era necessário circuncidar-se e guardar a lei.

Em nossos dias não há ninguém que ensine que precisamos nos circuncidar para sermos salvos, mas a maioria ensina que precisamos guardar os dez mandamentos para nos santificarmos.

Os gálatas não percebiam que agindo assim eles declaravam que precisavam que Moisés completasse o que Cristo havia iniciado.

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Ou, ainda, que eles mesmos teriam que completar, através de sua obediência à lei, o que Cristo havia começado.

Precisamos compreender uma vez por todas que a obra de Cristo na cruz é uma obra completa.

Precisamos da verdade de que a salvação é só pela graça, só pela fé, sem mistura alguma de obras ou méritos humanos

Mas não apenas a salvação, também a santificação é pela graça de Deus.

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O Cristianismo não é a religião do esforço próprio. Recebemos todas as coisas, de graça, das mãos de Deus.

Precisamos ter muito cuidado com aquilo em que cremos, pois teologia sempre resulta em comportamento.

Não adianta tentar mudar nossa conduta sem primeiro mudar o que cremos em nosso coração.

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Nunca se esqueça que teologia e experiência andam juntas e não podem ser separadas.

Por isso Paulo ficou indignado. Não era por causa do comportamento dos gálatas, mas por causa da fé.

Voltar para às obras da lei é desligar-se de Cristo como um galho se desliga do tronco da árvore.

É por isso que Paulo diz que os gálatas estava, traindo Cristo, e não apenas traindo um ensino.

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No verso 7, Paulo diz que as igrejas na Galácia estavam em um estado de completa confusão e grande perturbação.

Algo havia sido acrescentado ao evangelho da graça. E essa falsa doutrina legalista estava pervertendo o evangelho.

Se acrescentarmos a lei ao evangelho. A graça imediatamente é anulada.

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A lei são as minhas obras tentando agradar a Deus, mas a graça é a fé de que Deus já está feliz conosco por causa da obra de Cristo.

Se é pelas minhas obras, já não é pela obra de Cristo.

Paulo diz, no verso 6 que os judaizantes na verdade ensinavam outro evangelho.

Eles tentaram acrescentar algo ao evangelho da graça, mas ao fazerem isso corromperam o evangelho de Cristo.

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Agora, quais eram os ensinos dos falsos mestres judaizantes?

Em primeiro lugar:

Eles afirmavam que de fato Deus amou o mundo enviando seu Filho

Mas Ele enviou seu Filho principalmente para as pessoas religiosas e bondosas, ou seja, Deus ama o mundo, mas Ele ama mais as pessoas boazinhas. 59

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Isso contradiz completamente a verdade do evangelho descrita em Rm 5.20 de que “onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus.”

Eles também ensinavam que Jesus tinha vindo a terra não para dar a justificação ao pecador, mas para mostrar ao pecador como viver uma boa vida que agrada a Deus e receber a sua aprovação.

Para eles, o Senhor Jesus tinha sido apenas um grande exemplo a ser seguido. 60

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Eles afirmavam que Jesus morreu pelos homens, mas não pelos pecados.

A morte de Jesus era apenas um exemplo de compromisso com Deus, ensinava eles.

Mas, de todas as suas doutrinas malignas, a pior era o ensino de que a morte de Jesus não era suficiente para salvar o homem, mas que era necessário também guardar a lei de Moisés.

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Por causa disso, eles ensinavam que o cristão deveria se circuncidar e guardar os mandamentos da lei, ou seja, eles ensinavam a salvação pelas obras.

A primeira reação de Paulo diante dessa situação é de completa perplexidade.

Está no verso 6, onde ele diz: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo"

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E a segunda reação de Paulo é de indignação com os falsos mestres, sobre os quais ele libera uma maldição:

Em Gálatas 1.8 e 9:

8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema.

9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.

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