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Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

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CAPÍTULO 24 - O impressionante apelo

– Agosto/1939 - Notícias da 2ª Guerra Mundial, então prestes a eclodir...

Ouve-se em “Nosso Lar” apelos de uma emissora espiritual, solicitando

voluntários à assistência a coletividades terrenas indefesas, que

sofrerão os horrores de uma grande guerra...

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As comunicações entre as coletividades espirituais são

amplamente abordadas em toda a obra de André Luiz,

destacando-se uma rádio espiritual que solicitava auxílio

para as vítimas de flagelações de guerra na Europa,

transmitindo apelos em favor da paz e concórdia entre as

nações que se preparavam para o conflito.

Em outros momentos, espíritos mais elevados fazem uso do

pensamento para transmissão de informações, solicitações e

apelos, enquanto outros, menos libertos das amarras de vida

física, ainda têm de fazer uso de dispositivos de comunicação

desenvolvidos para esse fim. Isso está de pleno acordo com o

que a espiritualidade nos informa sobre o progresso dos

fenômenos telepáticos no atual momento evolutivo dos

espíritos que habitam as diferentes esferas do orbe terreno.

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A guerra européia – Nos primeiros dias de

setembro de 1939, "Nosso Lar" sofreu o mesmo

choque que abalou outras colônias espirituais

ligadas à civilização americana. Era a guerra

européia. Muitas entidades não conseguiam

disfarçar o imenso terror de que estavam

possuídas. O Governador determinou cuidado na

esfera do pensamento. As nações agressoras não

são consideradas inimigas pelos Espíritos

superiores, mas como nações desordeiras cuja

atividade criminosa é preciso reprimir.

Evidentemente, todas elas pagarão por isso um

preço terrível. Tais países convertem-se em

núcleos poderosos de centralização das forças do

mal. Seus povos embriagam-se ao contato dos

elementos de perversão, que invocam das

camadas sombrias, e legiões infernais precipitam-

se sobre as grandes oficinas de trabalho,

transformando-as em campos de perversidade e

horror.

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Guerra iminente – Músicas suaves eram transmitidas pela TV entre um e

outro apelo em favor da paz. Mas a guerra, que acabou acontecendo e

durou vários anos, era iminente. As nações haviam-se nutrido de orgulho,

vaidade e egoísmo feroz. Agora experimentavam a necessidade de expelir

os venenos letais, explicou Lísias a André Luiz.

Apelo feito em

português.

Só os que se afinam

podem permutar

pensamentos.

Apelo de “Moradia”, colônia de serviços muito ligados às

zonas inferiores

Agosto de 1939- Prenúncio da Segunda Guerra Mundial

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Guerra iminente

A humanidade carnal, como personalidade coletiva, está nas condições

do homem insaciável que devorou excesso de substâncias no banquete

comum. A crise orgânica é inevitável. Nutriram-se várias nações de

orgulho criminoso, vaidade e egoísmo feroz. Experimentam, agora, a

necessidade de expelir os venenos letais. (Lísias, cap. 24).

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de

1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo

todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares

opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história,

com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de

"guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade

econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra,

deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado

por um número significante de ataques contra civis, incluindo o

Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas

em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com

mais de setenta milhões de mortos.

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Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo

ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União

Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças

dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias

ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra

contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e Britânico.

Geralmente considera-se o ponto

inicial da guerra como sendo a

invasão da Polônia pela Alemanha

Nazista em 1 de setembro de 1939 e

subsequentes declarações de guerra

contra a Alemanha pela França e pela

maioria dos países do Império

Britânico. Alguns países já estavam

em guerra nesta época, como Etiópia

e Itália na Segunda Guerra Ítalo-

Etíope e China e Japão na Segunda

Guerra Sino-Japonesa.

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A guerra terminou

com a vitória dos

Aliados em 1945,

alterando

significativamente o

alinhamento político

e a estrutura social

mundial.

Enquanto a

Organização das

Nações Unidas era

estabelecida para

estimular a coo-

peração global

e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam

como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria

que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos. Nesse ínterim, a

aceitação do princípio de autodeterminação acelerou movimentos de

descolonização na Ásia e na África, enquanto a Europa ocidental dava

início a um movimento de recuperação econômica e integração política.

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Livro dos Espíritos> Q.742. Que é que impele o homem à guerra?

“Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento

das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem - o do mais

forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida

que o homem progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele lhe evita as

causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária.”

743. Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?

“Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus.

Nessa época, todos os povos serão irmãos.”

744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?

“A liberdade e o progresso.”

a) - Desde que a guerra deve ter por efeito produzir o advento da liberdade,

como pode freqüentemente ter por objetivo e resultado a escravização?

“Escravização temporária, para esmagar os povos, a fim de fazê-los progredir mais

depressa.”

745. Que se deve pensar daquele que suscita a guerra para proveito seu?

“Grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar

todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os

homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.”

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Capítulo 24- O impressionante apelo

– Emissora do Posto Dois, de "Moradia“: Continuamos a irradiar o

apelo da colônia, em benefício da paz na Terra. Concitamos os

colaboradores de bom ânimo a congregar energias no serviço de

preservação do equilíbrio moral nas esferas do globo.

Ajudai-nos, quantos puderem ceder algumas horas de cooperação

nas zonas de trabalho que ligam as forças obscuras do Umbral à

mente humana. Negras falanges da ignorância, depois de

espalharem os fachos incendiários da guerra na Ásia, cercam as

nações européias, impulsionando-as a novos crimes.

Nosso núcleo, junto aos demais que se consagram ao trabalho de

higiene espiritual, nos círculos mais próximos da crosta, denuncia

esses movimentos dos poderes concentrados do mal, pedindo

concurso fraterno e auxílio possível. Lembrai-vos de que a paz

necessita de trabalhadores de defesa! Colaborai conosco na medida

de vossas forças!... Há serviço para todos, desde os campos da

crosta às nossas portas!...

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Capítulo 24- O impressionante apelo

“A humanidade encarnada é

igualmente nossa família. Unamo-

nos numa só vibração. Contra o

assédio das trevas, acendamos a

luz; contra a guerra do mal,

movimentemo-nos na assistência do

bem.

Rios de sangue e lágrimas

ameaçam os campos das

comunidades européias.

Proclamemos a necessidade do

trabalho construtivo, dilatemos

nossa fé…Que o Senhor nos

abençõe.”

Obsessão

coletiva de

nações

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O livro “Guerra no Além”, de Abel Glaser,

pelo espírito de Caibar Schutel, descreve a

ação de agremiações espirituais das

trevas sobre os encarnados, criando

condições para que as grandes guerras

mundiais tivessem início e interferindo com

os destinos dos povos, ao mesmo tempo

em que atacam os seus adversários no

plano espiritual contíguo à crosta e mesmo

os postos de socorro das colônias

espirituais, como os postos da colônia-

cidade Alvorada Nova, a mesma citada por

André Luiz em “Nosso Lar”.

Muitos dos desencarnados nas grandes

guerras continuam lutando suas batalhas

do outro lado da vida, em função das

perseguições que seus oponentes passam

a fazer.

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Vejamos um trecho sobre o assunto (“Libertação”, página

41): (...) Há milhões de almas humanas que se não afastaram,

ainda, da Crosta Terrestre (....). Morrem no corpo denso e

renascem nele, qual acontece às árvores que brotam sempre,

profundamente arraigadas no solo.

Recapitulam, individual e coletivamente, lições

multimilenárias, sem atinarem com os dons celestiais de que

são herdeiras, afastadas deliberadamente do santuário de si

mesmas, no terreno movediço da egolatria inconsequente,

agitando-se, de quando em quando, em guerras arrasadoras

que atingem os dois planos, no impulso mal dirigido de

libertação, através de crises inomináveis de fúria e sofrimento.

Destroem, então, o que construíram laboriosamente e

modificam processos de vida exterior, transferindo-se de

civilização.

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... desligou Lísias o aparelho e vi-o enxugar discretamente uma lágrima,

que seus olhos não conseguiam conter. Num gesto expressivo, falou,

comovido:

– Grandes abnegados, os irmãos de "Moradia"! Tudo inútil, porém -

acentuou, triste, depois de ligeira pausa -, a humanidade terrestre pagará,

em dias próximos, terríveis tributos de sofrimento.

– Não há, todavia, recurso para conjurar a tremenda catástrofe?

– Infelizmente - acrescentou Lísias em tom grave e doloroso – a situação

geral é muito crítica. Para atender às solicitações de "Moradia" e de outros

núcleos que funcionam nas vizinhanças do Umbral, reunimos aqui

numerosas assembléias, mas o Ministério da União Divina esclareceu que

a humanidade carnal, como personalidade coletiva, está nas condições do

homem insaciável que devorou excesso de substâncias no banquete

comum. A crise orgânica é inevitável. Nutriram-se várias nações de

orgulho criminoso, vaidade e egoísmo feroz. Experimentam, agora, a

necessidade de expelir os venenos letais.

Demonstrando, entretanto, o propósito de não prosseguir no amarguroso

assunto, Lísias convidou-me a recolher.

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COMPLEMENTANDO

PROBLEMAS CULTURAIS

E DE IDIOMAS

Quando André Luiz recebe notícias da crosta durante os anos

de guerra, em função de problemas culturais e de idiomas, as

colônias europeias chegaram a mandar intérpretes para

Nosso Lar e outras colônias americanas.

Portanto vemos que nos planos próximos à crosta, levamos o

conhecimento adquirido nas nossas vidas passadas. Por

lá, falaremos a línguas que hoje utilizamos aqui, no plano

físico; usaremos vestimentas que foram produzidas em

unidades fabris, que empregam muitos milhares de operários

e serviçais.

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CAPÍTULO 25 - Generoso alvitre

No dia imediato, muito cedo, fiz leve refeição em companhia de Lísias e

familiares. Antes que os filhos se despedissem, rumo ao trabalho do

Auxílio, a senhora Laura encorajou-me o espírito hesitante, dizendo, bem-

humorada: Estou informada de que pediu trabalho há algum tempo...

Sei, igualmente, que não o obteve de pronto, recebendo, mais tarde, a

necessária autorização para visitar os Ministérios que nos ligam mais

fortemente à Terra. É justamente neste sentido que lhe ofereço minhas

sugestões humildes. Falo com o direito de experiência maior.

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Detendo, agora, essa autorização

começando pela Regeneração...

abandone, quanto lhe seja possível, os

propósitos de mera curiosidade.

Não deseje personificar a mariposa, de

lâmpada em lâmpada. Sei que seu espírito

de pesquisa intelectual é muito forte.

Médico estudioso, apaixonado de

novidades e enigmas, ser-lhe-á muito fácil

deslizar na posição nova.

