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IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO RF-E&P27.6-DIC-2255 COMITÊ SETORIAL Comitê Setorial de E&P FOLHA 1 of 391 COORDENADOR DO COMITÊ SETORIAL José Antonio de Figueiredo ENTIDADE PETROBRAS COORDENADOR DO PROJETO José Rodrigues de Farias Filho ENTIDADE UFF CÓDIGO DO PROJETO E&P 27.6 TÍTULO DO DOCUMENTO Relatório Final NOME DO PROJETO Diagnóstico do Grau de Maturidade dos Estaleiros Nacionais e Internacionais em Relação à Organização Industrial ÍNDICE DE REVISÕES REV DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS 0 EMISSÃO ORIGINAL CONTROLE REV 0 REV A REV B REV C DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA EMISSÃO (Coordenador do Projeto) APROVAÇÃO(Coordenador do comitê setorial) As aprovações abaixo serão aplicáveis quando da emissão dos produtos finais APROVAÇÃO(Coordenador Executivo) APROVAÇÃO(Coordenador do Comitê Executivol)

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IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO

RF-E&P27.6-DIC-2255

COMITÊ SETORIAL

Comitê Setorial de E&P FOLHA 1 of 391

COORDENADOR DO COMITÊ SETORIAL

José Antonio de Figueiredo ENTIDADE

PETROBRAS COORDENADOR DO PROJETO

José Rodrigues de Farias Filho ENTIDADE

UFF CÓDIGO DO PROJETO

E&P 27.6 TÍTULO DO DOCUMENTO

Relatório Final NOME DO PROJETO

Diagnóstico do Grau de Maturidade dos Estaleiros Nacionais e Internacionais em Relação à Organização Industrial

ÍNDICE DE REVISÕES

REV

DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 EMISSÃO ORIGINAL

CONTROLE

REV 0 REV A REV B REV C DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA

EMISSÃO (Coordenador do Projeto)

APROVAÇÃO(Coordenador do comitê setorial)

As aprovações abaixo serão aplicáveis quando da emissão dos produtos finais APROVAÇÃO(Coordenador Executivo)

APROVAÇÃO(Coordenador do Comitê Executivol)

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Relatório Final E&P - 27.6

Diagnóstico do Grau de Maturidade dos Estaleiros Nacionais e Internacionais em Relação à Organização Industrial

José Rodrigues de Farias Filho

Resumo Executivo

Este relatório apresenta o resultado das visitas realizadas em estaleiros nacionais e internacionais pelos pesquisadores do Centro de Excelência em Empreendimentos do tipo EPC (Engineering Procurement and Construction, traduzido por engenharia, suprimentos e construção), com o objetivo de verificar e analisar as condições dos mesmos para a execução de projetos EPC na área de petróleo e gás.

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Metodologia

Nestas visitas, os pesquisadores buscaram entender as condições dos

estaleiros em relação às seguintes dimensões, e determinar em qual nível

de maturidade em gestão os mesmos se encontram:

a) Organização e Condições Físicas e Visuais do Canteiro;

b) Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho;

c) Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro;

d) Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro;

e) Controle dos Estoques do Canteiro;

f) Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro;

g) O Planejamento e o Controle do Empreendimento;

h) As relações entre o planejamento e controle com as outras

disciplinas.

O trabalho foi desenvolvido objetivando um foco exploratório e teve três

fases principais. Inicialmente, foi feita uma visita guiada às instalações do

estaleiro para que os pesquisadores tivessem um conhecimento das

condições atuais do estabelecimento em relação às dimensões listadas

acima. Nestas visitas os pesquisadores foram apresentados às condições

operacionais da organização.

Em seguida, foram conduzidas entrevistas com os administradores para

avaliação e entendimento dos processos de gestão utilizados. Para evitar

que a avaliação fosse baseada apenas em lembranças das visitas e

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entrevistas, estas foram gravadas em vídeo, áudio e fotos. Assim, todo o

processo da visita foi capturado.

Por fim, após o recolhimento do material, os pesquisadores organizaram

as informações que permitissem o enquadramento do estaleiro em relação

às dimensões consideradas (enunciadas acima), à determinação do grau

de maturidade e o cotejamento em relação às melhores práticas retiradas

da leitura de material pesquisado em sites (Capes, PMI, CII, etc.), livros,

teses, dissertações, etc.

Após o levantamento das impressões de todos os pesquisadores, um

grupo foi constituído a compilação final. Nesta, procurou-se a síntese das

perspectivas colocadas por todos. Esta síntese objetivou determinar quais

os pontos fortes verificados, as oportunidades de melhorias, bem como as

sugestões para reforçar pontos fortes e desenvolver as oportunidades.

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Sumário Geral

Metodologia ..................................................................................................................... 3

Sumário Geral ................................................................................................................... 5

Estaleiro A ........................................................................................................................ 6

Estaleiro B ...................................................................................................................... 42

Estaleiro C ...................................................................................................................... 82

Estaleiro D ..................................................................................................................... 114

Estaleiro E ...................................................................................................................... 160

Estaleiro F ...................................................................................................................... 201

Estaleiro G ..................................................................................................................... 238

Estaleiro H ..................................................................................................................... 283

Anexo: Estaleiro I ........................................................................................................... 324

Anexo 2: Empresa Y ....................................................................................................... 383

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Estaleiro A

Resultados sumarizados ........................................................... 7

Organização e Condições Físicas do Canteiro ........................... 9 Análise das Condições do Estaleiro ................................................................ 9 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 12 Proposição de Melhorias .............................................................................. 12

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................... 13 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 13 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 16 Proposição de Melhorias .............................................................................. 16

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ....... 17 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 17 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 18 Proposição de Melhorias .............................................................................. 19

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro ... 19 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 19 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 20 Proposição de Melhorias .............................................................................. 21

Controle dos Estoques do Canteiro ......................................... 21 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 21 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 24 Proposição de Melhorias .............................................................................. 25

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ........... 26 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 26 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 29 Proposição de Melhorias .............................................................................. 30

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ................. 31 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 31 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria .......................... 36 Proposição de Melhorias .............................................................................. 37

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas .............................................................................. 38

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 38 Oportunidades de Melhorias ......................................................................... 41

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Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• Preocupação com as questões de segurança;

• Utilização do processo de manufatura adequado à tarefa a ser

executada;

• Foco na automação na área de produção;

• Existência de procedimentos, técnicas e rotinas que visam garantir o

controle dos estoques no canteiro;

• Representação do trabalho do projeto através das principais

entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto);

• Existência de uma cultura que visa obter melhorias das

competências em sistemas de gestão; sejam eles de

produção/operação ou de projetos.

• Oportunidade de melhoria da limpeza e arrumação, através da

disseminação de técnicas como a utilização do 5S.

• Possibilidade de otimização da operacionalidade do lay out através

de estudo direcionado para esta otimização, considerando aspectos

relacionados à SMS.

• Criação de um plano integrado de automação do estaleiro focando

em outras áreas além da fabricação.

• Utilização de ferramentas mais avançadas para a codificação e

controle dos materiais utilizados.

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• Existência de ampla sinalização relacionada a questões de

segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e limpeza do local.

• Implantação, pelo estaleiro, de um planejamento detalhado das

atividades de engenharia possibilitando, desta maneira, um melhor

gerenciamento de suprimentos.

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Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro é adequado para reparos offshore e construções de grande

porte. Tem capacidade de processar 50 mil t de aço por ano e de construir

navios de até 300 mil TPB. Possui área total de 1.000.000 m², com área

coberta (com edificações diversas) de 135.000 m². Essa área é provida de

três carreiras sendo:

Carreira nº 1: 174m de comprimento; 30m de largura; capacidade

para navios de até 45.000 TPB; servida por um guindaste de 80t e um

guindaste de 40t;

Carreira nº 2: 310m de comprimento; 45m de largura; capacidade

para navios de até 150.000 TPB; servida por 2 guindastes de 80t;

Carreira nº 3: 300m de comprimento; 70m de largura; capacidade

para navios de até 600.000 TPB; servida por um guindaste de 40t, um

guindaste de 80t e um pórtico de 660t;

Afora as carreiras possui também:

Dique seco: 80m de comprimento; 70m de largura; servido pelos

mesmos guindastes da carreira nº 3 e pelo pórtico de 660t;

Cais de Agulha: 313m de comprimento; extensão de 54m; servido por

um guindaste de 40t e um guindaste de 80t;

Cais de acabamento: 200m de comprimento; extensão de 130m;

servido por um guindaste de 40t;

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Pista Um: 460m de comprimento; servida por 2 guindastes de 80t;

Pista Dois: 460m de comprimento; servida por um guindaste de 80t;

Pista Três: 460m de comprimento; servida por um guindaste de 40t.

Imagem 1 – Layout do estaleiro com equipamentos, cais, docas e edificações.

Trata-se de empreendimento com forte atuação na área naval,

destacando-se pela construção de embarcações de grande porte. Seu

parque fabril sofreu uma paralisação temporária das atividades; a

reativação ocorreu mais recentemente. Mesmo assim, a organização

sempre evidenciou uma forte preocupação com as questões de SMS.

Durante a visita, observou-se o emprego dos equipamentos de segurança

pelos profissionais, orientações visuais em diversos locais e existência de

procedimentos.

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Imagem 2 – Layout do estaleiro e a disposição das edificações e cais

Foto 1 – Equipamentos de movimentação de carga junto ao cais.

Verificou-se a existência de uma forte preocupação com SMS. Isto é

evidenciado pelo uso de equipamentos de segurança pelos profissionais e

orientações visuais em diversos locais.

Em alguns setores, observou-se a existência de boas práticas implantadas

pela empresa. Isto pode ser constatado por cartazes com posturas

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corretas de ergonomia, outros com procedimentos de montagem.

Entretanto, as informações não eram apresentadas de forma homogênea,

pois alguns cartazes não apresentavam bom estado de conservação.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) A empresa possui uma forte preocupação com a conscientização de

segurança. Porém, nem todas as áreas possuem o mesmo grau de

maturidade em relação a esta preocupação. Desta forma, é necessário

que todas as áreas apresentem boas condições de limpeza,

arrumação, segurança, etc.

b) Um aspecto positivo refere-se ao procedimento de os visitantes

receberem um Briefing de segurança, antes de iniciarem a visita às

instalações industriais.

Proposição de Melhorias

a) Disseminar de forma homogênea as boas práticas de produção e SMS

para todas as áreas da organização.

b) Efetuar auditorias nos setores do estaleiro para verificar quais não

estão se adequando às boas práticas. E, a partir destas auditorias,

desenvolver planos de ação para resolver os pontos discordantes

encontrados.

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c) Utilizar técnicas como 5S para melhoria da limpeza e arrumação do

canteiro.

d) Elaborar projetos de engenharia para otimizar o nível de iluminamento

dos galpões.

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

Foi verificado que o layout dos galpões, individualmente, apresenta um

fluxo lógico das peças e materiais que irão formar a estrutura dos

módulos em construção. Nota-se, por parte da empresa, a preocupação

em se criar uma linha de produção de maneira tal que em cada um dos

galpões se fabrique uma parte da estrutura. No final, seria realizada a

integração entre as peças.

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Foto 2 - Vista geral do galpão de fabricação

Há evidências de que a falta de espaço é uma restrição significativa,

sendo notada a existência de material estocado em locais não

apropriados. A restrição de espaços deve-se muito mais ao

posicionamento geográfico do estaleiro, limitado em um extremo lateral

por rodovia federal e em seu lado oposto pelo mar. As áreas que poderiam

ser empregadas em expansões foram ocupadas por outros

empreendimentos.

Em relação à disposição dos postos de trabalho, verifica-se que a

organização está parcialmente orientada por projeto, ou seja, os operários

trabalham em torno das grandes estruturas metálicas. Entretanto, é

utilizada, também, a orientação por processos, em que os operários fazem

o tratamento do aço e alguns componentes. Além disso, utiliza-se o

conceito de células de trabalho, como é o caso da área específica para

trabalho em aço inox.

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Foto 3 - Vista geral da estocagem de tubos.

As operações com chapas metálicas são concentradas em um espaço

limitado de corte, tratamento físico-químico e térmico. Os dutos, de igual

forma, ficam restritos a uma área, sendo separadas de acordo com o tipo

de material empregado (aço, aço inox, duplex, etc). Para facilitar o

processo, a montagem, manutenção e reparo ficam mais próximos ao

dique, enquanto que a montagem dos módulos ocorre paralelamente à

construção do Deck Box.

Em algumas áreas de trabalho, observa-se a existência de quadros

apresentando índices e esquemas de fabricação, no qual são vistos

padrões de montagem. Desta forma, facilitam-se as operações de

montagem, aumentando a produtividade.

Outro ponto a ser ressaltado, é a existência de áreas de ferramentas,

dentro do prédio de produção. Esta providência diminui o transporte de

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materiais e pessoas dentro do canteiro de obra, já que as ferramentas a

serem utilizadas se encontram próximas do local de trabalho e de

processamento das chapas metálicas.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) O layout dos galpões, individualmente, apresenta um fluxo lógico de

processamento das peças e materiais.

b) Utilização do processo de manufatura adequado à tarefa a ser

executada.

c) Utilização de padrões de esquemas de fabricação na área de

produção.

d) Utilização de áreas de ferramentas dentro da produção, propiciando

menos deslocamentos e perdas de tempo.

Proposição de Melhorias

a) Racionalização da utilização dos espaços produtivos e de

armazenamento de materiais;

b) Maior nível de automação dos recursos produtivos;

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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O canteiro apresenta boas condições de transporte e movimentação. O

descarregamento das chapas de aço, dos dutos e suas conexões e dos

demais componentes está posicionado mais próximo da entrada do

estaleiro. Desta maneira, obtem-se um rápido descarregamento do

material recebido.

Foto 4 - Pátio de descarregamento de materiais.

Com o auxílio de guinchos eletromagnéticos, caminhões adaptados e de

paleteiras, os materiais são transportados para as oficinas de

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transformação. Estas oficinas estão dispostas lado a lado. Dessa forma,

existe um fluxo de deslocamento das pré-montagens.

Observou-se que o layout prioriza a movimentação das peças de grande

porte e que o estoque de peças menores encontra-se distante das oficinas

de transformação.

Verificou-se a existência, em cada galpão, de guindastes suspensos,

facilitando a realização de transporte das estruturas metálicas.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Observou-se que o estaleiro apresenta boas condições de transporte e

movimentação. Entretanto, alguns pontos podem melhorar a

movimentação, como uma melhor localização do estoque, buscando

uma melhor aproximação das oficinas de transformação.

b) A movimentação dentro dos almoxarifados é prejudicada pela

dificuldade de acesso aos itens estocados. Sendo esse um problema

gerado pela estocagem de materiais, este tópico será tratado no item

c) Controle de estoque.

d) Outra oportunidade de melhoria é a utilização de equipamentos mais

eficazes para o transporte de materiais.

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Proposição de Melhorias

a) Elaboração de um estudo com o objetivo de aperfeiçoar a utilização da

área existente, buscando reduzir as distâncias percorridas pelos

insumos e materiais. Este estudo deverá buscar uma melhor

distribuição entre as diversas áreas.

b) Sugere-se que seja realizado um estudo prevendo a utilização de

equipamentos para transporte de itens pesados no canteiro, tais como:

caminhões-aranha, esteiras-rolante, etc.

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Observa-se que o foco da automação do estaleiro está na produção. O

nível de automação, na fabricação e montagem, se dá no âmbito da

tarefa. Existe automação em operações tais como: corte das chapas

(corte a plasma), transporte das peças (pontes rolantes, Jib cranes),

soldagem múltipla de tubos, corte de bocas de lobo, tratamento térmico

dos dutos, etc.

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Foto 5 - Corte de “bocas de lobo” em tubos.

Entretanto, em outros setores, não se observou a utilização do mesmo

foco em automação. Por exemplo: foi observado que atividades de gestão

tinham baixo grau de automação, não sendo verificada a utilização de

recursos tais como: palmtops, códigos de barra ou ainda RFID

(radiofreqüência). Também foi observado que os softwares de gestão de

projeto não são utilizados plenamente, bem como mecanismos

automatizados, já utilizados na indústria e disponíveis no mercado, para

controle, atualização de cronograma, gestão de materiais, etc.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

A empresa tem como foco da automação a área de produção. No entanto,

este foco pode e deve ser estendido e integrado para outras áreas do

empreendimento, tais como: suprimentos, almoxarifados, engenharia etc.

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A integração da automação aos outros setores do empreendimento levará

a um aumento da produtividade global.

Proposição de Melhorias

a) Criar um plano integrado de automatização do estaleiro, focando em

outras áreas além da fabricação;

b) Utilizar sistemas ERPs para uma perfeita integração das atividades do

estaleiro;

c) Intensificar a utilização da automação na área de corte e solda.

Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Em relação à armazenagem das peças e equipamentos em áreas cobertas,

percebe-se que há procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar

problemas de perda da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela

oxidação, umidade e corrosão.

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Foto 6 - Estocagem de peças.

Foto 7 - Vista parcial do almoxarifado de peças.

Observou-se a existência de áreas identificadas para a estocagem de

materiais por projeto, de acordo com sua situação. Por exemplo, áreas

para recebimento ou para materiais liberados para obras. De uma forma

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geral, a limpeza das áreas cobertas é adequada e o acondicionamento e

armazenagem de materiais, nas áreas internas, apresentam boas

condições.

Em relação às áreas descobertas, os materiais (principalmente chapas,

tubos e outros elementos pesados) são também estocados sobre toras de

madeira em solo gramado ou com brita. No caso das chapas metálicas,

são armazenadas sobre um piso improvisado feito das mesmas chapas.

Em relação à organização dos materiais no almoxarifado, foi observado

que há necessidade de maior espaço para a armazenagem adequada de

todos os itens (este ponto reforça a sugestão de melhoria, anteriormente

apresentada, para um estudo de otimização do layout).

Como conseqüência, há dificuldade de acesso e circulação. Essa

característica termina por reduzir a eficiência do processo de

movimentação dos materiais, afetando as condições de SMS no local.

Observa-se, positivamente, uma adequada disponibilidade de gruas,

empilhadeiras e outros equipamentos de suporte à movimentação de

materiais, inclusive os de maior porte, como containers.

No que se refere à catalogação dos materiais guardados no almoxarifado,

observa-se que o estaleiro faz uso de boas práticas tais como: regras de

codificação dos itens armazenados, separação por tipo/família,

identificação de prateleiras, identificação por projeto.

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Foto 8 - Peças embaladas e identificadas.

No entanto, algumas áreas podem ser melhoradas, já que, em alguns

casos, as prateleiras foram codificadas através de papel comum

manuscrito. Como consequência, poderão ocorrer erros de localização e

alocação indevida de materiais.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) De uma forma geral, percebe-se que há procedimentos, técnicas e

rotinas que visam garantir o controle dos estoques no canteiro,

estejam esses estoques em áreas cobertas ou não.

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b) Há possibilidade de melhoria no que se refere à otimização do layout

de armazenagem, para ampliar a disponibilidade de espaço e

contribuir para aspectos relacionados a SMS.

c) Outra possibilidade de melhoria está na codificação e controle dos

materiais, que poderiam estar sendo realizados com ferramentas mais

avançadas, tais como RFID, como comentado em outras partes deste

trabalho.

d) Os procedimentos de estocagem de material em área externa e os

procedimentos de controle do processo de estocagem podem ser

revisados, evitando-se a estocagem indevida desses materiais.

Proposição de Melhorias

a) Aperfeiçoar o layout das áreas de armazenagem. Essa otimização deve

considerar aspectos relacionados à SMS.

b) Avaliar a introdução de ferramentas mais avançadas de controle de

estoque, por exemplo, RFID.

c) Revisar os procedimentos de estocagem de material, com foco principal

na área externa.

d) Realizar treinamento de pessoal de modo a reforçar a aplicação dos

procedimentos de identificação e de controle e estocagem de

materiais.

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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

A construção dos módulos segue um seqüenciamento lógico para maior

eficiência da operação e controle dos processos. Observa-se, nos galpões,

uma disposição física do trabalho que ajuda a integração das atividades e

diminui o deslocamento das equipes dentro dos mesmos.

Foto 9 - Vista geral do galpão de fabricação.

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Os galpões, por serem cobertos, proporcionam uma proteção para os

colaboradores, especialmente em dias de sol intenso e chuva. No entanto,

não foi possível observar a situação do galpão quando submetido a outros

elementos que podem impactar as condições de trabalho, como ventilação

inadequada e aquecimento excessivo em dias de temperaturas elevadas.

Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização

relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e

limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso intensivo de equipamentos

de proteção individual. Foram observadas áreas de coleta seletiva de

material nos galpões, porém não foi verificado se o procedimento de

separação de materiais estava sendo realizado.

No entanto, foi percebido que diversas sinalizações de SMS estão em mau

estado de conservação, sendo que algumas foram afixadas nas paredes

com material sem muita resistência. Esta observação reforça comentário

anterior de que todas as áreas do estaleiro devem alcançar o mesmo grau

de maturidade em relação à SMS.

Pode ser observado, também, que as condições gerais de manutenção dos

galpões podem ser melhoradas. A conservação das instalações (pintura,

limpeza, acabamento, instalações elétricas, drenagem, etc.) demanda

melhoria significativa. A iluminação dos galpões também não está

adequada, conforme visão dos próprios trabalhadores, reportada em

painel afixado no local.

A existência de painéis de controle com indicadores demonstra haver um

sistema de gestão que busca melhoria de processos, através do

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entendimento das condições de trabalho, do ponto de vista do próprio

executor das tarefas. No entanto, a não atualização da data do reporte é

um indicador de que o sistema pode não estar funcionando

adequadamente.

Nota-se a existência de procedimentos de movimentação de material. Há

áreas definidas para entrada e saída de caminhões, para descarga de

chapas e outros materiais pesados. Através de Gruas, guindastes e

equipamentos de içamento similares, esses materiais são descarregados e

deslocados para as devidas posições de armazenagem.

Foto 10 - Equipamento de elevação em operação.

Foi informado que a programação e o seqüenciamento das atividades são

apresentados diariamente aos operários, que também recebem folhas

tarefa referentes a essas atividades. Observou-se que há quadros

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impressos com desenhos/instruções de execução e inspeção dos trabalhos

técnicos da produção.

Quanto à automação, observou-se a utilização de equipamento para corte a laser das chapas de aço, guindastes para a realização de transportes de

cargas suspensas nos galpões e análise de nuvem de pontos (Scanner das

estruturas metálicas em três dimensões). Este ponto reforça que o foco da

automação parece estar nas atividades produtivas.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Há uma disposição física do trabalho que ajuda a integração das

atividades, diminui o deslocamento das equipes e possibilita uma

maior produtividade no trabalho de montagem e construção dos

módulos.

b) Outro ponto forte é a existência de procedimentos de movimentação

de material, com áreas definidas para descarga de chapas e outros

materiais pesados, além do amplo uso de gruas, guindastes e

equipamentos de içamento similares como apoio.

c) A ação diária da programação e o seqüenciamento das atividades

serem apresentados aos operários é uma boa prática utilizada no chão

de fábrica. Além disto, eles recebem folhas tarefa referentes a essas

atividades. E existem desenhos e instruções de trabalho à disposição

deles.

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d) No que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização

relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde

e limpeza do local. No entanto, percebeu-se que diversas sinalizações

de SMS estão em mau estado de conservação.

e) Outro ponto negativo é o mau estado de conservação ou inadequação

das instalações dos galpões (iluminação, sinalização, pintura, limpeza,

acabamento, instalações elétricas, drenagem, etc.), que demandam

melhoria significativa.

f) Existe um Programa de Auto-avaliação do Ambiente de Trabalho, que

é uma boa prática. Porém, não houve indicações de que o programa

esteja em pleno funcionamento.

Proposição de Melhorias

a) Revisão e atualização da sinalização relacionada a SMS.

b) Revisão e foco no Programa de Auto-avaliação do Ambiente de

Trabalho.

c) Criação de local adequado para descanso dos trabalhadores, próximo

ao local de trabalho.

d) Criação de um plano para execução de reformas das instalações dos

galpões e áreas adjacentes (pintura, limpeza, acabamento, iluminação,

sinalização, instalações elétricas, drenagem, etc).

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O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

A governança dos projetos existentes é realizada de forma conjunta entre

os parceiros do empreendimento, que formam um Consórcio. A

organização tem um Diretor do Projeto e alguns gerentes de projetos que

se reportam a ele, configurando uma estrutura de gerenciamento, que se

alinha ao conceito de “gerenciamento de programas”.

Foto 11 – Vista panorâmica do estaleiro, destacando-se os equipamentos de

movimentação de cargas

Um dos aspectos mais relevantes quanto às condições do estaleiro é a sua

localização. Além de se encontrar em área abrigada, fica geograficamente

próximo aos principais centros de fornecimento de insumos.

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Foi observada a existência de uma cultura que visa obter competências

em sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.

Esse comportamento é materializado pela busca de certificações com a

ISO 9001 e a ISO 14001, além de prêmios de excelência em

gerenciamento de projetos do setor de Óleo e Gás.

No entanto, essa busca por competência em gestão parece ter sua origem

e foco principal no Consórcio e não no Estaleiro. Isso pôde ser observado

durante a entrevista, durante a qual foi informado que os processos de

planejamento e controle do Estaleiro não estão alinhados a nenhum

modelo ou padrão de gerenciamento de projetos reconhecido pelo

mercado, como o PMBOK/PMI. No entanto, o Consórcio considera o citado

modelo em suas práticas, o que pode indicar um desalinhamento entre as

práticas de planejamento e controle do projeto em seu nível mais alto

(nível de programa - Consórcio) com as práticas de gerenciamento do dia-

a-dia do projeto (Estaleiro).

Quanto ao processo de planejamento e controle, pode ser considerado que

sua origem está em um momento anterior a entrada na concorrência

licitatória. Dessa forma, é feita uma avaliação da capacidade de o

estaleiro implantar o projeto, tendo em vista os projetos em andamento e

o tempo de ocupação dos seus estoques e das oficinas de transformação.

Essa avaliação é feita através da análise do cronograma geral dos projetos

em andamento, seguido de um planejamento de ocupação do estaleiro,

considerando o impacto do novo projeto. O planejamento de ocupação é

feito com o auxílio do software AutoCAD.

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Durante o processo de licitação, o Estaleiro, com base nas informações

sobre as características gerais do empreendimento, tais como, tipo de

estação de E&P, capacidade de produção, módulos de processamento,

entre outros, faz um primeiro dimensionamento dos recursos e custos de

fabricação e montagem. A orçamentação para a proposta é feita com base

em valores competitivos. Caso ganhe a licitação, ela buscará meios de

tornar os custos e o desempenho factíveis, conforme as estimativas da

proposta. Os projetos básico e detalhado serão conduzidos pelas

empresas membros do Consórcio, sendo o Estaleiro responsável por este

último.

A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada no conceito

de engenharia simultânea, sendo esta orientada a partir dos entregáveis

ou produtos do projeto.

Foto 12 – Operários preparando superfície de bloco soldado para pintura in loco

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Dessa forma, não há fases ou etapas definidas durante a execução, ou

seja, não há dependência do tipo “terminar para iniciar” (finish to start)

entre as principais entregas/produtos. As dependências se enquadram

mais adequadamente no conceito de “iniciar para iniciar+ atraso” (start to

start+lag), ou seja, as atividades de aquisição/suprimentos não se iniciam

após o término completo das atividades de engenharia e sim após uma

parte das atividades de engenharia estar pronta.

Essa visão se aplica também à função de construção, no que se refere às

funções que as precedem e as funções hierarquicamente menos

expressivas dentro do processo de construção.

Foto 13 – Spools dispostos no canteiro para serem aplicados nas embarcações

Isso foi observado não apenas através de entrevista, mas também através

da EAP (Estrutura Analítica do Projeto) mostrada. Na EAP, foram

verificadas entregas como “Engenharia”, “Montagem”, “Aquisição”, etc.

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A área de Planejamento do Estaleiro é uma das responsáveis pela função

gerenciamento do projeto (cronograma/tempo, orçamento/custo, RH,

aquisições, qualidade e refinamento do escopo). Para tal, ela interage

continuamente com todas as demais áreas envolvidas, de modo que o

projeto seja concluído dentro do prazo, atendendo às expectativas dos

clientes.

O reporte é feito pelas equipes da produção. Nesse caso, os planejadores

vão a campo coletar pessoalmente as informações sobre o status das

atividades, para então atualizar o andamento do projeto no sistema de

informação de gerenciamento de projetos. A partir de então, o planejado

é comparado ao executado. Para que os atrasos sejam revertidos, são

feitas reuniões semanais sobre a situação do projeto e os índices de

atraso, com a emissão de relatório com ações a serem realizadas.

Foto 14 – Liberação de plataforma recém concluída no estaleiro

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Sobre a utilização de sistemas de informação (softwares) para

gerenciamento de projetos, observou-se o uso do Excel, do Primavera e

do MS-Project, sendo este último requisito do cliente. Além destes

softwares, há utilização de outros sistemas próprios para a realização dos

controles de custo e financeiro.

Foi comentado que as lições aprendidas de empreendimentos anteriores

são utilizadas como base para o planejamento dos novos

empreendimentos.

Foi dada ênfase nas carências de recursos humanos técnicos e de

planejamento. No entanto, não há uma política agressiva de retenção e

nem de contratação desses recursos. Isso é percebido pela saída

constante de elementos críticos do projeto e a dificuldade de

recrutamento de engenheiros trainee no mercado.

Foi comentado, também, que há problemas diversos relacionados com os

serviços prestados pelas subcontratadas, principalmente os relacionados à

carência de processos de gestão adequados, conforme narrativa

apresentada.

Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) Um ponto positivo é que o trabalho do projeto está representado

através das principais entregas definidas em uma EAP (Estrutura

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Analítica do Projeto). Essa EAP é derivada da aplicação de engenharia

simultânea no planejamento/execução do projeto.

b) Foi observada no Consórcio a existência de uma cultura que visa obter

competências em sistemas de gestão, sejam eles de

produção/operação ou de projetos. Pode-se esperar que os benefícios

oriundos desta cultura permeiem para o Estaleiro.

c) Uma oportunidade de melhoria verificada é a adoção de uma política

agressiva de retenção e de contratação de recursos humanos.

d) Outra oportunidade de melhoria observada é a redução do significativo

retrabalho e desperdício de recursos, causado pelo grau de incerteza

do planejamento inicial.

e) Outra oportunidade de melhoria está relacionada ao nível inadequado

dos serviços prestados pelas subcontratadas.

Proposição de Melhorias

a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos para

todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.

b) Elaborar um plano para o desenvolvimento e implantação de

metodologia padrão de gerenciamento de projetos (alinhada com

iniciativas similares do Consórcio).

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c) Projetar um banco de dados com o registro das experiências e o

histórico de projetos correntes e encerrados, com informações tais como:

retorno do investimento, planos de projeto, satisfação do cliente, desvios

de cronograma, análise de riscos, problemas/soluções, etc.

d) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o monitoramento

e melhoria contínua da execução dos projetos, tais como: nível de

qualidade do serviço de contratadas, nível de satisfação do cliente e nível

de satisfação das equipes.

e) Definir e implantar uma nova política de retenção e contratação de

recursos humanos.

f) Criar uma equipe de trabalho, formada por profissionais internos,

complementados com o apoio de consultoria externa, com o objetivo de

revisar e propor melhorias no processo de planejamento, enfatizando o

planejamento inicial.

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

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Há uma constante integração da área de SMS com todas as demais áreas

envolvidas nos projetos.

A filosofia da organização quanto a essa questão é a do bem-estar e

integridade de seus funcionários e da comunidade. Para isso, foi

desenvolvido sistema de gestão para gerenciamento integrado dos riscos

e das ações preventivas e de emergência em Segurança, Saúde e Meio

Ambiente.

O Sistema de Gestão Integrada em SSMA tem como missão desenvolver

atividades de maneira segura, adotando medidas apropriadas à natureza,

escala e impactos, para preservar e proteger o meio ambiente, seu

patrimônio e a saúde de todos os que possam ser direta ou indiretamente

afetados por suas atividades.

Para se atingir o grau de excelência necessário, há a busca da

conscientização da força de trabalho quanto à prevenção de acidentes

dentro dos seus processos e instalações industriais e quanto à ampliação

da preocupação com o Meio Ambiente.

Para isso, são promovidas palestras, cursos, diálogos diários de

Segurança, campanhas educativas e são mantidas condições seguras nos

ambientes de trabalho.

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b) Suprimentos

dentre outros, gerando incremento de carga gerencial, retrabalho

significativo das equipes, potencial de conflitos e prejuízo financeiro.

c) Riscos

Percebeu-se que não há planejamento e controle sistemático de riscos do

projeto, conforme sugerido pelas boas práticas de organizações como PMI,

IPMA e CII. No entanto, a análise de risco é feita de forma isolada, com

foco apenas nas entregas específicas (“grandes entregas”).

d) Custos

O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são

discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para

contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.

Observou-se que a coleta de dados de custo se dá de maneira não

automatizada, sendo realizada através da verificação in loco com

apontamento manual. A partir de tal sistemática, o planejador buscará

tirar suas conclusões sobre eventuais desvios observados.

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Oportunidades de Melhorias

a) Implantação pelo estaleiro de um planejamento detalhado das

atividades de engenharia, possibilitando, desta maneira, um melhor

gerenciamento de suprimentos.

b) Implantação pelo estaleiro das boas práticas de planejamento e

controle de riscos do projeto preconizadas por organizações como PMI,

IPMA e CII.

c) Verificação da possibilidade de implantação da automatização da

análise e coleta dos dados de custo.

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Estaleiro B

Resultados sumarizados ......................................................... 43

Organização e Condições Físicas do Canteiro ......................... 45 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 45 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 51 Proposição de Melhorias .............................................................................. 54

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................... 56 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 56 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 58 Proposição de Melhorias .............................................................................. 59

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ....... 17 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 59 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 60 Proposição de Melhorias .............................................................................. 61

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro ... 61 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 61 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 63 Proposição de Melhorias .............................................................................. 63

Controle dos Estoques do Canteiro ......................................... 64 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 64 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 68 Proposição de Melhorias .............................................................................. 69

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ........... 69 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 69 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 70

Proposição de Melhorias ......................................................... 73

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ................. 74 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 74 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria .......................... 75 Proposição de Melhorias .............................................................................. 77

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas .............................................................................. 77

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 77 Oportunidades de Melhorias ......................................................................... 81

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Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• Há forte preocupação com a conscientização de segurança;

• O planejamento e o seqüenciamento das atividades, associado às

qualificações, inclusive quanto à experiência das equipes técnicas

envolvidas, são importantes para o sucesso do empreendimento;

• O empreendimento encontra-se em processo de modernização e

ampliação de suas instalações, visando atender às demandas futuras, com

a máxima versatilidade na produção;

• Existe uma cultura na organização que visa obter a melhoria

contínua, comprovada pelas diversas certificações obtidas, tais como ISO

9001, ISO 14001 e OHSAS18001;

• O empreendimento desenvolveu sistema eletrônico de gestão dos

processos, estoques e planejamento das atividades, de modo a melhor

controlar as tarefas e cronogramas em tempo real;

• Foi percebida a existência de boas práticas na gestão da cadeia de

fornecedores;

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• O empreendimento adota técnicas de modularização e

construtibilidade no planejamento das atividades de construção e

montagem, com o envolvimento das áreas específicas.

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Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro O canteiro possui boas condições de organização e limpeza, com áreas de

trabalho bem definidas, adequadamente isoladas e sinalizadas,

principalmente quanto às questões de SMS. A área de trabalho possui

aproximadamente 40.000m2; e está em processo de ampliação, que

ocorrerá brevemente com a demolição de algumas edificações, dentre as

quais o prédio do vestiário dos trabalhadores.

Em função das naturais restrições existentes no local (visto que o estaleiro

é margeado, por um lado, por rodovia com grande fluxo de veículos e, por

outro lado, por canal de navegação com baixo calado), o

empreendimento, até mesmo pela experiência adquirida em projetos

anteriores, está se especializando na construção de módulos de

plataformas e navios, sendo o peso limitado à capacidade das barcaças de

transporte e do calado no momento do load out. Por ocasião da visita ao

canteiro, o peso máximo dos módulos, em número de sete, não

ultrapassava 1.600 toneladas.

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Foto 1: Imagem do empreendimento e de suas limitações físicas

Na imagem, destacam-se as limitações territoriais existentes no entorno

do empreendimento, acarretando na necessidade de definição das

vocações, quanto às atividades produtivas que estão sendo conduzidas

para a fabricação e montagem de módulos, ou estruturas modulares, de

plataformas e navios. Esta atitude facilita, não só a própria fabricação e

montagem, como também o embarque em barcaças para a entrega do

produto final.

O canal que margeia o empreendimento pelo lado sul/sudeste não é

profundo, limitando assim a capacidade de embarques, razão pela qual o

peso das estruturas fabricadas passa a ser preponderante.

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Foto 2- Vista parcial da área de construção e montagem dos módulos, no canteiro.

Pela fotografia, observam-se coberturas móveis sobre partes dos módulos

– pancakes – durante a fase de soldagem das estruturas. As coberturas

possibilitam que o estaleiro consiga realizar essa atividade crítica (solda)

com a menor interferência possível das condições climáticas adversas,

principalmente de chuvas. Depois de realizada essa etapa dos serviços, as

coberturas são ampliadas, para a continuidade de outras tarefas, ou são

removidas, caso não sejam mais necessárias.

As atividades operacionais são conduzidas por equipes técnicas distintas,

a menos aquelas que atendem a todos os projetos, como as de

suprimento, manutenção e SMS. Há uma estreita relação entre todas as

equipes, com reuniões diárias na parte da manhã, antes do início das

atividades. Além dessas, há reuniões de planejamento principalmente das

atividades mais críticas, como as envolvendo a movimentação de cargas.

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Essa maior proximidade ocorre também com a disponibilidade das

máquinas e equipamentos, de modo a otimizar o seu emprego.

Foi observada especial atenção aos aspectos de SMS, por parte da

administração do canteiro. Isso pode ser comprovado pelo envolvimento

da equipe em todas as atividades, inclusive nas críticas; e também pelas

visitas realizadas semanalmente por todos os gerentes, quando então são

avaliadas as questões de SMS e feitas abordagens aos empregados.

Foto 3- Vista parcial da área de fabricação e montagem, tendo em primeiro plano a

cobertura da montagem e equipamentos de elevação do canteiro.

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Foto 4- Posto de trabalho no interior de pipeshop.

Os postos de trabalho ficam próximos aos locais de aplicação dos produtos

e são providos dos equipamentos e ferramentas necessárias à realização

das atividades, destacando-se ainda o baixo emprego de equipamentos

automáticos.

Foto 5 - Vista parcial da iluminação dos galpões.

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De maneira geral, o “chão de fábrica” poderia ser mais bem iluminado,

bastando que se fizesse melhor aproveitamento da iluminação zenital,

através da inserção de telhas translúcidas intercaladas na cobertura.

