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ABIOVE 1 Negociações internacionais sobre biodiesel: conjuntura e perspectivas Daniel Furlan Amaral Economista Biodiesel Congress São Paulo - SP 27 de julho de 2011 Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais

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Negociações internacionais sobre biodiesel: conjuntura e perspectivas

Daniel Furlan Amaral

Economista

Biodiesel Congress

São Paulo - SP

27 de julho de 2011

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Veget ais

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Demanda por alimentos determinou o crescimento da produção de farelos

• A produção de soja respondeu

à demanda por proteínas

vegetais de boa qualidade para

produção de rações

• Outros farelos substituem /

complementam o farelo de

soja0

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Soja Canola Girassol Algodão Outros

Fonte: Oil World.

O mercado de óleos vegetais

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A demanda por farelos está intrinsecamente relacionada à produção de carnes

• Farelo de soja é a fonte

mais abundante e barata de

proteínas vegetais

• Países produtores se

beneficiam da oferta local a

preços mais baixos

Fonte: USDA.

O mercado de óleos vegetais

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O mercado de óleos vegetaisO aumento da oferta foi maior nas

oleaginosas com maior teor de óleo

• Canola e palma melhor

responderam ao aumento da

demanda

• Oferta de óleo de soja

acompanhou a demanda por

farelo para produção de rações

animais0

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Soja Canola Palma Girassol Outros

Fonte: Oil World.

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US

$ / t

onel

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Canola Palma Soja

Fonte: FMI.

Média móvel 12 mesesMédia móvel 12 meses

Os óleos vegetais são substituíveis

O mercado de óleos vegetais

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Alimentação determina a maior parte da demanda por óleos vegetais

• Uso para biodiesel vem

aumentando nos últimos anos

• Novos mandatos podem

manter essa tendência

• Cada país utiliza a matéria-

prima localmente abundante0

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Alimentação e química Biodiesel

Fonte: USDA, Oil World e ANP.

O mercado de óleos vegetais

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Oleaginosas com maior teor de óleo aumentaram produção

• A ociosidade da indústria é da

ordem de 60%

• Com os novos investimentos,

pode chegar a quase 70%

• O mercado internacional pode

ser uma opção para a indústria

nacional

Fonte: ANP. * Estimativa ABIOVE.

O mercado de biodiesel

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Cap. Planejada

Cap. Atual

Produção

B2

Autorizativo MandatórioB2/B3 B5B3/B4

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Eventos climáticos e políticas de incentivo podem ser oportunidades

O mercado de biodiesel

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TarifasO biodiesel se insere no capítulo 38 –

produtos químicos

País Tarifa para o Brasil Tarifa NMF

EUA(1) 0% 4,6%

União Europeia(2) 0% 6,5%

Obs.: (1) 3824.9091.90 e (2) 3824.9040.30.

As tarifas não são a principal restrição ao comérci o de

biodiesel, mas sim as barreiras técnicas e ambienta is

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Renewable Fuel StandardA EPA determinou a mistura de biodiesel no

diesel mineral

• Foi determinada uma quotade 1 bi de galões para 2012(3,79 milhões de m 3) e 1,28 bipara 2013 (4,85 milhões dem3)

• O biodiesel de soja atingiu aredução mínima de 50% deemissões de GEE

50% de reduçãoExigido por lei57% de

redução média

22% de redução mínima

85% de redução máxima

Fonte: EPA.

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Renewable Fuel Standard

Fonte: EPA.

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Renewable Energies DirectiveA União Europeia fixou como meta 10% de

biocombustíveis até 2020• A meta global para 2011 é de

5,75%

• 80% da mistura deverá vir dobiodiesel

• A produção local não serásuficiente para atingir a meta

• Há uma demanda porimportações da ordem de 2,5bilhões de litros

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Consumo Importações

Fonte: USDA e Diretiva 2008/28/EC.

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Renewable Energies DirectiveA produção de biodiesel usará diversas

matérias-primas• A produção de canola não

será suficiente para atender ademanda

• Soja e palma terãoparticipação importantenesse mercado

• Outras matérias-primastambém são oportunidades

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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lada

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Canola Soja

Palma Girassol

Outros óleos veg. Óleo reciclado

Gordura animal Outros

Fonte: USDA.