A curiosidade, mesmo sadia, pode ser zona mental muito

interessante, mas perigosa, por vezes. Dentro dela, o espírito

desassombrado e leal consegue movimentar-se em atividades

nobilitantes; mas os indecisos e inexperientes podem conhecer

dores amargas, sem proveito para ninguém; não se limite a

observar e albergar curiosidade, medite no trabalho e atire-se a ele

na primeira ocasião que se ofereça.

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A curiosidade, mesmo sadia, pode ser zona mental muito interessante, mas

perigosa, por vezes.

Ao invés de albergar a curiosidade, medite no trabalho e atire-se a ele na

primeira ocasião que se ofereça. Aprenda a construir o seu círculo de

simpatias e não esqueça que o espírito de investigação deve manifestar-se

após o espírito de serviço.

Muitos fracassos, nas edificações do mundo, originam-se de semelhante

anomalia. Todos querem observar, raros se dispõem a realizar. Somente o

trabalho digno confere ao espírito o merecimento indispensável a quaisquer

direitos novos.

Não se considere humilhado por atender às tarefas humildes. Na Terra, o

maior trabalhador é o próprio Cristo e Ele não desdenhou o serrote pesado de

uma carpintaria.

A ciência de recomeçar é das mais nobres que nosso espírito pode aprender.

São muito raros os que a compreendem na crosta. Lembremos, contudo, o

exemplo de Paulo de Tarso, que voltou, um dia, ao deserto para recomeçar a

experiência humana, como tecelão rústico e pobre.

Trabalhe para o bem dos outros, para que possa encontrar seu próprio bem.

ORIENTAÇÕES DE DONA LAURA PARA ANDRÉ LUIZ

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Por que a curiosidade, mesmo sadia, pode ser perigosa?

R. – Podemos caminhar para vários assuntos sem nos prendermos a

nenhum deles. Laura orienta-nos que o espírito de serviço deve

sobrepujar o espírito de investigação. Diz: "Todos querem observar,

raros se dispõem a realizar". Trabalhe para o bem dos outros, para

que possa encontrar seu próprio bem.

Temas para estudo: Curiosidade;

Amizade; Simpatia; Antipatia, Humildade;

Influencia do Bem; Missão dos Espíritos

Simpatias e Antipatias

Em “A Gênese”, capítulo XIV, itens 16-

18, Allan Kardec apresenta-nos

explicações muito claras sobre o

mecanismo das afinidades e antipatias.

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“O Espírito, em se encarnando,

conserva o seu perispírito com as

qualidades que lhe são próprias,

e que, como se sabe, não está

circunscrito pelo corpo, mas

irradia todo ao redor e o envolve

como de uma atmosfera

fluídica...”

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“...pela sua expansão, coloca o espírito encarnado

em relação mais direta com os Espíritos livres, e

também com os Espíritos encarnados”.

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“... Desde o instante que estes

fluidos são o veículo do

pensamento, que o pensamento

pode modificar-lhes as

propriedades, é evidente que eles

devem estar impregnados de

qualidades boas ou más dos

pensamentos que os colocam em

vibração, modificados pela pureza

ou pela impureza dos

sentimentos.”

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Assim, todos possuímos uma

atmosfera espiritual que

carregamos em nós e que é a

nossa identidade vibratória,

possibilitando-nos relações

simpáticas ou antipáticas com

os outros, fundamentadas na

lei de afinidade.

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GERALMENTE

VEM

PRIMEIRO

INFLUÊNCIA

BONS

SÓ PARA O BEM

COMPETE-VOS DISCERNIR

IMPRESSÃO DE

QUE ALGUÉM

NOS FALA

NOSSOS SUGERIDOS

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PRATICANDO O BEM

PONDO EM DEUS TODA

A CONFIANÇA

É UM PODEROSO AUXÍLIO

MAS... NÃO BASTAM PALAVRAS

DEUS ASSISTE OS QUE OBRAM,

NÃO OS QUE SE LIMITAM A PEDIR

FORÇA DA ORAÇÃO

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São tão variadas que impossível fora

descrevê-las. Muitas há mesmo que não

podeis compreender. (LE – 569)

RECEBEM AS ORDENS DE DEUS

E AS TRANSMITE AO UNIVERSO

ELEVADOS

OCUPAÇÕES

APROPRIADAS

INFERIORES

OCUPAÇÃO

CONTÍNUA

TODOS TÊM DEVERES

A CUMPRIR

LE-P. 675 – Só devemos entender por trabalho as ocupações

materiais? R. Não, o Espírito também trabalha.

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Dentre os trabalhos o mais dificil é o trabalho interior

(o nosso bem).

Por que?

DAS OCUPAÇÕES DOS ESPÍRITOS (LE-569 - Compl. Kardec)

As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos,

quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade,

dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos

amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas

coisas.

Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou

inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os

aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-

los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos.

Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de

interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se

adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.

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Trabalhe para o bem dos outros, para que possa encontrar seu próprio bem.

Não operamos num vácuo. As pessoas representam papéis

importantes na nossa vida e não podemos ser bem sucedidos a não

ser que possamos lidar com os relacionamentos de uma maneira que

o leve na direção de nossas metas

É nos momentos em que nos desentendemos com os outros que

mais temos que nos entender conosco mesmo.

Toda negatividade se origina de um certo descontentamento. Mas,

muitas vezes procuramos a raiz desse descontentamento no lugar

errado.

Saber se auto-observar e suportar o silêncio, gerado após de uma

descarga de insatisfações de ambas as partes, requer a habilidade

de se auto-acolher... buscar apoio em nós mesmos nos dá a

chance de reconhecer nossas próprias falhas.

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se estivermos acostumados a depender do estado emocional alheio

para nos sentirmos bem, instintivamente começaremos a tentar

transformá-lo para que ele possa nos atender em nossa

necessidade de ser visto e acolhido.

todo esse processo de buscar se acalmar nas condições emocionais alheias ocorre, na maioria das vezes, sem que ambos estejam

conscientes de suas carências e intenções

Agredir o outro é uma forma de autoagressão. Pois a agressão nos impede de elaborar a nossa raiva interiormente.

O quanto o outro quer lhe agredir é uma questão dele, mas o quanto nos deixamos ser agredidos é uma questão

nossa.

Numa discussão, aquele que quer mais agredir é o mais fraco

interiormente

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NÃO HÁ FORÇAS MIRACULOSAS PARA OS

ESPÍRITOS, ENCARNADOS OU DESENCARNADOS.

SOMOS TODOS OBRIGADOS, EM QUALQUER

PLANO DA VIDA A TRABALHAR PELO NOSSO

PROGRESSO ESPIRITUAL.

EMMANUEL

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CAPÍTULO 26 - Novas perspectivas

A. Luiz vai às “Câmaras de Retificação”, localizadas em

pavimentos de pouca luz, onde estão hospitalizados Espíritos

necessitados. Rafael, funcionário da Regeneração, conduz André,

de aeróbus, ao Ministério, onde é apresentado ao Ministro

Genésio. Recebe orientações do mesmo e logo depois acompanha

Tobias, servidor das câmaras de retificação para as observações

dos trabalhos ali desenvolvidos.

Câmaras de Retificação

Tobias

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André seguia Rafael, rumo ao Ministério da regneração em

silêncio ao encontro com o Ministro Genésio.

Fixando em mim os olhos muito lúcidos, Genésio começou a

dizer: – Clarêncio falou-me a seu respeito, com interesse;...

recebemos pessoal em visita de observações que, na sua maior

parte, redundam em estágios de serviço.

– Este o meu maior desejo. Tenho mesmo suplicado às Forças

Divinas que me ajudem o espírito frágil, permitindo seja

convertida a minha permanência, neste Ministério, em estação

de aprendizado.

O Ministro estranha a nova atitude de André que pede seja

transformada a concessão de visitar em oportunidade de servir.

… É mesmo voce, o ex-médico?

“O Ministro Genésio abraçou-me, comovido, com palavras de

animação.

Quantas vezes nos

colocamos na posição de

simples observadores com

a desculpa de que “isso

não faz parte do meu

trabalho”?

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No Ministério da Regeneração – Rafael, conduziu André, de aeróbus,

ao Ministério. Numerosos edifícios formavam o imponente órgão. Ali

estavam as grandes fábricas da colônia, dedicadas à preparação de

sucos, de tecidos e de artefatos em geral, onde mais de cem mil

criaturas trabalhavam. Em seguida, a pedido do Ministro Genésio,

Tobias levou André às Câmaras de Retificação.

André, ponderando as sugestões de D. Laura, caminha para novas

lições, numa postura de íntima reflexão e prece: Dava-me todo à

oração, pedindo a Jesus me auxiliasse nos caminhos novos, a fim

de que me não faltasse trabalho e forças para realizá-lo.

Antigamente avesso às manifestações da prece, agora a utilizava

como valioso ponto de referência sentimental aos propósitos de

serviço.

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Capítulo 26- Novas perspectivas

Segui Tobias resolutamente. Atravessamos largos quarteirões,

onde numerosos edifícios me pareceram colmeias de serviço

intenso. Percebendo-me a silenciosa indagação, o novo amigo

esclareceu:

Temos aqui as grandes fábricas de "Nosso Lar". A preparação de

sucos, de tecidos e artefatos em geral, dá trabalho a mais de cem

mil criaturas, que se regeneram e se iluminam ao mesmo tempo”

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O local: – Desçamos - disse Tobias em tom grave. Depois de extensos

corredores, deparou-se-nos vastíssima escadaria, comunicando com os

pavimentos inferiores. E notando minha estranheza, explicou, solícito:

– As Câmaras de Retificação estão localizadas nas vizinhanças do

Umbral. Os necessitados que aí se reúnem não toleram as luzes, nem

a atmosfera de cima, nos primeiros tempos de moradia em "Nosso Lar".

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Nas Câmaras de Retificação localizadas nas vizinhanças do Umbral,

os necessitados não toleram as luzes, nem a atmosfera de cima; ainda

presas às sensações e interesses inferiores e exalando desagradáveis

emanações “verdadeiros despojos humanos”

Quando lemos as descrições da obra de A. L., não podemos esquecer de que

Nosso Lar e outras colônias se encontram na faixa vibratória mais próxima à

Terra, ligadas às colônias umbralinas e não refletem as vidas dos

desencarnados que habitam os planos intermediários e superiores, onde tudo

o que conhecemos é tranformado para uma realidade física muito diferente .

O que podemos fazer para preencher as lacunas é discutir o que existe nas

proximidades vibratórias da crosta terrena e nos preparar para encontrar o que

possivelmente se esconde no “mais além”. Os planos espirituais existem em

dimensões físicas que são paralelas à nossa mas que se interagem, não temos

maiores conhecimentos do que vem a ser a matéria que constitui esses planos,

ou como a matéria e energia se apresentam em dimensões espaço-temporais

diferentes da nossa. Nesse particular, sabemos apenas que as estruturas

materiais são mais plásticas aos efeitos da mente e podem ser mais facilmente

moldadas pela vontade e poder mental.

