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Umuarama, domingo, 29 de novembro de 2009 15 Leia e assine o Jornal Umuarama Ilustrado cmyk www.ilustrado.com.br Motoristas driblam obstáculos e andam na contramão no centro 15:30 Os obstáculos construídos pela Prefeitura de Umuara- ma para impedir o acesso de veículos à Praça Santos Dumont em algumas vias está levando alguns moto- ristas a desviarem pela con- tramão. No começo, eles passaram sobre a elevação, mas as placas e faixas fize- ram com que os infratores mudassem o caminho. O ris- co de acidentes aumentou e a Guarda Municipal promete agir com rigor. P9 Tigrão faz hoje a estreia na Terceirona O reinício do futebol profissio- nal em Umuarama tem mais um capítulo, a partir de hoje, com a estreia do Tigrão na Terceirona do Paranaense. Jogo será no Lúcio Pipino às 15h15 contra o Pato Branco. As duas equipes vivem apenas de lembranças dos velhos e bons tempos. P8 Cielo voa e ganha mais um ouro P7 P3 Poço para diminuir o custo dos presos em Umuarama SEGURANÇA Um levantamento preliminar mostra que cada preso de Umuarama consome em torno de R$ 300,00, apenas em alimentação e manutenção, sem incluir o gasto com policiais. A conta de água era uma das mais salgadas, por isso, a direção optou pela construção de um poço artesi- ano para diminuir os custos. Amamentar pode salvar 1,3 milhão de crianças P13 Gianecchini e Bozena estarão em Umuarama CÍOs riscos de usar o Tamiflu sem receita P6 Governo autoriza abertura de concursos P6 3621-2500 Ou você pode ir à pé por Tiago Lobão Inforzato Era uma luta diária, nunca conseguia encontrar o que precisava. Sabia exatamente o que queria e onde aquilo es- tava, mas na hora H não dava, não conseguia se aproximar. Desistia. No dia seguinte, com esperanças renovadas, retornava ao campo de batalhas e, em círculos, tentava se aproximar para finalmente tomar posse do seu objeto de desejo. E continuava impossível, era uma luta por qualquer espaço que lhe possi- bilitasse cumprir sua missão. Que desespero, que ansiedade... já com os nervos à flor da pele, ia cuidar dos outros afazeres do dia, mas sempre com aquilo na cabeça...precisava muito chegar lá. E por tempos infinitos reclamava seu lugar ao sol, pois à sombra já era pedir demais. Disputava passagem com posseiros raivosos, desordeiros, donos incontestes daqueles nacos de espaço tão desejados, que lhe supririam os anseios e realizariam os desejos. Mas era luta desleal, teria que ser mais ágil, ter mais esperteza e paciência. Até quando? Até hoje! Amanhã será diferente. Vai dormir um sono tranqüilo e acordará com esperança no coração e um sor- riso no rosto. Finalmente vai cumprir seu objetivo sem tanto sofrimento, finalmente resolveram seu problema. Finalmente aprovaram o Estacionamento Rotativo em Umuarama. VER-TE AMANHECER por Tiago Lobão Inforzato Pudera amanhecer em seus olhos novamente E não ter mais rixa alguma com a solidão E por mais que eu tanto insista e muito tente Já é tarde pra mudar um coração Então me perco entra tantas tão sem graça Que encontro em cada beco da cidade E recorro à boa ajuda da cachaça Que é pra ver se dou um jeito na saudade Gosto muito de observar. Muitas vezes sou silenciosa e até reservada por gostar de perceber sutilezas ao meu redor. Encanto-me com aquelas pala- vras que tocam pro- fundamente. Com aquele sorriso que faz com que outros sorriam também. Com aquelas lágri- mas tão sentidas que até as sinto dentro de mim. Com aquela música