Várias soluções podem ser adotadas, como o "shed", ainda hoje utilizado

em galpões e fábricas, por exemplo. Tal solução, dada a incidência mais

intensa da luz natural sobre superfícies inclinadas ou horizontais, permite

a obtenção de uma iluminação interior uniforme. Esse resultado é obtido

através de aberturas proporcionalmente menores do que aquelas situadas

nas fachadas; a solução favorece ainda a ventilação e o fluxo de ar no

interior da edificação.

Foto 6 - Vista de um dos muitos locais de trabalho no prédio de administração.

A área de escritórios do canteiro apresenta-se bem organizada e são

utilizados módulos funcionais para os funcionários técnicos e

administrativos.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) O estaleiro apresenta um bom grau de maturidade em relação às

questões de SMS, contando com estrutura de pessoal capacitada,

tendo em seu comando um gerente de SMS, subordinado ao gerente

do empreendimento.

b) Foram observados cartazes exaltando a importância da organização,

limpeza e preservação do ambiente de trabalho, além da divulgação

de programas específicos de melhoria das condições de trabalho.

c) É utilizado rádio (hand talkie) para a comunicação entre as equipes,

que são disponibilizados aos responsáveis pelas mesmas. Além

disto, os responsáveis pela execução das atividades críticas também

possuem os rádios e, assim, são orientados por seus supervisores e

se comunicam com eles continuamente.

d) Foram observados soldadores e lixadores em posição ergonômica

inconveniente, em função de várias razões, dentre as quais a

posição das peças em relação aos empregados. O suporte utilizado

para a realização não permitia melhor disposição para a realização

do trabalho. Ou seja, o trabalhador se adaptava à disposição da

peça a ser trabalhada, em vez de a peça estar numa posição melhor

adaptada ao trabalho.

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Foto 7 - Vista da cobertura provisória empregada durante a soldagem dos

pancakes.

e) A opção do empreendimento por essas coberturas provisórias,

empregadas em vários outros estaleiros, deve-se ao fato de serem

facilmente removíveis e também por protegerem os trabalhadores

durante a execução de suas tarefas, principalmente nas atividades

de solda e pintura, no caso em que as condições climáticas adversas

passem a ser impeditivas à continuidade das tarefas.

f) Há áreas de armazenamento de materiais específicas, no interior de

edificações ou ao ar livre. Como há produtos ou insumos

importados, existe área alfandegada.

g) As características das proteções físicas aplicadas dependem do

tempo de armazenamento dos materiais e das características dos

mesmos. Os produtos que serão aplicados de imediato ficam

depositados próximos aos locais de aplicação. Desta forma,

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consegue-se reduzir o transporte destes materiais e aumentar a

produtividade.

h) Antes de qualquer movimentação de materiais, são feitos estudos,

podendo ser elaborados planos de rigging, todas as vezes em que as

cargas tenham peso igual ou superior a 50 toneladas, geometrias

especiais ou centros de gravidade que possam por em risco a

movimentação das cargas.

i) A localização do prédio administrativo próximo ao canteiro de obras

diminui o deslocamento de funcionários pelo site da empresa,

facilitando a supervisão. Além disto, proporciona uma maior

integração entre o planejamento, a engenharia e a execução do

empreendimento.

Foto 8 - Prédio administrativo.

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Proposição de Melhorias

a) A situação mais confortável, no caso específico de movimentação de

cargas, é aquela em que o manuseio e o transporte aconteçam a

baixas alturas e, preferencialmente, em veículos de transporte,

como exemplificado na foto 9 (não encontrado no estaleiro):

Foto 9 – Exemplificação de equipamento de movimentação de cargas a baixa

altura, reduzindo os riscos quanto às questões de SMS

b) Outra questão que surge é a que trata dos processos de

comunicação entre os membros das várias equipes, principalmente

de produção. Quase sempre os equipamentos de comunicação ficam

com os responsáveis pelas equipes, encarregados ou engenheiros,

cabendo a esses a responsabilidade de replicar as informações e

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comandos. No entanto, em atividades críticas, nem sempre a

velocidade de comunicação se dá de acordo com a necessidade;

c) Em função das condições ambientais, destacam-se elevados níveis

de ruído nas áreas, que deixam o processo de comunicação

prejudicado. Em vista disso, pode-se estudar a possibilidade de o

pessoal envolvido na atividade possuir um sistema de comunicação

que permita um melhor acompanhamento, através de fones de

ouvido, por exemplo, das orientações estabelecidas.

d) Realização de estudos pela engenharia industrial, visando à

otimização das condições de soldagem, através da utilização de

gabaritos. Com isto, será melhorada a ergonomia e aumentada a

produtividade.

e) Elaboração de projetos de engenharia para aperfeiçoar,

principalmente, o nível de iluminamento dos galpões que

apresentem condições deficientes de iluminação natural.

f) Tendo em vista a preocupação evidente da administração com as

condições de SMS, torna-se válido programar auditorias para que as

boas condições encontradas sejam mantidas e aprimoradas, dando

prioridade para a melhoria contínua.

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Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

Foi observado, durante a visita, que os postos de trabalho estão

organizados em torno dos módulos. No entanto, nem sempre estão

posicionados de forma a reduzir as distâncias de deslocamento dos

operários e de fluxo de materiais. Como exemplo, os operários que

precisarem recorrer ao almoxarifado para buscar peças de um módulo

terão que se deslocar por um percurso razoável para cumprir essa tarefa.

As ordens de serviço geradas pelo sistema técnico informatizado,

desenvolvido pelo empreendimento, apresentam os desenhos técnicos,

isométricos e programação das atividades. Contudo, esses documentos

estão disponibilizados apenas no nível de supervisão. Nos postos de

trabalho, tais documentos não são utilizados pelos trabalhadores no

momento da execução da atividade.

É dada grande importância ao planejamento e sequenciamento das

atividades, para evitar conflitos entre as áreas. Procura-se fazer com que

as atividades transcorram dentro de uma sequência lógica de construção e

montagem. A programação e o sequenciamento são uma das boas

práticas analisadas na visita. Foi enfatizado que a competência dos

profissionais envolvidos nas tarefas de programação e sequenciamento é

fator primordial para a execução dos trabalhos.

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Em geral, como já evidenciado no tópico anterior, as condições de SMS do

canteiro são boas. Porém, a ergonomia, sob certos aspectos, precisa ser

aprimorada, sempre que possível, pois o trabalhador, muitas vezes, tem

que se posicionar de forma inadequada para realizar atividades de pintura

e soldagem. Este aspecto passa a ser relevante na medida em que, se for

resolvido, pode aumentar os níveis de produtividade.

Todavia, nem sempre é possível fazer esses ajustes, razão pela qual se

torna válido estudar a possibilidade de períodos de descanso entre as

tarefas e mesmo a implantação de ginástica laboral ou postural, que

apresenta bons resultados em atividades estressantes.

Existe uma grande quantidade de cartazes e sinalizações de SMS dentro

dos módulos em construção, demonstrando a preocupação dos gestores

com as condições de trabalho dos funcionários.

Os trabalhadores estão treinados para só executar o seu trabalho de

posse da "ordem de serviço", que define com exatidão a tarefa a ser

cumprida naquele dia. Anexo ao documento há instruções sobre operações

específicas, tais como, soldagem das chapas, identificação de não

conformidades, condicionamento das peças, deslocamento das mesmas

etc.. Como o empreendimento desenvolveu sistema eletrônico de gestão,

pode-se alimentá-lo com informações e dados relativos à SMS; a fim de

que, ao se planejar cada tarefa, já se possa ter a análise dos riscos e a

emissão das ordens de serviços, contemplando as ações necessárias. Da

mesma forma que o sistema, com a leitura de códigos de barra

acrescentados a etiquetas presas nos locais de serviços e nos insumos,

apropria a quantidade de homens-hora das atividades e do progresso

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físico, informação essa que é empregada no controle dos cronogramas

físico-financeiros.

A utilização de andaimes é programada para que exista uma sequência

lógica de utilização, evitando-se interferências de uma área na outra;

portanto, cada uma utiliza a estrutura por vez. Essa atividade é

compartilhada com todas as demais.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

e) O layout do canteiro apresenta uma organização lógica dos postos de trabalho em torno dos módulos.

f) As ordens de serviço apresentam os documentos necessários para a execução das mesmas.

g) Importância dada para a programação e execução das ordens de fabricação, aliada à competência dos profissionais envolvidos nas tarefas de programação e sequenciamento.

h) Programação da utilização dos andaimes para se evitar interferências nas diversas atividades.

i) Utilização de recursos modernos para apropriação do hh despendido nas tarefas e para avaliação do progresso físico da obra.

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Proposição de Melhorias

a) Quando for decidido o posicionamento de postos de trabalho em torno dos módulos, avaliar a possibilidade de minimização dos deslocamentos dos materiais e operários;

b) Intensificar, sempre que possível, a utilização das ordens de fabricação pelos funcionários nos postos de trabalho;

c) Realizar estudos para melhorar, dentro das limitações existentes, as condições ergonômicas nos postos de trabalho;

d) Aprimorar a utilização de gabaritos para a soldagem de peças e tubulações, privilegiando condições de melhor ergonomia e produtividade.

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

A movimentação de pequenas cargas é realizada através de pequenos

carros manuais exclusivos para isto. Foi observada a existência de uma

paleteira automática para deslocamento dos estrados. Nos galpões de

fabricação, a movimentação é realizada por pontes de carga específicas

para tal operação.

A partir da área de descarregamento de materiais, há pelo menos três

guindastes móveis para deslocamento de cargas pesadas até o ponto de

colocação nos módulos. Não foram identificados guindastes fixos. Para a

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operação de fixação das peças aos guindastes, são necessários pelo

menos três homens encarregados de fixar as presilhas na peça. Não foram

encontradas inconsistências nesta operação, quer do ponto de vista

ergonômico ou de SMS.

Todos os transportes de cargas possuem sinalizadores para prevenir

acidentes com os operários no canteiro. Da mesma forma, os guindastes,

ao içarem alguma carga, fazem essa operação dentro dos cuidados

necessários, demonstrando a preocupação da administração com SMS e

evidenciando a preparação adequada dos profissionais especializados na

operação.

No canteiro, são utilizados pequenos guindastes, dentro dos módulos,

para que o trabalhador possa alcançar pontos mais altos, para transporte

de materiais ou execução de tarefas.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Boas condições de transporte e movimentação, com um número

adequado de guindastes móveis, caminhões-aranha e

empilhadeiras, facilitando a locomoção de peças, materiais e

equipamentos.

b) O armazenamento de materiais se dá prioritariamente próximo aos

locais de destino, reduzindo os tempos de transporte dos materiais.

Ou seja, é dada atenção ao aumento da produtividade e à

minimização dos deslocamentos.

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Proposição de Melhorias

a) As condições de movimentação de cargas no canteiro se apresentam

em boas condições, não tendo sido verificadas oportunidades de

melhorias que merecessem ser enumeradas no presente relatório.

b) Deve-se considerar, entretanto, que há sensível aumento da

produtividade, quando o tempo de movimentação de materiais se

limita, basicamente, à remoção dos locais de fabricação para os

locais de aplicação, evitando-se paradas intermediárias. Assim,

devem-se repensar os processos de fabricação principalmente

quanto às questões de modularização.

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Com relação às máquinas e ferramentas, foi observado que o estaleiro

utiliza máquinas semi-automáticas para a realização das atividades,

gerando maior produtividade na execução. Há um galpão destinado à

fabricação de pipe spools onde estão concentradas as atividades de

fabricação das tubulações.

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A organização utiliza a tecnologia de RFID para identificação de peças

consideradas importantes para o projeto.

Existe um sistema bastante eficaz de gerenciamento da documentação

utilizada no empreendimento. Desta forma, garante-se que não sejam

utilizados desenhos e especificações defasados. Além disto, há o

monitoramento e armazenamento das certificações dos materiais e

produção dos subsistemas e sistemas pelo software de gerenciamento do

projeto, garantindo assim a rastreabilidade não só dos materiais como

também de sua fabricação.

O planejamento para corte e aproveitamento de materiais é desenvolvido

por software do próprio empreendimento. Através desse programa são

emitidas as ordens de produção. Por meio desse sistema, inserem-se os

registros, documentos e certificados de todas as peças componentes dos

módulos, com a geração de relatórios gerenciais. Há também sistemas de

controle de custos, permitindo que os custos sejam alocados diretamente

para as ordens de produção. Por meio do software, que aceita a inserção

de dados digitados pela equipe e lidos em scanners, tem-se condições de

identificar, em tempo real, a localização do item no canteiro de obras, o

prazo para sua aplicação e todos os custos envolvidos em sua fabricação.

Para a entrada e saída de materiais, é feito o cadastro no sistema. A partir

desse momento, e com base nas informações lançadas, pode-se traçar a

trajetória desde a fabricação do produto por terceiros até sua aplicação

final, incluindo a documentação pertinente. Apenas quando a atividade

estiver na programação diária é que a peça ou componente poderá ser

retirada do almoxarifado.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Sistema de gerenciamento do empreendimento centralizado,

abrangente e robusto. Desta forma, torna-se possível exercer um

controle total em relação a prazos, custos e qualidade e à integração

entre os setores envolvidos.

b) Existem planos de manutenção para as máquinas e equipamentos

que se apresentam em boas condições de utilização.

Proposição de Melhorias

d) Criação de um plano diretor de automatização para o estaleiro,

permitindo que a boa situação atual em relação à automação e

utilização de sistemas de apoio seja mantida e atualizada, com foco

em outras áreas além da fabricação;

e) Intensificação da utilização da automação na área de corte e solda.

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Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Em relação ao controle dos estoques do canteiro, foi possível avaliar que a

estocagem de materiais é uma boa prática realizada pela organização.

Existe um bom controle dos materiais, permitindo a rastreabilidade. O

material é preservado e identificado através de etiquetas de identificação.

Os materiais são acondicionados em boas condições de armazenamento e

dispostos dentro das boas práticas prescritas.

Foto 10- Estocagem de materiais.

Foi percebido pelos pesquisadores durante a visita que há procedimentos,

técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda da qualidade da

peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e corrosão. As

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peças se encontram sobre cavaletes de madeira, impedindo seu contato

com o chão. A armazenagem de spools, tubos de grandes diâmetros,

vigas e estruturas prontas para a montagem é realizada a céu aberto. Os

spools são protegidos por tampões durante todo o tempo de estocagem.

Caso haja chuva, os tubos são cobertos com lonas para evitar corrosão.

Foto 11- Estocagem de materiais sobre pallets.

As peças, após serem cadastradas e anexadas à documentação de

inspeções, certificações de qualidade e ensaios realizados, podem ser

liberadas para aplicação. Com isso, cada peça é codificada dentro do

software da empresa. Os responsáveis pelos almoxarifados devem seguir

a programação diária expedida pelo programa. Assim, devem estar em

contato constante com a equipe de planejamento e controle, informando o

que foi realizado e mantendo o planejamento e controle atualizado em

relação ao andamento dos materiais.

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Existem cartazes explicando as boas práticas de SMS e o fato de os

materiais perigosos estarem segregados em locais restritos e também

cartazes informativos sobre as condições de manuseio e armazenamento.

Foto 12 - Estocagem de cilindros de gases industriais.

Os materiais prontos para a montagem são armazenados de maneira

suscetível à ação do tempo. Cada peça possui um TAG de identificação,

identificado no sistema de planejamento.

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Foto 13- Vista geral da área de montagem com estocagem de peças.

Existe uma segregação de materiais, peças e conjuntos por projeto. Foi

observado que existem almoxarifados próprios para cada projeto em

execução.

Foi verificado, durante a visita, que o armazenamento de materiais a

serem montados é feito no local de destino. Assim, é possível uma

antecipação e aproveitamento de recursos para o transporte dessas peças

até o local desejado.

O estaleiro utiliza boas práticas de gerenciamento da cadeia de

fornecedores, existindo integração com os fornecedores. Foi possível

observar esta integração através do software de gerenciamento do

empreendimento. Existem procedimentos de diligenciamento dentro das

instalações dos fornecedores.

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Como já relatado, o estaleiro utiliza a tecnologia RFID para localizar peças

consideradas importantes para o projeto.

Foto 14 - Peças identificadas por meio de etiquetas especiais.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) O estaleiro possui procedimentos, técnicas e rotinas que visam

garantir o controle dos estoques no canteiro, estejam esses

estoques em almoxarifados cobertos ou ao ar livre.

b) A integração da área de almoxarifados com o planejamento e

controle é de bom nível e os métodos utilizados garantem que os

materiais serão utilizados dentro da programação prescrita,

minimizando a possibilidade de erros na entrega.

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c) Os materiais são segregados por projetos e estão devidamente

identificados.

d) Existe uma boa integração entre os fornecedores e as áreas

envolvidas, devido à utilização do sistema de gerenciamento do

empreendimento.

Proposição de Melhorias

a) Avaliar e estender a utilização da tecnologia RFID para a identificação

de todos os itens em estoque e não apenas para os considerados

mais importantes.

b) Realizar treinamento de pessoal de modo a reforçar a aplicação dos

procedimentos de identificação e de controle e estocagem de

materiais.

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O empreendimento dá grande importância ao planejamento e

sequenciamento das atividades, de modo a não existir conflitos entre

áreas. O planejamento procura fazer com que as atividades ocorram em

uma sequência lógica de construção e montagem. Foi enfatizado, durante

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a visita, que um dos fatores para o bom planejamento e sequenciamento

das atividades é que o pessoal envolvido nessas atividades tem um alto

nível de conhecimento do trabalho. Todos têm muito tempo de trabalho

na área naval, com os postos de trabalho organizados em torno dos

módulos.

Em geral, as condições de SMS no canteiro são boas, existindo um

número adequado de sinalizações relativas a instruções de SMS. Os

operários usam uniformes e os EPIs necessários para a execução das

diversas tarefas.

As máquinas estão em bom estado de conservação, são identificadas

através de códigos e etiquetas e possuem instruções de segurança,

conservação e utilização.

Para facilitar as condições de racionalidade do trabalho, os materiais são

armazenados dentro do galpão de fabricação, reduzindo a necessidade de

transporte de cargas, em função da proximidade com o local de trabalho.

Foi observada a existência de procedimentos de movimentação de

material. Há áreas definidas para entrada e saída de caminhões, para

descarga de chapas e outros materiais pesados.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) A disposição física do trabalho ajuda a integração das atividades,

diminuindo o deslocamento das equipes e possibilitando uma maior

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produtividade no trabalho de montagem e construção dos módulos.

No entanto, estas distâncias de deslocamento podem ser

melhoradas, especificamente em relação ao almoxarifado de

ferramentas, que está situado distante dos postos de trabalho.

b) Um ponto forte observado é a existência de uma linha de produção

de tubulação para atender todos os projetos no canteiro. Desta

forma, consegue-se reunir todos os recursos necessários em um

mesmo lugar, facilitando essa gestão em termos de monitoramento

e controle.

c) A integração com os fornecedores é outro ponto forte, já as

possibilidades de faltas de materiais podem ser minimizadas.

d) Um detalhe que pode ser considerado como uma boa prática foi a

existência de uma programação para utilização de andaimes. Nesta

ocasião, é tomado o cuidado de definir uma sequência lógica para a

utilização, de modo a não ocorrer interferências de uma área com

outras.

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Foto 15 - Vista do galpão de fabricação.

e) Pelas características das atividades ali desenvolvidas, os galpões

industriais possuem elevado pé direito. Os sistemas e dispositivos

de iluminação muitas vezes não conseguem atender aos níveis

mínimos de iluminamento requeridos para as atividades, razão pela

qual devem ser complementados com sistema específico.

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Foto 16 - Vista geral do chão de fábrica.

Proposição de Melhorias

a) Revisar e atualizar as condições ergonômicas de alguns postos

de trabalho, procurando revisar as atuais condições existentes.

Deve ser levado em consideração que alguns trabalhos são

realizados em locais confinados e que nem sempre esta revisão

será possível.

b) Verificar as razões de a mão de obra direta não utilizar a

documentação contida nas ordens de serviço; e avaliar as

vantagens de estender sua utilização a esse pessoal.

c) Criar plano para levar ao empreendimento as condições de

manufatura enxuta, tendo o cuidado de reduzir as distâncias e

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intensificar a utilização de gabaritos. Esse estudo deve ter como

área prioritária o pipe shop.

d) Estudar a possibilidade de melhorar as condições de iluminação

nos locais de trabalho que apresentam tal deficiência.

O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

Foi observada, durante a visita e entrevistas realizadas, que a organização

utiliza o conceito de melhoria contínua para processos e projetos. Existe

uma cultura que busca a melhoria das competências em sistemas de

gestão de produção, operação e de projetos. A existência desta cultura é

comprovada pelas certificações que a empresa possui, tais como ISO

9001, ISO 14001, ISO 14100, OHSAS 18001, SA 8000, e diversos

prêmios recebidos na área de projetos do setor de Óleo e Gás.

Pode ser observado que o estaleiro está atento para a utilização das boas

práticas ditadas por organizações como o PMI e CII. O processo de

planejamento e controle é feito no sistema de gerenciamento do próprio

empreendimento.

Inicialmente é elaborado o Plano do Projeto, em que estão contidas as

principais informações necessárias: prazos de execução, necessidades do

projeto e suas premissas, estratégias, responsabilidade social, escopo dos

serviços, cronograma físico-financeiro, plano de comunicação, EAP

contratual, avanço físico, cronograma financeiro, plano de inspeção e

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teste, layout da empresa, logística de construção dos módulos, termo de

abertura do projeto, procedimentos de construção, gerenciamento de

mudanças, pessoas com autonomia e poder de decisão no projeto e níveis

de autonomia de cada pessoa. O planejamento inicial do projeto é

executado a partir das informações do plano de projeto.

A organização trabalha com EAP estruturada no mesmo nível de detalhe

do cronograma. Desta forma, quando o cronograma é atualizado, a EAP

também é atualizada. O estaleiro considera que o Cronograma é a EAP

com tempo e precedência.

Todas as atividades têm sua programação e sequenciamento preparadas

no software de gerenciamento do empreendimento. Portanto, cada pessoa

é alocada de acordo com a tarefa realizada. O módulo de planejamento e

controle abrange todas as atividades, materiais, almoxarifados. Durante a

visita, foi possível verificar que os profissionais que trabalham no

planejamento e controle são bem qualificados. Conhecem bem o sistema

utilizado e são experientes em gerenciamento de projeto. O planejamento

é dividido em estratégico (macro) e operacional (dia-a-dia da execução).

Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) Foi observada na organização a existência de uma cultura que visa

obter competências em sistemas de gestão, sejam estes de

produção, operação ou projetos.

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b) O trabalho do projeto está representado através das principais

entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto).

c) Outra prática positiva é que o gerenciamento e a programação das

atividades desenvolvidas pelas empresas terceirizadas são feitos

pela organização. Assim, são evitadas interferências com outras

atividades, controlando-se a segurança desses funcionários e

atualizando as atividades do cronograma à medida que forem

realizadas.

d) Foi constatado que é comum a realização de reuniões de negociação

do planejamento com as áreas envolvidas, definindo-se as

atividades e evitando interferências entre áreas de construção e

montagem.

e) O empreendimento conhece e utiliza técnicas de modularização e,

para isso, o planejamento das atividades referentes aos módulos é

iniciado desde a concepção do projeto. Outra técnica utilizada é a de

construtibilidade. Portanto, as áreas de construção e montagem

participam do planejamento para decidir quais as sequências ideais,

reduzindo tempo, custos e riscos na execução do empreendimento.

f) O estaleiro possui um banco de dados referente ao histórico de

projetos anteriores, para ser reutilizado no planejamento de

projetos futuros. Em caso da necessidade de um replanejamento

das atividades do empreendimento, é realizado um estudo completo

identificando as atividades impactadas, recalculando a parte

financeira impactada e analisando quais as novas necessidades de

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Relatório Final E&P - 27.6

MOD, para realocação da MOD e apresentação dos custos do

impacto.

Proposição de Melhorias

a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos

para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.

b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o

monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais

como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de

satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

O empreendimento está implantando indicadores pró-ativos. Há dois

meses, foi desenvolvido o programa de segurança total, com a indicação,

por parte dos trabalhadores, dos desvios ou condições abaixo do padrão.

Essas observações são registradas em cartilha específica e entregues

pelos profissionais para os técnicos de segurança do trabalho.

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Uma campanha está sendo lançada para a força de trabalho, com o

objetivo de premiar as equipes que tenham melhores avaliações durante a

aplicação de Listas de Verificação pelos profissionais de SMS. A referida

lista contempla questões de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde, Segurança

e organização e Limpeza.

O estabelecimento do planejamento das ações de SMS, o repasse das

informações e a definição das responsabilidades são definidos pelo

empreendimento, através de várias fases. Antes do projeto, há o kickoff

meeting (reunião de abertura do projeto), com a apresentação, aos

representantes das várias disciplinas, das questões principais. Nesse

momento, todos têm a oportunidade de apresentar as suas considerações.

No início dos contratos, são realizadas avaliações, principalmente dos

pontos críticos que deverão ocorrer ao longo do contrato. Após essas

avaliações, são tomadas as medidas necessárias de mobilização e

treinamento do pessoal.

A orientação e ou capacitação dos trabalhadores a respeito dos riscos de

SMS ocorre a partir de treinamentos prévios (gerais e específicos) e

disponibilização de procedimentos que compõem a gestão de SMS. Por

uma questão contratual, as liberações dos serviços estavam sendo feitas

por APRs, mas passarão a ser feitas através de Permissões de Trabalho

(PTs). As PTs terão validade de um ou dois dias, após o que deverão ser

revalidadas.

Quanto aos critérios definidos pelo empreendimento para a paralisação

das atividades, em função dos riscos que possam ameaçar os

trabalhadores ou o ambiente, o principal critério é o da avaliação do risco.

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Se o risco for grave e iminente, é paralisada a atividade. Caso não o seja,

deve ser feita a comunicação para o encarregado da área, a fim de serem

tomadas as providências necessárias. Nesse caso, se persistirem as

situações observadas, é feita a paralisação. Até hoje, por essas razões,

não houve paralisação de atividades. Não há procedimentos específicos a

esse respeito.

As atividades que não se encontram dentro dos padrões esperados

terminam por prejudicar a avaliação das equipes, através da campanha

citada acima. Não foi encontrada, na análise dos documentos

disponibilizados, qualquer orientação ou forma de registro ou de controle

dessas paralisações. Apesar de existirem campanhas de relatos de desvios

em curso, não se obteve nenhum documento de análise crítica dos

resultados.

As práticas adotadas nas inspeções ou avaliações do conjunto de

máquinas, painéis e ferramentas são: inspeção dos acessórios de

içamento e movimentação de cargas pelas equipes de operação, com a

presença de representantes de SMS (esses acessórios são identificados

com a cor do mês); inspeções visuais diárias e aplicação de check-lists.

Os planos de manutenção prevêem uma periodicidade compatível com o

uso, desgaste e tipo de equipamento. As ferramentas não são

identificadas com a cor do mês. Assim, os trabalhadores são orientados a

devolver as máquinas e ferramentas que apresentem problemas, sem que

isso possa significar algum tipo de punição ou repreensão. Os profissionais

de SMS, em suas rondas, avaliam essas condições de segurança.

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As condicionantes para que as frentes de serviço sejam mantidas limpas,

organizadas, desimpedidas e sinalizadas se dão a partir de vários

programas, como:

Segurança Total – estimula que os trabalhadores mantenham suas áreas

de trabalho limpas e desimpedidas. Nesse programa, o estímulo é para o

trabalhador. O bloco de anotações, fornecido ao trabalhador, possibilita

que ele possa anotar os desvios e as situações de risco, auxiliando os

profissionais de SMS;

PLR – programa que gera estímulos, através do aumento dos ganhos do

trabalhador, para que esse adote posturas seguras e possa, com isso,

incentivar seus colegas a adotarem posturas semelhantes;

Show de Prêmios – programa recentemente lançado que adota a análise

do desempenho das equipes, para a premiação de todos. Neste programa,

as equipes agem como times, em que um componente fiscaliza o outro,

tudo com o objetivo de cometer a menor quantidade possível de desvios

e, assim, participar da premiação. Por trás de todas essas campanhas, há

ações de fiscalização e controle das áreas promovidas pelos profissionais

de SMS.

b) Suprimentos

A organização tem boas práticas de gestão de fornecedores. Existem

métodos, ferramentas, procedimentos que dão suporte a estas práticas.

Existe uma boa interação entre Suprimentos e as demais áreas envolvidas

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no empreendimento. Desta forma, é obtido um aperfeiçoamento das

aquisições, da seleção adequada de fornecedores, dentre outros etc..

c) Riscos

Durante a visita e entrevistas realizadas, não foi possível perceber a

existência de um planejamento e controle sistemático de riscos do

projeto, conforme sugerido pelas boas práticas de organizações como PMI,

IPMA e CII. Os riscos físicos são avaliados em reuniões semanais, com

todos os gerentes do empreendimento. Também semanalmente os

gerentes visitam as frentes de serviços e passam a ter conhecimento dos

problemas ocorridos, inclusive relatados pelos empregados.

d) Custos

O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são

discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para

contenção de gastos e as eventuais correções no projeto. A coleta de

dados de custo se dá de maneira automatizada.

Oportunidades de Melhorias

Implantação pelo estaleiro das boas práticas de planejamento e controle

de riscos do projeto, preconizadas por organizações como PMI, IPMA e

CII.

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Estaleiro C

Resultados sumarizados ......................................................... 83

Organização e Condições Físicas do Canteiro ......................... 84 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 84 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 90 Proposição de Melhorias .............................................................................. 90

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................... 90 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 90 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 94 Proposição de Melhorias .............................................................................. 94

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ....... 95 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 95 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 97 Proposição de Melhorias .............................................................................. 97

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro ... 98 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 98 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 99 Proposição de Melhorias .............................................................................. 99

Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 100 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 100 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 104 Proposição de Melhorias ............................................................................ 104

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 105 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 105 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 107

Proposição de Melhorias ....................................................... 107

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 108 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 108 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 109 Proposição de Melhorias ............................................................................ 110

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 111

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Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 111 Oportunidades de Melhorias ....................................................................... 112

Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• A organização está orientada para atender a produção atuando

praticamente em regime de produção contínua de embarcações;

• É realizado um planejamento baseado no gargalo da produção que é

a carreira;

• A organização estabelece parceria com empresa projetista para

ganhos de tempo e recursos na construção de suas embarcações;

• A carteira de projetos do estaleiro é sequenciada no tempo, de

forma a definir os marcos de entrega em cada fase de contrução e

montagem e a ocupação do canteiro ao longo desse tempo;

• São realizadas medições semanais sobre desempenho da obra;

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• A área de suprimentos possui um cronograma com as datas em que

deverá receber os componentes e materiais dos fornecedores de

acordo com a fase de construção e montagem das embarcações;

• A organização estabelece reuniões regulares de alinhamento entre

os responsáveis das áreas;

• Existe um estoque central, no entanto os estoques intermediários

são descentralizados, distribuídos em espaços pouco definidos pelo

site.

Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro possui uma área total de 60.000m2 de terreno, dos quais

11.000m2 são edificados por galpões industriais e prédios de escritórios,

vestiários e sanitários, refeitórios e outros. Possui uma carreira para

embarcações de até 3.000 toneladas, com dimensões de 100m x 23m.

Nessa carreira há um guindaste de 60 toneladas de carga. Há dois cais de

acabamento com capacidade para duas embarcações de até 100 metros

cada. Nos mesmos há guindastes de 15 toneladas, para apoio e

movimentação de cargas.

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Foto 1- Vista geral do estaleiro

O estaleiro foi reaberto há poucos anos, depois de longo período

desativado. A partir de então, a empresa tem investido gradativamente na

modernização das suas instalações, seja através da expansão do canteiro,

seja pela reforma ou construção de novas instalações. Dessa forma,

observaram-se construções mais antigas, algumas reformadas e outras

ainda em fase de construção. Um dos destaques é o da localização

geográfica; se encontra próxima aos grandes centros e de seu principal

cliente. Afora isso, contam com um fácil acesso ao mar através de baía

abrigada.

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Foto 2 - Vista geral do canteiro.

O estaleiro está posicionado entre o mar e uma rodovia com grande fluxo

de veículos. Originalmente essas instalações eram empregadas para a

fabricação de embarcações de menor porte. Com o crescimento da

carteira de contratos e a demanda por embarcações maiores, foram feitas

adaptações, de modo que hoje o empreendimento pode servir para a

produção de embarcações, módulos e equipamentos navais.

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Foto 3 – Conclusão de fabricação de embarcação de apoio (suplly boat)

Foto 4- Fabricação de embarcação na carreira com o apoio do guindaste de 60 toneladas.

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Foto 5 - Montagem de peças.

O estaleiro está em forte ritmo de atendimento à demanda. No entanto,

foi observado que algumas áreas poderiam ser melhor aproveitadas.

Foto 6 - Vista da carreira de montagem de embarcações.

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Foto 7 – Montagem de proa de embarcação modularizada no próprio estaleiro.

Foto 8 – Montagem das seções ou módulos da embarcação na carreira.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

O estaleiro recentemente reativado está implantando projetos de

modernização e expansão das suas instalações para atender a demanda

crescente por seus serviços e produtos. Contudo, algumas áreas do

canteiro podem ter um melhor aproveitamento dentro do processo

produtivo através de um aperfeiçoamento do layout.

Proposição de Melhorias

Dentro do plano de modernização e expansão da capacidade do estaleiro,

sugere-se um estudo de engenharia industrial para que o layout do chão

de fábrica seja aprimorado, a fim de obter um melhor reaproveitamento

de algumas áreas pouco exploradas pelo canteiro.

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

Os postos de trabalho no canteiro, excluindo as áreas administrativas, são

basicamente distribuídos entre as diversas oficinas, o almoxarifado, a

carreira e o cais de acabamento.

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Na oficina de spools, o trabalhador possui um espaço restrito entre os

estoques intermediários, a via de desembarque das peças e a sua mesa

de operação. A abertura lateral da oficina permite a entrada de luz

suficiente para a execução do seu trabalho, além disso, o trabalhador tem

a posse das ferramentas e dos equipamentos adequados.

Foto 9 - Posto de trabalho com estocagem de tubos.

Na oficina de perfis e sub-montagens, algumas atividades possuem mesa

para tratamento térmico. Em algumas outras foi observado que a

operação de soldagem é feita ao nível do solo, sem apoio de mesas ou

outros suportes.

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Foto 10 - Posto de trabalho de corte de peças com maçarico.

Foto 11 - Montagem das vigas de reforço.

A carreira contém o casco da embarcação, que é formado por módulos.

Estes são fabricados em áreas periféricas à mesma e transportados

através de guindaste. Como o guindaste em uso é de 60ton, os módulos

não podem exceder esse peso, ou seja, o equipamento em uso limita o

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Relatório Final E&P - 27.6

peso da carga transportada. Desta maneira, podem ocorrer inúmeros

transportes, o que dilata o tempo de montagem da embarcação. Até

mesmo em função desse aspecto há muitas soldas in situ, nas quais os

trabalhadores executam suas tarefas em torno das grandes sub-

montagens; eles ficam expostos a condições climáticas adversas,

principalmente o calor, além das dificuldades ergonômicas, causadas pela

posição em que os mesmos muitas vezes assumem para realizar os

passos de soldagem. Nas atividades em espaços confinados a empresa

fornece sistema de ventilação/exaustão específico.

Foto 12 - Montagem ao tempo.

No almoxarifado, as atividades são concentradas sobretudo nos

transportadores das cargas, nos quais os trabalhadores utilizam

empilhadeiras ou carrinhos de propulsão humana.

Dentro das embarcações há um grande número de trabalhadores num

espaço limitado, realizando diferentes atividades com interferências

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múltiplas entre elas. O intenso fluxo de trabalhadores nessa área

demanda maiores cuidados da equipe de SMS.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) O forro das oficinas permite aos trabalhadores realizarem suas

atividades com nível de luminosidade adequado. Dentro das

mesmas, há mesas sobre as quais é possível soldar chapas ou

partes metálicas menores. No entanto, algumas peças são

trabalhadas sobre o solo, dificultando a soldagem, ou criando

condições ergonômicas desfavoráveis.

b) Na área de spools, o volume de estoque dificulta o trânsito de

trabalhadores e pode interferir na execução da atividade dos

mesmos.

c) Os trabalhadores estão devidamente equipados para realizarem suas

atividades com segurança e qualidade, seja em espaço aberto ou

confinado.

Proposição de Melhorias

a) Estudar a possibilidade de fabricação dos perfis sobre mesas ou

suportes que permitam postura ergonomicamente mais adequada ao

trabalhador.

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b) Realizar estudos para diminuir, quando possível, a exposição dos

trabalhadores ao sol e chuva em algumas operações.

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Para cada tipo de atividade torna-se necessário a utilização de um tipo de

transporte. Nas oficinas, verificou-se a existência de pontes de carga para

translado das peças nas fases de processamento.

Foto 13 - Operação de transporte de peças.

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Relatório Final E&P - 27.6

No cais, próximo às embarcações há um guindaste móvel empregado em

pequenas movimentações de carga do navio para o cais e vice-versa. Esse

equipamento possui limitada capacidade de carga.

Foto 14 - Guindaste móvel sobre trilhos.

Na carreira, há um guindaste móvel, com capacidade de 60 ton. (há

guindastes com capacidades maiores) para colocação dos módulos sobre a

carreira. Além deste, existem também caminhões-guindastes para auxílio

à colocação de sub-montagens sobre a carreira.

Page 97: Diagnóstico organização industrial

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Foto 15 - Guindaste móvel em operação.

Para pequenas cargas, utilizam-se carrinhos de propulsão humana. No

almoxarifado, utilizam-se empilhadeiras para manuseio dos estoques e

para o transporte do estoque para as embarcações.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

O estaleiro possui equipamentos de transporte adequados para cada tipo

de atividade.

Proposição de Melhorias

Sugere-se que sejam realizados estudos de viabilidade para a compra de

um guindaste fixo de maior capacidade, pois, com isso pode-se aproveitar

melhor as áreas laterais de apoio, a fim de reduzir o tempo de trabalho de

soldagem dos blocos do casco sobre a carreira.

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Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Verificou-se automação no nível de tarefa, ou seja, na utilização de

soldagem semi-automática e corte. Para operações como encurvamento

de chapas e pintura, o estaleiro terceiriza ou recorre à outra unidade de

processamento.

Foto 16 - Operação de solda e corte.

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Foto 17 - Vista parcial do galpão de fabricação.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

O estaleiro possui um baixo nível de automação nas suas atividades,

embora utilize ferramentas manuais ou semi-automáticas e mão-de-obra

suficientes para atender a sua demanda.

Proposição de Melhorias

Sugere-se que seja feito um investimento na automação das atividades

principais: corte e soldagem. Também é recomendável um estudo

específico para aumentar o nível de automação no transporte de chapas,

desde o estoque às oficinas de processamento.

