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Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação Aferição de actividades de aprendizagem da Língua Portuguesa Durante as três semanas de prática pedagógica, as estudantes tiveram a oportunidade de verificar concretamente se as actividades planificadas no contexto da Unidade Curricular teriam sucesso ou se necessitariam de ser adequadas, ou até mesmo, reestruturadas. Relativamente à observação realizada no âmbito da Educação de Infância, os vários elementos do grupo não só testemunharam práticas distintas, como também passaram por contextos educativos diferentes. Visto uma das estudantes ter tido uma semana de prática em creche, as actividades não se puderam verificar como possíveis de serem postas em prática, pelo menos não da forma como estavam descritas e planificadas, pois encontram-se adequadas a crianças do jardim-de-infância e não da creche. Deste modo, os objectivos que tinham proposto a atingir com as actividades não poderiam ser atingidos. Apesar disso, as duas outras estudantes puderam comprovar que a grande maioria das actividades planificadas no âmbito desta Unidade Curricular seriam possíveis de pôr em prática, que as crianças encontravam-se Introdução à Didáctica do Português Página 1

Aferição de actividades de aprendizagem da língua portuguesa

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Aferição de actividades de

aprendizagem da Língua Portuguesa

Durante as três semanas de prática pedagógica, as estudantes tiveram a

oportunidade de verificar concretamente se as actividades planificadas no

contexto da Unidade Curricular teriam sucesso ou se necessitariam de ser

adequadas, ou até mesmo, reestruturadas.

Relativamente à observação realizada no âmbito da Educação de

Infância, os vários elementos do grupo não só testemunharam práticas

distintas, como também passaram por contextos educativos diferentes.

Visto uma das estudantes ter tido uma semana de prática em creche, as

actividades não se puderam verificar como possíveis de serem postas em

prática, pelo menos não da forma como estavam descritas e planificadas, pois

encontram-se adequadas a crianças do jardim-de-infância e não da creche.

Deste modo, os objectivos que tinham proposto a atingir com as actividades

não poderiam ser atingidos.

Apesar disso, as duas outras estudantes puderam comprovar que a

grande maioria das actividades planificadas no âmbito desta Unidade Curricular

seriam possíveis de pôr em prática, já que as crianças encontravam-se

suficientemente estimuladas ao nível da compreensão e expressão da

oralidade e da escrita. No entanto, uma das salas observadas durante a Prática

Pedagógica não possuía computador, logo, todas as actividades que

envolvessem as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) não

seriam possíveis de serem postas em prática. Aquando da realização destas

actividades o grupo não tinha reflectido sobre a possibilidade de podermos,

eventualmente, encontrar contextos educativos que ainda não disponibilizem

um computador por sala. Na nossa opinião, as instituições deveriam

proporcionar às crianças um contacto “precoce” com as Novas Tecnologias de

Informação e Comunicação, pois as TIC, para além de facultarem momentos

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de diversão, descontracção e de lazer, também propiciam momentos de

aprendizagem da Língua, como por exemplo através da realização de

actividades didácticas no programa Jclic. A criança ao trabalhar/explorar o

computador entra em contacto com um dos dispositivos de pesquisa e

reprodução de textos e de ilustração mais utilizado no mundo.

As actividades desenvolvidas pelo grupo que exigiam o recurso a um

computador eram perfeitamente ajustadas ao único grupo de crianças de

jardim-de-infância, que dispunham deste recurso tecnológico na sua sala.

Deste modo, tanto a actividade denominada “À descoberta das sílabas”, como

a actividade “MyEbook – Livro online” (na vertente Pré-escolar), podiam ser

realizadas pelo grupo de crianças. Tudo leva a crer que as actividades não

seriam demasiado apetrechadas para o grupo observado, nem demasiado

facilitavas para o nível dos conhecimentos do grupo.