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40

Lá vivem as almas que não são suficientemente perversas para

serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem

bastante nobres para serem conduzidas a planos mais

elevados. É descrito que o Umbral começa na crosta terrestre,

como zona obscura para os recém-desencarnados.

É região em torno do planeta e de profundo interesse para os

encarnados. É local de grandes perturbações, pelas “legiões

compactas de almas irresolutas e ignorantes”. Lá existem

núcleos de malfeitores, verdugos e vítimas. Acha-se repleto de

formas-pensamento de encarnados, sintonizados com os

desencarnados que lá estão.

O Umbral concentra tudo o que não

tem finalidade para a vida superior e

que a Providência permitiu se criasse

como um departamento em torno do

planeta.

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41

O Umbral funciona como região de esgotamento de resíduos

mentais; espécie de zona purgatorial, onde se queima o material

deteriorado das ilusões adquiridas numa existência terrena. Nunca

faltou no Umbral a proteção divina. Cada espírito lá permanece o

tempo que se faça necessário. (Lísias, cap. 12)

...está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos

encarnados, porque todo espírito é um núcleo irradiante de forças

que criam, transformam ou destroem. É pelo pensamento que os

homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com

as tendências de cada um, pois toda alma é um ímã poderoso.

(Lísias, cap. 12)

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42

O VALOR DO TEMPO - Nos círculos carnais, costumamos felicitar um

homem quando ele atinge prosperidade financeira ou excelente

figuração externa; mas, aqui a situação é diferente. Estima-se a

compreensão, o esforço próprio, a humildade sincera (Genésio).

... todos aqueles que acreditam que as mercadorias

propriamente terrestres têm o mesmo valor nos planos do

Espírito, supõem que o prazer criminoso, o poder do dinheiro, a

revolta contra a lei e a imposição dos caprichos atravessarão as

fronteiras do túmulo e vigorarão aqui também. São negociantes

imprevidentes. Esqueceram-se de cambiar as posses materiais

em créditos espirituais, não se animaram a adquirir os valores da

espiritualidade. Temos então os milionários das sensações

físicas transformados em mendigos da alma. (Tobias)

O VALOR DO TEMPO

VIDA NA COLONIA

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43

O VALOR DO TEMPO - Os crentes negativos são os

intransigentes do egoísmo; ao invés de crerem na vida, no

movimento, no trabalho, admitem somente o nada, a imobilidade

e a vitória do crime. Converteram a experiência humana em

constante preparação para um grande sono e, como não tinham

qualquer idéia do bem, a serviço da coletividade, não há outro

recurso senão dormirem longos anos, em pesadelos sinistros.

(Tobias)

VIDA NA COLONIA - Nas belas descrições de “Nosso Lar” vemos a

presença de pôr-do-sol, nuvens, neblina, riachos, rios, lagos, pomares,

bosques e animais, mostrando que existe todo um ciclo natural, com

alternância de estações e de elementos da natureza; produção de

alimentos e roupas. Existem descrições de um aparato burocrático de

identificação das pessoas. Tudo isso reforça o conceito de que a vida

após a vida é uma continuação daquela que hoje envergamos aqui.

O VALOR DO TEMPO

VIDA NA COLONIA

Page 44: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

44

Definitivamente deixando de lado a visão romântica dos Céus ou do Inferno

dos cristãos literalistas, no tocante à compreensão da vida após a morte,

André Luiz nos mostra outras realidades.

1- As colônias espirituais refletem a condição evolutiva de seus habitantes,

existindo colônias associadas ao progresso, em diferentes níveis, da mesma

forma que existem as comunidades organizadas nas trevas.

2- As colônias associadas ao progresso possuem uma organização

administrativa e todos os departamentos que temos em nossas grandes

cidades podem ser ali observados, embora o caráter de sua administração

seja diferente. Vemos nas obras de André Luiz, a escolas, fundações,

universidades, policiamento, poder judiciário, hospitais, áreas de reclusão

(com celas), governadoria e ministérios, sistema de transportes para a crosta

e entre as colônias, sistema de distribuição de mantimentos e materiais de

uso pessoal, departamentos e instituições ligadas à reencarnação, entre

muitas outras facetas.

3- A vida familiar prossegue e os relacionamentos amorosos se mantêm pela

vontade daqueles que se amam. Podemos ver, nesse último item, que a

expressão “até que a morte os separe” pode não ser verdadeira.

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45

“Quando o servidor está pronto, o serviço

aparece”. Quando o discípulo está

preparado, o Pai envia o instrutor. O mesmo

se dá, relativamente ao trabalho. (Ministro Genésio)

Nas obras de André Luiz existem inúmeras menções a hospitais com

especializações nos mais variados ramos da medicina e saúde como um todo,

bem como postos de socorro fixos e volantes por todas as regiões umbralinas.

Mesmo nas áreas mais profundas das trevas, abnegados servidores

trabalham, localizando aqueles irmãos que possuem condições de resgate e

de viver em instituições de auxílio, localizadas nas áreas mais densas do

umbral. O tratamento de muitas enfermidades é descrito em detalhes, bem

como os preparativos realizados nessas instituições durante o reencarne de

espíritos tutelados.

São os Servidores: ...adotam postura ativa e consciente dos deveres que se

descortinam diante dos seus olhos...

... não é o que lemos ou os nossos adornos que elevam o nosso padrão

vibratório, mas sim aquilo que absorvemos e passamos a crer e praticar ao

longo de nossos dias, sempre que estivermos prontos!

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Quando o discípulo está preparado, o Pai envia o instrutor. O mesmo

se dá, relativamente ao trabalho. Quando o servidor está pronto, o

serviço aparece. (Genésio, cap. 26)

André: Quando recorrera a Clarêncio, não estava ainda bastante

consciente do que pedia. Queria serviço, mas talvez não desejasse servir.

No fundo, era o desejo de continuar a ser o que tinha sido até então - o

médico orgulhoso e respeitado, cego nas pretensões descabidas em que

vivia, encarcerado nas opiniões próprias.

Sutil alusão – Clarêncio falou-me a seu respeito, com interesse. Quase

sempre recebemos pessoal do Ministério do Auxílio, em visita de

observações que, na sua maior parte, redundam em estágios de serviço.

Nos círculos carnais, costumamos felicitar um homem quando ele atinge

prosperidade financeira ou excelente figuração externa; mas, aqui a

situação é diferente. Estima-se a compreensão, o esforço próprio, a

humildade sincera. (Genésio)

CAPÍTULO 27

O trabalho, enfim

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47

CAPÍTULO 27 - O trabalho, enfim

– Nas “Câmaras de Retificação” A. Luiz impressionado com os

quadros de sofrimento, aceita a tarefa humilde de "observador" das

tarefas rudes das Câmeras de Retificação. Junto com Tobias e

Narcisa, ouve esclarecimentos acerca das entidades ali acolhidas,

ainda presas às sensações inferiores e exalando desagradáveis

emanações. Numa câmara anexa, onde repousam os "semi-mortos"

André inicia o seu trabalho.

Page 48: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

48

Andre escreve: Nunca poderia imaginar o quadro que se desenhava

agora aos meus olhos. Não era bem o hospital de sangue, nem o

instituto de tratamento normal da saúde orgânica. Era uma série de

câmaras vastas, ligadas entre si e repletas de verdadeiros despojos

humanos. Singular vozerio pairava no ar. Gemidos, soluços, frases

dolorosas pronunciadas a esmo... Rostos escaveirados, mãos

esqueléticas, facies monstruosas deixavam transparecer terrível

miséria espiritual. Tão angustiosas foram minhas primeiras

impressões que procurei os recursos da prece para não fraquejar.

Page 49: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

49

Tobias, imperturbável, chamou velha servidora (Narcisa), que acudiu

atenciosamente:

- Vejo poucos auxiliares - disse admirado -, que aconteceu?

- O Ministro Flácus - esclareceu a velhinha em tom respeitoso -

determinou que a maioria acompanhasse os Samaritanos para os

serviços de hoje, nas regiões do Umbral.

- Há que multiplicar energias - tornou ele sereno -, não temos tempo

a perder.

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50

Numa câmara anexa, onde repousam os "semi-mortos" , após o

passe, essas entidades vertem uma substância negra e tóxica pela

boca, colocando-se Narcisa à tarefa de limpeza, em vão.

Esquecendo-se do honroso título de médico, André,

espontaneamente, num ato de humildade, se transforma em

auxiliar da limpeza de vômitos de substância negra e fétida.Tobias

e Narcisa aceitam com alegria o auxílio daquele que esquecia a

medicina para iniciar a educação de si mesmo, na enfermagem

rudimentar.

Page 51: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

51

O caso Ribeiro – Nas Câmaras de Retificação, o quadro era

desolador. Gemidos, soluços, frases dolorosas pronunciadas a

esmo... Rostos escaveirados, mãos esqueléticas, facies

monstruosas deixavam transparecer terrível miséria espiritual.

De repente, um ancião, gesticulando e agarrado ao leito, à maneira

de louco, gritou por socorro. Ele queria sair, ele queria ar... Por que

Ribeiro teria piorado tanto? A explicação do Assistente Gonçalves

foi de que a carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos

parentes encarnados, era a causa fundamental dessa perturbação.

Fraco e sem força mental para

desprender-se dos laços mais fortes do

mundo, Ribeiro não conseguia resistir.

Passes de prostração já tinham sido

aplicados, pouco antes, para acalmar o

enfermo. Tobias explicou então que era

preciso que a família dele recebesse maior

carga de preocupações, para deixar o

Ribeiro em paz.

Page 52: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

52

Seguimos através de numerosas filas de camas bem cuidadas,

sentindo a desagradável exalação ambiente, oriunda, como vim a saber

mais tarde, das emanações mentais dos que ali se congregavam, com

as dolorosas impressões da morte física e, muita vez, sob o império de

baixos pensamentos.

- Reservam-se estas câmaras apenas a entidades de natureza

masculina.

...não contive a interrogação penosa: - Meu amigo, como é triste a

reunião de tantos sofredores e torturados! Por que este quadro

angustioso?

Tobias respondeu sem se perturbar: - Não devemos observar

aqui somente dor e desolação. Lembre, meu irmão, que estes

doentes estão atendidos, que já se retiraram do Umbral, onde

tantas armadilhas aguardam os imprevidentes, descuidosos de si

mesmos. Nestes pavilhões, pelo menos, já se preparam para o

serviço regenerador. Quanto às lágrimas que vertem, recordemos

que devem a si mesmos esses padecimentos. A vida do homem

estará centralizada onde centralize ele o próprio coração.