Page 100: Diagnóstico organização industrial

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Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Parte dos estoques de spools fica próximo às embarcações, onde serão

instalados; e parte fica próximo à oficina de soldagem de spools. Eles

recebem identificação (tags) de maneira que podem ser controlados pela

gestão de estoques.

Foto 18 - Armazenamento de spools.

Page 101: Diagnóstico organização industrial

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Foto 19 - Estoque de spools armazenados próximos às embarcações.

As chapas recebem um código sobre sua situação no processo produtivo e

seu destino entre os empreendimentos existentes.

Foto 20 - Chapa com respectiva identificação.

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Contudo, verificou-se que os estoques intermediários estão

descentralizados no canteiro e, dessa forma, dificulta sua localização e

manuseio.

Foto 21 - Estocagem descentralizada de materiais.

Foto 22 - Estocagem de equipamentos para aplicação imediata.

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Os itens que chegam ao canteiro para serem diretamente instalados na

embarcação recebem cuidados especiais de acondicionamento.

Foto 23 - Materiais com cuidados especiais de acondicionamento.

Foto 24 - Material identificado e protegido.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Identificou-se como boa prática a codificação das chapas para

controle do seu processamento e destino. Os spools recebem

identificação (tags) e, dessa forma, podem ser controlados.

b) Os componentes que são fornecidos para instalação direta na

embarcação são devidamente condicionados.

c) Percebeu-se, contudo, uma descentralização do estoque que pode

dificultar seu controle dentro do canteiro.

Proposição de Melhorias

d) Avaliar a utilização de tecnologias atuais como o RFID para a

identificação dos itens em estoque.

e) Centralizar o estoque ou arranjá-lo de maneira a facilitar o seu

deslocamento até o seu destino.

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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O estaleiro possui um modelo de disposição das oficinas, do almoxarifado,

da carreira e do cais de forma a minimizar o deslocamento das partes até

a carreira, para a construção das embarcações. O almoxarifado fica entre

as oficinas de perfis, as sub-montagens, os spools e a carreira. Anexos a

ele estão o vestiário e a ferramentaria, possibilitando o menor

deslocamento da mão-de-obra para o trabalho. No entanto, o

almoxarifado está distante do cais, o que leva ao estabelecimento de

estoques intermediários próximos a ele.

Foto 25 - Vista geral da área de montagem.

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Foto 26 - Vista da área de montagem.

A carreira possui duas áreas anexas laterais para a montagem dos

módulos, para que sejam carregados, posteriormente, para cima da

carreira. O guindaste móvel (sobre trilhos) pode carregar essas grandes

sub-montagens para a carreira. Nessa área também são estocados,

temporariamente, andaimes e madeiras para a execução de tarefas nas

embarcações.

O prédio administrativo fica mais próximo ao cais, possibilitando a

acomodação das entidades fiscalizadoras neste local, com fácil

deslocamento para as embarcações. Dentro dessas instalações também

há um restaurante para os empregados, com boas condições de higiene e

limpeza.

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Foto 28 - Restaurante dos empregados.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

Observou-se uma lógica de layout que contempla a proximidade entre

áreas afins, dentro do processo de contrução e montagem. Os estoques

de spools e andaimes permitem sua rápida montagem. A localização do

prédio administrativo também favorece o rápido deslocamento das

entidades fiscalizadoras dos escritórios para as embarcações.

Proposição de Melhorias

Sugere-se elaborar um estudo que objetive a ótima utilização dos espaços

do canteiro para o seu melhor aproveitamento, como já apresentado

anteriormente, de modo a otimizar os 60.000m2 de área do

empreendimento. Como não há áreas de ampliação deve-se estudar

meios para se obter o maior proveito desse espaço e da localização

privilegiada.

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O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

Como o gargalo da contrução e montagem de uma embarcação está no

tempo de montagem na carreira, o estaleiro trabalha com uma

programação que minimiza o tempo do casco na carreira. Para isso

utilizam-se as áreas auxiliares para a construção dos módulos de uma

próxima embarcação, enquanto as últimas atividades da embarcação

primária são realizadas sobre a carreira ou no cais de acabamento.

Nesse caso são realizados serviços que não dependam da carreira, como a

completação da instrumentação e controle, elétrica, marcenaria e

montagens leves. Eventualmente são realizados pequenos serviços de

solda e corte para ajustes finos.

Existe um planejamento para a ocupação do estaleiro quando um novo

empreendimento se inicia. Este é coordenado tendo em vista os projetos

em andamento, de forma a realocar a mão de obra existente ou contratar

mais, a mobilizar recursos de transporte, equipamentos de corte e

soldagem, a programar o tempo de processamento e montagem dos

componentes de cada projeto nas instalações, dentre outras providências.

Estabelecem-se marcos durante a execução do projeto, tais como a

colocação do 1º bloco na carreira, o lançamento da embarcação no cais e

vários outros.

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Relatório Final E&P - 27.6

A programação das atividades possui abrangência mensal, mas com

janelas quinzenais de mobilização da mão-de-obra. Existem também

medições semanais para a verificação de eventuais desvios e para

respectiva atuação sobre eles.

É realizado um procedimento de simulação das consequência de uma

alteração e de algum desvio de atividade sobre o prazo e os custos do

projeto (análise de sensibilidade) sempre que algum evento não previsto

ocorre ou está prestes a ocorrer.

Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) Há um esforço no planejamento das atividades em função do

gargalo do processo macro, representado pela montagem sobre a

carreira;

b) O planejamento contém marcos de entregas dentro das fases de

construção e montagem das embarcações;

c) A rede de precedência é transformada em programação de

atividades em abrangência mensal;

d) São realizadas medições semanais sobre desempenho da obra;

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e) Há necessidade de um sistema de planejamento integrado para

controle das informações da carteira de projetos;

f) Há necessidade de mecanismos de gestão do conhecimento;

g) Há necessidade de mecanismos de gestão de mudanças.

Proposição de Melhorias

a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos

para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.

b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o

monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais

como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de

satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.

c) Proceder a integração do Planejamento e Controle dos fornecedores

estratégicos ao Planejamento do Empreendimento, com links em

número suficiente que permitam, em tempo real, sinalizar ganhos e

atrasos de prazos de fornecimento e seus impactos no cronograma

geral do empreendimento, para que ações corretivas possam ser

tomadas a tempo.

d) Verificar a possibilidade de incorporação de metodologias bem

sucedidas em outros segmentos, tais como a de manufatura enxuta

ao mercado de óleo e gás.

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e) Desenvolver propostas de introdução de sistemas de gestão de

mudança e gestão do conhecimento no estaleiro, visando aumentar

a retenção do aprendizado e facilitar a adoção de novas técnicas de

produção e gerenciamento.

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

O estaleiro possui um centro de treinamento, utilizando mão-de-obra

local. Há evidências de planejamento do trabalho no canteiro sobre

normas de segurança. Os cartazes instrutivos estão expostos em vários

locais, embora pudessem ser expostos mais visivelmente.

b) Suprimentos

A equipe de suprimentos atua com base num quadro de controle dos

prazos de entrega dos fornecedores, tanto internacionais quanto

nacionais, bem como a definição das datas de algumas operações

logísticas de acordo com o cronograma do projeto.

Page 112: Diagnóstico organização industrial

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Relatório Final E&P - 27.6

c) Riscos

Não há um planejamento e controle sistemático de riscos do projeto,

conforme sugerido pelas boas práticas de organizações, como PMI, IPMA e

CII.

d) Custos

A estruturação dos custos do projeto obedece aos requisitos formais

estabelecidos pelo Fundo de Marinha Mercante, para a obtenção de

financiamento destinado ao empreendimento, sendo organizados em

percentuais de custos da produção, suprimentos, projetos, entre outros,

acrescidos os custos indiretos. A partir disso, a EAP é elaborada,

permitindo a construção da curva S do empreendimento.

Oportunidades de Melhorias

a) Preparar um plano para prover uma integração plena do

planejamento e controle da área de SMS com o restante do

planejamento (custo, prazo, suprimentos, etc.) para os

empreendimentos em execução.

b) Proceder a integração do planejamento e controle dos fornecedores

estratégicos ao planejamento do empreendimento.

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Relatório Final E&P - 27.6

c) Proceder a integração da gestão de riscos ao planejamento geral do

empreendimento.

d) Proceder a introdução de ferramentas de análise de riscos, podendo

ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.

e) Estabelecer procedimentos de controle do custo das “não

conformidades” de SMS.

f) Estabelecer procedimentos de recursos humanos para provimento e

retenção de mão de obra qualificada para as funções-chave no

estaleiro, tanto de pessoal operacional quanto técnico e de

supervisão.

Page 114: Diagnóstico organização industrial

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Relatório Final E&P - 27.6

Estaleiro D

Resultados sumarizados ....................................................... 115

Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 116 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 116 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 126 Proposição de Melhorias ............................................................................ 127

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 127 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 127 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 136 Proposição de Melhorias ............................................................................ 136

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 137 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 137 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 144

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 144 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 144 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 146 Proposição de Melhorias ............................................................................ 146

Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 147 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 147 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 149 Proposição de Melhorias ............................................................................ 150

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 150 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 150 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 153

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 154 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 154 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 155 Proposição de Melhorias ............................................................................ 156

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 157

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 157 Oportunidades de Melhorias ....................................................................... 159

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Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• O estaleiro encontrava-se em obras de implantação de suas

instalações, razão pela qual foram apresentados alguns aspectos

relativos a essas obras, o que, em um aspecto geral, não deverá ser

fator de prejuízos para a análise global;

• A organização está estruturada para o planejamento das atividades

de produção, seja pelo layout industrial, seja pelo suporte dado às

atividades, por meio das aquisições e serviços de suporte;

• Antes de o projeto executivo iniciar, há atividades bem definidas de

planejamento das atividades, contemplando, em todas as etapas, os

riscos decorrentes. Desta maneira, há procedimentos adequados de

manutenção dos itens críticos;

• Foi observado, mesmo nessa fase atual do empreendimento, quando

há atividades de construção em paralelo com atividades industriais,

um foco na cultura de segurança, produtividade, meio ambiente e

saúde do trabalhador, através de painéis informativos e técnicas de

suporte às atividades de produção;

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• Além da automação das tarefas de corte e soldagem, com

participação humana limitada, há automação do processo de

tratamento inicial das chapas, para ganhos de produtividade e

melhor alocação da mão-de-obra do canteiro.

Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro O empreendimento está em fase de conclusão das obras de implantação

do estaleiro, razão pela qual foram percebidas várias atividades inerentes

às obras civis apresentadas no relatório. A configuração final do

empreendimento, em termos de estrutura operacional, é a que está

apresentada na figura 1.

Figura 1 – Futuras instalações do empreendimento.

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O Estaleiro futuramente contará com capacidade de processamento de

160 mil toneladas de aço/ano; 1 milhão e 620 mil metros quadrados de

terreno; área industrial coberta de 130 mil metros quadrados; e um dique

seco com 400 metros de extensão, 73 metros de largura e 12 metros de

profundidade. O dique é servido por dois pórticos Goliaths de 1.500

toneladas/cada, dois guindastes de 50 toneladas/cada e dois de 35

toneladas/cada.

O porte destes equipamentos permite reduzir substancialmente o tempo

de edificação, possibilitando ao Estaleiro equiparar-se aos estaleiros

asiáticos, considerados a vanguarda da construção naval mundial.

Quanto às área de cais, o Estaleiro possui um cais de acabamento com

730 metros de extensão, equipado com dois guindastes de 35 toneladas.

Outros 680 metros de cais são utilizados para a construção e reparo de

plataformas offshore.

Figura 2 – Layout dos galpões industriais do estaleiro

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A figura 2 apresenta o cais de acabamento; em primeiro plano, com os

dois guindastes já mencionados, os pórticos e os galpões industriais;

percebendo-se tratar de um estaleiro bastante compacto quanto às suas

instalações.

O estaleiro apresenta boas condições de limpeza, considerando-se a área

efetivamente utilizada para a produção. No entanto, a área que está em

processo de construção civil não se apresenta nas mesmas condições.

Foto 1 – Interior da área de fabricação e sua condição de limpeza

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Foto 2 – Interior da área de fabricação e, em primeiro plano, caixa de coleta de sucata

metálica

Foto 3 - Vista parcial da área em processo de construção civil.

Próximo aos postos de trabalho foram identificadas diversas caixas de

deposição de refugos. Entretanto, foram encontradas exceções nas

proximidades da área de estoque das chapas metálicas, onde foram

verificados refugos sem destinação específica.

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Relatório Final E&P - 27.6

Foto 4 - Vista parcial de galpão de fabricação.

Foto 5 - Vista parcial da área em construção.

Notou-se, em diferentes locais do site, políticas ambientalmente

responsáveis, como coleta seletiva e economia de energia elétrica através

do aproveitamento da luz natural.

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Foto 6 - Coleta seletiva.

Nas oficinas, há uma delimitação física bem definida entre as vias de

acesso e os postos de trabalho; bem como os estoques intermediários de

peças, já que há um tráfego interno de caminhões e outros veículos de

transporte de carga. Observou-se também, áreas destinadas a inspeção

das sub-montagens.

Figura 7- Área delimitada para inspeção.

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Figura 8- Área de estocagem de materiais entre operações.

Figura 9- Vista parcial do chão de fábrica.

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Foto 10 - Transporte manual de peças.

Figura 11- Vista parcial do chão de fábrica com delimitação de áreas.

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Relatório Final E&P - 27.6

Existem suportes para os cabos de energia dos equipamentos que estão

distribuídos entre os postos de trabalho, permitindo o livre fluxo de

pessoas na área, e o isolamento dessas linhas da exposição a acidentes.

Figura 12- Área do pipe shop.

Os cabos de elevação recebem manutenção periodicamente. Sua

verificação é visível e de fácil compreensão.

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Figura 12- Área de estocagem de cabos de elevação com marcação para verificação.

As estruturas sub-montadas são suportadas por bases metálicas,

facilitando, tanto o deslocamento desses blocos quanto a sua operação de

soldagem.

Figura 13- Montagem de estruturas sobre bases metálicas.

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Figura 14- Montagem de chaparia.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) Destaca-se como política interna do estaleiro, a conservação e

proteção dos recursos de produção, tanto no que diz respeito à

delimitação clara entre as áreas de trabalho, as vias de acesso e os

estoques definitivos e intermediários, quanto no emprego de

técnicas de manutenção de cabos de elevação e de preservação de

cabos de energia por meio de suportes.

b) O estaleiro demonstra preocupação em facilitar a operação de

montagem pela utilização de suportes de sub-sistemas.

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c) Além dos aspectos de operação, nota-se uma preocupação da

organização em relação aos aspectos de SMS, que pode ser

exemplificada pela existência da coleta seletiva.

d) Por outro lado, como o estaleiro ainda não concluiu a construção de

suas instalações, algumas áreas estão servindo como depósitos

provisórios de refugos.

Proposição de Melhorias

Tendo em vista a coexistência de processos de construção e montagem, e

de edificação das instalações num mesmo espaço físico, propõe-se como

sugestão de melhoria, a definição clara das áreas de refugos de obra em

separação das áreas onde a atividade de produção ocorre.

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

Os postos de trabalho atendem razoavelmente os requisitos ergonômicos

para o trabalhador da seguinte forma:

• As peças a serem trabalhadas estão postas sobre mesas, num nível

em que o operário pode trabalhar com boas condições ergonômicas.

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• O forro dos galpões permite a entrada de luz natural, fornecendo

claridade suficiente para as atividades com peças pequenas.

• Os trabalhadores podem guardar seus pertences em escaninhos na

entrada dos galpões.

Figura 15- Analisando os projetos durante a fase de montagem.

Ainda quanto à questão dos postos de trabalho, especialmente relacionado

à ergonomia, percebe-se que em muitos momentos privilegia-se o melhor

posicionamento para a execução das atividades, que pode não ser,

necessariamente, a melhor posição ergonômica. Essa é a razão pela qual

a equipe de SMS tem uma grande preocupação com as questões relativas

à ginásticas laborais, análises dos postos de trabalho, fatores estressores

e outros; tudo com o objetivo de reduzir as lesões por esforços repetitivos

ou as lesões por atividades penosas.

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Figura 16- Operário executando tarefa com postura não adequada.

Os trabalhadores recebem EPI’s e equipamentos necessários para a sua

operação, e são continuamente orientados a esse respeito. Por essa razão

não foram percebidas, ao longo da visita, situações nas quais os

trabalhadores estivessem expostos desnecessariamente. Contribui

bastante para isso o fato de que a organização procura permear sua

cultura de SMS em todos os níveis da mesma.

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Figura 17- Operários executando tarefas, portando equipamentos de proteção

adequados.

Quanto aos requisitos de segurança, o estaleiro incentiva os seus

colaboradores a se prevenirem contra acidentes de trabalho, através da

exposição de quadros que indicam o período de tempo sem acidentes, e

de cartazes com orientações de segurança. Além disso, possui instalações

adequadas para atendimento a sinistros. Na área em construção,

perceberam-se medidas preventivas aos aspectos potencialmente nocivos

ao trabalhador.

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Figura 18- Cartaz com informações sobre segurança do trabalho.

Figura 19- Uso de equipamentos modernos na área de corte e solda de chapas de aço,

através de plasma.

Os postos de trabalho possuem instruções de operações de acordo com a

função daquele local. Para algumas funções, o colaborador tem em mãos

isométricos para auxiliar na execução das tarefas. Além disso, eles podem

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identificar prontamente qual o seu posto de trabalho e em que fase do

projeto a empresa se encontra.

Figura 20- Ajustes de ferramentas automáticas de corte de chapas de aço.

Figura 21- Instruções afixadas no local de trabalho para facilitar execução das tarefas.

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Figura 22- Exemplo de painel de acompanhamento do projeto.

Também usa-se quadros explicativos sobre símbolos convencionalmente

usados nas atividades rotineiras para orientar sobre o procedimento

correto nas operações.

Os agentes de QSMS são destacados por capacetes de cor específica e

apitos de sinalização de comando, estando presentes no transporte de

grandes peças pelas pontes de carga dentro das oficinas.

Existem ventiladores para operações em espaço confinado, bem como

bebedouros disponíveis nas oficinas.

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Figura 23- Ventilador existente em operações em espaços confinados.

Figura 24- Bebedouros existentes nas oficinas.

Os agentes de suporte às atividades operacionais das oficinas ficam

alocados em salas no interior das mesmas, facilitando a coleta e

transmissão de dados relativos ao processo produtivo.

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Figura 25- Escritórios de suporte localizados nas oficinas.

Conforme a etapa de processamento da peça, o trabalhador pode

identificar, por meio de códigos padronizados, qual a operação deve ser

realizada e qual peça ele deve operar.

Figura 26- Exemplo de marcação de código de operação.

Para monitoramento da produtividade, foram identificados painéis

eletrônicos visíveis dentro das oficinas, sobre meta de produção e

produção atual.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) O ambiente de trabalho nas oficinas de processamento e de

montagem oferece luminosidade adequada e infra-estrutura para a

atividade humana; exceto em algumas operações de soldagem em

que o trabalhador deve projetar o corpo para alcançar a junta, a fim

de realizar a soldagem de uma sub-montagem de grandes

dimensões. Os trabalhadores são equipados com EPI’s e dispõem

das ferramentas e máquinas necessárias para o seu trabalho.

b) As medidas de QSMS são verificadas por todo o site; elas são

evidenciadas pelos cartazes de orientação sobre prevenção de

acidentes, quadro de notificação sobre o período sem acidentes,

disposição de recursos contra sinistros, como, por exemplo, a

disposição de luz de emergência, indicação de saídas de emergência

e tubulação de saída de água contra incêndio.

c) A disposição de códigos padronizados, gravados sobre os recursos

de produção, e o arranjo dos quadros expositivos sobre os símbolos

que auxiliam o trabalhador a realizar o procedimento correto, são

fatores favoráveis à qualidade do serviço prestado, no que diz

respeito à padronização do trabalho e à conformidade do produto.

Proposição de Melhorias

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a) As instruções sobre operações específicas, fixadas nos postos de

trabalho, sejam impressas em fonte maior e expostas nos referidos

postos, facilitando as consultas;

b) O mesmo deve ocorrer à exposição dos quadros explicativos sobre

símbolos convencionais nas atividades das oficinas. Esses quadros

podem estar disponíveis numa altura razoável para facilitar a

observação pelos funcionários.

c) Para as atividades de soldagem, em que o trabalhador projeta o seu

corpo para alcançar o local de soldagem de grandes sub-montagens,

recomenda-se um treinamento sobre melhores posturas para essas

atividades ou a redução do tempo de um trabalho como esse;

alternando com outras atividades que permitam uma postura

correta.

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Ao longo do estaleiro foram observadas: empilhadeiras, pontes rolantes

para transporte das chapas e de dutos, caminhões basculantes, ponte

rolante que conduz a chapa em todo o seu processamento até à sub-

montagem, guindastes móveis, guindastes fixos para

carregamento/descarregamento das chapas, e caminhão- aranha para

cargas muito pesadas. Cada tipo de transporte atende a uma necessidade

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de deslocamento de cada tipo de material/componente, obedecendo aos

parâmetros de capacidade da carga, horizonte de deslocamento,

manuseio, entre outros.

Figura 27- Empilhadeira em movimentação.

Figura 28 - Ponte rolante para transporte de chapas.

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Figura 29 - Equipamento de movimentação.

Figura 30 - Guindaste movimentando chapas.

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Figura 31 - Vista parcial de guindastes existentes no Canteiro.

Figura 32 - Vista parcial da estocagem de chapas.

Identificou-se a utilização de uma tecnologia de ponta: o transportador de

estruturas de sub-montagem, que suspende a estrutura e a desloca ao

longo da linha de montagem. Outro equipamento moderno utilizado no

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estaleiro é o estrado de transposição das chapas para soldagem nas duas

faces.

Figura 33 - Vista parcial da área de fabricação.

Para trabalhos em altura, foram observados caminhões de elevação.

Figura 34 - Montagem em altura com utilização de equipamentos especializados.

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No entanto, a maior parte das máquinas encontradas no canteiro era

destinada à construção das instalações.

Figura 35 - Vista geral da construção civil.

Figura 36 - Vista da área de montagem de estruturas.

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Para cargas leves, tais como pequenos spools, peças metálicas, entre

outros, utilizam-se carrinhos de propulsão humana.

Figura 37 – Emprego de equipamentos de grande porte na movimentação de cargas

Figura 38- Transporte de peças em carro de propulsão manual.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

Os tipos de transporte e a quantidade existente parecem atender à

demanda do canteiro, no que tange ao transporte e elevação de chapas,

dutos, pequenas peças, equipamentos e sub-montagens. O investimento

em transportes é confirmado pela identificação de caminhões-aranha, que

possuem elevada capacidade de carregamento.

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O estaleiro possui equipamentos de solda automática e semi-automática,

máquina de corte automática, máquina de soldagem de perfil nos dois

lados (simultaneamente), máquina de encurvamento de chapas, entre

outros. Algumas máquinas não estavam disponíveis para operar, o que

exige intervenção direta da mão-de-obra.

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Figura 39- Montagem de vigas.

Figura 40- Prensa de dobramento de chapas.

É possível observar o emprego da automação nos níveis de tarefa e de

processo, visto que, além das atividades de corte e soldagem, existe

automação no processo de translado das chapas do depósito para o

tratamento especial, passando pela pintura até ser conduzido ao estoque

intermediário dentro das oficinas de processamento. Essas operações

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possuem um tempo programado e processam um elevado volume de

matéria-prima.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) O estaleiro percebeu que, ao automatizar um processo da produção

de baixa complexidade de operação, que é o tratamento inicial das

chapas, haveria uma oportunidade para aumentar a eficiência da

sua produção. Dessa forma, pôde obter ganhos de produtividade e

melhor alocação da mão-de-obra.

b) As máquinas encontradas no canteiro são modernas, elas atendem a

demanda atual do estaleiro, mas requerem profissinais habilitados

para operá-las.

c) Ressalta-se que nem todas as máquinas estavam disponíveis para

operar, o que pode comprometer a produtividade como um todo.

Proposição de Melhorias

a) Recomenda-se a adoção de medidas de manutenção, reparo, ou

treinamento técnico para operações que garantam a utilização

contínua das máquinas automatizadas.

b) Sugere-se estudar a necessidade de utilização de um maior nível de

automação para atividades realizadas tanto em ambientes livres

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como em espaços confinados, através da utilização de robotização

em operações de corte e solda; aumentando-se a produtividade e as

condições de segurança.

Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Destaca-se, como política de preservação dos estoques (estoque primário,

intermediário e final), o fato destes nunca estarem diretamente no chão,

mas sempre apoiados por vigas, cavaletes ou bases metálicas. Os

materiais são acondicionados em boas condições de armazenamento e

dispostos dentro das boas práticas prescritas. As chapas possuem

identificação para o correto processamento e destinação. Há separação

entre itens estocados de acordo com critérios de gênero do produto e grau

de periculosidade. Identificaram-se também tabelas de monitoramento

dos mesmos.

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Figura 41- Identificação de projetos.

Figura 42- Depósito de materiais inflamáveis.

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Figura 43- Controle de estoque de tintas.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

As medidas de estocagem e conservação dos materiais são adequadas e

padronizadas. O itens são facilmente localizados, seja através de locais

específicos de armazenagem e manuseio, seja por meio de códigos de

identificação (tags) da sequência de processamento e do destino que a

peça terá.

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Proposição de Melhorias

a) Avaliar a utilização de tecnologias atuais, como a RFID, para a

identificação dos itens em estoque.

b) Avaliar a utilização de sistemas e equipamentos modernos para

equipar os almoxarifados, através de recursos de tecnologia de

informação, aumentando a produtividade.

c) Realizar treinamento de pessoal, de modo a reforçar a aplicação dos

procedimentos de identificação e de controle e estocagem de

materiais.

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O estaleiro possui uma extensa área para acomodar suas operações e

áreas de estoque. Ele foi projetado de forma a prevenir que o produto das

sub-montagens esteja mais próximo ao dique e ao cais de atracação da

plataforma.

As chapas metálicas chegam de navio e são transportadas por meio de

pontes de carga para um pátio. Depois são conduzidas, através de pontes

rolantes, para um tratamento específico; passando pela pintura até chegar

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à oficina de processamento. Devido ao compartilhamento de recursos

físicos e pela sequência de processamento, as oficinas de chapas planas,

de perfis e de sub-montagem estão posicionadas lado-a-lado.

Figura 44- Descarga de chapas.

Figura 45- Estocagem de chapas.

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Figura 46 - Equipamento para transporte das chapas para pintura.

Figura 47 - Vista geral do equipamento de pintura das chapas.

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Figura 48 - Vista geral do galpão de fabricação.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

A disposição do cais de embarque/desembarque de matéria-prima; o

arranjo das oficinas de processamento das chapas e dutos; e o arranjo da

montagem dos subsistemas, bem como o pátio de depósito, atendem a

um fluxo lógico para a construção de navios e plataformas, com

deslocamento otimizado dos sistemas mais pesados.

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O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

O planejamento e controle dos empreendimentos gerenciados pelo

estaleiro são orientados pelo PMBOK, com suas áreas de gestão e os

conjuntos de processos sugeridos pelo mesmo.

O planejamento é desmembrado até o nível de programação diária e,

assim, controlado diariamente; sendo feita uma compilação semanal e

uma apresentação mensal à diretoria.

Através dos serviços de uma empresa terceirizada, especializada em

tecnologia da informação, a coleta de dados sobre a execução das

atividades no canteiro e o seu controle da qualidade são realizados por

meio de palm tops manuseados pelos inspetores, os quais estão

distribuídos pelo site, e são suportados por um software próprio para esse

fim.

O projeto do arranjo físico do canteiro, ainda em andamento, é de tal

dimensão, que possibilita um planejamento de elevada capacidade de

processamento e agilidade no fluxo dos materiais e componentes em

transformação ao longo do site.

Desde a entrada do material no canteiro, há procedimentos padronizados.

Por meio de formulários, listas de verificação de qualidade, entre outros;

estruturados pelo sistema integrado de gestão do empreendimento, que

emite e controla tais documentos. As etapas de processamento só se

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iniciam a partir da verificação e aprovação dos documentos formais de

inspeção e teste da etapa anterior.

Foi observada uma equipe contratada pelo estaleiro iniciando um

diagnóstico geral do canteiro para identificar oportunidades de aplicação

da produção enxuta; representando uma busca da organização por

melhorias na produtividade da construção e montagem.

Para acompanhamento gerencial do projeto, há reuniões periódicas entre

os principais responsáveis pelos projetos no estaleiro e os Heads do

armador. Assim, nessa reunião, realiza-se um balanço sobre o projeto

com definição de fases atingidas, pendências a serem satisfeitas,

ajustes/correções e metas a serem cumpridas nas próximas fases. Para

comunicação interna, a organização dispõe de uma rede intranet, com

acessos e manipulação de conteúdos limitados.

Ao final do projeto, as informações sobre o empreendimento são

compiladas num DATABOOK, que é entregue ao cliente; além de uma

cópia que fica com a contradada.

Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) A organização estrutura os seus projetos – naval e offshore – com

planejamentos e controles diários; com a exposição de resultados

por meio de relatórios, que podem ser diários, semanais ou

mensais. A coleta e o tratamento de dados são automatizados, o

que agiliza e suporta as atividades com intenso fluxo de informação.

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b) O planejamento é favorecido por um bom projeto de arranjo físico

do estaleiro; estruturando-se por um fluxo lógico de processamento

e de deslocamento, com elevada capacidade;

c) Há procedimentos formalizados e automatizados, para aferição da

qualidade antes de se iniciarem as etapas subseqüentes de

processamento dos materiais e componentes;

d) São realizadas periodicamente reuniões de verificação do

andamento do projeto entre responsáveis diretos do armador e da

contratada;

Proposição de Melhorias

a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos

para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.

b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o

monitoramento e para a melhoria contínua da execução dos projetos,

tais como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de

satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.

c) Proceder à integração do Planejamento e Controle dos fornecedores

estratégicos ao Planejamento do Empreendimento, com links em

número suficiente que permitam, em tempo real, sinalizar ganhos e

atrasos de prazos de fornecimento e seus impactos no cronograma

geral do empreendimento, para que ações corretivas possam ser

tomadas a tempo.

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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

A área de QSMS possui um planejamento próprio, interligado ao

planejamento da produção. Nenhuma etapa da produção é aprovada sem

o atendimento aos requisitos de QSMS. Semanalmente realizam-se

análises de não-conformidade da qualidade e dos índices de desempenho

de soldagem, para posterior medida corretiva ou preventiva.

b) Suprimentos

A organização tem boas práticas de gestão de fornecedores. Existem

métodos, ferramentas e procedimentos que dão suporte a estas práticas.

Nesse estaleiro, o diligenciamento é uma função do suprimentos, no qual

algumas aquisições, de valor significativo e de natureza mais crítica, são

avaliadas por sociedades classificadoras, ainda no chão de fábrica do

fornecedor, conforme prevê o contrato; e outras aquisições, com menor

impacto, são admitidas por meio de certificações exigidas para a venda do

produto.

Existe uma boa interação entre Suprimentos e as demais áreas envolvidas

no empreendimento. No entanto, nem todas as áreas estão

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completamente integradas, requerindo ajustes de processos que

permitam a consolidação dessa integração. Além disso, é necessário

proceder a integração do planejamento e controle dos fornecedores

estratégicos ao planejamento do empreendimento.

c) Riscos

Quando há a formação de um comitê para análise de risco, ele deve ser

designado à elaborar um plano de gerenciamento de riscos, de forma

qualitativa e quantitativa, no início do projeto; e à adotar medidas de

controle ao longo do mesmo, conforme sugerido pelas boas práticas do

PMI.

d) Custos

O controle de custos do projeto é realizado em reuniões regulares, nas

quais são discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, e as

medidas para contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.

O fluxo de caixa é feito em software separado do ERP da empresa, visto

que ele não tem módulo financeiro.

Utilizam-se métricas de desempenho para cada área (engenharia,

construção e montagem, qualidade, etc). Exemplo disso é a “curva S” e o

“método do valor agregado”.

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Foi observado que não existe a medição dos custos causados pelas “não

conformidades” de SMS. Portanto, é interessante que se estabeleça um

procedimento de controle do custo destas “não conformidades”.

Oportunidades de Melhorias

a) Avaliar oportunidades de parcerias com empresas do ramo, para,

assim, obter vantagens estratégicas para negócios de longo prazo.

b) Proceder à integração do planejamento e controle dos fornecedores

estratégicos ao planejamento do empreendimento.

c) Proceder à integração da gestão de riscos ao planejamento geral do

empreendimento.

d) Proceder à introdução de ferramentas de análise de riscos, podendo

ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.

e) Estabelecer procedimentos de controle do custo das “não

conformidades” de SMS.

f) Estabelecer procedimentos de recursos humanos, para provimento e

retenção de mão de obra qualificada para as funções chave no

estaleiro, tanto de pessoal operacional e técnico, como de

supervisão.

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Relatório Final E&P - 27.6

Estaleiro E

Resultados sumarizados ....................................................... 161

Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 163 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 163 A organização dedica-se às atividades de construção offshore, EPCI e construção naval. ..................................................................................................... 163 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 167 Proposição de Melhorias ............................................................................ 168

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 168 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 168 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 172 Proposição de Melhorias ............................................................................ 172

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 173 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 173 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 176 Proposição de Melhorias ............................................................................ 177

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 177 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 177 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 182 Proposição de Melhorias ............................................................................ 182

Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 183 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 183 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 186 Proposição de Melhorias ............................................................................ 186

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 187 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 187 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 192

Proposição de Melhorias ....................................................... 193

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 193 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 193 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 195 Proposição de Melhorias ............................................................................ 196

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 197

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 197

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Oportunidades de Melhorias ....................................................................... 200

Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• A organização entende que o planejamento, principalmente o

sequenciamento das atividades, é de extrema importância para o

sucesso do empreendimento;

• A empresa possui uma forte preocupação com a conscientização de

segurança;

• São utilizados procedimentos, técnicas e rotinas na administração de

materiais que levam a uma boa guarda, preservação e controle dos

estoques no canteiro;

• Foi observada a existência de uma cultura na organização que visa

obter a melhoria contínua comprovada pelas diversas certificações

obtidas, tais como ISO 9001, ISO 14001;

• De uma maneira geral, o gerenciamento do empreendimento é

suportado por um sistema de informações corporativo;

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• Há necessidade de estudar a utilização de técnicas, tais como

modularização e construtibilidade, para o planejamento das

atividades com a participação das áreas de construção e montagem;

• Há necessidade de criar um plano para levar ao estaleiro as

condições de manufatura enxuta, tendo o cuidado de reduzir as

distâncias e intensificar a utilização de gabaritos. Este estudo deve

ter como área prioritária o pipe shop.

• Há necessidade de estudar a utilização de indicadores/métricas para

o monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais

como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de

satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes etc..

• Há necessidade de estudar a utilização de um maior nível de

automação para atividades realizadas em espaços confinados,

através da utilização de robotização para operações de corte e

solda, aumentando a produtividade e as condições de segurança.

• Há necessidade de proceder à integração do Planejamento e

Controle dos fornecedores estratégicos ao Planejamento do

Empreendimento.

• Há necessidade de preparar um plano para prover uma integração

plena do planejamento e controle da área de SMS com o restante do

planejamento (custo, prazo, suprimentos, etc.) para os

empreendimentos em execução.

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• Há necessidade de proceder à integração da gestão de riscos ao

planejamento geral do empreendimento.

Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

A organização dedica-se às atividades de construção offshore, EPCI e

construção naval.

O canteiro do estaleiro apresenta boas condições de limpeza e

organização. Foi possível constatar, durante a visita, a existência de

avisos, cartazes e orientações com informações explicativas sobre

cuidados relativos à SMS. A administração do canteiro dedica bastante

atenção aos aspectos de SMS.

Foto 1- Exemplo de cartaz informativo sobre segurança.

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Foto 2- Cartaz alertando sobre utilização de EPIs

Esta atenção é confirmada:

1. Pela utilização de EPIs por parte dos funcionários, rotas de fuga

demarcadas, placas de avisos, e funcionários uniformizados.

2. Pelas certificações obtidas pela organização, tais como: ISO 9001, e

ISO 14001.

3. Pelo relato dos objetivos permanentes da administração em relação

à SMS, citados durante as entrevistas.

Não foram encontrados materiais e refugos espalhados pela linha de

produção.

O estaleiro apresenta em sua localização, ao menos na unidade visitada,

um problema para futuras expansões. Está situado em uma área entre um

Page 165: Diagnóstico organização industrial

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morro e o mar. Para sanar esta questão são utilizadas duas outras áreas,

onde são montados os módulos de plataformas.

De uma maneira geral, os ambientes industriais apresentam boas

condições de iluminação.

Foto 3 - Vista geral do interior de um dos galpões da fabricação, evidenciando-se os

níveis de iluminação local, e a ponte rolante utilizada para o deslocamento no interior da

edificação.

Foi observada a necessidade de disponibilidade de mais sanitários no

canteiro. Com esta providência os deslocamentos dos operários podem ser

evitados.

O estaleiro tem um layout misto. Apresenta aspectos de layout posicional,

no qual quem sofre o processamento fica estacionário, ou seja, os

maquinários, equipamentos, instalações e as pessoas se deslocam para o

local correspondente ao trabalho. E também contém um layout funcional,

em que máquinas e ferramentas são agrupadas de acordo com o tipo

geral de processo de manufatura. Este pode ser visto na área de

preparação de tubulações e na área de pintura.

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Foto 4 - Vista geral da área de corte e da caçamba de recolhimento de resíduos de corte.

Foto 5 - Equipamento de movimentação em operação.

Durante a visita realizada, foi possível perceber que o estaleiro possui um

número adequado de equipamentos de transporte e elevação.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) O estaleiro apresenta um bom grau de maturidade em relação à

conscientização de segurança. Foram observados cartazes exaltando

a importância da organização, limpeza e preservação do ambiente

de trabalho.

b) À semelhança de outros estaleiros visitados anteriormente, foram

observados soldadores trabalhando em condições ergonômicas

impróprias, como, por exemplo, na soldagem de uma peça que se

encontrar a uma altura imprópria para a execução. Ou seja, o

trabalhador se adaptava à disposição da peça a ser trabalhada em

vez de a peça estar numa posição melhor adaptada ao trabalho.

c) Utiliza-se um sistema integrado de gestão do empreendimento

permite uma boa integração entre as diversas áreas do

empreendimento – Planejamento e Controle, Suprimentos,

Engenharia etc. – possibilitando que os problemas sejam detectados

e resolvidos mais rapidamente.

d) O armazenamento de materiais é colocado em locais próximos aos

locais de utilização; existem normas e procedimentos estabelecidos

para o recebimento, para a estocagem e o controle de materiais e

peças. A integração através do software permite a localização e a

entrega do material necessário à fabricação e montagem com a

devida presteza.