que não faz meus ouvidos do- erem. Encanta-me o silêncio no momento que é dele. No último do- mingo fui assistir ao filme Lua Nova, continuação da saga Crepúsculo no cinema aqui em Umuarama. Adorei o filme. Já sabia exatamente o enredo, pois havia lido todos os livros da saga. As imagens que eu vi na tela eram as que eu já havia imaginado enquanto lia o livro Lua nova. Compartilho das palavras da querida Carol Gil em seu texto de domingo passado.Valeu a pena ver o filme. Mesmo assim saí do cinema entristecida. Durante toda a sessão ouvi os maiores absurdos que poderia imaginar de algumas pessoas que assistiam ao filme também. Até compreendo que as garotas gritassem quando um dos dois atores bonitões aparecia, é totalmente normal, na adolescência isso é comum e divertido. O que me chocou foi a tremenda falta de educação ao diz- erem o que ‘dariam’ a eles. É isso mesmo. Em determinado momento uma gritou: “eu dava para ele.” Pasmem, é verdade, eu ouvi. Não contente, a mesma garota (parecia a mesma voz com o mesmo tom) disse o que ‘daria’ ao ator. Pasmem de novo, eu e todos naquela sala de cinema ouvimos. Infelizmente ainda não acabou. Um garoto chamou o ator que não forçou a mocinha quando ela evitou um beijo de ‘boiola’. Todos ouviram. Se vocês pensam que parou por aí estão enganados. Quando as luzes foram acesas a sala parecia um chiqueiro. Havia um tapete Educação por Ângela Russi de pipocas, latinhas de refrigerante, pa- péis, etc. O dono do cinema, de quem me tornei fã por comprar o cinema e empenhar-se em mantê-lo, pedia com educação que cada um recolhesse pelo menos as latinhas vazias. Poucos o atenderam. O que ele, ao pedir colaboração dos que assistiram ao filme, teve é o que faltou a muitos que estavam ali naquela sessão de domingo: educação. Havia muitas cri- anças, tudo bem, mas cadê os pais? Se eles não estavam, onde es- tava a educação dada aos filhos em casa para que estes consigam viver em sociedade? Hoje é regra ser mal educado. Quando há um ato educado, respeitoso, cidadão é mostrado como se fosse algo fora do comum. É enaltecido como raridade. Por quê? Deve ser porque atualmente é raridade mesmo. Não compreendo como uma sociedade que quer salvar o mundo do aquecimento global não cuide primeiro de seu modo de agir em relação ao outro, seu próximo como diz a Bíblia, seu companheiro de jornada nesse mundo. A sessão de cinema apenas me mostrou radicalmente o que venho percebendo há algum tempo entre as crianças que são ‘educadas’ pelos adultos. Há pouquíssimo respeito ao próximo. Seja ele professor, companheiro de trabalho, parente. No domingo não foram as crianças que cometeram aqueles atos insanos, mas elas estavam lá vendo tudo. E, sabe o que é pior? Aprendendo. Elas não aprenderam que o amor vence todas as barreiras como a mensagem do filme mostrou. Talvez até conseguiram internalizar um pouco disso entre um grito ou outro durante o filme. Temo que a lição mais aprendida foi que ter educação é coisa do passado. Como o personagem Edward, que tem mais de 100 anos, é muito educado espero que elas se espelhem nele e não nas pessoas reais daquela tarde. Aconteceu ontem (27/11) um evento já tradicionalista do curso de Publicidade e Propa- ganda da Unipar, que deixa histórias entre os acadêmicos e egressos. Pude presenciar este momento acolhedor, para cel- ebrar os 19 curtas-metragens realizados pelos estudantes do segundo ano do curso. O pro- jeto “Minuto e Meio” - segundo Rodrigo Oliva, coordenador