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Renewable Energies DirectiveA Comissão Europeia não aprovou

automaticamente o biodiesel

• O biodiesel não foi classificado como biocombustível avanç ado

• Os valores-padrão das emissões do biodiesel de soja represe ntamapenas 31% de redução em relação ao diesel

• Indústrias interessadas devem obter selos de certificação e recalcularas emissões da cadeia produtiva

• Para a soja e outras oleaginosas, é possível certificar pelo s selos2BSvs, ISCC, RSB ou RTRS

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Renewable Energies Directive

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Renewable Energies DirectiveRestrições ao mercado da Diretiva

• Não é possível certificar a produção de áreas desflorestada s apósjaneiro de 2008 (data da aprovação da diretiva)

• Indefinição sobre a conversão de pastagens (carbono e biodi versidade)

• A CE não reconhece automaticamente o cumprimento da legisla çãobrasileira => necessidade de certificações e maiores custo s envolvidos

• A CE ainda emitirá posicionamento sobre os Efeitos Indireto s sobre oUso da Terra => decisão poderá resultar em maiores custos ou atémesmo a exclusão do biodiesel das metas de mistura

• Forte possibilidade dessas medidas atingirem o mercado de alimentos

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ISO PC 248Critérios de sustentabilidade para

bioenergia são objeto de discussão na ISO

• Criado em sistema de parceria pelo Brasil e Alemanha em 2009

• Produzirá um documento com princípios e critérios de sustentabilidadede bioenergia, não apenas biocombustíveis

• Esse documento analisará questões relacionadas às emissõe s etambém aos efeitos indiretos

• É de grande importância para o setor, pois tem peso nas decisões daOMC, podendo ser considerado para analisar as restrições im postaspela UE

• Pode servir de apoio para as atuais certificações presentes no mercado

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Acordo Mercosul-UEExistem discussões importantes sobre

sustentabilidade e abertura de mercados

• Discussões sobre o acordo Mercosul-União Europeia:

• Acesso a mercados

• Barreiras técnicas

• Exigências socioambientais: capítulo sobre sustentabili dade

• Certificações

• Comitê de comércio e sustentabilidade

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GBEPDefinirá critérios que orientem as políticas

públicas para bioenergia

• A GBEP foi criada para definir critérios que orientem políticas públicassobre biocombustíveis sobre:

• Alocação do uso da terra para culturas bioenergéticas

• Mudanças de uso da terra

• Incentivos econômicos para biodiesel tendo em conta a diversidadeenergética e a redução de GEE

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Óleo de soja Biodiesel Diferencial

Preço (US$/t) 1.259,04 1.242,11 -

Rendimento (Kg) 1.000 1.000

Valor (US$/t) 1.259,04 1.242,11 -16,93

Imposto de exportação (%) 32% 17,5% -

Valor do imposto (US$/t) 402,89 217,37 185,52

Valor líquido (US$/t) 856,15 1.024,74 168,59

Fonte: Bolsa de Comércio de Rosário. Preços de 22 de julho de 2011.

Competição InternacionalDiferencial Tributário de Exportação – DTE

argentino

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• ‘Splash-and-dash’ em 2008

• 2011 pode ultrapassar 1,5mihões de t

• Diferencial Tributáriofavorece as exportações debiodiesel

• Escala e logística favorecema competitividade

0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000

2007

2008

2009

2010

2011*

Toneladas

UE-27 EUA Am. Lat. Outros

Fonte: AFIP. Obs.: dados até junho para 2011.

Competição InternacionalDiferencial Tributário de Exportação – DTE

argentino

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ConclusõesNecessidade de trabalhar pela criação de

um mercado internacional de biodiesel

• Domesticamente, a indústria brasileira pode:

• Aperfeiçoar logística de distribuição e armazenagem

• Evidenciar benefícios ambientais

• Aumentar envolvimento nas questões internacionais => opçã o devendas no longo prazo

• Solucionar distorções tributárias nas operações com fins deexportação

• Dar continuidade aos trabalhos de harmonização dasespecificações técnicas e de criação de contratos internac ionais

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www.abiove.com.br

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