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Proposição de Melhorias

a) Efetuar estudos em engenharia industrial, visando uma

otimização nas condições de soldagem, através da utilização de

gabaritos. Com isso a ergonomia será melhorada, e aumentará a

produtividade.

b) Realização de um estudo com o objetivo de verificar as condições

do chão de fábrica em relação ao número de sanitários

disponíveis.

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

Foi observado, durante a visita, que se procura concentrar as atividades,

fazendo com que os deslocamentos sejam minimizados. Existe uma lógica

de montagem com a qual os painéis são montados. Inicialmente, são

adicionadas as vigas de reforço. Depois, são conduzidas para a montagem

dos conjuntos. E, finalmente, transportadas para a área de montagem dos

módulos.

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Foto 6- Vista geral da área de corte de chapas.

As ordens de serviço são geradas pelo sistema técnico da empresa, para a

autorização do início das atividades. Elas ocorrem com o cruzamento das

informações derivadas do planejamento das atividades e das condições de

montagem.

Entretanto, esses documentos estão disponibilizados apenas no nível de

supervisão. Nos postos de trabalho, tais documentos não são utilizados

pelos trabalhadores no momento da execução da atividade, embora os

encarregados repassem as orientações necessárias para todos os seus

subordinados.

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Foto 7 - Exemplo de desenhos utilizados nos postos de trabalho

Existem áreas especializadas na preparação, no jateamento e na pintura

das chapas. Esta área tem um bom nível de automação, com controles

automatizados, bom nível de segurança para os operadores e

deslocamentos facilitados, através de galpões com tetos deslizantes.

É dada grande importância ao planejamento e ao sequenciamento das

atividades, para se evitarem conflitos entre as áreas. Procura-se fazer

com que as atividades transcorram dentro de uma seqüência lógica de

construção e montagem. A programação e o sequenciamento são algumas

das boas práticas analisadas na visita.

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Foto 8 - Vista geral da área de estocagem de chapas.

De uma maneira geral, como já evidenciado no tópico anterior, as

condições de SMS do canteiro são boas. Porém, a ergonomia, em certos

aspectos, deixa a desejar; o trabalhador, muitas vezes, tem que se

posicionar de forma inadequada para realizar as atividades de soldagem.

Embora se reconheça que, quando a solda é feita em pipeshop ou

workshop, as condições ergonômicas são sempre mais favoráveis do que

no próprio canteiro, pois há a aplicação das peças já montadas.

A programação das atividades dos operários é feita pelo SAP-R3, através

da emissão de folhas de controle de atividades.

Na área de pipeshop, foi observado que as técnicas de soldagem utilizadas

são modernas, e elas atingem o objetivo de tornar mais rápida a execução

do processo. No entanto, não há uma utilização intensiva de gabaritos que

facilitem a fabricação dos diversos spools de tubulação.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) O layout do canteiro apresenta uma organização lógica dos

postos de trabalho em torno dos módulos. No entanto, a

localização geográfica do estaleiro dificulta a possibilidade de

expansões futuras.

b) É dada muita importância à programação e à execução das

ordens de fabricação, aliadas à competência dos profissionais

envolvidos nas tarefas de programação e sequenciamento.

Proposição de Melhorias

a) Quando for decidida a localização dos postos de trabalho em torno

dos módulos, procurar aperfeiçoar, sempre que possível esta

localização privilegiando a minimização dos deslocamentos dos

materiais e operários;

b) Realizar estudos que procurem melhorar, dentro das limitações

existentes, as condições ergonômicas de trabalho nos postos de

trabalho dentro dos módulos;

c) Aprimorar a utilização de gabaritos para a soldagem de peças e

tubulações, privilegiando condições de melhor ergonomia e

produtividade.

Page 173: Diagnóstico organização industrial

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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O canteiro apresenta boas condições de transporte e movimentação com

um número adequado de equipamentos de elevação e transporte. Foi

constatada a existência de um número adequado de guindastes, pontes

rolantes, jib cranes, carrinhos pequenos para transporte, dolleys, etc.

A chegada do equipamento deve acontecer na data prevista, de modo a

ser colocado no módulo em tempo hábil, e com o intuito de não haver

movimentações desnecessárias pelo canteiro; ocupando mão-de-obra,

espaço e movimentações desnecessárias. Os cronogramas devem estar

alinhados com as atividades de fabricação, construção e montagem.

Foto 9 - Equipamentos de movimentação utilizados no estaleiro para transporte de

pequenas peças.

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A movimentação de pequenas cargas é realizada através de pequenos

carros manuais exclusivos para isto. Na oficina de fabricação dos spools, a

movimentação é realizada por pontes de carga específicas para tal

operação.

O armazenamento de materiais é localizado próximo aos locais de destino,

procurando reduzir o transporte dos materiais. Ou seja, é dada atenção ao

aumento da produtividade e à minimização dos deslocamentos.

Foto 10 - Vista geral da estocagem de chapas ao ar livre.

Na área de montagem dos módulos, foi verificado que o estaleiro possui

guindastes montados sobre caminhões móveis que tem capacidades de

elevação e deslocamento de lança, suficientes para atender a todas as

necessidades do empreendimento. As operações de transporte e elevação

de peças são conduzidas dentro das condições especificadas pelas boas

práticas preconizadas. As pontes rolantes são dotadas de sirenes que,

quando acionadas, avisam aos operários que há cargas em deslocamento.

Além disso, os operadores das pontes rolantes são treinados para uma

operação segura do equipamento.

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Todos os transportes de cargas possuem sinalizadores para prevenir

acidentes com os operários no canteiro. Da mesma forma, os guindastes,

ao içarem alguma carga, fazem esta operação dentro dos cuidados

necessários, demonstrando a preocupação da administração com SMS, e

evidenciando a preparação adequada dos profissionais especializados

nesta operação.

O transporte das peças pesadas dentro do galpão de fabricação é

realizado através de pontes rolantes, que tem a capacidade de carga

necessária para a boa condução do serviço.

Figura 11 - Ponte rolante em operação.

A operação de chapas e peças de grande porte que necessitem de

jateamento e pintura, é movimentada através de uma linha de montagem

totalmente automatizada. Assim sendo, os deslocamentos de um galpão

para outro são executados de forma a aumentar a produtividade e a

segurança. No entanto, devido a problemas específicos de localização

geográfica, há limitações para a localização da área de jato e pintura.

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Certamente, se houvesse espaço, estas áreas poderiam ser mais bem

localizadas.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) O estaleiro apresenta boas condições de transporte e movimentação

com um número adequado de guindastes móveis, empilhadeiras,

trolleys, etc., facilitando a locomoção de peças, materiais e

equipamentos.

b) O armazenamento de materiais é colocado, prioritariamente,

próximo aos locais de destino, procurando reduzir o transporte dos

materiais.

c) Um ponto forte encontrado no estaleiro foi a existência de grandes

guindastes, com capacidades suficientes para as operações de

movimentação e elevação necessárias para as operações de

montagem dos módulos.

d) Há também procedimentos e métodos para as operações de

transporte e elevação de cargas, contendo as instruções necessárias

sob o ponto de vista de SMS.

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Proposição de Melhorias

a) No estaleiro, não foi constatada a existência de caminhões-aranha

que podem facilitar os deslocamentos de peças pesadas. Esta é uma

prática adotada em estaleiros no exterior.

b) Outra possibilidade de melhoria é a realização de um estudo para

aumentar as possibilidades de transporte de peças no pipe shop.

Estes estudo deverá verificar a possibilidade de dotar a área de

trabalho de equipamentos que agilizem a movimentação e

aumentem a produtividade.

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Em relação a máquinas e ferramentas, foi observado que o estaleiro utiliza

máquinas semi-automáticas para a realização das atividades, gerando

maior produtividade na execução.

Todos os instrumentos e equipamentos utilizados são aferidos, pois devem

apresentar a garantia desta aferição para serem utilizados. São aferidos

por órgãos especializados e, alguns, por padrões internos. Nas

manutenções periódicas são feitos registros no TAG do equipamento. As

atividades de manutenção e reparos se dão através de programação

gerenciada pela Manutenção, elaborada em parceria com o Planejamento

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e Produção; e, também, através de controle mensal de instrumentos,

efetivado pela metrologia e executado através da ferramentaria.

Os principais cuidados que devem ser tomados na movimentação de

cargas e equipamentos dentro do canteiro de obras, envolvem:

sinalização para carga em movimento; alertas e avisos evidentes que não

consintam em ficar sob as cargas.

A cada três meses é feita a reavaliação dos dispositivos de carga, como

estropos e manilhas, identificando-os adequadamente de forma visual.

Para cargas com peso acima de 50 toneladas, ou geometria especial, é

feita APR específica.

Em determinadas situações, dependendo do carregamento, do tempo de

movimentação e das condições climáticas, são avaliadas as condições de

vento, mar, correntes marinhas e eventuais obstáculos ou limitações ao

transporte, e as condições de manobras, como o uso de balsas com

thrusters.

Na liberação prévia das máquinas, equipamentos e ferramentas, antes de

iniciadas as atividades diárias, observam-se os seguintes cuidados: todos

os equipamentos sofrem manutenção periódica, e são inspecionados e

entregues aos funcionários em condições adequadas de uso. Caso haja

problemas, ela é devolvida à ferramentaria, onde pode ser segregada e

enviada para a devida correção ou pode ser sucateada.

Para os equipamentos, existe um check-list obrigatório ao operador, para

analisar se as condições do equipamento são atendidas. No caso das

máquinas de solda, existe uma etiqueta identificando o prazo de validade

daquela manutenção.

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O estaleiro possui um galpão destinado à fabricação de pipe spools, onde

estão concentradas as atividades de fabricação das tubulações. Na

fabricação das tubulações, a utilização de gabaritos de montagem poderia

estar mais intensificada, gerando maiores facilidades para a montagem.

Existe um sistema integrado de controle que dá suporte a um sistema

maior, por exemplo, o software Primavera. Há um tripé entre

Planejamento, Programação e Controle. O software Primavera oferece

condição de gerenciamento das atividades de planejamento, possibilitando

programá-las de modo integrado.

O estaleiro está iniciando uma série de treinamentos para automatizar

ainda mais o processo, incluindo o acompanhamento das programações

efetuadas pelos supervisores mediante palmtop (programa ainda não

implementado). Atualmente, no planejamento das atividades emprega-se

o software de maquete eletrônica (PDS - Plant Design System).

Na verificação da predominância de práticas de engenharia

simultânea/concorrente, da identificação das etapas dos processos em que

estão mais presentes, e do paralelismo entre o planejamento e a

execução das atividades, percebe-se que a informação do projeto pode

ser obtida a qualquer momento. O PDS está ajudando muito neste

sentido, detectando interferências de projeto muito mais facilmente. O

trabalho com maquete eletrônica obriga que as disciplinas interajam entre

si. Os desenhistas projetistas vão desenhando na mesma folha,

sobrepondo os projetos, possibilitando, assim, uma visão geral. Então, na

medida em que se vai desenhando, vão-se observando as interferências.

Esse paralelismo entre as atividades também acontece.

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Relatório Final E&P - 27.6

São integrados em um sistema os processos de Engenharia, Suprimento e

Produção, em nível de gestão. As datas dos materiais, dos equipamentos

instalados e da engenharia são lançadas no sistema de planejamento.

Este arquivo é atualizado semanalmente. Estas atualizações constantes

acontecem devido às quantidades de mudanças do sistema. Todas as

datas são documentadas; por exemplo, se houver um atraso na entrega

do equipamento pelos fornecedores, este fato também é lançado na tabela

ou banco de dados.

Para alterações de procedimento de execução existe uma lista master, na

qual todo executante detém um número que protege os procedimentos

utilizados por ele. Se essa lista for atualizada, esse procedimento é

imediatamente substituído, sempre que esteja na sua ultima emissão, e

disponibilizado na rede. Os técnicos e encarregados têm acesso a esses

procedimentos de trabalho. A partir daí esses procedimentos são

distribuídos aos trabalhadores.

Em alguns elementos identificados, tais como painéis elétricos e

equipamentos, existe um sistema de acompanhamento mediante um

programa de computação. O insumo é etiquetado com informações,

como: data de lubrificação periódica, e indicação quanto à preservação.

Outras preservações também ficam a cargo da produção.

A existência de um software integrador (no caso do estaleiro, o SAP/ R3)

permite a integração adequada de todas as áreas da organização e do

cliente. Foi comentada, durante a visita, a existência de uma base de

dados de planejamento e controle único para Contratado e Contratante

com acesso on-line, alimentado por sistema de código de barra.

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O controle de saída e entrada de materiais é assistido pelo sistema de

gerenciamento. Cada material para ser liberado deve ser primeiro orçado

no SAP/R3, depois, precisa ter confirmada a sua compra e recebimento.

Nesse momento, a peça é cadastrada e são anexadas às documentações

de inspeções, aos certificados de qualidade e aos ensaios realizados. Após

essas providências, cada peça é codificada dentro do SAT. Apenas quando

a atividade estiver na programação diária é que poderá ser retirada pelo

operário no almoxarifado.

As máquinas utilizadas pelo estaleiro para as operações de corte e

soldagem são modernas com boas condições em termos de recursos de

automação. Da mesma forma, as operações de jateamento e pintura são

executadas por equipamentos com um grau de automação suficiente para

apresentar uma boa produtividade.

Foto 12 - Máquina de corte em operação.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) A empresa tem como ponto forte a utilização de um bom sistema de

gerenciamento do empreendimento. Desta forma, torna-se possível

exercer um controle total do empreendimento em relação a prazos,

custos e qualidade; além de permitir uma perfeita integração entre

os diversos setores que participam do empreendimento.

b) Existem planos de manutenção para as máquinas e equipamentos

que se apresentam em boas condições de utilização.

c) Foi verificada a existência de um bom sistema de controle e

rastreamento de materiais, de maneira a otimizar as atividades de

suprimentos e almoxarifados.

Proposição de Melhorias

a) Criação de um plano diretor de automatização para o estaleiro,

permitindo que a boa situação atual em relação à automação e

utilização de sistemas de apoio seja mantida e atualizada.

b) Intensificar a utilização da automação na área de corte e solda,

enfatizando a aplicação das técnicas de manufatura enxuta.

c) Estudar a utilização de um maior nível de automação para

atividades realizadas em espaços confinados, através da

utilização de robotização para operações de corte e solda;

aumentando a produtividade e as condições de segurança.

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Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Observou-se que a estocagem de materiais é uma boa prática realizada

pela organização. Existe um bom controle dos materiais, o que permite a

rastreabilidade.

Foto 13- Vista geral de almoxarifado.

Foto 14 - Conjunto de peças separadas por projeto aguardando inspeção.

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Foto 15 - Chapas estocadas.

O material é preservado e identificado através de etiquetas de

identificação. Os materiais são acondicionados em boas condições de

armazenamento, e dispostos dentro das boas práticas prescritas. Foi

percebido pelos pesquisadores que há procedimentos, técnicas e rotinas

que buscam evitar problemas de perda da qualidade da peça, motivada,

por exemplo, pela oxidação, umidade e corrosão. As peças se encontram

em cima de cavaletes de madeiras, impedindo seu contato com o chão.

Foto 16 - Peças estocadas com identificação.

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O controle de saída e entrada de materiais é feito pelo sistema de

gerenciamento (SAP/R3). Cada material, para ser liberado, deve ser

primeiro orçado, e precisa ter confirmada a sua compra e recebimento.

Após isto, a peça é cadastrada e são anexadas as documentações de

inspeções, certificações de qualidade e ensaios realizados. Com isso, cada

peça é codificada dentro do sistema. Apenas se a atividade estiver na

programação diária é que ela poderá ser retirada pelo operário do

almoxarifado.

Os responsáveis pelos almoxarifados devem seguir a programação

expedida pelo sistema de programação e controle. Portanto, devem estar

em contato constante com a equipe de planejamento e controle,

informando o que foi realizado e mantendo o planejamento e controle

atualizado em relação ao andamento dos materiais.

Existem cartazes explicando as boas práticas de SMS; os materiais

perigosos estão segregados em locais restritos e com cartazes

informativos sobre as condições de manuseio e armazenamento.

Existe um sistema de tagueamento de itens críticos permitindo um

controle mais eficaz dos componentes críticos tais como válvulas.

Existe uma segregação de materiais, peças, conjuntos por projeto. Foi

observado que existem locais próprios para armazenamento dos itens de

cada projeto em execução.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) O estaleiro possui procedimentos, técnicas e rotinas que visam

garantir o controle dos estoques no canteiro, estejam esses

estoques em almoxarifados, cobertos ou ao ar livre.

b) A integração da área de almoxarifados com o planejamento e

controle é de bom nível; os métodos utilizados garantem que os

materiais sejam utilizados dentro da programação prescrita,

minimizando a possibilidade de erros na entrega.

c) Os materiais são segregados por projetos e estão devidamente

identificados.

Proposição de Melhorias

a) Avaliar a utilização de tecnologias atuais, como a RFID para a

identificação dos itens em estoque.

b) Avaliar a utilização de sistemas e equipamentos modernos para

equipar os almoxarifados, através de recursos de tecnologia de

informação, aumentando, assim, a produtividade.

c) Realizar treinamento de pessoal, de modo a reforçar a aplicação dos

procedimentos de identificação e de controle e estocagem de

materiais.

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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

A disposição das oficinas, dos armazéns, da área de docagem, do dique,

da carreira e das áreas de suporte, obedece a uma lógica de

processamento e deslocamento otimizado.

Logo após a entrada do estaleiro, existe um depósito de chapas metálicas

trazidas do fornecedor, via transporte rodoviário ou marítimo. Em ambos

os casos existe acesso rápido pelo fornecedor a esse depósito. Dali as

chapas são transportadas por pontes de carga até a oficina de

jateamento, situadas a frente do depósito. Depois disso, estas são levadas

por pontes rolantes para a oficina de processamento de chapas, ao lado

da oficina de jateamento, onde receberão corte, soldagem,

encurvamento; conforme o caso cujo layout é funcional. Paralelo à oficina

de jateamento há um estoque fechado de peças e materiais, que está tão

próximo da entrada do estaleiro - para descarga de fornecedor – quanto

do depósito aberto de chapas metálicas.

Adiante há uma marcenaria e uma oficina de soldagem de pequenas peças

metálicas, para suprir todas as demandas do estaleiro.

Num local mais isolado das demais áreas, existe um estoque específico,

para produtos inflamáveis ou tóxicos, que se mantém fechado e com

elevado rigor de controle de entrada e saída desses itens.

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Como o estaleiro atende à demanda naval e offshore, há um dique seco

para embarcações pequenas e um cais com capacidade para docagem de

navios de grande porte ou plataformas. O dique e o cais estão próximos

um do outro, de forma que possibilitam o compartilhamento de materiais

básicos (tábuas de madeira, andaimes, cabos, entre outros) do estoque

intermediário que fica disposto entre eles em local aberto.

Foto 17 - Vista geral do dique.

Entre esses locais de montagem, também existe uma oficina de

manutenção, uma ferramentaria central, uma casa de bombas e um paiol

de extintores; todos com o fim de atender às necessidades dos navios e

plataformas no seu entorno.

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Foto 18 - Vista da casa de bombas

Observa-se, inclusive, guindastes fixos, de capacidade e quantidade

limitada em relação à capacidade de montagem do estaleiro, dedicadas ao

dique seco e ao cais.

Foto 19 - Guindastes em operação junto ao cais.

O deslocamento das chapas processadas até as oficinas de montagem dos

módulos não é otimizado, já que é necessário contornar a área do dique e

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do cais para chegar às três oficinas. No entanto, esse distanciamento é

compensado pelo fato de as três oficinas de montagem dos módulos

estarem situadas ao lado da carreira de montagem de embarcações.

Assim, as três oficinas estão dispostas lado a lado e o layout de cada uma

é posicional, ou seja, a mão de obra trabalha em torno do produto. O

deslocamento das sub-montagens dentro das oficinas obedece a uma

sequência progressiva de montagem.

Ao final do primeiro galpão, a sub-montagem é transportada para o

galpão ao lado, por meio de pontes de carga, para a continuidade do

serviço, até que chega ao último galpão, onde uma barreira de alumínio é

suspensa para colocação do módulo sobre a carreira. Do outro lado da

carreira existe uma oficina de pintura fechada e uma aberta. No primeiro

caso, há um teto móvel para colocação dos módulos pintados em cima da

carreira. Ao lado destas oficinas, há uma oficina de tubulações. Como os

spools não são fabricados pelo estaleiro, há acesso, pelo fornecedor, a

essa oficina por via marítima e rodoviária.

Os prédios de suporte à atividade do canteiro estão situados na região

central do estaleiro e o vestiário encontra-se atrás desses prédios; mais

próximos às oficinas de montagem dos módulos e da carreira.

É dada grande importância ao planejamento, principalmente ao

sequenciamento das atividades, para que não existam conflitos entre as

áreas. O planejamento procura fazer com que as atividades ocorram em

uma seqüência lógica de construção e montagem. Foi enfatizado, durante

a visita, que um dos fatores para o bom planejamento e sequenciamento

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das atividades é a existência de um sistema integrado de gerenciamento

do empreendimento.

Os postos de trabalho são organizados em torno dos módulos. No entanto,

foi observado pelos pesquisadores que as distâncias de deslocamento

podem ser melhoradas.

Em geral, as condições de SMS no canteiro são boas, existindo um

número adequado de sinalizações relativas a instruções de SMS. Os

operários usam uniformes e os EPIs necessários para a execução das

diversas tarefas.

As ordens de trabalho, geradas pelo sistema de gerenciamento, contêm os

desenhos técnicos, isométricos e a programação das atividades facilitando

o desempenho das tarefas.

As máquinas estão em bom estado de conservação, identificadas através

de códigos e etiquetas; e possuem instruções de segurança, conservação

e utilização.

Foi observada a existência de procedimentos de movimentação de

material. Há áreas definidas para entrada e saída de caminhões, para

descarga de chapas e outros materiais pesados.

Como já relatado em outro tópico, o estaleiro possui um layout misto.

Apresenta aspectos de layout posicional, mas, também, contém layout

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funcional. Este pode ser visto na área de preparação de tubulações e na

área de pintura.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Um ponto forte observado é a existência de uma linha de produção

de tubulação para atender a todos os projetos no canteiro. Desta

forma, consegue-se reunir todos os recursos necessários para essa

atividade no mesmo lugar. Portanto, é facilitada a gestão desta

atividade em termos de monitoramento e controle.

b) A disposição física do trabalho ajuda a integração das atividades,

diminuindo o deslocamento das equipes dentro dos mesmos,

possibilitando uma maior produtividade no trabalho de montagem e

construção dos módulos.

c) O fato da programação e o sequenciamento das atividades serem

executados através do sistema de gerenciamento do

empreendimento é um ponto forte.

d) No que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização

relacionada à questões de segurança/acidentes, meio ambiente,

saúde e limpeza do local.

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Proposição de Melhorias

a) Criar um plano para levar ao estaleiro as condições de manufatura

enxuta, tendo o cuidado de reduzir as distâncias, intensificar a

utilização de gabaritos. Este estudo deve ter como área prioritária o

pipe shop.

b) Revisão e atualização das condições ergonômicas de alguns postos

de trabalho, procurando revisar as atuais condições existentes. Deve

ser levado em consideração que alguns trabalhos são realizados em

locais confinados e que, nem sempre, esta revisão será possível.

O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

Foi observada a existência de uma cultura que busca a melhoria das

competências em sistemas de gestão de produção, operação e de

projetos. A existência desta cultura é comprovada pelas certificações que

a empresa possui, tais como ISO 9001, ISO 14001, ISO 14100, OHSAS

18001, SA 8000; e diversos prêmios recebidos na área de projetos do

setor de Óleo e Gás.

Conclui-se que o estaleiro está atento para a utilização das boas práticas

ditadas por organizações como o PMI e CII.

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As normas e procedimentos relativos à Organização da Produção utilizados

na obra são as específicas para cada projeto. Os procedimentos são as

constantes no plano da qualidade. Consolidação das Leis trabalhistas;

NR’s; Legislação ambiental; SISLEG; Requisito de QSMS. Há normas,

regulamentos, procedimentos, instruções técnicas e instruções de serviços

para a execução das atividades, de acordo com o determinado nos anexos

contratuais específicos do empreendimento.

No caso de existência de conflitos entre a legislação, normas e demais

documentos utilizadas no empreendimento, o procedimento adotado para

solucionar tais conflitos é o de adotar a legislação mais exigente.

Foto 20 - Cartaz existente com os contatos de emergência.

A organização tem um sistema integrado de gestão, utilizando a

plataforma SAP/R3, que permite a integração total com todas as áreas

envolvidas no empreendimento. O estaleiro utiliza, de maneira extensiva,

o software de planejamento e controle, interligando todas as disciplinas do

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EPC e a fabricação e montagem, a partir de uma base de dados

alimentada e acessada por todos. Desta forma, a produtividade é

maximizada e as informações são disponibilizadas para todos os

envolvidos.

A organização trabalha com EAP estruturada no mesmo nível de detalhe

do cronograma.

O estaleiro trabalha com uma base de dados de planejamento e controle

único para Contratado e Contratante, com acesso on-line e alimentado por

sistema de código de barras.

Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) Foi observada na organização a existência de uma cultura que visa

obter competências em sistemas de gestão, sejam eles de

produção, operação ou projetos.

b) O trabalho do projeto está representado através das principais

entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto). No

entanto, as ferramentas de planejamento e controle continuaram a

ser encaradas, por alguns setores da organização do

empreendimento, apenas como obrigação contratual e não como

ferramenta fundamental para o desenvolvimento bem sucedido do

próprio empreendimento.

c) Realização de reuniões periódicas de negociação do planejamento

com as áreas envolvidas para definir as atividades. Desta forma, são

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evitadas interferências entre essas áreas no ambiente de construção

e montagem.

d) Integração existente entre o planejamento e controle da fabricação,

e montagem dos módulos com o planejamento global do

empreendimento.

e) Integração do planejamento e controle dos fornecedores

estratégicos ao planejamento integrado do empreendimento. Além

disso, o planejamento e controle não integram a cadeia de

fornecimento na extensão necessária, isto é, permitindo uma

antecipação em tempo real de ações corretivas nos principais itens

de fornecimento.

Proposição de Melhorias

a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos

para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.

b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o

monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais

como nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de

satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.

c) Proceder a integração do planejamento e controle dos fornecedores

estratégicos ao planejamento do empreendimento, com links em

número suficiente que permitam, em tempo real, sinalizar ganhos e

atrasos de prazos de fornecimento e seus impactos no cronograma

geral do empreendimento, para que ações corretivas possam ser

tomadas a tempo.

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d) Verificar a possibilidade de incorporação de metodologias de

planejamento integrado bem sucedidas em outros segmentos, tais

como a de manufatura enxuta ao mercado de óleo e gás.

e) Desenvolver propostas de treinamento e gestão de mudança para

serem levadas aos setores ainda renitentes à utilização do

planejamento e controle, como ferramenta eficaz de gerenciamento

do empreendimento e não apenas uma obrigação contratual.

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

Na estruturação do plano de Sistema de Gestão Integrada, das normas de

gestão contempladas e dos processos de avaliação, leva-se em

consideração, desde o início, o estabelecimento da Política do

Empreendimento; a partir da elaboração de dois Planos Principais: Plano

da Qualidade e Plano de SMS, associados ao manual do Sistema Integrado

de Gestão - SIG (Corporativo). Baseia-se nas normas NBR ISO 9001/2000

e 14001/2004, além das normas OHSAS. Com o apoio do Corporativo, a

alta direção do empreendimento participa da reunião de análise crítica

semestral e de reuniões periódicas de indicadores de desempenho. A alta

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direção está presente nas reuniões mensais gerenciais de QSMS do

empreendimento, realizadas junto à fiscalização da contratante.

O que observou na visita é que o empreendimento já havia implantado o

seu sistema de gestão anteriormente ao contrato em vigor. Os processos

de contratação, por obra específica, dificultam a perenização e

manutenção das culturas e a contínua evolução dos processos de gestão.

O estabelecimento dos controles de atendimento às normas e

regulamentos legais e contratuais se dá a partir do acompanhamento das

informações geradas pela área de SMS, bem como dos resultados das

análises críticas efetuadas e auditorias realizadas pelo Corporativo e

auditorias externas (semestralmente).

A avaliação dos indicadores de desempenho é feita em reuniões internas.

Consideram-se também os resultados das auditorias da contratante. Por

ano são realizadas 5 auditorias, sendo 2 internas, 2 externas e 1 da

contratante.

b) Suprimentos

A organização tem boas práticas de gestão de fornecedores. Existem

métodos, ferramentas e procedimentos que dão suporte a estas práticas.

Existe uma boa interação entre Suprimentos e as demais áreas envolvidas

no empreendimento. No entanto, é necessário proceder a integração do

planejamento e controle dos fornecedores estratégicos ao planejamento

do empreendimento.

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c) Riscos

Durante a visita e, pelas entrevistas realizadas, não foi possível perceber a

existência de um planejamento e controle sistemático de riscos do

projeto, conforme sugerido pelas boas práticas de organizações como PMI,

IPMA e CII.

Não houve constatação de que a gestão de riscos está integrada ao

planejamento. Será interessante a introdução de ferramentas de análise

de riscos, podendo ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.

d) Custos

O controle de custos é realizado em reuniões regulares, nas quais são

discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, e as medidas

para contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.

Foi observado que inexiste a medição dos custos causados pelas “não

conformidades” de SMS. Portanto, é interessante o Estabelecimento de

um procedimento de controle do custo destas “não conformidades”.

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Oportunidades de Melhorias

a) Preparar um plano para prover uma integração plena do

planejamento e controle da área de SMS com o restante do

planejamento (custo, prazo, suprimentos, etc.), para os

empreendimentos em execução.

b) Proceder à integração do planejamento e controle dos fornecedores

estratégicos ao planejamento do empreendimento.

c) Proceder à integração da gestão de riscos ao planejamento geral do

empreendimento.

d) Proceder à introdução de ferramentas de análise de riscos, podendo

ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.

e) Estabelecer procedimentos de controle do custo das “não

conformidades” de SMS.

f) Estabelecer procedimentos de recursos humanos, para provimento e

retenção de mão de obra qualificada para as funções chave no

estaleiro, tanto de pessoal operacional e técnico, como de

supervisão.

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Estaleiro F

Resultados sumarizados ....................................................... 202

Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 203 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 203 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 210

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 210 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 210 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 213

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 214 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 214 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 217

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 217 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 217 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 220

Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 220 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 220 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 224

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 224 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 224 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 226

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 228 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 228 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 229

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 230

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 230

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Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• Cultura de SMS amplamente divulgada e praticada;

• Conceitos de organização e limpeza praticados em todos os sites;

• Forte programa de treinamento abrangendo a todos os trabalhadores;

• Responsabilidades claras, objetivas e descritas nos principais

documentos de SMS, abrangendo todos os níveis gerenciais;

• Relações de subordinação muito bem definidas;

• Preservação do núcleo de empregados, mesmo após o término dos

contratos;

• Preservação da gestão do conhecimento, através da WEB, divulgadas a

todos os sites da empresa;

• Emprego de ferramentas baseadas na WEB para a análise,

armazenamento das informações e divulgação das ocorrências;

disponíveis a todos os empregados que possuem acesso à WEB;

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• Participação de programas de benchmarking com outras empresas ou

estaleiros, para a permanente troca de conhecimentos;

• Incorporação dentro dos procedimentos operacionais das questões de

SMS. Além de ser um elemento simplificador do processo, transfere ao

executante dos serviços a responsabilidade pelo cumprimento das

determinações de SMS;

• Utilização maciça de tecnologias de várias partes do mundo, em

atividades terceirizadas ou mão de obra terceirizada;

Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro apresenta boas condições de organização e limpeza. Os postos

de trabalho estão bem posicionados nos galpões de trabalho, que

possuem as dimensões necessárias e suficientes para as características

produtivas ali desenvolvidas. Essas condições fazem parte da cultura da

organização, disseminada continuamente em todos os níveis de trabalho.

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Foto 1 - Vista parcial do canteiro

Os critérios considerados para implantação das edificações, das áreas de

estocagem e produção e das redes dos sistemas auxiliares de produção

(energia elétrica, ar condicionado, ar comprimido, óleo e gás e outras), no

projeto do canteiro de obras, especificamente no site visitado, são

dependentes das limitações físicas existentes. As instalações são as

mesmas dos projetos anteriores e têm atendido às exigências contratuais.

Assim, em função dos espaços físicos, são definidos os critérios de

ocupação dos mesmos. Deve ser considerado, também, que a organização

trabalha com elevados níveis de terceirização entre suas próprias

dependências, em vários lugares do mundo, por razões de níveis de

salários, facilidades em obtenção de insumos, dentre outras. Dessa

maneira, a questão do espaço físico deixa de ser relevante, na medida em

que atenda às demandas existentes.

Na transferência da fabricação e montagem para sites de terceiros, o

estaleiro observou ganhos no cumprimento dos prazos, encurtando o

período de construção, já que as atividades podem ser desenvolvidas em

paralelo. Outro aspecto considerado foi o dos custos, pois se torna mais

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barato fazer os trabalhos nos países do Leste Europeu, em razão dos

menores custos da mão-de-obra e da menor incidência de impostos e

encargos. Em todos os casos e independentemente das razões para a

terceirização das atividades de fabricação e montagem, são oferecidas

garantias contratuais.

O estaleiro prioriza a mínima movimentação possível de cargas em altura.

Dessa forma, são utilizados trolleys, pórticos e pontes rolantes em

detrimento de guindastes. Como o número de guindastes é pequeno e

suas capacidades de carga são limitadas, as movimentações de carga em

altura são dependentes desses quesitos técnicos e de segurança.

Todos os equipamentos empregados são definidos em função dos

caminhos e rotas existentes, dos tipos de trabalhos realizados e das

condições operacionais e de segurança definidas para cada operação.

A definição dos critérios de modularização da fabricação é tomada pelo

próprio estaleiro, em vista das necessidades que foram identificadas ainda

na fase do planejamento das atividades de fabricação e montagem.

Por opção da empresa, as movimentações de carga são limitadas a

pequenas alturas, privilegiando-se as movimentações a pequenas alturas,

através de pórticos e pontes rolantes. Para que isso ocorra, recorre-se a

um elevado nível de pré-montagens. Assim, há um reduzido número de

guindastes em operação no estaleiro.

Os trabalhadores são orientados a manter o local de trabalho sempre

limpo e sem desperdícios. Os resíduos gerados são segregados e

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controlados, sendo que muitos são reciclados. Os profissionais de Meio

Ambiente da equipe de SMS dão o necessário apoio a essas questões.

Esse nível de conscientização já está disseminado pela força de trabalho.

Existe uma preocupação em se aproveitar a luz solar através da utilização

de telhas transparentes. Outro aspecto em relação à iluminação diz

respeito à utilização de refletores flexíveis dentro dos módulos em

construção. Assim, a iluminação é otimizada, nos locais em que a

iluminação solar ou aquela proveniente das lâmpadas localizadas na parte

superior do galpão é deficiente.

Foto 2 - Vista parcial de um dos galpões industriais

A administração do estaleiro apresenta uma forte preocupação com SMS.

Todos os profissionais se apresentam uniformizados e utilizando os EPIs

necessários. Além disto, existem diversos cartazes com informações sobre

SMS, dispostos em locais de fácil visualização.

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Foto 3 - Vista do interior do chão de fábrica

Tanto na foto acima quanto na seguinte, percebe-se o elevado grau de

organização e limpeza dos galpões, com áreas de circulação e de depósito

de materiais demarcados. Verifica-se a presença de exaustores de ar; e as

áreas de circulação utilizadas são facilmente acessíveis.

Foto 4 - Vista parcial do arranjo físico do chão de fábrica

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O arranjo físico contempla um cais de projeto e oficinas junto ao cais. A

localização das oficinas se dá em função das razões de racionalização dos

transportes necessários. Foi observada uma grande quantidade de docas e

cais com capacidade para atender a vários clientes e várias embarcações

simultaneamente. No momento, a dimensão física do canteiro é adequada

ao total de embarcações em processo de reparo ou conversão. E, caso

haja necessidade de se aumentar as áreas, há espaço suficiente para

expansão.

As instalações auxiliares ficam localizadas de modo a não interferir nas

atividades comuns aos vários empreendimentos, visto que, em muitos dos

processos, há um elevado número de atividades de modularização, em

âmbito interno, que se confundem com atividades de pré-montagem.

Essas ocorrem para aumentar os níveis de produtividade do estaleiro.

Afora isso, com esses processos, reduz-se bastante o emprego de

equipamentos de grande porte para elevar as cargas, priorizando-se o

transporte sobre trolleys. Como o número de guindastes é pequeno e suas

capacidades de carga são limitadas, as movimentações de carga em altura

são dependentes desses quesitos técnicos e de segurança.

Os funcionários são continuamente informados a respeito dos conceitos de

"construção enxuta" e "edifício verde". O primeiro conceito é avaliado

como o da gestão do processo de modo mais barato possível, isto é, parte

do processo de melhoria contínua. Quanto aos conceitos de “edifício

verde”, a organização opera dentro dos padrões ambientais estabelecidos

pelas autoridades governamentais. A organização decidiu colocar muita

ênfase no "good housekeeping", que se traduz pelo progresso das obras

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com menos incidentes de HSE. Para a empresa, esses são fatores críticos

para o sucesso e produtividade.

Quanto ao aspecto do acompanhamento das atividades em sites de

terceiros, o estaleiro é representado por equipes locais, que ficam ali para

assegurar que o subcontratado opere segundo as normas de HSE da

organização a qual é subordinado o estaleiro, segundo os padrões de

qualidade e com a utilização dos procedimentos determinados em

contrato.

Um exemplo de inovação tecnológica introduzida no projeto, de modo a

contribuir para o cumprimento dos prazos contratuais, é o novo sistema

para rastrear os materiais empregados na montagem. Através da

etiquetação com código de barra, os materiais são armazenados e

localizados para aplicação imediata. Assim, reduz-se o tempo de procura e

o eventual emprego de material indevido, o que poderia ocorrer com

várias obras simultâneas em um mesmo site. A localização e a

identificação dos materiais são feitas por meio de leitores de código de

barras, que conectados com sistemas de geoposicionamento informam de

imediato a localização das peças. Estão sendo desenvolvidos esforços no

sentido de estender esse processo para os vários sites utilizados.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) Aproveitamento racional do espaço em função do número de

projetos em execução. A empresa denota considerar as condições

de limpeza e arrumação do chão de fábrica como um fator

importante para que sejam mantidas boas condições de trabalho.

Além disto, apresenta um alto grau de maturidade em relação às

condições de SMS.

b) Acurado controle de todas as etapas do processo de produção, com

capacidade de identificar por país qual o estágio de fabricação para

determinado projeto e quais os custos envolvidos.

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

Foi verificado que o lay out do estaleiro apresenta boas condições de

absorção dos postos de trabalho. É feito um planejamento do

aproveitamento do espaço disponível do estaleiro em relação ao projeto,

levando em consideração as limitações de espaço, guindastes etc.