do curso – iniciou em 2002 enquanto, apenas, trabalho em sala de aula, com o tema “Um olhar sobre a cidade”. De primeiro momento, era con- hecido como “Minuto”, o qual os acadêmicos produziam um curta-metragem de um minuto, de acordo com o tema solicitado pelo professor. Mais tarde, em 2005, o sucesso do trabalho, transformou-se num projeto, que englobou a premiação, certificação e apresentação dos curtas na telinha do anfite- atro da Universidade. O projeto consiste numa atividade obrigatória para a turma do segundo ano, porém os estudantes dos outros anos podem par- ticipar do projeto, recebendo a certificação. Em todo final do evento é anunciado o tema do próximo ano, e as- sim os acadêmicos já podem começar a se estruturar e a idealizar seus textos produzidos, que durante o ano, receberá auxilio do professor, bem como suporte teórico para a elaboração do vídeo. O aluno Guido Franchini Neto (participante do projeto com seu vídeo “Smile” e vencedor de melhor filme por voto popular) comenta que durante o ano (2009) teve algumas idéias, porém na hora da prática teve que adaptá-la, ou seja, os alunos vão possuindo idéias que na hora de colocá-la em ação, vê-se a necessidade de sincronizá-la o que idealizou com a prática, tendo em vista o ajustamento. Relata também, que durante o processo da elaboração, alunos de outros anos do curso auxiliam, até mesmo a própria família, acaba se envolvendo no processo. Este ano, o tema abordado foi “Risos e sorrisos: o humor Acadêmicos de Publicidade e Propaganda festejam evento de curtas-metragens Por Caroline Guimarães Gil na medida certa”, que de acordo com o coordenador, está repleto de filmes com boa qualidade de produção, e que o ambiente proporciona um clima de aprendizagem, divertimento, e não de com- petição – argumentou expli- cando sobre as categorias de premiação. O evento foi às 19 horas no anfiteatro da UNI- PAR – campos III – onde foi apresentado pelos estu- dantes Eduardo de Oliveira e Sara Priscila, com muito bom humor e dinamicidade. Os professores também estiveram presentes para prestigiar os trabalhos dos acadêmicos. A seleção dos trabal- hos se dá por meio do voto popular (público) e do voto técnico (grupo de profes- sores). As categorias apre- sentadas foram: fotografia, trilha sonora, set peace (mel- hor cena), direção de arte, atuação, humor, melhor filme e menção honrosa. A cada anunciamento dos premia- dos, os alunos realizam um discurso agradecendo alguns envolvidos na atividade. Parabenizo os premia- dos, sendo eles: William Lopes, Fernanda Lima, Gregory Hen- rique, Eduardo Oliveira, Eu- clides Júnior, Fabrício Festa e Guido Franchini Neto. Espero que eu não tenha esquecido algum nome premiado, pois tentei a total custo e cuidado anotar o nome de todos, porém parabenizo não somente estes, mas os 19 participantes do projeto, pois como sou suspeita a falar sobre o assunto (pois já participei da atividade), entendo o quanto é árduo o processo de desenrolar do trabalho, porém, com certeza, neste dia de apresentação e premiação, é o dia de “ser estrela por uma noite” como relata a professora Sônia Moro, num de seus discursos durante o evento. Ah! Já ia me esquecendo! Os alunos do primeiro ano do curso, já podem ir idealizando seus vídeos, pois o tema já foi lançado no final do evento. O tema será “Pela estrada a fora eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha. Ela mora longe e o caminho é deserto e o lobo mal passeia aqui por perto”.

