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«Não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, concede tudo.» Bento XVI em 24/05/2005 ESSA PÁGINA NÃO É PARA SER IMPRESSA, ELA SERVE APENAS PARA QUE A CORREÇÃO NO ESPAÇO DAS MARGENS. NÃO APAGAR ELA, É SÓ NÃO IMPRIMI-LA ESSA PÁGINA NÃO É PARA SER IMPRESSA, ELA SERVE APENAS PARA QUE A CORREÇÃO NO ESPAÇO DAS MARGENS. NÃO APAGAR ELA, É SÓ NÃO IMPRIMI-LA ESSA PÁGINA NÃO É PARA SER IMPRESSA, ELA SERVE APENAS PARA QUE A CORREÇÃO NO ESPAÇO DAS MARGENS. NÃO APAGAR ELA, É SÓ NÃO IMPRIMI-LA

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«Não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, concede tudo.» Bento XVI em 24/05/2005

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«Não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, concede tudo.» Bento XVI em 24/05/2005

LIÇÃO 21: VIDA DE ORAÇÃO E VIDA SACRAMENTAL Todos os homens passam a vida buscando a felicidade eterna, ser sempre felizes. Busca-se algo que nunca que se acabe, uma felicidade infinita que seja capaz de preenchê-lo. Isto traz como consequência a necessidade de certezas, de algo onde apegar-se. No interior do homem existe um desejo de felicidade e de realização, que é parte da natureza humana, as pessoas estão chamadas a viver em comunhão com Cristo. Somente o amor de Deus pode preencher completamente o homem. Como esta felicidade tão ansiada, este amor que não cessa é difícil de encontrar, muitos se desviam em sua busca, colocando a felicidade em coisas, ou pessoas que nunca vão dar a satisfação plena. Outros desistem e outros, se desesperam. DEUS SE REVELA

Deus conhece esta dificuldade e ama o homem com um amor infinito, busca o homem para ajudá-lo a encontrar o verdadeiro caminho para a felicidade, o amor eterno. Revela-se em Jesus Cristo convidando-nos a levar uma vida de comunhão com Ele. Para isso, Deus se revela ao homem, para que ele (o homem) possa conhecê-Lo e conhecer o seu Plano para com Ele. Deus vai se tornando conhecido através da Revelação. Existem aqueles que pensam que o cristianismo é uma ideologia ou uma doutrina filosófico-teológica. Outros o comparam com as demais religiões que são intentos do homem para aproximar-se de Deus. O cristianismo não é uma criação da mente humana, nem sequer uma doutrina moral. É a autêntica revelação de Deus que se faz homem por amor ao homem para abrir-lhe o caminho à vida eterna, para dar-lhe forças e ensinar-lhe qual deve ser sua conduta. A religião cristã nasce por iniciativa de Deus. O cristianismo é a resposta do homem a Deus que se revela em Cristo. A Revelação começa quando Deus escolhe um povo, fazendo uma aliança com ele, dando-lhe mostras de amor. Este povo de Israel lhe servirá para manifestar seu amor. A este povo escolhido, Deus dá alimento, bebida, mas em especial, lhes dá os Dez Mandamentos, que são o caminho da felicidade, o guia para viver em comunhão com Deus. Como apesar das manifestações do amor de Deus, o povo continua sendo infiel, Deus envia seu Filho para que o homem compreenda. Jesus Cristo é o cume da Revelação. Nele podemos sentir a bondade de Deus e seu Amor infinito ao homem. A pessoa pode e deve viver em amizade com Cristo, pode participar da vida divina, por meio da graça de Deus, e do Espírito Santo que dá vida e alimenta. O cristianismo é um compromisso pessoal com Jesus Cristo. Este seguimento de Jesus Cristo, através da Igreja fundada por Ele é a resposta que o homem dá à iniciativa de Deus, é a resposta ao chamado de amor que Cristo faz. Esta resposta de amor deve ser real, eficaz, concreta, sempre respeitando todas as ajudas que Cristo deixou: sacramentos, Igreja, normas da vida, etc. O amor deve se manifestar externamente através do comportamento. Aquele que se diz cristão e não ama e vive o que Cristo ama, realmente não se realiza em sua vida. O verdadeiro cristão tem que amar e viver como Cristo.