Page 53: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

53

Espíritos em sono – Trinta e dois homens de semblante patibular

permaneciam inertes em leitos muito baixos, evidenciando apenas leves

movimentos de respiração. Eram chamados crentes negativos:

indivíduos que converteram a vida em preparação constante para um

grande sono, em egoísmo feroz, sem nada de útil fazerem. Tobias lhes

aplicou passes de fortalecimento. Dois espíritos começaram, então, a

expelir negra substância pela boca, espécie de vômito escuro e viscoso,

com terríveis emanações cadavéricas. na enfermagem rudimentar.

"São fluidos venenosos que

segregam", explicou Tobias. André

Luiz instintivamente agarrou os

apetrechos de higiene e lançou-se

ao trabalho com ardor. Foi seu

primeiro serviço e ninguém poderia

avaliar sua alegria de um ex-

médico da Terra que recomeçava

a educação de si mesmo, no plano

espiritual,

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54

•PODE UM ESPÍRITO SER PERTURBADO PELOS FAMILIARES

ENCARNADOS?

•R.: Sim. A carga de pensamentos sombrios, emitidos pelos parentes

encarnados, é a causa fundamental da perturbação de muitos Espíritos

situados na erraticidade. (Nosso Lar, cap. 27)

•A Este respeito temos no Livro O VOO DA GAIUVOTA – (Patrícia - Vera L M

Carvalho) o seguinte dialogo:

•“... Patrícia - perguntou Marília -, um encarnado pode obsedar um

desencarnado?

•- Pode. Se o encarnado ficar pensando no desencarnado, chamando-o, com

choro e desespero, não se conformando com sua desencarnação, pode

atrapalhá-lo. Mesmo se estiver abrigado em Colônias, sentirá esses

chamamentos, que o incomodarão. Se estiver vagando, quase sempre vem e

fica perto do encarnado, numa troca doentia de fluidos.

•Os encarnados devem ajudar os desencarnados que amam, sendo otimistas

orando por eles, desejando que estejam bem e felizes, e que aceitem a

desencarnação. O amor deve sempre nos levar a querer o melhor para o ser

amado...”

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55

Allan Kardec- O Céu e o Inferno - O PORVIR E O NADA

Vivemos, pensamos e operamos - eis o que é positivo. E que

morremos, não é menos certo. Mas, deixando a Terra, para onde

vamos? Que seremos após a morte?

Estaremos melhor ou pior? Existiremos ou não?

Ser ou não ser, tal a alternativa. Para sempre ou para nunca mais;

ou tudo ou nada:

Viveremos eternamente, ou tudo se aniquilara

de vez?

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CAPÍTULO 28 - Em serviço

Depois da prece coletiva, ao crepúsculo, Tobias

ligou o receptor para ouvir os Samaritanos em

serviço no Umbral

Page 57: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

57

AL:.. Sentia-me algo cansado pelos intensos

esforços despendidos, mas o coração

entoava hinos de alegria interior. Recebera a

ventura do trabalho, afinal.

E o espírito de serviço fornece tônicos de

misterioso vigor.

Page 58: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

58

AL:.. Encerrada a prece

coletiva, ao crepúsculo,

Tobias ligou o receptor, a fim

de ouvir os Samaritanos em

atividade no Umbral.

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59

Comunicação com o Umbral:

As turmas de operações dessa

natureza se comunicavam com

as retaguardas de tarefa, em

horários convencionados.

Estabelecido o contato, foi

transmitido que grande multidão

de infelizes foi socorrida naquele

dia: os Samaritanos estavam

trazendo 29 enfermos, 22 em

desequilíbrio mental e 7 em

completa inanição psíquica.

Solicitavam providencias para a

chegada.

Page 60: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

60

AL:..tão logo silenciou a estranha voz, não

pude conter a pergunta que me desbordava

dos lábios:

- Como assim? Por que esse transporte em

massa? Não são todos espíritos?

Tobias sorriu e explicou:

- O irmão esquece que não chegou ao

Ministério do Auxílio de outro modo.

Conheço o episódio de sua vinda. É preciso

recordar, sempre, que a Natureza não dá

saltos e que, na Terra, ou nos círculos do

Umbral, estamos revestidos de fluidos

pesadíssimos. São aves e têm asas, tanto o

avestruz como a andorinha; entretanto, o

primeiro apenas subirá às alturas se

transportado, enquanto a segunda corta,

célere, as vastas regiões do céu.

Page 61: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

61

... Tobias deixando perceber que o momento não comportava

divagações, dirigiu-se a Narcisa, ponderando: - É muito grande a leva

desta noite. Precisamos tomar providências imediatas.

Em seguida, levou a destra à fronte, como a ponderar algo muito sério,

e exclamou: - Resolveremos facilmente a questão da hospitalidade; o

mesmo, porém, não se dará no concernente à assistência. Nossos

auxiliares mais fortes foram requisitados em vista das nuvens de treva

que ora envolvem o mundo dos encarnados. Precisamos de pessoal de

serviço noturno, porqüanto os operários em função com os Samaritanos

chegarão extremamente fatigados.

- Ofereço-me, com prazer, para o que possa aproveitar – exclamei

espontaneamente (AL).

Tobias endereçou-me um olhar de profunda simpatia, mesclada de

gratidão, fazendo-me experimentar cariciosa alegria íntima.

Page 62: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

62

E descortinou-se campo enorme de providências. Enquanto cinco

servidores operavam em companhia de Narcisa, preparando roupa

adequada e petrechos de enfermagem, eu e Tobias movíamos

pesado material no Pavilhão 7 e na Câmara 33.

Não poderia explicar o que se passava comigo. Apesar da fadiga dos

braços, experimentava júbilo inexcedível no coração.

Na oficina, onde a maioria procura o

trabalho, entendendo-lhe o sublime

valor, servir constitui alegria

suprema. Não pensava,

francamente, na compensação dos

bônus-hora, nas recompensas

imediatas que me pudessem advir do

esforço; contudo, minha satisfação

era profunda, reconhecendo que

poderia comparecer feliz e honrado,

perante minha mãe e os benfeitores

que havia encontrado no Ministério

do Auxílio.

Page 63: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

63

O caso Narcisa – André apesar da fadiga, experimentava júbilo muito

grande no coração. Na oficina de trabalho, servir constitui alegria

suprema. Impressionava-o, porém, a bondade espontânea de Narcisa,

que atendia a todos, maternalmente.

Havia mais de seis anos que ela trabalhava nas Câmaras de

Retificação; entretanto, faltavam mais de três anos para realizar seu

desejo, que era encontrar alguns espíritos amados, na Terra, para

serviços de elevação em conjunto. Veneranda prometeu-lhe avalizar

seu pedido, mas exigiu dez anos consecutivos de trabalho ali, para

que ela pudesse corrigir certos desequilíbrios do sentimento.

Ela era agora uma

pessoa feliz, certa

de que viverá com

dignidade espiritual

sua futura

experiência na

Terra

Page 64: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

64

A sós com o grande número de enfermeiros, passei a interessar-me

pelos doentes, com mais carinho. Dentre as figuras de auxiliares

presentes, impressionou-me a bondade espontânea de Narcisa, que

atendia a todos, maternalmente.

Ia manifestar a ela minha

profunda admiração, mas

um dos enfermos próximos

gritou: - Narcisa! Narcisa!

Não me cabia reter, por

mera curiosidade pessoal,

aquela irmã dedicada,

transformada em mãe

espiritual dos sofredores.

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Sentia-me algo cansado pelos intensos esforços despendidos, mas o coração

entoava hinos de alegria interior. Recebera, afinal, a ventura do trabalho. E o

espírito de serviço fornece tônicos de misterioso vigor. (André Luiz)

•A mente humana pode ser simbolizada um soldado que luta pela conquista de

posições. Conforme o esforço, a perseverança, o adestramento, ou a má vontade, o

desânimo e a inexperiência, ficará ele na retaguarda, entre mutilados e vencidos, ou

surgirá, vitorioso, na vanguarda.

•O soldado luta por vencer e destruir os inimigos externos. A mente luta por vencer

os inimigos internos, representados pelo egoísmo, crueldade, vingança, ciúme,

prepotência, ambição.

•O soldado empunhará a espada e o rifle, a granada e a metralhadora. As armas da

mente são a humildade, o espírito de serviço, a bondade com todos, a nobreza, a

elegância moral, a disciplina.

•Na retaguarda, para o soldado ou para a mente, o cenário é dantesco: amargura,

aflição, humilhação, sofrimento. É a resposta da Lei à preguiça e à negligência.

•Na vanguarda, para o soldado ou para a mente, a paisagem é expressiva: alegria,

felicidade, glória. É a resposta da lei ao trabalho e à boa vontade.

•A retaguarda, para a mente ociosa, significará estacionamento nas zonas inferiores,

após a desencarnação, ou reencarnações dolorosas no futuro. A vanguarda

podemos simbolizá-la no trabalho renovativo, no progresso, na iluminação, no

enriquecimento moral e intelectual.

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66

CAPÍTULO 29 - A visão de Francisco

– A terrível angústia do Espírito que vê o próprio corpo e julga-o um

monstro a atormentá-lo (esse Espírito era excessivamente apegado

ao corpo físico e faleceu por desastre, só deixando-o quando,

tomado de horror, vê os vermes desfazendo os despojos).

Page 67: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

67

Impressionado com a bondade de Narcisa,

ia manifestar a ela minha admiração, mas

um dos enfermos próximos gritou: -

Narcisa! Narcisa!

Neste momento Andre foi informado de

que o chamavam ao aparelho de

comunicações urbanas. Era a senhora

Laura que pedia notícias.

AL.: esquecera-me de avisá-la sobre o serviço noturno e forneci

rápido relatório da nova situação. Através do fio, a genitora de Lísias

parecia exultar, compartilhando meu justo contentamento e disse,

bondosa:

- Muito bem, meu filho! apaixone-se pelo seu trabalho, embriague-se

de serviço útil. Somente assim, atenderemos à nossa edificação

eterna. Lembre, porém, que esta casa também lhe pertence.

Aquelas palavras encheram-me de nobres estímulos.

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Regressando... notei Narcisa a lutar heroicamente por acalmar um

rapaz que revelava singulares distúrbios. Procurei ajudá-la.

O pobrezinho, de olhos esgazeado dos que experimentam profundas

sensações de pavor, gritava, espantadiço:

- Acuda-me, por amor de Deus! Tenho medo, medo!...

- Irmã Narcisa, lá vem "ele"!, o monstro! Sinto os vermes novamente!

"Ele"! "Ele"!... Livre-me "dele" irmã! Não quero, não quero!...

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69

O caso Francisco – O rapaz desencarnara após um desastre

oriundo de pura imprudência. Muito apegado ao corpo físico,

foi difícil libertar-se do sepulcro. No plano espiritual tinha agora

visões que o assustavam muito. Era o seu próprio cadáver que

ele via.

Passes e água magnetizada faziam-lhe bem e ele se

acalmava; mas sua perturbação era tão grande, que não

reconheceu o próprio pai, generoso e dedicado, que o veio

visitar.

