JUDAS TADEU, referido como filho de Tiago (At 1.13), considerado pelos católicos como o padroeiro das causas impossíveis (28/Out). Tão somente é citado na lista dos discípulos.

Única fala está em João 14.22, onde pergunta pra Jesus porque Ele se revelara somente a eles e não a todo o mundo. Ele, como os outros discípulos esperavam um Messias que os tronasse superiores às outras raças do mundo. Como o Messias os faria triunfar sobre todo o mundo sem manifestar-se publicamente?

JUDAS ISCARIOTES. Aparece nas listas dos apóstolos sempre em último lugar - Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15. Seu nome tem significado incerto, o mais provável é “homem de Quireote” – uma vila ao sul da Judéia. Ele era o único discípulo não Galileu. Seu pai era Simão Iscariotes (Jo 6.71).

- APRESENTADO em todas as listas como o TRAIDOR (Mc 3.19; Lc 6.16, Mt 10.4). Um artifício não literário, pois desde o começo já nos é induzido a pensar mal deste personagem. Pedro lembra que a profecia dizia da traição, e que Judas “foi contado como um dos nossos” (At 1.16,17- e disse: "Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse por boca de Davi, a respeito de Judas, que serviu de guia aos que prenderam Jesus. Ele foi contado como um dos nossos e teve participação neste ministério

Jesus faz referência a “um diabo” entre eles (Jo 6.70,71 - Então Jesus respondeu: "Não fui eu que os escolhi, os Doze? Todavia, um de vocês é um diabo!". (Ele se referia a Judas, filho de Simão Iscariotes, que, embora

fosse um dos Doze, mais tarde haveria de traí-lo.). Chegou a esse ponto porque Satanás tinha o induzido, e depois se apossado dele (Jo 13.2,27)

DO CONTRA. Judas tinha a confiança do grupo, pois era seu tesoureiro, mas agia na contrariedade, roubando o grupo e criticando ações de generosidade (Jo 12.4,6) - 4 Mas um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: 5 "Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários ". 6 Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado.

-OPORTUNISMO. Judas depois que viu seus sonhos messiânicos frustrados, passou a desejar algo mais da situação. Ficou à espreita, procurando um momento oportuno de levar vantagem, de concretizar seus projetos (Mc 14.11; Mt 26.16). Jesus sabedor da cilada, o desafia: “O que você tem para fazer, faça-o depressa”. (Jo 13.27). Assim que Judas sai para vender o mestre, o evangelista João analogicamente destaca que “era noite” (Jo 13.30).

A NEGOCIAÇÃO. No momento crucial do ministério de Jesus ele procura os chefes dos sacerdotes e negocia a venda de Jesus. “O que vocês me darão se eu O entregar a vocês?” (Mt 26.14). Eles gostam da proposta e oferecem 30 moedas de prata (v.15). Jesus foi vendido.

-A CENA. Jesus convida seus discípulos para uma refeição a sós. Era íntimo, era prova de amor (Jo 13.1). No primeiro dia da festa dos pães sem fermento (Mt 26.17), vida sem falsidade (Mt 16.6,11) Jesus diz abertamente que um daqueles o trairia (Mt 26.21). Judas nega abruptamente “com certeza não sou eu mestre!” (Mt 26.25).

-A CENA. Jesus diz daquele que molhava o pão no prato com ele (Jo 13.26, Mt 26.23), um sinal de tamanha confiança e intimidade (Sl 41.9 - Até o meu melhor amigo, em quem eu confiava e que partilhava do meu pão,

voltou-se contra mim.), e anuncia a conseqüência da maldade: “Ai daquele que trai o Filho do Homem. Melhor que não tivesse nascido” (Mt 26.24)

-O SINAL ESCOLHIDO. -Para entregar seu Mestre, perdido no meio da multidão patrocinada pelos religiosos, Judas combina o sinal da traição: Um beijo (Mt 26.48). Ele saúda o mestre (v.50), o beija, e Jesus lhe questiona: Porque um beijo? (Lc 22.48). O beijo, diz alguém “é a contração da boca decorrente da expressão do coração”, mas é terrível quando gestos de amor e carinho, tornam-se de engano e sofrimento. (Pv 27.6 - Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos.)

-O FINAL CORROSIVO. -Quando Judas viu o mal que fez a quem só lhe fizera o bem, tentou voltar atrás e desfazer o negócio, reconheceu a injustiça feita. “Pequei... traí sangue inocente” (Mt 27.3). Os religiosos nem se importaram (v.4). Judas foi “tomada pelo remorso”, jogou o dinheiro no templo, e tirou a vida na forca (v.5). Pedro diz que foi ao “lugar devido” (At 1.25). Um final terrível anunciado por Jesus (Mt 26.24).

Pedro arrependeu-se de negar a Jesus. Judas foi tomado pelo remorso. É bem diferente. Ambos causam tristeza, mas provindas de fontes diferentes, com conseqüências distintas (2 Co 7.9,10 – 9 Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. 10 A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte.)

ARREPENDIMENTOE

REMORSO