Os critérios considerados para implantação das edificações, das áreas de

estocagem e produção e das redes dos sistemas auxiliares de produção

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(energia elétrica, ar condicionado, ar comprimido, óleo e gás e outras), no

projeto do canteiro de obras, especificamente no site visitado, são

dependentes das limitações físicas existentes. As instalações são as

mesmas dos projetos anteriores e têm atendido às exigências contratuais.

Assim, em função dos espaços físicos, são definidos os critérios de

ocupação dos mesmos.

Todos os equipamentos empregados são definidos em função dos

caminhos e rotas existentes, dos tipos de trabalhos realizados e das

condições operacionais e de segurança definidas para cada operação.

O arranjo geral é posicional. Assim sendo, os insumos convergem para o

local onde se dará a montagem. Os postos de trabalho orbitam em torno

dessa montagem, de modo organizado e disciplinado. Como há um efetivo

controle da produção, por meio de sistemas informatizados de controle, as

atividades se desenvolvem de modo a garantir a continuidade dos

serviços, sem lapsos de tempo, razão pela qual deve existir uma

racionalidade no posicionamento dos postos de trabalho.

Quando são realizadas atividades que necessitem de cuidados especiais

(em função, por exemplo, das características dos materiais e insumos

empregados, dimensões e geometrias das peças, formulação das

substâncias empregadas, equipamentos e ferramentas utilizados), são

elaborados estudos de análise de riscos. Estes estudos contemplam,

inclusive, as eventuais interferências com as demais atividades

desenvolvidas no mesmo site. Essas ações são previstas no planejamento

das atividades.

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Nas entrevistas, conduzidas com a administração do estaleiro, foi

informado que o conceito de operário flexível é utilizado. O grupo possui

outras empresas que são especializadas em atividades como elétrica,

instrumentação etc.. É dada para estas empresas a preferência na

condução destas tarefas. A razão apresentada para esta decisão é a de

que elas possuem maior capacidade e competência na condução de tal

tipo de atividades.

Existe por parte da administração do estaleiro a preocupação em manter a

força de trabalho em nível estável. Desta forma, garante-se a manutenção

da capacidade e competência. Toda mão de obra recém admitida é

submetida a treinamento formal.

Dentro da política desenvolvida pela administração do estaleiro no sentido

de facilitar a execução das tarefas pelos funcionários, existem desenhos

técnicos, isométricos e desenhos em “3D” nos diversos locais de trabalho.

Desta forma, possíveis dúvidas podem ser facilmente resolvidas.

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Foto 5 - Desenho 3D utilizado para facilitar execução de tarefas.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) Otimização dos vários ambientes de fabricação, levando em

consideração fatores como espaço, localização de guindastes

etc..

b) Utilização de padrões de esquemas de fabricação, desenhos 3D,

desenhos técnicos etc., na área de produção, facilitando o

trabalho e a verificação de eventuais desvios.

c) Utilização de treinamento formal para pessoal recém admitido.

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d) Existência de política de permanência da força de trabalho

sempre que possível. Desta forma, consegue-se manter o nível

de aprendizado alcançado ao longo do projeto.

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O site apresenta boas condições de transporte e movimentação. Existe

uma preocupação em se dotar o canteiro de áreas que permitam e

facilitem o deslocamento dos meios de transporte, para movimentação de

cargas.

Foi observada, também, a existência de pequenos carros para transporte

de pequenas cargas, pontes rolantes para transporte de cargas dentro dos

galpões, guindastes para transporte de médias e grandes cargas e

caminhões-aranha para transporte de cargas mais pesadas.

De uma maneira geral, o estaleiro apresenta uma capacidade muito boa

em relação a equipamentos de transporte. Existe um planejamento das

operações complexas de rigging e elevação de cargas. No entanto, não é

utilizado nenhum software especial para tal planejamento. Este

planejamento é feito utilizando-se ferramentas de uso geral como 3D. Foi

observada a existência de procedimentos, listas de verificação para as

operações de elevação de cargas.

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Foto 7 - Ponte rolante para transporte de peças no interior de galpão.

Foto 8 - Caminhão aranha utilizado para transportar cargas pesadas.

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Foto 9 - Vista de montagem executada no estaleiro.

Na foto anterior, tem-se um módulo em final de processo de

complementação, protegido por uma cobertura deslizante sobre trilhos,

que assegura a continuidade dos trabalhos mesmo sob condições

ambientais adversas.

Da mesma maneira que os guindastes fixos ou gruas, as pontes rolantes

existentes no interior dos galpões auxiliam no processo de fabricação, pré-

montagem ou montagem. Suas capacidades de carga estão

dimensionadas em função das atividades. Havendo necessidade, em um

mesmo galpão, podem existir duas pontes rolantes que passam a

movimentar a mesma carga. Normalmente, nos galpões, há apenas uma

ponte rolante. Isso não significa que a ponte é o único meio de

movimentação de cargas.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

O estaleiro apresenta boas condições de transporte e movimentação.

Existe uma boa diversidade dos equipamentos de transporte, atendendo a

todas as necessidades de transporte de cargas dentro das instalações do

estaleiro.

Há um planejamento das operações de elevação de cargas mais

complexas. Além disto, comprovou-se a utilização e existência de

procedimentos para movimentação e elevação de cargas.

Um ponto forte observado é o fato de que, ao término de um projeto, são

avaliados e alterados, se for necessário, os procedimentos utilizados. As

análises das lições apreendidas são repassadas para todos os demais sites

da organização.

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O estaleiro apresenta um bom nível de automação das máquinas e

equipamentos. Existe preocupação da administração para focar em

automação, na área de projeto e na área de fabricação. Na engenharia,

são utilizados recursos de PDMS e PDS, que são recursos de tecnologia de

informações auxiliares. Em relação à automação das máquinas e

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equipamentos, é dada prioridade aos aspectos de SMS, além do aumento

da produtividade. Utilizam-se recursos modernos como, por exemplo:

tecnologia PDA para controle e localização dos pipe spools. Além disto,

utilizam softwares de gestão de projetos.

Foto 10 - Mesa de corte de chapas planas, com máquinas modernas.

Foto 11 – Cobertura de um dos galpões de fabricação, com destaque para as placas

absorvedoras de ruídos, evitando que esses possam ser nocivos à saúde humana.

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A empresa possui estaleiros especializados para atividades específicas e

preparados para esses serviços. Havendo necessidade, é feito o

planejamento das atividades específicas, em que são dimensionados ou

escolhidos os dispositivos mais bem indicados. Há critérios básicos, como

o de as novas máquinas associarem qualidade de desempenho ao

atendimento aos requisitos de segurança.

Os critérios considerados para a definição dos planos de manutenção,

reparos, liberação e identificação das máquinas, equipamentos e

ferramentas, são definidos pelo departamento de manutenção, que é

responsável pelas ações. Para tal, é requerido que sejam repassados a

esse departamento os dados referentes ao cronograma do projeto, o que

será necessário e quando. As ferramentas mais perigosas, que

representem riscos de acidentes, têm uma identificação própria.

Os empregados são orientados a avaliar as condições de segurança de

suas ferramentas, todas as vezes em que forem buscá-las na

ferramentaria. Havendo problemas, esses devem ser relatados de

imediato para a substituição das ferramentas.

Os equipamentos e ferramentas são mantidos em condições de uso

imediato.

As máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial têm

em sua proximidade instruções específicas, ou orientações afixadas no

próprio equipamento. Em princípio, o trabalhador somente poderá operar

o equipamento para o qual foi treinado e capacitado.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) A empresa entende as vantagens da utilização de dispositivos

automatizados na produção, de maneira a aumentar as condições de

SMS, maximizar a produtividade e qualidade. Além disto, estende a

utilização da automação para outras áreas, como engenharia,

gestão de estoques, administração e outras. Desta forma,

aperfeiçoa sua gestão, de maneira a alcançar os benefícios de uma

utilização geral da automação e conseguir um aumento da

produtividade global.

b) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam

mantidos em condições de uso imediato. Além disso, as máquinas e

equipamentos que demandam uma operação especial têm

instruções específicas ou orientações afixadas no próprio

equipamento.

Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O controle de estoques do estaleiro apresenta condições muito boas. A

arrumação e o acondicionamento dos estoques se apresentam dentro das

condições técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de pallets,

não estando armazenados sobre o chão. As pontas de materiais, como

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tubos, estão protegidas com caps de plástico para impedir contaminação.

Dentro dos galpões, existem prateleiras para uma perfeita armazenagem

dos materiais estocados. Esta prática facilita a gestão e controle dos

estoques e aperfeiçoa o aproveitamento dos espaços. Os estoques são

controlados através de sistemas informatizados que proveem a

localização, a entrada e saída de itens. Para a identificação dos itens

estocados, são utilizados tags com códigos de barras, que permitem a

identificação e rastreamento dos mesmos.

Em relação à armazenagem das peças e equipamentos, percebe-se que há

procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda

da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e

corrosão.

Em relação à catalogação dos materiais guardados nos almoxarifados,

observa-se a utilização de boas práticas tais como: regras de codificação

dos itens armazenados, separação por tipo/família, identificação de

prateleiras e identificação por projeto.

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Foto 12 – Cobertura deslizante sobre trilhos empregada na linha de produção para

proteger os trabalhadores e as atividades das condições climáticas adversas.

Foto 13- Identificação de peças através de Tags.

Por intermédio da leitura dos códigos de barra de identificação dos

insumos, como apresentado na foto anterior, consegue-se localizar a real

posição de depósito do material e todos os custos a ele envolvidos, bem

como o momento planejado para a sua aplicação.

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Foto 14- Sistema automatizado de soldagem de chapas.

Para a catalogação e codificação dos materiais nos almoxarifados, existe

um sistema computacional interligado com toda a empresa. Tal sistema

controla não só aspectos físicos, como peso e dimensões, como aspectos

econômicos, como custos de fabricação e o total de homens hora gasto na

fabricação e manuseio, e aspectos logísticos, como a localização da área

de estocagem. Através desse sistema, consegue-se identificar o local de

armazenagem de imediato. O sistema é continuamente alimentado de

informações que podem ser acessadas em todos os sites da empresa.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) De uma forma geral, percebe-se que há procedimentos, técnicas e

rotinas que visam garantir o controle dos estoques no canteiro. Há

um número adequado de equipamentos de transporte e elevação,

conforme as necessidades atuais do estaleiro.

b) O estaleiro utiliza as boas práticas em relação à guarda,

identificação, movimentação e gestão dos estoques. Além disto,

existe a preocupação de utilizar os recursos de tecnologia de

informação, necessários para a boa prestação dos serviços.

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

A construção segue um sequenciamento lógico, que busca o

aprimoramento das atuais instalações do estaleiro. A busca da

racionalidade dos trabalhos executados no estaleiro é aperfeiçoada

através de reuniões de planejamento. Nestas reuniões, foca-se no

planejamento das operações, de modo a se obter o melhor roteiro,

considerando-se aspectos tais como: SMS, plena utilização do espaço,

disponibilidade de equipamentos de transporte e elevação, entre outros. O

projeto procura utilizar o conceito de modularização, facilitando, desta

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Relatório Final E&P - 27.6

forma, o trabalho e procurando uma disposição física que ajuda a

integração das atividades, diminuindo o deslocamento das equipes.

As instalações industriais proporcionam proteção para os colaboradores,

apresentando boas condições de limpeza, iluminação e segurança. São

apresentadas, ainda, boas condições de utilização dos equipamentos de

transporte, diminuindo as distâncias percorridas e os tempos

improdutivos. Desta forma, consegue-se melhorar bastante as condições

de produção.

Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização

relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e

limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso permanente de

equipamentos de proteção individual.

Existem áreas de coleta seletiva de material nos galpões, porém não foi

verificado se o procedimento de separação de materiais estava sendo

realizado.

É importante ressaltar que as preocupações com SMS são iniciadas na

fase de engenharia. Nesta fase são utilizadas técnicas como HAZOP,

FMEA, dentre outras. Estas preocupações também se estendem aos

fornecedores e subcontratados, que recebem as especificações de

segurança que devem ser seguidas.

Observou-se a existência de procedimentos de movimentação de material,

havendo uma preocupação com o estabelecimento de áreas, para o

deslocamento dos equipamentos de elevação e transporte de cargas.

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Relatório Final E&P - 27.6

Existe uma preocupação em se planejar a programação e o

sequenciamento das atividades, que são apresentados aos operários.

Existem quadros impressos, com desenhos/instruções de execução e

inspeção dos trabalhos técnicos da produção, com ótima qualidade de

impressão, facilitando o entendimento e execução das tarefas.

Como já observado, o estaleiro tem uma boa utilização das condições de

automação das diversas atividades que constituem o empreendimento. E,

assim, consegue-se um aumento da produtividade geral.

Foto 15 - Workshop de corte automático de chapas metálicas.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Existência de procedimentos de movimentação de material, com

áreas definidas para descarga de chapas e outros materiais pesados,

além do amplo uso de equipamentos de elevação e transporte de

cargas.

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b) Elevada produtividade na utilização dos modais, obtida através de

um planejamento adequado.

c) Cultura da organização com foco no planejamento. O modelo de

planejamento e controle adotado atende a todas as atividades e

contempla todas as disciplinas envolvidas. Esse planejamento é

continuamente analisado, com discussões diárias ou semanais em

vários níveis gerenciais; os resultados são repassados a intervalos

semanais. Um ponto forte são as reuniões de planejamento das

operações, visando o seu aperfeiçoamento. A apresentação

frequente do resultado destas reuniões também é uma boa prática

utilizada na produção.

d) Existência de quadros com desenhos 3D, permite um melhor

entendimento e esclarecimento de dúvidas por parte dos

empregados.

e) Ampla sinalização relacionada a questões de segurança/acidentes,

meio ambiente, saúde e limpeza do local.

f) Utilização bem sucedida de controles de fabricação e montagem,

além daqueles repassados para as subcontratadas. Este controle é

feito através de sistema gerencial da própria empresa. Os relatórios

gerenciais são gerados pelo próprio sistema e divulgados conforme

programação, sendo realizadas análises periódicas dos desvios

ocorridos.

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O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

O empreendimento é definido em suas diferentes fases, contendo a

descrição das principais atividades; e divide-se em fase estratégica e fase

de execução. Todas as fases do projeto têm listas de verificação. Foi

observado que são utilizados, intensamente, recursos de tecnologia da

informação no desenvolvimento do projeto.

Há uma forte preocupação, por parte dos gestores, com a redução de

custos no projeto. E, para isto, são utilizados conceitos como:

modularização, especialização, utilização de centros de engenharia de

menor custo, utilização de subcontratados para execução das partes que

vão constituir os módulos, utilização de empresas especializadas em

operações como pintura, isolamento, dentre outras. Em virtude desta

divisão das atividades do empreendimento por vários fornecedores e

subcontratados, existe uma grande necessidade de planejamento e

controle. Portanto, a utilização de recursos adequados de tecnologia da

informação é essencial.

Existe, claramente, uma cultura que visa desenvolver competências em

sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.

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São feitas reuniões de avaliação dos procedimentos utilizados nos

empreendimentos anteriores, para que sejam obtidos conhecimentos

através das lições aprendidas nesses empreendimentos precedentes.

Os gestores do estaleiro dão ênfase ao treinamento dos recursos humanos

técnicos internos. Além disto, há uma preocupação constante em relação

ao entendimento dos subcontratados e fornecedores em relação às

normas de SMS.

Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) Um ponto positivo é a existência de um sistema de gerenciamento

de empreendimento customizado, no qual é descrito como o

empreendimento é executado, quais os entregáveis, quais os pontos

de verificação e outros.

b) Há uma forte preocupação com a redução de custos sem descuidar

da qualidade, segurança e cumprimento de prazos. Para que esta

redução ocorra, diversas técnicas já descritas anteriormente são

utilizadas.

c) Observou-se, também, a existência de foco na manutenção das

melhores práticas utilizadas durante o empreendimento.

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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

Observou-se a existência de uma integração plena do planejamento e

controle da área de SMS com o restante do planejamento (custo, prazo,

suprimentos, etc.), para os empreendimentos em execução.

A estruturação do Sistema de Gestão do empreendimento, abrangendo

normas de SMS, ocorre com a integração dessas e o seu efetivo emprego

em todos os sites do empreendimento, com o cumprimento obrigatório

por toda a estrutura operacional da empresa e pelas empresas

subcontratadas.

A gestão do processo se dá através do sistema desenvolvido pela

organização, com módulos relativos à execução e à gestão dos projetos. O

módulo de acompanhamento de projetos contém os elementos de

engenharia de produção, SMS, inclusive de sites distintos, e outros. O

módulo de gestão apresenta os controles, check-lists e procedimentos.

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Foto 16 – Sistema de controle da liberação de montagem dos andaimes.

Para o controle de atendimento às normas e ou regulamentos legais e

contratuais, são empregadas sistemáticas distintas. No contrato do

cliente, há exigências que devem ser cumpridas pelas contratadas.

Ocorrendo um acidente, todos os responsáveis e envolvidos são

convocados para a análise e explicação das causas e conseqüências,

dando divulgação dessas a todos os empregados. Uma das formas de

divulgação se dá através da inserção das informações na WEB. Como a

organização possui vários sites em vários países do mundo, esse tipo de

divulgação se mostra bastante eficiente, pois as informações fluem quase

de forma instantânea, possibilitando a adoção de atitudes preventivas

mais precocemente.

As empresas subcontratadas devem ser avaliadas através de check-lists

específicos, verificando, dentre outras coisas: como lidam com as

questões de SMS. Quanto a isso, o estaleiro, antes de qualquer

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subcontratação, verifica o perfil e as qualificações da empresa,

principalmente quanto às questões relacionadas a SMS, inclusive

realizando auditorias periódicas antes de oferecer um contrato definitivo.

Após a contratação, são estabelecidas auditorias regulares. Comumente, a

maioria dos procedimentos, quando pertinentes, contém lista dos

requisitos legais a serem atendidos ao longo do contrato.

Os padrões adicionais adotados pelo empreendimento, além daqueles

considerados universais, são: Certificado de acordo com o Mark Assmann

14001, OHSAS 18001, normas específicas para o estaleiro e normas

internas do estaleiro e avaliações anuais, que são comparadas a outras

empresas dentro da organização.

Uma vez por mês, são realizadas palestras com maior duração e KPIs

estabelecidos para a gestão de SMS, no qual pode ser avaliada a

“qualidade” das inspeções realizadas pelas equipes, pontuadas de 1 (ruim)

a 5 (perfeito).

Cada vez que um projeto é concluído, são avaliados e alterados, quando

necessário, os procedimentos de SMS, havendo uma avaliação dos

procedimentos que estão na organização e do que foi feito com os eles

durante o projeto; ou seja, incorporam-se aos procedimentos todas as

alterações realizadas. Para isso, existe um controle do que foi redigido e

do que foi aplicado, muitas vezes em função das características das

operações.

Para o estaleiro, a estruturação das atividades de SMS na fase do projeto

básico possibilita uma integração de forma controlada. A equipe do

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projeto deve compreender as decisões-chaves relacionadas às atividades

de SMS em cada fase do processo, para tomar as ações necessárias para

uma execução segura, com medidas de controle adequadas. A

responsabilidade de execução / cumprimento dos requisitos de SMS no

projeto recai sobre toda a estrutura organizacional. Normalmente, no

empreendimento, há pessoas dedicadas às atividades de SMS, com papéis

e responsabilidades específicas. Em particular, o Gerente de SMS é

responsável pela identificação e documentação dos requisitos de SMS no

projeto, além da execução das análises de SMS e estudos como o QRA, a

fim de assegurar que as premissas básicas de SMS sejam adequadamente

atendidas em todas as atividades. O Gerente de SMS também é

responsável pela análise e auditoria dos processos.

O planejamento das ações de SMS é estabelecido desde a concepção do

projeto básico, sendo que os membros da equipe e os demais empregados

do estaleiro tomam conhecimento durante os programas de treinamento,

encontros técnicos, orientações verbais e por meio da divulgação dos

quadros de aviso e mídia eletrônica. Durante o horário do almoço, são

repassadas orientações básicas de SMS, através dos aparelhos de

televisão nos refeitórios.

b) Suprimentos

Existe uma boa integração entre a equipe de suprimentos com as demais

equipes do site, principalmente com a equipe de planejamento e controle.

Esta é a responsável por obter e analisar todas as informações relativas

ao projeto. Havendo eventuais atrasos ou outros problemas em relação a

suprimentos, são promovidas reuniões específicas com os responsáveis

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pelas áreas, reuniões semanais com todos os gerentes do projeto e

quinzenais com os gerentes dos empreendimentos.

As atividades de compra de materiais e insumos são deresponsabilidade

da organização, sendo o cliente consultado sobre alguns aspectos que

possam vir a gerar algum tipo de impacto, seja nos preços, nos prazos ou

eficiência. Assim, a organização é responsável por todo o processo de

compra, sendo que o cliente é consultado para decidir quais os

fornecedores que a organização deve buscar dentre aqueles previamente

selecionados – cadastrados em função de uma série de quesitos (prazos,

custos, qualidade, confiabilidade, suporte técnico, entre outros.).

Quanto aos aspectos de sustentabilidade organizacional e social, o

contratante dos serviços não define nenhum tipo de exigência para a

organização, o que não impede que essa venha a se engajar em

campanhas locais, através do patrocínio ou doação de bens.

Há um acordo com a Federação Internacional dos Metalúrgicospara

assegurar a todos condições dignas de trabalho; e há o reconhecimento

de uniões em que a organização esteja operando.

O funcionamento dos controles de fabricação e montagem dos contratos

do estaleiro e aqueles repassados a subcontratadas se dá através de

sistema gerencial da própria empresa. Os relatórios gerenciais são

gerados pelo próprio sistema e divulgados de acordo com as

necessidades.

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Existem análises periódicas dos desvios que ocorrem no projeto e que são

identificados pelo sistema de controle. O sistema de controle abrange

todas as áreas e setores.

Os desvios são identificados a partir do que foi planejado, mas não foi

alcançado. A partir daí são estabelecidas as ações necessárias para a

correção dos mesmos. A cada seis meses é feita a atualização da linha de

base das informações. A análise dos riscos é parte do processo inicial.

Os processos de engenharia, fornecimento e produção são integrados em

nível de sistema de gestão através do sistema desenvolvido pela

organização. Através desse modelo, os gerentes têm definidas suas

responsabilidades. O acompanhamento se dá com a análise dos “marcos”

do projeto, por meio da qual se verifica em que estágio se encontra o

projeto e se avaliam as ações necessárias para se retornar ao cronograma

original. Através do sistema, têm-se condições de avaliar o desempenho

de diferentes disciplinas - pois todas são integradas - e os lançamentos de

dados consolidados. Periodicamente, são promovidas reuniões com o staff

a fim de que esses possam tomar conhecimento dos avanços e das

providências necessárias.

c) Custos

O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são

discutidos eventuais desvios de custos e são definidas as medidas para

correções no projeto.

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Há uma forte preocupação com a redução de custos do empreendimento

desde seu início, utilizando as técnicas já descritas, sem prejuízo da

qualidade dos entregáveis.

Os fatores que mais influenciam o emprego de pessoas terceirizadas nas

atividades de fabricação e montagem, bem como de projetos, são fruto da

própria experiência do grupo e das características dos projetos

desenvolvidos. Os subempreiteiros têm suas próprias equipes. Lança-se

mão dessas contratações, muitas vezes temporárias, quando há

possibilidade de os prazos contratuais não virem a ser cumpridos, por

razões que não dependam do estaleiro, ou por este não ter gente

suficiente para a conclusão das tarefas nos prazos requeridos.

O estaleiro atua mais na montagem dos produtos. Assim, grande parte de

seus componentes são contratados de terceiros, que possuem suas

próprias equipes, sendo supervisionados pela empresa.

Não há uma única empresa para o fornecimento de tecnologia ou soluções

técnicas, como o desenvolvimento de softwares e outros. Assim, há

empresas contratadas para essas atividades, escolhidas dentre aquelas

que possuam maiores especializações e de acordo com as necessidades de

projeto.

Há limitações para o programa de subcontratações ou para aumento do

quadro de empregados próprios, que são definidas no início do projeto.

Havendo necessidade de se aumentar o quadro de pessoal, esse aumento

acontece por intermédio de subcontratações, no lugar do aumento do

quadro fixo ou próprio.

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Os inspetores do estaleiro verificam e avaliam continuamente a gestão da

qualidade do processo de produção, intervindo antes que os problemas

possam por em risco o processo de fabricação.

São desenvolvidos e aplicados relatórios de avaliação dos níveis de

produtividade, em que se definem um padrão de produtividade ou metas

por serviço, além das normas específicas. Nesses critérios, avaliam-se

várias questões, como o tempo que determinada operação deve levar

para ser concluída.

Assim, verifica-se o atendimento a essas determinações semanalmente,

atribuindo-se índices, que, somados, compõem os indicadores de

produtividade.

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Estaleiro G

Resultados sumarizados ....................................................... 239

Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 241 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 241 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 254

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 254 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 254 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 257

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 258 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 258 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 261

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 262 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 262 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 266

Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 267 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 267 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 268

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 269 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 269 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 272

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 273 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 273 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 275

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 276

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 276

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Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• Grande nível de aculturamento em SMS, permeado em todos os

níveis da Organização; explicitado não só por cartazes, como

também banners, folders, programas de integração, dentre outros;

• Existência de procedimentos, técnicas, rotinas e programas

informatizados, que visam assegurar um eficiente controle de

entrada e saída de materiais e aplicação de insumos;

• Existência de uma cultura que visa obter o incremento das

competências em sistemas de gestão, que podem ser de produção,

operação ou de projetos; através de divulgação de boas técnicas,

programas de intercâmbio entre profissionais, adoção de boas

técnicas empreendidas em outros sites, preservação de

conhecimento, gerenciamento de desempenhos, dentre outros;

• Utilização intensiva da tecnologia da informação, como instrumento

de planejamento e controle, e integração entre as diversas áreas da

empresa;

• Conceitos de organização e limpeza praticados em todos os sites;

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• Intenso programa de treinamento abrangendo a todos os

trabalhadores;

• Responsabilidades claras, objetivas e descritas nos principais

documentos de SMS, abrangendo todos os níveis gerenciais;

• Relações de subordinação muito bem definidas;

• Estrutura de pessoal com prática e estabilidade na organização,

principalmente face ao fato da grande carteira de serviços da

mesma;

• Preservação da gestão do conhecimento, através da WEB,

divulgadas para todos os sites da empresa;

• Emprego de ferramentas baseadas na WEB para a análise, o

armazenamento das informações e a divulgação das ocorrências a

todos os empregados que possuem acesso à WEB;

• Participação de programas de benchmarking com outras empresas

ou estaleiros, para a permanente troca de conhecimentos.

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Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro Quando se analisa a questão da dimensão física do estaleiro juntamente

com a questão da disponibilidade das máquinas, equipamentos,

instalações e sistemas, sob a forma de arranjo físico, é possível verificar

que o estaleiro foi construído seguindo um esquema em que as

instalações auxiliares ficam ao redor do cais.

O arranjo físico contempla um cais de projeto e oficinas junto ao cais, de

maneira a racionalizar os transportes necessários. Percebe-se uma grande

quantidade de docas e cais que têm capacidade para atender a vários

clientes e a várias embarcações simultaneamente.

Foto 1 - Vista parcial do estaleiro com embarcações e plataformas em reparos,

conversões ou construção.

Atualmente, a dimensão física do canteiro influencia no total de

embarcações que estão em processo de reparo ou conversão. Entretanto,

havendo necessidade de aumento de espaço para novos projetos, um

novo arranjo pode ser considerado.

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O layout do principal estaleiro do grupo possui a seguinte distribuição de

edificações, equipamentos, cais e docas:

Figura1: layout do canteiro

Nessa distribuição há um cais principal capaz de receber embarcações de

400.000dwt, com dimensões de 380m x 80m x 13m; área de galpões de

fabricação com 42.500m2; e área aberta de produção com

aproximadamente 15.000m2. A organização possui três outros locais de

fabricação e reparos de embarcações no país visitado; e estaleiros em

outros locais do mundo.

O estaleiro analisado possui 430.000m2 e três docas secas para

embarcações com dimensões de: 350m x 66m; 355m x 60m e 301m x

52m.

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Outro site da empresa possui 350.000m2 de área e duas docas secas com

capacidades para receber navios com as dimensões de: 350m x 60m e

300m x 60m.

Existe, ainda, mais um site com uma área de 140.000m2 e um cais com

capacidade para receber navios com mais de 150m de comprimento.

Nesse estaleiro há três docas flutuantes com capacidades de 14.000ton,

5.000ton e 7.500ton.

Foto 2- Vista parcial de um dos galpões de fabricação, com equipamento de transporte

de cargas sobre pneus.

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Foto 3 - Vista parcial do canteiro, vendo-se em primeiro plano o estoque de granalha de

aço para o jateamento e limpeza de chapas.

As instalações auxiliares são localizadas de modo a não interferir nas

atividades comuns aos vários empreendimentos. Isto decorre do fato de

que em muitos processos utiliza-se a técnica de modularização.

Assim, aumentam-se os níveis de produtividade do estaleiro. A utilização

dessa técnica reduz bastante o emprego de equipamentos de grande porte

para elevação de cargas; priorizando-se o transporte sobre trolleys ou

outros dispositivos de transporte de baixa altura. Nessas condições, quase

sempre os transportes são realizados com conjuntos ou com partes pré-

montadas, o que torna mais ágil o processo de montagem.

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Foto 4 - Arranjo fisco do canteiro.

Foto 5 - Vista geral de montagem de equipamento com utilização de equipamentos de

elevação.

A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos; em

especial, em função da redução de prazos e custos e da facilidade de

fabricação. Nestes casos, muitas vezes as obras são terceirizadas, pois

visam à redução de custos de materiais e de mão-de-obra. Quando a

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modularização ocorre no próprio estaleiro, algumas das razões são a

facilidade de montagem e o emprego de equipamentos de movimentação

de cargas de menor porte. Quando se está trabalhando com estruturas

elevadas e esta é modularizada, reduzem-se os riscos de trabalhos em

altura, já que estes passam a ser necessários somente na interligação dos

módulos ou quando os serviços são completados.

Foto 6 - Exemplo de modularização de estruturas.

Os processos de modularização podem ocorrer com estruturas como a

apresentada na foto anterior, na qual aparecem estruturas e

equipamentos de maior porte. Isso depende das necessidades

operacionais e de cronogramas de montagem; da disponibilidade de

espaços físicos e de equipamentos de transporte; das definições dadas

pelos clientes; e do envolvimento de terceiros no processo de fabricação e

montagem. Como a organização possui vários estaleiros localizados em

países distintos e, até mesmo, vários empreendimentos em um mesmo

país, pode-se utilizar a mão-de-obra que está temporariamente ociosa em

um estaleiro ou aquela que tem melhores condições de executar

determinadas estruturas para a produção de partes das embarcações.

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Foto 7 - Vista parcial de montagem de equipamento.

O estaleiro pode utilizar a terceirização por várias razões; por serviços

eventuais ou pontuais, por exemplo. Também é possível terceirizar

serviços que representem maiores riscos ou maiores custos, como

serviços que demandem uma mão-de-obra muito especializada.

Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de

reparo, construção ou conversão de embarcações, os projetos são

avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e das docas que

poderão ser utilizadas. Nos processos de conversão há cargas que

precisam ser removidas, tais como equipamentos, partes do casco e

outras, e há também cargas que precisam ser inseridas. Nesses casos, há

necessidade de áreas não só para a movimentação das cargas como

também para o armazenamento temporário, razão pela qual o processo

de movimentação ganha importância destacada. Além disso, para a

movimentação de cargas pesadas ou com geometrias especiais, torna-se

necessária a disponibilização de espaços e caminhos que podem não estar

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disponíveis, especialmente quando a carteira de serviços do estaleiro

encontra-se com grande volume de clientes. Portanto, os estudos de

modularização e de movimentação de cargas passa a ser relevante; assim

como a disponibilidade dos insumos deve estar o mais próximo possível

dos locais de suas aplicações.

Foto 8 - Exemplo de área para movimentação de cargas.

A área mostrada na foto acima se encontra à beira do cais, com grande

fluxo de pessoal e veículos. Os equipamentos de guindar, neste caso,

estão sobre trilhos. Como a capacidade é menor, são realizadas nesses

casos movimentações de cargas de menor peso, deixando as cargas

maiores para serem movimentadas nas docas secas.

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Foto 9 - Vista geral da área de montagem.

Para as cargas mais leves são utilizadas empilhadeiras de várias

capacidades ou guindastes sobre pneus.

Foi observado que os equipamentos são fornecidos aos trabalhadores de

acordo com as características das atividades que irão desempenhar.

Foto 10 – Uma das muitas plantas de situação do estaleiro, distribuídas para orientação

aos trabalhadores.

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Os equipamentos são mantidos conservados e inspecionados nos

almoxarifados, que estão situados em vários locais.

Foto 11 – Um dos inúmeros locais de armazenamento de materiais, bombas, a serem

aplicados nas embarcações.

Os equipamentos de transporte de maior porte são operados por

trabalhadores qualificados e com as atividades controladas. Esse controle

passa, inclusive, por avaliações das sociedades classificadoras, em se

tratando de cargas elevadas ou com geometrias especiais. Quanto aos

demais equipamentos, portáteis ou não, há todo um programa de

treinamento e de manutenção em vigor.

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Foto 12 – Trabalhador limpando sua área de trabalho ao final do expediente.

Os trabalhadores são orientados para manter o local de trabalho sempre

limpo e sem desperdícios.

Foto 13 - Via de transporte no canteiro.

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O estaleiro divulga continuamente informações referentes às boas

práticas, aos cuidados especiais quanto a questões de SMS e às

orientações sobre serviços; divulgando aos seus empregados as

orientações específicas, seja através de banners, de instruções

posicionadas nos próprios equipamentos, de instruções específicas e, além

disso, através de orientações e treinamentos ministrados continuamente.

Foto 14 - Cartaz alertando sobre condições inseguras.

Afora isso, há tabelas e quadros voltados para atividades específicas, tais

como: angulação de chanfros, soldas, pinturas e outros.

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Foto 15 - Tabelas existentes com informações sobre soldagem.

Nas máquinas especiais há adesivos com informações sobre a operação

das máquinas e cuidados sobre SMS.

Foto 16 - Equipamento com adesivo com informações sobre condições de operação da

máquina.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) A empresa considera as condições de limpeza e arrumação do chão

de fábrica como um fator importante para que sejam mantidas boas

condições de trabalho. Além disso, apresenta um alto grau de

maturidade em relação às condições de SMS.

b) Existe conhecimento sobre as vantagens da utilização da

modularização para se obter ganhos de produtividade e de eficácia

na utilização dos equipamentos de grande porte para elevação de

cargas.

c) É dada grande atenção ao estado dos equipamentos fornecidos aos

trabalhadores, de acordo com as características das atividades que

desempenharão. Além disso, existe a preocupação de manter

cartazes no chão de fábrica, com informações sobre serviços;

quando estes são especiais e requerem contínuo fornecimento de

dados.

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

Sendo o arranjo geral do estaleiro posicional, os insumos convergem para

o local onde se dará a montagem. Os postos de trabalho estão

posicionados em torno dessa montagem organizadamente. Como há um

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efetivo controle da produção, por meio de sistemas informatizados de

controle, as atividades se desenvolvem continuamente.

As atividades de fabricação e montagem de estruturas metálicas de

grande porte, como navios e módulos, não possibilitam que sejam

priorizadas as questões ergonômicas, não só pelas grandes dimensões

desses empreendimentos como também pelas naturais dificuldades de

conexões, reparos e ajustes. Desta forma, há situações onde são exigidos

esforços físicos adicionais.

Foto 17 – Interior de um dos pipeshops.

Nos postos de trabalho de corte, solda, pré-montagem e montagem, foi

verificado que existem quadros com as informações técnicas necessárias.

As atividades são planejadas e, assim, associam-se os tempos

despendidos em cada etapa das mesmas. Com isso, evitam-se situações

de gargalos de processos ou descontinuidades, quando a atividade

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antecessora foi executada em velocidade superior à atividade

predecessora.

Devido ao atual estágio de maturidade em relação às questões de SMS,

que permeiam toda a cultura da organização, as atividades de SMS são

controladas através da verificação do planejado em lugar do

acompanhamento físico das atividades.

Os membros das equipes de trabalho são submetidos a treinamentos,

avaliações e acompanhamentos de suas atividades ao longo dos

contratos. As necessidades de treinamentos são definidas pelos

encarregados em função das análises e acompanhamentos efetuados nas

equipes de trabalho.

Há diversas ações estabelecidas pela organização em busca do aumento

contínuo da produtividade associada à qualidade. O princípio básico é o da

assimilação da cultura da empresa, que preza pelo cumprimento de

prazos, pela melhoria contínua, pelo atendimento à qualidade e aos

procedimentos de SMS. Todos os colaboradores devem vivenciar esses

valores. A empresa estimula essa postura através de reajustes salariais,

levando em conta o desempenho dos trabalhadores, e desenvolvendo

ações motivadoras. Periodicamente são promovidas reuniões de avaliação

das ações e dos resultados alcançados.

Percebe-se uma grande quantidade de docas e cais que têm capacidade

para atender a vários clientes e a várias embarcações simultaneamente.

No momento, a dimensão física do canteiro influencia o total de

embarcações em processo de reparo ou conversão. Contudo, havendo

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necessidade de aumentarem-se as áreas para novos projetos, um novo

arranjo pode ser considerado.

Foto 18 – Equipamentos automatizados empregados no processo de produção.

Antes do início dos projetos o estaleiro define o plano de execução das

atividades que está mais bem aplicado; em função do tipo de cais

necessário, da disponibilidade de equipamentos para a movimentação de

cargas e de espaços físicos para a estocagem provisória dos materiais.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) Planejamento da ocupação mais eficaz do chão de fábrica,

levando em consideração fatores como: espaço, localização de

guindastes, cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros.

b) Utilização de treinamentos, avaliações e acompanhamento das

atividades do pessoal de chão de fábrica ao longo do contrato.

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As necessidades de treinamento são definidas pelos

encarregados em função das análises e acompanhamentos

realizados ao longo do empreendimento.

c) Forte conscientização em relação à SMS. Esta conscientização

permeia a cultura de toda a organização

d) Forte conscientização da necessidade de um bom planejamento

e controle das atividades do empreendimento para o sucesso do

mesmo.

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Os transportes manuais para pequenas cargas a pequenas distâncias

dentro do canteiro de obras dependem mais da geometria das peças do

que do próprio peso das cargas. Se não houver uma geometria especial, o

transporte é feito pelo próprio trabalhador. Em caso contrário, são

utilizados veículos ou carrinhos puxados manualmente.

Os transportes motorizados no interior do canteiro são feitos por

caminhões de pequeno porte com carrocerias do tipo plataforma ou

fechadas lateralmente. Esses veículos circulam pelas ruas internas,

demarcadas por faixa de trânsito e bastante sinalizadas.