Da última vez que ali esteve, o pai ajoelhou-se diante do

enfermo e tomou-lhe as mãos, ansioso, como se estivesse a

transmitir vigorosos fluidos vitais; depois beijou-lhe a face,

chorando copiosamente. Desde esse dia, Francisco melhorou

bastante e sua demência total reduziu-se a crises cada vez

mais espaçadas

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Calma, Francisco - pedia Narcisa - você vai libertar-se, ganhar

muita serenidade e alegria, mas depende do seu esforço.

Faça de conta que a sua mente é uma esponja embebida em

vinagre. É necessário expelir a substância azeda. Ajudá-lo-ei a

fazê-lo, mas o trabalho mais intenso cabe a você mesmo.

•O doente mostrava boa-vontade, acalmava-se enquanto ouvia os

conceitos carinhosos, mas volvia à mesma palidez de antes,

prorrompendo em novas exclamações.

•- Mas, irmã, repare bem... "ele" não me deixa. Já voltou a

atormentar- me! Veja, veja!...- Este fantasma diabólico!... -

acrescentava a chorar como criança, provocando compaixão.

•- Estou vendo-o, Francisco - respondia ela, cordata -, mas é

indispensável que você me ajude a expulsá-lo.- Confie em Jesus

e esqueça o monstro - dizia a irmã dos infelizes, piedosamente -,

vamos ao passe.

Page 71: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

71

O fantasma fugirá de nós. E aplicou-lhe fluidos salutares e

reconfortadores, que Francisco agradeceu, manifestando imensa

alegria no olhar.

- Agora - disse ele, finda a operação magnética -, estou mais tranqüilo.

Narcisa explica a Andre: Não valeram socorros das esferas mais

altas, porque fechava a zona mental a todo pensamento relativo à

vida eterna. Por fim, os vermes fizeram-lhe experimentar

tamanhos padecimentos que o pobre se afastou do túmulo,

tomado de horror, a peregrinar nas zonas inferiores do Umbral; os

que lhe foram pais na Terra possuem aqui grandes créditos

espirituais e rogaram sua internação na colônia. Trouxeram-no

quase à força. Seu estado, contudo, é ainda tão grave que não

poderá ausentar-se, tão cedo, das Câmaras de Retificação.

Como tudo isso comove! - exclamei sob forte impressão.

Entretanto, como pode a imagem do cadáver persegui-lo?

- A visão de Francisco - esclareceu a velhinha, atenciosa -, é o

pesadelo de muitos espíritos depois da morte carnal

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Capítulo 29- A visão de Francisco

• Ajoelhou- se diante do enfermo.

• Tomou-lhe as mãos, ansioso, como se estivesse a transmitir vigorosos fluidos vitais,

• Francisco, desde esse dia, melhorou bastante. A demência total reduziu-se a crises cada vez mais espaçadas.

Dedicação do pai

• A visão de Francisco é o pesadelo de muitos Espíritos depois da morte carnal

• Apegam-se demasiadamente ao corpo

• Não enxergam outra coisa, nem vivem senão dele e para ele, votando-lhe verdadeiro culto

Alerta

• Isto, porém, deve preocupar-nos,mas não deve ferir-nos

• A crisálida cola-se à matéria inerte, mas a borboleta alçará o vôo

Lição

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76

CAPÍTULO 30 - Herança e eutanásia

Triste caso de eutanásia, associada a

interesses financeiros de um dos herdeiros.

A disputa entre familiares por herança...

- O ódio e o desentendimento causam

ruína e sofrimento nas criaturas

encarnadas ou desencarnadas. O indivíduo

que odeia fica com o semblante endurecido

e imune às sugestões do bem advindas

dos protetores espirituais. O ódio, como

sabemos muito bem hoje em dia, causa

doenças...

- O pensamento, em vibrações sutis,

alcança o alvo, por mais distante que

esteja. A permuta de ódio e

desentendimento causa ruína e sofrimento

nas almas...

Page 77: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

77

Ele não podia esquecer o filho

Edelberto, que lhe ministrou o

veneno mortal... Seu ódio era

grande... Paulina lhe falou sobre

o papel da paternidade e a

necessidade do perdão. Disse-

lhe que a permuta de ódio e

desentendimento causa ruína e

sofrimento nas almas.

O caso Paulina – O pai de Paulina encontrava-se enfermo, no

Pavilhão 5. Esbelta e linda, Paulina trajava uma túnica muito leve,

tecida em seda luminosa. O pai acusava desequilíbrios fortes. De

fisionomia desagradável, olhar duro, cabeleira desgrenhada, rugas

profundas, lábios retraídos, inspirava mais piedade que simpatia.

Quando Paulina se aproximou, o velho enfermo não teve uma palavra

de ternura para ela. Com um olhar que evidenciava aspereza e

revolta, semelhava-se a uma fera humana enjaulada.

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78

A mãe estava internada num hospício. Amália e Cacilda entraram em

luta judicial com Edelberto e Agenor, por causa dos bens deixados

pelo pai. Paulina disse-lhe então: "Aqui, vemo-lo em estado grave; na

Terra, mamãe louca e os filhos perturbados, odiando-se entre si. Em

meio de tantas mentes desequilibradas, uma fortuna de um milhão e

quinhentos mil cruzeiros. E que vale isso, se não há um átomo de

felicidade para ninguém?“ Depois de descrever os malefícios que

as vantagens financeiras trouxeram para

sua família, a filha pediu ao pai que

perdoasse; mas ele se mostrava ainda

incapaz de esquecer o gesto do filho que

o matou para entrar antecipadamente na

posse da herança. O velho, porém,

continuou a praguejar em voz alta. A

jovem preparava- se para discutir, mas

Narcisa endereçou-lhe significativo olhar,

chamando Salústio para socorrer o

doente em crise.

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79

EUTANASIA - Os pacientes cujo ciclo de vida

carnal é interrompido pelos familiares acabam

desenvolvendo problemas ainda piores após o

desencarne, uma vez que o processo de

desenvolvimento da enfermidade física é parte

da expiação de débitos do companheiro ou é

capítulo do livro da vida daquele irmão,

constituindo lição que o indivíduo deveria

passar. Para aquele que prefere a morte ao

sofrimento dos últimos dias e, quase sempre,

solicita passar.

Quando interrompemos a vida, eliminamos os

breves momentos em que o moribundo teria,

com todo o auxílio espiritual, de refazer antigas

ideias que precisavam de nova abordagem.

Momentos para perdoar e pedir perdão por

exemplo.

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80

Se o próprio paciente solicita a eutanásia,

o que ocorre na maioria dos casos, suas

condições tornam-se ainda piores após o

desencarne, posto que, na condição de

suicida, não mais dispõe do corpo físico

para separá-lo de seus obsessores e

tampouco terá tempo para se recuperar da

morte.

Aquele que sofre com resignação seus estertores, acaba se

preparando melhor para o desencarne e sua recuperação é

significativamente mais rápida após a morte física.

Todo aquele que aprende com o sofrimento, tem auxílio na eliminação

dos vínculos que mantinham o seu perispírito ligado ao corpo

moribundo ou já destituído de vitalidade, o que impede a ação de

espíritos trevosos e obsessores no processo.

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81

Os familiares deveriam tornar os

últimos momentos do portador

de enfermidades graves mais

proveitosos para ele mesmo,

sem dor e envolto em

amor familiar.

Evitar as crises emotivas,

geralmente associadas a

sentimentos de culpa pela

família. Isso pode ser difícil para

a família, mas não raro o

paciente passa a acusar seus

entes queridos de assassinato

após a prática da eutanásia.

Page 82: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

“Procurei observar, acima do sofredor, o irmão espiritual.

Desapareceu a impressão de repugnância, aclarando-se-me os

raciocínios. Apliquei a lição a mim mesmo. Como teria chegado, por

minha vez, ao Ministério do Auxílio?”

“Quando examinamos a desventura de alguém, lembrando as

próprias deficiências, há sempre asilo para o amor fraterno, no

coração”

Repensar os pré-

julgamentos

São raros os que se preocupam em ajuntar

conhecimentos nobres, qualidades de

tolerância, luzes de humildade, bênçãos de

compreensão. Impomos a outrem os

nossos caprichos, afastamo-nos dos

serviços do Pai, esquecemos a lapidação

do nosso espírito. Ninguém nasce no

planeta simplesmente para acumular

moedas nos cofres ou valores nos bancos.

(Paulina)

Page 83: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Capítulo 30 - Herança e Eutanásia

Lição de Jesus que recomenda nos amemos uns aos outros. Atravessamos experiências consangüíneas, na Terra, para adquirir o verdadeiro amor espiritual

Nossos lares terrestres são cadinhos de purificação dos sentimentos ou templos de união sublime, a caminho da solidariedade universal

Troca de fluidos de amargura e incompreensão.

O pensamento, em vibrações sutis, alcança o alvo, por mais distanteque esteja. A permuta de ódio e desentendimento causa ruína e sofrimento nas almas.

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Capítulo 30- Herança e Eutanásia

Todos arruinaram belas possibilidades espirituais, distraídos pelo dinheiro fácil e apegados à idéia de herança

Os casos de herança, em regra, são extremamente complicados. Com raras exceções, acarretam enorme peso a legadores e legatários. Neste caso, porém, vemos também a eutanásia

Deus criou seres e céus, mas nós costumamos transformarnos em Espíritos diabólicos, criando nossos infernos individuais.

O que vamos deixar

aos nossos filhos?

Page 85: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

85

Sempre que pensamos em

alguém, “sintonizamos”

com essa pessoa, e

emitimos automaticamente

para elas uma parte de

nossas energias e fluidos.

A outra pessoa absorverá

ou não nossas energias,

fluidos, vibrações e

pensamentos, de acordo

com a afinidade e sintonia

que tenha conosco,

podendo ou não perceber

impressões dessas

energias, de acordo com

sua sensibilidade, com a

intensidade da emissão,

sua “qualidade”, etc.

Emanações Energéticas

características de cada

pessoa

PENSAMENTO

Transferência

Energética

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“São raros os que se preocupam em ajuntar conhecimentos

nobres, qualidades de tolerância, luzes de humildade, bênçãos

de compreensão.

Impomos a outrem os nossos caprichos, afastamo-nos dos

serviços do Pai, esquecemos a lapidação do nosso Espírito”

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Cap.31 : Vampiro - Atendimento negado

Page 88: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Capítulo 31- Vampiro

Eram 21 horas, quando fomos atender a dois enfermos, no Pavilhão

11, escutei gritaria próxima. Fiz instintivo movimento de aproximação,

mas Narcisa deteve-me, atenciosa:

- Não prossiga, localizam-se ali os desequilibrados do sexo. O quadro

seria extremamente doloroso para seus olhos. Guarde essa emoção

para mais tarde.

André ficou com muitas interrogacoes, mas se recordou do conselho

da genitora de Lisias de não se desviar da obrigação justa.