Todavia, quanto às actividades que não envolvem o recurso às Novas

Tecnologias de Informação e Comunicação, acreditamos que algumas das

actividades que planificámos poderiam não ser totalmente

estimulantes/desafiadoras para as crianças, em especial para as crianças que

tinham entre 5 a 6 anos de idade. De acordo com a nossa observação

realizada no contexto de jardim-de-infância, o facto de algumas propostas

poderem ser consideradas pouco apelativas para as crianças deve-se à

simplicidade da temática proposta. Ainda assim, caso sofressem algumas

alterações, acreditamos que as actividades tivessem uma boa recepção dentro

da sala caso fossem bem contextualizadas e se o nível de importância fosse

adequado aos grupos referidos.

No que diz respeito ao 1.º Ciclo do Ensino Básico, tudo nos leva a crer

que caso implementássemos as actividades planificadas nas três turmas que

observámos, o nível de adesão e de aceitação iria ser satisfatório. O único

problema que poderia impedir a concretização destas actividades está

relacionado, mais uma vez, com a falta de recursos que algumas salas/escolas

têm ao nível das TIC, já que existiam salas com computador e outras sem

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computador. No entanto, poderíamos reformular as actividades de modo a ser

possível colocá-las em prática, mas o impacto que teriam não seria o mesmo

caso estas fossem implementadas com recurso às Tecnologias de Informação

e Comunicação. A utilização desse género de recursos aumenta gradualmente

o interesse das crianças, bem como o seu desempenho na realização das

tarefas.

Para o 1.º ciclo escolhemos a actividade “Contos e Recontos”, inserida

na Emergência da Expressão Escrita. Esta actividade é possível de ser

realizada em todos os quatro anos relativos ao 1.º Ciclo do Ensino Básico, visto

poder ser ajustada e adaptada de acordo com cada turma. Para isso, basta

complexificar a narrativa da história escolhida pela docente ou apresentar

diversas narrativas, dividindo a turma em grupos menores, de maneira a que os

alunos consigam tirar partido das vantagens que esta tarefa possibilita

trabalhar e que os objectivos seleccionados sejam passíveis de serem

apropriados pela turma.

Quanto ao 2.º Ciclo do Ensino Básico, as escolas visitadas reuniam

todas as condições para a prática das propostas que planificamos no decorrer

desta unidade curricular. Para além disso, também os alunos se mostraram

capazes de, efectivamente, tirarem partido dos objectivos propostos pelo

grupo. No entanto, temos ainda a perfeita noção de que seria necessário

aumentar o grau de dificuldade das planificações para que estas satisfizessem

as necessidades das crianças que frequentam o 5.º e 6.º anos de escolaridade.

Para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, escolheríamos para implementar uma

actividade de compreensão e expressão oral para as turmas que encontramos

durante as semanas das práticas, nomeadamente, a actividade intitulada

“MyEbook – Livro Online”. Para adequarmos a actividade a estas faixas etárias,

poderíamos pedir aos alunos que, em grande grupo, construíssem uma história

que estivesse inserida nos temas do seu currículo, e que a dramatizassem para

toda a comunidade escolar. Com essa dramatização, recolheriam fotografias e

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vídeos que ilustrassem a narrativa construída entre a turma, de forma a

aumentar o grau de dificuldade face às idades que os alunos teriam.

Ainda em relação ao 2.º Ciclo, queremos ainda referir que, infelizmente,

não somos capazes de reformular nenhuma actividade, de modo a incluir a

utilização do quadro interactivo que estava presente em muitas das salas

observadas durante as práticas. Durante as nossas observações os alunos

demonstravam-se ansiosas por utilizarem os quadros que estavam desligados,

pelo facto de os docentes ainda não terem formação devida para os utilizar.

Assim, caso tivéssemos competências nesta área das Tecnologias de

Informação e Comunicação adaptaríamos algumas das nossas actividades

para este instrumento de potencialidades didácticas ímpares se forem

utilizadas com um propósito educativo.

Desta forma, conseguimos compreender muito melhor através da prática

como poderíamos implementar as nossas planificações no âmbito da unidade

curricular de Introdução à Didáctica do Português, pois ao depararmo-nos com

uma turma, e ao estudarmos as suas características, pontos fortes e

competências necessárias à sua progressão escolar, torna-se muito mais

simples pensar em tarefas que satisfaçam.

Ana Andreia Carvalho

Cátia Patrícia Dias

Inês Silva Tavares

3.º ano – Licenciatura em Educação Básica

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