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Nas atividades de montagem, principalmente de Topside, é fundamental o

emprego de guindastes sobre flutuantes. Assim, a obra deve estar

localizada junto ao cais. O estaleiro conta com guindastes com capacidade

de carga até 3200 toneladas.

Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de

reparo ou construção, e mesmo de conversão de embarcações, os

projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e dos cais

que poderão ser utilizados. Nos processos de conversão há cargas que

precisam ser removidas, como equipamentos, partes do casco e outras, e

cargas que precisam ser inseridas. Nesses casos, há necessidade de áreas

não só para a movimentação das cargas como também para o

armazenamento temporário.

Foi observada a existência de guindastes fixos posicionados nas áreas de

pré-montagem ou de montagem, com capacidades de carga variáveis em

função não só das carreiras (diques) como também das características dos

serviços.

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Foto 19 – Máquina de solda automatizada.

À mesma maneira dos guindastes fixos ou gruas, as pontes rolantes

existentes no interior dos galpões auxiliam no processo de fabricação, pré-

montagem ou montagem, e suas capacidades de carga estão

dimensionadas em função das atividades. Assim, na área de corte de

chapas, a capacidade das pontes está compatível com o peso e dimensões

das chapas cortadas. Havendo necessidade, em um mesmo galpão podem

existir duas pontes rolantes que passam a movimentar a mesma carga.

Normalmente nos galpões há apenas uma ponte rolante. Isso não significa

que a ponte seja o único meio de movimentação de cargas, pois podem

ser utilizados trolleys ou empilhadeiras.

Constatou-se que a equipe de SMS participa ativamente no processo de

movimentação de cargas através do acompanhamento das atividades,

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planejamento das ações, elaboração de procedimentos específicos,

quando necessários e exigidos pelas sociedades classificadoras.

Os critérios estabelecidos para a movimentação de cargas especiais no

canteiro de obras estão contidos no procedimento JHA - Job Hazard

Analysis – através do qual são avaliados os perigos e riscos potenciais e

como estes devem ser superados.

Nas atividades de movimentação de cargas são elaborados planos de

rigging pelo próprio estaleiro ou por especialistas, inclusive das sociedades

seguradoras ou brokers; quase sempre um engenheiro especialista em

atividades de içamento. Também podem ser elaborados planos de rigging

pelos especialistas das empresas responsáveis pelo fornecimento dos

guindastes. Em todas essas atividades há sempre o envolvimento do

gerente de segurança da unidade.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) O canteiro apresenta boas condições de transporte e movimentação.

Existe uma preocupação em dotar o canteiro de áreas que permitam

o deslocamento dos meios de transporte para movimentação de

cargas dentro do canteiro, de maneira a aperfeiçoar este

deslocamento.

b) De uma maneira geral, o estaleiro apresenta uma capacidade muito

boa em relação a equipamentos de transporte. Existe um

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planejamento das operações complexas de rigging e elevação de

cargas.

c) Há planejamento nas operações de elevação de cargas mais

complexas. Além disso, comprovou-se a utilização e existência de

procedimentos para movimentação e elevação de cargas.

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O estaleiro apresenta um bom nível de automação das máquinas e

equipamentos. As máquinas e equipamentos disponibilizados são novos ou

apresentam boas condições de operação, com um adequado programa de

manutenção. É de conhecimento geral o fato de que os prejuízos causados

pela indisponibilidade dos equipamentos normalmente é maior do que o

custo de aquisição dos mesmos.

As máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial têm,

em sua proximidade, instruções específicas ou orientações afixadas no

próprio equipamento. A princípio, o trabalhador somente poderá operar o

equipamento para o qual foi treinado e capacitado.

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Foto 20 - Vista geral de máquina mostrando condições de utilização da mesma.

Foto 21 – Máquina de solda automática empregada em tubulações.

É realizado um planejamento específico em que se dimensionam ou

escolhem os dispositivos melhor indicados. Há alguns critérios básicos,

como, por exemplo, o fato de as novas máquinas associarem qualidade de

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desempenho ao atendimento aos requisitos de segurança. Ainda na fase

do planejamento, os gerentes dos setores são consultados sobre o que

deve ser utilizado e quando o será, e se há um equipamento disponível

em outro local que poderá ser disponibilizado.

Os critérios utilizados para definir os planos de manutenção, reparos,

liberação e identificação das máquinas, dos equipamentos e das

ferramentas, são: a) plano de manutenção preventiva dos guindastes,

empilhadeiras, etc., focando o que deve ser feito e o momento em que

isso ocorrerá; b) planejamento das ações; c) indicação, através de cores,

dos equipamentos que sofrem manutenção, associando-se as cores a um

período. Através desse processo identifica-se com mais facilidade se o

equipamento, máquina ou ferramenta está com a sua manutenção em dia

e quando irá ocorrer a próxima intervenção.

A organização busca, continuamente, novas tecnologias, envolvendo

processos ou equipamentos que busquem representar significativa

redução dos prazos de execução das atividades ou dos custos. O emprego

de robôs em substituição ao homem, na aplicação de soldas em espaços

confinados, é um desses exemplos. A mudança de processos, em função

da aceleração das atividades de montagem; e a redução de trabalhos em

altura, através da pré-montagem das peças junto ao solo, são exemplos

desta procura da melhoria contínua. Os trabalhadores são sempre

incentivados a apresentar idéias inovadoras, sendo reconhecidos por isso.

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Foto 22 - Operário operando máquina utilizando equipamento de proteção individual.

Observa-se as condições de limpeza do chão de fábrica.

A equipe de SMS, independentemente dos trabalhadores, inspeciona as

máquinas e equipamentos que requeiram atenção especial. Os

trabalhadores, ao receberem as máquinas e equipamentos do

almoxarifado, também fazem uma inspeção em relação às condições

normais de operação e segurança. Havendo algum problema, são

orientados a comunicar o fato aos seus supervisores e devolvê-los ao

almoxarifado para a substituição ou reparo.

As práticas empregadas nas inspeções ou avaliações das máquinas,

painéis e ferramentas utilizadas, são definidas ainda na fase do

planejamento das atividades e de acordo com as especificidades de cada

tarefa. Todas essas práticas encontram-se descritas no plano de

segurança do site, contemplando as seguintes exigências:

• Essas inspeções devem ser realizadas por engenheiros.

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• As ferramentas de trabalho devem ser inspecionadas, no

máximo, a cada 14 dias.

• Os andaimes, depois de montados, devem ter sua estabilidade e

integridade avaliada a cada 7 dias, por um profissional com nível

de supervisor, assinando um check-list específico que é mantido

arquivado.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) A empresa entende as vantagens da utilização de dispositivos

automatizados na produção, de maneira a aumentar as condições de

SMS, e maximizar a produtividade e qualidade.

b) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam

mantidos em condições de uso imediato para o aumento da

segurança dos trabalhadores. As máquinas e equipamentos que

requerem uma operação especial têm instruções específicas ou

orientações afixadas no próprio equipamento.

c) A organização tem uma preocupação constante em realizar a

melhoria contínua e, para isso, busca uma atualização constante dos

recursos produtivos, visando aumentarem a produtividade,

reduzirem os riscos e aumentarem a qualidade.

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Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

A arrumação e condicionamento dos estoques apresentam-se dentro das

condições técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de pallets,

não estando armazenados sobre o chão. Dentro dos galpões existem

prateleiras para uma perfeita armazenagem dos materiais estocados. Esta

prática facilita a gestão e o controle dos estoques e aperfeiçoa o

aproveitamento dos espaços. Para a catalogação e codificação dos

materiais nos almoxarifados existe um sistema computacional interligado

com toda a empresa, controlando os aspectos físicos, como peso e

dimensões; os aspectos econômicos, como custos de fabricação e homens

hora dependidos na fabricação e no manuseio; e aspectos logísticos, como

a localização da área de estocagem. Através desse sistema, consegue-se

identificar o local de armazenagem de imediato. O sistema é

continuamente alimentado de informações que podem ser acessadas em

todos os sites da empresa.

Em relação à armazenagem das peças e equipamentos, percebe-se que há

procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda

da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e

corrosão.

Existe um número adequado de equipamentos de elevação e transporte

de peças e materiais.

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O controle de qualidade sobre os insumos é realizado ao longo de todo o

processo, desde sua fabricação até a destinação final. Todo esse processo

é registrado e acompanhado pela sociedade certificadora e,

eventualmente, pelo cliente.

Os materiais inúteis são segregados dos demais para posterior descarte,

de acordo com as normas adotadas pelo estaleiro.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) De forma geral, percebe-se que há procedimentos, técnicas e

rotinas que visam garantir o controle dos estoques no canteiro. Há

um número adequado de equipamentos de transporte e elevação

conforme as necessidades atuais do estaleiro.

b) O estaleiro utiliza as boas práticas em relação à guarda,

identificação, movimentação e gestão dos estoques. Além disto,

existe a preocupação em utilizar os recursos de tecnologia de

informação necessários à boa prestação dos serviços.

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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Os galpões para as atividades de fabricação, pré-montagem e montagem,

pipe shop, pintura e outros, se encontram estrategicamente posicionados,

de modo a atender às necessidades de todas as docas e cais, já que no

estaleiro podem ser desenvolvidas distintas atividades operacionais.

A disposição física entre os postos de trabalho contempla os aspectos

ergonômicos e aqueles relacionados às atividades operacionais, de modo a

maximizar a utilização dos espaços. Assim, se o produto final do processo

é uma peça de grande porte ou peso, há previsão de emprego de pontes

rolantes, talhas ou veículos especiais. A disposição das atividades leva em

consideração também a questão dos cronogramas de execução, de modo

que uma atividade que pode ser entregue em um tempo mais dilatado não

cause problemas à remoção de um bem cuja entrega seja anterior.

Os modais de transporte dependem do peso das peças, das geometrias,

das distâncias percorridas e das aplicações. Assim, foi possível verificar

que o estaleiro possui guindastes de várias capacidades de carga e de

propulsão, empilhadeiras, carros puxados manualmente ou auto

propulsados, pontes rolantes, talhas fixas e móveis, e os demais meios

disponíveis. O estaleiro prioriza transporte de peças pesadas a baixa

altura, empregando trolleys ou dolleys.

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Foto 23 - Vista parcial do canteiro.

Foto 24 - Equipamento de transporte em operação.

O chão de fábrica apresenta boas condições de limpeza, iluminação e

segurança. Foram observadas boas condições de utilização dos

equipamentos de transporte, diminuindo as distâncias percorridas e os

tempos improdutivos.

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Relatório Final E&P - 27.6

O grau de automação utilizado depende das características dos serviços

executados. Há robôs utilizados em atividades de solda, corte de chapas e

pintura. Sempre que há elevado risco aos trabalhadores é dada prioridade

à utilização de robôs.

Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização

relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e

limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso intensivo de equipamentos

de proteção individual.

Observou-se a existência de procedimentos de movimentação de material,

havendo uma preocupação com o estabelecimento de áreas para o

deslocamento dos equipamentos de elevação e transporte de cargas.

Existe preocupação em planejar a programação e o sequenciamento das

atividades, que são apresentados aos operários. Existem quadros

impressos com desenhos/instruções de execução e inspeção dos trabalhos

técnicos da produção com ótima qualidade de impressão, facilitando o

entendimento e execução das tarefas.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Um ponto forte, encontrado no estaleiro é a existência de

procedimentos de movimentação de material, com áreas definidas

para descarga de chapas e outros materiais pesados, além do amplo

uso de equipamentos de elevação e transporte de cargas.

b) Como o compartilhamento entre os modais de carga depende

fundamentalmente da aplicação do produto, existe uma

preocupação muito grande em obter a máxima produtividade na

utilização do modal. Para obter-se esta máxima utilização dos

modais, todas as atividades são adequadamente planejadas.

c) A cultura da organização possui um foco muito grande no

planejamento. O modelo de planejamento e controle adotado atende

a todas as atividades e contempla todas as disciplinas envolvidas.

Esse planejamento é continuamente analisado, com discussões

diárias ou semanais em vários níveis gerenciais, repassando-se os

resultados a intervalos regulares semanais. Um ponto forte são as

reuniões de planejamento das operações, visando o seu

aperfeiçoamento.

d) Outro ponto observado, que é considerado uma boa prática, é a

preocupação em utilizar robôs em operações que coloquem em risco

a saúde e segurança do pessoal envolvido, além de proporcionar

aumento da produtividade e da qualidade final obtidas.

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O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e

estruturados no nível de gestão através de reuniões com as equipes de

gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida

em todas as reuniões.

Os procedimentos necessários à execução das atividades são repassados à

força de trabalho, através de reuniões específicas que ocorrem pela

manhã com os trabalhadores, antes do início dos trabalhos; podendo

ocorrer outras, se necessário. Independentemente dessas reuniões de

divulgação das orientações, há os supervisores de campo, encarregados

de grupos de trabalhadores.

Para o controle das atividades de construções e montagem é utilizado um

software desenvolvido pelo próprio estaleiro. Através deste software pode

haver o controle desde o posicionamento dos insumos a serem aplicados

ao volume de mão-de-obra empregada nas construções e montagens. Os

insumos são rastreados por fitas com código de barras que indicam a

posição geográfica em que se encontram. Desta maneira se torna mais

eficaz não só o transporte como também a aplicação dos mesmos.

Existem análises periódicas dos desvios que ocorrem no projeto e que são

identificados pelo sistema de controle utilizado, abrangendo a totalidade

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das áreas/setores. Esses dispositivos de controle são portáteis e

alimentados pelos operadores através da inserção de códigos ou da leitura

de códigos de barra contidos nas etiquetas de identificação de peças, por

exemplo.

Desde a contratação, os trabalhadores conhecem as estruturas

hierárquicas existentes e percebem os seus envolvimentos nas várias

etapas dos serviços. Essa disciplina facilita bastante a fluidez dos serviços,

evitando assim problemas relativos a atrasos na entrega dos serviços e

outros. A disciplina operacional está intimamente relacionada com a

cultura da organização.

São programadas reuniões semanais entre o estaleiro e as equipes do

cliente, para a discussão dos avanços dos cronogramas e para discussão

dos progressos, assim como reuniões com a alta direção do

empreendimento.

Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em sistemas

de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.

A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na utilização

de conceitos modernos, como modularização, utilização intensa de

recursos de tecnologia da informação, etc.

Os gestores do estaleiro dão ênfase ao treinamento dos recursos humanos

técnicos internos.

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Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) Um ponto positivo é a existência de software de gestão do

empreendimento, que faz a gestão de todo o empreendimento,

possibilitando a análise e correção dos possíveis desvios.

b) Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em

sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de

projetos. Especial atenção é dedicada à melhoria contínua, através

da busca de meios e tecnologias que aumentem a produtividade,

segurança e qualidade.

Foto 25 – Uma das muitas salas de capacitação dos empregados. É o local onde eles são

qualificados pelo estaleiro.

c) A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na

utilização de conceitos modernos, como modularização, utilização

intensa de recursos de tecnologia da informação, etc.

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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

Foi observada a existência de uma integração plena do planejamento e

controle da área de SMS com o restante do planejamento (custo, prazo,

suprimentos, etc.), para os empreendimentos em execução. Durante a

visita ao chão de fábrica verificou-se, na prática, a existência de

evidências de práticas de SMS.

A estruturação do Sistema de Gestão do empreendimento abrangendo

normas de SMS ocorre com a integração destas; e o seu efetivo emprego

em todos os sites do empreendimento ocorre com o cumprimento

obrigatório por parte de toda a estrutura operacional da empresa e das

empresas subcontratadas.

Todos os funcionários próprios e contratados que atuam no site devem ter

conhecimento, compreender e praticar as determinações do sistema de

gerenciamento de SMS, contendo códigos de boas práticas, normas e

regulamentos.

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Foto 26 – Quadro de controle dos funcionários que estão “embarcados”, realizando

atividades no interior das embarcações à beira do cais ou em docas secas.

O sistema de gerenciamento de SMS possui 14 elementos, desde a

organização dos processos às práticas de trabalho e aos treinamentos

específicos, fornecendo as orientações necessárias para que o estaleiro

opere com os níveis de SMS requeridos pela própria instituição, pelo

cliente e pelos organismos reguladores.

Como o estaleiro possui várias docas e instalações, com capacidade de

atendimento a vários clientes simultaneamente, seus empregados podem

ter que atender a exigências distintas de cada cliente. Desta forma, foi

estabelecido um programa de Gestão de SMS capaz de atender ao

máximo possível a todas essas exigências, razão pela qual passa a ser

maior do que o de seus clientes. Afora isso, o sistema tem que atender

também às exigências governamentais, passando a ser este o “pacote

integrado de gestão de SMS local”, o que torna mais fácil não só a

ambientação, compreensão e entendimento dos trabalhadores como

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também a fiscalização. Independentemente dessa abordagem, cada um

dos clientes têm seus próprios códigos de conduta ou SMS.

Para o controle de atendimento às normas ou regulamentos legais e

contratuais são empregadas sistemáticas distintas, de acordo com as

exigências dos clientes. Pode-se dizer que, para muitos clientes, as

exigências existentes no estaleiro encontram-se bem acima daquelas que

contratualmente o fazem. Assim, os controles existentes atendem a todos.

O estaleiro possui como legislação básica, os quesitos determinados pelo

governo local, considerados como básicos. Junto a estes são incorporados

os quesitos de SMS definidos pela organização e pelos clientes, integrados

em um único sistema de gestão. Isso faz com que o plano estabelecido

seja cumprido por todos.

Foto 27 – Orientação dada aos trabalhadores acerca da cor do período, para identificação

das condições operacionais dos dispositivos de movimentação de carga.

As empresas subcontratadas são avaliadas através de check-lists

específicos, verificando, dentre outras coisas, como lidam com as

questões de SMS. Quanto a isso, o empreendimento, antes de qualquer

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subcontratação, verifica o perfil e as qualificações das empresas,

principalmente nas questões relacionadas à SMS, realizando auditorias

periódicas antes de oferecer um contrato definitivo.

Após a contratação, são estabelecidas auditorias regulares. Comum é o

fato de que a maioria dos procedimentos, quando pertinentes, contém

uma lista dos requisitos legais a serem atendidos ao longo do contrato.

Os padrões adicionais adotados pelo empreendimento, além daqueles

considerados universais, são normas internas específicas para o estaleiro.

A DNV (Det Norske Veritas - auditoria independente terceirizado Estaleiro)

aplica os critérios do ISRS (International Safety Rating System). A

organização tem o seu desempenho avaliado periodicamente por esse

sistema, com níveis que variam de 1 a 10. Além de todas essas avaliações

as instalações são inspecionadas pelo Ministério do Trabalho. O estaleiro

não é certificado pela OHSAS 18001, mas sim, de acordo com o ISRS. O

Ministério do Trabalho exige o atendimento às normas de construção e

reparos navais. Se estas não forem atendidas há aplicação de

penalidades.

No planejamento das ações de SMS, estabelecido na elaboração do

projeto básico, são identificadas as tarefas críticas e são criados registros

de riscos. Assim, reconhecem-se quais são as atividades críticas e que

impactos trarão para a segurança e saúde dos trabalhadores. Esse

planejamento é realizado antes do início de quaisquer atividades de

fabricação e montagem. A responsabilidade de execução/cumprimento dos

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requisitos de SMS no projeto recai sobre toda a estrutura organizacional.

Normalmente, no empreendimento, há pessoas dedicadas às atividades de

SMS, com papéis e responsabilidades específicas. Em particular, o Gerente

de SMS é responsável pela identificação e documentação dos requisitos de

SMS no projeto, e pela execução das análises de SMS e estudos como o

QRA, a fim de assegurar que as premissas básicas de SMS sejam

adequadamente atendidas em todas as atividades. O Gerente de SMS

também tem é responsável pela análise e auditoria dos processos.

b) Suprimentos

Os fatores que podem ter maior impacto, positivo e negativo, sobre os

prazos contratuais, estão relacionados ao fornecimento de equipamentos e

materiais pelos clientes, podendo ocorrer atrasos. Nesses casos, em

função dos dispositivos contratuais, o cliente pode ter que pagar multas

por esses atrasos ou cobrir os custos dos eventuais atrasos.

As compras sob a responsabilidade do estaleiro estão a cargo do

Departamento de Compras, através de procedimentos definidos para toda

a organização. Em geral são analisadas as questões de custos, prazos de

entrega e de qualidade dos fornecimentos. As compras podem ocorrer

através de leilões reversos, cotações para insumos de baixo custo,

sistemas eletrônicos de aquisição e outros.

As questões relativas à sustentabilidade social ou compromissos sociais

são apreciadas pela empresa, mas não são cobradas dos órgãos

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governamentais ou clientes como imposições. Assim, não há programas

específicos.

Para o controle das atividades de construções e montagem é utilizado um

software desenvolvido pelo próprio estaleiro. Através deste software pode

haver controle desde o posicionamento dos insumos a serem aplicados ao

volume de mão-de-obra empregada nas construções e montagens. Os

insumos são rastreados por fitas com código de barras, que indicam até a

posição geográfica onde se encontram. Desta maneira torna ágil não só o

transporte como também a aplicação dos mesmos.

Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e

estruturados no nível de gestão, através de reuniões com as equipes de

gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida

em todas as reuniões.

Os critérios para a gestão dos produtos e as informações quanto à

preservação dos mesmos, desde o recebimento até a destinação final, são

definidos pelo próprio estaleiro, a quem cabe a responsabilidade pela

preservação dos produtos até suas aplicações.

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c) Custos

O controle de custos é realizado em reuniões regulares, nas quais são

discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para

contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.

Para a empresa, os fatores que causam impacto sobre o sucesso dos

empreendimentos em relação às estruturações das equipes de trabalho

dependem, principalmente, do fator humano, já que, para os demais, a

empresa disponibiliza equipamentos e ferramentas mais modernas e

compatíveis com as atividades; instalações atualizadas e continuamente

mantidas; treinamentos e capacitações internas, com simuladores; e

áreas específicas de treinamento em várias disciplinas, inclusive solda e

pintura.

Foto 28 – Escola de capacitação de soldadores no estaleiro. As atividades são

continuamente acompanhadas e, após os cursos, há certificados garantidos pela própria

organização.

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Estaleiro H

Resultados sumarizados ....................................................... 284

Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 285 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 285 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 291

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 293 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 293 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 297

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 299 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 299 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 304

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 305 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 305 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 309

Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 310 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 310 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 311

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 312 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 312 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 314

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 315 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 315 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 318

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 319

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 319

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Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• Forte preocupação e elevado nível de conscientização quanto às

questões de SMS;

• Utilização do processo de manufatura adequado à tarefa a ser

executada;

• Foco da automação na área de produção;

• Existência de procedimentos, técnicas e rotinas que visam garantir o

controle dos estoques no canteiro;

• O trabalho do projeto está representado através das principais

entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto);

• Existência de cultura que visa obter competências em sistemas de

gestão, de produção/operação ou de projetos;

• Existência de ampla sinalização relacionada a questões de

segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e limpeza do local;

• Planejamento detalhado das atividades de engenharia possibilitando

desta maneira um melhor gerenciamento de suprimentos;

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• Estrutura operacional capaz de receber vários projetos distintos de

uma só vez, podendo ocupar diques, os maiores do mundo, com

várias embarcações;

• Consistente programa de consientização e capacitação de pessoal de

produção;

• Forte atuação global o que possibilita o grande intercâmbio de idéias

e tecnologias.

Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro foi construído para atividades de reparos e conversão de

navios e plataformas. Desta maneira, todas as instalações auxiliares ficam

ao redor, com um layout do tipo posicional, sendo as embarcações

construídas em grandes docas secas, com as seguintes dimensões: 640m

x 98m, 400m x 70m, 400m x 55m, 390m x 65m, 283m x 46m e 270m x

52m. Depois de construídos os cascos, as embarcações seguem para o

cais, onde há capacidade de atracação de 23 embarcações. Nos berços, os

serviços são complementados com as obras mais finas, de acabamento e

instrumentação e controle, dali saindo para o pré-comissionamento e

comissionamento, sendo estes assistidos pelos clientes e sociedades

classificadoras. O modelo de organização da produção é,

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preponderantemente, orientado a processo e a produto, com áreas

claramente definidas por espaços para cada atividade específica.

Imagem 1 – Site do estaleiro visitado.

Pela imagem mostrada, pode ser observado a distribuição dos cais, docas

secas, galpões industriais, áreas de estocagem e, inclusive, área de lazer

para os funcionários, com pista de atletismo.

Uma das prioridades em relação à organização do estaleiro é a

minimização das distâncias de transporte. Desta forma, os galpões são

posicionados o mais próximo possível dos inúmeros cais e docas. As

edificações formam 3 grandes grupos, como pode ser observado na

imagem anterior, situados na parte mais central da área ocupada. Desses

locais, partem linhas de pórticos transportando as peças e componentes

fabricados para as docas. Nos percursos intermediários, são utilizados

equipamentos de menor capacidade de carga e mais flexíveis para essas

atividades.

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A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos,

principalmente: redução de prazos e custos, facilidade de fabricação,

cronograma de fabricação do próprio estaleiro e docas disponíveis no

momento. As docas existentes no principal site da organização são:

Imagem 2 – Docas com suas respectivas dimensões e produção; e a capacidade de

içamento de dois de seus guindastes flutuantes e do próximo a entrar em operação.

No caso de redução de custos, muitas vezes as obras são terceirizadas,

visando à redução de custos de materiais e de mão-de-obra. Quando a

modularização ocorre no próprio estaleiro, uma das razões é a facilidade

de montagem e emprego de equipamentos de movimentação de cargas de

menor porte. Quando está se trabalhando com estruturas elevadas, sendo

esta modularizada, reduzem-se os riscos de trabalhos em altura, já que

esses passam a ser necessários somente na interligação dos módulos ou

quando os serviços são completados.

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Foto 1 – Seção de embarcação modularizada

A grande maioria das seções são modularizadas no próprio estaleiro.

Desse local, o trecho fabricado é encaminhado para a doca seca, onde a

embarcação está sendo fabricada para as conexões.

Foto 2 – Seções modularizadas, posicionadas para as conexões e finalização do casco.

No projeto do canteiro de obras, especificamente no site visitado, os

critérios considerados para implantação das edificações, de áreas de

estocagem e produção e das redes dos sistemas auxiliares de produção

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(energia elétrica, ar condicionado, ar comprimido, óleo e gás e outras) são

dependentes das limitações físicas existentes. As instalações foram

lançadas em uma área entre morros e o mar, de modo a maximizar os

espaços disponíveis, com total aproveitamento e harmonização,

possibilitando a existência de largas passagens entre prédios, espaços

para o lazer dos empregados e todas as demais necessidades

operacionais. As instalações são as mesmas dos projetos anteriores e têm

atendido às exigências contratuais. Assim, em função dos espaços físicos,

são definidos os critérios de ocupação dos mesmos.

Foto 3 – Um dos muitos galpões existentes no estaleiro.

Foi observado que os equipamentos são fornecidos aos trabalhadores de

acordo com as características das atividades que desempenharão.

As práticas empregadas nas inspeções ou avaliações das máquinas,

painéis e ferramentas empregadas são definidas ainda na fase do

planejamento das atividades e de acordo com as especificidades de cada

tarefa. Todas essas práticas encontram-se descritas no plano de

segurança do site.

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As ferramentas de trabalho devem ser inspecionadas regularmente,

inclusive antes de serem entregues aos trabalhadores, que podem

devolvê-las ao almoxarifado, caso verifiquem uma não adequação delas

aos serviços. Os andaimes, depois de montados, devem ter sua

estabilidade e integridade avaliadas por um profissional com nível de

supervisor, que assina um check-list específico, mantido em arquivo.

Os trabalhadores são orientados a manter o local de trabalho sempre

limpo e sem desperdícios. Na realização de atividades que requeiram um

cuidado especial, em função, por exemplo, das características dos

materiais e insumos empregados, das dimensões e geometrias das peças

e da formulação das substâncias, equipamentos e ferramentas utilizadas,

são elaborados estudos de análise de riscos. Estes estudos contemplam,

inclusive, as eventuais interferências com as demais atividades

desenvolvidas no mesmo site. Essas ações são previstas no planejamento

das atividades.

O estaleiro atua fortemente nas áreas de SMS, seja no acompanhamento

das atividades, na capacitação de pessoal ou na gestão dos processos.

Essa interação é percebida por todos, na medida em que o nível gerencial

periodicamente atua na área de SMS, além das suas próprias áreas.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) Grandes áreas disponíveis e facilidades ofertadas, como:

b) Existe conhecimento sobre as vantagens da utilização da

modularização, para se obter ganhos de produtividade, e sobre a

eficácia na utilização dos equipamentos de grande porte, para

elevação de cargas.

c) É dada grande atenção ao estado dos equipamentos fornecidos aos

trabalhadores, de acordo com as características das atividades que

desempenharão.

d) A empresa considera as condições de limpeza e arrumação de todo o

ambiente como um fator importante para que sejam mantidas as

boas condições de trabalho. Além disto, apresenta um alto grau de

maturidade em relação às condições de SMS.

e) Existe uma forte conscientização para a otimização do layout, para

que as distâncias de movimentação sejam diminuídas.

f) A organização trabalha desenvolvendo modelos em escala reduzida

para que o cliente possa acompanhar o desempenho das

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embarcações e realizar, em conjunto com as sociedades

classificadoras, os testes e avaliações necessários.

Imagem 4 – Análises de desempenho realizadas pelo estaleiro em modelos de testes.

g) Há um eficiente sistema de planejamento das atividades de

fabricação e montagem, em que o cliente recebe, 100 dias antes do

início das atividades, o plano de trabalho para análise crítica;

h) O elevado nível de capacitação e organização possibilita que, em

muitas circunstâncias, várias embarcações, para clientes distintos,

possam ser produzidas em um mesmo dique seco, otimizando o

emprego dos equipamentos e instalações.

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Foto 4 – Quatro embarcações, em vários estágios de fabricação, sendo montadas em um

mesmo dique seco.

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

As atividades de fabricação e montagem de estruturas metálicas de

grande porte, como navios e módulos, não possibilitam que sejam

priorizadas as questões ergonômicas, não só pelas grandes dimensões

desses empreendimentos, como também pelas naturais dificuldades de

conexões, reparos e ajustes. Desta forma, há situações em que são

exigidos esforços físicos adicionais. Para que os trabalhadores não tenham

problemas físicos ou de saúde, a empresa disponibiliza programas de

saúde, principalmente de ginástica laboral e ou postural, que podem ser

feitos antes do início das atividades. Desta maneira, mesmo sendo a

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atividade penosa, o trabalhador sabe como executá-la; e sempre que

possível há rodízios de executantes.

Foto 5 – Operário realizando soldagem “in situ” em casco de navio, suportado por

andaimes.

O arranjo geral do estaleiro é posicional, em que o produto final vai

incorporando equipamentos e instalações, avolumando-se quanto a

dimensões e peso. Desta forma, os insumos convergem para o local onde

se dará a montagem. Os postos de trabalho estão posicionados em torno

dessa montagem organizadamente. Como há um efetivo controle da

produção, por meio de sistemas informatizados de controle, as atividades

se desenvolvem continuamente.

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Foto 6 – Um dos diques secos com a fabricação e montagem de uma embarcação

durante o inverno.

Na foto, percebe-se que ao redor do dique estão situados os

equipamentos de movimentação de cargas e os galpões/oficinas e demais

instalações. Esse tipo de layout facilita a mínima movimentação de

materiais; e o produto final vai incorporando novas peças e componentes.

Nos postos de trabalho de corte, solda, pré-montagem e montagem, foi

verificado que existem quadros com as informações técnicas necessárias,

procedimentos e controles. Através dessas informações, os trabalhadores

podem, periodicamente, avaliar a qualidade de seus trabalhos com os

níveis de exigências requeridos. Os trabalhadores são instados a corrigir

as imperfeições e reavaliar a qualidade de seus serviços mesmo que não

tenham nenhuma supervisão direta, ou seja, todos são responsáveis pela

execução das atividades e possuem igual importância.

O grau de maturidade da organização em relação à SMS é elevado, o que

é comprovado pelas certificações obtidas, tais como ISO 14001 e OHSA

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18001. Há uma preocupação constante com o bem estar dos funcionários,

sendo tomados cuidados, como a verificação da temperatura e da

concentração de O2 antes do início de trabalhos em locais confinados.

Os membros das equipes de trabalho são submetidos a treinamentos “on

the job” e os funcionários mais experientes são responsáveis pelo

treinamento e supervisão dos mais novos.

Há diversas ações estabelecidas pela organização, em busca do aumento

contínuo da produtividade associada à qualidade. Dentre estas práticas,

podem ser citadas: a análise das melhores práticas utilizadas nos projetos

já encerrados, para que sejam levadas aos demais grupos de projetos, e a

utilização do Seis Sigma.

As ruas internas do estaleiro são bastante largas, possibilitando o trânsito

dos equipamentos e cargas. O material a ser aplicado é condicionado e

mantido nas proximidades dos locais de aplicação. Para se evitar o

transporte de cargas de maneira desnecessária, as montagens se dão sob

os pórticos de carga e no alinhamento da carreira.

Antes do início dos projetos, o estaleiro define um plano de execução das

atividades que seja mais bem aplicado, em função do tipo de cais

necessário, da disponibilidade de equipamentos para a movimentação de

cargas e de espaços físicos para a estocagem provisória dos materiais.

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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) Forte conscientização da necessidade de um bom planejamento e

controle das atividades do empreendimento, para o sucesso do

mesmo;

b) Planejamento da ocupação mais eficaz do chão de fábrica, levando

em consideração fatores como espaço, localização de guindastes,

cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros;

c) Utilização de softwares sofisticados para a fabricação das

embarcações;

d) Forte conscientização em relação à SMS. Essa conscientização

permeia a cultura de toda a organização. A imagem seguinte

apresenta uma vista aérea do centro de treinamento do estaleiro e

da atividade de resgate de pessoal sobre andaime. A organização

certifica seu próprio pessoal e muitas vezes o faz com o apoio da

sociedade certificadora, como no caso de eletricistas, pintores e

soldadores;

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Imagem 5 – Programas de treinamento interno desenvolvidos no

empreendimento.

e) A organização programa projeto por projeto, com planos específicos

para cada um, contemplando os requisitos de SMS dos clientes.

Após a programação, é emitido plano de trabalho para a aprovação

do cliente, 100 dias antes do início do projeto, em reunião específica

com os representantes do cliente;

f) Habitualmente, há uma visita das gerências às instalações, realizada

2 vezes por mês, conduzida pelo vice-presidente, acompanhado

pelos representantes de cada uma das gerências envolvidas e pelo

sindicato. Toda a visita é filmada;

g) Utilização do Six Sigma como uma metodologia utilizada pela

empresa para melhoria da produtividade e das operações do

estaleiro.

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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Existe um planejamento específico e procedimentos para toda

movimentação e elevação de cargas pesadas, desmontagem e montagem

de peças ou estrutura que tenham elevado peso ou geometria especial. A

empresa faz um planejamento de atividades que se inicia muitos meses

antes do começo das atividades. Como há uma integração de sistemas e

programas, consegue-se estabelecer os níveis de interferência entre as

várias atividades, incluindo as de transporte de equipamentos e peças,

como o da próxima foto:

Os trabalhadores são orientados / capacitados a respeito dos riscos de

SMS e das formas de proteção que devem ser seguidas, através de cursos

de instrução da segurança promovidos pelo próprio estaleiro, em salas

apropriadas. Nesses locais, há salas de treinamentos genéricos, salas para

treinamento de solda, pintura e elétrica.

Os treinamentos são obrigatórios, obedecendo a um calendário de

programação, e são realizados de acordo com o grau de especialização do

funcionário, com as necessidades operacionais, com as reciclagens, entre

outras razões. O empregado admitido tem que passar por esse processo,

com avaliações rigorosas.

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O início das atividades está condicionado à sua aprovação nas provas

realizadas. Todos os dias, antes do início das atividades, são discutidas as

tarefas, momento em que o supervisor reitera quais são as precauções de

segurança que devem ser tomadas. Nesses momentos, as instruções são

dadas pelo próprio supervisor das atividades e não pelo profissional de

SMS, cabendo a esse apenas a supervisão e assessoramento da questão

de SMS durante a realização das atividades.

Foto 8 – Tipo de movimentação com a carga o mais próximo possível do solo, por meio

de veículos especiais, reduzindo os riscos de SMS.

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Foto 9 – Emprego de guindastes especiais de grande capacidade, junto a cais ou docas.

Foi verificada a existência de planos de manutenção para os equipamentos

de transporte e elevação de cargas. Estes planos são preparados em

parceria com as demais áreas de construção e montagem, estabelecendo

épocas adequadas para sua execução, de maneira a não deixar os

equipamentos indisponíveis. A manutenção periódica é informada no TAG

do equipamento.

Para a movimentação de cargas e equipamentos dentro do canteiro de

obras, são elaborados planos de rigging, são feitas análises da capacidade

de suporte do solo, avaliação das condições climáticas e são elaborados os

procedimentos necessários. As cargas de maior valor e aquelas com

geometria especial e pesos elevados são acompanhadas por profissionais

das sociedades classificadoras e das companhias de seguros, que avaliam

as características de segurança dessas operações.

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Foto 10 – Emprego de veículo especial sobre pneus para o transporte de componentes

pesados.

Os transportes manuais para pequenas cargas a pequenas distâncias

dependem mais da geometria das peças do que do próprio peso das

cargas. Se não houver uma geometria especial, o transporte é feito pelo

próprio trabalhador. Em caso contrário, são utilizados veículos ou

carrinhos puxados manualmente.

Os transportes motorizados no interior do canteiro são feitos por

caminhões de pequeno porte com carrocerias do tipo plataforma ou

fechadas lateralmente. Esses veículos circulam pelas ruas internas, que

são demarcadas por faixa de trânsito, além de bastante sinalizadas.

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Foto 11 – Transporte de correntes de navios em carrocerias de caminhões em ruas

internas.

Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de

reparo ou construção e mesmo no de conversão de embarcações, os

projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e dos cais

que poderão ser utilizados, de modo a maximizar o emprego dos mesmos.

Desta maneira, evita-se que equipamentos tão importantes para a

empresa fiquem indisponíveis devido a falhas de programação de

atividades.

Constatou-se que equipe de SMS participa ativamente no processo de

movimentação de cargas através do acompanhamento das atividades,

planejamento das ações, elaboração de procedimentos específicos,

quando necessários e exigidos pelas sociedades classificadoras.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) De uma maneira geral, o estaleiro apresenta uma capacidade muito

boa em relação a equipamentos de transporte, com equipamentos

de movimentação de carga de várias capacidades, atendendo a

todas as demandas internas. Existe um planejamento das operações

complexas de rigging e elevação de cargas. Existe uma preocupação

em se dotar o canteiro de áreas que permitam o deslocamento dos

meios de transporte, para movimentação de cargas dentro do

canteiro, de maneira a aperfeiçoar esse deslocamento.

b) O departamento de manutenção tem procedimentos específicos para

a inspeção ou avaliação de máquinas semanalmente, elaborando os

registros mensais, que são inseridos no cadastro das máquinas e

equipamentos. Através da leitura desses registros, pode-se avaliar a

quantidade de reparos e intervenções e os custos das mesmas.