... chegou alguém dos fundos do

enorme parque. Era um

homenzinho de semblante

singular, evidenciando a

condição de trabalhador

humilde. Narcisa recebeu-o com

gentileza, perguntando:

- Que há, Justino? Qual é a sua

mensagem?

Page 89: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Justino chega comunicando que uma mulher pede socorro no grande portão.

- E porque não a atendeu? - interrogou a enfermeira. - Segundo as ordens que nos regem, não pude fazê-lo, por que a pobrezinha esta rodeada de pontos negros.

- Que me diz? - revidou Narcisa, assustada.

Nós três seguimos para o portao que estava a mais de um quilometro. A mulher estava em chagas, com o rosto deformado. Narcisa me perguntou -- Não esta vendo os pontos negros? - Não - respondi.

Sua visao espiritual ainda nao esta educada.

Se estivesse em minhas mãos, abriria a nossa porta, mas tratanto-se de criaturas nestas condições, nada posso resolver por mim mesma. Precisamos recorrer ao Vigilante-Chefe, em serviço (Paulo).

…voltamos com Paulo, ele examinou a mulher

A prudencia em nossa assistencia e fundamental ao

tratamento.

Page 90: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

- Filhos de Deus - bradou a mendiga -, dai-me abrigo à alma

cansada! Onde está o paraíso dos eleitos, para que eu possa

fruir a paz desejada.

Aquela voz lamuriosa sensibilizava-me o coração. Narcisa, por sua

vez, mostrava-se comovida.

- Esta mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro.

Trata- se de um dos mais fortes vampiros que tenho visto

até hoje. É preciso entrega-la a propria sorte (Paulo).

Senti-me escandalizado. Não seria faltar aos deveres cristãos

abandonar aquela sofredora ao azar do caminho? Narcisa, que me

pareceu compartilhar da mesma impressão, adiantou-se

suplicante:

Page 91: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

- Mas, Irmão Paulo, não há um meio de acolhermos essa miserável

criatura nas Câmaras?

- Permitir essa providência - esclareceu ele -, seria trair minha função

de vigilante.

- Já notou, Narcisa, alguma coisa além dos pontos negros?

Agora, era minha instrutora de serviço que respondia negativamente.

- Pois vejo mais - respondeu o Vigilante-Chefe. Baixando o tom de

voz, recomendou: - Conte as manchas pretas.

Narcisa fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes: -

Cinqüenta e oito.

O Irmão Paulo, com a paciência dos que sabem esclarecer com amor,

explicou:

- Esses pontos escuros representam cinqüenta e oito crianças

assassinadas ao nascerem. Em cada mancha vejo a imagem mental

de uma criancinha aniquilada, umas por golpes esmagadores, outras

por asfixia.

Page 92: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Capítulo 31- Vampiro Narcisa rogou que cuidaria dela e Paulo diz que a mulher nao quer senao atrapalhar. Ele sugere que observem:

- Que deseja a irma , do nosso concurso fraterno? -Socorro, socorro – respondeu lacrimejante.

Paulo diz : devemos aceitar o sofrimento retificador.

- Quem me atribui essa infamia? Minha consciência esta tranquila, canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra. Fui caridosa e crente, boa e pura...

- Demonio! Feiticeiro! Sequaz de Sata !... Não voltarei jamais!... Estou esperando o céu que me prometeram e que espero encontrar.

Page 93: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Capítulo 31- Vampiro

- Paulo: Faça, então, o favor de retirar-se. Não temos aqui o céu que deseja. Estamos numa casa de trabalho, onde

os doentes reconhecem o seu mal e tentam curar-se, junto de servidores de boa-vontade.

Não lhe pedi remédio, nem serviço. Estou procurando o paraíso que fiz por merecer, praticando boas obras.

E, endereçando-nos dardejante olhar de extrema cólera,

perdeu o aspecto de enferma ambulante, retirando-se a

passo firme, como quem permanece absolutamente senhor

de si.

Acompanhou-a o Irmão Paulo com o olhar, durante longos

minutos, e, voltando-se para nós, acrescentou:

Page 94: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Capítulo 31- Vampiro Observaram o Vampiro?

- Exibe a condição de criminosa e declara-se inocente; é

profundamente ma e afirma-se boa e pura; sofre

desesperadamente e alega tranquilidade; criou um

inferno para si propria e assevera que esta procurando o

céu.

A ajuda chega

quando estamos

preparados.

Ante o silêncio com que lhe ouvíamos a lição, o Vigilante-

Chefe rematou:

- É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más

aparências.

Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade

Divina, mas, por princípio de caridade legítima, na posição em

que me encontro, não lhe poderia abrir nossas portas.

Page 95: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

95

- A experiência de Paulo detecta na infeliz que a hipocrisia

emite forças destrutivas e era preciso abandoná-la à própria

sorte, na instituição só se atende doentes que reconhecem o

seu mal e tentam curar-se, iria ela criar apenas perturbação e

influenciação inferior.

A profissional do infanticídio – A

mulher fora uma profissional de

ginecologia, a serviço do

infanticídio. A situação dela é pior

que a dos suicidas e homicidas

que, por vezes, apresentam

atenuantes de vulto .... Nem

mesmo remorso ela apresentava

e, ao ver que não seria admitida

em "Nosso Lar",

Page 97: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

97

Os Espíritos imperfeitos ainda predominam no planeta, determinando a

sua condição de inferioridade física e moral, e reduzindo os processos

de intercâmbio às expressões do mediunismo primário, onde as

obsessões prevalecem, desde as simbioses generalizadas dos

primórdios até os complexos vampirismos do presente.

Em Sexo e Destino, André narra: ... abordando Cláudio, sem

cerimônia. Um deles tateou-lhe os ombros e gritou: - Beber, meu caro,

quero beber!

Na parasitose mental, temos o vampirismo, por esse processo, os

desencarnados su gam a vitalidade dos encarnados, podendo

determinar nos hospedeiros doenças as mais variadas e até mesmo a

morte prematura.

Segundo o instrutor Alexandre, em Missionários da Luz: vampiro é

toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades

alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é

necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a

qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos

homens.

Page 98: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

“O AGENTE OPRESSOR INFLUENCIA DE TAL FORMA O

PACIENTE PERTURBADO QUE ORIGINA O

VAMPIRISMO ESPIRITUAL, POR PROCESSO DE

ABSORÇÃO DO PLASMA MENTAL.

O ESPÍRITO PARASITA BUSCA A VÍTIMA (...) O ÓDIO

TANTO QUANTO O AMOR DESVAIRADO CONSTITUEM

ELEMENTOS MATRIZES DESSAS OBSESSÕES

ESPECIAIS ”.

Manoel P. de Miranda – Obsessão Instalação e Cura – Pg 81

DMED- FEDERAÇÃO ESPÍRITA CATARINENSE – Responsável Esther Fregossi González

VAMPIRISMO ESPIRITUAL

Page 99: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

“QUAL O PRIMEIRO DE TODOS OS

DIREITOS NATURAIS DO HOMEM?”

L.E. QUESTÃO 880

O DE VIVER. POR ISSO É QUE

NINGÚEM TEM O DIREITO DE

ATENTAR CONTRA A VIDA DO SEU

SEMELHANTE, NEM DE FAZER O

QUE QUER QUE POSSA

COMPROMETER-LHE A EXISTÊNCIA

CORPORAL.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC

Como a justiça divina encara o infanticídio?

Page 100: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

1

1. SE A VIDA DA MÃE CORRER PERIGO

2. SE A GRAVIDEZ RESULTAR DE ESTUPRO

CÓDIGO PENAL PREVÊ DE 1 A 3 ANOS DE RECLUSÃO PARA A GESTANTE QUE O

PRATICA.

DE 1 A 10 ANOS PARA TERCEIRO QUE O PROVOCA.

(MEDICINA E SAÚDE – DR. ROBERT ROTHENBERG)

Page 101: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

358. CONSTITUI CRIME A PROVOCAÇÃO DO ABORTO, EM QUALQUER PERÍODO DA

GESTAÇÃO?

“HÁ CRIME SEMPRE QUE TRANSGREDIS A LEI DE DEUS.

(O LIVRO DOS ESPÍRITOS – ALLAN KARDEC)

2

5º MANDAMENTO – NÃO

MATARÁS

UMA MÃE, OU QUEM QUER QUE SEJA, COMETERÁ CRIME SEMPRE QUE TIRAR A VIDA A UMA CRIANÇA

ANTES DO SEU NASCIMENTO.”

COMETERÁ SEMPRE UM CRIME AO SE IMPEDIRA ALMA

DE PASSAR PELAS PROVAS DE QUE NECESSITA.

Page 102: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

QUANDO O ABORTO

É PERMITIDO ?

QUANDO A GRAVIDEZ

OFERECE RISCO À VIDA DA MÃE.

(O LIVRO DOS ESPÍRITOS – A. KARDEC – P. 359,360.)

EMMANUEL

359. CASO A GESTAÇÃO PONHA EM RISCO A VIDA DA

MÃE, DEVE-SE SACRIFICAR O SER QUE AINDA NÃO

NASCEU DO AQUELE QUE ESTÁ ATIVO. 360 .DEVE-SE TER PARA COM O FETO O MESMO RESPEITO

QUE SE TEM COM UMA CRIANÇA QUE VIVEU POUCO

TEMPO.

O ABORTO PROVOCADO, MESMO DIANTE DE REGULAMENTOS HUMANOS QUE O PERMITEM É UM

CRIME PERANTE AS LEIS DE DEUS. EMMANUEL

Page 103: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

(QUEM TEM MEDO DA MORTE? – RICHARD SIMONETTI)

(LEIS DE AMOR - EMMANUEL)

• TRAUMA PROVOCADO PELA MORTE VIOLENTA.

• DESGOSTO PELA OPORTUNIDADE DE EVOLUÇÃO PERDIDA.

• NÃO RARO,TOMA-SE DE RANCOR,TRANSFOR- MANDO-SE EM OBSESSOR DOS PAIS.

AFASTA OS RECURSOS DE REABILITAÇÃO E

FELICIDADE QUE A MATERNIDADE OFERECE.

DESAJUSTES FÍSICOS E ESPIRITUAIS.

DESAJUSTES PSÍQUICOS: REMORSO, PESA-

DELOS, CRISES NERVOSAS, DEPRESSÃO ...

Page 104: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

ADQUIREM DÍVIDAS PELA INFRAÇÃO DAS LEIS DIVINAS E TERÃO QUE REPARAR.

ATRAEM PARA SI OS SOFRIMENTOS DAS VÍTIMAS.

A VIDA

PERTENCE A DEUS !

O RESPEITO À VIDA É FUNDAMENTAL.

NENHUMA GRAVIDEZ

OCORRE POR ACASO.

O DIREITO SOBRE A VIDA DO OUTRO SÓ A

DEUS PERTENCE.

