Apresentação tese 7_junho2011

UTILIZAÇÃO EDUCATIVA DAS TECNOLOGIAS,

ACESSO, FORMAÇÃO E AUTO-EFICÁCIA DOS PROFESSORES

Doutoramento em EducaçãoInstituto de Educação

Neuza Pedro

Propósito: Colocar em teste o modelo teórico subjacente aoPlano Tecnológico da Educação (PTE 2007-2011)

Eixo Tecnologia Projectos de

apetrechamento tecnológico

Eixo FormaçãoPrograma nacional ‘Formação

e certificação em Competências TIC’

?

• Factores limitativos ou facilitadores da Integração educativa das Tecnologias

• o conceito de ‘Integração Educativa das TIC’: perspectiva multidimensional

• Projectos de modernização do parque tecnológico escolar

• Programa nacional de Formação e Certificação em Competências TIC

• Motivação = Conceito de Auto-eficácia

Social Cognitive Theory (Bandura)

O que se revela necessário desenvolver com vista a manter/ampliar os níveis de utilização das tecnologias e a estimular maior envolvimento dos docentes na utilização

educativa das mesmas no contexto nacional ?

Será que os factores identificados no modelo vigente como determinantes no processo de integração educativa das tecnologias (Acesso-Competências–Motivação) revelam-se adequados e suficientemente exaustivos para predizer a efectiva utilização dastecnologias em contexto escolar?

Que efeito exerce e que preponderância assume cada um dos factores na utilização das tecnologias por parte dos professores?

Que relações de influência ou interdependência se poderão estabelecer entre os diferentes construtos em análise(Acesso-Competências-Motivação-Utilização das TIC)?

1) Analisar o nível de utilização das tecnologias sob um ponto de vista multidimensional

2) Analisar os índices de auto-eficácia na utilização das tecnologias

3) Analisar a forma de associação entre auto-eficácia e utilização das TIC

4) Analisar a influência exercida independentemente por cada um dos três factores estruturantes do modelo vigente sobre os índices de utilização das tecnologias

5) Análise exploratória dos efeitos exercidos, entre si, por cada um dos três factores constitutivos do modelo em análise

6) Testar a validade do modelo teórico vigente

4.1 acesso – utilização das TIC4.2 competência – utilização das TIC4.3 auto-eficácia – utilização das TIC

5.1 acesso - competências5.2 acesso – auto-eficácia5.3 competências- auto-eficácia

Abordagem metodológica

Instrumentos

• Computer Self-Efficacy Scale (Cassidy & Eachus, 2002)

• Teacher´s Technology Use Scale (Bebell, Russell & O´Dwyer, 2004)

Dimensões

1) Preparação activid ensino-aprendizagem

2) Utilização profissional de e-mail

3) Desenvolvimento de actividades instrucionais

4) Adaptação de recursos

5) Utilização em sala de aula pelos alunos

6) Suporte às produções dos alunos

7) Avaliação

Participantes

738 professores do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário

EscolaNº Total de

Professores

Nº de

Professores

participantes

Taxa de retorno

A 121 103 85,12%

B 91 79 86,81%

C 141 122 86,52%

D 121 109 90,08%

E 152 140 92,11%

F 193 185 95,85%

Acesso estabelecido Acesso limitado

Investigação descritivo-correlacional: matriz quantitativa

Resultados encontrados

Objectivo 1: Conclusões

• Nível moderado de utilização das TIC

• Estrutura multidimensional do conceito confirma-se adequada

• Maiores níveis de utilização das TIC =. Dimensão 1 (Preparação de actividades de ensino-aprendizagem). Dimensão 7 (Avaliação)

• Menores níveis de utilização das TIC =. Dimensão 5 (Utilização em sala de aula com os alunos). Dimensão 6 (Suporte à produção dos alunos)


• Nível favorável de auto-eficácia na utilização das TIC

Objectivo 3 : Conclusões

• Correlação positiva e significativa entre auto-eficácia e utilização das TIC

Foi possível concluir que a relação entre auto-eficácia e utilização é orientada em torno do 1º construto


• 1) Acesso – utilização das TICDiferenças estatisticamente significativas no índice de utilização das TIC

decorrentes do acesso às mesmas (score total e 7 dimensões)Foram os prof. a leccionar em escolas com acesso estabelecido que revelam uma

utilização mais regular das TIC

• 2) Competências- utilização das TICDiferenças estatisticamente significativas no índice de utilização das TIC decorrentes

dos diferentes níveis de formação em TIC( nº de acções de formação vs impacto percebido= o impacto percebido

assume maior preponderância)

• 3) Auto-eficácia- utilização das TICDiferenças estatisticamente significativas no índice de utilização das TIC

considerando diferentes níveis de auto-eficácia


• 1) Acesso-CompetênciasCorrelação inversa e reduzida, tendo sido os professores de escolas com acesso limitado que evidenciaram envolver-se mais regularmente em iniciativas de formação na área das TIC

• 2) Acesso – auto-eficáciaNão se encontraram diferenças significativas no índice de auto-eficácia docente decorrentes de acesso estabelecido/limitado. Concluiu-se o acesso às tecnologias (ainda que fundamental) não garante que os professores se sintam capazes de actuar com as mesmas.

• 3) Competências - Auto-eficáciaDiferenças significativas no índice de auto-eficácia decorrentes do nível de formação em TIC. A variável ‘formação em TIC’ apresentou-se como factor relevante que evidencia exercer efeitos no sentido de auto-eficácia na utilização das TIC. Novamente o impacto percebido revela-se mais preponderante do que o volume de acções de formação frequentadas.


O modelo não se revelou potente o suficiente para explicar ou predizer a utilização educativa das TIC. A investigações alerta para a necessidade de considerar outros factores, nomeadamente de âmbito institucional e sistémicos na explicação e promoção de processos

de integração educativa das tecnologias.

Considerações finais

1 tese = 1 contributo . x limitações

Ambicionou-se com esta investigação, pelo que a mesma permitiuconcluir e com o que com base nessa se pode vir a desenhar, contribuircom conhecimento que possa ser aproveitado para descortinar a melhorforma de reduzir a “brecha digital” que cada vez mais separa alunos eprofessores, ajudando estes últimos a aprender a viver em profissionalcomodidade na era actual e conquistando novas zonas de conforto esegurança.