Também, através destas análises, podem-se estabelecer mudanças

no equipamento ou pode-se substituí-los por outros mais resistentes

às características dos trabalhos.

Page 305: Diagnóstico organização industrial

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Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O estaleiro apresenta um bom nível de automação das máquinas e

equipamentos. As máquinas e equipamentos disponibilizados são novos ou

apresentam boas condições de operação, com um adequado programa de

manutenção. Deve ser ressaltado o emprego de equipamentos de alta

tecnologia nas atividades de corte e solda, com o uso de mesas de corte a

plasma e a maçaricos.

Foto 12 – Emprego de robôs em atividade de soldagem.

Os robôs são muito empregados em atividades onde há limitação à

permanência humana. Na foto anterior, verifica-se a existência de um dos

robôs realizando soldas entre cascos de embarcação.

Page 306: Diagnóstico organização industrial

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Relatório Final E&P - 27.6

As máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial têm,

em sua proximidade, instruções específicas ou orientações afixadas no

próprio equipamento. Todos os instrumentos e equipamentos utilizados

são aferidos, existindo a necessidade da garantia desta aferição para que

os mesmos possam ser empregados pelos diversos profissionais. Esta

aferição é feita por órgãos especializados ou por padrões internos.

Os critérios adotados para a escolha das máquinas e equipamentos são

definidos em função da necessidade da utilização destes equipamentos.

Muitas vezes, devido ao limitado número de equipamentos existentes para

a execução das tarefas, há dificuldades para esta escolha. Também são

consideradas as condições técnicas e a competência necessária do

operador para a utilização do equipamento. Existem estudos para

padronização dos tipos e modelos de ferramentas, em função de sua

utilização. Estes estudos são conduzidos pelo departamento de

manutenção em conjunto com fornecedores credenciados.

Foto 13 – Máquina de corte de chapas com oxi-corte semiautomatizada.

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É realizado um planejamento específico em que se dimensionam ou se

escolhem os dispositivos mais bem indicados. Há alguns critérios básicos,

como o de as novas máquinas associarem qualidade de desempenho ao

atendimento aos requisitos de segurança. Ainda na fase do planejamento,

os gerentes dos setores são consultados sobre o que deve ser utilizado,

quando deve ser utilizado e se há um equipamento disponível em outro

local que poderá ser disponibilizado.

Foto 14 – Mesa de corte à plasma de chapas grossas com até quatro bicos de corte, onde

a atividade é programada.

Os critérios utilizados para definir os planos de manutenção, reparos,

liberação e identificação das máquinas, equipamentos e ferramentas são:

a) plano de manutenção preventiva dos guindastes, empilhadeiras, etc.,

focando o que deve ser feito e o momento em isso ocorrerá –

planejamento das ações; b) indicação, através de cores, dos

equipamentos que sofrem manutenção, associando-se as cores a um

período. Através desse processo, identifica-se com mais facilidade se o

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equipamento, máquina ou ferramenta está com a sua manutenção em dia

e quando irá ocorrer a próxima intervenção.

O estaleiro está sempre em busca de novas tecnologias, envolvendo os

processos ou equipamentos que venham a representar significativa

redução dos prazos de execução das atividades ou dos custos. O emprego

de robôs em substituição ao homem, na aplicação de soldas em espaços

confinados, é um desses exemplos. A mudança de processos em função

da aceleração das atividades de montagem é outro exemplo. A redução de

trabalhos em altura através da pré-montagem das peças junto ao solo é

outro exemplo. Os trabalhadores são sempre incentivados a apresentar

idéias inovadoras, sendo reconhecidos por isso.

Foto 15 – Seção modularizada da embarcação aguardando complementação da solda.

A equipe de SMS, independentemente dos trabalhadores, inspeciona as

máquinas e equipamentos que requeiram atenção especial. Os

trabalhadores, ao receberem as máquinas e equipamentos do

almoxarifado, também fazem uma inspeção em relação às condições

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normais de operação e segurança. Havendo algum problema, são

orientados a comunicar o fato aos seus supervisores e devolvê-las ao

almoxarifado para a substituição ou reparo.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam

mantidos em condições de uso imediato, para o aumento da

segurança dos trabalhadores e da produtividade da operação. As

máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial

têm instruções específicas ou orientações afixadas no próprio

equipamento.

b) A empresa entende as vantagens da utilização de dispositivos

automatizados na produção, de maneira a aumentar as condições de

SMS, maximizar a produtividade e qualidade.

c) A organização tem uma preocupação constante em realizar a

melhoria continua e busca uma atualização também constante dos

recursos produtivos, visando a aumentar a produtividade, reduzir

riscos e aumentar a qualidade.

d) Há medidas preventivas, como planos de manutenção e reparo dos

equipamentos, com especial atenção para aqueles voltados a

movimentação de cargas; além da aplicação de boas práticas,

percebida na fácil identificação das máquinas, equipamentos e

ferramentas.

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Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

O processo de controle de estoques do estaleiro é integrado com

planejamento e controle da produção, através de sistema de gestão

informatizado (sistemas de compras, modelos 3D dos produtos, e

sistemas de controle de pacotes de trabalho e de materiais). Os estoques

são controlados por etiquetas com código de barras, que contêm

informações desde a fabricação dos componentes até sua localização.

Essas etiquetas acompanham os componentes até o posicionamento final

dos mesmos nos módulos, permitindo a rastreabilidade total de materiais

e equipamentos.

Os critérios para a disponibilidade de material para aplicação imediata e

futura e instalação dos equipamentos e máquinas levam em consideração

que só podem ser programadas atividades quando se tem material

disponível. Todo material é requisitado através do documento de

solicitação de pedido ao almoxarifado, que é o documento que antecede a

execução do serviço e disponibiliza o material para aplicação. Os materiais

são segregados por prateleira, área e layout.

A arrumação e condicionamento dos estoques apresentam-se dentro das

condições técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de paletes,

não estando armazenados sobre o chão. Dentro dos galpões, existem

prateleiras para uma perfeita armazenagem dos materiais estocados. Esta

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prática facilita a gestão e controle dos estoques e aperfeiçoa o

aproveitamento dos espaços.

Em relação à armazenagem das peças e equipamentos, percebe-se que há

procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda

da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e

corrosão.

Existe um número adequado de equipamentos de elevação e transporte

de peças e materiais.

Para facilitar a localização de insumos, equipamentos e outros,

melhorando os processos de movimentação e montagem e reduzindo

custos com ociosidade, o estaleiro utiliza imensamente recursos de GPS

(Global Positioning System).

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Há procedimentos, técnicas e rotinas que visam garantir o controle

dos estoques no canteiro.

b) Há um número adequado de equipamentos de transporte e elevação

conforme as necessidades atuais do estaleiro.

c) O estaleiro utiliza as boas práticas em relação à guarda,

identificação, movimentação e gestão dos estoques.

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d) Existe a preocupação de utilizar os recursos de tecnologia de

informação, necessários para a boa prestação dos serviços.

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Os principais critérios que norteiam a definição do arranjo físico do

canteiro de obra são: segurança operacional; produtividade; qualidade;

flexibilidade e cumprimento de prazos. Os critérios relacionados à

qualidade e segurança, além de atenderem às características do projeto,

buscam também o atendimento quanto às exigências legais e contratuais.

Dentre eles, ressaltam-se a exigência de áreas mínimas por empregado,

nos prédios de vestiários, banheiros, refeitórios; o espaçamento mínimo

entre equipamentos ou áreas de armazenamento de produtos perigosos;

espaçamento mínimo entre prédios, a fim de garantir a ventilação e a

iluminação natural exigidas. Ocorre, também, que a disponibilização de

equipamentos mais modernos, eficientes e seguros propicia o aumento

não só dos níveis de segurança como também de agilidade dos processos.

O estaleiro modulariza fortemente seus produtos, em vários sites distintos

da própria empresa e de terceiros. Assim, são executados no site algumas

das atividades necessárias, mas não todas, para a montagem final. A

organização e a racionalidade do trabalho do canteiro evidenciam o

emprego da engenharia industrial, com desenvolvimento extensivo de

padrões próprios e de ferramentas de planejamento e controle de

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produção, desenvolvidas in-house, de forma total ou parcialmente, com

emprego de simulação.

A disposição física entre os postos de trabalho contempla os aspectos

ergonômicos e aqueles relacionados às atividades operacionais, de modo a

maximizar a utilização dos espaços. Assim, se o produto final do processo

é uma peça de grande porte ou peso, há previsão de emprego de pontes

rolantes, talhas ou veículos especiais. A disposição das atividades leva em

consideração também a questão dos cronogramas de execução, de modo

que uma atividade que pode ser entregue em um tempo mais dilatado não

venha a causar empecilho à remoção de um item cuja entrega seja

anterior.

O chão de fábrica apresenta boas condições de limpeza, iluminação,

segurança. Foram observadas boas condições de utilização dos

equipamentos de transporte, diminuindo as distâncias percorridas e os

tempos improdutivos.

Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização

relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e

limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso intensivo de equipamentos

de proteção individual. Observou-se a existência de procedimentos de

movimentação de material, havendo uma preocupação com o

estabelecimento de áreas para o deslocamento dos equipamentos de

elevação e transporte de cargas. Existem quadros impressos com

desenhos/instruções de execução e inspeção dos trabalhos técnicos da

produção, com ótima qualidade de impressão, facilitando o entendimento

e execução das tarefas.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) A cultura da organização possui um foco muito grande no

planejamento. O modelo de planejamento e controle adotado atende

a todas as atividades e contempla todas as disciplinas envolvidas.

Esse planejamento é continuamente analisado, com discussões em

vários níveis gerenciais, repassando-se os resultados a intervalos

regulares semanais. Um exemplo disso são as reuniões de

planejamento das operações, visando seu aperfeiçoamento;

b) A disposição física entre os postos de trabalho contempla os

aspectos ergonômicos e de aprimoramento do espaço de produção,

respeitando as necessidades específicas das áreas de estocagem,

inspeção, operação e transporte;

c) O chão de fábrica é conservado obedecendo aos critérios de limpeza,

organização e sinalização, para operações de deslocamento de

cargas;

d) As atividades técnicas são suportadas por desenhos/instruções

expostas de maneira visível e próxima aos postos de trabalho.

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O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

Os critérios para a disponibilidade de material para aplicação imediata e

futura e instalação dos equipamentos e máquinas são identificados e

implantados a partir do projeto básico. Neste instante, o estaleiro realiza

as compras de materiais, que são armazenados nos depósitos do

estaleiro. Para os insumos já estocados, a remoção dos mesmos se dá por

ocasião da aplicação. Cada departamento decide quando será necessário o

uso dos produtos e um responsável por essa atividade verifica o que será

necessário, acionando o departamento de logística. Normalmente essas

ações são realizadas com antecedência de duas semanas. Há programas

próprios desenvolvidos pelo estaleiro para o controle das operações.

As ações de melhoria contínua no processo de organização da produção,

em todos os níveis do empreendimento, são promovidas através de planos

de ação, sugestões, reuniões específicas do departamento de qualidade e

outras. A cada ano o departamento de gestão atribui metas para o

departamento de produção, a serem alcançadas financeiramente (quanto

ao lucro) e produtivamente (através da aplicação de melhorias no

processo). São realizadas reuniões semanais para a discussão do

progresso e melhorias e de questões de segurança, qualidade e

produtividade.

A integração e controle das várias unidades de produção, quando se

encontram em sites distintos, se dá através da coordenação entre os

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diferentes estaleiros. São realizadas reuniões de análise crítica, planos de

ação, relatórios de inspeção e de acompanhamento de atividades, entre

outras. Para o suporte operacional, são empregadas técnicas de

integração próprias, como o WBS – Work Breakdown Struture e um

sistema informatizado de gestão de empreendimentos.

Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e

estruturados no nível de gestão, através de reuniões com as equipes de

gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida

em todas as reuniões.

Os critérios de SMS são considerados no processo de aquisição de bens e

serviços, desde o início do processo de planejamento das ações. Nessa

ocasião, faz-se a revisão do desempenho, as análises relativas à

qualidade, segurança, preço e desempenho anterior. Ou seja, analisam-se

as principais variáveis.

Em um segundo momento, essas questões voltam a ser reavaliadas,

durante a execução, observando-se o que está sendo feito, de que forma

está sendo feito e se os procedimentos estabelecidos estão sendo

cumpridos.

Em um terceiro momento, volta-se a avaliar o processo. Depois de

concluído o projeto, tem-se outro processo de avaliação, desta vez

realizado pelo gerente de projeto, observando as questões de qualidade,

segurança e produtividade. O processo de avaliação contempla também o

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desempenho dos profissionais que atuaram no projeto, residentes e não

residentes.

Os critérios estabelecidos para a gestão de produtos, aplicados no

empreendimento, são as análises de riscos do trabalho, com a

identificação de todas as etapas de trabalho e dos riscos relacionados com

as etapas de trabalho, implementando imediatamente as medidas de

controle. Essas análises podem ser alteradas quando necessário, de forma

a tornar a realização das atividades mais segura.

Os procedimentos necessários à execução das atividades são repassados à

força de trabalho através de reuniões específicas, que ocorrem pela

manhã com os trabalhadores, antes do início dos trabalhos diários. O

acompanhamento das atividades realizadas em sites externos por

terceiros são acompanhadas por funcionários do estaleiro e do cliente.

Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em sistemas

de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.

A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na utilização

de conceitos modernos como modularização, utilização intensa de

recursos de tecnologia da informação, entre outros.

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Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em

sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de

projetos.

b) Especial atenção é dedicada à melhoria contínua, através da busca

de meios e tecnologias que aumentem a produtividade, segurança e

qualidade.

c) Um ponto positivo é a existência de software de gestão do

empreendimento que faz a gestão de todo o empreendimento,

possibilitando a análise e correção dos possíveis desvios.

d) A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na

utilização de conceitos modernos como modularização, utilização

intensa de recursos de tecnologia da informação, entre outros.

e) Observou-se uma preocupação contínua em relação à integração das

áreas de gestão que são fundamentais para o sucesso nos projetos

e o alinhamento entre as equipes de produção, por meio das

reuniões gerais antes dos turnos de trabalho.

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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

Foi observada a existência de uma integração plena do planejamento e

controle da área de SMS com o restante do planejamento (custo, prazo,

suprimentos, etc.), para os empreendimentos em execução. Durante a

visita ao chão de fábrica, verificaram-se evidências de práticas de SMS.

A estruturação do Sistema de Gestão do empreendimento, abrangendo

normas de SMS, ocorre com a integração dessas e o seu efetivo emprego

em todos os sites do empreendimento, com o cumprimento obrigatório

por toda a estrutura operacional da empresa e pelas empresas

subcontratadas. O empreendimento adota como normas internacionais

ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, respectivamente para as áreas de

Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional. O gerenciamento de

todas essas normas de gestão, associadas às exigências do governo local

e dos clientes, ocorre no “HSE Management System”.

Todos os funcionários próprios e contratados que atuam no site devem ter

conhecimento, compreender e praticar as determinações do sistema de

gerenciamento de SMS, contendo códigos de boas práticas, normas e

regulamentos.

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O sistema de gerenciamento de SMS possui elementos da organização dos

processos às práticas de trabalho e treinamentos específicos, fornecendo

as orientações necessárias para o estaleiro operar com os níveis de SMS

requeridos pela própria instituição, pelo cliente e pelos organismos

reguladores. Como o estaleiro possui várias docas e instalações, com

capacidade de atendimento a vários clientes simultaneamente, seus

empregados podem ter que atender a exigências distintas de cada cliente;

desta forma, foi estabelecido um programa de Gestão de SMS capaz de

atender ao máximo possível a todas essas exigências. Afora isso, o

sistema tem que atender também as exigências governamentais,

passando a ser esse o “pacote integrado de gestão de SMS local”, o que

torna mais fácil, não só a ambientação, compreensão e entendimento dos

trabalhadores, como também a fiscalização.

Para o controle de atendimento às normas e ou regulamentos legais e

contratuais, o estaleiro emprega programas (softwares), que integram as

normas de gestão nas quais a organização é certificada (ISO 14001 e

OHSAS 18001) com os demais procedimentos e regulamentos

operacionais.

As empresas subcontratadas são avaliadas através de check-lists

específicos, verificando, dentre outras coisas, como lidam com as

questões de SMS. Quanto a isso, o principal estaleiro da organização,

antes de qualquer sub-contratação, verifica o perfil e as qualificações das

empresas, principalmente nas questões relacionadas a SMS, realizando

auditorias periódicas antes de oferecer um contrato definitivo. Após a

contratação, são estabelecidas auditorias regulares. O comum é o fato de

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Relatório Final E&P - 27.6

que a maioria dos procedimentos, quando pertinentes, contém lista dos

requisitos legais a serem atendidos ao longo do contrato.

b) Suprimentos

Os fatores que podem ter maior impacto positivo e negativo sobre os

prazos contratuais estão relacionados ao fornecimento de equipamentos e

materiais pelos clientes, podendo ocorrer atrasos. Nesses casos, em

função dos dispositivos contratuais, o cliente pode ter que pagar multas

por esses atrasos ou cobrir os custos dos eventuais atrasos.

A integração da área de suprimentos com o planejamento se dá, não

somente na convergência com os objetivos estratégicos do

empreendimento a ser realizado, como também nos mecanismos de

gestão para controle de prazos, da qualidade dos fornecimentos e de

otimização dos custos de aquisição.

Imagem 6 – O processo de gestão do empreendimento leva em consideração o sistema

Seis Sigma

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c) Custos

O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são

discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para

contenção de gastos e as eventuais correções no projeto.

Além disto, foi observada uma forte preocupação com a redução de custos

do empreendimento. No entanto, há um foco da administração para que a

redução não prejudique a qualidade dos entregáveis.

Imagem 7 – Fluxo de produção empregado na organização, maximizando os resultados.

d) Qualidade

A qualidade adota medidas preventivas e corretivas. Como medida

preventiva, pode-se citar a elaboração do plano da qualidade para as

diversas áreas de operação do empreendimento. Existe um controle de

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Relatório Final E&P - 27.6

inspeção da qualidade dos materiais utilizados no canteiro e de

preservação dos mesmos.

Como medida corretiva, o departamento de controle da qualidade

inspeciona todas as áreas de trabalho e verifica os processos e a

qualidade do que foi acrescentado ao produto, para descobrir se houve

qualquer desvio. Estes são relatados e colocados no sistema

informatizado, que pode ser verificado pela equipe de produção e

projeto.

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Relatório Final E&P - 27.6

Estaleiro I

Resultados sumarizados ....................................................... 325

Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 326 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 326

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 332

Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 335 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 335

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 338

Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 339 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 339 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 341

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 341

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 341

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 344

Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 344

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 344

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 345

Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 346

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 346

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 351

O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 352

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 352

Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 354

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 354

Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 354

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Relatório Final E&P - 27.6

Resultados sumarizados

Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais

resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão

desenvolvidos a seguir, são:

• Existência de uma forte conscientização para a otimização do layout

para que as distâncias de movimentação sejam diminuídas.

• Estão sendo implantadas novas filosofias de gestão em SMS e de

sistema de gestão integrado os quais, após validação, serão

estendidas aos demais empreendimentos.

• Existe pleno conhecimento das vantagens da utilização da

modularização para se obter ganhos de produtividade.

• Existe um planejamento para a ocupação mais eficaz do chão de fábrica levando em consideração fatores como espaço, localização de guindastes, cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros.

• A organização emprega cuidados para que os equipamentos e

ferramentas sejam mantidos em condições de uso imediato para o

aumento da segurança dos trabalhadores e da produtividade da

operação.

• Há um número adequado de equipamentos de transporte e elevação

conforme as necessidades atuais do estaleiro.

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Relatório Final E&P - 27.6

• Existência de cultura na organização para busca do aperfeiçoamento

através da discussão dos problemas ocorridos com as equipes do

cliente, assim como reuniões com a alta direção do

empreendimento.

Organização e Condições Físicas do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro O empreendimento possui uma área de 123 hectares de terreno,

totalmente plano, com uma “frente” para o mar de 1.500m.

Nessa área, encontram-se dispostos 26 workshops de grandes dimensões,

equipados com equipamentos para o corte, dobra, solda e montagem de

chapas de até 150mm.

O empreendimento possui instalações abrangentes no local, capazes de

acomodar simultaneamente a construção de grandes estruturas marítimas

em um grande pátio aberto de fabricação, além de contar com grandes

galpões industriais, docas secas em número de duas e guindastes de

grande porte. Também oferece um recurso exclusivo de docagem com um

dos maiores shiplift do mundo para navios de até 50.000 dwt. As docas

secas têm as seguintes características:

• Doca Seca 1, com capacidade de docagem de embarcações de até

450.000dwt, e dimensão física de 385m x 80m x 14m;

• Doca Seca 2, com capacidade de docagem de embarcações de até

140.000 dwt, e dimensão física de 270m x 46m x 12.5m;

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Relatório Final E&P - 27.6

O empreendimento vem se transformando em um exclusivo ONE-STOP

CENTER, além de líder em conversão de FPSO/FOE, fabricação e

construção, construções voltadas para a indústria de óleo & gás,

fabricação de turrets (estruturas adaptadas em navios que atuam junto a

poços de petróleo) e reparação de navios-tanque de petróleo.

Recentemente, concluiu a primeira estrutura SPAR (jaqueta) a ser

instalado fora do Golfo do México.

O layout foi definido de modo que possa atender simultaneamente a

vários projetos, aplicando-se a filosofia de “arrendamento” ou “locação”

das áreas. Os clientes têm a possibilidade de utilizar os equipamentos de

movimentação de cargas, galpões industriais, equipamentos de grande

porte para a fabricação, montagem e reparos das embarcações.

As empresas que utilizam as áreas do empreendimento, nesses casos,

podem utilizar o cais ou uma das docas para reparos, ou utilizar também

um dos grandes galpões industriais. Há uma mão de obra, não própria,

que pode ser empregada por essas empresas e que atua nos vários

projetos.

Quando se analisa a questão da dimensão física do estaleiro em relação à

disponibilidade das máquinas, equipamentos, instalações e sistemas, sob

a forma de arranjo físico, verifica-se que o estaleiro foi construído para

atividades de reparação e conversão de navios e plataformas. Desta

maneira, todas as instalações auxiliares ficam ao redor.

Parte do estaleiro foi construída por outras empresas e alguns locais

passaram a ser inadequados, razão pela qual o estaleiro dobrou de

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tamanho nos últimos 30 anos. Hoje há 22 cais, 3 docas secas e 2 docas

flutuantes, afora as inúmeras instalações para suprir as demandas dos

vários projetos desenvolvidos em paralelo. Para isso, existe um rigoroso

planejamento e controle das atividades.

Uma das prioridades em vista de toda essa área e cais é a da minimização

das distâncias de transporte, posicionando-se os galpões o mais próximo

possível dos inúmeros cais e docas. As edificações formam 3 grandes

grupos, situados na parte mais central da área ocupada. Desses locais

partem linhas de pórticos transportando as peças e componentes

fabricados para as docas. Nos percursos intermediários, são utilizados

equipamentos de menor capacidade de carga e mais flexíveis para essas

atividades.

Quanto a essa atividade, a empresa prioriza não só o menor número

possível de movimentações como também a realização a baixa altura,

para reduzir os riscos. Para tal, empregam-se plataformas e veículos de

transporte mais baixos e o emprego de pórticos sobre trilhos, com até 800

ton de capacidade de carga. Em todos os galpões industriais, há pontes

rolantes, algumas de grande porte, que retiram as cargas e as posicionam

sobre as plataformas de transporte.

O arranjo físico contempla um cais de projeto e oficinas junto ao cais;

estas existem para racionalização dos transportes necessários. Percebe-se

uma grande quantidade de docas e cais que têm capacidade para atender

a vários clientes e a várias embarcações simultaneamente. No momento,

a dimensão física do canteiro influencia o total de embarcações em

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processo de reparo ou conversão. Contudo, havendo necessidade de se

aumentarem as áreas para novos projetos, isso pode ser considerado.

A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos,

dentre os quais a agilidade de fabricação e, por conseguinte, de entrega

da obra antes do prazo, redução de custos, quando as obras são

encaminhadas para locais onde os custos de materiais e de mão-de-obra

sejam menores. Quando a modularização ocorre no próprio estaleiro, uma

das razões é a da facilidade de montagem e do emprego de equipamentos

de movimentação de cargas de menor porte. Quando está se trabalhando

com estruturas elevadas e essa é modularizada, reduzem-se os riscos de

trabalhos em altura, já que esses passam a ser necessários somente na

interligação dos módulos ou na completação dos serviços.

O processo de terceirização é empregado no estaleiro por várias razões,

entre as quais a de serviços eventuais ou pontuais. Também podem ser

terceirizados serviços que tenham a chance de representar maiores riscos

ou custos e serviços cuja mão-de-obra exige especialização e, assim, seria

requerido maior esforço do estaleiro em capacitação de pessoal. Por fim,

esses fatores apresentados quase sempre se encontram associados.

Há no estaleiro cerca de 20 a 30 pessoas encarregadas das questões de

logística e layout, avaliando as necessidades e analisando os problemas

ocorridos em um projeto, de modo que não se repitam nos demais.

Há espaços suficientes para o atendimento a vários projetos

simultaneamente, já que o empreendimento foi estruturado como uma

grande área de apoio com aproximadamente 125 hectares. No momento,

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a dimensão física do canteiro influencia o total de embarcações em

processo de reparo ou conversão. Contudo, havendo necessidade de

aumentarem-se as áreas para novos projetos, isso pode ser considerado,

já que há espaço físico suficiente.

A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos,

principalmente, redução de prazos, custos e facilidade de fabricação. No

caso de redução de custos, muitas vezes as obras são terceirizadas,

visando reduzir custos de materiais e de mão-de-obra. Quando a

modularização ocorre no próprio estaleiro, uma das razões é a da

facilidade de montagem e do emprego de equipamentos de movimentação

de cargas de menor porte. Quando está se trabalhando com estruturas

elevadas e essa é modularizada, reduzem-se os riscos de trabalhos em

altura, já que esses passam a ser necessários somente na interligação dos

módulos ou quando os serviços são completados.

O estaleiro possui rotas de escape e pontos de encontro em caso de

acidentes ou de necessidade de se abandonar o site. No entanto, esta

providência é comum em qualquer organização de porte grande ou médio.

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Foto 1 - Vista geral do empreendimento com suas várias edificações, navios em cais e

docas e equipamentos de movimentação de carga.

A área do empreendimento impressiona pelas dimensões, fora dos

padrões normais dos demais estaleiros. Outro fato interessante é o da

opção do empreendimento de oferecer serviços aos clientes. Caso o

cliente deseje docar uma embarcação, instalar um equipamento ou

qualquer outra atividade, pode contratar os serviços, assim como pode

empregar a mão de obra local ou levar sua própria equipe de trabalho.

Foto 2- Vista geral da área descoberta do canteiro empregada para a montagem de

estruturas.

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Essa área é utilizada na montagem de estruturas, pelas empresas

contratantes dos serviços ou pelo próprio empreendimento. São

estruturas que serão incorporadas a plataformas de petróleo. Em função

das suas dimensões, são feitas ao ar livre. As coberturas para a proteção

dos soldadores ficam posicionadas somente sobre os mesmos, não

atingindo a toda a estrutura.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

Os pontos fortes apresentados pelo empreendimento são seus

equipamentos e instalações, listados abaixo:

• Duas Docas Secas;

• Shiplift System (Sistema de elevação de navios ou comporta), com

capacidade para embarcações de porte de 50000 dwt, e dimensão de

188,4m x 33,8m x 8m;

• 11 guindastes à beira do cais com capacidades entre 15 a 80 tons;

• 1 guindaste com capacidade de 150ton e alcance de 100m Max., 80

tons com alcance de 50m;

• 6 guindastes sobre esteiras, 150 a 250 tons;

• 5 áreas de fabricação totalizando 224.600 m2 com uma capacidade de

fabricação anual de 45.000 MT;

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• Facilidades para reparo de Tanques de navios de LNG:

Ta n q u e s p a r a a t iv id a d e s c r io g ê n ica s

Ce n t ro s d e s o ld a g e m ( In va r )

Co n s o le m ó ve l d e in s t ru m e n t o s d e m o n it o r a m e n t o d o s t a n ques de

carga (GTCR)

Foto 3 – Galpão de fabricação de componentes de vasos de pressão

Workshops de corte e montagem

• Galpão com as seguintes dimensões: C: 115m, L: 100 m, H: 22.22 m e

máquinas diversas de porte a plasma e a gás, pontes rolantes e

equipamentos de transporte de equipamentos;

• Duas pistas de rolagem, com capacidade de carga máxima de 40,000

tons e comprimento de 300m cada;

• Dois berços em terra, sendo um com comprimento de 345m e

capacidade de 142ton/m e outro com comprimento de 315m e

capacidade de 125ton/m;

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• Cais: Os cais têm berço de atracação para navios com comprimento

variando entre 232m a 390m.

A área de operação e o mercado alvo são:

• Válvulas e portões para plantas hidroelétricas;

• navios com chapa de costado de até 150 mm espessura de parede, peso

máximo de até 200/300ton, (FCC reatores, tambores de coque, colunas).

Principais produtos típicos:

• recipientes sob pressão reatores;

• projetos de colunas EPCIC (ou seja, engenharia, aquisições, construção,

instalação e designação);

• trocadores de calor ar fan coolers;

• apoio às embarcações operando no mar;

• construção de tanques flutuadores e estruturas anexas para plataformas

e jaquetas;

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Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho

Análise das Condições do Estaleiro

O empreendimento disponibiliza cinco áreas de fabricação, totalizando

224.600m2, com capacidade anual de 45.000 toneladas métricas.

Também há disponibilização de 26 workshops cobertos, com um total de

53.880m2, incluindo todo o maquinário necessário à execução das

atividades; um galpão para corte e solda com as seguintes dimensões:

115m x 100m x 22,22m e possuindo 4 unidades de plasma (CNC); 1

unidade de corte a gás; vários outros equipamentos de corte e solda;

mesas de montagem; calandras; e pórticos rolantes (5 de 40ton, 1 de

60ton, 2 de 80ton e 2 de 160ton).

Foto 4 – Galpão de corte e montagem.

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O galpão de corte e montagem possui os seguintes equipamentos /

utilidades:

Dimensões de 115m (L) x 100m (W) x 22.22m (H);

4 unidades de corte à plasma;

1 unidade de corte à gás;

1 unidade T-Bar line machine;

1 unidade VBA gas CNC machine;

2 unidades 20T magnetic overhead travelling crane;

2 unidades 20T overhead travelling crane Sub Assembly Shop 180m

(L) x 100m (W) x 37.4m (H);

1 unidade de solda automática c/ conveyor system;

1 unidade 10T semi-gantry crane;

1 unidade 20T semi-gantry crane ;

2 unidades de soldagem gantry c/w 16 FCAW machine & carriage;

1 ponte rolante elétrica com capacidade de 40 Tons para transferência

de equipamentos;

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1 unidade de carro elétrico de transferência com capacidade de 60

Tons

4 unidades 40T overhead travelling crane Block Shop 105m (L) x

100m (W) x 49m (H);

4 unidades de solda gantry cranes c/16 FCAW welding machine;

2 unidades 80 Tons overhead travelling crane;

2 unidades 160 Tons overhead travelling crane

Foto 5 - Vista parcial de uma das áreas de montagem.

Pelo fato de a área do empreendimento ser utilizada, principalmente, para

atividades diversas desenvolvidas por terceiros, esses devem estruturar

suas próprias equipes. Deve ser considerado que o empreendimento

pertence ao governo local, que não tem nenhuma exigência específica no

que diz respeito à estruturação dessas equipes.

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A norma de certificação e gestão adotada é a ISO 9001. Como o

empreendimento está, atualmente, desenvolvendo ações no sentido da

busca em excelência, estão em desenvolvimento estratégias para a

implantação das normas ISO 14001 e OHSAS 18001.

As ações de melhoria contínua no processo de organização da produção,

em todos os níveis do empreendimento, são promovidas através de planos

de ação, sugestões, reuniões específicas do departamento de qualidade e

outras. Entretanto, deve ser ressaltado que houve uma afirmação de um

cliente, exercendo a função de gerente de contrato, de que, pelo fato de

utilizarem funcionários terceirizados, os resultados finais não são tão bons

como em outros estaleiros asiáticos, especialmente os coreanos.

Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria

a) Conscientização pela organização de que é necessário aprimorar

a excelência da gestão do estaleiro e, por isso, estão

desenvolvendo estratégias para a implantação das normas ISO

14001 e OHSAS 18001.

b) Planejamento da ocupação mais eficaz do chão de fábrica,

levando em consideração fatores como espaço, localização de

guindastes, cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros.

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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Uma vez que a capacidade dos guindastes é muito importante no processo

de reparo ou construção, e mesmo no de conversão de embarcações, os

projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e do local

do cais que poderá ser utilizado. Nos processos de conversão, há cargas

que precisam ser removidas – equipamentos, partes do casco e outras - e

cargas que precisam ser inseridas. Nesses casos, há necessidade de áreas

não só para a movimentação das cargas como também para o

armazenamento temporário.

Existem 11 guindastes dando suporte às atividades de cais, com

capacidades variando entre 15 a 80 toneladas, e 15 guindastes sobre

esteiras ou pneus com treliça de carga, com capacidades de 15 toneladas

a 100 metros até 80 toneladas a 50 metros. O estaleiro possui ainda 6

pontes rolantes, com capacidades de carga variando entre 150 a 250

toneladas. Para as cargas mais leves, são empregadas no transporte

empilhadeiras de várias capacidades e dimensões.

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Figura 6- Guindaste em operação.

Existem planejamento e procedimentos específicos para toda

movimentação e elevação de cargas pesadas e para desmontagem e

montagem de peças ou estrutura com elevado peso ou com geometria

especial.

Para a movimentação de cargas e equipamentos dentro do canteiro de

obras, há análises da capacidade de suporte do solo, elaboração dos

planos de rigging, avaliação das condições climáticas e elaboração dos

procedimentos necessários. As cargas de maior valor e aquelas com

geometria especial e pesos elevados são acompanhadas por profissionais

das sociedades classificadoras e das companhias de seguros, que avaliam

as características de segurança dessas operações. Também podem ser

elaborados planos de rigging pelos especialistas das empresas

responsáveis pelo fornecimento dos guindastes. Em todas essas

atividades, há sempre o envolvimento do gerente de segurança da

unidade.

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Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de

reparo ou construção, e mesmo no de conversão de embarcações, os

projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e dos cais

que poderão ser utilizados.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) O estaleiro apresenta boa capacidade em relação a equipamentos de

transporte.

b) Existe um planejamento das operações complexas de rigging e de

elevação de cargas. Existe uma preocupação em se dotar o canteiro

de áreas que permitam o deslocamento dos meios de transporte,

para movimentação de cargas dentro do canteiro, de maneira a

aperfeiçoar este deslocamento.

Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Os critérios adotados para a escolha das máquinas e equipamentos a

serem utilizados dependem das demandas internas e externas,

produtividade requerida e outras. A empresa em foco possui três sites

especializados para atividades específicas, preparados para esses

serviços. Havendo necessidade, é realizado um planejamento específico

em que se dimensionam ou escolhem os dispositivos mais bem indicados.

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Há alguns critérios básicos, como o de as novas máquinas associrem

qualidade de desempenho ao atendimento aos requisitos de segurança.

Ainda na fase do planejamento, os gerentes dos setores são consultados

sobre o que deve ser utilizado, quando deve ser utilizado e, se há um

equipamento disponível em outro local, quando poderá ser disponibilizado.

Os critérios considerados para definir os planos de manutenção, reparos,

liberação e identificação das máquinas, equipamentos e ferramentas, são:

plano de manutenção preventiva dos guindastes, empilhadeiras, etc.,

focando o que deve ser feito e o momento em isso ocorrerá –

planejamento das ações; indicação, através de cores, dos equipamentos

que sofrem manutenção, associando as cores a um período. Através desse

processo, identifica-se com mais facilidade se o equipamento, máquina ou

ferramenta está com a sua manutenção em dia e quando irá ocorrer a

próxima intervenção.

Foi observado que o estaleiro não apresenta um bom nível de automação

das máquinas e equipamentos. Exemplificando, pode ser dito que as

atividades de pintura são executadas de forma vulnerável às ações do

tempo e não foi constatada a existência de cabine de pintura

automatizada que permitiria uma melhor qualidade e produtividade. Um

dos clientes entrevistados, que é gerente de contrato, declarou que o

acabamento final de pintura deixa a desejar.

A área de fabricação de pipe spools pode ter a utilização de gabaritos

intensificada, o que aumentaria a produtividade do setor e proporcionaria

uma melhor condição ergonômica para os funcionários.

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Figura 7 - Área de pintura do canteiro.

Figura 8 - Vista geral do chão de fábrica.

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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam

mantidos em condições de uso imediato, para o aumento da

segurança dos trabalhadores e da produtividade da operação.

b) Há medidas preventivas, como planos de manutenção e reparos dos

equipamentos, com especial atenção para aqueles voltados a

movimentação de cargas; além da aplicação de boas práticas,

percebida na fácil identificação das máquinas, equipamentos e

ferramentas.

Controle dos Estoques do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e

estruturados, no nível de gestão, através de reuniões com as equipes de

gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida

em todas as reuniões ocorridas.

Os critérios para a gestão dos produtos e as informações quanto à

preservação dos mesmos, desde o recebimento até a destinação final, são

definidos pelos próprios clientes, a quem cabem as responsabilidades pela

preservação dos produtos até suas aplicações.

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Pelo fato de a área do empreendimento ser utilizada, basicamente, para

atividades diversas desenvolvidas por terceiros, estes estruturaram suas

próprias equipes.

O processo de controle de estoques do estaleiro não se demonstrou

adequado. No entanto, deve ser ressaltado que a arrumação e o

acondicionamento dos estoques se apresentam dentro das condições

técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de paletes, não estando

armazenados sobre o chão.

A metodologia utilizada para identificação dos itens não utiliza recursos

tecnológicos modernos.

Existe um número adequado de equipamentos de elevação e transporte

de peças e materiais.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

a) Os procedimentos de arrumação e acondicionamento dos itens

apresentam-se dentro das técnicas recomendadas.

b) Há um número adequado de equipamentos de transporte e

elevação, conforme as necessidades atuais do estaleiro.

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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro

Análise das Condições do Estaleiro

Os principais critérios que norteiam a definição do arranjo físico do

canteiro de obra são: segurança operacional; produtividade; qualidade;

flexibilidade e cumprimento de prazos. Os critérios relacionados à

qualidade e segurança, além de atenderem às características do projeto,

buscam também o atendimento quanto às exigências legais e contratuais.