23524619 Culturanja 29 De Novembro De 2009

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Umuarama, domingo, 29 de novembro de 2009

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Leia e assineo JornalUmuarama Ilustrado

cmyk

Fundador e Presidente: Ilídio Coelho Sobrinho - E

ditor Responsável: Osmar Nunes da Silva - A

no 36 - Nº 8.645 - U

muarama, domingo, 2 de agosto de 2009 - Preço: R$ 2,50

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Administração e Impressão: Av. Tiradentes, 2.680 -

CEP 87.505-090 - Umuarama - Pr. -

Tel. (44) 3621-2500

Moto

rista

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a contra

mão n

o centro

15:30

Os obstáculos construídos

pela Prefeitura de Umuara-

ma para impedir o acesso de

veículos à Praça Santos

Dumont em algumas vias

está levando alguns moto-

ristas a desviarem pela con-

tramão. No começo, eles

passaram sobre a elevação,

mas as placas e faixas fize-

ram com que os infratores

mudassem o caminho. O ris-

co de acidentes aumentou e

a Guarda Municipal promete

agir com rigor.

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Tigrã

o faz

hoje a

estre

ia

na Terc

eirona

O reinício do futebol profissio-

nal em Umuarama tem mais

um capítulo, a partir de hoje,

com a estreia do Tigrão na

Terceirona do Paranaense.

Jogo será no Lúcio Pipino às

15h15 contra o Pato Branco.

As duas equipes vivem

apenas de lembranças dos

velhos e bons tempos.

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Dê um pulinho nas

páginas dos classificados

Cielo

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ganha mais

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O nadador Cesar Cielo

ganhou o ouro ontem nos 50

metros e é o primeiro brasilei-

ro a ser campeão olímpico e

mundial. Na quinta-feira ele

já havia ficado com o ouro

nos 100 metros.

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SEGURANÇA

Um levantamento preliminar mostra que cada preso de

Umuarama consome em torno de R$ 300,00, apenas em

alimentação e manutenção, sem incluir o gasto com

policiais. A conta de água era uma das mais salgadas, por

isso, a direção optou pela construção de um poço artesi-

ano para diminuir os custos.

Amam

entar

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1,3 m

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Gianecchin

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Bozena esta

rão

em U

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Entre os dias 21 e 23 deste mês , a

cidade de Umuarama vai receber a

peça “Doce Deleite” , um sucesso

por onde passa, com atores globais

no elenco, entre eles: Reynaldo

Gianecchini e Alessandra Maestrini,

a Bozena, de Toma lá dá ca.

COLUNA

ÍTALO

Os riscos

de usar o

Tam

iflu

sem re

ceita

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Basta alguns minutos na praça para flagrar motoristas como este do Monza saindo pela contramão rumo à rotatória

Governo

autoriz

a

abertura

de

concursos

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3621-2500

Ou vocêpode ir à pé

por Tiago Lobão Inforzato

Era uma luta diária, nunca conseguia encontrar o que precisava. Sabia exatamente o que queria e onde aquilo es-tava, mas na hora H não dava, não conseguia se aproximar. Desistia.

No dia seguinte, com esperanças renovadas, retornava ao campo de batalhas e, em círculos, tentava se aproximar para finalmente tomar posse do seu objeto de desejo. E continuava impossível, era uma luta por qualquer espaço que lhe possi-bilitasse cumprir sua missão. Que desespero, que ansiedade... já com os nervos à flor da pele, ia cuidar dos outros afazeres do dia, mas sempre com aquilo na cabeça...precisava muito chegar lá.

E por tempos infinitos reclamava seu lugar ao sol, pois à sombra já era pedir demais. Disputava passagem com posseiros raivosos, desordeiros, donos incontestes daqueles nacos de espaço tão desejados, que lhe supririam os anseios e realizariam os desejos. Mas era luta desleal, teria que ser mais ágil, ter mais esperteza e paciência. Até quando?

Até hoje! Amanhã será diferente. Vai dormir um sono tranqüilo e acordará com esperança no coração e um sor-riso no rosto. Finalmente vai cumprir seu objetivo sem tanto sofrimento, finalmente resolveram seu problema. Finalmente aprovaram o Estacionamento Rotativo em Umuarama.

Ver-te AmAnhecerpor Tiago Lobão Inforzato

Pudera amanhecer em seus olhos novamente E não ter mais rixa alguma com a solidão E por mais que eu tanto insista e muito tente Já é tarde pra mudar um coração Então me perco entra tantas tão sem graça Que encontro em cada beco da cidade E recorro à boa ajuda da cachaça Que é pra ver se dou um jeito na saudade

Gosto muito de observar. Muitas vezes sou silenciosa e até reservada por gostar de perceber sutilezas ao meu redor. Encanto-me com aquelas pala-vras que tocam pro-fundamente. Com aquele sorriso que faz com que outros sorriam também. Com aquelas lágri-mas tão sentidas que até as sinto dentro de mim. Com aquela música que não faz meus ouvidos do-erem. Encanta-me o silêncio no momento que é dele.

No último do-mingo fui assistir ao filme Lua Nova, continuação da saga Crepúsculo no cinema aqui em Umuarama. Adorei o filme. Já sabia exatamente o enredo, pois havia lido todos os livros da saga. As imagens que eu vi na tela eram as que eu já havia imaginado enquanto lia o livro Lua nova. Compartilho das palavras da querida Carol Gil em seu texto de domingo passado.Valeu a pena ver o filme. Mesmo assim saí do cinema entristecida.

Durante toda a sessão ouvi os maiores absurdos que poderia imaginar de algumas pessoas que assistiam ao filme também. Até compreendo que as garotas gritassem quando um dos dois atores bonitões aparecia, é totalmente normal, na adolescência isso é comum e divertido. O que me chocou foi a tremenda falta de educação ao diz-erem o que ‘dariam’ a eles. É isso mesmo. Em determinado momento uma gritou: “eu dava para ele.” Pasmem, é verdade, eu ouvi.

Não contente, a mesma garota (parecia a mesma voz com o mesmo tom) disse o que ‘daria’ ao ator. Pasmem de novo, eu e todos naquela sala de cinema ouvimos.

Infelizmente ainda não acabou. Um garoto chamou o ator que não forçou a mocinha quando ela evitou um beijo de ‘boiola’. Todos ouviram. Se vocês pensam que parou por aí estão enganados. Quando as luzes foram acesas a sala parecia um chiqueiro. Havia um tapete

Educaçãopor Ângela Russi

de pipocas, latinhas de refrigerante, pa-péis, etc. O dono do cinema, de quem me tornei fã por comprar o cinema e empenhar-se em mantê-lo, pedia com educação que cada um recolhesse pelo menos as latinhas vazias. Poucos o atenderam.

O que ele, ao pedir colaboração dos que assistiram ao filme, teve é o que faltou a muitos que estavam ali naquela sessão de domingo: educação.

Havia muitas cri-anças, tudo bem, mas cadê os pais? Se eles não estavam, onde es-tava a educação dada

aos filhos em casa para que estes consigam viver em sociedade? Hoje é regra ser mal educado. Quando há um ato educado,

respeitoso, cidadão é mostrado como se fosse algo fora do comum. É enaltecido como raridade. Por quê? Deve ser porque atualmente é raridade mesmo.

Não compreendo como uma sociedade que quer salvar o mundo do aquecimento global não cuide primeiro de seu modo de agir em relação ao outro, seu próximo como diz a Bíblia, seu companheiro de jornada nesse mundo.

A sessão de cinema apenas me mostrou radicalmente o que venho percebendo há algum tempo entre as crianças que são ‘educadas’ pelos adultos. Há pouquíssimo respeito ao próximo. Seja ele professor, companheiro de trabalho, parente. No domingo não foram as crianças que cometeram aqueles atos insanos, mas elas estavam lá vendo tudo. E, sabe o que é pior? Aprendendo. Elas não aprenderam que o amor vence todas as barreiras como a mensagem do filme mostrou. Talvez até conseguiram internalizar um pouco disso entre um grito ou outro durante o filme. Temo que a lição mais aprendida foi que ter educação é coisa do passado. Como o personagem Edward, que tem mais de 100 anos, é muito educado espero que elas se espelhem nele e não nas pessoas reais daquela tarde.

Aconteceu ontem (27/11) um evento já tradicionalista do curso de Publicidade e Propa-ganda da Unipar, que deixa histórias entre os acadêmicos e egressos. Pude presenciar este momento acolhedor, para cel-ebrar os 19 curtas-metragens realizados pelos estudantes do segundo ano do curso. O pro-jeto “Minuto e Meio” - segundo Rodrigo Oliva, coordenador do curso – iniciou em 2002 enquanto, apenas, trabalho em sala de aula, com o tema “Um olhar sobre a cidade”. De primeiro momento, era con-hecido como “Minuto”, o qual os acadêmicos produziam um curta-metragem de um minuto, de acordo com o tema solicitado pelo professor. Mais tarde, em 2005, o sucesso do trabalho, transformou-se num projeto, que englobou a premiação, certificação e apresentação dos curtas na telinha do anfite-atro da Universidade.

O projeto consiste numa atividade obrigatória para a turma do segundo ano, porém os estudantes dos outros anos podem par-ticipar do projeto, recebendo a certificação. Em todo final do evento é anunciado o tema do próximo ano, e as-sim os acadêmicos já podem começar a se estruturar e a idealizar seus textos produzidos, que durante o ano, receberá auxilio do professor, bem como suporte teórico para a elaboração do vídeo. O aluno Guido Franchini Neto (participante do projeto com seu vídeo “Smile” e vencedor de melhor filme por voto popular) comenta que durante o ano (2009) teve algumas idéias, porém na hora da prática teve que adaptá-la, ou seja, os alunos vão possuindo idéias que na hora de colocá-la em ação, vê-se a necessidade de sincronizá-la o que idealizou com a prática, tendo em vista o ajustamento. Relata também, que durante o processo da elaboração, alunos de outros anos do curso auxiliam, até mesmo a própria família, acaba se envolvendo no processo.

Este ano, o tema abordado foi “Risos e sorrisos: o humor

Acadêmicos de Publicidade e Propaganda festejam evento de curtas-metragens

Por Caroline Guimarães Gil

na medida certa”, que de acordo com o coordenador, está repleto de filmes com boa qualidade de produção, e que o ambiente proporciona um clima de aprendizagem, divertimento, e não de com-petição – argumentou expli-cando sobre as categorias de premiação.

O evento foi às 19 horas no anfiteatro da UNI-PAR – campos III – onde foi apresentado pelos estu-dantes Eduardo de Oliveira e Sara Priscila, com muito bom humor e dinamicidade. Os professores também estiveram presentes para prestigiar os trabalhos dos acadêmicos.

A seleção dos trabal-hos se dá por meio do voto popular (público) e do voto técnico (grupo de profes-sores). As categorias apre-sentadas foram: fotografia, trilha sonora, set peace (mel-hor cena), direção de arte, atuação, humor, melhor filme e menção honrosa. A cada anunciamento dos premia-dos, os alunos realizam um discurso agradecendo alguns envolvidos na atividade.

Parabenizo os premia-dos, sendo eles: William Lopes, Fernanda Lima, Gregory Hen-rique, Eduardo Oliveira, Eu-

clides Júnior, Fabrício Festa e Guido Franchini Neto. Espero que eu não tenha esquecido algum nome premiado, pois tentei a total custo e cuidado anotar o nome de todos, porém parabenizo não somente estes, mas os 19 participantes do projeto, pois como sou suspeita a falar sobre o assunto (pois já participei da atividade), entendo o quanto é árduo o processo de desenrolar do trabalho, porém, com certeza, neste dia de apresentação e premiação, é o dia de “ser estrela por uma noite” como relata a professora Sônia Moro, num de seus discursos durante o evento.

Ah! Já ia me esquecendo! Os alunos do primeiro ano do curso, já podem ir idealizando seus vídeos, pois o tema já foi lançado no final do evento. O tema será “Pela estrada a fora eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha. Ela mora longe e o caminho é deserto e o lobo mal passeia aqui por perto”.