(QUEM TEM MEDO DA MORTE? – RICHARD SIMONETTI)

(LEIS DE AMOR - EMMANUEL)

Page 105: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

(ENTENDER CONVERSANDO – EMMANUEL/CHICO XAVIER)

SE O ANTICONCEPCIONAL VEIO FAVORECER A

MOVIMENTAÇÃO DAS CRIATURAS, PORQUE

VAMOS LEGALIZAR OU ESTIMULAR A MATANÇA

DE CRIANÇAS INDEFESAS ?

ABORTO É UM DELITO GRAVE PERANTE A PRO-

VIDÊNCIA DIVINA, PORQUE A VIDA NÃO NOS

PERTENCE E SIM AO PODER DIVINO.

Page 106: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

ASSIM, INICIADA A VIDA NA TERRA

PELA CONCEPÇÃO,INTERROMPÊ-

LA, DESTRUÍ-LA, CONSTITUI

GRAVE ERRO CONTRA A LEI

DIVINA UMA VEZ QUE JÁ

ESTABELECIDO,

PELA LEI NATURAL DA

REPRODUÇÃO UM VÍNCULO

ENTRE O ESPÍRITO

REENCARNANTE E OS

ELEMENTOS MATERIAIS

ORIUNDOS DOS PAIS, ALÉM DAS

LIGAÇÕES ESPIRITUAIS

E MORAIS GERADAS ENTRE

TODOS OS COMPROMETIDOS COM

AQUELA AÇÃO.

Page 107: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33
Page 108: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

OS SALÕES VERDES

De volta, percorrendo o parque banhado

de luz, Narcisa fala dos salões verdes,

destinados ao serviço da educação no

Ministério do Esclarecimento, obra da

Ministra Veneranda.

CAPÍTULO 32 - Notícias de Veneranda

Page 109: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

109

CAPÍTULO 32 - Notícias de Veneranda

Após o encontro com a estranha figura da mulher vampiro, André e

Narcisa penetraram o parque banhado de luz, onde André

experimentava singular fascinação. Arvores acolhedoras,

reclamavam sua atenção a todo momento. De maneira indireta,

provocava explicações de Narcisa.

- No grande parque - dizia ela - não há somente caminhos para o

Umbral ou apenas cultura de vegetação destinada aos sucos

alimentícios. A Ministra Veneranda criou planos excelentes para os

nossos processos educativos.

-Todo o nosso préstimo será pouco para retribuir as dedicações

dessa abnegada serva de Nosso Senhor. Grande número de

benefícios, neste Ministério, foram por ela criados para atender aos

mais infelizes. Sua tradição de trabalho, em "Nosso Lar", é

considerada pela Governadoria como das mais dignas. É a entidade

com maior número de horas de serviço na colônia e a figura mais

antiga do Governo e do Ministério.

-Permanece em tarefa ativa, nesta cidade, há mais de duzentos

anos.

Page 110: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

110

Em Pedro Leopoldo é aquele espírito que na noite de 10 de julho de

1927 se materializa ou aparece à visão espiritualizada do jovem

Francisco Cândido Xavier, tinha, então, 17 anos de idade. A visita

daquele espírito de alta hierarquia espiritual era exclusiva para o

jovem Chico Xavier, em nome de Jesus.

Veneranda (Izabel de Aragão) e Chico Xavier

Page 111: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

111

O (re)encontro de Chico Xavier e de Isabel de Aragão atesta a

grandeza espiritual do médium de Pedro Leopoldo e o milagre do

esquecimento pela lei da reencarnação.

Uma simples leitura de O LIVRO DOS MÉDIUNS, de Allan Kardec,

atesta o fato de que uma pessoa encarnada para ver e ouvir um

espírito iluminado precisa estar na mesma sintonia espiritual, tem

que haver simpatia, identidade espiritual entre ambos sem o que a

comunicação torna-se impossível em sua tangibilidade visual e

auditiva. Um espírito encarnado débil, hierarquicamente inferior, não

tem condições espirituais para perceber tangivelmente um espírito

iluminado.

Referências

BACCELLI, Carlos A. O Evangelho de Chico Xavier. 3. ed.

Votuporanga: Didier. 2001; ps. 92-96

Page 113: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

113

Encantou-me no livro a

personagem ministra

Veneranda, que mais tarde vim

a saber tratar-se da mesma

Isabel de Aragão, a rainha santa

de Portugal, que orientava,

nesse tempo, os serviços de

intercessão do Hospital

Esperança e dispunha de uma

missão gloriosa junto nas terras

sofridas do continente africano,

em colônias portuguesas e

adjacentes.

Livro “os dragões”

WANDERLEY OLIVEIRA - pelo

espírito MARIA MODESTO

CRAVO

Page 114: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

114

Há uma mensagem psicografada por Geraldo Lemos Neto, em reunião pública

no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade, em Belo Horizonte-MG, na noite do

dia 30/06/2003, data em que se comemorou o primeiro aniversário da

desencarnação do querido médium, benfeitor e amigo FRANCISCO CÂNDIDO

XAVIER. Assinou esta mensagem o Espirito como “A GRATIDÃO”

Nota do médium: o espírito que se apresentou para escrever a mensagem era

o de luminosa senhora, que me impressionou vivamente as fibras mais

sensíveis do ser. Ao final da comunicação, ela se recusou a identificar-se,

assinando, simplesmente, A Gratidão. Comovido pela sua humildade, indaguei

de nossa benfeitora Neném Aluotto, quem se me havia apresentado durante a

concentração mental costumeira antes da tarefa mediúnica, ao que a estimada

amiga respondeu: “É o espírito de Veneranda!” Mais tarde, vim a saber tratar-

se do espírito de Isabel de Aragão, que vinha humildemente homenagear a

vitória espiritual de seu pupilo na Terra, Chico Xavier, um ano após a sua

desencarnação.

FONTE: ISABEL – A MULHER QUE REINOU COM O CORAÇÃO de Maria

José Cunha

Page 115: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

115

Pontos de destaque para estudo:

1) Os “salões verdes” foram construidos por volta de 1900, tendo em vista que

André Luiz descreve fatos de 1939-1940. São exemplos de amor e respeito à

natureza, inspirados nas lições de Jesus.

Existem por toda parte. Um verdadeiro castelo de vegetação em forma de

estrela. Cada salão natural tem bancos e poltronas estruturados na substância

do solo, forrados de relva macia. No centro, funciona enorme aparelho

destinado a demonstrações pela imagem, semelhante ao cinematógrafo

terrestre.

Page 116: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Capítulo 32- Noticias de Veneranda

Narcisa explica a André que no grande

parque não ha somente caminhos para

o Umbral ou apenas cultura de

vegetação destinada aos sucos

alimentícios. Temos salões para serviço

de educação, realizando conferencias

de vários Ministérios para os

moradores e visitantes.

Veneranda foi chamada pela União

Divina para ajudar na organização

dos recintos. No parque de

educação do esclarecimento fez um

castelo em forma de estrela com 5

classes de aprendizado. No centro

enorme aparelho para imagem,

como um cinematografo. Podendo

levar 5 projeções variadas

simultaneamente

Investirmos na

educacao e estudo nos

preparara para uma

vida melhor no mundo

espiritual.

Page 117: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

E o mobiliário dos salões? Tal como dos grandes recintos terrenos?

Narcisa sorriu e acentuou: Há diferença. A Ministra ideou os quadros

evangélicos do tempo que assinalou a passagem do Cristo e cada salão tem

bancos e potronas esculturados na substancia do solo, forrados de relva, lembrando as preleções do Mestre.

Para as palestras do Governador criou um recinto ao gosto dele com lagos

e pequenas pontes.

Page 118: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

118

Pontos de destaque para estudo:

2) Natal: época de louvor e agradecimento ao Cristo.

Cada mês do ano mostra cores diferentes, em razão das flores que se vão

modificando em espécie, de trinta a trinta dias. A Ministra reserva o mais lindo

aspecto para o mês de dezembro, em comemoração ao Natal de Jesus,

quando a cidade recebe os mais formosos pensamentos e as mais vigorosas

promessas dos nossos companheiros encarnados na Terra e envia, por sua

vez, ardentes afirmações de esperança e serviço às esferas superiores, em

homenagem ao Mestre dos mestres. Esse salão é nota de júbilo para os

nossos Ministérios.

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119

Pontos de destaque para estudo:

3) O governador visita, quase que semanalmente, aos domingos. Ali

permanece longas horas, conferenciando com os Ministros da Regeneração,

conversando com os trabalhadores, oferecendo sugestões valiosas,

examinando nossas vizinhanças com o Umbral, recebendo nossos votos e

visitas, e confortando enfermos convalescentes. À noitinha, quando pode

demorar-se, ouve música e assiste a números de arte, executados por

jovens e crianças dos nossos educandários. A maioria dos forasteiros, que

se hospedam em "Nosso Lar", costuma vir até aqui só no propósito de

conhecer esse "palácio natural", que acomoda confortavelmente mais de

trinta mil pessoas.

Page 121: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

Capítulo 32- Noticias de Veneranda

A Ministra Veneranda além do

Governador é a única entidade de

Nosso Lar que já viu Jesus nas

esferas Resplandecentes.

Veneranda foi a única também a

ganhar em Nosso Lar a medalha do

Mérito de Serviço com 1 milhão de

horas.

Page 122: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

ANDRÉ LUIZ VÊ

“FANTASMAS’’

CAPÍTULO 33 -

Curiosas

observações

Page 123: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

123

CAPÍTULO 33 – Curiosas observações

A. Luiz sentindo só, pondera os acontecimentos desde o primeiro

encontro com o Ministro Clarêncio, quando socorrido no umbral. Que

teria sucedido a Zélia e aos filhinhos? Por que razão me prestavam

ali tão grande esclarecimentos sobre as mais variadas questões da

vida, omitindo, contudo, qualquer notícia pertinente ao meu antigo

lar?

Tudo indicava a necessidade de esquecer os problemas

carnais, no sentido de renovar-se intrinsecamente, e, no

entanto, penetrando os recessos do ser, encontrava a saudade

viva dos seus.

Narcisa permitiu a ida de AL até o

grande portão de entrada das

Câmaras de Retificação, para esperar

o grupo de Samaritanos que iam

chegar, conforme aviso recebido.

Page 124: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

124

Em verdade, muito amara a companheira

de lutas e, sem dúvida, dispensara aos

filhinhos ternuras incessantes; mas,

examinando desapaixonadamente a

(AL) - Torturavam-me as inquirições internas, mas, prendendo-me

então aos imperativos do dever justo, aproximei-me da grande

cancela, investigando além, através dos campos de cultura.

situação de esposo e pai, reconhecia que nada criara de sólido e útil

no espírito dos meus familiares. Tarde verificava esse descuido

Page 125: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

125

(AL) - Tudo luar e serenidade, céu

sublime e beleza silenciosa! Extasiando-

me na contemplação do quadro,

demorei alguns minutos entre a

admiração e a prece. Instantes depois,

divisei ao longe dois vultos enormes que

me impressionaram vivamente.