A PESSOA HUMANA ESCUTA E ACOLHE O homem, diante do convite ao amor, descobre sua dignidade (CIC 1701-1715). Foi criado a imagem e semelhança de Deus, mas a imagem foi alterada pelo pecado, sendo regenerada e restaurada por Cristo, dando ao homem uma nova dignidade: “ser filho de Deus”.

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A pessoa humana é aquela que possui uma alma espiritual, goza de inteligência e vontade, que unida a seu corpo forma uma unidade e identidade única e irrepetível. Na alma encontramos o princípio da vida, criado e infundido diretamente por Deus no homem. Nela residem as habilidades da inteligência e vontade. Pela inteligência pode conhecer a Deus, sua Revelação, escutar o que lhe disse sua consciência, etc. Pela vontade, tem a capacidade de tomar decisões e levá-las adiante. O homem é livre, ou seja, é capaz de tomar decisões e responsabilizar-se por elas. É capaz de amar, de lutar por descobrir a verdade, de distinguir entre o bem e o mal. A este homem é a quem é apresentado o plano de salvação de Cristo, mas o homem ainda está ferido pelo pecado e não pode consegui-lo por si só. Por isso, para alcançar o desígnio que Deus lhe oferece, o homem necessita da graça. Somente em Cristo, seguindo seu exemplo, vivendo em amizade com Ele, o homem pode conseguir a santidade, a plenitude do amor.

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LIÇÃO 27: A IGREJA DE CRISTO

“NINGUÉM PODE TER A DEUS POR PAI, SE NÃO TEM A IGREJA COMO MÃE” (SÃO CIPRIANO, SÉC. III)

A VERDADEIRA IGREJA DE JESUS CRISTO (ADAPTADO) Autor: Pe. Inácio José do Vale

Fonte: http://www.cleofas.com.br/ver_conteudo.aspx?m=art&cat=110&scat=82&id=1395

JESUS CRISTO FUNDOU UMA ÚNICA IGREJA

Afirma Nosso Senhor Jesus Cristo: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18). "Se não escutar a Igreja, seja ele para ti como gentio e publicano" (Mt 18,17). Cristo fala de um único rebanho e de um só pastor (Jo 10,16), de uma única videira (Jo 15), do reino dos céus na terra (Mt 13,24.47).

Os Apóstolos falam de uma única Igreja, que Cristo amou e pela qual se entregou (Ef 5, 25.27.32), de um único corpo de Cristo (l Cor 12,20; Cl 1,18), de uma só esposa (Ap 21,9). Os coríntios se tinham dividido em partidos. São Paulo exclama: "Estará por ventura Cristo dividido?" (l Cor 1,13). Comenta Clemente de Alexandria: "Há um só Pai de todos, um único Verbo para todos e um só Espírito Santo que está em toda parte. E há, outrossim, uma só e única virgem mãe que eu chamo a Igreja".

A IGREJA DE CRISTO É A SANTA IGREJA CATÓLICA

Jesus Cristo, Nosso Salvador, fundou apenas uma Igreja, não várias, como é desejo dos heréticos. Ele fundou a Igreja: UNA, SANTA CATÓLICA E APOSTÓLICA.

"Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai. este é o motivo de sua missão. O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto e, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica, 763).

Os irmãos separados, em geral, costumam apontar o dedo para o próprio peito dizendo serem eles a "pedra" sobre a qual Cristo Jesus fundou a Sua Igreja; outros bem mais "cultos" e "místicos", dizem que a "Igreja" está dentro do coração, e aquele que "aceitar" Jesus, pertence à Igreja de Nosso Senhor.