Em relação à modularização, esta pode ocorrer no próprio estaleiro, em

razão da facilidade de montagem e do emprego de equipamentos de

movimentação de cargas de menor porte. Quando se trabalha com

estruturas elevadas que são modularizadas, reduzem-se os riscos de

trabalhos em altura, já que eles passam a ser necessários somente na

interligação dos módulos ou na finalização dos serviços. Na prática, os

clientes fazem suas opções no momento em que encaminham as

embarcações para o site. Eles próprios podem contratar as empresas que

irão gerenciar suas obras e indicar, através destas, os critérios quanto à

modularização das estruturas.

O processo de terceirização é empregado no estaleiro por diversas razões,

entre as quais a de serviços eventuais ou pontuais. Também podem ser

terceirizados serviços que representem maiores riscos ou custos e

serviços que demandem uma mão-de-obra especializada não disponível

no estaleiro. A relação entre pessoal terceirizado e pessoal próprio é de 3

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para 1. Normalmente, essa estrutura que não é própria é utilizada em

serviços desenvolvidos para terceiros.

A empresa possui três estaleiros especializados para atividades específicas

e preparados para esses serviços. Havendo necessidade, um

planejamento é realizado, em que se dimensionam ou escolhem os

dispositivos mais bem indicados.

Em relação à gestão das atividades de SMS, existem três tipos em curso.

No primeiro, tem-se a gestão desenvolvida pela própria empresa,

subordinada à política de segurança do governo local. No segundo

modelo, há uma gestão desenvolvida por empresa especializada, na obra

de um dos acionistas do empreendimento, em que estão sendo

implantadas novas filosofias de gestão e de sistema de gestão integrado;

esse trabalho, após validação pelo governo, que é o principal acionista,

deverá ser estendido ao restante do empreendimento. No terceiro modelo,

tem-se a gestão de SMS desenvolvida pelos próprios clientes do

empreendimento. A harmonização de todos esses critérios é guiada pela

preservação da integridade física dos trabalhadores e pelo respeito ao

meio ambiente.

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Figura 9 - Workshops disponibilizados para as várias atividades.

Foram construídos 26 workshops, totalizando uma área de 53.880 m2,

com dimensões e maquinários compatíveis com as atividades que ali

podem ser desenvolvidas.

Foto 10 - Pistas de esquidagem para o lançamento dos módulos nas barcaças de

transporte.

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As pistas apresentam as seguintes características técnicas:

Capacidade individual de 40.000tons; Duas pistas fixas e duas pistas alternativas ou transversais, com 300m

de comprimento cada;

Foto 11 – Berços de atracação e de montagem sobre cais (também denominados de

docas secas).

Foto 12 – Docas secas para navios e plataformas

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As docas secas apresentam as seguintes características:

Berço 1 Comprimento de 345m;

Capacidade de 142 ton/m; Berço 2 Comprimento de 345m;

Capacidade de 125 ton/m;

Foto 13 – Cais à beira do mar.

Os cais de atracação à beira do mar possuem capacidade ou berços para

embarcações com comprimentos variáveis entre 232m a 390m.

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Foto 14 – Shiplift ou elevador de navios.

O shiplift possui competência para arraste e ou içamento de embarcações

com capacidade de até 50.000dwt, dimensões de 188,4 metros de

comprimento, 33,8 metros de largura e profundidade de 8 metros; são

capazes de operar as maiores plataformas de petróleo.

Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria

A organização possui foco na definição do arranjo físico do canteiro da

obra, em relação aos aspectos de segurança operacional; de

produtividade; qualidade; flexibilidade e cumprimento de prazos. Além

disto, estão sendo implantadas novas filosofias de gestão e de sistema de

gestão, que após validação serão estendidas aos demais

empreendimentos.

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O Planejamento e o Controle do Empreendimento

Análise das Condições do Estaleiro

Os fatores que podem impactar os prazos contratuais estão relacionados

ao fornecimento de equipamentos e materiais pelos clientes, podendo

ocorrer atrasos. Nesses casos, em função dos dispositivos contratuais, o

cliente pode ter que pagar multas por esses atrasos ou cobrir os custos

dos eventuais atrasos.

Existem análises periódicas dos desvios ocorridos no projeto, que são

identificados por sistemas de controle, abrangendo a totalidade das

áreas/setores onde o empreendimento é executado. Nas demais áreas, os

controles são realizados pelos próprios clientes.

Há reuniões diárias para a discussão dos problemas ocorridos; reuniões

semanais entre o estaleiro e as equipes do cliente para a discussão dos

avanços dos cronogramas e dos progressos e reuniões com a alta direção

do empreendimento.

Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e

estruturados no nível de gestão através de reuniões com as equipes de

gestão.

Os procedimentos necessários à execução das atividades são repassados à

força de trabalho através de reuniões específicas, que ocorrem pela

manhã com os trabalhadores, antes do início dos trabalhos.

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Independentemente dessas reuniões de divulgação das orientações, há os

supervisores de campo, encarregados de grupos de trabalhadores.

A integração e o controle das várias unidades de produção, quando estas

se encontram em sites distintos, acontecem através da coordenação entre

os diferentes estaleiros. São realizadas reuniões de análise crítica, planos

de ação, relatórios de inspeção e de acompanhamento de atividades,

entre outras.

No processo de fabricação, as empresas terceirizadas ou subcontratadas

podem executar os serviços no site do estaleiro ou em suas próprias

instalações, de acordo com as características dos serviços e dos contratos.

A indicação para a terceirização ou subcontratação depende de uma série

de fatores. Cada gerente tem autonomia para contratar as empresas que

necessitar, pois são os responsáveis pelos resultados obtidos. Havendo

subcontratações, são buscadas empresas que apresentem elevado

desempenho e qualidade e tenham capacidade reconhecida. Quando

ocorre essa terceirização, principalmente se externa, são realizadas

auditorias periódicas por empresas especializadas. Entretanto, um dos

clientes citou que os contratados com que a organização trabalha não têm

boa qualidade e boas práticas.

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Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria

a) São feitas análises periódicas dos desvios ocorridos no projeto,

identificados por sistemas de controle, abrangendo a totalidade das

áreas/setores onde o empreendimento é executado.

b) Existe uma cultura de busca do aperfeiçoamento, através da

discussão dos problemas ocorridos e de reuniões semanais entre o

estaleiro e as equipes do cliente, assim como reuniões com a alta

direção do empreendimento. Estas reuniões podem resolver, no

tempo devido, os problemas reportados por um dos clientes em

relação à qualidade e boas práticas.

As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas

Análise das Condições do Estaleiro

a) SMS

O empreendimento prioriza as exigências estabelecidas pelas Sociedades

Classificadoras, nos casos de fabricação própria de equipamentos e

componentes de embarcações para a indústria offshore; e também

aquelas exigências determinadas pelos clientes, nos casos em que

participe de obras junto a eles.

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O sistema de gestão está sendo desenvolvido em parceria com empresa

que gerencia uma obra de seu principal acionista. A partir da validação

das ações naquela obra específica, os conceitos serão ampliados para todo

o restante do empreendimento.

Não se pode avaliar o dimensionamento das equipes de SMS em função

das características dos serviços existentes. Em cada serviço desenvolvido

há estruturas próprias dos clientes. O desse país determina um mínimo de

critério estabelecido, através de legislações específicas, cabendo ao

empreendimento ampliá-las em suas próprias obras.

O planejamento das atividades de SMS é realizado pelos próprios clientes,

nas atividades que não contam com o envolvimento dos empregados do

próprio empreendimento. As atividades desenvolvidas com o apoio do

empreendimento ou que utilizam suas instalações fabris são antecedidas

por um planejamento das atividades, que busca ajustar, não só as

necessidades do empreendimento e dos clientes, como também o

atendimento à Política de SMS deste. A norma de certificação e gestão

adotada é a ISO 9001. Como o empreendimento está desenvolvendo

ações de busca em excelência, estão em desenvolvimento estratégias

para a implantação das normas ISO 14001 e OHSAS 18001.

Todos os funcionários, próprios e contratados, que atuam no site devem

ter conhecimento das determinações do sistema de gerenciamento de

SMS, compreendê-las e praticá-las, por meio dos códigos de boas

práticas, normas e regulamentos.

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Relatório Final E&P - 27.6

Para o controle de atendimento às normas e ou regulamentos legais e

contratuais, são empregadas sistemáticas distintas, de acordo com as

exigências dos clientes. Pode-se dizer que, para muitos clientes, as

exigências existentes no estaleiro encontram-se bem acima daquelas que

contratualmente o fazem. Assim, os controles existentes atendem a todos.

O estaleiro possui como legislação básica os quesitos determinados pelo

governo local, considerados como básicos. Junto a esses, são

incorporados os quesitos de SMS definidos pela Organização e pelos

clientes, integrados em um único sistema de gestão. Isso faz com que o

plano estabelecido seja cumprido por todos.

Ocorrendo um acidente, todos os responsáveis e envolvidos são

convocados para a análise e explicação das causas e conseqüências,

dando divulgação dessas a todos os empregados.

No planejamento das ações de SMS, são identificadas as tarefas críticas e

criados registros de riscos. Assim, reconhecem-se quais são as atividades

críticas e que impactos trarão para a segurança e saúde dos

trabalhadores. Esse planejamento é realizado antes do início de quaisquer

atividades. A responsabilidade de execução / cumprimento dos requisitos

de SMS no projeto recai sobre toda a estrutura organizacional.

Normalmente, no empreendimento há pessoas dedicadas às atividades de

SMS, com papéis e responsabilidades específicas.

O repasse das informações aos envolvidos ocorre antes do início das

atividades, através de palestras, treinamentos e diálogos de segurança.

Esse repasse reforça o que já foi estabelecido nos procedimentos de

produção, que incorporam as ações de SMS.

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As definições operacionais são definidas em conjunto com o

empreendimento e com os clientes, em virtude de as principais áreas

serem utilizadas por esses, em serviços de média e pequena duração.

Desta forma, a cada novo contrato, são avaliadas as necessidades de

espaços físicos, de cais ou docas, de galpões, equipamentos e pessoal.

Também são contemplados nesse momento as necessidades de

fornecimento de materiais e insumos e espaços físicos para a estocagem

provisória dos materiais.

b) Suprimentos

Os fatores que podem ter maior impacto positivo e negativo sobre os

prazos contratuais estão relacionados ao fornecimento de equipamentos e

materiais pelos clientes, podendo ocorrer atrasos. Nesses casos, em

função dos dispositivos contratuais, o cliente pode ter que pagar multas

por esses atrasos ou cobrir os custos dos eventuais atrasos.

c) Custos

O controle de custos é discutido nas reuniões entre as equipes do estaleiro

e o cliente.

d) Qualidade

As ações de melhoria contínua no processo de organização da produção,

em todos os níveis do empreendimento, são promovidas através de planos

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Relatório Final E&P - 27.6

de ação, sugestões e reuniões específicas do departamento de qualidade

com os outros departamentos envolvidos.

Os conflitos entre as normas utilizadas no projeto são resolvidos

adaptando-se as normas do estaleiro às exigências do país do cliente ou

da sociedade classificadora. O cliente e o departamento de garantia da

qualidade se reúnem para a solução de eventuais conflitos.

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Relatório Final E&P - 27.6

Empresa X

Histórico

A empresa atua nas áreas de desenvolvimento de tecnologias e na

fabricação e montagem de equipamentos e instalações, tendo elevada

experiência na área de logística / suprimento e compras. Em suas

instalações são desenvolvidos programas computacionais de simulação,

empregados principalmente em projetos de estruturas offshore.

Para atender a essa gama de serviços possui instalações situadas nas

Américas, Oriente Médio, Mar Cáspio e Ásia. Suas operações, dentre

outras, compreendem o projeto, fabricação, transporte e instalação de

plataformas offshore de petróleo e instalação de pipelines offshore. Seus

estaleiros são qualificados quanto às normas ISO 9000, e cada um possui

capacidade de produção de igual nível, para atendimento às exigências de

múltiplas atividades de fabricação e demandas.

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Figura 1 - Fabricação e montagem de jaquetas de plataformas fixas.

Seus serviços compreendem, dentre outros: jaquetas para plataformas

fixas, decks de “facilidades” e “utilidades”, seções de convés, módulos de

produção e de perfuração; instalações de processamento de gás natural,

transferência e armazenamento de petróleo; plataformas flutuantes e

instalações de produção; terminais flutuantes offshore; instalações

offshore submarinas; sistemas de controle de poços submarinos de

produção; fabricação de tubulações empregadas em processos industriais

offshore; vasos de processos, etc..

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Figura 2 - Construção de módulo de produção.

A empresa presta serviços diretamente aos proprietários e operadores das

empresas de energia e transporte. Sua expertise contempla estudos de

viabilidade e conceitual, em lugar de projeto e construção e engenharia de

inicialização.

A equipe de profissionais é altamente experiente, e seus engenheiros de

projeto e gerentes têm vasta experiência prática na execução de projetos

de grande porte.

Para a execução de suas atividades a empresa conta com softwares

desenvolvidos internamente, representando o estado da arte no

conhecimento desta área, fruto de uma grande experiência.

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Figura 3 - Portfólio de produtos e serviços desenvolvidos pela empresa nas áreas de

projetos, gestão e suply chain

Na área de controle de materiais a empresa desenvolveu sistemas

específicos, cuja idéia central é a função de controle de material que leva

a informação essencial de todos os materiais de outras fontes,

combinando-a e tornando-a facilmente acessível através de planilhas e

relatórios.

Esses sistemas fornecem o status dinamicamente atualizado de todos os

materiais de informação, incluindo quantidades necessárias, atribuídas,

requisitadas, na ordem e emitidas. Isso simplifica a avaliação do impacto

das mudanças que podem ocorrer em um ou mais sistemas, tais como

prioridade (planejamento), a ETA de compra, as quantidades de materiais

(take-off) e permite que o impacto global seja fácil e rapidamente

avaliado antes que os problemas possam ocorrer. O controle de material

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fornece também suporte e inventário completo do projeto, com a gestão

do estoque de materiais / insumos, simplificando a reconciliação no final

do projeto, com o cliente, bem como com a empresa que forneceu os

materiais e os detalhes a serem apoiados. Os detalhes são mantidos em

relação às quantidades recebidas, e as liberadas, tanto nos armazéns

quanto aplicados.

Datamart é um repositório que contém detalhes das informações-chave de

todas as áreas e disciplinas na solução de Gestão de Materiais. Todas as

informações relacionadas estão disponíveisl, com base em inquérito

somente leitura, para os utilizadores em causa.

Um número de opções de seleção permite ao usuário filtrar a informação

para que apenas os detalhes específicos estejam disponíveis. Essa

informação pode então ser manuseada e utilizada para criar relatórios

personalizados individuais. Há inúmeros relatos disponíveis para todas as

funções dentro do aplicativo, porém os requisitos individuais sempre

determinam que os adicionais precisam ser desenvolvidos. O Datamart

nega a exigência de quaisquer relatórios complementares a serem

desenvolvidas. Os usuários têm a opção de criar e manter seus próprios

relatórios em um modelo desenvolvido localmente. Posteriormente, esses

relatórios podem ser salvos ao meio ambiente local.

O Sistema de Gerenciamento de Materiais da empresa oferece uma

solução completa de dados para o gerenciamento das necessidades de

materiais. Além disso, possibilita que sejam administrados todos os

aspectos de um projeto de controle de estoque e material de aplicação

para uma solução completa de contratos.

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O âmbito do Sistema de Gestão de Materiais é caracterizado pelas

seguintes etapas:

• Aquisições

• Controle de Material

• Material de aplicação

• Controle de preços de aquisição

• Datamart

• Inventário

• Parte do sistema de numeração

• processamento de fatura

Figura 4 - Prestação de serviços em unidades fixas de produção de petróleo.

São contemplados nesses estudos e projetos: plataformas offshore e

instalações conexas; instalações de atracação e armazenagem;

arquitetura naval; amarras especiais; análise estrutural estática e

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dinâmica; análise de elementos finitos; análise harmônica e sísmica;

engenharia conceitual e front-end & design; design detalhado; suporte de

fabricação e instalação; conexões; apoio e comissionamento; serviços de

aquisições e suprimentos; plataforma de pipeline e reavaliação.

Figura 5 - Atividade de fiscalização de serviços na área offshore

A empresa utiliza o conceito EPCI de maneira a facilitar o gerenciamento

do empreendimento por parte do cliente, permitindo consistência de

métodos, padrões, gerenciamento da cadeia de suprimentos, alto

desempenho em SMS e bons métodos de fabricação e soldagem.

A área de engenharia é formada por um grupo altamente experiente em

projetos offshore, permitindo que os projetos sejam executados com

custos competitivos e o FEED (Front End Engineering Design) dos projetos

sejam realizados com base em estimativas e cronogramas realistas.

A área de suprimentos tem o controle centralizado das commodities-

chave, mas utiliza-se, também, do suporte dos escritórios regionais de

suprimentos para garantir o acompanhamento dos materiais para

entregas dentro dos prazos acordados.

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A área de construção está equipada com os equipamentos necessários

para a fabricação e montagem dos equipamentos offshore, e tem

instalações situadas nas principais regiões petrolíferas do globo.

A instalação visitada

A empresa possui uma instalação inaugurada em 1950. Atualmente, pode

fabricar jaquetas offshore, topsides, centrais de geração de energia,

módulos. Recentemente foi construída uma Multi-Joint Welding Facility

destinada para a soldagem de pipelines que operam em águas profundas

e que através de técnicas modernas de soldagem proporciona alta

qualidade de acabamento nas soldas.

O canteiro pode proporcionar, através dos recursos internos existentes de

gerenciamento de projetos combinados com recursos terceirizados,

serviços turnkey para vários tipos de empreendimentos.

A organização possui certificações ISO 9001 e ISO 14001.

Área de Fabricação:

• Área Total: 2.383.598 m2;

• Área Coberta: 141.610 m2 ;

• Galpão de soldagem: 3.720 m2 ;

• Armazenagem: 167.000 m2 de área coberta e 125.452 m2 de área

descoberta;

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• Há um cais com aproximadamente 4km, podendo atender navios com

comprimento de até 228m e calado de 7m. Esse cais dista 35 milhas do

mar aberto, através de um rio.

Figura 6 - Instalações da empresa, em New Orleans, ocupando as duas margens do rio.

Figura 7 - Área de fabricação de módulos de plataformas.

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A empresa executa seu processo de gestão de projetos através da

designação de um gerente de projeto dedicado e uma equipe totalmente

integrada ao projeto. A chave para o sucesso da equipe é a nomeação de

um gerente de projeto experiente, que é diretamente responsável,

perante o cliente, pela execução do projeto e plena capacidade de gestão

e autoridade necessária para controlar todas as etapas dos serviços. A

equipe do projeto, como um todo, tem os seguintes objetivos:

Configuração do time ideal para o projeto e execução do trabalho de

forma mais eficaz;

Alteração do time sempre que necessário, visando ao atendimento das

necessidades do projeto;

Simplificar a comunicação para uma resposta rápida e eficaz;

Dar continuidade da supervisão durante todo o projeto;

Fornecer pessoal competente e experiente para executar e controlar o

trabalho;

Manter adequado controle sobre a qualidade, custo e cronograma para

atender as necessidades do projeto;

Garantir a satisfação do cliente com o projeto de execução.

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Uma das instalações da empresa constrói jaquetas offshore, topsides,

centrais de geração de energia e módulos. Recentemente foi construída

uma oficina de soldagem de pipelines que operam em águas profundas e

que através de técnicas modernas de soldagem proporciona alta qualidade

de acabamento nas soldas.

Figura 8 - Vista interna do galpão de fabricação em Morgan City

Através dos recursos internos existentes de gerenciamento de projetos

combinados com recursos terceirizados o empreendimento oferece

serviços turnkey para vários tipos de projetos, possuindo certificações ISO

9001 e ISO 14001.

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Relatório Final E&P - 27.6

Figura 9 - Vista parcial de uma das instalações da empresa

Principais observações

Atualmente a empresa utiliza as instalações de Morgan City para a

fabricação de topsides. A organização procura trabalhar procedimentada e

para isto, tem uma estrutura de procedimentos globais e procedimentos

operacionais.

Os projetos são elaborados a partir do “Projeto de partida” que é

transformado em uma estrutura analítica de projetos (WBS) que se

transforma no “Projeto Orçamentário”.

A contas são padronizadas para os diversos itens que compõem a

estrutura analítica de projeto, mas também podem trabalhar com as

contas dos clientes. A equipe de projeto faz um acompanhamento

detalhado do Projeto Orçamentário para verificar as alterações.

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A estrutura de projetos trabalha com indicadores-chave de desempenho

para acompanhamento da produtividade e acompanha o status dos

empreendimentos a partir de reuniões mensais. Nestas reuniões são

debatidas as lições aprendidas, os resultados obtidos em relação às

métricas históricas, prazos e custos estimados em relação ao real obtido.

A organização entende que a equipe de projetos é a responsável pelo

andamento do projeto e, deve analisar a situação, tomando as decisões

estratégicas para alcançar os objetivos propostos no Plano de Projeto.

Para o planejamento e detalhamento das atividades utilizam o software

Primavera 6.2.

De acordo com a equipe dirigente do estaleiro, uma das principais

vantagens competitivas é a existência de um grupo muito experiente com

aproximadamente 25 a 30 anos de prática em empreendimentos offshore.

Esta experiência é utilizada durante o denominado Front End Plan Process

quando os grupos de engenharia e fabricação em conjunto com o grupo

de planejamento discutem sobre empreendimento, procurando responder

os seguinte pontos: Onde? Quando? Como? Quanto tempo?

É uma prática corrente na organização a realização de uma reunião

denominada “Reunião de validação da linha de base da programação”

quando o cronograma base do projeto é validado pelos intervenientes.

Nesta reunião são definidas e aceitas as datas e milestones. Caso o

empreendimento seja similar a algum que tenha sido executado no

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passado, o mesmo é reutilizado com as devidas alterações devido a

mudanças (se houver) nos índices de produtividade.

Existe um software, desenvolvido internamente, que está na intranet da

empresa onde estão as lições aprendidas nos diversos projetos.

Atualmente, devido a restrições orçamentárias, esta base de dados sofre

algumas restrições por parte do pessoal da organização. São realizadas

reuniões trimestrais para discutir as lições aprendidas nos diversos

projetos em execução.

Os pacotes de trabalho (Work packages) são preparados tendo-se o

cuidado de verificar se os materiais, desenhos, especificações estão

contidos no pacote e se os equipamentos e máquinas a serem utilizados

estão disponibilizados. Ao término do trabalho os pacotes de trabalho

devem ser verificados pela Fabricação e pela Qualidade.

É prática da organização que se realize uma reunião denominada “Reunião

de Atividades futuras do cronograma”. Nesta reunião existe a preocupação

de se avaliar e verificar o quadro do projeto para os períodos vindouros. É

feito o monitoramento de todas as etapas futuras do empreendimento

para se verificar a disponibilidade de guindastes, equipamentos,

máquinas, mão de obra, materiais em relação ao cronograma estipulado.

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Os aspectos de SMS são discutidos em reunião para a manutenção e

aprimoramento dos padrões utilizados pela organização.

A organização possui um sistema, desenvolvido internamente,

denominado “Sistema de Gerenciamento de Mudanças” que tem

informações disponíveis sobre os projetos. Estas informações são

disponibilizadas de acordo com o nível de responsabilidade. O sistema

aponta as variações existentes entre o real e o estimado, permitindo que

ações corretivas sejam tomadas.

Outro ponto ressaltado pela equipe dirigente como uma boa prática da

organização é a realização de Project execution audits. Estas auditorias

verificam custos, prazos, qualidade para os diferentes projetos. São

realizadas quando o projeto alcança 30% e 60% de executado. É neste

momento, que são medidos os entregáveis do projeto em relação ao

planejado. São avaliadas as métricas chave, de modo a verificar onde está

o problema e , caso necessário, tomar decisões para resolver o problema

encontrado. Caso seja necessário, em alguns casos poderá haver uma

revisão no “Plano de Previsão”.

A organização utiliza a avaliação de riscos e oportunidades para cada

projeto e são traçados planos para resolvê-los. É utilizado o método de

simulação de Monte Carlo. O risco é transformado em possíveis unidades

monetárias.

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A empresa emprega uma série de programas computacionais não só para

o desenvolvimento de projetos, de várias complexidades, como também

para a avaliação e desempenho de instalações, controle de execução e

obras e até mesmo para a gestão de insumos.

Para a análise estrutural são utilizados, entre outros:

MICROSAS II (microcomputer structural analysis system),

compreendendo: Interactive Graphics Modeling, Wave System, Wave

Load, Wind Load, Gravity Load, Equipment Loads, Appurtenance Loads,

Manual Structural Loads, Super Elements, Structure-Pile Interaction

Analysis, Structural Analysis, Member Check, Joint Chech, Ring-Stiffened

Joint Design, Automatic Resizing, Fatigue Check, Wear Design, Pile

Design, Design Check of Flat Plate and Cylindrical Shells.

No segmento de arquitetura naval é utilizado o programa MOSES (multi-

operacional structural engineering simulator), desenvolvendo programas

como: classic hydrostatics, frequency domain analysis e time-domain

simulation.

Os programas computacionais em 3D mais utilizados são: RISCOM-3D,

FLEXCOM-3D, MODES, WAMIT, ANSYS, DMOOR (deterministic mooring

analysis), PMOOR )probabilistic mooring analysis) e SPMOOR (single-point

mooring analysis).

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Afora essas ferramentas computacionais são utilizados programas de

projetos de fundações, para plataformas fixas, programas de análise de

níveis de tensão em tubulações, projetos de vasos de pressão, design de

projetos, balanço de materiais, trocadores de calor, válvulas

controladoras, pipelines, destacando-se o programa PAULA (pipeline

algorithm unsteady liquid analysis).

Existe um acompanhamento do custo da qualidade através do custo da

qualidade dos projetos.

Figura 10 – Montagem de plataforma cilíndrica, projetada pelos programas

computacionais da empresa

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Figura 11 – Transporte de seção de plataforma cilíndrica.

Figura 12 - A área de fabricação de tubos é composta por 5 grandes edificações,com 9

calandras com capacidade máxima de 3000ton.

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Figura 13 - Área de preparação de estruturas e soldagem

A área de preparação de estruturas e soldagem conta com o emprego de

oxi-plasma, utilizando-se equipamentos semi automatizados, com a

mínima intervenção humana, aumento os níveis de qualidade exigidos

pelos clientes.

Figura 14 – Armazenamento de insumos

Todos os insumos empregados nos projetos são acondicionados e

mantidos em áreas específicas, com controle informatizado, o qual

possibilita a rápida localização e a informação sobre a aplicação do

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Relatório Final E&P - 27.6

mesmo. O sistema possibilita a menor perda de tempo possível no

emprego dos insumos. Aqueles de maior porte são armazenados próximos

dos locais de suas aplicações, minimizando o emprego de equipamentos

de movimentação de carga de maior porte.

Figura 15 – Montagem de instalações offshore

As atividades de montagem de instalações offshore, jaquetas e módulos,

são empreendidas pela própria empresa, empregando, preferencialmente,

equipamentos próprios. Essas atividades, consideradas de elevado risco,

são continuamente acompanhadas pelas equipes de projeto, montagem,

SMS, sociedades classificadoras e brockers. Todas as etapas desse

processo são planejadas com grande antecedência.

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Figura 16 – Lançamento de dutos submarinos

O lançamento de dutos submarinos é outro tipo de serviço desenvolvido

pela empresa, com equipamentos próprios. Os dutos são fabricados em

uma de suas unidades de produção, com decks de montagem de 120m

por 240m. Nesses há guindastes de 20ton. Para o deslocamento das

estruturas a empresa conta com guindastes sobre rodas ou lagartas

sendo: 4 de 100ton, 14 de 125ton, 9 de 300ton e 2 de 350ton.

Nas linhas de produção há quatro galpões para a fabricação com solda de

arco submerso, para estruturas e tubulações, essas com comprimento de

até 115m e peso de 400kg/m.

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Figura 17 – Montagem de módulos

Atividade de montagem de módulos sobre jaqueta (fixa), de produção de

petróleo, empregando-se equipamentos próprios da empresa. Trata-se de

atividade de elevado risco, planejada com grande antecedência e

acompanhada por toda a equipe de produção.

Figura 18 – Soldagem de dutos com plasma

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Atividade de solda a plasma (GMAW-P) com emprego de sofisticada

tecnologia, propiciando elevada qualidade de execução.

Figura 19 – Soldagem automatizada de dutos

Unidade automatizada de soldagem de tubulação, a plasma. Esse tipo de

tubulação é empregado em jaquetas de plataformas e em linhas

submersas de transporte de petróleo.

A empresa disponibiliza algumas facilidades quanto a equipamentos,

tecnologias, processos e execução de atividades, como o controle da

qualidade das soldas automatizado, emprego de laser e demais

facilidades.

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Figura 20 – Transporte fluvial de jaquetas

O transporte de jaquetas em rios é outra atividade de elevado risco para o

qual a empresa especializou-se, contando não só com experiente equipe

operacional, equipamentos específicos e sistemas de controle inclusive

com monitoramento através de satélites.

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Empresa Y

Objetivo da visita

A visita guiada teve por objetivo maior tomar conhecimento dos avanços

obtidos pela empresa em atividades distintas, que não a de fabricação e

montagem e seus vários processos. Assim, em 01-04-2010 foi promovida

reunião com membros da diretoria da empresa a fim de melhor conhecer

suas atividades. Naquela ocasião foram apresentadas as várias atividades

desenvolvidas, com foco para os trabalhos voltados a softwares, como o

PlantWeb.

Introdução

A empresa encontra-se presente em mais de 150 localidades em vários

lugares do mundo, associando engenharia e tecnologia para fornecer

soluções inovadoras aos clientes nos mais diversos segmentos dos

mercados industrial, comercial e consumidor.

Sua prioridade é projetar, produzir e entregar produtos, sistemas e

soluções que melhorem a vida das pessoas.

Para os negócios ao redor do mundo, a marca representa tecnologia

global, liderança de mercado e foco no cliente. Para o investidor, o nome

simboliza o reconhecido modelo de gestão, uma bem sucedida estratégia

de crescimento e forte desempenho financeiro.

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As políticas de Recursos Humanos da companhia estão direcionadas para

a Gestão de Talentos, que inclui o desenvolvimento de carreira e

oportunidades de aprendizado com os melhores do ramo. O compromisso

da empresa é propiciar e fomentar um ambiente de trabalho fértil e

saudável, onde todos exerçam e desenvolvam suas habilidades pessoais e

seu potencial criativo.

Os colaboradores são reconhecidos ao redor do mundo por sua excelência

e desempenho, sendo providos a esses, oportunidades de carreira em

uma grande variedade de indústrias inovadoras.

A empresa se encontra constantemente entre as principais empresas da

área de softwares voltados a projetos e gestão eletrônica de dados. Em

um ranking global, a empresa ocupa:

• 2a posição na classificação geral;

• 1a posição em termos de qualidade de produtos e serviços, inovações,

investimentos, a longo prazo, uso de recursos corporativos e

responsabilidade social;

• 134a posição na lista das maiores empresas dos Estados Unidos da

Revista Fortune (com base em receita);

• 250a posição na lista da Revista Forbes das 2.000 maiores empresas

do mundo (com base em receita, lucratividade, ativos e valor de

mercado);

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• 2a posição na lista das maiores e mais inovadoras corporações usuárias

de informática;

• "Estrela Total" em 2003, pelos entrevistados para selecionar as 50

empresas mais respeitadas do mundo, em todas as indústrias.

Principal produto apresentado

A arquitetura de planta digital da PlantWeb® usa o poder da inteligência

preditiva para melhorar o desempenho de projetos, fornecendo dados de

melhor qualidade, de modo que os projetistas possam tomar as decisões

mais acertadas. Através do software se pode ter acesso e integração dos

dados de milhares de instrumentos e outros tipos de equipamentos em

toda a planta industrial — não apenas para processar variáveis, mas

disponibilizando as informações necessárias para a gestão dos processos e

seus desempenhos. Através dessa visão, consegue-se associar a eficácia

do processo comparando-o a metas pré-estabelecidas. A idéia que melhor

pode representar essa configuração de programa é a do controle total de

tudo aquilo que encontra-se envolvido no processo de produção, através

do monitoramento e controle os vários dispositivos nesse inseridos, como

válvulas, painéis, fontes de controle, fluxos de produtos, além dos

controles ditos normais, como: temperatura, pressão e vazão.

Após isso, por meio do programa computacional utilizam-se esses dados

para detectar ou mesmo prever condições que poderiam levar a

problemas de processo ou equipamentos, gerando alertas, de modo que

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os gestores operacionais possam atuar antes que se perca a planta em

função de um sinistro.

Como resultados, são obtidos recursos sem precedentes - e incomparáveis

- para melhorar a qualidade, produtividade e disponibilidade, reduzindo os

custos de operações e manutenção; SMS; energia & utilitários; e resíduos

& retrabalho.

Para melhor compreensão, os níveis de controle podem chegar ao ponto

de possibilitar que equipamentos considerados chave nos processos sejam

continuamente monitorados, permitindo que as intervenções sejam mais

preditivas do que preventivas ou corretivas. E, em assim sendo,

consegue-se realizar as atividades de manutenção sem que essas ocorram

após paralisações dos processos por perda ou disfunção dos

equipamentos. Isso quer dizer que passa-se a planejar os momentos de

intervenção. Como todos os equipamentos do processo podem ser

controlados, basta apenas rever periodicamente os gráficos e relatórios

dos controles para se avaliar o melhor momento das intervenções,

momentos esses que podem abranger um número maior de equipamentos

críticos. Essa visão de programa prioriza a produção, ao invés de

eventuais economias geradas com a utilização dos equipamentos em seus

limites últimos, o que pode ocorrer em função de uma parada por risco do

processo.

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Figura 1 -

Com base nos resultados das instalações de plantas em todo o mundo e

todos os setores, a empresa tem condições de assegurar que os projetos

possam ser mais eficientes e gerar menos perdas. Com essa visão a

empresa realiza auditorias de fábrica para a avaliação do desempenho.

Em seguida, depois da execução do projeto de automação, utilizando os

recursos do software e adotando sua arquitetura operacional. A seguir, é

realizada nova auditoria nas instalações no prazo de 3 meses de

inicialização do sistema de gestão para avaliar a economia e finalizar o

custeio do projeto. O programa de garantia de eficiência do software

compara as melhorias de eficiência empreendidas com base nos

desempenhos medidos através do estudo do projeto.

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Independentemente das metas de rentabilidade, na arquitetura do

software a segurança dos empregados, a das Comunidades ao redor e a

do Meio Ambiente vêm em sempre em primeiro lugar, nos programas

apresentados às empresas. Por exemplo, quando os materiais

empregados são explosivos, tóxicos ou prejudiciais ao ser humano são

apresentados os critérios necessários para se proteger desses riscos.

Os ativos de automação de processo proporcionados pelo software

oferecem condições de se prever e ou evitar situações anormais, em vez

de simplesmente reagir a eles.

A empresa possui uma ampla gama de equipamentos, softwares e

dispositivos de medição superior, controle, e tecnologias analíticas que

permitem a execução da operação segura e responsável - incluindo

analisadores de pilha-gás e sistemas de monitoramento de emissões,

válvulas de segurança e transmissores. Através da mudança de ações, de

preventiva para preditiva, e a integração de informações do software

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pode-se prever e evitar falhas de equipamentos que levem a falhas de

processos (upsets), melhorando os procedimentos operacionais e

reduzindo os riscos de não conformidade normativa. Pode-se impedir que

pequenos problemas terminem se tornando questões de grande

segurança. De acordo com a experiência da empresa, as principais causas

típicas de situações anormais de operação podem ser devidas a:

Assim, atuando-se no controle dos equipamentos e dos processos

consegue-se reduzir a menos da metade a probabilidade de ocorrências

anormais. Porém, uma parcela significativa, que envolve a participação

humana, na faixa de 40%, não é abrangida pelo software. Essa, contudo,

pode ser trabalhada pelas empresas através de programas de

monitoramento e controle, capacitação e supervisão. Como há

flexibilidade de programas, pode-se ter um maior controle naquelas

etapas de processo onde é maior a participação humana, criando-se

redundâncias, como por exemplo: se há um spray-drier a gás e o

processo de combustão se inicia através de uma chama piloto em uma

câmara inundada de gás. Quando essa se encontra no modo apagada e há

injeção de gás na câmara de combustão, o processo, ao cruzar esses

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dados, imediatamente programa a abertura das janelas de ventilação,

reduzindo o risco de explosão.

Outro programa fornecido pela empresa é o AMS Suíte - Gestor das

condições operacionais de máquinas, motores, bombas e outros

equipamentos mecânicos, gerando alerta precoce dos sinais de problemas,

como desgastes prematuros, fadigas, entre outros. O mesmo programa

possibilita a monitoração de desempenho e os desvios, aplicado não só a

equipamentos como também a partes de um processo ou ao processo

como um todo, através da detecção precoce de falhas catastróficas,

inclusive de equipamentos chave, como turbinas e compressores.

Com robustas e confiáveis informações disponíveis onde for necessário, o

PlantWeb ajuda a reduzir o risco de problemas introduzidos por erro

humano. Os operadores e pessoal de apoio, confiando no sistema de

gestão, podem responder rapidamente e corretamente às informações

oportunas, precisas, que apontam precisamente para onde está o

problema, com nenhum tempo perdido.

A empresa possui inúmeros outros programas computacionais de controle,

projetos, simulações de dados, entre outros:

• Gerenciador de dispositivos do AMS - documenta automaticamente

todas as alterações feitas por meio da estação de trabalho, incluindo a

data, hora, usuário e informações de como-encontrado como-

esquerda;

• Trilha de auditoria disponíveis – possibilita, com a coleta de dados, a

documentação e controle de requisitos de relatórios;

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• O sistema DeltaV - permite gerar relatórios facilmente para atender

aos requisitos normativos.

Uma das maiores fontes de problemas nos processos de qualidade nas

plantas industriais é a variabilidade do processo. E enquanto causas

típicas da variabilidade são aspectos normais de qualquer operação, são

muitas vezes não diagnosticadas, por várias razões. A variabilidade pode

se originar em qualquer lugar; aderências em válvulas de controle para

transmissores de fluxo; mal sintonia de loops manuais para controle de

vibrações excessivas na rotação de equipamentos, etc..

Individualmente, essas variações podem ser pequenas ou imperceptíveis.

Contudo, juntas podem propagar e aumentar os custos aumentando as

não-conformidades de fabricação e os retrabalhos.

O custo de má qualidade pode ser rebatível: em primeiro lugar, há o custo

de oportunidade perdida de produto não vendido por se encontrar fora das

especificações do produto. Em segundo lugar, há o custo dos desperdícios

de matérias-primas, energia, acrescido dos custos de eliminação.