Pareciam dois homens de substância

indefinível, semiluminosa.

FANTASMAS ?

Dos pés e dos braços pendiam

filamentos estranhos, e da cabeça

como que se escapava um longo fio

de singulares proporções.

Tive a impressão de identificar dois autênticos fantasmas. Não

suportei. Cabelos eriçados, voltei apressadamente ao interior.

Inquieto e amedrontado, expus a Narcisa a ocorrência, notando que

ela mal continha o riso.

NO MUNDO ESPIRITUAL ?

Page 126: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

126

- Ora essa, meu amigo - disse, por

fim, mostrando bom humor -, não

reconheceu aquelas personagens?

Fundamente desapontado, nada

consegui responder, mas Narcisa

continuou:

- Também eu, por minha vez,

experimentei a mesma surpresa, em

outros tempos.

Aqueles são os nossos próprios irmãos da Terra. Trata-se de

poderosos espíritos que vivem na carne em missão redentora e

podem, como nobres iniciados da Eterna Sabedoria, abandonar o

veículo corpóreo, transitando livremente em nossos planos.

Os filamentos e fios que observou são singularidades que os

diferenciam de nós outros. Não se arreceie, portanto. Os encarnados,

que conseguem atingir estas paragens, são criaturas

extraordinariamente espiritualizadas, apesar de obscuras ou humildes

na Terra.

Page 127: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

127

Kardec, recebeu informações que

descreviam o homem como constituído

de três elementos básicos: o corpo

físico, o espírito imortal e um corpo

“semi-material”, estruturado em

matéria em outra condição vibratória,

capaz de funcionar como um elo entre

o espírito propriamente dito e a matéria

ordinária que constitui nosso plano de

vida. A expressão kardecista de

perispírito é compatível com a ideia

de um conjunto de corpos que se

entrelaçam e intermedeiam o

Espírito (imaterial) e o corpo físico.

Antes das obras de André Luiz, de Emmanuel e outros espíritos, os

espíritas e os estudiosos dos fenômenos mediúnicos, espirituais e

psíquicos tinham uma ideia muito vaga sobre o corpo espiritual.

O PERISPÍRITO OU PSICOSSOMA

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128

O Homem é composto de 3 elementos: ESPÍRITO (o ser inteligente, o individuo propriamente dito.) PERISPÍRITO (corpo de matéria em estado fluídico, imponderável aos instrumentos humanos e órgãos dos sentidos) CORPO FISICO (feito de matéria densa, tangível e mensurável)

Page 129: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

129

O corpo físico é o veículo que permite nossas experiências na crosta

terrena, com baixa frequência vibratória. Envolvendo-o e expandindo-

se ao seu redor por alguns milímetros, temos o corpo vital, também

chamado de corpo etéreo ou duplo etéreo, que funciona como um

centro de captação de energias do universo e como elo de ligação

entre o perispírito e o corpo físico (através do chamado cordão

prateado e dos centros de força).

Page 130: Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 24 a 33

130

A morte física conduz à perda do

corpo físico e do corpo chamado

“duplo etérico”, enquanto que o

perispírito e os corpos superiores

são preservados no processo.

André Luiz e seus instrutores

discorrem sobre a relação entre a

mediunidade, o perispírito e a

glândula pineal, sede da ligação do

cordão de prata, que liga o

psicossoma ao corpo etéreo e ao

corpo físicointerconexão entre os

corpos que nos constituem.

É de relevância também no fenômeno

de dissolução dos vínculos fluídicos

por ocasião do desencarne, com a

eliminação final dos liames do cordão

de prata, que une os corpos (corpo

físico, duplo etéreo e o perispírito)

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Emmanuel, no livro “Roteiro”, 1952, (páginas 31 a 33), nos informa:

O perispírito é, ainda, corpo organização que, representando o molde

fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro,

de conformidade com o seu peso específico.

Formado por substâncias químicas que transcendem a série

estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é

aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de acordo com o

padrão vibratório do campo interno.

Organismo delicado, extremo poder plástico, modifica-se sob o

comando do pensamento. É necessário, porém, acentuar que o poder

apenas existe onde prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a

experiência consegue conferir.

Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestidura se

caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do corpo

físico, ainda animalizado ou enfermiço.

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E, Narcisa, encorajando-me

bondosamente, acentuou:

- Vamos até lá. Os Samaritanos

não podem tardar.

Satisfeito, voltei com ela ao

grande portão. Lobrigava-se,

ainda, a enorme distância, os

dois vultos que se afastavam de

"Nosso Lar", tranqüilamente.

A enfermeira contemplou-os, fez

um gesto expressivo de

reverência e exclamou:

- Estão envolvidos em claridade

azul. Devem ser dois

mensageiros muito elevados na

esfera carnal, em tarefa que não

podemos conhecer.

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- Lá vêm eles!

Identifiquei a caravana que avançava em nossa direção, sob a

claridade branda do céu. De repente, ouvi o ladrar de cães, a grande

distância. Os cães - disse Narcisa - são auxiliares preciosos nas

regiões obscuras do Umbral, onde não estacionam somente os homens

desencarnados, mas também verdadeiros monstros, que não cabe

agora descrever.

A enfermeira, em voz ativa, chamou os servos distantes, enviando um

deles ao interior, transmitindo avisos. Fixei atentamente o grupo

estranho que se aproximava devagarinho.

Seis grandes carros, precedidos de

matilhas de cães alegres e

bulhentos, eram tirados por animais

que, me pareceram muares

terrestres. Mas a nota mais

interessante era os grandes bandos

de aves, de corpo volumoso, que

voavam a curta distância, acima

dos carros, produzindo ruídos

singulares.

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(AL)Onde o aeróbus? Não seria possível utilizá-lo no Umbral?

-Questão de densidade da matéria. Pode você figurar um exemplo

com a água e o ar. O avião que fende a atmosfera do planeta não

pode fazer o mesmo na massa equórea.

Poderíamos construir determinadas máquinas como o submarino;

mas, por espírito de compaixão pelos que sofrem, os núcleos

espirituais superiores preferem aplicar aparelhos de transição. Além

disso, em muitos casos, não se pode prescindir da colaboração dos

animais.

- Como assim? - perguntei, surpreso.

Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas

pacientemente e fornecem calor nas zonas onde se faça necessário;

e aquelas aves - acrescentou, indicando-as no espaço -, que

denominamos íbis viajores, são excelentes auxiliares dos

Samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas,

entrando em luta franca com as trevas umbralinas.

E distribuindo ordens de serviço, aqui e acolá, preparava-se

para receber novos doentes do espírito.

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APONTAMENTOS

QUE ATIVIDADE DESENVOLVEM NO UMBRAL OS SAMARITANOS?

Samaritanos é o nome de uma caravana socorrista que presta

assistência, no Umbral, aos Espíritos em situação de sofrimento,

recolhendo para transporte até a Colônia os irmãos em condições de

adentrar os portões de Nosso Lar.

BIOSFERA ESPIRITUAL

Toda literatura espírita de qualidade suporta a ideia de que a vida após

a morte não representa um salto, mas se reveste de um contínuo. Nas

belas descrições de “Nosso Lar” vemos a presença de pôr-do-sol,

nuvens, neblina, riachos, rios, lagos, pomares, bosques e animais,

mostrando que existe todo um ciclo natural, com alternância de

estações e de elementos da natureza, como a chuva.

Existem descrições de um aparato burocrático de identificação das

pessoas. Tudo isso reforça o conceito de que a vida após a vida é uma

continuação daquela que hoje envergamos aqui.

Nada mais “pé-no-chão” do que a descrição de Dona Laura, mãe do

personagem Lísias, a respeito da origem dos alimentos e roupas em

Nosso Lar.

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APONTAMENTOS BIOSFERA ESPIRITUAL

Vemos na lição, esferas e planos tão semelhantes que encadeiam uma

sequencia evolutiva, como a existência de uma biosfera própria, uma

vez que André Luiz descreve aves, animais domésticos, como o cão e

os muares, além de todos os demais elementos da biosfera terrena,

como bosques, flores, rios, oceano, montanhas, campinas e outros, em

um plano espiritual.

Passamos a entender o dito “plano fisico” como a esferas que se

interpenetram em que vivemos. Seria o equivalente a dizer que a morte

nos retira desse plano físico e nos transporta para outro, tão ou quase

tão “fisico” e palpável quanto o nosso, dependendo da evolução do

irmão.

No planeta Terra, em todos os locais em que existe uma fonte de

energia e os nutrientes podem ser encontrados, a vida abunda e

se diversifica. A literatura espírita mostra que os planos espirituais

próximos à Terra refletem a própria natureza do mundo material,

em ordem inversa, ou seja, o mundo físico é uma simplificação do

mundo espiritual.

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1. Allan Kardec, Em “O Livro dos Espiritos”, Cap. XI, Dos três reinos.:

– sob orientação de Inteligências Celestes, registrou às questões 598 a 600, de

“O Livro dos Espiritos”, que os animais, ao morrer, mantêm sua individualidade,

permanecendo em vida latente sob cuidados de Espíritos especializados, que

os classificam e agrupam; nos animais a reencarnação não se demora; esse

princípio independente, individualizado, algo semelhante a uma alma

rudimentar, inferior à humana, dá-lhes limitada liberdade de ação apenas nos

atos da vida material;

2. André Luiz:

– narra no Cap. XII de “Evolução em Dois Mundos” — ... Desencarnados,

dilata-se-lhes o período de vida latente, na esfera espiritual, onde, com

exceção de raras espécies, se demoram por tempo curto, incapazes de

manobrar os órgãos do aparelho psicossomático que lhes é característico, por

ausência de substância mental consciente.

Quando não se fazem aproveitados na Espiritualidade, em serviço ao qual se

filiam durante certa quota de tempo, caem, quase sempre de imediato à morte

do corpo carnal, em pesada letargia, semelhante à hibernação, acabando

automaticamente atraídos para o campo genésico das famílias a que se

ajustam.

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Essas informações considero-as fundamental para o entendimento

de como os animais vivem no Plano Espiritual, aguardando a

próxima reencarnação. Kardec registrou que após a morte os

animais são classificados e impedidos de se relacionarem com

outras criaturas; André Luiz, agora, diz a mesma coisa, de outra

forma, ao mencionar que os animais que não são destacados

para alguma tarefa, entram em hibernação e logo reencarnam.

sem qualquer relacionamento,

uns com os outros; assim, não

havendo ação de predadores

inexistem presas; mantidos em

hibernação não se alimentam,

não brigam, não reproduzem,

não se deslocam.

Depreendo, assim, que no mundo espiritual os animais não utilizados

em alguns serviços, não têm vida consciente, mas vegetativa, e isso

responde à pergunta de como vivem lá: