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Capítulo VII BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO Item 12 – INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS O ORGULHO E A HUMILDADE Item 13 - MISSÃO DO HOMEM INTELIGENTE NA TERRA

Ese cap. vii - itens 12 e 13

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Capítulo VIIBEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO

Item 12 – INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOSO ORGULHO E A HUMILDADE

Item 13 - MISSÃO DO HOMEM INTELIGENTE NA TERRA

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12. Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos

amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniquidade haja transbordado

de todos os lados.

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Generaliza-se o mal-estar. A quem inculpar, senão a

vós que incessantemente procurais esmagar-

vos uns aos outros?

Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência;

mas, como pode a benevolência coexistir com o orgulho?

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O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Aplicai-vos, portanto, em destruí-

lo, se não lhe quiserdes perpetuar as

funestas conseqüências.

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Um único meio se vos oferece para isso, mas infalível: tomardes para regra invariável do vosso proceder a lei do

Cristo, lei que tendes repelido ou

falseado em sua interpretação.

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Por que haveis de ter em maior estima o que brilha e encanta os olhos,

do que o que toca o coração?

Por que fazeis do vício na opulência objeto das vossas adulações,

ao passo que desdenhais do verdadeiro mérito na obscuridade?

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Apresente-se em qualquer parte um rico debochado, perdido de corpo e

alma, e todas as portas se lhe abrem, todas as atenções são para ele,

enquanto ao homem de bem, que vive do seu

trabalho, mal se dignam todos de saudá-lo

com ar de proteção.

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Quando a consideração dispensada aos outros se mede pelo ouro que possuem ou pelo nome de que usam, que interesse podem eles ter em se corrigirem de seus

defeitos?

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Dar-se-ia o inverso, se a opinião geral fustigasse o vício dourado, tanto quanto o vício em andrajos;

mas, o orgulho se mostra indulgente para com tudo o que o

lisonjeia.

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Século de cupidez e de dinheiro, dizeis.

Sem dúvida; mas por que deixastes que as necessidades materiais

sobrepujassem o bom senso e a razão?

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Por que há de cada um querer elevar-se acima de seu

irmão?

Desse fato sofre hoje a sociedade as conseqüências.

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Não esqueçais que tal estado de coisas é sempre sinal certo de

decadência moral.

Quando o orgulho chega ao extremo, tem-se um indício de queda próxima,

porquanto Deus nunca deixa de castigar os soberbos.

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Se por vezes consente que eles subam, é para lhes dar tempo a

reflexão e a que se emendem, sob os golpes que de quando em quando

lhes desfere no orgulho para

os advertir.

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Mas, em lugar de se humilharem, eles se revoltam.

Então, cheia a medida, Deus os abate completamente

e tanto mais horrível lhes é a queda, quanto mais

alto hajam subido.

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Pobre raça humana, cujo egoísmo corrompeu

todas as sendas, toma novamente coragem, apesar de tudo.

Em sua misericórdia infinita, Deus te envia poderoso remédio para os teus males, um inesperado socorro à tua

miséria.

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Abre os olhos à luz: aqui estão as almas dos que já não vivem na Terra e que te vêm chamar ao cumprimento dos

deveres reais.

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Eles te dirão, com a autoridade da experiência, quanto as vaidades e as

grandezas da vossa passageira existência são mesquinhas

a par da eternidade.

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Dir-te-ão que, lá, o maior é aquele que haja sido

o mais humilde entre os pequenos deste mundo;

que aquele que mais amou os seus irmãos será também o mais amado no céu;

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que os poderosos da Terra, se abusaram da sua autoridade,

ver-se-ão reduzidos a

obedecer aos seus servos;

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que, finalmente, a humildade e a caridade, irmãs que andam sempre de mãos dadas,

são os meios mais eficazes de se obter graça diante do Eterno.

- Adolfo, bispo de Argel. (Marmande, 1862.)

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Missão do homem inteligente na Terra

13. Não vos ensoberbais do que sabeis, porquanto esse saber tem limites muito estreitos no mundo em que

habitais. Suponhamos sejais sumidades em inteligência neste planeta: nenhum

direito tendes de envaidecer-vos.

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Se Deus, em seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes

desenvolver a vossa inteligência, é que quer a utilizeis para o bem de todos; é

uma missão que vos dá, pondo-vos nas

mãos o instrumento com que podeis desenvolver, por

vossa vez, as inteligências retardatárias e conduzi-las a ele.

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A natureza do instrumento não está a indicar a que utilização deve prestar-

se? A enxada que o jardineiro entrega a seu ajudante não mostra a este

último que lhe cumpre cavar a terra?

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Que diríeis, se esse ajudante, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para

ferir o seu patrão? Diríeis que é horrível e que ele merece expulso.

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Pois bem: não se dá o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência

para destruir a idéia de Deus e da Providência entre seus irmãos?

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Não levanta ele contra o seu senhor a enxada que lhe foi confiada para

arrotear o terreno? Tem ele direito ao salário

prometido? Não merece, ao contrário, ser expulso do

jardim?

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Sê-lo-á, não duvideis, e atravessará existências

miseráveis e cheias de humilhações,

até que se curve diante dAquele a quem tudo deve.

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A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas,

sob a condição de ser bem empregada.

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Se todos os homens que a possuem dela se servissem de conformidade

com a vontade de Deus, fácil seria, para os

Espíritos, a tarefa de fazer que a

Humanidade avance.

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Infelizmente, muitos a tornam instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos. O homem abusa da

inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que uma poderosa

mão pode retirar o que lhe concedeu.

Ferdinando, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)

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O orgulho é algo negativo, sem dúvida, mas muito confundimos este conceito com os conceitos de auto-estima e reconhecimento.Como poderíamos diferenciá-los?

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As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:

- Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;

- Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação

ao seu comportamento;

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• Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;

• Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência

fechado ao diálogo construtivo;

• Menospreza as idéias do próximo;

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•Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como

que se reafirmando na sua importância pessoal;

•Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá

demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;

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•Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar

em torno de si;

•Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e

falta de personalidade;

•Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.

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“O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa re baixar,

e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito,

quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo

vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IX Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.)

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E preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que “a traça não come nem a ferrugem corrói! “

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“Na condição de aprendiz da Vida, não descures o compromisso de renovação a

que te vinculas”. Joanna de Ângelis (Divaldo Franco)