São Cipriano que não era herege, não ambicioso e nem enganador diz: "Cristo edifica a Igreja sobre Pedro. Encarrega-o de apascentar-lhe as ovelhas. A Pedro é entregue o primado para que seja uma Igreja e uma cátedra de Cristo. Quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual foi fundada a Igreja, não pode pensar em pertencer à Igreja de Cristo" (De Unid. Eccl. cap. IV), e: "Pedro é o vértice, o chefe dos Apóstolos" (I Concílio de Nicéia).

Por mais que os heréticos gritem, apontem o dedo e mentem, não dá para enganar aquele católico bem instruído; só escorregam em suas salivas, aqueles que se dizem católicos e que vivem às margens da Igreja: "Quando Jesus Cristo diz: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ELA" (Mt 16, 18) a que Igreja se refere? Não é ao Protestantismo, nem a nenhuma igreja protestante em particular, porque as Igrejas protestantes só começaram a existir no século XVI. Refere-se, sem dúvida alguma, à IGREJA CATÓLICA; é fácil demonstrá-lo.

Logo nos inícios da Igreja, os seguidores de Cristo foram designados com o nome de cristãos. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos como se sabe, já vem na própria Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: "em Antioquia é que foram os discípulos denominados CRISTÃOS, pela primeira vez" (At 11, 26),

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"Então Agripa disse a Paulo: Por pouco me não persuade a fazer-me CRISTÃO" (At 26, 28). "Se padece como CRISTÃO, não se envergonhe; mas glorifique a Deus neste nome" (1Pd 4, 16).

Aconteceu, porém que, tão logo a Igreja começou a propagar-se, começaram a aparecer os hereges, seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido recebida dos Apóstolos, mas tomando o nome de cristãos, pois também criam em Cristo e d'Ele se diziam discípulos. Era preciso, portanto, um novo nome para designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos antiquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada como IGREJA CATÓLICA, isto é, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a parte, para diferençá-la dos hereges, pertencentes à igrejinhas isoladas que existiam aqui e acolá. Assim é que já Santo Inácio de Antioquia, que foi contemporâneo dos Apóstolos, pois nasceu mais ou menos no ano 35 da era cristã e, segundo Eusébio de Cesaréia no seu Chrónicon, foi bispo de Antioquia, entre os anos 70 e 107, já Santo Inácio nos fala abertamente da Igreja Católica, na sua Epístola aos Esmirnenses: "Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA" (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).

Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna, que nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista. Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: "A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo". Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele "fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra" (c. 8).

[...]

E quando o Concílio de Constantinopla, no ano de 381, colocou, no seu Símbolo estas palavras: "Cremos na Igreja Una, Santa, CATÓLICA e Apostólica", isto não constituía novidade alguma, pois já desde tempo antiquíssimo, se vinha recitando no Credo ou Símbolo dos Apóstolos: creio na Santa Igreja CATÓLICA.

Vemos, portanto, na história do Cristianismo, o contraste evidente entre aquela igreja que veio desde o princípio e logo se espalhou por toda a parte (Ide, pois, e ensinais todas as gentes - Mt 28, 19) e que desde o começo foi chamada CATÓLICA, segundo o que acabamos de demonstrar, e as heresias que foram aparecendo no decorrer dos séculos, discordando deste ou daquele ponto, inventadas por um homem qualquer, mas todas levadas de vencida pela Igreja, pois ou desapareceram por completo ou ficaram reduzidas em número de adeptos que logo mergulharam no esquecimento.

Chega esta Igreja ao séc. XVI. Aparece então o ex-frade alemão agostiniano, cheios de inquietações Martinho Lutero, pretendendo afirmar que esta Igreja está completamente afogada no erro e é preciso fazer uma reforma doutrinária. Queremos aqui fazer apenas uma pergunta ao "inspirado" e "esclarecido" Lutero: "Como é que Cristo deixou durante tantos séculos a sua Igreja mergulhada completamente no erro, e só no séc. XVI fez aparecerem os "inspirados" e "esclarecidos" doutrinários da verdade: Onde está a Providência Divina com relação à obra de Deus que é a sua Igreja? Se tal desastre se tivesse verificado, então teria falhado completamente a promessa de Cristo: "E as portas do inferno não prevalecerão CONTRA ELA" (Mt 16, 18).

"Nem toda a água do rio Elba daria lágrimas bastante para chorar a desgraça da Reforma" (Melanchton, amigo de Lutero)" (Lúcio Navarro, Legítima Interpretação da Bíblia). Católico, tampe os ouvidos diante dos uivos dos lobos que trabalham furiosamente para arrancar-te do seio da Verdadeira Igreja, não lhes dê ouvidos, mas lembre-se com frequência de que Cristo Jesus é o Santo Fundador da Única Igreja, e por mais que lancem pedras sobre ela, jamais a destruirão: "Cristo é o único Senhor da Igreja. Ela lhe pertence, pois é ele quem a edifica. É Pedro, porém, quem lhe guarda as chaves - para abrir - fechar - cerrar - excluir. Inimigos ardilosos, que a não

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conseguiram suplantar em campo aberto - tentarão - introduzir-se à socapa em seu seio, procurando combatê-la e destruí-la pelo interno" (Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Vol. II).

Ame, sirva e defenda a Igreja Católica, Cristo Jesus deu a vida por ela: "Com a vitória da cruz, ele adquiriu para si o poder e o domínio sobre todas as gentes" (Santo Tomás de Aquino, Summa Theol., III, 42, 1), e: "Aquele que, feito homem, se tornara Cabeça e Senhor da humanidade, ora resgatou seu povo com seu Sangue - libertou-o - remiu-o - fê-lo seu. O véu do templo - a antiga aliança - rasgou-se" (Leão I, Serm., 68, 3), e também: "Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o Esposo!" (Santo Agostinho).

FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO

"Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, (o Concílio) ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar" (CIC, 846).

Esta afirmação do Catecismo significa que “toda a salvação vem de Cristo-Cabeça pela Igreja que é o seu Corpo” (CIC, 846). Continua o Catecismo nos parágrafos seguintes:

“847. Esta afirmação não visa aqueles que, sem culpa da sua parte, ignoram Cristo e a sua igreja:

«Com efeito, também podem conseguir a salvação eterna aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, no entanto procuram Deus com um coração sincero e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a sua vontade conhecida através do que a consciência lhes dita» (342).

848. «Muito embora Deus possa, por caminhos só d'Ele conhecidos, trazer à fé, «sem a qual é impossível agradar a Deus» (343), homens que, sem culpa sua, ignoram o Evangelho, a Igreja tem o dever e, ao mesmo tempo, o direito sagrado, de evangelizar» (344) todos os homens”.

A SANTA IGREJA CATÓLICA

"E vós, maridos, amais as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la com o banho da água e santificá-la pela Palavra para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. É grande este mistério: refiro-me à relação entre Cristo e a sua Igreja" (Ef 5, 25. 32).

Contemplando este mistério da Igreja, São Pio X dizia: "Os reinos e os impérios desmontaram; os povos que a glória de seus nomes assim como sua civilização os havia tornado célebres, desapareceram. Viram-se nações que, atingidas pela decrepitude, se desagregaram por si mesmas. A Igreja, porém, é imortal por natureza, jamais o laço que a une ao seu celeste Esposo se romperá e, em consequência, a velhice não pode atingi-la; ela permanece exuberante da juventude, sempre transbordante dessa força com a qual ela nasceu do coração transpassado de Cristo morto sobre a Cruz". (Encíclica Iucunda Sane).

A Santa Igreja Católica é a primeira, verdadeira, vencedora e única. A unidade da santíssima fé católica é um grande milagre e obra colossal da Igreja Latina. O seu escopo é a salvação da humanidade pelo seu Senhor, Mestre, Pastor e Salvador Jesus Cristo.

A Igreja Católica é mais bela do que a própria beleza; mais rica do que todo o tesouro do mundo; mais poderosa do que todo exército do planeta; mais viva do que a própria vida; mais iluminada do

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que o Sol; a sua missão é mais alta do que o céu; a sua obra de caridade é mais profunda do que o mar; os seus santos são muito mais do que o ouro e todas as pedras preciosas e brilharam mais do que a Lua e todos os astros do firmamento; o seu conhecimento é milenar e indestrutível; têm mais elementos do que os da natureza; a sua força ultrapassa as quatro forças físicas fundamentais do universo; o grande poder contínuo do Pentecostes na Igreja é muito maior do que o acelerador de partículas do Grande Colisor de Hádrons. Um só dom do Espírito Santo tem mais energia atômica do que a física quântica e todas as bombas juntas.

A Igreja é a mestra por excelência da mais alta ciência da educação. Ela é a gloriosa mãe fecunda de todos os filhos de Deus e promotora de santificação das ovelhas do Sumo Pastor Jesus Cristo.

Para Igreja vencer imperadores idólatras e imorais, exércitos bárbaros, monarquias corruptas, sistema político e filosóficos ateus e carniceiros, cismas, seitas, secularismo e relativismo são necessárias armas poderosíssimas e atualizadas. Quais são essas armas? A Sagrada Escritura, A Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério infalível. Todo fundamento da Igreja Católica está no amor da Santíssima Trindade que termina no gênero humano.

A IGREJA É INERRANTE

A Igreja Católica é santa, justa e inerrante, ou seja, isenta de erros e pecados.

A Igreja Católica nunca errou e jamais vai errar. O seu Corpo é santo, cuja Cabeça também o é: Jesus Cristo. Ela é a Igreja do Deus vivo: coluna e sustentáculo da verdade (1 Tm 3, 15).

É errada a expressão "a Igreja é santa e pecadora". Não existe tal expressão na Bíblia e nem na Tradição. A correta colocação se encontra no Credo dos Apóstolos: "Creio na Santa Igreja Católica".

São injustas as acusações, calúnias difamações contra a Igreja Católica. Os críticos não sabem ou não querem entender a mistogogia da Igreja, separar o joio do trigo, saber compreender verdadeiramente os fatos históricos e dogmáticos e ter ciência "dos erros dos filhos pecadores" na Igreja e não "os pecados da Igreja". A Igreja é toda santa (Ef 5, 27). É a noiva de Cristo (Mc 2, 19).

Vejamos de maneira magistral a explicação do grande teólogo beneditino Dom Estêvão Bettencourt:

"Nos últimos decênios têm sido transposto para a Igreja o título de ‘simultaneamente santa e pecadora’. Chega mesmo a designá-la como ‘a casta meretriz’.

Nos que concerne à Igreja, é necessário distinguir entre a pessoa e o pessoal da Igreja.

Pessoa da Igreja é o elemento estável e santo que ela contém como Esposa de Cristo ‘sem mancha nem ruga’ (Ef 5, 25 - 27). Como Corpo de Cristo, vivificado pela indefectível presença de Cristo, a Igreja conserva uma santidade imperecível de Cristo. Ela é a mãe de filhos, que são o seu pessoal. Estes são pecadores, de modo que introduzem o pecado na Igreja, que os carrega procurando dar-lhes o remédio necessário. Observe-se bem que o Papa João Paulo II, ao pedir perdão, nunca o pediu para a Igreja, mas sempre para os filhos ou o pessoal da Igreja.

A expressão ‘casta meretriz’ é imprópria, porque consta de um substantivo sinistro e de um adjetivo alvissareiro; a Igreja seria substancialmente pecadora e acidentalmente ou ocasionalmente santa - o que é falso, ela é substantivamente santa e acidentalmente portadora do pecado de seus filhos. Analisando essa ambígua realidade, podia o Papa Pio XII escrever em 1943:

‘Nada se pode conceber de mais glorioso, mais nobre, mais honroso do que pertencer à Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana, por um Chefe tão sublime, somos penetrados por um único Espírito Divino; enfim somos alimentados neste exílio terrestre por uma só

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doutrina e um só Pão celeste, até que finalmente tomemos parte na única e eterna bem aventurança celeste’ (Pio XII - Mystici Corporis Christi n° 90 - 29/06/1943)”. (PR, N° 535, pp. 22 e 23).

A IGREJA: MÃE SANTA

Sobre a Igreja, escreve a maior gênio do pensamento filosófico e teológico do século V, fundador, bispo e Doutor da Igreja Santo Agostinho de Hipona:

"Visitai esta mãe, que vos gerou. Vede o que ela vos deu: uniu a criatura ao criador, dos servos fez filhos de Deus, dos escravos do demônio irmão de Cristo. Não sereis ingratos a tão grandes benefícios se lhe oferecerdes a alegria da vossa presença. Ninguém pode sentir que Deus o ama se despreza a Igreja mãe. Está mãe Santa e espiritual prepara-vos cada dia alimento espiritual (...), ela não quer que seus filhos tenham fome desse alimento. Não abandoneis esta mãe, para que ela vos sacie da abundancia de sua casa (...), vos recomende a Deus Pai como filhos dignos e vos conduza, livres e com saúde, à pátria eterna, depois de vos ter alimentado com amor".

O renomado escritor e intelectual inglês Gilbert K. Chesterton afirmou esplendidamente: "A Igreja Católica é a única coisa que salva o homem da degradante escravidão de ser um filho de sua época".

CONCLUSÃO

As promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo são fiéis e podemos caminhar seguros com elas. Como é maravilhoso ser membro da Igreja Católica de Cristo. Ser discípulo e missionário da Boa Nova do Salvador. Cremos nas palavras do Bom Pastor:

"Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma" (Mt 10, 16. 28).

"As portas do inferno nunca prevalecerão contra a minha Igreja". (Mt 16, 18).

"Toda a autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!". (Mt 28, 19. 20).

"Eu vos disse tais coisas para terdes paz em mim. No mundo tereis tribulações, mas tente coragem: eu venci o mundo" (Jo 16, 33).

"Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e a Samaria, e até os confins da terra" (At 1, 8).

Não existem palavras para explicitar a magnífica felicidade de pertencer à Igreja guiada e iluminada pelo divino Espírito Santo, e esta Igreja só pode ser: Una, Santa Católica e Apostólica.

Una, porque o seu modelo é de plena unidade e une todos os fiéis na comunhão em Cristo. Santa, porque Deus santíssimo e o seu autor; Cristo entregou-se por ela, para santificá-la e torná-la santificante e o Espírito Santo a vivifica com a caridade. Católica, porque a sua missão de pregar o Evangelho é universal. Nela contém a plenitude dos meios de salvação. Apostólica, porque a sua origem está edificada sobre o "alicerce dos apóstolos", porquanto ensinada, santificada e dirigida, até a volta de Cristo, pelos Apóstolos, graças a seus sucessores, os bispos em comunhão com o sucessor de Pedro.

A Santa Madre Igreja nos ama e devemos amá-la até o fim das nossas vidas.

Um só batismo, um só Deus, um só Bom Pastor, um só Espírito Consolador, uma só fé, uma só esperança e uma só Igreja Católica.

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LIÇÃO 28: DOGMAS: LUZES NO CAMINHO DA FÉ Autor: Prof. Felipe Aquino Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2007/08/20/dogmas-luzes-no-caminho-da-fe/ O Magistério da Igreja (Papa e Bispos) empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando obriga o povo cristão a acreditar em verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária. Os dogmas não são grades que impedem o caminhar dos teólogos, ao contrário, são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Eles são para o povo de Deus como os trilhos são para um trem; são vínculos que dão ao veículo segurança e possibilidade de ir muito longe. O que seria do trem se saísse dos trilhos? Não mais do que 14 vezes um Papa proclamou um dogma de fé; isto em 21 séculos de vida da Igreja. Mas há muitas outras verdades da fé, que não foram definidas explicitamente como dogmas por um Papa, mas que são também dogmáticas. Todos os doze Artigos do Credo são dogmas de fé; ele é o “Símbolo dos Apóstolos” e resume as verdades básicas da fé cristã que há 2000 anos a Igreja ensina. O Dogma é uma verdade Revelada por Deus, e proposta pela Igreja à nossa fé e à nossa conduta. E como algo revelado por Deus, e compreendido pela Igreja, é imutável. Podemos aperfeiçoar o entendimento da verdade revelada, mas nunca destruí-la ou negá-la. O Dogma pode estar contido na Bíblia ou na Tradição apostólica que não foi escrita, mas que tem para a Igreja o mesmo valor de Revelação da Bíblia; por exemplo, o Credo como é rezado não está na Bíblia, mas veio da Tradição. Jesus deixou a Igreja com a incumbência infalível de fazer este discernimento, a fim de nos mostrar e conduzir, sem erro, ao caminho da salvação. Pouco adiantaria Jesus deixar na terra o “depósito da fé”, ou, como chamava São Paulo, “a sã doutrina”, se não deixasse também uma guardiã infalível da mesma. A Revelação de Deus ensina que “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4); mas, onde está esta “Verdade” que salva? O mesmo São Paulo responde: “ A Igreja é a coluna da verdade” (1Tm 3, 15). É por isso que a Igreja afirma sem dúvida, várias vezes, no Catecismo, a sua infalibilidade naquilo que é essencial em termos de fé e moral. Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. “Goza desta infalibilidade o Papa quando, na qualidade de pastor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina apenas sobre à fé e aos costumes… A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico (LG 25). Os dogmas sobre Deus garantem que Ele existe, que é único, mas são Três Pessoas divinas formando um só Deus (Pai e Filho e Espírito Santo), com igual poder e majestade; que Ele é eterno, onipotente, onipresente, onisciente, amor e misericórdia, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; tudo o que existe foi criado por Deus. Os dogmas sobre Jesus Cristo afirmam que Ele é o Filho Único de Deus; verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus (possui duas naturezas: humana e divina); cada uma das duas naturezas em Cristo possui uma vontade e uma operação própria. Cristo se ofereceu em sacrifício na Cruz para resgatar a humanidade separada de Deus pelo pecado. Ao terceiro dia depois de sua morte,

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«Não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, concede tudo.» Bento XVI em 24/05/2005

ressuscitou glorioso dentre os mortos e subiu em corpo e alma aos céus e está “sentado” à direita de Deus Pai. Sobre o mundo, os dogmas dizem que tudo do que existe foi criado por Deus a partir do nada. O mundo é temporal, um dia vai terminar. Deus o conserva pelo Seu poder e bondade. Sobre a pessoa humana, os dogmas garantem que ela é formado de corpo material e alma espiritual e imortal criada por Deus no momento da concepção, à sua imagem e semelhança. O pecado de Adão (original) se propaga a todos os seus descendentes por geração e não por imitação. O homem caído não pode redimir-se a si mesmo; precisa de um Salvador, Jesus Cristo. Sobre a Virgem Maria os dogmas dizem que Ela é Imaculada, isto é, foi concebida sem o pecado original, e nunca teve qualquer pecado pessoal; é Mãe de Deus feito homem; foi para o Céu em sua Assunção, de corpo e de alma, após o término de sua vida na terra. É Virgem perpétua: antes do parto, durante o parto de depois do parto de Jesus Cristo. Sobre o Papa e a Igreja os dogmas ensinam que a Igreja foi fundada por Jesus Cristo, que constituiu São Pedro como o primeiro Papa e cabeça visível da Igreja, conferindo-lhe pessoalmente o primado de jurisdição. O Papa possui o pleno e supremo poder sobre a Igreja, não somente nas coisas da fé e da moral, mas também na disciplina e no governo da Igreja. Ele é infalível sempre que define uma verdade de fé ou de moral. A Igreja é infalível quando define com o Papa alguma matéria de fé e de costumes. Os dogmas sobre os Sacramentos, afirmam que Cristo instituiu sete Sacramentos: Batismo, Crisma, Confissão, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos. A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo pelo Sacramento da Confissão. Cristo está presente na Eucaristia pela transubstanciação de toda a substância do pão e do vinho. Os dogmas sobre os últimos acontecimentos afirmam que existe a vida eterna, o Céu, o Inferno e o Purgatório, o fim deste mundo e a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos no último dia e o juízo universal.