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IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO
Nº
RF-E&P27.6-DIC-2255
COMITÊ SETORIAL
Comitê Setorial de E&P FOLHA 1 of 391
COORDENADOR DO COMITÊ SETORIAL
José Antonio de Figueiredo ENTIDADE
PETROBRAS COORDENADOR DO PROJETO
José Rodrigues de Farias Filho ENTIDADE
UFF CÓDIGO DO PROJETO
E&P 27.6 TÍTULO DO DOCUMENTO
Relatório Final NOME DO PROJETO
Diagnóstico do Grau de Maturidade dos Estaleiros Nacionais e Internacionais em Relação à Organização Industrial
ÍNDICE DE REVISÕES
REV
DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS
0 EMISSÃO ORIGINAL
CONTROLE
REV 0 REV A REV B REV C DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA DATA ASSINATURA
EMISSÃO (Coordenador do Projeto)
APROVAÇÃO(Coordenador do comitê setorial)
As aprovações abaixo serão aplicáveis quando da emissão dos produtos finais APROVAÇÃO(Coordenador Executivo)
APROVAÇÃO(Coordenador do Comitê Executivol)
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TÍTULO DO DOCUMENTO:
Relatório Final E&P - 27.6
Diagnóstico do Grau de Maturidade dos Estaleiros Nacionais e Internacionais em Relação à Organização Industrial
José Rodrigues de Farias Filho
Resumo Executivo
Este relatório apresenta o resultado das visitas realizadas em estaleiros nacionais e internacionais pelos pesquisadores do Centro de Excelência em Empreendimentos do tipo EPC (Engineering Procurement and Construction, traduzido por engenharia, suprimentos e construção), com o objetivo de verificar e analisar as condições dos mesmos para a execução de projetos EPC na área de petróleo e gás.
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Relatório Final E&P - 27.6
Metodologia
Nestas visitas, os pesquisadores buscaram entender as condições dos
estaleiros em relação às seguintes dimensões, e determinar em qual nível
de maturidade em gestão os mesmos se encontram:
a) Organização e Condições Físicas e Visuais do Canteiro;
b) Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho;
c) Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro;
d) Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro;
e) Controle dos Estoques do Canteiro;
f) Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro;
g) O Planejamento e o Controle do Empreendimento;
h) As relações entre o planejamento e controle com as outras
disciplinas.
O trabalho foi desenvolvido objetivando um foco exploratório e teve três
fases principais. Inicialmente, foi feita uma visita guiada às instalações do
estaleiro para que os pesquisadores tivessem um conhecimento das
condições atuais do estabelecimento em relação às dimensões listadas
acima. Nestas visitas os pesquisadores foram apresentados às condições
operacionais da organização.
Em seguida, foram conduzidas entrevistas com os administradores para
avaliação e entendimento dos processos de gestão utilizados. Para evitar
que a avaliação fosse baseada apenas em lembranças das visitas e
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entrevistas, estas foram gravadas em vídeo, áudio e fotos. Assim, todo o
processo da visita foi capturado.
Por fim, após o recolhimento do material, os pesquisadores organizaram
as informações que permitissem o enquadramento do estaleiro em relação
às dimensões consideradas (enunciadas acima), à determinação do grau
de maturidade e o cotejamento em relação às melhores práticas retiradas
da leitura de material pesquisado em sites (Capes, PMI, CII, etc.), livros,
teses, dissertações, etc.
Após o levantamento das impressões de todos os pesquisadores, um
grupo foi constituído a compilação final. Nesta, procurou-se a síntese das
perspectivas colocadas por todos. Esta síntese objetivou determinar quais
os pontos fortes verificados, as oportunidades de melhorias, bem como as
sugestões para reforçar pontos fortes e desenvolver as oportunidades.
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Sumário Geral
Metodologia ..................................................................................................................... 3
Sumário Geral ................................................................................................................... 5
Estaleiro A ........................................................................................................................ 6
Estaleiro B ...................................................................................................................... 42
Estaleiro C ...................................................................................................................... 82
Estaleiro D ..................................................................................................................... 114
Estaleiro E ...................................................................................................................... 160
Estaleiro F ...................................................................................................................... 201
Estaleiro G ..................................................................................................................... 238
Estaleiro H ..................................................................................................................... 283
Anexo: Estaleiro I ........................................................................................................... 324
Anexo 2: Empresa Y ....................................................................................................... 383
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Estaleiro A
Resultados sumarizados ........................................................... 7
Organização e Condições Físicas do Canteiro ........................... 9 Análise das Condições do Estaleiro ................................................................ 9 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 12 Proposição de Melhorias .............................................................................. 12
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................... 13 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 13 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 16 Proposição de Melhorias .............................................................................. 16
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ....... 17 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 17 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 18 Proposição de Melhorias .............................................................................. 19
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro ... 19 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 19 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 20 Proposição de Melhorias .............................................................................. 21
Controle dos Estoques do Canteiro ......................................... 21 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 21 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 24 Proposição de Melhorias .............................................................................. 25
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ........... 26 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 26 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 29 Proposição de Melhorias .............................................................................. 30
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ................. 31 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 31 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria .......................... 36 Proposição de Melhorias .............................................................................. 37
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas .............................................................................. 38
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 38 Oportunidades de Melhorias ......................................................................... 41
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Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• Preocupação com as questões de segurança;
• Utilização do processo de manufatura adequado à tarefa a ser
executada;
• Foco na automação na área de produção;
• Existência de procedimentos, técnicas e rotinas que visam garantir o
controle dos estoques no canteiro;
• Representação do trabalho do projeto através das principais
entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto);
• Existência de uma cultura que visa obter melhorias das
competências em sistemas de gestão; sejam eles de
produção/operação ou de projetos.
• Oportunidade de melhoria da limpeza e arrumação, através da
disseminação de técnicas como a utilização do 5S.
• Possibilidade de otimização da operacionalidade do lay out através
de estudo direcionado para esta otimização, considerando aspectos
relacionados à SMS.
• Criação de um plano integrado de automação do estaleiro focando
em outras áreas além da fabricação.
• Utilização de ferramentas mais avançadas para a codificação e
controle dos materiais utilizados.
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• Existência de ampla sinalização relacionada a questões de
segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e limpeza do local.
• Implantação, pelo estaleiro, de um planejamento detalhado das
atividades de engenharia possibilitando, desta maneira, um melhor
gerenciamento de suprimentos.
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Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro é adequado para reparos offshore e construções de grande
porte. Tem capacidade de processar 50 mil t de aço por ano e de construir
navios de até 300 mil TPB. Possui área total de 1.000.000 m², com área
coberta (com edificações diversas) de 135.000 m². Essa área é provida de
três carreiras sendo:
Carreira nº 1: 174m de comprimento; 30m de largura; capacidade
para navios de até 45.000 TPB; servida por um guindaste de 80t e um
guindaste de 40t;
Carreira nº 2: 310m de comprimento; 45m de largura; capacidade
para navios de até 150.000 TPB; servida por 2 guindastes de 80t;
Carreira nº 3: 300m de comprimento; 70m de largura; capacidade
para navios de até 600.000 TPB; servida por um guindaste de 40t, um
guindaste de 80t e um pórtico de 660t;
Afora as carreiras possui também:
Dique seco: 80m de comprimento; 70m de largura; servido pelos
mesmos guindastes da carreira nº 3 e pelo pórtico de 660t;
Cais de Agulha: 313m de comprimento; extensão de 54m; servido por
um guindaste de 40t e um guindaste de 80t;
Cais de acabamento: 200m de comprimento; extensão de 130m;
servido por um guindaste de 40t;
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Pista Um: 460m de comprimento; servida por 2 guindastes de 80t;
Pista Dois: 460m de comprimento; servida por um guindaste de 80t;
Pista Três: 460m de comprimento; servida por um guindaste de 40t.
Imagem 1 – Layout do estaleiro com equipamentos, cais, docas e edificações.
Trata-se de empreendimento com forte atuação na área naval,
destacando-se pela construção de embarcações de grande porte. Seu
parque fabril sofreu uma paralisação temporária das atividades; a
reativação ocorreu mais recentemente. Mesmo assim, a organização
sempre evidenciou uma forte preocupação com as questões de SMS.
Durante a visita, observou-se o emprego dos equipamentos de segurança
pelos profissionais, orientações visuais em diversos locais e existência de
procedimentos.
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Imagem 2 – Layout do estaleiro e a disposição das edificações e cais
Foto 1 – Equipamentos de movimentação de carga junto ao cais.
Verificou-se a existência de uma forte preocupação com SMS. Isto é
evidenciado pelo uso de equipamentos de segurança pelos profissionais e
orientações visuais em diversos locais.
Em alguns setores, observou-se a existência de boas práticas implantadas
pela empresa. Isto pode ser constatado por cartazes com posturas
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corretas de ergonomia, outros com procedimentos de montagem.
Entretanto, as informações não eram apresentadas de forma homogênea,
pois alguns cartazes não apresentavam bom estado de conservação.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) A empresa possui uma forte preocupação com a conscientização de
segurança. Porém, nem todas as áreas possuem o mesmo grau de
maturidade em relação a esta preocupação. Desta forma, é necessário
que todas as áreas apresentem boas condições de limpeza,
arrumação, segurança, etc.
b) Um aspecto positivo refere-se ao procedimento de os visitantes
receberem um Briefing de segurança, antes de iniciarem a visita às
instalações industriais.
Proposição de Melhorias
a) Disseminar de forma homogênea as boas práticas de produção e SMS
para todas as áreas da organização.
b) Efetuar auditorias nos setores do estaleiro para verificar quais não
estão se adequando às boas práticas. E, a partir destas auditorias,
desenvolver planos de ação para resolver os pontos discordantes
encontrados.
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c) Utilizar técnicas como 5S para melhoria da limpeza e arrumação do
canteiro.
d) Elaborar projetos de engenharia para otimizar o nível de iluminamento
dos galpões.
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
Foi verificado que o layout dos galpões, individualmente, apresenta um
fluxo lógico das peças e materiais que irão formar a estrutura dos
módulos em construção. Nota-se, por parte da empresa, a preocupação
em se criar uma linha de produção de maneira tal que em cada um dos
galpões se fabrique uma parte da estrutura. No final, seria realizada a
integração entre as peças.
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Foto 2 - Vista geral do galpão de fabricação
Há evidências de que a falta de espaço é uma restrição significativa,
sendo notada a existência de material estocado em locais não
apropriados. A restrição de espaços deve-se muito mais ao
posicionamento geográfico do estaleiro, limitado em um extremo lateral
por rodovia federal e em seu lado oposto pelo mar. As áreas que poderiam
ser empregadas em expansões foram ocupadas por outros
empreendimentos.
Em relação à disposição dos postos de trabalho, verifica-se que a
organização está parcialmente orientada por projeto, ou seja, os operários
trabalham em torno das grandes estruturas metálicas. Entretanto, é
utilizada, também, a orientação por processos, em que os operários fazem
o tratamento do aço e alguns componentes. Além disso, utiliza-se o
conceito de células de trabalho, como é o caso da área específica para
trabalho em aço inox.
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Foto 3 - Vista geral da estocagem de tubos.
As operações com chapas metálicas são concentradas em um espaço
limitado de corte, tratamento físico-químico e térmico. Os dutos, de igual
forma, ficam restritos a uma área, sendo separadas de acordo com o tipo
de material empregado (aço, aço inox, duplex, etc). Para facilitar o
processo, a montagem, manutenção e reparo ficam mais próximos ao
dique, enquanto que a montagem dos módulos ocorre paralelamente à
construção do Deck Box.
Em algumas áreas de trabalho, observa-se a existência de quadros
apresentando índices e esquemas de fabricação, no qual são vistos
padrões de montagem. Desta forma, facilitam-se as operações de
montagem, aumentando a produtividade.
Outro ponto a ser ressaltado, é a existência de áreas de ferramentas,
dentro do prédio de produção. Esta providência diminui o transporte de
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materiais e pessoas dentro do canteiro de obra, já que as ferramentas a
serem utilizadas se encontram próximas do local de trabalho e de
processamento das chapas metálicas.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) O layout dos galpões, individualmente, apresenta um fluxo lógico de
processamento das peças e materiais.
b) Utilização do processo de manufatura adequado à tarefa a ser
executada.
c) Utilização de padrões de esquemas de fabricação na área de
produção.
d) Utilização de áreas de ferramentas dentro da produção, propiciando
menos deslocamentos e perdas de tempo.
Proposição de Melhorias
a) Racionalização da utilização dos espaços produtivos e de
armazenamento de materiais;
b) Maior nível de automação dos recursos produtivos;
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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O canteiro apresenta boas condições de transporte e movimentação. O
descarregamento das chapas de aço, dos dutos e suas conexões e dos
demais componentes está posicionado mais próximo da entrada do
estaleiro. Desta maneira, obtem-se um rápido descarregamento do
material recebido.
Foto 4 - Pátio de descarregamento de materiais.
Com o auxílio de guinchos eletromagnéticos, caminhões adaptados e de
paleteiras, os materiais são transportados para as oficinas de
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transformação. Estas oficinas estão dispostas lado a lado. Dessa forma,
existe um fluxo de deslocamento das pré-montagens.
Observou-se que o layout prioriza a movimentação das peças de grande
porte e que o estoque de peças menores encontra-se distante das oficinas
de transformação.
Verificou-se a existência, em cada galpão, de guindastes suspensos,
facilitando a realização de transporte das estruturas metálicas.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Observou-se que o estaleiro apresenta boas condições de transporte e
movimentação. Entretanto, alguns pontos podem melhorar a
movimentação, como uma melhor localização do estoque, buscando
uma melhor aproximação das oficinas de transformação.
b) A movimentação dentro dos almoxarifados é prejudicada pela
dificuldade de acesso aos itens estocados. Sendo esse um problema
gerado pela estocagem de materiais, este tópico será tratado no item
c) Controle de estoque.
d) Outra oportunidade de melhoria é a utilização de equipamentos mais
eficazes para o transporte de materiais.
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Proposição de Melhorias
a) Elaboração de um estudo com o objetivo de aperfeiçoar a utilização da
área existente, buscando reduzir as distâncias percorridas pelos
insumos e materiais. Este estudo deverá buscar uma melhor
distribuição entre as diversas áreas.
b) Sugere-se que seja realizado um estudo prevendo a utilização de
equipamentos para transporte de itens pesados no canteiro, tais como:
caminhões-aranha, esteiras-rolante, etc.
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Observa-se que o foco da automação do estaleiro está na produção. O
nível de automação, na fabricação e montagem, se dá no âmbito da
tarefa. Existe automação em operações tais como: corte das chapas
(corte a plasma), transporte das peças (pontes rolantes, Jib cranes),
soldagem múltipla de tubos, corte de bocas de lobo, tratamento térmico
dos dutos, etc.
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Foto 5 - Corte de “bocas de lobo” em tubos.
Entretanto, em outros setores, não se observou a utilização do mesmo
foco em automação. Por exemplo: foi observado que atividades de gestão
tinham baixo grau de automação, não sendo verificada a utilização de
recursos tais como: palmtops, códigos de barra ou ainda RFID
(radiofreqüência). Também foi observado que os softwares de gestão de
projeto não são utilizados plenamente, bem como mecanismos
automatizados, já utilizados na indústria e disponíveis no mercado, para
controle, atualização de cronograma, gestão de materiais, etc.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
A empresa tem como foco da automação a área de produção. No entanto,
este foco pode e deve ser estendido e integrado para outras áreas do
empreendimento, tais como: suprimentos, almoxarifados, engenharia etc.
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A integração da automação aos outros setores do empreendimento levará
a um aumento da produtividade global.
Proposição de Melhorias
a) Criar um plano integrado de automatização do estaleiro, focando em
outras áreas além da fabricação;
b) Utilizar sistemas ERPs para uma perfeita integração das atividades do
estaleiro;
c) Intensificar a utilização da automação na área de corte e solda.
Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Em relação à armazenagem das peças e equipamentos em áreas cobertas,
percebe-se que há procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar
problemas de perda da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela
oxidação, umidade e corrosão.
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Foto 6 - Estocagem de peças.
Foto 7 - Vista parcial do almoxarifado de peças.
Observou-se a existência de áreas identificadas para a estocagem de
materiais por projeto, de acordo com sua situação. Por exemplo, áreas
para recebimento ou para materiais liberados para obras. De uma forma
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geral, a limpeza das áreas cobertas é adequada e o acondicionamento e
armazenagem de materiais, nas áreas internas, apresentam boas
condições.
Em relação às áreas descobertas, os materiais (principalmente chapas,
tubos e outros elementos pesados) são também estocados sobre toras de
madeira em solo gramado ou com brita. No caso das chapas metálicas,
são armazenadas sobre um piso improvisado feito das mesmas chapas.
Em relação à organização dos materiais no almoxarifado, foi observado
que há necessidade de maior espaço para a armazenagem adequada de
todos os itens (este ponto reforça a sugestão de melhoria, anteriormente
apresentada, para um estudo de otimização do layout).
Como conseqüência, há dificuldade de acesso e circulação. Essa
característica termina por reduzir a eficiência do processo de
movimentação dos materiais, afetando as condições de SMS no local.
Observa-se, positivamente, uma adequada disponibilidade de gruas,
empilhadeiras e outros equipamentos de suporte à movimentação de
materiais, inclusive os de maior porte, como containers.
No que se refere à catalogação dos materiais guardados no almoxarifado,
observa-se que o estaleiro faz uso de boas práticas tais como: regras de
codificação dos itens armazenados, separação por tipo/família,
identificação de prateleiras, identificação por projeto.
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Foto 8 - Peças embaladas e identificadas.
No entanto, algumas áreas podem ser melhoradas, já que, em alguns
casos, as prateleiras foram codificadas através de papel comum
manuscrito. Como consequência, poderão ocorrer erros de localização e
alocação indevida de materiais.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) De uma forma geral, percebe-se que há procedimentos, técnicas e
rotinas que visam garantir o controle dos estoques no canteiro,
estejam esses estoques em áreas cobertas ou não.
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b) Há possibilidade de melhoria no que se refere à otimização do layout
de armazenagem, para ampliar a disponibilidade de espaço e
contribuir para aspectos relacionados a SMS.
c) Outra possibilidade de melhoria está na codificação e controle dos
materiais, que poderiam estar sendo realizados com ferramentas mais
avançadas, tais como RFID, como comentado em outras partes deste
trabalho.
d) Os procedimentos de estocagem de material em área externa e os
procedimentos de controle do processo de estocagem podem ser
revisados, evitando-se a estocagem indevida desses materiais.
Proposição de Melhorias
a) Aperfeiçoar o layout das áreas de armazenagem. Essa otimização deve
considerar aspectos relacionados à SMS.
b) Avaliar a introdução de ferramentas mais avançadas de controle de
estoque, por exemplo, RFID.
c) Revisar os procedimentos de estocagem de material, com foco principal
na área externa.
d) Realizar treinamento de pessoal de modo a reforçar a aplicação dos
procedimentos de identificação e de controle e estocagem de
materiais.
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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
A construção dos módulos segue um seqüenciamento lógico para maior
eficiência da operação e controle dos processos. Observa-se, nos galpões,
uma disposição física do trabalho que ajuda a integração das atividades e
diminui o deslocamento das equipes dentro dos mesmos.
Foto 9 - Vista geral do galpão de fabricação.
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Os galpões, por serem cobertos, proporcionam uma proteção para os
colaboradores, especialmente em dias de sol intenso e chuva. No entanto,
não foi possível observar a situação do galpão quando submetido a outros
elementos que podem impactar as condições de trabalho, como ventilação
inadequada e aquecimento excessivo em dias de temperaturas elevadas.
Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização
relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e
limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso intensivo de equipamentos
de proteção individual. Foram observadas áreas de coleta seletiva de
material nos galpões, porém não foi verificado se o procedimento de
separação de materiais estava sendo realizado.
No entanto, foi percebido que diversas sinalizações de SMS estão em mau
estado de conservação, sendo que algumas foram afixadas nas paredes
com material sem muita resistência. Esta observação reforça comentário
anterior de que todas as áreas do estaleiro devem alcançar o mesmo grau
de maturidade em relação à SMS.
Pode ser observado, também, que as condições gerais de manutenção dos
galpões podem ser melhoradas. A conservação das instalações (pintura,
limpeza, acabamento, instalações elétricas, drenagem, etc.) demanda
melhoria significativa. A iluminação dos galpões também não está
adequada, conforme visão dos próprios trabalhadores, reportada em
painel afixado no local.
A existência de painéis de controle com indicadores demonstra haver um
sistema de gestão que busca melhoria de processos, através do
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entendimento das condições de trabalho, do ponto de vista do próprio
executor das tarefas. No entanto, a não atualização da data do reporte é
um indicador de que o sistema pode não estar funcionando
adequadamente.
Nota-se a existência de procedimentos de movimentação de material. Há
áreas definidas para entrada e saída de caminhões, para descarga de
chapas e outros materiais pesados. Através de Gruas, guindastes e
equipamentos de içamento similares, esses materiais são descarregados e
deslocados para as devidas posições de armazenagem.
Foto 10 - Equipamento de elevação em operação.
Foi informado que a programação e o seqüenciamento das atividades são
apresentados diariamente aos operários, que também recebem folhas
tarefa referentes a essas atividades. Observou-se que há quadros
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impressos com desenhos/instruções de execução e inspeção dos trabalhos
técnicos da produção.
Quanto à automação, observou-se a utilização de equipamento para corte a laser das chapas de aço, guindastes para a realização de transportes de
cargas suspensas nos galpões e análise de nuvem de pontos (Scanner das
estruturas metálicas em três dimensões). Este ponto reforça que o foco da
automação parece estar nas atividades produtivas.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Há uma disposição física do trabalho que ajuda a integração das
atividades, diminui o deslocamento das equipes e possibilita uma
maior produtividade no trabalho de montagem e construção dos
módulos.
b) Outro ponto forte é a existência de procedimentos de movimentação
de material, com áreas definidas para descarga de chapas e outros
materiais pesados, além do amplo uso de gruas, guindastes e
equipamentos de içamento similares como apoio.
c) A ação diária da programação e o seqüenciamento das atividades
serem apresentados aos operários é uma boa prática utilizada no chão
de fábrica. Além disto, eles recebem folhas tarefa referentes a essas
atividades. E existem desenhos e instruções de trabalho à disposição
deles.
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d) No que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização
relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde
e limpeza do local. No entanto, percebeu-se que diversas sinalizações
de SMS estão em mau estado de conservação.
e) Outro ponto negativo é o mau estado de conservação ou inadequação
das instalações dos galpões (iluminação, sinalização, pintura, limpeza,
acabamento, instalações elétricas, drenagem, etc.), que demandam
melhoria significativa.
f) Existe um Programa de Auto-avaliação do Ambiente de Trabalho, que
é uma boa prática. Porém, não houve indicações de que o programa
esteja em pleno funcionamento.
Proposição de Melhorias
a) Revisão e atualização da sinalização relacionada a SMS.
b) Revisão e foco no Programa de Auto-avaliação do Ambiente de
Trabalho.
c) Criação de local adequado para descanso dos trabalhadores, próximo
ao local de trabalho.
d) Criação de um plano para execução de reformas das instalações dos
galpões e áreas adjacentes (pintura, limpeza, acabamento, iluminação,
sinalização, instalações elétricas, drenagem, etc).
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O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
A governança dos projetos existentes é realizada de forma conjunta entre
os parceiros do empreendimento, que formam um Consórcio. A
organização tem um Diretor do Projeto e alguns gerentes de projetos que
se reportam a ele, configurando uma estrutura de gerenciamento, que se
alinha ao conceito de “gerenciamento de programas”.
Foto 11 – Vista panorâmica do estaleiro, destacando-se os equipamentos de
movimentação de cargas
Um dos aspectos mais relevantes quanto às condições do estaleiro é a sua
localização. Além de se encontrar em área abrigada, fica geograficamente
próximo aos principais centros de fornecimento de insumos.
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Foi observada a existência de uma cultura que visa obter competências
em sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.
Esse comportamento é materializado pela busca de certificações com a
ISO 9001 e a ISO 14001, além de prêmios de excelência em
gerenciamento de projetos do setor de Óleo e Gás.
No entanto, essa busca por competência em gestão parece ter sua origem
e foco principal no Consórcio e não no Estaleiro. Isso pôde ser observado
durante a entrevista, durante a qual foi informado que os processos de
planejamento e controle do Estaleiro não estão alinhados a nenhum
modelo ou padrão de gerenciamento de projetos reconhecido pelo
mercado, como o PMBOK/PMI. No entanto, o Consórcio considera o citado
modelo em suas práticas, o que pode indicar um desalinhamento entre as
práticas de planejamento e controle do projeto em seu nível mais alto
(nível de programa - Consórcio) com as práticas de gerenciamento do dia-
a-dia do projeto (Estaleiro).
Quanto ao processo de planejamento e controle, pode ser considerado que
sua origem está em um momento anterior a entrada na concorrência
licitatória. Dessa forma, é feita uma avaliação da capacidade de o
estaleiro implantar o projeto, tendo em vista os projetos em andamento e
o tempo de ocupação dos seus estoques e das oficinas de transformação.
Essa avaliação é feita através da análise do cronograma geral dos projetos
em andamento, seguido de um planejamento de ocupação do estaleiro,
considerando o impacto do novo projeto. O planejamento de ocupação é
feito com o auxílio do software AutoCAD.
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Durante o processo de licitação, o Estaleiro, com base nas informações
sobre as características gerais do empreendimento, tais como, tipo de
estação de E&P, capacidade de produção, módulos de processamento,
entre outros, faz um primeiro dimensionamento dos recursos e custos de
fabricação e montagem. A orçamentação para a proposta é feita com base
em valores competitivos. Caso ganhe a licitação, ela buscará meios de
tornar os custos e o desempenho factíveis, conforme as estimativas da
proposta. Os projetos básico e detalhado serão conduzidos pelas
empresas membros do Consórcio, sendo o Estaleiro responsável por este
último.
A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada no conceito
de engenharia simultânea, sendo esta orientada a partir dos entregáveis
ou produtos do projeto.
Foto 12 – Operários preparando superfície de bloco soldado para pintura in loco
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Dessa forma, não há fases ou etapas definidas durante a execução, ou
seja, não há dependência do tipo “terminar para iniciar” (finish to start)
entre as principais entregas/produtos. As dependências se enquadram
mais adequadamente no conceito de “iniciar para iniciar+ atraso” (start to
start+lag), ou seja, as atividades de aquisição/suprimentos não se iniciam
após o término completo das atividades de engenharia e sim após uma
parte das atividades de engenharia estar pronta.
Essa visão se aplica também à função de construção, no que se refere às
funções que as precedem e as funções hierarquicamente menos
expressivas dentro do processo de construção.
Foto 13 – Spools dispostos no canteiro para serem aplicados nas embarcações
Isso foi observado não apenas através de entrevista, mas também através
da EAP (Estrutura Analítica do Projeto) mostrada. Na EAP, foram
verificadas entregas como “Engenharia”, “Montagem”, “Aquisição”, etc.
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A área de Planejamento do Estaleiro é uma das responsáveis pela função
gerenciamento do projeto (cronograma/tempo, orçamento/custo, RH,
aquisições, qualidade e refinamento do escopo). Para tal, ela interage
continuamente com todas as demais áreas envolvidas, de modo que o
projeto seja concluído dentro do prazo, atendendo às expectativas dos
clientes.
O reporte é feito pelas equipes da produção. Nesse caso, os planejadores
vão a campo coletar pessoalmente as informações sobre o status das
atividades, para então atualizar o andamento do projeto no sistema de
informação de gerenciamento de projetos. A partir de então, o planejado
é comparado ao executado. Para que os atrasos sejam revertidos, são
feitas reuniões semanais sobre a situação do projeto e os índices de
atraso, com a emissão de relatório com ações a serem realizadas.
Foto 14 – Liberação de plataforma recém concluída no estaleiro
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Sobre a utilização de sistemas de informação (softwares) para
gerenciamento de projetos, observou-se o uso do Excel, do Primavera e
do MS-Project, sendo este último requisito do cliente. Além destes
softwares, há utilização de outros sistemas próprios para a realização dos
controles de custo e financeiro.
Foi comentado que as lições aprendidas de empreendimentos anteriores
são utilizadas como base para o planejamento dos novos
empreendimentos.
Foi dada ênfase nas carências de recursos humanos técnicos e de
planejamento. No entanto, não há uma política agressiva de retenção e
nem de contratação desses recursos. Isso é percebido pela saída
constante de elementos críticos do projeto e a dificuldade de
recrutamento de engenheiros trainee no mercado.
Foi comentado, também, que há problemas diversos relacionados com os
serviços prestados pelas subcontratadas, principalmente os relacionados à
carência de processos de gestão adequados, conforme narrativa
apresentada.
Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) Um ponto positivo é que o trabalho do projeto está representado
através das principais entregas definidas em uma EAP (Estrutura
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Analítica do Projeto). Essa EAP é derivada da aplicação de engenharia
simultânea no planejamento/execução do projeto.
b) Foi observada no Consórcio a existência de uma cultura que visa obter
competências em sistemas de gestão, sejam eles de
produção/operação ou de projetos. Pode-se esperar que os benefícios
oriundos desta cultura permeiem para o Estaleiro.
c) Uma oportunidade de melhoria verificada é a adoção de uma política
agressiva de retenção e de contratação de recursos humanos.
d) Outra oportunidade de melhoria observada é a redução do significativo
retrabalho e desperdício de recursos, causado pelo grau de incerteza
do planejamento inicial.
e) Outra oportunidade de melhoria está relacionada ao nível inadequado
dos serviços prestados pelas subcontratadas.
Proposição de Melhorias
a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos para
todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.
b) Elaborar um plano para o desenvolvimento e implantação de
metodologia padrão de gerenciamento de projetos (alinhada com
iniciativas similares do Consórcio).
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c) Projetar um banco de dados com o registro das experiências e o
histórico de projetos correntes e encerrados, com informações tais como:
retorno do investimento, planos de projeto, satisfação do cliente, desvios
de cronograma, análise de riscos, problemas/soluções, etc.
d) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o monitoramento
e melhoria contínua da execução dos projetos, tais como: nível de
qualidade do serviço de contratadas, nível de satisfação do cliente e nível
de satisfação das equipes.
e) Definir e implantar uma nova política de retenção e contratação de
recursos humanos.
f) Criar uma equipe de trabalho, formada por profissionais internos,
complementados com o apoio de consultoria externa, com o objetivo de
revisar e propor melhorias no processo de planejamento, enfatizando o
planejamento inicial.
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
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Há uma constante integração da área de SMS com todas as demais áreas
envolvidas nos projetos.
A filosofia da organização quanto a essa questão é a do bem-estar e
integridade de seus funcionários e da comunidade. Para isso, foi
desenvolvido sistema de gestão para gerenciamento integrado dos riscos
e das ações preventivas e de emergência em Segurança, Saúde e Meio
Ambiente.
O Sistema de Gestão Integrada em SSMA tem como missão desenvolver
atividades de maneira segura, adotando medidas apropriadas à natureza,
escala e impactos, para preservar e proteger o meio ambiente, seu
patrimônio e a saúde de todos os que possam ser direta ou indiretamente
afetados por suas atividades.
Para se atingir o grau de excelência necessário, há a busca da
conscientização da força de trabalho quanto à prevenção de acidentes
dentro dos seus processos e instalações industriais e quanto à ampliação
da preocupação com o Meio Ambiente.
Para isso, são promovidas palestras, cursos, diálogos diários de
Segurança, campanhas educativas e são mantidas condições seguras nos
ambientes de trabalho.
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b) Suprimentos
dentre outros, gerando incremento de carga gerencial, retrabalho
significativo das equipes, potencial de conflitos e prejuízo financeiro.
c) Riscos
Percebeu-se que não há planejamento e controle sistemático de riscos do
projeto, conforme sugerido pelas boas práticas de organizações como PMI,
IPMA e CII. No entanto, a análise de risco é feita de forma isolada, com
foco apenas nas entregas específicas (“grandes entregas”).
d) Custos
O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são
discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para
contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.
Observou-se que a coleta de dados de custo se dá de maneira não
automatizada, sendo realizada através da verificação in loco com
apontamento manual. A partir de tal sistemática, o planejador buscará
tirar suas conclusões sobre eventuais desvios observados.
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Oportunidades de Melhorias
a) Implantação pelo estaleiro de um planejamento detalhado das
atividades de engenharia, possibilitando, desta maneira, um melhor
gerenciamento de suprimentos.
b) Implantação pelo estaleiro das boas práticas de planejamento e
controle de riscos do projeto preconizadas por organizações como PMI,
IPMA e CII.
c) Verificação da possibilidade de implantação da automatização da
análise e coleta dos dados de custo.
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Estaleiro B
Resultados sumarizados ......................................................... 43
Organização e Condições Físicas do Canteiro ......................... 45 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 45 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 51 Proposição de Melhorias .............................................................................. 54
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................... 56 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 56 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 58 Proposição de Melhorias .............................................................................. 59
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ....... 17 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 59 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 60 Proposição de Melhorias .............................................................................. 61
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro ... 61 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 61 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 63 Proposição de Melhorias .............................................................................. 63
Controle dos Estoques do Canteiro ......................................... 64 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 64 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 68 Proposição de Melhorias .............................................................................. 69
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ........... 69 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 69 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 70
Proposição de Melhorias ......................................................... 73
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ................. 74 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 74 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria .......................... 75 Proposição de Melhorias .............................................................................. 77
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas .............................................................................. 77
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 77 Oportunidades de Melhorias ......................................................................... 81
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Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• Há forte preocupação com a conscientização de segurança;
• O planejamento e o seqüenciamento das atividades, associado às
qualificações, inclusive quanto à experiência das equipes técnicas
envolvidas, são importantes para o sucesso do empreendimento;
• O empreendimento encontra-se em processo de modernização e
ampliação de suas instalações, visando atender às demandas futuras, com
a máxima versatilidade na produção;
• Existe uma cultura na organização que visa obter a melhoria
contínua, comprovada pelas diversas certificações obtidas, tais como ISO
9001, ISO 14001 e OHSAS18001;
• O empreendimento desenvolveu sistema eletrônico de gestão dos
processos, estoques e planejamento das atividades, de modo a melhor
controlar as tarefas e cronogramas em tempo real;
• Foi percebida a existência de boas práticas na gestão da cadeia de
fornecedores;
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• O empreendimento adota técnicas de modularização e
construtibilidade no planejamento das atividades de construção e
montagem, com o envolvimento das áreas específicas.
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Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro O canteiro possui boas condições de organização e limpeza, com áreas de
trabalho bem definidas, adequadamente isoladas e sinalizadas,
principalmente quanto às questões de SMS. A área de trabalho possui
aproximadamente 40.000m2; e está em processo de ampliação, que
ocorrerá brevemente com a demolição de algumas edificações, dentre as
quais o prédio do vestiário dos trabalhadores.
Em função das naturais restrições existentes no local (visto que o estaleiro
é margeado, por um lado, por rodovia com grande fluxo de veículos e, por
outro lado, por canal de navegação com baixo calado), o
empreendimento, até mesmo pela experiência adquirida em projetos
anteriores, está se especializando na construção de módulos de
plataformas e navios, sendo o peso limitado à capacidade das barcaças de
transporte e do calado no momento do load out. Por ocasião da visita ao
canteiro, o peso máximo dos módulos, em número de sete, não
ultrapassava 1.600 toneladas.
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Foto 1: Imagem do empreendimento e de suas limitações físicas
Na imagem, destacam-se as limitações territoriais existentes no entorno
do empreendimento, acarretando na necessidade de definição das
vocações, quanto às atividades produtivas que estão sendo conduzidas
para a fabricação e montagem de módulos, ou estruturas modulares, de
plataformas e navios. Esta atitude facilita, não só a própria fabricação e
montagem, como também o embarque em barcaças para a entrega do
produto final.
O canal que margeia o empreendimento pelo lado sul/sudeste não é
profundo, limitando assim a capacidade de embarques, razão pela qual o
peso das estruturas fabricadas passa a ser preponderante.
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Foto 2- Vista parcial da área de construção e montagem dos módulos, no canteiro.
Pela fotografia, observam-se coberturas móveis sobre partes dos módulos
– pancakes – durante a fase de soldagem das estruturas. As coberturas
possibilitam que o estaleiro consiga realizar essa atividade crítica (solda)
com a menor interferência possível das condições climáticas adversas,
principalmente de chuvas. Depois de realizada essa etapa dos serviços, as
coberturas são ampliadas, para a continuidade de outras tarefas, ou são
removidas, caso não sejam mais necessárias.
As atividades operacionais são conduzidas por equipes técnicas distintas,
a menos aquelas que atendem a todos os projetos, como as de
suprimento, manutenção e SMS. Há uma estreita relação entre todas as
equipes, com reuniões diárias na parte da manhã, antes do início das
atividades. Além dessas, há reuniões de planejamento principalmente das
atividades mais críticas, como as envolvendo a movimentação de cargas.
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Essa maior proximidade ocorre também com a disponibilidade das
máquinas e equipamentos, de modo a otimizar o seu emprego.
Foi observada especial atenção aos aspectos de SMS, por parte da
administração do canteiro. Isso pode ser comprovado pelo envolvimento
da equipe em todas as atividades, inclusive nas críticas; e também pelas
visitas realizadas semanalmente por todos os gerentes, quando então são
avaliadas as questões de SMS e feitas abordagens aos empregados.
Foto 3- Vista parcial da área de fabricação e montagem, tendo em primeiro plano a
cobertura da montagem e equipamentos de elevação do canteiro.
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Foto 4- Posto de trabalho no interior de pipeshop.
Os postos de trabalho ficam próximos aos locais de aplicação dos produtos
e são providos dos equipamentos e ferramentas necessárias à realização
das atividades, destacando-se ainda o baixo emprego de equipamentos
automáticos.
Foto 5 - Vista parcial da iluminação dos galpões.
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De maneira geral, o “chão de fábrica” poderia ser mais bem iluminado,
bastando que se fizesse melhor aproveitamento da iluminação zenital,
através da inserção de telhas translúcidas intercaladas na cobertura.
Várias soluções podem ser adotadas, como o "shed", ainda hoje utilizado
em galpões e fábricas, por exemplo. Tal solução, dada a incidência mais
intensa da luz natural sobre superfícies inclinadas ou horizontais, permite
a obtenção de uma iluminação interior uniforme. Esse resultado é obtido
através de aberturas proporcionalmente menores do que aquelas situadas
nas fachadas; a solução favorece ainda a ventilação e o fluxo de ar no
interior da edificação.
Foto 6 - Vista de um dos muitos locais de trabalho no prédio de administração.
A área de escritórios do canteiro apresenta-se bem organizada e são
utilizados módulos funcionais para os funcionários técnicos e
administrativos.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) O estaleiro apresenta um bom grau de maturidade em relação às
questões de SMS, contando com estrutura de pessoal capacitada,
tendo em seu comando um gerente de SMS, subordinado ao gerente
do empreendimento.
b) Foram observados cartazes exaltando a importância da organização,
limpeza e preservação do ambiente de trabalho, além da divulgação
de programas específicos de melhoria das condições de trabalho.
c) É utilizado rádio (hand talkie) para a comunicação entre as equipes,
que são disponibilizados aos responsáveis pelas mesmas. Além
disto, os responsáveis pela execução das atividades críticas também
possuem os rádios e, assim, são orientados por seus supervisores e
se comunicam com eles continuamente.
d) Foram observados soldadores e lixadores em posição ergonômica
inconveniente, em função de várias razões, dentre as quais a
posição das peças em relação aos empregados. O suporte utilizado
para a realização não permitia melhor disposição para a realização
do trabalho. Ou seja, o trabalhador se adaptava à disposição da
peça a ser trabalhada, em vez de a peça estar numa posição melhor
adaptada ao trabalho.
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Foto 7 - Vista da cobertura provisória empregada durante a soldagem dos
pancakes.
e) A opção do empreendimento por essas coberturas provisórias,
empregadas em vários outros estaleiros, deve-se ao fato de serem
facilmente removíveis e também por protegerem os trabalhadores
durante a execução de suas tarefas, principalmente nas atividades
de solda e pintura, no caso em que as condições climáticas adversas
passem a ser impeditivas à continuidade das tarefas.
f) Há áreas de armazenamento de materiais específicas, no interior de
edificações ou ao ar livre. Como há produtos ou insumos
importados, existe área alfandegada.
g) As características das proteções físicas aplicadas dependem do
tempo de armazenamento dos materiais e das características dos
mesmos. Os produtos que serão aplicados de imediato ficam
depositados próximos aos locais de aplicação. Desta forma,
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consegue-se reduzir o transporte destes materiais e aumentar a
produtividade.
h) Antes de qualquer movimentação de materiais, são feitos estudos,
podendo ser elaborados planos de rigging, todas as vezes em que as
cargas tenham peso igual ou superior a 50 toneladas, geometrias
especiais ou centros de gravidade que possam por em risco a
movimentação das cargas.
i) A localização do prédio administrativo próximo ao canteiro de obras
diminui o deslocamento de funcionários pelo site da empresa,
facilitando a supervisão. Além disto, proporciona uma maior
integração entre o planejamento, a engenharia e a execução do
empreendimento.
Foto 8 - Prédio administrativo.
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Proposição de Melhorias
a) A situação mais confortável, no caso específico de movimentação de
cargas, é aquela em que o manuseio e o transporte aconteçam a
baixas alturas e, preferencialmente, em veículos de transporte,
como exemplificado na foto 9 (não encontrado no estaleiro):
Foto 9 – Exemplificação de equipamento de movimentação de cargas a baixa
altura, reduzindo os riscos quanto às questões de SMS
b) Outra questão que surge é a que trata dos processos de
comunicação entre os membros das várias equipes, principalmente
de produção. Quase sempre os equipamentos de comunicação ficam
com os responsáveis pelas equipes, encarregados ou engenheiros,
cabendo a esses a responsabilidade de replicar as informações e
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comandos. No entanto, em atividades críticas, nem sempre a
velocidade de comunicação se dá de acordo com a necessidade;
c) Em função das condições ambientais, destacam-se elevados níveis
de ruído nas áreas, que deixam o processo de comunicação
prejudicado. Em vista disso, pode-se estudar a possibilidade de o
pessoal envolvido na atividade possuir um sistema de comunicação
que permita um melhor acompanhamento, através de fones de
ouvido, por exemplo, das orientações estabelecidas.
d) Realização de estudos pela engenharia industrial, visando à
otimização das condições de soldagem, através da utilização de
gabaritos. Com isto, será melhorada a ergonomia e aumentada a
produtividade.
e) Elaboração de projetos de engenharia para aperfeiçoar,
principalmente, o nível de iluminamento dos galpões que
apresentem condições deficientes de iluminação natural.
f) Tendo em vista a preocupação evidente da administração com as
condições de SMS, torna-se válido programar auditorias para que as
boas condições encontradas sejam mantidas e aprimoradas, dando
prioridade para a melhoria contínua.
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Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
Foi observado, durante a visita, que os postos de trabalho estão
organizados em torno dos módulos. No entanto, nem sempre estão
posicionados de forma a reduzir as distâncias de deslocamento dos
operários e de fluxo de materiais. Como exemplo, os operários que
precisarem recorrer ao almoxarifado para buscar peças de um módulo
terão que se deslocar por um percurso razoável para cumprir essa tarefa.
As ordens de serviço geradas pelo sistema técnico informatizado,
desenvolvido pelo empreendimento, apresentam os desenhos técnicos,
isométricos e programação das atividades. Contudo, esses documentos
estão disponibilizados apenas no nível de supervisão. Nos postos de
trabalho, tais documentos não são utilizados pelos trabalhadores no
momento da execução da atividade.
É dada grande importância ao planejamento e sequenciamento das
atividades, para evitar conflitos entre as áreas. Procura-se fazer com que
as atividades transcorram dentro de uma sequência lógica de construção e
montagem. A programação e o sequenciamento são uma das boas
práticas analisadas na visita. Foi enfatizado que a competência dos
profissionais envolvidos nas tarefas de programação e sequenciamento é
fator primordial para a execução dos trabalhos.
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Em geral, como já evidenciado no tópico anterior, as condições de SMS do
canteiro são boas. Porém, a ergonomia, sob certos aspectos, precisa ser
aprimorada, sempre que possível, pois o trabalhador, muitas vezes, tem
que se posicionar de forma inadequada para realizar atividades de pintura
e soldagem. Este aspecto passa a ser relevante na medida em que, se for
resolvido, pode aumentar os níveis de produtividade.
Todavia, nem sempre é possível fazer esses ajustes, razão pela qual se
torna válido estudar a possibilidade de períodos de descanso entre as
tarefas e mesmo a implantação de ginástica laboral ou postural, que
apresenta bons resultados em atividades estressantes.
Existe uma grande quantidade de cartazes e sinalizações de SMS dentro
dos módulos em construção, demonstrando a preocupação dos gestores
com as condições de trabalho dos funcionários.
Os trabalhadores estão treinados para só executar o seu trabalho de
posse da "ordem de serviço", que define com exatidão a tarefa a ser
cumprida naquele dia. Anexo ao documento há instruções sobre operações
específicas, tais como, soldagem das chapas, identificação de não
conformidades, condicionamento das peças, deslocamento das mesmas
etc.. Como o empreendimento desenvolveu sistema eletrônico de gestão,
pode-se alimentá-lo com informações e dados relativos à SMS; a fim de
que, ao se planejar cada tarefa, já se possa ter a análise dos riscos e a
emissão das ordens de serviços, contemplando as ações necessárias. Da
mesma forma que o sistema, com a leitura de códigos de barra
acrescentados a etiquetas presas nos locais de serviços e nos insumos,
apropria a quantidade de homens-hora das atividades e do progresso
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físico, informação essa que é empregada no controle dos cronogramas
físico-financeiros.
A utilização de andaimes é programada para que exista uma sequência
lógica de utilização, evitando-se interferências de uma área na outra;
portanto, cada uma utiliza a estrutura por vez. Essa atividade é
compartilhada com todas as demais.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
e) O layout do canteiro apresenta uma organização lógica dos postos de trabalho em torno dos módulos.
f) As ordens de serviço apresentam os documentos necessários para a execução das mesmas.
g) Importância dada para a programação e execução das ordens de fabricação, aliada à competência dos profissionais envolvidos nas tarefas de programação e sequenciamento.
h) Programação da utilização dos andaimes para se evitar interferências nas diversas atividades.
i) Utilização de recursos modernos para apropriação do hh despendido nas tarefas e para avaliação do progresso físico da obra.
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Proposição de Melhorias
a) Quando for decidido o posicionamento de postos de trabalho em torno dos módulos, avaliar a possibilidade de minimização dos deslocamentos dos materiais e operários;
b) Intensificar, sempre que possível, a utilização das ordens de fabricação pelos funcionários nos postos de trabalho;
c) Realizar estudos para melhorar, dentro das limitações existentes, as condições ergonômicas nos postos de trabalho;
d) Aprimorar a utilização de gabaritos para a soldagem de peças e tubulações, privilegiando condições de melhor ergonomia e produtividade.
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
A movimentação de pequenas cargas é realizada através de pequenos
carros manuais exclusivos para isto. Foi observada a existência de uma
paleteira automática para deslocamento dos estrados. Nos galpões de
fabricação, a movimentação é realizada por pontes de carga específicas
para tal operação.
A partir da área de descarregamento de materiais, há pelo menos três
guindastes móveis para deslocamento de cargas pesadas até o ponto de
colocação nos módulos. Não foram identificados guindastes fixos. Para a
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operação de fixação das peças aos guindastes, são necessários pelo
menos três homens encarregados de fixar as presilhas na peça. Não foram
encontradas inconsistências nesta operação, quer do ponto de vista
ergonômico ou de SMS.
Todos os transportes de cargas possuem sinalizadores para prevenir
acidentes com os operários no canteiro. Da mesma forma, os guindastes,
ao içarem alguma carga, fazem essa operação dentro dos cuidados
necessários, demonstrando a preocupação da administração com SMS e
evidenciando a preparação adequada dos profissionais especializados na
operação.
No canteiro, são utilizados pequenos guindastes, dentro dos módulos,
para que o trabalhador possa alcançar pontos mais altos, para transporte
de materiais ou execução de tarefas.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Boas condições de transporte e movimentação, com um número
adequado de guindastes móveis, caminhões-aranha e
empilhadeiras, facilitando a locomoção de peças, materiais e
equipamentos.
b) O armazenamento de materiais se dá prioritariamente próximo aos
locais de destino, reduzindo os tempos de transporte dos materiais.
Ou seja, é dada atenção ao aumento da produtividade e à
minimização dos deslocamentos.
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Proposição de Melhorias
a) As condições de movimentação de cargas no canteiro se apresentam
em boas condições, não tendo sido verificadas oportunidades de
melhorias que merecessem ser enumeradas no presente relatório.
b) Deve-se considerar, entretanto, que há sensível aumento da
produtividade, quando o tempo de movimentação de materiais se
limita, basicamente, à remoção dos locais de fabricação para os
locais de aplicação, evitando-se paradas intermediárias. Assim,
devem-se repensar os processos de fabricação principalmente
quanto às questões de modularização.
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Com relação às máquinas e ferramentas, foi observado que o estaleiro
utiliza máquinas semi-automáticas para a realização das atividades,
gerando maior produtividade na execução. Há um galpão destinado à
fabricação de pipe spools onde estão concentradas as atividades de
fabricação das tubulações.
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A organização utiliza a tecnologia de RFID para identificação de peças
consideradas importantes para o projeto.
Existe um sistema bastante eficaz de gerenciamento da documentação
utilizada no empreendimento. Desta forma, garante-se que não sejam
utilizados desenhos e especificações defasados. Além disto, há o
monitoramento e armazenamento das certificações dos materiais e
produção dos subsistemas e sistemas pelo software de gerenciamento do
projeto, garantindo assim a rastreabilidade não só dos materiais como
também de sua fabricação.
O planejamento para corte e aproveitamento de materiais é desenvolvido
por software do próprio empreendimento. Através desse programa são
emitidas as ordens de produção. Por meio desse sistema, inserem-se os
registros, documentos e certificados de todas as peças componentes dos
módulos, com a geração de relatórios gerenciais. Há também sistemas de
controle de custos, permitindo que os custos sejam alocados diretamente
para as ordens de produção. Por meio do software, que aceita a inserção
de dados digitados pela equipe e lidos em scanners, tem-se condições de
identificar, em tempo real, a localização do item no canteiro de obras, o
prazo para sua aplicação e todos os custos envolvidos em sua fabricação.
Para a entrada e saída de materiais, é feito o cadastro no sistema. A partir
desse momento, e com base nas informações lançadas, pode-se traçar a
trajetória desde a fabricação do produto por terceiros até sua aplicação
final, incluindo a documentação pertinente. Apenas quando a atividade
estiver na programação diária é que a peça ou componente poderá ser
retirada do almoxarifado.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Sistema de gerenciamento do empreendimento centralizado,
abrangente e robusto. Desta forma, torna-se possível exercer um
controle total em relação a prazos, custos e qualidade e à integração
entre os setores envolvidos.
b) Existem planos de manutenção para as máquinas e equipamentos
que se apresentam em boas condições de utilização.
Proposição de Melhorias
d) Criação de um plano diretor de automatização para o estaleiro,
permitindo que a boa situação atual em relação à automação e
utilização de sistemas de apoio seja mantida e atualizada, com foco
em outras áreas além da fabricação;
e) Intensificação da utilização da automação na área de corte e solda.
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Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Em relação ao controle dos estoques do canteiro, foi possível avaliar que a
estocagem de materiais é uma boa prática realizada pela organização.
Existe um bom controle dos materiais, permitindo a rastreabilidade. O
material é preservado e identificado através de etiquetas de identificação.
Os materiais são acondicionados em boas condições de armazenamento e
dispostos dentro das boas práticas prescritas.
Foto 10- Estocagem de materiais.
Foi percebido pelos pesquisadores durante a visita que há procedimentos,
técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda da qualidade da
peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e corrosão. As
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peças se encontram sobre cavaletes de madeira, impedindo seu contato
com o chão. A armazenagem de spools, tubos de grandes diâmetros,
vigas e estruturas prontas para a montagem é realizada a céu aberto. Os
spools são protegidos por tampões durante todo o tempo de estocagem.
Caso haja chuva, os tubos são cobertos com lonas para evitar corrosão.
Foto 11- Estocagem de materiais sobre pallets.
As peças, após serem cadastradas e anexadas à documentação de
inspeções, certificações de qualidade e ensaios realizados, podem ser
liberadas para aplicação. Com isso, cada peça é codificada dentro do
software da empresa. Os responsáveis pelos almoxarifados devem seguir
a programação diária expedida pelo programa. Assim, devem estar em
contato constante com a equipe de planejamento e controle, informando o
que foi realizado e mantendo o planejamento e controle atualizado em
relação ao andamento dos materiais.
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Existem cartazes explicando as boas práticas de SMS e o fato de os
materiais perigosos estarem segregados em locais restritos e também
cartazes informativos sobre as condições de manuseio e armazenamento.
Foto 12 - Estocagem de cilindros de gases industriais.
Os materiais prontos para a montagem são armazenados de maneira
suscetível à ação do tempo. Cada peça possui um TAG de identificação,
identificado no sistema de planejamento.
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Foto 13- Vista geral da área de montagem com estocagem de peças.
Existe uma segregação de materiais, peças e conjuntos por projeto. Foi
observado que existem almoxarifados próprios para cada projeto em
execução.
Foi verificado, durante a visita, que o armazenamento de materiais a
serem montados é feito no local de destino. Assim, é possível uma
antecipação e aproveitamento de recursos para o transporte dessas peças
até o local desejado.
O estaleiro utiliza boas práticas de gerenciamento da cadeia de
fornecedores, existindo integração com os fornecedores. Foi possível
observar esta integração através do software de gerenciamento do
empreendimento. Existem procedimentos de diligenciamento dentro das
instalações dos fornecedores.
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Como já relatado, o estaleiro utiliza a tecnologia RFID para localizar peças
consideradas importantes para o projeto.
Foto 14 - Peças identificadas por meio de etiquetas especiais.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) O estaleiro possui procedimentos, técnicas e rotinas que visam
garantir o controle dos estoques no canteiro, estejam esses
estoques em almoxarifados cobertos ou ao ar livre.
b) A integração da área de almoxarifados com o planejamento e
controle é de bom nível e os métodos utilizados garantem que os
materiais serão utilizados dentro da programação prescrita,
minimizando a possibilidade de erros na entrega.
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c) Os materiais são segregados por projetos e estão devidamente
identificados.
d) Existe uma boa integração entre os fornecedores e as áreas
envolvidas, devido à utilização do sistema de gerenciamento do
empreendimento.
Proposição de Melhorias
a) Avaliar e estender a utilização da tecnologia RFID para a identificação
de todos os itens em estoque e não apenas para os considerados
mais importantes.
b) Realizar treinamento de pessoal de modo a reforçar a aplicação dos
procedimentos de identificação e de controle e estocagem de
materiais.
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O empreendimento dá grande importância ao planejamento e
sequenciamento das atividades, de modo a não existir conflitos entre
áreas. O planejamento procura fazer com que as atividades ocorram em
uma sequência lógica de construção e montagem. Foi enfatizado, durante
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a visita, que um dos fatores para o bom planejamento e sequenciamento
das atividades é que o pessoal envolvido nessas atividades tem um alto
nível de conhecimento do trabalho. Todos têm muito tempo de trabalho
na área naval, com os postos de trabalho organizados em torno dos
módulos.
Em geral, as condições de SMS no canteiro são boas, existindo um
número adequado de sinalizações relativas a instruções de SMS. Os
operários usam uniformes e os EPIs necessários para a execução das
diversas tarefas.
As máquinas estão em bom estado de conservação, são identificadas
através de códigos e etiquetas e possuem instruções de segurança,
conservação e utilização.
Para facilitar as condições de racionalidade do trabalho, os materiais são
armazenados dentro do galpão de fabricação, reduzindo a necessidade de
transporte de cargas, em função da proximidade com o local de trabalho.
Foi observada a existência de procedimentos de movimentação de
material. Há áreas definidas para entrada e saída de caminhões, para
descarga de chapas e outros materiais pesados.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) A disposição física do trabalho ajuda a integração das atividades,
diminuindo o deslocamento das equipes e possibilitando uma maior
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produtividade no trabalho de montagem e construção dos módulos.
No entanto, estas distâncias de deslocamento podem ser
melhoradas, especificamente em relação ao almoxarifado de
ferramentas, que está situado distante dos postos de trabalho.
b) Um ponto forte observado é a existência de uma linha de produção
de tubulação para atender todos os projetos no canteiro. Desta
forma, consegue-se reunir todos os recursos necessários em um
mesmo lugar, facilitando essa gestão em termos de monitoramento
e controle.
c) A integração com os fornecedores é outro ponto forte, já as
possibilidades de faltas de materiais podem ser minimizadas.
d) Um detalhe que pode ser considerado como uma boa prática foi a
existência de uma programação para utilização de andaimes. Nesta
ocasião, é tomado o cuidado de definir uma sequência lógica para a
utilização, de modo a não ocorrer interferências de uma área com
outras.
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Foto 15 - Vista do galpão de fabricação.
e) Pelas características das atividades ali desenvolvidas, os galpões
industriais possuem elevado pé direito. Os sistemas e dispositivos
de iluminação muitas vezes não conseguem atender aos níveis
mínimos de iluminamento requeridos para as atividades, razão pela
qual devem ser complementados com sistema específico.
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Foto 16 - Vista geral do chão de fábrica.
Proposição de Melhorias
a) Revisar e atualizar as condições ergonômicas de alguns postos
de trabalho, procurando revisar as atuais condições existentes.
Deve ser levado em consideração que alguns trabalhos são
realizados em locais confinados e que nem sempre esta revisão
será possível.
b) Verificar as razões de a mão de obra direta não utilizar a
documentação contida nas ordens de serviço; e avaliar as
vantagens de estender sua utilização a esse pessoal.
c) Criar plano para levar ao empreendimento as condições de
manufatura enxuta, tendo o cuidado de reduzir as distâncias e
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intensificar a utilização de gabaritos. Esse estudo deve ter como
área prioritária o pipe shop.
d) Estudar a possibilidade de melhorar as condições de iluminação
nos locais de trabalho que apresentam tal deficiência.
O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
Foi observada, durante a visita e entrevistas realizadas, que a organização
utiliza o conceito de melhoria contínua para processos e projetos. Existe
uma cultura que busca a melhoria das competências em sistemas de
gestão de produção, operação e de projetos. A existência desta cultura é
comprovada pelas certificações que a empresa possui, tais como ISO
9001, ISO 14001, ISO 14100, OHSAS 18001, SA 8000, e diversos
prêmios recebidos na área de projetos do setor de Óleo e Gás.
Pode ser observado que o estaleiro está atento para a utilização das boas
práticas ditadas por organizações como o PMI e CII. O processo de
planejamento e controle é feito no sistema de gerenciamento do próprio
empreendimento.
Inicialmente é elaborado o Plano do Projeto, em que estão contidas as
principais informações necessárias: prazos de execução, necessidades do
projeto e suas premissas, estratégias, responsabilidade social, escopo dos
serviços, cronograma físico-financeiro, plano de comunicação, EAP
contratual, avanço físico, cronograma financeiro, plano de inspeção e
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teste, layout da empresa, logística de construção dos módulos, termo de
abertura do projeto, procedimentos de construção, gerenciamento de
mudanças, pessoas com autonomia e poder de decisão no projeto e níveis
de autonomia de cada pessoa. O planejamento inicial do projeto é
executado a partir das informações do plano de projeto.
A organização trabalha com EAP estruturada no mesmo nível de detalhe
do cronograma. Desta forma, quando o cronograma é atualizado, a EAP
também é atualizada. O estaleiro considera que o Cronograma é a EAP
com tempo e precedência.
Todas as atividades têm sua programação e sequenciamento preparadas
no software de gerenciamento do empreendimento. Portanto, cada pessoa
é alocada de acordo com a tarefa realizada. O módulo de planejamento e
controle abrange todas as atividades, materiais, almoxarifados. Durante a
visita, foi possível verificar que os profissionais que trabalham no
planejamento e controle são bem qualificados. Conhecem bem o sistema
utilizado e são experientes em gerenciamento de projeto. O planejamento
é dividido em estratégico (macro) e operacional (dia-a-dia da execução).
Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) Foi observada na organização a existência de uma cultura que visa
obter competências em sistemas de gestão, sejam estes de
produção, operação ou projetos.
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b) O trabalho do projeto está representado através das principais
entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto).
c) Outra prática positiva é que o gerenciamento e a programação das
atividades desenvolvidas pelas empresas terceirizadas são feitos
pela organização. Assim, são evitadas interferências com outras
atividades, controlando-se a segurança desses funcionários e
atualizando as atividades do cronograma à medida que forem
realizadas.
d) Foi constatado que é comum a realização de reuniões de negociação
do planejamento com as áreas envolvidas, definindo-se as
atividades e evitando interferências entre áreas de construção e
montagem.
e) O empreendimento conhece e utiliza técnicas de modularização e,
para isso, o planejamento das atividades referentes aos módulos é
iniciado desde a concepção do projeto. Outra técnica utilizada é a de
construtibilidade. Portanto, as áreas de construção e montagem
participam do planejamento para decidir quais as sequências ideais,
reduzindo tempo, custos e riscos na execução do empreendimento.
f) O estaleiro possui um banco de dados referente ao histórico de
projetos anteriores, para ser reutilizado no planejamento de
projetos futuros. Em caso da necessidade de um replanejamento
das atividades do empreendimento, é realizado um estudo completo
identificando as atividades impactadas, recalculando a parte
financeira impactada e analisando quais as novas necessidades de
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MOD, para realocação da MOD e apresentação dos custos do
impacto.
Proposição de Melhorias
a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos
para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.
b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o
monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais
como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de
satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
O empreendimento está implantando indicadores pró-ativos. Há dois
meses, foi desenvolvido o programa de segurança total, com a indicação,
por parte dos trabalhadores, dos desvios ou condições abaixo do padrão.
Essas observações são registradas em cartilha específica e entregues
pelos profissionais para os técnicos de segurança do trabalho.
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Uma campanha está sendo lançada para a força de trabalho, com o
objetivo de premiar as equipes que tenham melhores avaliações durante a
aplicação de Listas de Verificação pelos profissionais de SMS. A referida
lista contempla questões de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde, Segurança
e organização e Limpeza.
O estabelecimento do planejamento das ações de SMS, o repasse das
informações e a definição das responsabilidades são definidos pelo
empreendimento, através de várias fases. Antes do projeto, há o kickoff
meeting (reunião de abertura do projeto), com a apresentação, aos
representantes das várias disciplinas, das questões principais. Nesse
momento, todos têm a oportunidade de apresentar as suas considerações.
No início dos contratos, são realizadas avaliações, principalmente dos
pontos críticos que deverão ocorrer ao longo do contrato. Após essas
avaliações, são tomadas as medidas necessárias de mobilização e
treinamento do pessoal.
A orientação e ou capacitação dos trabalhadores a respeito dos riscos de
SMS ocorre a partir de treinamentos prévios (gerais e específicos) e
disponibilização de procedimentos que compõem a gestão de SMS. Por
uma questão contratual, as liberações dos serviços estavam sendo feitas
por APRs, mas passarão a ser feitas através de Permissões de Trabalho
(PTs). As PTs terão validade de um ou dois dias, após o que deverão ser
revalidadas.
Quanto aos critérios definidos pelo empreendimento para a paralisação
das atividades, em função dos riscos que possam ameaçar os
trabalhadores ou o ambiente, o principal critério é o da avaliação do risco.
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Se o risco for grave e iminente, é paralisada a atividade. Caso não o seja,
deve ser feita a comunicação para o encarregado da área, a fim de serem
tomadas as providências necessárias. Nesse caso, se persistirem as
situações observadas, é feita a paralisação. Até hoje, por essas razões,
não houve paralisação de atividades. Não há procedimentos específicos a
esse respeito.
As atividades que não se encontram dentro dos padrões esperados
terminam por prejudicar a avaliação das equipes, através da campanha
citada acima. Não foi encontrada, na análise dos documentos
disponibilizados, qualquer orientação ou forma de registro ou de controle
dessas paralisações. Apesar de existirem campanhas de relatos de desvios
em curso, não se obteve nenhum documento de análise crítica dos
resultados.
As práticas adotadas nas inspeções ou avaliações do conjunto de
máquinas, painéis e ferramentas são: inspeção dos acessórios de
içamento e movimentação de cargas pelas equipes de operação, com a
presença de representantes de SMS (esses acessórios são identificados
com a cor do mês); inspeções visuais diárias e aplicação de check-lists.
Os planos de manutenção prevêem uma periodicidade compatível com o
uso, desgaste e tipo de equipamento. As ferramentas não são
identificadas com a cor do mês. Assim, os trabalhadores são orientados a
devolver as máquinas e ferramentas que apresentem problemas, sem que
isso possa significar algum tipo de punição ou repreensão. Os profissionais
de SMS, em suas rondas, avaliam essas condições de segurança.
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As condicionantes para que as frentes de serviço sejam mantidas limpas,
organizadas, desimpedidas e sinalizadas se dão a partir de vários
programas, como:
Segurança Total – estimula que os trabalhadores mantenham suas áreas
de trabalho limpas e desimpedidas. Nesse programa, o estímulo é para o
trabalhador. O bloco de anotações, fornecido ao trabalhador, possibilita
que ele possa anotar os desvios e as situações de risco, auxiliando os
profissionais de SMS;
PLR – programa que gera estímulos, através do aumento dos ganhos do
trabalhador, para que esse adote posturas seguras e possa, com isso,
incentivar seus colegas a adotarem posturas semelhantes;
Show de Prêmios – programa recentemente lançado que adota a análise
do desempenho das equipes, para a premiação de todos. Neste programa,
as equipes agem como times, em que um componente fiscaliza o outro,
tudo com o objetivo de cometer a menor quantidade possível de desvios
e, assim, participar da premiação. Por trás de todas essas campanhas, há
ações de fiscalização e controle das áreas promovidas pelos profissionais
de SMS.
b) Suprimentos
A organização tem boas práticas de gestão de fornecedores. Existem
métodos, ferramentas, procedimentos que dão suporte a estas práticas.
Existe uma boa interação entre Suprimentos e as demais áreas envolvidas
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no empreendimento. Desta forma, é obtido um aperfeiçoamento das
aquisições, da seleção adequada de fornecedores, dentre outros etc..
c) Riscos
Durante a visita e entrevistas realizadas, não foi possível perceber a
existência de um planejamento e controle sistemático de riscos do
projeto, conforme sugerido pelas boas práticas de organizações como PMI,
IPMA e CII. Os riscos físicos são avaliados em reuniões semanais, com
todos os gerentes do empreendimento. Também semanalmente os
gerentes visitam as frentes de serviços e passam a ter conhecimento dos
problemas ocorridos, inclusive relatados pelos empregados.
d) Custos
O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são
discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para
contenção de gastos e as eventuais correções no projeto. A coleta de
dados de custo se dá de maneira automatizada.
Oportunidades de Melhorias
Implantação pelo estaleiro das boas práticas de planejamento e controle
de riscos do projeto, preconizadas por organizações como PMI, IPMA e
CII.
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Estaleiro C
Resultados sumarizados ......................................................... 83
Organização e Condições Físicas do Canteiro ......................... 84 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 84 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 90 Proposição de Melhorias .............................................................................. 90
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................... 90 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 90 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria ............................ 94 Proposição de Melhorias .............................................................................. 94
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ....... 95 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 95 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 97 Proposição de Melhorias .............................................................................. 97
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro ... 98 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................... 98 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria ................................ 99 Proposição de Melhorias .............................................................................. 99
Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 100 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 100 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 104 Proposição de Melhorias ............................................................................ 104
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 105 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 105 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 107
Proposição de Melhorias ....................................................... 107
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 108 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 108 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 109 Proposição de Melhorias ............................................................................ 110
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 111
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Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 111 Oportunidades de Melhorias ....................................................................... 112
Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• A organização está orientada para atender a produção atuando
praticamente em regime de produção contínua de embarcações;
• É realizado um planejamento baseado no gargalo da produção que é
a carreira;
• A organização estabelece parceria com empresa projetista para
ganhos de tempo e recursos na construção de suas embarcações;
• A carteira de projetos do estaleiro é sequenciada no tempo, de
forma a definir os marcos de entrega em cada fase de contrução e
montagem e a ocupação do canteiro ao longo desse tempo;
• São realizadas medições semanais sobre desempenho da obra;
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• A área de suprimentos possui um cronograma com as datas em que
deverá receber os componentes e materiais dos fornecedores de
acordo com a fase de construção e montagem das embarcações;
• A organização estabelece reuniões regulares de alinhamento entre
os responsáveis das áreas;
• Existe um estoque central, no entanto os estoques intermediários
são descentralizados, distribuídos em espaços pouco definidos pelo
site.
Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro possui uma área total de 60.000m2 de terreno, dos quais
11.000m2 são edificados por galpões industriais e prédios de escritórios,
vestiários e sanitários, refeitórios e outros. Possui uma carreira para
embarcações de até 3.000 toneladas, com dimensões de 100m x 23m.
Nessa carreira há um guindaste de 60 toneladas de carga. Há dois cais de
acabamento com capacidade para duas embarcações de até 100 metros
cada. Nos mesmos há guindastes de 15 toneladas, para apoio e
movimentação de cargas.
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Foto 1- Vista geral do estaleiro
O estaleiro foi reaberto há poucos anos, depois de longo período
desativado. A partir de então, a empresa tem investido gradativamente na
modernização das suas instalações, seja através da expansão do canteiro,
seja pela reforma ou construção de novas instalações. Dessa forma,
observaram-se construções mais antigas, algumas reformadas e outras
ainda em fase de construção. Um dos destaques é o da localização
geográfica; se encontra próxima aos grandes centros e de seu principal
cliente. Afora isso, contam com um fácil acesso ao mar através de baía
abrigada.
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Foto 2 - Vista geral do canteiro.
O estaleiro está posicionado entre o mar e uma rodovia com grande fluxo
de veículos. Originalmente essas instalações eram empregadas para a
fabricação de embarcações de menor porte. Com o crescimento da
carteira de contratos e a demanda por embarcações maiores, foram feitas
adaptações, de modo que hoje o empreendimento pode servir para a
produção de embarcações, módulos e equipamentos navais.
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Foto 3 – Conclusão de fabricação de embarcação de apoio (suplly boat)
Foto 4- Fabricação de embarcação na carreira com o apoio do guindaste de 60 toneladas.
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Foto 5 - Montagem de peças.
O estaleiro está em forte ritmo de atendimento à demanda. No entanto,
foi observado que algumas áreas poderiam ser melhor aproveitadas.
Foto 6 - Vista da carreira de montagem de embarcações.
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Foto 7 – Montagem de proa de embarcação modularizada no próprio estaleiro.
Foto 8 – Montagem das seções ou módulos da embarcação na carreira.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
O estaleiro recentemente reativado está implantando projetos de
modernização e expansão das suas instalações para atender a demanda
crescente por seus serviços e produtos. Contudo, algumas áreas do
canteiro podem ter um melhor aproveitamento dentro do processo
produtivo através de um aperfeiçoamento do layout.
Proposição de Melhorias
Dentro do plano de modernização e expansão da capacidade do estaleiro,
sugere-se um estudo de engenharia industrial para que o layout do chão
de fábrica seja aprimorado, a fim de obter um melhor reaproveitamento
de algumas áreas pouco exploradas pelo canteiro.
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
Os postos de trabalho no canteiro, excluindo as áreas administrativas, são
basicamente distribuídos entre as diversas oficinas, o almoxarifado, a
carreira e o cais de acabamento.
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Na oficina de spools, o trabalhador possui um espaço restrito entre os
estoques intermediários, a via de desembarque das peças e a sua mesa
de operação. A abertura lateral da oficina permite a entrada de luz
suficiente para a execução do seu trabalho, além disso, o trabalhador tem
a posse das ferramentas e dos equipamentos adequados.
Foto 9 - Posto de trabalho com estocagem de tubos.
Na oficina de perfis e sub-montagens, algumas atividades possuem mesa
para tratamento térmico. Em algumas outras foi observado que a
operação de soldagem é feita ao nível do solo, sem apoio de mesas ou
outros suportes.
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Foto 10 - Posto de trabalho de corte de peças com maçarico.
Foto 11 - Montagem das vigas de reforço.
A carreira contém o casco da embarcação, que é formado por módulos.
Estes são fabricados em áreas periféricas à mesma e transportados
através de guindaste. Como o guindaste em uso é de 60ton, os módulos
não podem exceder esse peso, ou seja, o equipamento em uso limita o
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peso da carga transportada. Desta maneira, podem ocorrer inúmeros
transportes, o que dilata o tempo de montagem da embarcação. Até
mesmo em função desse aspecto há muitas soldas in situ, nas quais os
trabalhadores executam suas tarefas em torno das grandes sub-
montagens; eles ficam expostos a condições climáticas adversas,
principalmente o calor, além das dificuldades ergonômicas, causadas pela
posição em que os mesmos muitas vezes assumem para realizar os
passos de soldagem. Nas atividades em espaços confinados a empresa
fornece sistema de ventilação/exaustão específico.
Foto 12 - Montagem ao tempo.
No almoxarifado, as atividades são concentradas sobretudo nos
transportadores das cargas, nos quais os trabalhadores utilizam
empilhadeiras ou carrinhos de propulsão humana.
Dentro das embarcações há um grande número de trabalhadores num
espaço limitado, realizando diferentes atividades com interferências
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múltiplas entre elas. O intenso fluxo de trabalhadores nessa área
demanda maiores cuidados da equipe de SMS.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) O forro das oficinas permite aos trabalhadores realizarem suas
atividades com nível de luminosidade adequado. Dentro das
mesmas, há mesas sobre as quais é possível soldar chapas ou
partes metálicas menores. No entanto, algumas peças são
trabalhadas sobre o solo, dificultando a soldagem, ou criando
condições ergonômicas desfavoráveis.
b) Na área de spools, o volume de estoque dificulta o trânsito de
trabalhadores e pode interferir na execução da atividade dos
mesmos.
c) Os trabalhadores estão devidamente equipados para realizarem suas
atividades com segurança e qualidade, seja em espaço aberto ou
confinado.
Proposição de Melhorias
a) Estudar a possibilidade de fabricação dos perfis sobre mesas ou
suportes que permitam postura ergonomicamente mais adequada ao
trabalhador.
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b) Realizar estudos para diminuir, quando possível, a exposição dos
trabalhadores ao sol e chuva em algumas operações.
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Para cada tipo de atividade torna-se necessário a utilização de um tipo de
transporte. Nas oficinas, verificou-se a existência de pontes de carga para
translado das peças nas fases de processamento.
Foto 13 - Operação de transporte de peças.
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No cais, próximo às embarcações há um guindaste móvel empregado em
pequenas movimentações de carga do navio para o cais e vice-versa. Esse
equipamento possui limitada capacidade de carga.
Foto 14 - Guindaste móvel sobre trilhos.
Na carreira, há um guindaste móvel, com capacidade de 60 ton. (há
guindastes com capacidades maiores) para colocação dos módulos sobre a
carreira. Além deste, existem também caminhões-guindastes para auxílio
à colocação de sub-montagens sobre a carreira.
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Foto 15 - Guindaste móvel em operação.
Para pequenas cargas, utilizam-se carrinhos de propulsão humana. No
almoxarifado, utilizam-se empilhadeiras para manuseio dos estoques e
para o transporte do estoque para as embarcações.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
O estaleiro possui equipamentos de transporte adequados para cada tipo
de atividade.
Proposição de Melhorias
Sugere-se que sejam realizados estudos de viabilidade para a compra de
um guindaste fixo de maior capacidade, pois, com isso pode-se aproveitar
melhor as áreas laterais de apoio, a fim de reduzir o tempo de trabalho de
soldagem dos blocos do casco sobre a carreira.
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Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Verificou-se automação no nível de tarefa, ou seja, na utilização de
soldagem semi-automática e corte. Para operações como encurvamento
de chapas e pintura, o estaleiro terceiriza ou recorre à outra unidade de
processamento.
Foto 16 - Operação de solda e corte.
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Foto 17 - Vista parcial do galpão de fabricação.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
O estaleiro possui um baixo nível de automação nas suas atividades,
embora utilize ferramentas manuais ou semi-automáticas e mão-de-obra
suficientes para atender a sua demanda.
Proposição de Melhorias
Sugere-se que seja feito um investimento na automação das atividades
principais: corte e soldagem. Também é recomendável um estudo
específico para aumentar o nível de automação no transporte de chapas,
desde o estoque às oficinas de processamento.
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Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Parte dos estoques de spools fica próximo às embarcações, onde serão
instalados; e parte fica próximo à oficina de soldagem de spools. Eles
recebem identificação (tags) de maneira que podem ser controlados pela
gestão de estoques.
Foto 18 - Armazenamento de spools.
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Foto 19 - Estoque de spools armazenados próximos às embarcações.
As chapas recebem um código sobre sua situação no processo produtivo e
seu destino entre os empreendimentos existentes.
Foto 20 - Chapa com respectiva identificação.
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Contudo, verificou-se que os estoques intermediários estão
descentralizados no canteiro e, dessa forma, dificulta sua localização e
manuseio.
Foto 21 - Estocagem descentralizada de materiais.
Foto 22 - Estocagem de equipamentos para aplicação imediata.
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Os itens que chegam ao canteiro para serem diretamente instalados na
embarcação recebem cuidados especiais de acondicionamento.
Foto 23 - Materiais com cuidados especiais de acondicionamento.
Foto 24 - Material identificado e protegido.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Identificou-se como boa prática a codificação das chapas para
controle do seu processamento e destino. Os spools recebem
identificação (tags) e, dessa forma, podem ser controlados.
b) Os componentes que são fornecidos para instalação direta na
embarcação são devidamente condicionados.
c) Percebeu-se, contudo, uma descentralização do estoque que pode
dificultar seu controle dentro do canteiro.
Proposição de Melhorias
d) Avaliar a utilização de tecnologias atuais como o RFID para a
identificação dos itens em estoque.
e) Centralizar o estoque ou arranjá-lo de maneira a facilitar o seu
deslocamento até o seu destino.
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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O estaleiro possui um modelo de disposição das oficinas, do almoxarifado,
da carreira e do cais de forma a minimizar o deslocamento das partes até
a carreira, para a construção das embarcações. O almoxarifado fica entre
as oficinas de perfis, as sub-montagens, os spools e a carreira. Anexos a
ele estão o vestiário e a ferramentaria, possibilitando o menor
deslocamento da mão-de-obra para o trabalho. No entanto, o
almoxarifado está distante do cais, o que leva ao estabelecimento de
estoques intermediários próximos a ele.
Foto 25 - Vista geral da área de montagem.
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Foto 26 - Vista da área de montagem.
A carreira possui duas áreas anexas laterais para a montagem dos
módulos, para que sejam carregados, posteriormente, para cima da
carreira. O guindaste móvel (sobre trilhos) pode carregar essas grandes
sub-montagens para a carreira. Nessa área também são estocados,
temporariamente, andaimes e madeiras para a execução de tarefas nas
embarcações.
O prédio administrativo fica mais próximo ao cais, possibilitando a
acomodação das entidades fiscalizadoras neste local, com fácil
deslocamento para as embarcações. Dentro dessas instalações também
há um restaurante para os empregados, com boas condições de higiene e
limpeza.
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TÍTULO DO DOCUMENTO:
Relatório Final E&P - 27.6
Foto 28 - Restaurante dos empregados.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
Observou-se uma lógica de layout que contempla a proximidade entre
áreas afins, dentro do processo de contrução e montagem. Os estoques
de spools e andaimes permitem sua rápida montagem. A localização do
prédio administrativo também favorece o rápido deslocamento das
entidades fiscalizadoras dos escritórios para as embarcações.
Proposição de Melhorias
Sugere-se elaborar um estudo que objetive a ótima utilização dos espaços
do canteiro para o seu melhor aproveitamento, como já apresentado
anteriormente, de modo a otimizar os 60.000m2 de área do
empreendimento. Como não há áreas de ampliação deve-se estudar
meios para se obter o maior proveito desse espaço e da localização
privilegiada.
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O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
Como o gargalo da contrução e montagem de uma embarcação está no
tempo de montagem na carreira, o estaleiro trabalha com uma
programação que minimiza o tempo do casco na carreira. Para isso
utilizam-se as áreas auxiliares para a construção dos módulos de uma
próxima embarcação, enquanto as últimas atividades da embarcação
primária são realizadas sobre a carreira ou no cais de acabamento.
Nesse caso são realizados serviços que não dependam da carreira, como a
completação da instrumentação e controle, elétrica, marcenaria e
montagens leves. Eventualmente são realizados pequenos serviços de
solda e corte para ajustes finos.
Existe um planejamento para a ocupação do estaleiro quando um novo
empreendimento se inicia. Este é coordenado tendo em vista os projetos
em andamento, de forma a realocar a mão de obra existente ou contratar
mais, a mobilizar recursos de transporte, equipamentos de corte e
soldagem, a programar o tempo de processamento e montagem dos
componentes de cada projeto nas instalações, dentre outras providências.
Estabelecem-se marcos durante a execução do projeto, tais como a
colocação do 1º bloco na carreira, o lançamento da embarcação no cais e
vários outros.
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A programação das atividades possui abrangência mensal, mas com
janelas quinzenais de mobilização da mão-de-obra. Existem também
medições semanais para a verificação de eventuais desvios e para
respectiva atuação sobre eles.
É realizado um procedimento de simulação das consequência de uma
alteração e de algum desvio de atividade sobre o prazo e os custos do
projeto (análise de sensibilidade) sempre que algum evento não previsto
ocorre ou está prestes a ocorrer.
Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) Há um esforço no planejamento das atividades em função do
gargalo do processo macro, representado pela montagem sobre a
carreira;
b) O planejamento contém marcos de entregas dentro das fases de
construção e montagem das embarcações;
c) A rede de precedência é transformada em programação de
atividades em abrangência mensal;
d) São realizadas medições semanais sobre desempenho da obra;
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e) Há necessidade de um sistema de planejamento integrado para
controle das informações da carteira de projetos;
f) Há necessidade de mecanismos de gestão do conhecimento;
g) Há necessidade de mecanismos de gestão de mudanças.
Proposição de Melhorias
a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos
para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.
b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o
monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais
como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de
satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.
c) Proceder a integração do Planejamento e Controle dos fornecedores
estratégicos ao Planejamento do Empreendimento, com links em
número suficiente que permitam, em tempo real, sinalizar ganhos e
atrasos de prazos de fornecimento e seus impactos no cronograma
geral do empreendimento, para que ações corretivas possam ser
tomadas a tempo.
d) Verificar a possibilidade de incorporação de metodologias bem
sucedidas em outros segmentos, tais como a de manufatura enxuta
ao mercado de óleo e gás.
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e) Desenvolver propostas de introdução de sistemas de gestão de
mudança e gestão do conhecimento no estaleiro, visando aumentar
a retenção do aprendizado e facilitar a adoção de novas técnicas de
produção e gerenciamento.
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
O estaleiro possui um centro de treinamento, utilizando mão-de-obra
local. Há evidências de planejamento do trabalho no canteiro sobre
normas de segurança. Os cartazes instrutivos estão expostos em vários
locais, embora pudessem ser expostos mais visivelmente.
b) Suprimentos
A equipe de suprimentos atua com base num quadro de controle dos
prazos de entrega dos fornecedores, tanto internacionais quanto
nacionais, bem como a definição das datas de algumas operações
logísticas de acordo com o cronograma do projeto.
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c) Riscos
Não há um planejamento e controle sistemático de riscos do projeto,
conforme sugerido pelas boas práticas de organizações, como PMI, IPMA e
CII.
d) Custos
A estruturação dos custos do projeto obedece aos requisitos formais
estabelecidos pelo Fundo de Marinha Mercante, para a obtenção de
financiamento destinado ao empreendimento, sendo organizados em
percentuais de custos da produção, suprimentos, projetos, entre outros,
acrescidos os custos indiretos. A partir disso, a EAP é elaborada,
permitindo a construção da curva S do empreendimento.
Oportunidades de Melhorias
a) Preparar um plano para prover uma integração plena do
planejamento e controle da área de SMS com o restante do
planejamento (custo, prazo, suprimentos, etc.) para os
empreendimentos em execução.
b) Proceder a integração do planejamento e controle dos fornecedores
estratégicos ao planejamento do empreendimento.
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c) Proceder a integração da gestão de riscos ao planejamento geral do
empreendimento.
d) Proceder a introdução de ferramentas de análise de riscos, podendo
ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.
e) Estabelecer procedimentos de controle do custo das “não
conformidades” de SMS.
f) Estabelecer procedimentos de recursos humanos para provimento e
retenção de mão de obra qualificada para as funções-chave no
estaleiro, tanto de pessoal operacional quanto técnico e de
supervisão.
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Estaleiro D
Resultados sumarizados ....................................................... 115
Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 116 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 116 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 126 Proposição de Melhorias ............................................................................ 127
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 127 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 127 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 136 Proposição de Melhorias ............................................................................ 136
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 137 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 137 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 144
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 144 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 144 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 146 Proposição de Melhorias ............................................................................ 146
Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 147 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 147 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 149 Proposição de Melhorias ............................................................................ 150
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 150 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 150 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 153
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 154 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 154 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 155 Proposição de Melhorias ............................................................................ 156
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 157
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 157 Oportunidades de Melhorias ....................................................................... 159
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Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• O estaleiro encontrava-se em obras de implantação de suas
instalações, razão pela qual foram apresentados alguns aspectos
relativos a essas obras, o que, em um aspecto geral, não deverá ser
fator de prejuízos para a análise global;
• A organização está estruturada para o planejamento das atividades
de produção, seja pelo layout industrial, seja pelo suporte dado às
atividades, por meio das aquisições e serviços de suporte;
• Antes de o projeto executivo iniciar, há atividades bem definidas de
planejamento das atividades, contemplando, em todas as etapas, os
riscos decorrentes. Desta maneira, há procedimentos adequados de
manutenção dos itens críticos;
• Foi observado, mesmo nessa fase atual do empreendimento, quando
há atividades de construção em paralelo com atividades industriais,
um foco na cultura de segurança, produtividade, meio ambiente e
saúde do trabalhador, através de painéis informativos e técnicas de
suporte às atividades de produção;
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• Além da automação das tarefas de corte e soldagem, com
participação humana limitada, há automação do processo de
tratamento inicial das chapas, para ganhos de produtividade e
melhor alocação da mão-de-obra do canteiro.
Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro O empreendimento está em fase de conclusão das obras de implantação
do estaleiro, razão pela qual foram percebidas várias atividades inerentes
às obras civis apresentadas no relatório. A configuração final do
empreendimento, em termos de estrutura operacional, é a que está
apresentada na figura 1.
Figura 1 – Futuras instalações do empreendimento.
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O Estaleiro futuramente contará com capacidade de processamento de
160 mil toneladas de aço/ano; 1 milhão e 620 mil metros quadrados de
terreno; área industrial coberta de 130 mil metros quadrados; e um dique
seco com 400 metros de extensão, 73 metros de largura e 12 metros de
profundidade. O dique é servido por dois pórticos Goliaths de 1.500
toneladas/cada, dois guindastes de 50 toneladas/cada e dois de 35
toneladas/cada.
O porte destes equipamentos permite reduzir substancialmente o tempo
de edificação, possibilitando ao Estaleiro equiparar-se aos estaleiros
asiáticos, considerados a vanguarda da construção naval mundial.
Quanto às área de cais, o Estaleiro possui um cais de acabamento com
730 metros de extensão, equipado com dois guindastes de 35 toneladas.
Outros 680 metros de cais são utilizados para a construção e reparo de
plataformas offshore.
Figura 2 – Layout dos galpões industriais do estaleiro
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A figura 2 apresenta o cais de acabamento; em primeiro plano, com os
dois guindastes já mencionados, os pórticos e os galpões industriais;
percebendo-se tratar de um estaleiro bastante compacto quanto às suas
instalações.
O estaleiro apresenta boas condições de limpeza, considerando-se a área
efetivamente utilizada para a produção. No entanto, a área que está em
processo de construção civil não se apresenta nas mesmas condições.
Foto 1 – Interior da área de fabricação e sua condição de limpeza
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Foto 2 – Interior da área de fabricação e, em primeiro plano, caixa de coleta de sucata
metálica
Foto 3 - Vista parcial da área em processo de construção civil.
Próximo aos postos de trabalho foram identificadas diversas caixas de
deposição de refugos. Entretanto, foram encontradas exceções nas
proximidades da área de estoque das chapas metálicas, onde foram
verificados refugos sem destinação específica.
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Foto 4 - Vista parcial de galpão de fabricação.
Foto 5 - Vista parcial da área em construção.
Notou-se, em diferentes locais do site, políticas ambientalmente
responsáveis, como coleta seletiva e economia de energia elétrica através
do aproveitamento da luz natural.
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Foto 6 - Coleta seletiva.
Nas oficinas, há uma delimitação física bem definida entre as vias de
acesso e os postos de trabalho; bem como os estoques intermediários de
peças, já que há um tráfego interno de caminhões e outros veículos de
transporte de carga. Observou-se também, áreas destinadas a inspeção
das sub-montagens.
Figura 7- Área delimitada para inspeção.
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Figura 8- Área de estocagem de materiais entre operações.
Figura 9- Vista parcial do chão de fábrica.
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Foto 10 - Transporte manual de peças.
Figura 11- Vista parcial do chão de fábrica com delimitação de áreas.
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Existem suportes para os cabos de energia dos equipamentos que estão
distribuídos entre os postos de trabalho, permitindo o livre fluxo de
pessoas na área, e o isolamento dessas linhas da exposição a acidentes.
Figura 12- Área do pipe shop.
Os cabos de elevação recebem manutenção periodicamente. Sua
verificação é visível e de fácil compreensão.
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Figura 12- Área de estocagem de cabos de elevação com marcação para verificação.
As estruturas sub-montadas são suportadas por bases metálicas,
facilitando, tanto o deslocamento desses blocos quanto a sua operação de
soldagem.
Figura 13- Montagem de estruturas sobre bases metálicas.
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Figura 14- Montagem de chaparia.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) Destaca-se como política interna do estaleiro, a conservação e
proteção dos recursos de produção, tanto no que diz respeito à
delimitação clara entre as áreas de trabalho, as vias de acesso e os
estoques definitivos e intermediários, quanto no emprego de
técnicas de manutenção de cabos de elevação e de preservação de
cabos de energia por meio de suportes.
b) O estaleiro demonstra preocupação em facilitar a operação de
montagem pela utilização de suportes de sub-sistemas.
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c) Além dos aspectos de operação, nota-se uma preocupação da
organização em relação aos aspectos de SMS, que pode ser
exemplificada pela existência da coleta seletiva.
d) Por outro lado, como o estaleiro ainda não concluiu a construção de
suas instalações, algumas áreas estão servindo como depósitos
provisórios de refugos.
Proposição de Melhorias
Tendo em vista a coexistência de processos de construção e montagem, e
de edificação das instalações num mesmo espaço físico, propõe-se como
sugestão de melhoria, a definição clara das áreas de refugos de obra em
separação das áreas onde a atividade de produção ocorre.
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
Os postos de trabalho atendem razoavelmente os requisitos ergonômicos
para o trabalhador da seguinte forma:
• As peças a serem trabalhadas estão postas sobre mesas, num nível
em que o operário pode trabalhar com boas condições ergonômicas.
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• O forro dos galpões permite a entrada de luz natural, fornecendo
claridade suficiente para as atividades com peças pequenas.
• Os trabalhadores podem guardar seus pertences em escaninhos na
entrada dos galpões.
Figura 15- Analisando os projetos durante a fase de montagem.
Ainda quanto à questão dos postos de trabalho, especialmente relacionado
à ergonomia, percebe-se que em muitos momentos privilegia-se o melhor
posicionamento para a execução das atividades, que pode não ser,
necessariamente, a melhor posição ergonômica. Essa é a razão pela qual
a equipe de SMS tem uma grande preocupação com as questões relativas
à ginásticas laborais, análises dos postos de trabalho, fatores estressores
e outros; tudo com o objetivo de reduzir as lesões por esforços repetitivos
ou as lesões por atividades penosas.
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Figura 16- Operário executando tarefa com postura não adequada.
Os trabalhadores recebem EPI’s e equipamentos necessários para a sua
operação, e são continuamente orientados a esse respeito. Por essa razão
não foram percebidas, ao longo da visita, situações nas quais os
trabalhadores estivessem expostos desnecessariamente. Contribui
bastante para isso o fato de que a organização procura permear sua
cultura de SMS em todos os níveis da mesma.
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Figura 17- Operários executando tarefas, portando equipamentos de proteção
adequados.
Quanto aos requisitos de segurança, o estaleiro incentiva os seus
colaboradores a se prevenirem contra acidentes de trabalho, através da
exposição de quadros que indicam o período de tempo sem acidentes, e
de cartazes com orientações de segurança. Além disso, possui instalações
adequadas para atendimento a sinistros. Na área em construção,
perceberam-se medidas preventivas aos aspectos potencialmente nocivos
ao trabalhador.
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Figura 18- Cartaz com informações sobre segurança do trabalho.
Figura 19- Uso de equipamentos modernos na área de corte e solda de chapas de aço,
através de plasma.
Os postos de trabalho possuem instruções de operações de acordo com a
função daquele local. Para algumas funções, o colaborador tem em mãos
isométricos para auxiliar na execução das tarefas. Além disso, eles podem
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identificar prontamente qual o seu posto de trabalho e em que fase do
projeto a empresa se encontra.
Figura 20- Ajustes de ferramentas automáticas de corte de chapas de aço.
Figura 21- Instruções afixadas no local de trabalho para facilitar execução das tarefas.
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Figura 22- Exemplo de painel de acompanhamento do projeto.
Também usa-se quadros explicativos sobre símbolos convencionalmente
usados nas atividades rotineiras para orientar sobre o procedimento
correto nas operações.
Os agentes de QSMS são destacados por capacetes de cor específica e
apitos de sinalização de comando, estando presentes no transporte de
grandes peças pelas pontes de carga dentro das oficinas.
Existem ventiladores para operações em espaço confinado, bem como
bebedouros disponíveis nas oficinas.
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Figura 23- Ventilador existente em operações em espaços confinados.
Figura 24- Bebedouros existentes nas oficinas.
Os agentes de suporte às atividades operacionais das oficinas ficam
alocados em salas no interior das mesmas, facilitando a coleta e
transmissão de dados relativos ao processo produtivo.
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Figura 25- Escritórios de suporte localizados nas oficinas.
Conforme a etapa de processamento da peça, o trabalhador pode
identificar, por meio de códigos padronizados, qual a operação deve ser
realizada e qual peça ele deve operar.
Figura 26- Exemplo de marcação de código de operação.
Para monitoramento da produtividade, foram identificados painéis
eletrônicos visíveis dentro das oficinas, sobre meta de produção e
produção atual.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) O ambiente de trabalho nas oficinas de processamento e de
montagem oferece luminosidade adequada e infra-estrutura para a
atividade humana; exceto em algumas operações de soldagem em
que o trabalhador deve projetar o corpo para alcançar a junta, a fim
de realizar a soldagem de uma sub-montagem de grandes
dimensões. Os trabalhadores são equipados com EPI’s e dispõem
das ferramentas e máquinas necessárias para o seu trabalho.
b) As medidas de QSMS são verificadas por todo o site; elas são
evidenciadas pelos cartazes de orientação sobre prevenção de
acidentes, quadro de notificação sobre o período sem acidentes,
disposição de recursos contra sinistros, como, por exemplo, a
disposição de luz de emergência, indicação de saídas de emergência
e tubulação de saída de água contra incêndio.
c) A disposição de códigos padronizados, gravados sobre os recursos
de produção, e o arranjo dos quadros expositivos sobre os símbolos
que auxiliam o trabalhador a realizar o procedimento correto, são
fatores favoráveis à qualidade do serviço prestado, no que diz
respeito à padronização do trabalho e à conformidade do produto.
Proposição de Melhorias
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a) As instruções sobre operações específicas, fixadas nos postos de
trabalho, sejam impressas em fonte maior e expostas nos referidos
postos, facilitando as consultas;
b) O mesmo deve ocorrer à exposição dos quadros explicativos sobre
símbolos convencionais nas atividades das oficinas. Esses quadros
podem estar disponíveis numa altura razoável para facilitar a
observação pelos funcionários.
c) Para as atividades de soldagem, em que o trabalhador projeta o seu
corpo para alcançar o local de soldagem de grandes sub-montagens,
recomenda-se um treinamento sobre melhores posturas para essas
atividades ou a redução do tempo de um trabalho como esse;
alternando com outras atividades que permitam uma postura
correta.
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Ao longo do estaleiro foram observadas: empilhadeiras, pontes rolantes
para transporte das chapas e de dutos, caminhões basculantes, ponte
rolante que conduz a chapa em todo o seu processamento até à sub-
montagem, guindastes móveis, guindastes fixos para
carregamento/descarregamento das chapas, e caminhão- aranha para
cargas muito pesadas. Cada tipo de transporte atende a uma necessidade
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de deslocamento de cada tipo de material/componente, obedecendo aos
parâmetros de capacidade da carga, horizonte de deslocamento,
manuseio, entre outros.
Figura 27- Empilhadeira em movimentação.
Figura 28 - Ponte rolante para transporte de chapas.
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Figura 29 - Equipamento de movimentação.
Figura 30 - Guindaste movimentando chapas.
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Figura 31 - Vista parcial de guindastes existentes no Canteiro.
Figura 32 - Vista parcial da estocagem de chapas.
Identificou-se a utilização de uma tecnologia de ponta: o transportador de
estruturas de sub-montagem, que suspende a estrutura e a desloca ao
longo da linha de montagem. Outro equipamento moderno utilizado no
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estaleiro é o estrado de transposição das chapas para soldagem nas duas
faces.
Figura 33 - Vista parcial da área de fabricação.
Para trabalhos em altura, foram observados caminhões de elevação.
Figura 34 - Montagem em altura com utilização de equipamentos especializados.
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No entanto, a maior parte das máquinas encontradas no canteiro era
destinada à construção das instalações.
Figura 35 - Vista geral da construção civil.
Figura 36 - Vista da área de montagem de estruturas.
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Para cargas leves, tais como pequenos spools, peças metálicas, entre
outros, utilizam-se carrinhos de propulsão humana.
Figura 37 – Emprego de equipamentos de grande porte na movimentação de cargas
Figura 38- Transporte de peças em carro de propulsão manual.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
Os tipos de transporte e a quantidade existente parecem atender à
demanda do canteiro, no que tange ao transporte e elevação de chapas,
dutos, pequenas peças, equipamentos e sub-montagens. O investimento
em transportes é confirmado pela identificação de caminhões-aranha, que
possuem elevada capacidade de carregamento.
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O estaleiro possui equipamentos de solda automática e semi-automática,
máquina de corte automática, máquina de soldagem de perfil nos dois
lados (simultaneamente), máquina de encurvamento de chapas, entre
outros. Algumas máquinas não estavam disponíveis para operar, o que
exige intervenção direta da mão-de-obra.
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Figura 39- Montagem de vigas.
Figura 40- Prensa de dobramento de chapas.
É possível observar o emprego da automação nos níveis de tarefa e de
processo, visto que, além das atividades de corte e soldagem, existe
automação no processo de translado das chapas do depósito para o
tratamento especial, passando pela pintura até ser conduzido ao estoque
intermediário dentro das oficinas de processamento. Essas operações
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possuem um tempo programado e processam um elevado volume de
matéria-prima.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) O estaleiro percebeu que, ao automatizar um processo da produção
de baixa complexidade de operação, que é o tratamento inicial das
chapas, haveria uma oportunidade para aumentar a eficiência da
sua produção. Dessa forma, pôde obter ganhos de produtividade e
melhor alocação da mão-de-obra.
b) As máquinas encontradas no canteiro são modernas, elas atendem a
demanda atual do estaleiro, mas requerem profissinais habilitados
para operá-las.
c) Ressalta-se que nem todas as máquinas estavam disponíveis para
operar, o que pode comprometer a produtividade como um todo.
Proposição de Melhorias
a) Recomenda-se a adoção de medidas de manutenção, reparo, ou
treinamento técnico para operações que garantam a utilização
contínua das máquinas automatizadas.
b) Sugere-se estudar a necessidade de utilização de um maior nível de
automação para atividades realizadas tanto em ambientes livres
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como em espaços confinados, através da utilização de robotização
em operações de corte e solda; aumentando-se a produtividade e as
condições de segurança.
Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Destaca-se, como política de preservação dos estoques (estoque primário,
intermediário e final), o fato destes nunca estarem diretamente no chão,
mas sempre apoiados por vigas, cavaletes ou bases metálicas. Os
materiais são acondicionados em boas condições de armazenamento e
dispostos dentro das boas práticas prescritas. As chapas possuem
identificação para o correto processamento e destinação. Há separação
entre itens estocados de acordo com critérios de gênero do produto e grau
de periculosidade. Identificaram-se também tabelas de monitoramento
dos mesmos.
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Figura 41- Identificação de projetos.
Figura 42- Depósito de materiais inflamáveis.
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Figura 43- Controle de estoque de tintas.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
As medidas de estocagem e conservação dos materiais são adequadas e
padronizadas. O itens são facilmente localizados, seja através de locais
específicos de armazenagem e manuseio, seja por meio de códigos de
identificação (tags) da sequência de processamento e do destino que a
peça terá.
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Proposição de Melhorias
a) Avaliar a utilização de tecnologias atuais, como a RFID, para a
identificação dos itens em estoque.
b) Avaliar a utilização de sistemas e equipamentos modernos para
equipar os almoxarifados, através de recursos de tecnologia de
informação, aumentando a produtividade.
c) Realizar treinamento de pessoal, de modo a reforçar a aplicação dos
procedimentos de identificação e de controle e estocagem de
materiais.
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O estaleiro possui uma extensa área para acomodar suas operações e
áreas de estoque. Ele foi projetado de forma a prevenir que o produto das
sub-montagens esteja mais próximo ao dique e ao cais de atracação da
plataforma.
As chapas metálicas chegam de navio e são transportadas por meio de
pontes de carga para um pátio. Depois são conduzidas, através de pontes
rolantes, para um tratamento específico; passando pela pintura até chegar
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à oficina de processamento. Devido ao compartilhamento de recursos
físicos e pela sequência de processamento, as oficinas de chapas planas,
de perfis e de sub-montagem estão posicionadas lado-a-lado.
Figura 44- Descarga de chapas.
Figura 45- Estocagem de chapas.
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Figura 46 - Equipamento para transporte das chapas para pintura.
Figura 47 - Vista geral do equipamento de pintura das chapas.
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Figura 48 - Vista geral do galpão de fabricação.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
A disposição do cais de embarque/desembarque de matéria-prima; o
arranjo das oficinas de processamento das chapas e dutos; e o arranjo da
montagem dos subsistemas, bem como o pátio de depósito, atendem a
um fluxo lógico para a construção de navios e plataformas, com
deslocamento otimizado dos sistemas mais pesados.
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O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
O planejamento e controle dos empreendimentos gerenciados pelo
estaleiro são orientados pelo PMBOK, com suas áreas de gestão e os
conjuntos de processos sugeridos pelo mesmo.
O planejamento é desmembrado até o nível de programação diária e,
assim, controlado diariamente; sendo feita uma compilação semanal e
uma apresentação mensal à diretoria.
Através dos serviços de uma empresa terceirizada, especializada em
tecnologia da informação, a coleta de dados sobre a execução das
atividades no canteiro e o seu controle da qualidade são realizados por
meio de palm tops manuseados pelos inspetores, os quais estão
distribuídos pelo site, e são suportados por um software próprio para esse
fim.
O projeto do arranjo físico do canteiro, ainda em andamento, é de tal
dimensão, que possibilita um planejamento de elevada capacidade de
processamento e agilidade no fluxo dos materiais e componentes em
transformação ao longo do site.
Desde a entrada do material no canteiro, há procedimentos padronizados.
Por meio de formulários, listas de verificação de qualidade, entre outros;
estruturados pelo sistema integrado de gestão do empreendimento, que
emite e controla tais documentos. As etapas de processamento só se
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iniciam a partir da verificação e aprovação dos documentos formais de
inspeção e teste da etapa anterior.
Foi observada uma equipe contratada pelo estaleiro iniciando um
diagnóstico geral do canteiro para identificar oportunidades de aplicação
da produção enxuta; representando uma busca da organização por
melhorias na produtividade da construção e montagem.
Para acompanhamento gerencial do projeto, há reuniões periódicas entre
os principais responsáveis pelos projetos no estaleiro e os Heads do
armador. Assim, nessa reunião, realiza-se um balanço sobre o projeto
com definição de fases atingidas, pendências a serem satisfeitas,
ajustes/correções e metas a serem cumpridas nas próximas fases. Para
comunicação interna, a organização dispõe de uma rede intranet, com
acessos e manipulação de conteúdos limitados.
Ao final do projeto, as informações sobre o empreendimento são
compiladas num DATABOOK, que é entregue ao cliente; além de uma
cópia que fica com a contradada.
Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) A organização estrutura os seus projetos – naval e offshore – com
planejamentos e controles diários; com a exposição de resultados
por meio de relatórios, que podem ser diários, semanais ou
mensais. A coleta e o tratamento de dados são automatizados, o
que agiliza e suporta as atividades com intenso fluxo de informação.
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b) O planejamento é favorecido por um bom projeto de arranjo físico
do estaleiro; estruturando-se por um fluxo lógico de processamento
e de deslocamento, com elevada capacidade;
c) Há procedimentos formalizados e automatizados, para aferição da
qualidade antes de se iniciarem as etapas subseqüentes de
processamento dos materiais e componentes;
d) São realizadas periodicamente reuniões de verificação do
andamento do projeto entre responsáveis diretos do armador e da
contratada;
Proposição de Melhorias
a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos
para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.
b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o
monitoramento e para a melhoria contínua da execução dos projetos,
tais como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de
satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.
c) Proceder à integração do Planejamento e Controle dos fornecedores
estratégicos ao Planejamento do Empreendimento, com links em
número suficiente que permitam, em tempo real, sinalizar ganhos e
atrasos de prazos de fornecimento e seus impactos no cronograma
geral do empreendimento, para que ações corretivas possam ser
tomadas a tempo.
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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
A área de QSMS possui um planejamento próprio, interligado ao
planejamento da produção. Nenhuma etapa da produção é aprovada sem
o atendimento aos requisitos de QSMS. Semanalmente realizam-se
análises de não-conformidade da qualidade e dos índices de desempenho
de soldagem, para posterior medida corretiva ou preventiva.
b) Suprimentos
A organização tem boas práticas de gestão de fornecedores. Existem
métodos, ferramentas e procedimentos que dão suporte a estas práticas.
Nesse estaleiro, o diligenciamento é uma função do suprimentos, no qual
algumas aquisições, de valor significativo e de natureza mais crítica, são
avaliadas por sociedades classificadoras, ainda no chão de fábrica do
fornecedor, conforme prevê o contrato; e outras aquisições, com menor
impacto, são admitidas por meio de certificações exigidas para a venda do
produto.
Existe uma boa interação entre Suprimentos e as demais áreas envolvidas
no empreendimento. No entanto, nem todas as áreas estão
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completamente integradas, requerindo ajustes de processos que
permitam a consolidação dessa integração. Além disso, é necessário
proceder a integração do planejamento e controle dos fornecedores
estratégicos ao planejamento do empreendimento.
c) Riscos
Quando há a formação de um comitê para análise de risco, ele deve ser
designado à elaborar um plano de gerenciamento de riscos, de forma
qualitativa e quantitativa, no início do projeto; e à adotar medidas de
controle ao longo do mesmo, conforme sugerido pelas boas práticas do
PMI.
d) Custos
O controle de custos do projeto é realizado em reuniões regulares, nas
quais são discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, e as
medidas para contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.
O fluxo de caixa é feito em software separado do ERP da empresa, visto
que ele não tem módulo financeiro.
Utilizam-se métricas de desempenho para cada área (engenharia,
construção e montagem, qualidade, etc). Exemplo disso é a “curva S” e o
“método do valor agregado”.
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Foi observado que não existe a medição dos custos causados pelas “não
conformidades” de SMS. Portanto, é interessante que se estabeleça um
procedimento de controle do custo destas “não conformidades”.
Oportunidades de Melhorias
a) Avaliar oportunidades de parcerias com empresas do ramo, para,
assim, obter vantagens estratégicas para negócios de longo prazo.
b) Proceder à integração do planejamento e controle dos fornecedores
estratégicos ao planejamento do empreendimento.
c) Proceder à integração da gestão de riscos ao planejamento geral do
empreendimento.
d) Proceder à introdução de ferramentas de análise de riscos, podendo
ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.
e) Estabelecer procedimentos de controle do custo das “não
conformidades” de SMS.
f) Estabelecer procedimentos de recursos humanos, para provimento e
retenção de mão de obra qualificada para as funções chave no
estaleiro, tanto de pessoal operacional e técnico, como de
supervisão.
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Estaleiro E
Resultados sumarizados ....................................................... 161
Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 163 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 163 A organização dedica-se às atividades de construção offshore, EPCI e construção naval. ..................................................................................................... 163 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 167 Proposição de Melhorias ............................................................................ 168
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 168 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 168 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 172 Proposição de Melhorias ............................................................................ 172
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 173 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 173 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 176 Proposição de Melhorias ............................................................................ 177
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 177 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 177 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 182 Proposição de Melhorias ............................................................................ 182
Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 183 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 183 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 186 Proposição de Melhorias ............................................................................ 186
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 187 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 187 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 192
Proposição de Melhorias ....................................................... 193
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 193 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 193 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 195 Proposição de Melhorias ............................................................................ 196
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 197
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 197
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Oportunidades de Melhorias ....................................................................... 200
Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• A organização entende que o planejamento, principalmente o
sequenciamento das atividades, é de extrema importância para o
sucesso do empreendimento;
• A empresa possui uma forte preocupação com a conscientização de
segurança;
• São utilizados procedimentos, técnicas e rotinas na administração de
materiais que levam a uma boa guarda, preservação e controle dos
estoques no canteiro;
• Foi observada a existência de uma cultura na organização que visa
obter a melhoria contínua comprovada pelas diversas certificações
obtidas, tais como ISO 9001, ISO 14001;
• De uma maneira geral, o gerenciamento do empreendimento é
suportado por um sistema de informações corporativo;
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• Há necessidade de estudar a utilização de técnicas, tais como
modularização e construtibilidade, para o planejamento das
atividades com a participação das áreas de construção e montagem;
• Há necessidade de criar um plano para levar ao estaleiro as
condições de manufatura enxuta, tendo o cuidado de reduzir as
distâncias e intensificar a utilização de gabaritos. Este estudo deve
ter como área prioritária o pipe shop.
• Há necessidade de estudar a utilização de indicadores/métricas para
o monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais
como: nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de
satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes etc..
• Há necessidade de estudar a utilização de um maior nível de
automação para atividades realizadas em espaços confinados,
através da utilização de robotização para operações de corte e
solda, aumentando a produtividade e as condições de segurança.
• Há necessidade de proceder à integração do Planejamento e
Controle dos fornecedores estratégicos ao Planejamento do
Empreendimento.
• Há necessidade de preparar um plano para prover uma integração
plena do planejamento e controle da área de SMS com o restante do
planejamento (custo, prazo, suprimentos, etc.) para os
empreendimentos em execução.
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• Há necessidade de proceder à integração da gestão de riscos ao
planejamento geral do empreendimento.
Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
A organização dedica-se às atividades de construção offshore, EPCI e
construção naval.
O canteiro do estaleiro apresenta boas condições de limpeza e
organização. Foi possível constatar, durante a visita, a existência de
avisos, cartazes e orientações com informações explicativas sobre
cuidados relativos à SMS. A administração do canteiro dedica bastante
atenção aos aspectos de SMS.
Foto 1- Exemplo de cartaz informativo sobre segurança.
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Foto 2- Cartaz alertando sobre utilização de EPIs
Esta atenção é confirmada:
1. Pela utilização de EPIs por parte dos funcionários, rotas de fuga
demarcadas, placas de avisos, e funcionários uniformizados.
2. Pelas certificações obtidas pela organização, tais como: ISO 9001, e
ISO 14001.
3. Pelo relato dos objetivos permanentes da administração em relação
à SMS, citados durante as entrevistas.
Não foram encontrados materiais e refugos espalhados pela linha de
produção.
O estaleiro apresenta em sua localização, ao menos na unidade visitada,
um problema para futuras expansões. Está situado em uma área entre um
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morro e o mar. Para sanar esta questão são utilizadas duas outras áreas,
onde são montados os módulos de plataformas.
De uma maneira geral, os ambientes industriais apresentam boas
condições de iluminação.
Foto 3 - Vista geral do interior de um dos galpões da fabricação, evidenciando-se os
níveis de iluminação local, e a ponte rolante utilizada para o deslocamento no interior da
edificação.
Foi observada a necessidade de disponibilidade de mais sanitários no
canteiro. Com esta providência os deslocamentos dos operários podem ser
evitados.
O estaleiro tem um layout misto. Apresenta aspectos de layout posicional,
no qual quem sofre o processamento fica estacionário, ou seja, os
maquinários, equipamentos, instalações e as pessoas se deslocam para o
local correspondente ao trabalho. E também contém um layout funcional,
em que máquinas e ferramentas são agrupadas de acordo com o tipo
geral de processo de manufatura. Este pode ser visto na área de
preparação de tubulações e na área de pintura.
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Foto 4 - Vista geral da área de corte e da caçamba de recolhimento de resíduos de corte.
Foto 5 - Equipamento de movimentação em operação.
Durante a visita realizada, foi possível perceber que o estaleiro possui um
número adequado de equipamentos de transporte e elevação.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) O estaleiro apresenta um bom grau de maturidade em relação à
conscientização de segurança. Foram observados cartazes exaltando
a importância da organização, limpeza e preservação do ambiente
de trabalho.
b) À semelhança de outros estaleiros visitados anteriormente, foram
observados soldadores trabalhando em condições ergonômicas
impróprias, como, por exemplo, na soldagem de uma peça que se
encontrar a uma altura imprópria para a execução. Ou seja, o
trabalhador se adaptava à disposição da peça a ser trabalhada em
vez de a peça estar numa posição melhor adaptada ao trabalho.
c) Utiliza-se um sistema integrado de gestão do empreendimento
permite uma boa integração entre as diversas áreas do
empreendimento – Planejamento e Controle, Suprimentos,
Engenharia etc. – possibilitando que os problemas sejam detectados
e resolvidos mais rapidamente.
d) O armazenamento de materiais é colocado em locais próximos aos
locais de utilização; existem normas e procedimentos estabelecidos
para o recebimento, para a estocagem e o controle de materiais e
peças. A integração através do software permite a localização e a
entrega do material necessário à fabricação e montagem com a
devida presteza.
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Proposição de Melhorias
a) Efetuar estudos em engenharia industrial, visando uma
otimização nas condições de soldagem, através da utilização de
gabaritos. Com isso a ergonomia será melhorada, e aumentará a
produtividade.
b) Realização de um estudo com o objetivo de verificar as condições
do chão de fábrica em relação ao número de sanitários
disponíveis.
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
Foi observado, durante a visita, que se procura concentrar as atividades,
fazendo com que os deslocamentos sejam minimizados. Existe uma lógica
de montagem com a qual os painéis são montados. Inicialmente, são
adicionadas as vigas de reforço. Depois, são conduzidas para a montagem
dos conjuntos. E, finalmente, transportadas para a área de montagem dos
módulos.
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Foto 6- Vista geral da área de corte de chapas.
As ordens de serviço são geradas pelo sistema técnico da empresa, para a
autorização do início das atividades. Elas ocorrem com o cruzamento das
informações derivadas do planejamento das atividades e das condições de
montagem.
Entretanto, esses documentos estão disponibilizados apenas no nível de
supervisão. Nos postos de trabalho, tais documentos não são utilizados
pelos trabalhadores no momento da execução da atividade, embora os
encarregados repassem as orientações necessárias para todos os seus
subordinados.
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Foto 7 - Exemplo de desenhos utilizados nos postos de trabalho
Existem áreas especializadas na preparação, no jateamento e na pintura
das chapas. Esta área tem um bom nível de automação, com controles
automatizados, bom nível de segurança para os operadores e
deslocamentos facilitados, através de galpões com tetos deslizantes.
É dada grande importância ao planejamento e ao sequenciamento das
atividades, para se evitarem conflitos entre as áreas. Procura-se fazer
com que as atividades transcorram dentro de uma seqüência lógica de
construção e montagem. A programação e o sequenciamento são algumas
das boas práticas analisadas na visita.
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Foto 8 - Vista geral da área de estocagem de chapas.
De uma maneira geral, como já evidenciado no tópico anterior, as
condições de SMS do canteiro são boas. Porém, a ergonomia, em certos
aspectos, deixa a desejar; o trabalhador, muitas vezes, tem que se
posicionar de forma inadequada para realizar as atividades de soldagem.
Embora se reconheça que, quando a solda é feita em pipeshop ou
workshop, as condições ergonômicas são sempre mais favoráveis do que
no próprio canteiro, pois há a aplicação das peças já montadas.
A programação das atividades dos operários é feita pelo SAP-R3, através
da emissão de folhas de controle de atividades.
Na área de pipeshop, foi observado que as técnicas de soldagem utilizadas
são modernas, e elas atingem o objetivo de tornar mais rápida a execução
do processo. No entanto, não há uma utilização intensiva de gabaritos que
facilitem a fabricação dos diversos spools de tubulação.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) O layout do canteiro apresenta uma organização lógica dos
postos de trabalho em torno dos módulos. No entanto, a
localização geográfica do estaleiro dificulta a possibilidade de
expansões futuras.
b) É dada muita importância à programação e à execução das
ordens de fabricação, aliadas à competência dos profissionais
envolvidos nas tarefas de programação e sequenciamento.
Proposição de Melhorias
a) Quando for decidida a localização dos postos de trabalho em torno
dos módulos, procurar aperfeiçoar, sempre que possível esta
localização privilegiando a minimização dos deslocamentos dos
materiais e operários;
b) Realizar estudos que procurem melhorar, dentro das limitações
existentes, as condições ergonômicas de trabalho nos postos de
trabalho dentro dos módulos;
c) Aprimorar a utilização de gabaritos para a soldagem de peças e
tubulações, privilegiando condições de melhor ergonomia e
produtividade.
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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O canteiro apresenta boas condições de transporte e movimentação com
um número adequado de equipamentos de elevação e transporte. Foi
constatada a existência de um número adequado de guindastes, pontes
rolantes, jib cranes, carrinhos pequenos para transporte, dolleys, etc.
A chegada do equipamento deve acontecer na data prevista, de modo a
ser colocado no módulo em tempo hábil, e com o intuito de não haver
movimentações desnecessárias pelo canteiro; ocupando mão-de-obra,
espaço e movimentações desnecessárias. Os cronogramas devem estar
alinhados com as atividades de fabricação, construção e montagem.
Foto 9 - Equipamentos de movimentação utilizados no estaleiro para transporte de
pequenas peças.
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A movimentação de pequenas cargas é realizada através de pequenos
carros manuais exclusivos para isto. Na oficina de fabricação dos spools, a
movimentação é realizada por pontes de carga específicas para tal
operação.
O armazenamento de materiais é localizado próximo aos locais de destino,
procurando reduzir o transporte dos materiais. Ou seja, é dada atenção ao
aumento da produtividade e à minimização dos deslocamentos.
Foto 10 - Vista geral da estocagem de chapas ao ar livre.
Na área de montagem dos módulos, foi verificado que o estaleiro possui
guindastes montados sobre caminhões móveis que tem capacidades de
elevação e deslocamento de lança, suficientes para atender a todas as
necessidades do empreendimento. As operações de transporte e elevação
de peças são conduzidas dentro das condições especificadas pelas boas
práticas preconizadas. As pontes rolantes são dotadas de sirenes que,
quando acionadas, avisam aos operários que há cargas em deslocamento.
Além disso, os operadores das pontes rolantes são treinados para uma
operação segura do equipamento.
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Todos os transportes de cargas possuem sinalizadores para prevenir
acidentes com os operários no canteiro. Da mesma forma, os guindastes,
ao içarem alguma carga, fazem esta operação dentro dos cuidados
necessários, demonstrando a preocupação da administração com SMS, e
evidenciando a preparação adequada dos profissionais especializados
nesta operação.
O transporte das peças pesadas dentro do galpão de fabricação é
realizado através de pontes rolantes, que tem a capacidade de carga
necessária para a boa condução do serviço.
Figura 11 - Ponte rolante em operação.
A operação de chapas e peças de grande porte que necessitem de
jateamento e pintura, é movimentada através de uma linha de montagem
totalmente automatizada. Assim sendo, os deslocamentos de um galpão
para outro são executados de forma a aumentar a produtividade e a
segurança. No entanto, devido a problemas específicos de localização
geográfica, há limitações para a localização da área de jato e pintura.
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Certamente, se houvesse espaço, estas áreas poderiam ser mais bem
localizadas.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) O estaleiro apresenta boas condições de transporte e movimentação
com um número adequado de guindastes móveis, empilhadeiras,
trolleys, etc., facilitando a locomoção de peças, materiais e
equipamentos.
b) O armazenamento de materiais é colocado, prioritariamente,
próximo aos locais de destino, procurando reduzir o transporte dos
materiais.
c) Um ponto forte encontrado no estaleiro foi a existência de grandes
guindastes, com capacidades suficientes para as operações de
movimentação e elevação necessárias para as operações de
montagem dos módulos.
d) Há também procedimentos e métodos para as operações de
transporte e elevação de cargas, contendo as instruções necessárias
sob o ponto de vista de SMS.
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Proposição de Melhorias
a) No estaleiro, não foi constatada a existência de caminhões-aranha
que podem facilitar os deslocamentos de peças pesadas. Esta é uma
prática adotada em estaleiros no exterior.
b) Outra possibilidade de melhoria é a realização de um estudo para
aumentar as possibilidades de transporte de peças no pipe shop.
Estes estudo deverá verificar a possibilidade de dotar a área de
trabalho de equipamentos que agilizem a movimentação e
aumentem a produtividade.
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Em relação a máquinas e ferramentas, foi observado que o estaleiro utiliza
máquinas semi-automáticas para a realização das atividades, gerando
maior produtividade na execução.
Todos os instrumentos e equipamentos utilizados são aferidos, pois devem
apresentar a garantia desta aferição para serem utilizados. São aferidos
por órgãos especializados e, alguns, por padrões internos. Nas
manutenções periódicas são feitos registros no TAG do equipamento. As
atividades de manutenção e reparos se dão através de programação
gerenciada pela Manutenção, elaborada em parceria com o Planejamento
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e Produção; e, também, através de controle mensal de instrumentos,
efetivado pela metrologia e executado através da ferramentaria.
Os principais cuidados que devem ser tomados na movimentação de
cargas e equipamentos dentro do canteiro de obras, envolvem:
sinalização para carga em movimento; alertas e avisos evidentes que não
consintam em ficar sob as cargas.
A cada três meses é feita a reavaliação dos dispositivos de carga, como
estropos e manilhas, identificando-os adequadamente de forma visual.
Para cargas com peso acima de 50 toneladas, ou geometria especial, é
feita APR específica.
Em determinadas situações, dependendo do carregamento, do tempo de
movimentação e das condições climáticas, são avaliadas as condições de
vento, mar, correntes marinhas e eventuais obstáculos ou limitações ao
transporte, e as condições de manobras, como o uso de balsas com
thrusters.
Na liberação prévia das máquinas, equipamentos e ferramentas, antes de
iniciadas as atividades diárias, observam-se os seguintes cuidados: todos
os equipamentos sofrem manutenção periódica, e são inspecionados e
entregues aos funcionários em condições adequadas de uso. Caso haja
problemas, ela é devolvida à ferramentaria, onde pode ser segregada e
enviada para a devida correção ou pode ser sucateada.
Para os equipamentos, existe um check-list obrigatório ao operador, para
analisar se as condições do equipamento são atendidas. No caso das
máquinas de solda, existe uma etiqueta identificando o prazo de validade
daquela manutenção.
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O estaleiro possui um galpão destinado à fabricação de pipe spools, onde
estão concentradas as atividades de fabricação das tubulações. Na
fabricação das tubulações, a utilização de gabaritos de montagem poderia
estar mais intensificada, gerando maiores facilidades para a montagem.
Existe um sistema integrado de controle que dá suporte a um sistema
maior, por exemplo, o software Primavera. Há um tripé entre
Planejamento, Programação e Controle. O software Primavera oferece
condição de gerenciamento das atividades de planejamento, possibilitando
programá-las de modo integrado.
O estaleiro está iniciando uma série de treinamentos para automatizar
ainda mais o processo, incluindo o acompanhamento das programações
efetuadas pelos supervisores mediante palmtop (programa ainda não
implementado). Atualmente, no planejamento das atividades emprega-se
o software de maquete eletrônica (PDS - Plant Design System).
Na verificação da predominância de práticas de engenharia
simultânea/concorrente, da identificação das etapas dos processos em que
estão mais presentes, e do paralelismo entre o planejamento e a
execução das atividades, percebe-se que a informação do projeto pode
ser obtida a qualquer momento. O PDS está ajudando muito neste
sentido, detectando interferências de projeto muito mais facilmente. O
trabalho com maquete eletrônica obriga que as disciplinas interajam entre
si. Os desenhistas projetistas vão desenhando na mesma folha,
sobrepondo os projetos, possibilitando, assim, uma visão geral. Então, na
medida em que se vai desenhando, vão-se observando as interferências.
Esse paralelismo entre as atividades também acontece.
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São integrados em um sistema os processos de Engenharia, Suprimento e
Produção, em nível de gestão. As datas dos materiais, dos equipamentos
instalados e da engenharia são lançadas no sistema de planejamento.
Este arquivo é atualizado semanalmente. Estas atualizações constantes
acontecem devido às quantidades de mudanças do sistema. Todas as
datas são documentadas; por exemplo, se houver um atraso na entrega
do equipamento pelos fornecedores, este fato também é lançado na tabela
ou banco de dados.
Para alterações de procedimento de execução existe uma lista master, na
qual todo executante detém um número que protege os procedimentos
utilizados por ele. Se essa lista for atualizada, esse procedimento é
imediatamente substituído, sempre que esteja na sua ultima emissão, e
disponibilizado na rede. Os técnicos e encarregados têm acesso a esses
procedimentos de trabalho. A partir daí esses procedimentos são
distribuídos aos trabalhadores.
Em alguns elementos identificados, tais como painéis elétricos e
equipamentos, existe um sistema de acompanhamento mediante um
programa de computação. O insumo é etiquetado com informações,
como: data de lubrificação periódica, e indicação quanto à preservação.
Outras preservações também ficam a cargo da produção.
A existência de um software integrador (no caso do estaleiro, o SAP/ R3)
permite a integração adequada de todas as áreas da organização e do
cliente. Foi comentada, durante a visita, a existência de uma base de
dados de planejamento e controle único para Contratado e Contratante
com acesso on-line, alimentado por sistema de código de barra.
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O controle de saída e entrada de materiais é assistido pelo sistema de
gerenciamento. Cada material para ser liberado deve ser primeiro orçado
no SAP/R3, depois, precisa ter confirmada a sua compra e recebimento.
Nesse momento, a peça é cadastrada e são anexadas às documentações
de inspeções, aos certificados de qualidade e aos ensaios realizados. Após
essas providências, cada peça é codificada dentro do SAT. Apenas quando
a atividade estiver na programação diária é que poderá ser retirada pelo
operário no almoxarifado.
As máquinas utilizadas pelo estaleiro para as operações de corte e
soldagem são modernas com boas condições em termos de recursos de
automação. Da mesma forma, as operações de jateamento e pintura são
executadas por equipamentos com um grau de automação suficiente para
apresentar uma boa produtividade.
Foto 12 - Máquina de corte em operação.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) A empresa tem como ponto forte a utilização de um bom sistema de
gerenciamento do empreendimento. Desta forma, torna-se possível
exercer um controle total do empreendimento em relação a prazos,
custos e qualidade; além de permitir uma perfeita integração entre
os diversos setores que participam do empreendimento.
b) Existem planos de manutenção para as máquinas e equipamentos
que se apresentam em boas condições de utilização.
c) Foi verificada a existência de um bom sistema de controle e
rastreamento de materiais, de maneira a otimizar as atividades de
suprimentos e almoxarifados.
Proposição de Melhorias
a) Criação de um plano diretor de automatização para o estaleiro,
permitindo que a boa situação atual em relação à automação e
utilização de sistemas de apoio seja mantida e atualizada.
b) Intensificar a utilização da automação na área de corte e solda,
enfatizando a aplicação das técnicas de manufatura enxuta.
c) Estudar a utilização de um maior nível de automação para
atividades realizadas em espaços confinados, através da
utilização de robotização para operações de corte e solda;
aumentando a produtividade e as condições de segurança.
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Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Observou-se que a estocagem de materiais é uma boa prática realizada
pela organização. Existe um bom controle dos materiais, o que permite a
rastreabilidade.
Foto 13- Vista geral de almoxarifado.
Foto 14 - Conjunto de peças separadas por projeto aguardando inspeção.
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Foto 15 - Chapas estocadas.
O material é preservado e identificado através de etiquetas de
identificação. Os materiais são acondicionados em boas condições de
armazenamento, e dispostos dentro das boas práticas prescritas. Foi
percebido pelos pesquisadores que há procedimentos, técnicas e rotinas
que buscam evitar problemas de perda da qualidade da peça, motivada,
por exemplo, pela oxidação, umidade e corrosão. As peças se encontram
em cima de cavaletes de madeiras, impedindo seu contato com o chão.
Foto 16 - Peças estocadas com identificação.
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O controle de saída e entrada de materiais é feito pelo sistema de
gerenciamento (SAP/R3). Cada material, para ser liberado, deve ser
primeiro orçado, e precisa ter confirmada a sua compra e recebimento.
Após isto, a peça é cadastrada e são anexadas as documentações de
inspeções, certificações de qualidade e ensaios realizados. Com isso, cada
peça é codificada dentro do sistema. Apenas se a atividade estiver na
programação diária é que ela poderá ser retirada pelo operário do
almoxarifado.
Os responsáveis pelos almoxarifados devem seguir a programação
expedida pelo sistema de programação e controle. Portanto, devem estar
em contato constante com a equipe de planejamento e controle,
informando o que foi realizado e mantendo o planejamento e controle
atualizado em relação ao andamento dos materiais.
Existem cartazes explicando as boas práticas de SMS; os materiais
perigosos estão segregados em locais restritos e com cartazes
informativos sobre as condições de manuseio e armazenamento.
Existe um sistema de tagueamento de itens críticos permitindo um
controle mais eficaz dos componentes críticos tais como válvulas.
Existe uma segregação de materiais, peças, conjuntos por projeto. Foi
observado que existem locais próprios para armazenamento dos itens de
cada projeto em execução.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) O estaleiro possui procedimentos, técnicas e rotinas que visam
garantir o controle dos estoques no canteiro, estejam esses
estoques em almoxarifados, cobertos ou ao ar livre.
b) A integração da área de almoxarifados com o planejamento e
controle é de bom nível; os métodos utilizados garantem que os
materiais sejam utilizados dentro da programação prescrita,
minimizando a possibilidade de erros na entrega.
c) Os materiais são segregados por projetos e estão devidamente
identificados.
Proposição de Melhorias
a) Avaliar a utilização de tecnologias atuais, como a RFID para a
identificação dos itens em estoque.
b) Avaliar a utilização de sistemas e equipamentos modernos para
equipar os almoxarifados, através de recursos de tecnologia de
informação, aumentando, assim, a produtividade.
c) Realizar treinamento de pessoal, de modo a reforçar a aplicação dos
procedimentos de identificação e de controle e estocagem de
materiais.
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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
A disposição das oficinas, dos armazéns, da área de docagem, do dique,
da carreira e das áreas de suporte, obedece a uma lógica de
processamento e deslocamento otimizado.
Logo após a entrada do estaleiro, existe um depósito de chapas metálicas
trazidas do fornecedor, via transporte rodoviário ou marítimo. Em ambos
os casos existe acesso rápido pelo fornecedor a esse depósito. Dali as
chapas são transportadas por pontes de carga até a oficina de
jateamento, situadas a frente do depósito. Depois disso, estas são levadas
por pontes rolantes para a oficina de processamento de chapas, ao lado
da oficina de jateamento, onde receberão corte, soldagem,
encurvamento; conforme o caso cujo layout é funcional. Paralelo à oficina
de jateamento há um estoque fechado de peças e materiais, que está tão
próximo da entrada do estaleiro - para descarga de fornecedor – quanto
do depósito aberto de chapas metálicas.
Adiante há uma marcenaria e uma oficina de soldagem de pequenas peças
metálicas, para suprir todas as demandas do estaleiro.
Num local mais isolado das demais áreas, existe um estoque específico,
para produtos inflamáveis ou tóxicos, que se mantém fechado e com
elevado rigor de controle de entrada e saída desses itens.
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Como o estaleiro atende à demanda naval e offshore, há um dique seco
para embarcações pequenas e um cais com capacidade para docagem de
navios de grande porte ou plataformas. O dique e o cais estão próximos
um do outro, de forma que possibilitam o compartilhamento de materiais
básicos (tábuas de madeira, andaimes, cabos, entre outros) do estoque
intermediário que fica disposto entre eles em local aberto.
Foto 17 - Vista geral do dique.
Entre esses locais de montagem, também existe uma oficina de
manutenção, uma ferramentaria central, uma casa de bombas e um paiol
de extintores; todos com o fim de atender às necessidades dos navios e
plataformas no seu entorno.
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Foto 18 - Vista da casa de bombas
Observa-se, inclusive, guindastes fixos, de capacidade e quantidade
limitada em relação à capacidade de montagem do estaleiro, dedicadas ao
dique seco e ao cais.
Foto 19 - Guindastes em operação junto ao cais.
O deslocamento das chapas processadas até as oficinas de montagem dos
módulos não é otimizado, já que é necessário contornar a área do dique e
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do cais para chegar às três oficinas. No entanto, esse distanciamento é
compensado pelo fato de as três oficinas de montagem dos módulos
estarem situadas ao lado da carreira de montagem de embarcações.
Assim, as três oficinas estão dispostas lado a lado e o layout de cada uma
é posicional, ou seja, a mão de obra trabalha em torno do produto. O
deslocamento das sub-montagens dentro das oficinas obedece a uma
sequência progressiva de montagem.
Ao final do primeiro galpão, a sub-montagem é transportada para o
galpão ao lado, por meio de pontes de carga, para a continuidade do
serviço, até que chega ao último galpão, onde uma barreira de alumínio é
suspensa para colocação do módulo sobre a carreira. Do outro lado da
carreira existe uma oficina de pintura fechada e uma aberta. No primeiro
caso, há um teto móvel para colocação dos módulos pintados em cima da
carreira. Ao lado destas oficinas, há uma oficina de tubulações. Como os
spools não são fabricados pelo estaleiro, há acesso, pelo fornecedor, a
essa oficina por via marítima e rodoviária.
Os prédios de suporte à atividade do canteiro estão situados na região
central do estaleiro e o vestiário encontra-se atrás desses prédios; mais
próximos às oficinas de montagem dos módulos e da carreira.
É dada grande importância ao planejamento, principalmente ao
sequenciamento das atividades, para que não existam conflitos entre as
áreas. O planejamento procura fazer com que as atividades ocorram em
uma seqüência lógica de construção e montagem. Foi enfatizado, durante
a visita, que um dos fatores para o bom planejamento e sequenciamento
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das atividades é a existência de um sistema integrado de gerenciamento
do empreendimento.
Os postos de trabalho são organizados em torno dos módulos. No entanto,
foi observado pelos pesquisadores que as distâncias de deslocamento
podem ser melhoradas.
Em geral, as condições de SMS no canteiro são boas, existindo um
número adequado de sinalizações relativas a instruções de SMS. Os
operários usam uniformes e os EPIs necessários para a execução das
diversas tarefas.
As ordens de trabalho, geradas pelo sistema de gerenciamento, contêm os
desenhos técnicos, isométricos e a programação das atividades facilitando
o desempenho das tarefas.
As máquinas estão em bom estado de conservação, identificadas através
de códigos e etiquetas; e possuem instruções de segurança, conservação
e utilização.
Foi observada a existência de procedimentos de movimentação de
material. Há áreas definidas para entrada e saída de caminhões, para
descarga de chapas e outros materiais pesados.
Como já relatado em outro tópico, o estaleiro possui um layout misto.
Apresenta aspectos de layout posicional, mas, também, contém layout
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funcional. Este pode ser visto na área de preparação de tubulações e na
área de pintura.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Um ponto forte observado é a existência de uma linha de produção
de tubulação para atender a todos os projetos no canteiro. Desta
forma, consegue-se reunir todos os recursos necessários para essa
atividade no mesmo lugar. Portanto, é facilitada a gestão desta
atividade em termos de monitoramento e controle.
b) A disposição física do trabalho ajuda a integração das atividades,
diminuindo o deslocamento das equipes dentro dos mesmos,
possibilitando uma maior produtividade no trabalho de montagem e
construção dos módulos.
c) O fato da programação e o sequenciamento das atividades serem
executados através do sistema de gerenciamento do
empreendimento é um ponto forte.
d) No que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização
relacionada à questões de segurança/acidentes, meio ambiente,
saúde e limpeza do local.
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Proposição de Melhorias
a) Criar um plano para levar ao estaleiro as condições de manufatura
enxuta, tendo o cuidado de reduzir as distâncias, intensificar a
utilização de gabaritos. Este estudo deve ter como área prioritária o
pipe shop.
b) Revisão e atualização das condições ergonômicas de alguns postos
de trabalho, procurando revisar as atuais condições existentes. Deve
ser levado em consideração que alguns trabalhos são realizados em
locais confinados e que, nem sempre, esta revisão será possível.
O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
Foi observada a existência de uma cultura que busca a melhoria das
competências em sistemas de gestão de produção, operação e de
projetos. A existência desta cultura é comprovada pelas certificações que
a empresa possui, tais como ISO 9001, ISO 14001, ISO 14100, OHSAS
18001, SA 8000; e diversos prêmios recebidos na área de projetos do
setor de Óleo e Gás.
Conclui-se que o estaleiro está atento para a utilização das boas práticas
ditadas por organizações como o PMI e CII.
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As normas e procedimentos relativos à Organização da Produção utilizados
na obra são as específicas para cada projeto. Os procedimentos são as
constantes no plano da qualidade. Consolidação das Leis trabalhistas;
NR’s; Legislação ambiental; SISLEG; Requisito de QSMS. Há normas,
regulamentos, procedimentos, instruções técnicas e instruções de serviços
para a execução das atividades, de acordo com o determinado nos anexos
contratuais específicos do empreendimento.
No caso de existência de conflitos entre a legislação, normas e demais
documentos utilizadas no empreendimento, o procedimento adotado para
solucionar tais conflitos é o de adotar a legislação mais exigente.
Foto 20 - Cartaz existente com os contatos de emergência.
A organização tem um sistema integrado de gestão, utilizando a
plataforma SAP/R3, que permite a integração total com todas as áreas
envolvidas no empreendimento. O estaleiro utiliza, de maneira extensiva,
o software de planejamento e controle, interligando todas as disciplinas do
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EPC e a fabricação e montagem, a partir de uma base de dados
alimentada e acessada por todos. Desta forma, a produtividade é
maximizada e as informações são disponibilizadas para todos os
envolvidos.
A organização trabalha com EAP estruturada no mesmo nível de detalhe
do cronograma.
O estaleiro trabalha com uma base de dados de planejamento e controle
único para Contratado e Contratante, com acesso on-line e alimentado por
sistema de código de barras.
Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) Foi observada na organização a existência de uma cultura que visa
obter competências em sistemas de gestão, sejam eles de
produção, operação ou projetos.
b) O trabalho do projeto está representado através das principais
entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica do Projeto). No
entanto, as ferramentas de planejamento e controle continuaram a
ser encaradas, por alguns setores da organização do
empreendimento, apenas como obrigação contratual e não como
ferramenta fundamental para o desenvolvimento bem sucedido do
próprio empreendimento.
c) Realização de reuniões periódicas de negociação do planejamento
com as áreas envolvidas para definir as atividades. Desta forma, são
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evitadas interferências entre essas áreas no ambiente de construção
e montagem.
d) Integração existente entre o planejamento e controle da fabricação,
e montagem dos módulos com o planejamento global do
empreendimento.
e) Integração do planejamento e controle dos fornecedores
estratégicos ao planejamento integrado do empreendimento. Além
disso, o planejamento e controle não integram a cadeia de
fornecimento na extensão necessária, isto é, permitindo uma
antecipação em tempo real de ações corretivas nos principais itens
de fornecimento.
Proposição de Melhorias
a) Elaborar um plano de treinamento em gerenciamento de projetos
para todos os gerentes de projetos e demais envolvidos.
b) Aperfeiçoar a utilização de indicadores/métricas para o
monitoramento e melhoria contínua da execução dos projetos, tais
como nível de qualidade do serviço de contratadas, nível de
satisfação do cliente e nível de satisfação das equipes.
c) Proceder a integração do planejamento e controle dos fornecedores
estratégicos ao planejamento do empreendimento, com links em
número suficiente que permitam, em tempo real, sinalizar ganhos e
atrasos de prazos de fornecimento e seus impactos no cronograma
geral do empreendimento, para que ações corretivas possam ser
tomadas a tempo.
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d) Verificar a possibilidade de incorporação de metodologias de
planejamento integrado bem sucedidas em outros segmentos, tais
como a de manufatura enxuta ao mercado de óleo e gás.
e) Desenvolver propostas de treinamento e gestão de mudança para
serem levadas aos setores ainda renitentes à utilização do
planejamento e controle, como ferramenta eficaz de gerenciamento
do empreendimento e não apenas uma obrigação contratual.
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
Na estruturação do plano de Sistema de Gestão Integrada, das normas de
gestão contempladas e dos processos de avaliação, leva-se em
consideração, desde o início, o estabelecimento da Política do
Empreendimento; a partir da elaboração de dois Planos Principais: Plano
da Qualidade e Plano de SMS, associados ao manual do Sistema Integrado
de Gestão - SIG (Corporativo). Baseia-se nas normas NBR ISO 9001/2000
e 14001/2004, além das normas OHSAS. Com o apoio do Corporativo, a
alta direção do empreendimento participa da reunião de análise crítica
semestral e de reuniões periódicas de indicadores de desempenho. A alta
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direção está presente nas reuniões mensais gerenciais de QSMS do
empreendimento, realizadas junto à fiscalização da contratante.
O que observou na visita é que o empreendimento já havia implantado o
seu sistema de gestão anteriormente ao contrato em vigor. Os processos
de contratação, por obra específica, dificultam a perenização e
manutenção das culturas e a contínua evolução dos processos de gestão.
O estabelecimento dos controles de atendimento às normas e
regulamentos legais e contratuais se dá a partir do acompanhamento das
informações geradas pela área de SMS, bem como dos resultados das
análises críticas efetuadas e auditorias realizadas pelo Corporativo e
auditorias externas (semestralmente).
A avaliação dos indicadores de desempenho é feita em reuniões internas.
Consideram-se também os resultados das auditorias da contratante. Por
ano são realizadas 5 auditorias, sendo 2 internas, 2 externas e 1 da
contratante.
b) Suprimentos
A organização tem boas práticas de gestão de fornecedores. Existem
métodos, ferramentas e procedimentos que dão suporte a estas práticas.
Existe uma boa interação entre Suprimentos e as demais áreas envolvidas
no empreendimento. No entanto, é necessário proceder a integração do
planejamento e controle dos fornecedores estratégicos ao planejamento
do empreendimento.
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c) Riscos
Durante a visita e, pelas entrevistas realizadas, não foi possível perceber a
existência de um planejamento e controle sistemático de riscos do
projeto, conforme sugerido pelas boas práticas de organizações como PMI,
IPMA e CII.
Não houve constatação de que a gestão de riscos está integrada ao
planejamento. Será interessante a introdução de ferramentas de análise
de riscos, podendo ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.
d) Custos
O controle de custos é realizado em reuniões regulares, nas quais são
discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, e as medidas
para contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.
Foi observado que inexiste a medição dos custos causados pelas “não
conformidades” de SMS. Portanto, é interessante o Estabelecimento de
um procedimento de controle do custo destas “não conformidades”.
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Oportunidades de Melhorias
a) Preparar um plano para prover uma integração plena do
planejamento e controle da área de SMS com o restante do
planejamento (custo, prazo, suprimentos, etc.), para os
empreendimentos em execução.
b) Proceder à integração do planejamento e controle dos fornecedores
estratégicos ao planejamento do empreendimento.
c) Proceder à integração da gestão de riscos ao planejamento geral do
empreendimento.
d) Proceder à introdução de ferramentas de análise de riscos, podendo
ser utilizadas aquelas preconizadas pelo PMBOK.
e) Estabelecer procedimentos de controle do custo das “não
conformidades” de SMS.
f) Estabelecer procedimentos de recursos humanos, para provimento e
retenção de mão de obra qualificada para as funções chave no
estaleiro, tanto de pessoal operacional e técnico, como de
supervisão.
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Estaleiro F
Resultados sumarizados ....................................................... 202
Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 203 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 203 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 210
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 210 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 210 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 213
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 214 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 214 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 217
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 217 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 217 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 220
Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 220 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 220 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 224
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 224 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 224 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 226
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 228 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 228 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 229
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 230
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 230
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Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• Cultura de SMS amplamente divulgada e praticada;
• Conceitos de organização e limpeza praticados em todos os sites;
• Forte programa de treinamento abrangendo a todos os trabalhadores;
• Responsabilidades claras, objetivas e descritas nos principais
documentos de SMS, abrangendo todos os níveis gerenciais;
• Relações de subordinação muito bem definidas;
• Preservação do núcleo de empregados, mesmo após o término dos
contratos;
• Preservação da gestão do conhecimento, através da WEB, divulgadas a
todos os sites da empresa;
• Emprego de ferramentas baseadas na WEB para a análise,
armazenamento das informações e divulgação das ocorrências;
disponíveis a todos os empregados que possuem acesso à WEB;
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• Participação de programas de benchmarking com outras empresas ou
estaleiros, para a permanente troca de conhecimentos;
• Incorporação dentro dos procedimentos operacionais das questões de
SMS. Além de ser um elemento simplificador do processo, transfere ao
executante dos serviços a responsabilidade pelo cumprimento das
determinações de SMS;
• Utilização maciça de tecnologias de várias partes do mundo, em
atividades terceirizadas ou mão de obra terceirizada;
Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro apresenta boas condições de organização e limpeza. Os postos
de trabalho estão bem posicionados nos galpões de trabalho, que
possuem as dimensões necessárias e suficientes para as características
produtivas ali desenvolvidas. Essas condições fazem parte da cultura da
organização, disseminada continuamente em todos os níveis de trabalho.
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Foto 1 - Vista parcial do canteiro
Os critérios considerados para implantação das edificações, das áreas de
estocagem e produção e das redes dos sistemas auxiliares de produção
(energia elétrica, ar condicionado, ar comprimido, óleo e gás e outras), no
projeto do canteiro de obras, especificamente no site visitado, são
dependentes das limitações físicas existentes. As instalações são as
mesmas dos projetos anteriores e têm atendido às exigências contratuais.
Assim, em função dos espaços físicos, são definidos os critérios de
ocupação dos mesmos. Deve ser considerado, também, que a organização
trabalha com elevados níveis de terceirização entre suas próprias
dependências, em vários lugares do mundo, por razões de níveis de
salários, facilidades em obtenção de insumos, dentre outras. Dessa
maneira, a questão do espaço físico deixa de ser relevante, na medida em
que atenda às demandas existentes.
Na transferência da fabricação e montagem para sites de terceiros, o
estaleiro observou ganhos no cumprimento dos prazos, encurtando o
período de construção, já que as atividades podem ser desenvolvidas em
paralelo. Outro aspecto considerado foi o dos custos, pois se torna mais
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barato fazer os trabalhos nos países do Leste Europeu, em razão dos
menores custos da mão-de-obra e da menor incidência de impostos e
encargos. Em todos os casos e independentemente das razões para a
terceirização das atividades de fabricação e montagem, são oferecidas
garantias contratuais.
O estaleiro prioriza a mínima movimentação possível de cargas em altura.
Dessa forma, são utilizados trolleys, pórticos e pontes rolantes em
detrimento de guindastes. Como o número de guindastes é pequeno e
suas capacidades de carga são limitadas, as movimentações de carga em
altura são dependentes desses quesitos técnicos e de segurança.
Todos os equipamentos empregados são definidos em função dos
caminhos e rotas existentes, dos tipos de trabalhos realizados e das
condições operacionais e de segurança definidas para cada operação.
A definição dos critérios de modularização da fabricação é tomada pelo
próprio estaleiro, em vista das necessidades que foram identificadas ainda
na fase do planejamento das atividades de fabricação e montagem.
Por opção da empresa, as movimentações de carga são limitadas a
pequenas alturas, privilegiando-se as movimentações a pequenas alturas,
através de pórticos e pontes rolantes. Para que isso ocorra, recorre-se a
um elevado nível de pré-montagens. Assim, há um reduzido número de
guindastes em operação no estaleiro.
Os trabalhadores são orientados a manter o local de trabalho sempre
limpo e sem desperdícios. Os resíduos gerados são segregados e
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controlados, sendo que muitos são reciclados. Os profissionais de Meio
Ambiente da equipe de SMS dão o necessário apoio a essas questões.
Esse nível de conscientização já está disseminado pela força de trabalho.
Existe uma preocupação em se aproveitar a luz solar através da utilização
de telhas transparentes. Outro aspecto em relação à iluminação diz
respeito à utilização de refletores flexíveis dentro dos módulos em
construção. Assim, a iluminação é otimizada, nos locais em que a
iluminação solar ou aquela proveniente das lâmpadas localizadas na parte
superior do galpão é deficiente.
Foto 2 - Vista parcial de um dos galpões industriais
A administração do estaleiro apresenta uma forte preocupação com SMS.
Todos os profissionais se apresentam uniformizados e utilizando os EPIs
necessários. Além disto, existem diversos cartazes com informações sobre
SMS, dispostos em locais de fácil visualização.
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Foto 3 - Vista do interior do chão de fábrica
Tanto na foto acima quanto na seguinte, percebe-se o elevado grau de
organização e limpeza dos galpões, com áreas de circulação e de depósito
de materiais demarcados. Verifica-se a presença de exaustores de ar; e as
áreas de circulação utilizadas são facilmente acessíveis.
Foto 4 - Vista parcial do arranjo físico do chão de fábrica
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O arranjo físico contempla um cais de projeto e oficinas junto ao cais. A
localização das oficinas se dá em função das razões de racionalização dos
transportes necessários. Foi observada uma grande quantidade de docas e
cais com capacidade para atender a vários clientes e várias embarcações
simultaneamente. No momento, a dimensão física do canteiro é adequada
ao total de embarcações em processo de reparo ou conversão. E, caso
haja necessidade de se aumentar as áreas, há espaço suficiente para
expansão.
As instalações auxiliares ficam localizadas de modo a não interferir nas
atividades comuns aos vários empreendimentos, visto que, em muitos dos
processos, há um elevado número de atividades de modularização, em
âmbito interno, que se confundem com atividades de pré-montagem.
Essas ocorrem para aumentar os níveis de produtividade do estaleiro.
Afora isso, com esses processos, reduz-se bastante o emprego de
equipamentos de grande porte para elevar as cargas, priorizando-se o
transporte sobre trolleys. Como o número de guindastes é pequeno e suas
capacidades de carga são limitadas, as movimentações de carga em altura
são dependentes desses quesitos técnicos e de segurança.
Os funcionários são continuamente informados a respeito dos conceitos de
"construção enxuta" e "edifício verde". O primeiro conceito é avaliado
como o da gestão do processo de modo mais barato possível, isto é, parte
do processo de melhoria contínua. Quanto aos conceitos de “edifício
verde”, a organização opera dentro dos padrões ambientais estabelecidos
pelas autoridades governamentais. A organização decidiu colocar muita
ênfase no "good housekeeping", que se traduz pelo progresso das obras
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com menos incidentes de HSE. Para a empresa, esses são fatores críticos
para o sucesso e produtividade.
Quanto ao aspecto do acompanhamento das atividades em sites de
terceiros, o estaleiro é representado por equipes locais, que ficam ali para
assegurar que o subcontratado opere segundo as normas de HSE da
organização a qual é subordinado o estaleiro, segundo os padrões de
qualidade e com a utilização dos procedimentos determinados em
contrato.
Um exemplo de inovação tecnológica introduzida no projeto, de modo a
contribuir para o cumprimento dos prazos contratuais, é o novo sistema
para rastrear os materiais empregados na montagem. Através da
etiquetação com código de barra, os materiais são armazenados e
localizados para aplicação imediata. Assim, reduz-se o tempo de procura e
o eventual emprego de material indevido, o que poderia ocorrer com
várias obras simultâneas em um mesmo site. A localização e a
identificação dos materiais são feitas por meio de leitores de código de
barras, que conectados com sistemas de geoposicionamento informam de
imediato a localização das peças. Estão sendo desenvolvidos esforços no
sentido de estender esse processo para os vários sites utilizados.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) Aproveitamento racional do espaço em função do número de
projetos em execução. A empresa denota considerar as condições
de limpeza e arrumação do chão de fábrica como um fator
importante para que sejam mantidas boas condições de trabalho.
Além disto, apresenta um alto grau de maturidade em relação às
condições de SMS.
b) Acurado controle de todas as etapas do processo de produção, com
capacidade de identificar por país qual o estágio de fabricação para
determinado projeto e quais os custos envolvidos.
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
Foi verificado que o lay out do estaleiro apresenta boas condições de
absorção dos postos de trabalho. É feito um planejamento do
aproveitamento do espaço disponível do estaleiro em relação ao projeto,
levando em consideração as limitações de espaço, guindastes etc.
Os critérios considerados para implantação das edificações, das áreas de
estocagem e produção e das redes dos sistemas auxiliares de produção
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(energia elétrica, ar condicionado, ar comprimido, óleo e gás e outras), no
projeto do canteiro de obras, especificamente no site visitado, são
dependentes das limitações físicas existentes. As instalações são as
mesmas dos projetos anteriores e têm atendido às exigências contratuais.
Assim, em função dos espaços físicos, são definidos os critérios de
ocupação dos mesmos.
Todos os equipamentos empregados são definidos em função dos
caminhos e rotas existentes, dos tipos de trabalhos realizados e das
condições operacionais e de segurança definidas para cada operação.
O arranjo geral é posicional. Assim sendo, os insumos convergem para o
local onde se dará a montagem. Os postos de trabalho orbitam em torno
dessa montagem, de modo organizado e disciplinado. Como há um efetivo
controle da produção, por meio de sistemas informatizados de controle, as
atividades se desenvolvem de modo a garantir a continuidade dos
serviços, sem lapsos de tempo, razão pela qual deve existir uma
racionalidade no posicionamento dos postos de trabalho.
Quando são realizadas atividades que necessitem de cuidados especiais
(em função, por exemplo, das características dos materiais e insumos
empregados, dimensões e geometrias das peças, formulação das
substâncias empregadas, equipamentos e ferramentas utilizados), são
elaborados estudos de análise de riscos. Estes estudos contemplam,
inclusive, as eventuais interferências com as demais atividades
desenvolvidas no mesmo site. Essas ações são previstas no planejamento
das atividades.
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Nas entrevistas, conduzidas com a administração do estaleiro, foi
informado que o conceito de operário flexível é utilizado. O grupo possui
outras empresas que são especializadas em atividades como elétrica,
instrumentação etc.. É dada para estas empresas a preferência na
condução destas tarefas. A razão apresentada para esta decisão é a de
que elas possuem maior capacidade e competência na condução de tal
tipo de atividades.
Existe por parte da administração do estaleiro a preocupação em manter a
força de trabalho em nível estável. Desta forma, garante-se a manutenção
da capacidade e competência. Toda mão de obra recém admitida é
submetida a treinamento formal.
Dentro da política desenvolvida pela administração do estaleiro no sentido
de facilitar a execução das tarefas pelos funcionários, existem desenhos
técnicos, isométricos e desenhos em “3D” nos diversos locais de trabalho.
Desta forma, possíveis dúvidas podem ser facilmente resolvidas.
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Foto 5 - Desenho 3D utilizado para facilitar execução de tarefas.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) Otimização dos vários ambientes de fabricação, levando em
consideração fatores como espaço, localização de guindastes
etc..
b) Utilização de padrões de esquemas de fabricação, desenhos 3D,
desenhos técnicos etc., na área de produção, facilitando o
trabalho e a verificação de eventuais desvios.
c) Utilização de treinamento formal para pessoal recém admitido.
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d) Existência de política de permanência da força de trabalho
sempre que possível. Desta forma, consegue-se manter o nível
de aprendizado alcançado ao longo do projeto.
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O site apresenta boas condições de transporte e movimentação. Existe
uma preocupação em se dotar o canteiro de áreas que permitam e
facilitem o deslocamento dos meios de transporte, para movimentação de
cargas.
Foi observada, também, a existência de pequenos carros para transporte
de pequenas cargas, pontes rolantes para transporte de cargas dentro dos
galpões, guindastes para transporte de médias e grandes cargas e
caminhões-aranha para transporte de cargas mais pesadas.
De uma maneira geral, o estaleiro apresenta uma capacidade muito boa
em relação a equipamentos de transporte. Existe um planejamento das
operações complexas de rigging e elevação de cargas. No entanto, não é
utilizado nenhum software especial para tal planejamento. Este
planejamento é feito utilizando-se ferramentas de uso geral como 3D. Foi
observada a existência de procedimentos, listas de verificação para as
operações de elevação de cargas.
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Foto 7 - Ponte rolante para transporte de peças no interior de galpão.
Foto 8 - Caminhão aranha utilizado para transportar cargas pesadas.
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Foto 9 - Vista de montagem executada no estaleiro.
Na foto anterior, tem-se um módulo em final de processo de
complementação, protegido por uma cobertura deslizante sobre trilhos,
que assegura a continuidade dos trabalhos mesmo sob condições
ambientais adversas.
Da mesma maneira que os guindastes fixos ou gruas, as pontes rolantes
existentes no interior dos galpões auxiliam no processo de fabricação, pré-
montagem ou montagem. Suas capacidades de carga estão
dimensionadas em função das atividades. Havendo necessidade, em um
mesmo galpão, podem existir duas pontes rolantes que passam a
movimentar a mesma carga. Normalmente, nos galpões, há apenas uma
ponte rolante. Isso não significa que a ponte é o único meio de
movimentação de cargas.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
O estaleiro apresenta boas condições de transporte e movimentação.
Existe uma boa diversidade dos equipamentos de transporte, atendendo a
todas as necessidades de transporte de cargas dentro das instalações do
estaleiro.
Há um planejamento das operações de elevação de cargas mais
complexas. Além disto, comprovou-se a utilização e existência de
procedimentos para movimentação e elevação de cargas.
Um ponto forte observado é o fato de que, ao término de um projeto, são
avaliados e alterados, se for necessário, os procedimentos utilizados. As
análises das lições apreendidas são repassadas para todos os demais sites
da organização.
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O estaleiro apresenta um bom nível de automação das máquinas e
equipamentos. Existe preocupação da administração para focar em
automação, na área de projeto e na área de fabricação. Na engenharia,
são utilizados recursos de PDMS e PDS, que são recursos de tecnologia de
informações auxiliares. Em relação à automação das máquinas e
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equipamentos, é dada prioridade aos aspectos de SMS, além do aumento
da produtividade. Utilizam-se recursos modernos como, por exemplo:
tecnologia PDA para controle e localização dos pipe spools. Além disto,
utilizam softwares de gestão de projetos.
Foto 10 - Mesa de corte de chapas planas, com máquinas modernas.
Foto 11 – Cobertura de um dos galpões de fabricação, com destaque para as placas
absorvedoras de ruídos, evitando que esses possam ser nocivos à saúde humana.
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A empresa possui estaleiros especializados para atividades específicas e
preparados para esses serviços. Havendo necessidade, é feito o
planejamento das atividades específicas, em que são dimensionados ou
escolhidos os dispositivos mais bem indicados. Há critérios básicos, como
o de as novas máquinas associarem qualidade de desempenho ao
atendimento aos requisitos de segurança.
Os critérios considerados para a definição dos planos de manutenção,
reparos, liberação e identificação das máquinas, equipamentos e
ferramentas, são definidos pelo departamento de manutenção, que é
responsável pelas ações. Para tal, é requerido que sejam repassados a
esse departamento os dados referentes ao cronograma do projeto, o que
será necessário e quando. As ferramentas mais perigosas, que
representem riscos de acidentes, têm uma identificação própria.
Os empregados são orientados a avaliar as condições de segurança de
suas ferramentas, todas as vezes em que forem buscá-las na
ferramentaria. Havendo problemas, esses devem ser relatados de
imediato para a substituição das ferramentas.
Os equipamentos e ferramentas são mantidos em condições de uso
imediato.
As máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial têm
em sua proximidade instruções específicas, ou orientações afixadas no
próprio equipamento. Em princípio, o trabalhador somente poderá operar
o equipamento para o qual foi treinado e capacitado.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) A empresa entende as vantagens da utilização de dispositivos
automatizados na produção, de maneira a aumentar as condições de
SMS, maximizar a produtividade e qualidade. Além disto, estende a
utilização da automação para outras áreas, como engenharia,
gestão de estoques, administração e outras. Desta forma,
aperfeiçoa sua gestão, de maneira a alcançar os benefícios de uma
utilização geral da automação e conseguir um aumento da
produtividade global.
b) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam
mantidos em condições de uso imediato. Além disso, as máquinas e
equipamentos que demandam uma operação especial têm
instruções específicas ou orientações afixadas no próprio
equipamento.
Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O controle de estoques do estaleiro apresenta condições muito boas. A
arrumação e o acondicionamento dos estoques se apresentam dentro das
condições técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de pallets,
não estando armazenados sobre o chão. As pontas de materiais, como
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tubos, estão protegidas com caps de plástico para impedir contaminação.
Dentro dos galpões, existem prateleiras para uma perfeita armazenagem
dos materiais estocados. Esta prática facilita a gestão e controle dos
estoques e aperfeiçoa o aproveitamento dos espaços. Os estoques são
controlados através de sistemas informatizados que proveem a
localização, a entrada e saída de itens. Para a identificação dos itens
estocados, são utilizados tags com códigos de barras, que permitem a
identificação e rastreamento dos mesmos.
Em relação à armazenagem das peças e equipamentos, percebe-se que há
procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda
da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e
corrosão.
Em relação à catalogação dos materiais guardados nos almoxarifados,
observa-se a utilização de boas práticas tais como: regras de codificação
dos itens armazenados, separação por tipo/família, identificação de
prateleiras e identificação por projeto.
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Foto 12 – Cobertura deslizante sobre trilhos empregada na linha de produção para
proteger os trabalhadores e as atividades das condições climáticas adversas.
Foto 13- Identificação de peças através de Tags.
Por intermédio da leitura dos códigos de barra de identificação dos
insumos, como apresentado na foto anterior, consegue-se localizar a real
posição de depósito do material e todos os custos a ele envolvidos, bem
como o momento planejado para a sua aplicação.
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Foto 14- Sistema automatizado de soldagem de chapas.
Para a catalogação e codificação dos materiais nos almoxarifados, existe
um sistema computacional interligado com toda a empresa. Tal sistema
controla não só aspectos físicos, como peso e dimensões, como aspectos
econômicos, como custos de fabricação e o total de homens hora gasto na
fabricação e manuseio, e aspectos logísticos, como a localização da área
de estocagem. Através desse sistema, consegue-se identificar o local de
armazenagem de imediato. O sistema é continuamente alimentado de
informações que podem ser acessadas em todos os sites da empresa.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) De uma forma geral, percebe-se que há procedimentos, técnicas e
rotinas que visam garantir o controle dos estoques no canteiro. Há
um número adequado de equipamentos de transporte e elevação,
conforme as necessidades atuais do estaleiro.
b) O estaleiro utiliza as boas práticas em relação à guarda,
identificação, movimentação e gestão dos estoques. Além disto,
existe a preocupação de utilizar os recursos de tecnologia de
informação, necessários para a boa prestação dos serviços.
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
A construção segue um sequenciamento lógico, que busca o
aprimoramento das atuais instalações do estaleiro. A busca da
racionalidade dos trabalhos executados no estaleiro é aperfeiçoada
através de reuniões de planejamento. Nestas reuniões, foca-se no
planejamento das operações, de modo a se obter o melhor roteiro,
considerando-se aspectos tais como: SMS, plena utilização do espaço,
disponibilidade de equipamentos de transporte e elevação, entre outros. O
projeto procura utilizar o conceito de modularização, facilitando, desta
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forma, o trabalho e procurando uma disposição física que ajuda a
integração das atividades, diminuindo o deslocamento das equipes.
As instalações industriais proporcionam proteção para os colaboradores,
apresentando boas condições de limpeza, iluminação e segurança. São
apresentadas, ainda, boas condições de utilização dos equipamentos de
transporte, diminuindo as distâncias percorridas e os tempos
improdutivos. Desta forma, consegue-se melhorar bastante as condições
de produção.
Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização
relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e
limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso permanente de
equipamentos de proteção individual.
Existem áreas de coleta seletiva de material nos galpões, porém não foi
verificado se o procedimento de separação de materiais estava sendo
realizado.
É importante ressaltar que as preocupações com SMS são iniciadas na
fase de engenharia. Nesta fase são utilizadas técnicas como HAZOP,
FMEA, dentre outras. Estas preocupações também se estendem aos
fornecedores e subcontratados, que recebem as especificações de
segurança que devem ser seguidas.
Observou-se a existência de procedimentos de movimentação de material,
havendo uma preocupação com o estabelecimento de áreas, para o
deslocamento dos equipamentos de elevação e transporte de cargas.
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Existe uma preocupação em se planejar a programação e o
sequenciamento das atividades, que são apresentados aos operários.
Existem quadros impressos, com desenhos/instruções de execução e
inspeção dos trabalhos técnicos da produção, com ótima qualidade de
impressão, facilitando o entendimento e execução das tarefas.
Como já observado, o estaleiro tem uma boa utilização das condições de
automação das diversas atividades que constituem o empreendimento. E,
assim, consegue-se um aumento da produtividade geral.
Foto 15 - Workshop de corte automático de chapas metálicas.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Existência de procedimentos de movimentação de material, com
áreas definidas para descarga de chapas e outros materiais pesados,
além do amplo uso de equipamentos de elevação e transporte de
cargas.
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b) Elevada produtividade na utilização dos modais, obtida através de
um planejamento adequado.
c) Cultura da organização com foco no planejamento. O modelo de
planejamento e controle adotado atende a todas as atividades e
contempla todas as disciplinas envolvidas. Esse planejamento é
continuamente analisado, com discussões diárias ou semanais em
vários níveis gerenciais; os resultados são repassados a intervalos
semanais. Um ponto forte são as reuniões de planejamento das
operações, visando o seu aperfeiçoamento. A apresentação
frequente do resultado destas reuniões também é uma boa prática
utilizada na produção.
d) Existência de quadros com desenhos 3D, permite um melhor
entendimento e esclarecimento de dúvidas por parte dos
empregados.
e) Ampla sinalização relacionada a questões de segurança/acidentes,
meio ambiente, saúde e limpeza do local.
f) Utilização bem sucedida de controles de fabricação e montagem,
além daqueles repassados para as subcontratadas. Este controle é
feito através de sistema gerencial da própria empresa. Os relatórios
gerenciais são gerados pelo próprio sistema e divulgados conforme
programação, sendo realizadas análises periódicas dos desvios
ocorridos.
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O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
O empreendimento é definido em suas diferentes fases, contendo a
descrição das principais atividades; e divide-se em fase estratégica e fase
de execução. Todas as fases do projeto têm listas de verificação. Foi
observado que são utilizados, intensamente, recursos de tecnologia da
informação no desenvolvimento do projeto.
Há uma forte preocupação, por parte dos gestores, com a redução de
custos no projeto. E, para isto, são utilizados conceitos como:
modularização, especialização, utilização de centros de engenharia de
menor custo, utilização de subcontratados para execução das partes que
vão constituir os módulos, utilização de empresas especializadas em
operações como pintura, isolamento, dentre outras. Em virtude desta
divisão das atividades do empreendimento por vários fornecedores e
subcontratados, existe uma grande necessidade de planejamento e
controle. Portanto, a utilização de recursos adequados de tecnologia da
informação é essencial.
Existe, claramente, uma cultura que visa desenvolver competências em
sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.
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São feitas reuniões de avaliação dos procedimentos utilizados nos
empreendimentos anteriores, para que sejam obtidos conhecimentos
através das lições aprendidas nesses empreendimentos precedentes.
Os gestores do estaleiro dão ênfase ao treinamento dos recursos humanos
técnicos internos. Além disto, há uma preocupação constante em relação
ao entendimento dos subcontratados e fornecedores em relação às
normas de SMS.
Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) Um ponto positivo é a existência de um sistema de gerenciamento
de empreendimento customizado, no qual é descrito como o
empreendimento é executado, quais os entregáveis, quais os pontos
de verificação e outros.
b) Há uma forte preocupação com a redução de custos sem descuidar
da qualidade, segurança e cumprimento de prazos. Para que esta
redução ocorra, diversas técnicas já descritas anteriormente são
utilizadas.
c) Observou-se, também, a existência de foco na manutenção das
melhores práticas utilizadas durante o empreendimento.
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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
Observou-se a existência de uma integração plena do planejamento e
controle da área de SMS com o restante do planejamento (custo, prazo,
suprimentos, etc.), para os empreendimentos em execução.
A estruturação do Sistema de Gestão do empreendimento, abrangendo
normas de SMS, ocorre com a integração dessas e o seu efetivo emprego
em todos os sites do empreendimento, com o cumprimento obrigatório
por toda a estrutura operacional da empresa e pelas empresas
subcontratadas.
A gestão do processo se dá através do sistema desenvolvido pela
organização, com módulos relativos à execução e à gestão dos projetos. O
módulo de acompanhamento de projetos contém os elementos de
engenharia de produção, SMS, inclusive de sites distintos, e outros. O
módulo de gestão apresenta os controles, check-lists e procedimentos.
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Foto 16 – Sistema de controle da liberação de montagem dos andaimes.
Para o controle de atendimento às normas e ou regulamentos legais e
contratuais, são empregadas sistemáticas distintas. No contrato do
cliente, há exigências que devem ser cumpridas pelas contratadas.
Ocorrendo um acidente, todos os responsáveis e envolvidos são
convocados para a análise e explicação das causas e conseqüências,
dando divulgação dessas a todos os empregados. Uma das formas de
divulgação se dá através da inserção das informações na WEB. Como a
organização possui vários sites em vários países do mundo, esse tipo de
divulgação se mostra bastante eficiente, pois as informações fluem quase
de forma instantânea, possibilitando a adoção de atitudes preventivas
mais precocemente.
As empresas subcontratadas devem ser avaliadas através de check-lists
específicos, verificando, dentre outras coisas: como lidam com as
questões de SMS. Quanto a isso, o estaleiro, antes de qualquer
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subcontratação, verifica o perfil e as qualificações da empresa,
principalmente quanto às questões relacionadas a SMS, inclusive
realizando auditorias periódicas antes de oferecer um contrato definitivo.
Após a contratação, são estabelecidas auditorias regulares. Comumente, a
maioria dos procedimentos, quando pertinentes, contém lista dos
requisitos legais a serem atendidos ao longo do contrato.
Os padrões adicionais adotados pelo empreendimento, além daqueles
considerados universais, são: Certificado de acordo com o Mark Assmann
14001, OHSAS 18001, normas específicas para o estaleiro e normas
internas do estaleiro e avaliações anuais, que são comparadas a outras
empresas dentro da organização.
Uma vez por mês, são realizadas palestras com maior duração e KPIs
estabelecidos para a gestão de SMS, no qual pode ser avaliada a
“qualidade” das inspeções realizadas pelas equipes, pontuadas de 1 (ruim)
a 5 (perfeito).
Cada vez que um projeto é concluído, são avaliados e alterados, quando
necessário, os procedimentos de SMS, havendo uma avaliação dos
procedimentos que estão na organização e do que foi feito com os eles
durante o projeto; ou seja, incorporam-se aos procedimentos todas as
alterações realizadas. Para isso, existe um controle do que foi redigido e
do que foi aplicado, muitas vezes em função das características das
operações.
Para o estaleiro, a estruturação das atividades de SMS na fase do projeto
básico possibilita uma integração de forma controlada. A equipe do
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projeto deve compreender as decisões-chaves relacionadas às atividades
de SMS em cada fase do processo, para tomar as ações necessárias para
uma execução segura, com medidas de controle adequadas. A
responsabilidade de execução / cumprimento dos requisitos de SMS no
projeto recai sobre toda a estrutura organizacional. Normalmente, no
empreendimento, há pessoas dedicadas às atividades de SMS, com papéis
e responsabilidades específicas. Em particular, o Gerente de SMS é
responsável pela identificação e documentação dos requisitos de SMS no
projeto, além da execução das análises de SMS e estudos como o QRA, a
fim de assegurar que as premissas básicas de SMS sejam adequadamente
atendidas em todas as atividades. O Gerente de SMS também é
responsável pela análise e auditoria dos processos.
O planejamento das ações de SMS é estabelecido desde a concepção do
projeto básico, sendo que os membros da equipe e os demais empregados
do estaleiro tomam conhecimento durante os programas de treinamento,
encontros técnicos, orientações verbais e por meio da divulgação dos
quadros de aviso e mídia eletrônica. Durante o horário do almoço, são
repassadas orientações básicas de SMS, através dos aparelhos de
televisão nos refeitórios.
b) Suprimentos
Existe uma boa integração entre a equipe de suprimentos com as demais
equipes do site, principalmente com a equipe de planejamento e controle.
Esta é a responsável por obter e analisar todas as informações relativas
ao projeto. Havendo eventuais atrasos ou outros problemas em relação a
suprimentos, são promovidas reuniões específicas com os responsáveis
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pelas áreas, reuniões semanais com todos os gerentes do projeto e
quinzenais com os gerentes dos empreendimentos.
As atividades de compra de materiais e insumos são deresponsabilidade
da organização, sendo o cliente consultado sobre alguns aspectos que
possam vir a gerar algum tipo de impacto, seja nos preços, nos prazos ou
eficiência. Assim, a organização é responsável por todo o processo de
compra, sendo que o cliente é consultado para decidir quais os
fornecedores que a organização deve buscar dentre aqueles previamente
selecionados – cadastrados em função de uma série de quesitos (prazos,
custos, qualidade, confiabilidade, suporte técnico, entre outros.).
Quanto aos aspectos de sustentabilidade organizacional e social, o
contratante dos serviços não define nenhum tipo de exigência para a
organização, o que não impede que essa venha a se engajar em
campanhas locais, através do patrocínio ou doação de bens.
Há um acordo com a Federação Internacional dos Metalúrgicospara
assegurar a todos condições dignas de trabalho; e há o reconhecimento
de uniões em que a organização esteja operando.
O funcionamento dos controles de fabricação e montagem dos contratos
do estaleiro e aqueles repassados a subcontratadas se dá através de
sistema gerencial da própria empresa. Os relatórios gerenciais são
gerados pelo próprio sistema e divulgados de acordo com as
necessidades.
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Existem análises periódicas dos desvios que ocorrem no projeto e que são
identificados pelo sistema de controle. O sistema de controle abrange
todas as áreas e setores.
Os desvios são identificados a partir do que foi planejado, mas não foi
alcançado. A partir daí são estabelecidas as ações necessárias para a
correção dos mesmos. A cada seis meses é feita a atualização da linha de
base das informações. A análise dos riscos é parte do processo inicial.
Os processos de engenharia, fornecimento e produção são integrados em
nível de sistema de gestão através do sistema desenvolvido pela
organização. Através desse modelo, os gerentes têm definidas suas
responsabilidades. O acompanhamento se dá com a análise dos “marcos”
do projeto, por meio da qual se verifica em que estágio se encontra o
projeto e se avaliam as ações necessárias para se retornar ao cronograma
original. Através do sistema, têm-se condições de avaliar o desempenho
de diferentes disciplinas - pois todas são integradas - e os lançamentos de
dados consolidados. Periodicamente, são promovidas reuniões com o staff
a fim de que esses possam tomar conhecimento dos avanços e das
providências necessárias.
c) Custos
O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são
discutidos eventuais desvios de custos e são definidas as medidas para
correções no projeto.
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Há uma forte preocupação com a redução de custos do empreendimento
desde seu início, utilizando as técnicas já descritas, sem prejuízo da
qualidade dos entregáveis.
Os fatores que mais influenciam o emprego de pessoas terceirizadas nas
atividades de fabricação e montagem, bem como de projetos, são fruto da
própria experiência do grupo e das características dos projetos
desenvolvidos. Os subempreiteiros têm suas próprias equipes. Lança-se
mão dessas contratações, muitas vezes temporárias, quando há
possibilidade de os prazos contratuais não virem a ser cumpridos, por
razões que não dependam do estaleiro, ou por este não ter gente
suficiente para a conclusão das tarefas nos prazos requeridos.
O estaleiro atua mais na montagem dos produtos. Assim, grande parte de
seus componentes são contratados de terceiros, que possuem suas
próprias equipes, sendo supervisionados pela empresa.
Não há uma única empresa para o fornecimento de tecnologia ou soluções
técnicas, como o desenvolvimento de softwares e outros. Assim, há
empresas contratadas para essas atividades, escolhidas dentre aquelas
que possuam maiores especializações e de acordo com as necessidades de
projeto.
Há limitações para o programa de subcontratações ou para aumento do
quadro de empregados próprios, que são definidas no início do projeto.
Havendo necessidade de se aumentar o quadro de pessoal, esse aumento
acontece por intermédio de subcontratações, no lugar do aumento do
quadro fixo ou próprio.
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Os inspetores do estaleiro verificam e avaliam continuamente a gestão da
qualidade do processo de produção, intervindo antes que os problemas
possam por em risco o processo de fabricação.
São desenvolvidos e aplicados relatórios de avaliação dos níveis de
produtividade, em que se definem um padrão de produtividade ou metas
por serviço, além das normas específicas. Nesses critérios, avaliam-se
várias questões, como o tempo que determinada operação deve levar
para ser concluída.
Assim, verifica-se o atendimento a essas determinações semanalmente,
atribuindo-se índices, que, somados, compõem os indicadores de
produtividade.
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Estaleiro G
Resultados sumarizados ....................................................... 239
Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 241 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 241 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 254
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 254 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 254 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 257
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 258 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 258 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 261
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 262 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 262 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 266
Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 267 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 267 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 268
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 269 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 269 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 272
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 273 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 273 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 275
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 276
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 276
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Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• Grande nível de aculturamento em SMS, permeado em todos os
níveis da Organização; explicitado não só por cartazes, como
também banners, folders, programas de integração, dentre outros;
• Existência de procedimentos, técnicas, rotinas e programas
informatizados, que visam assegurar um eficiente controle de
entrada e saída de materiais e aplicação de insumos;
• Existência de uma cultura que visa obter o incremento das
competências em sistemas de gestão, que podem ser de produção,
operação ou de projetos; através de divulgação de boas técnicas,
programas de intercâmbio entre profissionais, adoção de boas
técnicas empreendidas em outros sites, preservação de
conhecimento, gerenciamento de desempenhos, dentre outros;
• Utilização intensiva da tecnologia da informação, como instrumento
de planejamento e controle, e integração entre as diversas áreas da
empresa;
• Conceitos de organização e limpeza praticados em todos os sites;
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• Intenso programa de treinamento abrangendo a todos os
trabalhadores;
• Responsabilidades claras, objetivas e descritas nos principais
documentos de SMS, abrangendo todos os níveis gerenciais;
• Relações de subordinação muito bem definidas;
• Estrutura de pessoal com prática e estabilidade na organização,
principalmente face ao fato da grande carteira de serviços da
mesma;
• Preservação da gestão do conhecimento, através da WEB,
divulgadas para todos os sites da empresa;
• Emprego de ferramentas baseadas na WEB para a análise, o
armazenamento das informações e a divulgação das ocorrências a
todos os empregados que possuem acesso à WEB;
• Participação de programas de benchmarking com outras empresas
ou estaleiros, para a permanente troca de conhecimentos.
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Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro Quando se analisa a questão da dimensão física do estaleiro juntamente
com a questão da disponibilidade das máquinas, equipamentos,
instalações e sistemas, sob a forma de arranjo físico, é possível verificar
que o estaleiro foi construído seguindo um esquema em que as
instalações auxiliares ficam ao redor do cais.
O arranjo físico contempla um cais de projeto e oficinas junto ao cais, de
maneira a racionalizar os transportes necessários. Percebe-se uma grande
quantidade de docas e cais que têm capacidade para atender a vários
clientes e a várias embarcações simultaneamente.
Foto 1 - Vista parcial do estaleiro com embarcações e plataformas em reparos,
conversões ou construção.
Atualmente, a dimensão física do canteiro influencia no total de
embarcações que estão em processo de reparo ou conversão. Entretanto,
havendo necessidade de aumento de espaço para novos projetos, um
novo arranjo pode ser considerado.
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O layout do principal estaleiro do grupo possui a seguinte distribuição de
edificações, equipamentos, cais e docas:
Figura1: layout do canteiro
Nessa distribuição há um cais principal capaz de receber embarcações de
400.000dwt, com dimensões de 380m x 80m x 13m; área de galpões de
fabricação com 42.500m2; e área aberta de produção com
aproximadamente 15.000m2. A organização possui três outros locais de
fabricação e reparos de embarcações no país visitado; e estaleiros em
outros locais do mundo.
O estaleiro analisado possui 430.000m2 e três docas secas para
embarcações com dimensões de: 350m x 66m; 355m x 60m e 301m x
52m.
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Outro site da empresa possui 350.000m2 de área e duas docas secas com
capacidades para receber navios com as dimensões de: 350m x 60m e
300m x 60m.
Existe, ainda, mais um site com uma área de 140.000m2 e um cais com
capacidade para receber navios com mais de 150m de comprimento.
Nesse estaleiro há três docas flutuantes com capacidades de 14.000ton,
5.000ton e 7.500ton.
Foto 2- Vista parcial de um dos galpões de fabricação, com equipamento de transporte
de cargas sobre pneus.
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Foto 3 - Vista parcial do canteiro, vendo-se em primeiro plano o estoque de granalha de
aço para o jateamento e limpeza de chapas.
As instalações auxiliares são localizadas de modo a não interferir nas
atividades comuns aos vários empreendimentos. Isto decorre do fato de
que em muitos processos utiliza-se a técnica de modularização.
Assim, aumentam-se os níveis de produtividade do estaleiro. A utilização
dessa técnica reduz bastante o emprego de equipamentos de grande porte
para elevação de cargas; priorizando-se o transporte sobre trolleys ou
outros dispositivos de transporte de baixa altura. Nessas condições, quase
sempre os transportes são realizados com conjuntos ou com partes pré-
montadas, o que torna mais ágil o processo de montagem.
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Foto 4 - Arranjo fisco do canteiro.
Foto 5 - Vista geral de montagem de equipamento com utilização de equipamentos de
elevação.
A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos; em
especial, em função da redução de prazos e custos e da facilidade de
fabricação. Nestes casos, muitas vezes as obras são terceirizadas, pois
visam à redução de custos de materiais e de mão-de-obra. Quando a
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modularização ocorre no próprio estaleiro, algumas das razões são a
facilidade de montagem e o emprego de equipamentos de movimentação
de cargas de menor porte. Quando se está trabalhando com estruturas
elevadas e esta é modularizada, reduzem-se os riscos de trabalhos em
altura, já que estes passam a ser necessários somente na interligação dos
módulos ou quando os serviços são completados.
Foto 6 - Exemplo de modularização de estruturas.
Os processos de modularização podem ocorrer com estruturas como a
apresentada na foto anterior, na qual aparecem estruturas e
equipamentos de maior porte. Isso depende das necessidades
operacionais e de cronogramas de montagem; da disponibilidade de
espaços físicos e de equipamentos de transporte; das definições dadas
pelos clientes; e do envolvimento de terceiros no processo de fabricação e
montagem. Como a organização possui vários estaleiros localizados em
países distintos e, até mesmo, vários empreendimentos em um mesmo
país, pode-se utilizar a mão-de-obra que está temporariamente ociosa em
um estaleiro ou aquela que tem melhores condições de executar
determinadas estruturas para a produção de partes das embarcações.
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Foto 7 - Vista parcial de montagem de equipamento.
O estaleiro pode utilizar a terceirização por várias razões; por serviços
eventuais ou pontuais, por exemplo. Também é possível terceirizar
serviços que representem maiores riscos ou maiores custos, como
serviços que demandem uma mão-de-obra muito especializada.
Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de
reparo, construção ou conversão de embarcações, os projetos são
avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e das docas que
poderão ser utilizadas. Nos processos de conversão há cargas que
precisam ser removidas, tais como equipamentos, partes do casco e
outras, e há também cargas que precisam ser inseridas. Nesses casos, há
necessidade de áreas não só para a movimentação das cargas como
também para o armazenamento temporário, razão pela qual o processo
de movimentação ganha importância destacada. Além disso, para a
movimentação de cargas pesadas ou com geometrias especiais, torna-se
necessária a disponibilização de espaços e caminhos que podem não estar
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disponíveis, especialmente quando a carteira de serviços do estaleiro
encontra-se com grande volume de clientes. Portanto, os estudos de
modularização e de movimentação de cargas passa a ser relevante; assim
como a disponibilidade dos insumos deve estar o mais próximo possível
dos locais de suas aplicações.
Foto 8 - Exemplo de área para movimentação de cargas.
A área mostrada na foto acima se encontra à beira do cais, com grande
fluxo de pessoal e veículos. Os equipamentos de guindar, neste caso,
estão sobre trilhos. Como a capacidade é menor, são realizadas nesses
casos movimentações de cargas de menor peso, deixando as cargas
maiores para serem movimentadas nas docas secas.
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Foto 9 - Vista geral da área de montagem.
Para as cargas mais leves são utilizadas empilhadeiras de várias
capacidades ou guindastes sobre pneus.
Foi observado que os equipamentos são fornecidos aos trabalhadores de
acordo com as características das atividades que irão desempenhar.
Foto 10 – Uma das muitas plantas de situação do estaleiro, distribuídas para orientação
aos trabalhadores.
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Os equipamentos são mantidos conservados e inspecionados nos
almoxarifados, que estão situados em vários locais.
Foto 11 – Um dos inúmeros locais de armazenamento de materiais, bombas, a serem
aplicados nas embarcações.
Os equipamentos de transporte de maior porte são operados por
trabalhadores qualificados e com as atividades controladas. Esse controle
passa, inclusive, por avaliações das sociedades classificadoras, em se
tratando de cargas elevadas ou com geometrias especiais. Quanto aos
demais equipamentos, portáteis ou não, há todo um programa de
treinamento e de manutenção em vigor.
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Foto 12 – Trabalhador limpando sua área de trabalho ao final do expediente.
Os trabalhadores são orientados para manter o local de trabalho sempre
limpo e sem desperdícios.
Foto 13 - Via de transporte no canteiro.
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O estaleiro divulga continuamente informações referentes às boas
práticas, aos cuidados especiais quanto a questões de SMS e às
orientações sobre serviços; divulgando aos seus empregados as
orientações específicas, seja através de banners, de instruções
posicionadas nos próprios equipamentos, de instruções específicas e, além
disso, através de orientações e treinamentos ministrados continuamente.
Foto 14 - Cartaz alertando sobre condições inseguras.
Afora isso, há tabelas e quadros voltados para atividades específicas, tais
como: angulação de chanfros, soldas, pinturas e outros.
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Foto 15 - Tabelas existentes com informações sobre soldagem.
Nas máquinas especiais há adesivos com informações sobre a operação
das máquinas e cuidados sobre SMS.
Foto 16 - Equipamento com adesivo com informações sobre condições de operação da
máquina.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) A empresa considera as condições de limpeza e arrumação do chão
de fábrica como um fator importante para que sejam mantidas boas
condições de trabalho. Além disso, apresenta um alto grau de
maturidade em relação às condições de SMS.
b) Existe conhecimento sobre as vantagens da utilização da
modularização para se obter ganhos de produtividade e de eficácia
na utilização dos equipamentos de grande porte para elevação de
cargas.
c) É dada grande atenção ao estado dos equipamentos fornecidos aos
trabalhadores, de acordo com as características das atividades que
desempenharão. Além disso, existe a preocupação de manter
cartazes no chão de fábrica, com informações sobre serviços;
quando estes são especiais e requerem contínuo fornecimento de
dados.
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
Sendo o arranjo geral do estaleiro posicional, os insumos convergem para
o local onde se dará a montagem. Os postos de trabalho estão
posicionados em torno dessa montagem organizadamente. Como há um
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efetivo controle da produção, por meio de sistemas informatizados de
controle, as atividades se desenvolvem continuamente.
As atividades de fabricação e montagem de estruturas metálicas de
grande porte, como navios e módulos, não possibilitam que sejam
priorizadas as questões ergonômicas, não só pelas grandes dimensões
desses empreendimentos como também pelas naturais dificuldades de
conexões, reparos e ajustes. Desta forma, há situações onde são exigidos
esforços físicos adicionais.
Foto 17 – Interior de um dos pipeshops.
Nos postos de trabalho de corte, solda, pré-montagem e montagem, foi
verificado que existem quadros com as informações técnicas necessárias.
As atividades são planejadas e, assim, associam-se os tempos
despendidos em cada etapa das mesmas. Com isso, evitam-se situações
de gargalos de processos ou descontinuidades, quando a atividade
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antecessora foi executada em velocidade superior à atividade
predecessora.
Devido ao atual estágio de maturidade em relação às questões de SMS,
que permeiam toda a cultura da organização, as atividades de SMS são
controladas através da verificação do planejado em lugar do
acompanhamento físico das atividades.
Os membros das equipes de trabalho são submetidos a treinamentos,
avaliações e acompanhamentos de suas atividades ao longo dos
contratos. As necessidades de treinamentos são definidas pelos
encarregados em função das análises e acompanhamentos efetuados nas
equipes de trabalho.
Há diversas ações estabelecidas pela organização em busca do aumento
contínuo da produtividade associada à qualidade. O princípio básico é o da
assimilação da cultura da empresa, que preza pelo cumprimento de
prazos, pela melhoria contínua, pelo atendimento à qualidade e aos
procedimentos de SMS. Todos os colaboradores devem vivenciar esses
valores. A empresa estimula essa postura através de reajustes salariais,
levando em conta o desempenho dos trabalhadores, e desenvolvendo
ações motivadoras. Periodicamente são promovidas reuniões de avaliação
das ações e dos resultados alcançados.
Percebe-se uma grande quantidade de docas e cais que têm capacidade
para atender a vários clientes e a várias embarcações simultaneamente.
No momento, a dimensão física do canteiro influencia o total de
embarcações em processo de reparo ou conversão. Contudo, havendo
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necessidade de aumentarem-se as áreas para novos projetos, um novo
arranjo pode ser considerado.
Foto 18 – Equipamentos automatizados empregados no processo de produção.
Antes do início dos projetos o estaleiro define o plano de execução das
atividades que está mais bem aplicado; em função do tipo de cais
necessário, da disponibilidade de equipamentos para a movimentação de
cargas e de espaços físicos para a estocagem provisória dos materiais.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) Planejamento da ocupação mais eficaz do chão de fábrica,
levando em consideração fatores como: espaço, localização de
guindastes, cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros.
b) Utilização de treinamentos, avaliações e acompanhamento das
atividades do pessoal de chão de fábrica ao longo do contrato.
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As necessidades de treinamento são definidas pelos
encarregados em função das análises e acompanhamentos
realizados ao longo do empreendimento.
c) Forte conscientização em relação à SMS. Esta conscientização
permeia a cultura de toda a organização
d) Forte conscientização da necessidade de um bom planejamento
e controle das atividades do empreendimento para o sucesso do
mesmo.
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Os transportes manuais para pequenas cargas a pequenas distâncias
dentro do canteiro de obras dependem mais da geometria das peças do
que do próprio peso das cargas. Se não houver uma geometria especial, o
transporte é feito pelo próprio trabalhador. Em caso contrário, são
utilizados veículos ou carrinhos puxados manualmente.
Os transportes motorizados no interior do canteiro são feitos por
caminhões de pequeno porte com carrocerias do tipo plataforma ou
fechadas lateralmente. Esses veículos circulam pelas ruas internas,
demarcadas por faixa de trânsito e bastante sinalizadas.
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Nas atividades de montagem, principalmente de Topside, é fundamental o
emprego de guindastes sobre flutuantes. Assim, a obra deve estar
localizada junto ao cais. O estaleiro conta com guindastes com capacidade
de carga até 3200 toneladas.
Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de
reparo ou construção, e mesmo de conversão de embarcações, os
projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e dos cais
que poderão ser utilizados. Nos processos de conversão há cargas que
precisam ser removidas, como equipamentos, partes do casco e outras, e
cargas que precisam ser inseridas. Nesses casos, há necessidade de áreas
não só para a movimentação das cargas como também para o
armazenamento temporário.
Foi observada a existência de guindastes fixos posicionados nas áreas de
pré-montagem ou de montagem, com capacidades de carga variáveis em
função não só das carreiras (diques) como também das características dos
serviços.
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Foto 19 – Máquina de solda automatizada.
À mesma maneira dos guindastes fixos ou gruas, as pontes rolantes
existentes no interior dos galpões auxiliam no processo de fabricação, pré-
montagem ou montagem, e suas capacidades de carga estão
dimensionadas em função das atividades. Assim, na área de corte de
chapas, a capacidade das pontes está compatível com o peso e dimensões
das chapas cortadas. Havendo necessidade, em um mesmo galpão podem
existir duas pontes rolantes que passam a movimentar a mesma carga.
Normalmente nos galpões há apenas uma ponte rolante. Isso não significa
que a ponte seja o único meio de movimentação de cargas, pois podem
ser utilizados trolleys ou empilhadeiras.
Constatou-se que a equipe de SMS participa ativamente no processo de
movimentação de cargas através do acompanhamento das atividades,
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planejamento das ações, elaboração de procedimentos específicos,
quando necessários e exigidos pelas sociedades classificadoras.
Os critérios estabelecidos para a movimentação de cargas especiais no
canteiro de obras estão contidos no procedimento JHA - Job Hazard
Analysis – através do qual são avaliados os perigos e riscos potenciais e
como estes devem ser superados.
Nas atividades de movimentação de cargas são elaborados planos de
rigging pelo próprio estaleiro ou por especialistas, inclusive das sociedades
seguradoras ou brokers; quase sempre um engenheiro especialista em
atividades de içamento. Também podem ser elaborados planos de rigging
pelos especialistas das empresas responsáveis pelo fornecimento dos
guindastes. Em todas essas atividades há sempre o envolvimento do
gerente de segurança da unidade.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) O canteiro apresenta boas condições de transporte e movimentação.
Existe uma preocupação em dotar o canteiro de áreas que permitam
o deslocamento dos meios de transporte para movimentação de
cargas dentro do canteiro, de maneira a aperfeiçoar este
deslocamento.
b) De uma maneira geral, o estaleiro apresenta uma capacidade muito
boa em relação a equipamentos de transporte. Existe um
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planejamento das operações complexas de rigging e elevação de
cargas.
c) Há planejamento nas operações de elevação de cargas mais
complexas. Além disso, comprovou-se a utilização e existência de
procedimentos para movimentação e elevação de cargas.
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O estaleiro apresenta um bom nível de automação das máquinas e
equipamentos. As máquinas e equipamentos disponibilizados são novos ou
apresentam boas condições de operação, com um adequado programa de
manutenção. É de conhecimento geral o fato de que os prejuízos causados
pela indisponibilidade dos equipamentos normalmente é maior do que o
custo de aquisição dos mesmos.
As máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial têm,
em sua proximidade, instruções específicas ou orientações afixadas no
próprio equipamento. A princípio, o trabalhador somente poderá operar o
equipamento para o qual foi treinado e capacitado.
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Foto 20 - Vista geral de máquina mostrando condições de utilização da mesma.
Foto 21 – Máquina de solda automática empregada em tubulações.
É realizado um planejamento específico em que se dimensionam ou
escolhem os dispositivos melhor indicados. Há alguns critérios básicos,
como, por exemplo, o fato de as novas máquinas associarem qualidade de
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desempenho ao atendimento aos requisitos de segurança. Ainda na fase
do planejamento, os gerentes dos setores são consultados sobre o que
deve ser utilizado e quando o será, e se há um equipamento disponível
em outro local que poderá ser disponibilizado.
Os critérios utilizados para definir os planos de manutenção, reparos,
liberação e identificação das máquinas, dos equipamentos e das
ferramentas, são: a) plano de manutenção preventiva dos guindastes,
empilhadeiras, etc., focando o que deve ser feito e o momento em que
isso ocorrerá; b) planejamento das ações; c) indicação, através de cores,
dos equipamentos que sofrem manutenção, associando-se as cores a um
período. Através desse processo identifica-se com mais facilidade se o
equipamento, máquina ou ferramenta está com a sua manutenção em dia
e quando irá ocorrer a próxima intervenção.
A organização busca, continuamente, novas tecnologias, envolvendo
processos ou equipamentos que busquem representar significativa
redução dos prazos de execução das atividades ou dos custos. O emprego
de robôs em substituição ao homem, na aplicação de soldas em espaços
confinados, é um desses exemplos. A mudança de processos, em função
da aceleração das atividades de montagem; e a redução de trabalhos em
altura, através da pré-montagem das peças junto ao solo, são exemplos
desta procura da melhoria contínua. Os trabalhadores são sempre
incentivados a apresentar idéias inovadoras, sendo reconhecidos por isso.
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Foto 22 - Operário operando máquina utilizando equipamento de proteção individual.
Observa-se as condições de limpeza do chão de fábrica.
A equipe de SMS, independentemente dos trabalhadores, inspeciona as
máquinas e equipamentos que requeiram atenção especial. Os
trabalhadores, ao receberem as máquinas e equipamentos do
almoxarifado, também fazem uma inspeção em relação às condições
normais de operação e segurança. Havendo algum problema, são
orientados a comunicar o fato aos seus supervisores e devolvê-los ao
almoxarifado para a substituição ou reparo.
As práticas empregadas nas inspeções ou avaliações das máquinas,
painéis e ferramentas utilizadas, são definidas ainda na fase do
planejamento das atividades e de acordo com as especificidades de cada
tarefa. Todas essas práticas encontram-se descritas no plano de
segurança do site, contemplando as seguintes exigências:
• Essas inspeções devem ser realizadas por engenheiros.
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• As ferramentas de trabalho devem ser inspecionadas, no
máximo, a cada 14 dias.
• Os andaimes, depois de montados, devem ter sua estabilidade e
integridade avaliada a cada 7 dias, por um profissional com nível
de supervisor, assinando um check-list específico que é mantido
arquivado.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) A empresa entende as vantagens da utilização de dispositivos
automatizados na produção, de maneira a aumentar as condições de
SMS, e maximizar a produtividade e qualidade.
b) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam
mantidos em condições de uso imediato para o aumento da
segurança dos trabalhadores. As máquinas e equipamentos que
requerem uma operação especial têm instruções específicas ou
orientações afixadas no próprio equipamento.
c) A organização tem uma preocupação constante em realizar a
melhoria contínua e, para isso, busca uma atualização constante dos
recursos produtivos, visando aumentarem a produtividade,
reduzirem os riscos e aumentarem a qualidade.
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Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
A arrumação e condicionamento dos estoques apresentam-se dentro das
condições técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de pallets,
não estando armazenados sobre o chão. Dentro dos galpões existem
prateleiras para uma perfeita armazenagem dos materiais estocados. Esta
prática facilita a gestão e o controle dos estoques e aperfeiçoa o
aproveitamento dos espaços. Para a catalogação e codificação dos
materiais nos almoxarifados existe um sistema computacional interligado
com toda a empresa, controlando os aspectos físicos, como peso e
dimensões; os aspectos econômicos, como custos de fabricação e homens
hora dependidos na fabricação e no manuseio; e aspectos logísticos, como
a localização da área de estocagem. Através desse sistema, consegue-se
identificar o local de armazenagem de imediato. O sistema é
continuamente alimentado de informações que podem ser acessadas em
todos os sites da empresa.
Em relação à armazenagem das peças e equipamentos, percebe-se que há
procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda
da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e
corrosão.
Existe um número adequado de equipamentos de elevação e transporte
de peças e materiais.
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O controle de qualidade sobre os insumos é realizado ao longo de todo o
processo, desde sua fabricação até a destinação final. Todo esse processo
é registrado e acompanhado pela sociedade certificadora e,
eventualmente, pelo cliente.
Os materiais inúteis são segregados dos demais para posterior descarte,
de acordo com as normas adotadas pelo estaleiro.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) De forma geral, percebe-se que há procedimentos, técnicas e
rotinas que visam garantir o controle dos estoques no canteiro. Há
um número adequado de equipamentos de transporte e elevação
conforme as necessidades atuais do estaleiro.
b) O estaleiro utiliza as boas práticas em relação à guarda,
identificação, movimentação e gestão dos estoques. Além disto,
existe a preocupação em utilizar os recursos de tecnologia de
informação necessários à boa prestação dos serviços.
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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Os galpões para as atividades de fabricação, pré-montagem e montagem,
pipe shop, pintura e outros, se encontram estrategicamente posicionados,
de modo a atender às necessidades de todas as docas e cais, já que no
estaleiro podem ser desenvolvidas distintas atividades operacionais.
A disposição física entre os postos de trabalho contempla os aspectos
ergonômicos e aqueles relacionados às atividades operacionais, de modo a
maximizar a utilização dos espaços. Assim, se o produto final do processo
é uma peça de grande porte ou peso, há previsão de emprego de pontes
rolantes, talhas ou veículos especiais. A disposição das atividades leva em
consideração também a questão dos cronogramas de execução, de modo
que uma atividade que pode ser entregue em um tempo mais dilatado não
cause problemas à remoção de um bem cuja entrega seja anterior.
Os modais de transporte dependem do peso das peças, das geometrias,
das distâncias percorridas e das aplicações. Assim, foi possível verificar
que o estaleiro possui guindastes de várias capacidades de carga e de
propulsão, empilhadeiras, carros puxados manualmente ou auto
propulsados, pontes rolantes, talhas fixas e móveis, e os demais meios
disponíveis. O estaleiro prioriza transporte de peças pesadas a baixa
altura, empregando trolleys ou dolleys.
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Foto 23 - Vista parcial do canteiro.
Foto 24 - Equipamento de transporte em operação.
O chão de fábrica apresenta boas condições de limpeza, iluminação e
segurança. Foram observadas boas condições de utilização dos
equipamentos de transporte, diminuindo as distâncias percorridas e os
tempos improdutivos.
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O grau de automação utilizado depende das características dos serviços
executados. Há robôs utilizados em atividades de solda, corte de chapas e
pintura. Sempre que há elevado risco aos trabalhadores é dada prioridade
à utilização de robôs.
Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização
relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e
limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso intensivo de equipamentos
de proteção individual.
Observou-se a existência de procedimentos de movimentação de material,
havendo uma preocupação com o estabelecimento de áreas para o
deslocamento dos equipamentos de elevação e transporte de cargas.
Existe preocupação em planejar a programação e o sequenciamento das
atividades, que são apresentados aos operários. Existem quadros
impressos com desenhos/instruções de execução e inspeção dos trabalhos
técnicos da produção com ótima qualidade de impressão, facilitando o
entendimento e execução das tarefas.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Um ponto forte, encontrado no estaleiro é a existência de
procedimentos de movimentação de material, com áreas definidas
para descarga de chapas e outros materiais pesados, além do amplo
uso de equipamentos de elevação e transporte de cargas.
b) Como o compartilhamento entre os modais de carga depende
fundamentalmente da aplicação do produto, existe uma
preocupação muito grande em obter a máxima produtividade na
utilização do modal. Para obter-se esta máxima utilização dos
modais, todas as atividades são adequadamente planejadas.
c) A cultura da organização possui um foco muito grande no
planejamento. O modelo de planejamento e controle adotado atende
a todas as atividades e contempla todas as disciplinas envolvidas.
Esse planejamento é continuamente analisado, com discussões
diárias ou semanais em vários níveis gerenciais, repassando-se os
resultados a intervalos regulares semanais. Um ponto forte são as
reuniões de planejamento das operações, visando o seu
aperfeiçoamento.
d) Outro ponto observado, que é considerado uma boa prática, é a
preocupação em utilizar robôs em operações que coloquem em risco
a saúde e segurança do pessoal envolvido, além de proporcionar
aumento da produtividade e da qualidade final obtidas.
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O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e
estruturados no nível de gestão através de reuniões com as equipes de
gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida
em todas as reuniões.
Os procedimentos necessários à execução das atividades são repassados à
força de trabalho, através de reuniões específicas que ocorrem pela
manhã com os trabalhadores, antes do início dos trabalhos; podendo
ocorrer outras, se necessário. Independentemente dessas reuniões de
divulgação das orientações, há os supervisores de campo, encarregados
de grupos de trabalhadores.
Para o controle das atividades de construções e montagem é utilizado um
software desenvolvido pelo próprio estaleiro. Através deste software pode
haver o controle desde o posicionamento dos insumos a serem aplicados
ao volume de mão-de-obra empregada nas construções e montagens. Os
insumos são rastreados por fitas com código de barras que indicam a
posição geográfica em que se encontram. Desta maneira se torna mais
eficaz não só o transporte como também a aplicação dos mesmos.
Existem análises periódicas dos desvios que ocorrem no projeto e que são
identificados pelo sistema de controle utilizado, abrangendo a totalidade
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das áreas/setores. Esses dispositivos de controle são portáteis e
alimentados pelos operadores através da inserção de códigos ou da leitura
de códigos de barra contidos nas etiquetas de identificação de peças, por
exemplo.
Desde a contratação, os trabalhadores conhecem as estruturas
hierárquicas existentes e percebem os seus envolvimentos nas várias
etapas dos serviços. Essa disciplina facilita bastante a fluidez dos serviços,
evitando assim problemas relativos a atrasos na entrega dos serviços e
outros. A disciplina operacional está intimamente relacionada com a
cultura da organização.
São programadas reuniões semanais entre o estaleiro e as equipes do
cliente, para a discussão dos avanços dos cronogramas e para discussão
dos progressos, assim como reuniões com a alta direção do
empreendimento.
Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em sistemas
de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.
A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na utilização
de conceitos modernos, como modularização, utilização intensa de
recursos de tecnologia da informação, etc.
Os gestores do estaleiro dão ênfase ao treinamento dos recursos humanos
técnicos internos.
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Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) Um ponto positivo é a existência de software de gestão do
empreendimento, que faz a gestão de todo o empreendimento,
possibilitando a análise e correção dos possíveis desvios.
b) Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em
sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de
projetos. Especial atenção é dedicada à melhoria contínua, através
da busca de meios e tecnologias que aumentem a produtividade,
segurança e qualidade.
Foto 25 – Uma das muitas salas de capacitação dos empregados. É o local onde eles são
qualificados pelo estaleiro.
c) A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na
utilização de conceitos modernos, como modularização, utilização
intensa de recursos de tecnologia da informação, etc.
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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
Foi observada a existência de uma integração plena do planejamento e
controle da área de SMS com o restante do planejamento (custo, prazo,
suprimentos, etc.), para os empreendimentos em execução. Durante a
visita ao chão de fábrica verificou-se, na prática, a existência de
evidências de práticas de SMS.
A estruturação do Sistema de Gestão do empreendimento abrangendo
normas de SMS ocorre com a integração destas; e o seu efetivo emprego
em todos os sites do empreendimento ocorre com o cumprimento
obrigatório por parte de toda a estrutura operacional da empresa e das
empresas subcontratadas.
Todos os funcionários próprios e contratados que atuam no site devem ter
conhecimento, compreender e praticar as determinações do sistema de
gerenciamento de SMS, contendo códigos de boas práticas, normas e
regulamentos.
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Foto 26 – Quadro de controle dos funcionários que estão “embarcados”, realizando
atividades no interior das embarcações à beira do cais ou em docas secas.
O sistema de gerenciamento de SMS possui 14 elementos, desde a
organização dos processos às práticas de trabalho e aos treinamentos
específicos, fornecendo as orientações necessárias para que o estaleiro
opere com os níveis de SMS requeridos pela própria instituição, pelo
cliente e pelos organismos reguladores.
Como o estaleiro possui várias docas e instalações, com capacidade de
atendimento a vários clientes simultaneamente, seus empregados podem
ter que atender a exigências distintas de cada cliente. Desta forma, foi
estabelecido um programa de Gestão de SMS capaz de atender ao
máximo possível a todas essas exigências, razão pela qual passa a ser
maior do que o de seus clientes. Afora isso, o sistema tem que atender
também às exigências governamentais, passando a ser este o “pacote
integrado de gestão de SMS local”, o que torna mais fácil não só a
ambientação, compreensão e entendimento dos trabalhadores como
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também a fiscalização. Independentemente dessa abordagem, cada um
dos clientes têm seus próprios códigos de conduta ou SMS.
Para o controle de atendimento às normas ou regulamentos legais e
contratuais são empregadas sistemáticas distintas, de acordo com as
exigências dos clientes. Pode-se dizer que, para muitos clientes, as
exigências existentes no estaleiro encontram-se bem acima daquelas que
contratualmente o fazem. Assim, os controles existentes atendem a todos.
O estaleiro possui como legislação básica, os quesitos determinados pelo
governo local, considerados como básicos. Junto a estes são incorporados
os quesitos de SMS definidos pela organização e pelos clientes, integrados
em um único sistema de gestão. Isso faz com que o plano estabelecido
seja cumprido por todos.
Foto 27 – Orientação dada aos trabalhadores acerca da cor do período, para identificação
das condições operacionais dos dispositivos de movimentação de carga.
As empresas subcontratadas são avaliadas através de check-lists
específicos, verificando, dentre outras coisas, como lidam com as
questões de SMS. Quanto a isso, o empreendimento, antes de qualquer
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subcontratação, verifica o perfil e as qualificações das empresas,
principalmente nas questões relacionadas à SMS, realizando auditorias
periódicas antes de oferecer um contrato definitivo.
Após a contratação, são estabelecidas auditorias regulares. Comum é o
fato de que a maioria dos procedimentos, quando pertinentes, contém
uma lista dos requisitos legais a serem atendidos ao longo do contrato.
Os padrões adicionais adotados pelo empreendimento, além daqueles
considerados universais, são normas internas específicas para o estaleiro.
A DNV (Det Norske Veritas - auditoria independente terceirizado Estaleiro)
aplica os critérios do ISRS (International Safety Rating System). A
organização tem o seu desempenho avaliado periodicamente por esse
sistema, com níveis que variam de 1 a 10. Além de todas essas avaliações
as instalações são inspecionadas pelo Ministério do Trabalho. O estaleiro
não é certificado pela OHSAS 18001, mas sim, de acordo com o ISRS. O
Ministério do Trabalho exige o atendimento às normas de construção e
reparos navais. Se estas não forem atendidas há aplicação de
penalidades.
No planejamento das ações de SMS, estabelecido na elaboração do
projeto básico, são identificadas as tarefas críticas e são criados registros
de riscos. Assim, reconhecem-se quais são as atividades críticas e que
impactos trarão para a segurança e saúde dos trabalhadores. Esse
planejamento é realizado antes do início de quaisquer atividades de
fabricação e montagem. A responsabilidade de execução/cumprimento dos
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requisitos de SMS no projeto recai sobre toda a estrutura organizacional.
Normalmente, no empreendimento, há pessoas dedicadas às atividades de
SMS, com papéis e responsabilidades específicas. Em particular, o Gerente
de SMS é responsável pela identificação e documentação dos requisitos de
SMS no projeto, e pela execução das análises de SMS e estudos como o
QRA, a fim de assegurar que as premissas básicas de SMS sejam
adequadamente atendidas em todas as atividades. O Gerente de SMS
também tem é responsável pela análise e auditoria dos processos.
b) Suprimentos
Os fatores que podem ter maior impacto, positivo e negativo, sobre os
prazos contratuais, estão relacionados ao fornecimento de equipamentos e
materiais pelos clientes, podendo ocorrer atrasos. Nesses casos, em
função dos dispositivos contratuais, o cliente pode ter que pagar multas
por esses atrasos ou cobrir os custos dos eventuais atrasos.
As compras sob a responsabilidade do estaleiro estão a cargo do
Departamento de Compras, através de procedimentos definidos para toda
a organização. Em geral são analisadas as questões de custos, prazos de
entrega e de qualidade dos fornecimentos. As compras podem ocorrer
através de leilões reversos, cotações para insumos de baixo custo,
sistemas eletrônicos de aquisição e outros.
As questões relativas à sustentabilidade social ou compromissos sociais
são apreciadas pela empresa, mas não são cobradas dos órgãos
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governamentais ou clientes como imposições. Assim, não há programas
específicos.
Para o controle das atividades de construções e montagem é utilizado um
software desenvolvido pelo próprio estaleiro. Através deste software pode
haver controle desde o posicionamento dos insumos a serem aplicados ao
volume de mão-de-obra empregada nas construções e montagens. Os
insumos são rastreados por fitas com código de barras, que indicam até a
posição geográfica onde se encontram. Desta maneira torna ágil não só o
transporte como também a aplicação dos mesmos.
Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e
estruturados no nível de gestão, através de reuniões com as equipes de
gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida
em todas as reuniões.
Os critérios para a gestão dos produtos e as informações quanto à
preservação dos mesmos, desde o recebimento até a destinação final, são
definidos pelo próprio estaleiro, a quem cabe a responsabilidade pela
preservação dos produtos até suas aplicações.
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c) Custos
O controle de custos é realizado em reuniões regulares, nas quais são
discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para
contenção de gastos ou de eventuais correções no projeto.
Para a empresa, os fatores que causam impacto sobre o sucesso dos
empreendimentos em relação às estruturações das equipes de trabalho
dependem, principalmente, do fator humano, já que, para os demais, a
empresa disponibiliza equipamentos e ferramentas mais modernas e
compatíveis com as atividades; instalações atualizadas e continuamente
mantidas; treinamentos e capacitações internas, com simuladores; e
áreas específicas de treinamento em várias disciplinas, inclusive solda e
pintura.
Foto 28 – Escola de capacitação de soldadores no estaleiro. As atividades são
continuamente acompanhadas e, após os cursos, há certificados garantidos pela própria
organização.
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Estaleiro H
Resultados sumarizados ....................................................... 284
Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 285 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 285 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 291
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 293 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 293 Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 297
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 299 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 299 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 304
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 305 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 305 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 309
Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 310 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 310 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 311
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 312 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 312 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 314
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 315 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 315 Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 318
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 319
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 319
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Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• Forte preocupação e elevado nível de conscientização quanto às
questões de SMS;
• Utilização do processo de manufatura adequado à tarefa a ser
executada;
• Foco da automação na área de produção;
• Existência de procedimentos, técnicas e rotinas que visam garantir o
controle dos estoques no canteiro;
• O trabalho do projeto está representado através das principais
entregas definidas em uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto);
• Existência de cultura que visa obter competências em sistemas de
gestão, de produção/operação ou de projetos;
• Existência de ampla sinalização relacionada a questões de
segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e limpeza do local;
• Planejamento detalhado das atividades de engenharia possibilitando
desta maneira um melhor gerenciamento de suprimentos;
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• Estrutura operacional capaz de receber vários projetos distintos de
uma só vez, podendo ocupar diques, os maiores do mundo, com
várias embarcações;
• Consistente programa de consientização e capacitação de pessoal de
produção;
• Forte atuação global o que possibilita o grande intercâmbio de idéias
e tecnologias.
Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro O estaleiro foi construído para atividades de reparos e conversão de
navios e plataformas. Desta maneira, todas as instalações auxiliares ficam
ao redor, com um layout do tipo posicional, sendo as embarcações
construídas em grandes docas secas, com as seguintes dimensões: 640m
x 98m, 400m x 70m, 400m x 55m, 390m x 65m, 283m x 46m e 270m x
52m. Depois de construídos os cascos, as embarcações seguem para o
cais, onde há capacidade de atracação de 23 embarcações. Nos berços, os
serviços são complementados com as obras mais finas, de acabamento e
instrumentação e controle, dali saindo para o pré-comissionamento e
comissionamento, sendo estes assistidos pelos clientes e sociedades
classificadoras. O modelo de organização da produção é,
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preponderantemente, orientado a processo e a produto, com áreas
claramente definidas por espaços para cada atividade específica.
Imagem 1 – Site do estaleiro visitado.
Pela imagem mostrada, pode ser observado a distribuição dos cais, docas
secas, galpões industriais, áreas de estocagem e, inclusive, área de lazer
para os funcionários, com pista de atletismo.
Uma das prioridades em relação à organização do estaleiro é a
minimização das distâncias de transporte. Desta forma, os galpões são
posicionados o mais próximo possível dos inúmeros cais e docas. As
edificações formam 3 grandes grupos, como pode ser observado na
imagem anterior, situados na parte mais central da área ocupada. Desses
locais, partem linhas de pórticos transportando as peças e componentes
fabricados para as docas. Nos percursos intermediários, são utilizados
equipamentos de menor capacidade de carga e mais flexíveis para essas
atividades.
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A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos,
principalmente: redução de prazos e custos, facilidade de fabricação,
cronograma de fabricação do próprio estaleiro e docas disponíveis no
momento. As docas existentes no principal site da organização são:
Imagem 2 – Docas com suas respectivas dimensões e produção; e a capacidade de
içamento de dois de seus guindastes flutuantes e do próximo a entrar em operação.
No caso de redução de custos, muitas vezes as obras são terceirizadas,
visando à redução de custos de materiais e de mão-de-obra. Quando a
modularização ocorre no próprio estaleiro, uma das razões é a facilidade
de montagem e emprego de equipamentos de movimentação de cargas de
menor porte. Quando está se trabalhando com estruturas elevadas, sendo
esta modularizada, reduzem-se os riscos de trabalhos em altura, já que
esses passam a ser necessários somente na interligação dos módulos ou
quando os serviços são completados.
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Foto 1 – Seção de embarcação modularizada
A grande maioria das seções são modularizadas no próprio estaleiro.
Desse local, o trecho fabricado é encaminhado para a doca seca, onde a
embarcação está sendo fabricada para as conexões.
Foto 2 – Seções modularizadas, posicionadas para as conexões e finalização do casco.
No projeto do canteiro de obras, especificamente no site visitado, os
critérios considerados para implantação das edificações, de áreas de
estocagem e produção e das redes dos sistemas auxiliares de produção
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(energia elétrica, ar condicionado, ar comprimido, óleo e gás e outras) são
dependentes das limitações físicas existentes. As instalações foram
lançadas em uma área entre morros e o mar, de modo a maximizar os
espaços disponíveis, com total aproveitamento e harmonização,
possibilitando a existência de largas passagens entre prédios, espaços
para o lazer dos empregados e todas as demais necessidades
operacionais. As instalações são as mesmas dos projetos anteriores e têm
atendido às exigências contratuais. Assim, em função dos espaços físicos,
são definidos os critérios de ocupação dos mesmos.
Foto 3 – Um dos muitos galpões existentes no estaleiro.
Foi observado que os equipamentos são fornecidos aos trabalhadores de
acordo com as características das atividades que desempenharão.
As práticas empregadas nas inspeções ou avaliações das máquinas,
painéis e ferramentas empregadas são definidas ainda na fase do
planejamento das atividades e de acordo com as especificidades de cada
tarefa. Todas essas práticas encontram-se descritas no plano de
segurança do site.
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As ferramentas de trabalho devem ser inspecionadas regularmente,
inclusive antes de serem entregues aos trabalhadores, que podem
devolvê-las ao almoxarifado, caso verifiquem uma não adequação delas
aos serviços. Os andaimes, depois de montados, devem ter sua
estabilidade e integridade avaliadas por um profissional com nível de
supervisor, que assina um check-list específico, mantido em arquivo.
Os trabalhadores são orientados a manter o local de trabalho sempre
limpo e sem desperdícios. Na realização de atividades que requeiram um
cuidado especial, em função, por exemplo, das características dos
materiais e insumos empregados, das dimensões e geometrias das peças
e da formulação das substâncias, equipamentos e ferramentas utilizadas,
são elaborados estudos de análise de riscos. Estes estudos contemplam,
inclusive, as eventuais interferências com as demais atividades
desenvolvidas no mesmo site. Essas ações são previstas no planejamento
das atividades.
O estaleiro atua fortemente nas áreas de SMS, seja no acompanhamento
das atividades, na capacitação de pessoal ou na gestão dos processos.
Essa interação é percebida por todos, na medida em que o nível gerencial
periodicamente atua na área de SMS, além das suas próprias áreas.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) Grandes áreas disponíveis e facilidades ofertadas, como:
b) Existe conhecimento sobre as vantagens da utilização da
modularização, para se obter ganhos de produtividade, e sobre a
eficácia na utilização dos equipamentos de grande porte, para
elevação de cargas.
c) É dada grande atenção ao estado dos equipamentos fornecidos aos
trabalhadores, de acordo com as características das atividades que
desempenharão.
d) A empresa considera as condições de limpeza e arrumação de todo o
ambiente como um fator importante para que sejam mantidas as
boas condições de trabalho. Além disto, apresenta um alto grau de
maturidade em relação às condições de SMS.
e) Existe uma forte conscientização para a otimização do layout, para
que as distâncias de movimentação sejam diminuídas.
f) A organização trabalha desenvolvendo modelos em escala reduzida
para que o cliente possa acompanhar o desempenho das
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embarcações e realizar, em conjunto com as sociedades
classificadoras, os testes e avaliações necessários.
Imagem 4 – Análises de desempenho realizadas pelo estaleiro em modelos de testes.
g) Há um eficiente sistema de planejamento das atividades de
fabricação e montagem, em que o cliente recebe, 100 dias antes do
início das atividades, o plano de trabalho para análise crítica;
h) O elevado nível de capacitação e organização possibilita que, em
muitas circunstâncias, várias embarcações, para clientes distintos,
possam ser produzidas em um mesmo dique seco, otimizando o
emprego dos equipamentos e instalações.
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Foto 4 – Quatro embarcações, em vários estágios de fabricação, sendo montadas em um
mesmo dique seco.
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
As atividades de fabricação e montagem de estruturas metálicas de
grande porte, como navios e módulos, não possibilitam que sejam
priorizadas as questões ergonômicas, não só pelas grandes dimensões
desses empreendimentos, como também pelas naturais dificuldades de
conexões, reparos e ajustes. Desta forma, há situações em que são
exigidos esforços físicos adicionais. Para que os trabalhadores não tenham
problemas físicos ou de saúde, a empresa disponibiliza programas de
saúde, principalmente de ginástica laboral e ou postural, que podem ser
feitos antes do início das atividades. Desta maneira, mesmo sendo a
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atividade penosa, o trabalhador sabe como executá-la; e sempre que
possível há rodízios de executantes.
Foto 5 – Operário realizando soldagem “in situ” em casco de navio, suportado por
andaimes.
O arranjo geral do estaleiro é posicional, em que o produto final vai
incorporando equipamentos e instalações, avolumando-se quanto a
dimensões e peso. Desta forma, os insumos convergem para o local onde
se dará a montagem. Os postos de trabalho estão posicionados em torno
dessa montagem organizadamente. Como há um efetivo controle da
produção, por meio de sistemas informatizados de controle, as atividades
se desenvolvem continuamente.
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Foto 6 – Um dos diques secos com a fabricação e montagem de uma embarcação
durante o inverno.
Na foto, percebe-se que ao redor do dique estão situados os
equipamentos de movimentação de cargas e os galpões/oficinas e demais
instalações. Esse tipo de layout facilita a mínima movimentação de
materiais; e o produto final vai incorporando novas peças e componentes.
Nos postos de trabalho de corte, solda, pré-montagem e montagem, foi
verificado que existem quadros com as informações técnicas necessárias,
procedimentos e controles. Através dessas informações, os trabalhadores
podem, periodicamente, avaliar a qualidade de seus trabalhos com os
níveis de exigências requeridos. Os trabalhadores são instados a corrigir
as imperfeições e reavaliar a qualidade de seus serviços mesmo que não
tenham nenhuma supervisão direta, ou seja, todos são responsáveis pela
execução das atividades e possuem igual importância.
O grau de maturidade da organização em relação à SMS é elevado, o que
é comprovado pelas certificações obtidas, tais como ISO 14001 e OHSA
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18001. Há uma preocupação constante com o bem estar dos funcionários,
sendo tomados cuidados, como a verificação da temperatura e da
concentração de O2 antes do início de trabalhos em locais confinados.
Os membros das equipes de trabalho são submetidos a treinamentos “on
the job” e os funcionários mais experientes são responsáveis pelo
treinamento e supervisão dos mais novos.
Há diversas ações estabelecidas pela organização, em busca do aumento
contínuo da produtividade associada à qualidade. Dentre estas práticas,
podem ser citadas: a análise das melhores práticas utilizadas nos projetos
já encerrados, para que sejam levadas aos demais grupos de projetos, e a
utilização do Seis Sigma.
As ruas internas do estaleiro são bastante largas, possibilitando o trânsito
dos equipamentos e cargas. O material a ser aplicado é condicionado e
mantido nas proximidades dos locais de aplicação. Para se evitar o
transporte de cargas de maneira desnecessária, as montagens se dão sob
os pórticos de carga e no alinhamento da carreira.
Antes do início dos projetos, o estaleiro define um plano de execução das
atividades que seja mais bem aplicado, em função do tipo de cais
necessário, da disponibilidade de equipamentos para a movimentação de
cargas e de espaços físicos para a estocagem provisória dos materiais.
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Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) Forte conscientização da necessidade de um bom planejamento e
controle das atividades do empreendimento, para o sucesso do
mesmo;
b) Planejamento da ocupação mais eficaz do chão de fábrica, levando
em consideração fatores como espaço, localização de guindastes,
cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros;
c) Utilização de softwares sofisticados para a fabricação das
embarcações;
d) Forte conscientização em relação à SMS. Essa conscientização
permeia a cultura de toda a organização. A imagem seguinte
apresenta uma vista aérea do centro de treinamento do estaleiro e
da atividade de resgate de pessoal sobre andaime. A organização
certifica seu próprio pessoal e muitas vezes o faz com o apoio da
sociedade certificadora, como no caso de eletricistas, pintores e
soldadores;
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Imagem 5 – Programas de treinamento interno desenvolvidos no
empreendimento.
e) A organização programa projeto por projeto, com planos específicos
para cada um, contemplando os requisitos de SMS dos clientes.
Após a programação, é emitido plano de trabalho para a aprovação
do cliente, 100 dias antes do início do projeto, em reunião específica
com os representantes do cliente;
f) Habitualmente, há uma visita das gerências às instalações, realizada
2 vezes por mês, conduzida pelo vice-presidente, acompanhado
pelos representantes de cada uma das gerências envolvidas e pelo
sindicato. Toda a visita é filmada;
g) Utilização do Six Sigma como uma metodologia utilizada pela
empresa para melhoria da produtividade e das operações do
estaleiro.
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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Existe um planejamento específico e procedimentos para toda
movimentação e elevação de cargas pesadas, desmontagem e montagem
de peças ou estrutura que tenham elevado peso ou geometria especial. A
empresa faz um planejamento de atividades que se inicia muitos meses
antes do começo das atividades. Como há uma integração de sistemas e
programas, consegue-se estabelecer os níveis de interferência entre as
várias atividades, incluindo as de transporte de equipamentos e peças,
como o da próxima foto:
Os trabalhadores são orientados / capacitados a respeito dos riscos de
SMS e das formas de proteção que devem ser seguidas, através de cursos
de instrução da segurança promovidos pelo próprio estaleiro, em salas
apropriadas. Nesses locais, há salas de treinamentos genéricos, salas para
treinamento de solda, pintura e elétrica.
Os treinamentos são obrigatórios, obedecendo a um calendário de
programação, e são realizados de acordo com o grau de especialização do
funcionário, com as necessidades operacionais, com as reciclagens, entre
outras razões. O empregado admitido tem que passar por esse processo,
com avaliações rigorosas.
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O início das atividades está condicionado à sua aprovação nas provas
realizadas. Todos os dias, antes do início das atividades, são discutidas as
tarefas, momento em que o supervisor reitera quais são as precauções de
segurança que devem ser tomadas. Nesses momentos, as instruções são
dadas pelo próprio supervisor das atividades e não pelo profissional de
SMS, cabendo a esse apenas a supervisão e assessoramento da questão
de SMS durante a realização das atividades.
Foto 8 – Tipo de movimentação com a carga o mais próximo possível do solo, por meio
de veículos especiais, reduzindo os riscos de SMS.
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Foto 9 – Emprego de guindastes especiais de grande capacidade, junto a cais ou docas.
Foi verificada a existência de planos de manutenção para os equipamentos
de transporte e elevação de cargas. Estes planos são preparados em
parceria com as demais áreas de construção e montagem, estabelecendo
épocas adequadas para sua execução, de maneira a não deixar os
equipamentos indisponíveis. A manutenção periódica é informada no TAG
do equipamento.
Para a movimentação de cargas e equipamentos dentro do canteiro de
obras, são elaborados planos de rigging, são feitas análises da capacidade
de suporte do solo, avaliação das condições climáticas e são elaborados os
procedimentos necessários. As cargas de maior valor e aquelas com
geometria especial e pesos elevados são acompanhadas por profissionais
das sociedades classificadoras e das companhias de seguros, que avaliam
as características de segurança dessas operações.
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Foto 10 – Emprego de veículo especial sobre pneus para o transporte de componentes
pesados.
Os transportes manuais para pequenas cargas a pequenas distâncias
dependem mais da geometria das peças do que do próprio peso das
cargas. Se não houver uma geometria especial, o transporte é feito pelo
próprio trabalhador. Em caso contrário, são utilizados veículos ou
carrinhos puxados manualmente.
Os transportes motorizados no interior do canteiro são feitos por
caminhões de pequeno porte com carrocerias do tipo plataforma ou
fechadas lateralmente. Esses veículos circulam pelas ruas internas, que
são demarcadas por faixa de trânsito, além de bastante sinalizadas.
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Foto 11 – Transporte de correntes de navios em carrocerias de caminhões em ruas
internas.
Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de
reparo ou construção e mesmo no de conversão de embarcações, os
projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e dos cais
que poderão ser utilizados, de modo a maximizar o emprego dos mesmos.
Desta maneira, evita-se que equipamentos tão importantes para a
empresa fiquem indisponíveis devido a falhas de programação de
atividades.
Constatou-se que equipe de SMS participa ativamente no processo de
movimentação de cargas através do acompanhamento das atividades,
planejamento das ações, elaboração de procedimentos específicos,
quando necessários e exigidos pelas sociedades classificadoras.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) De uma maneira geral, o estaleiro apresenta uma capacidade muito
boa em relação a equipamentos de transporte, com equipamentos
de movimentação de carga de várias capacidades, atendendo a
todas as demandas internas. Existe um planejamento das operações
complexas de rigging e elevação de cargas. Existe uma preocupação
em se dotar o canteiro de áreas que permitam o deslocamento dos
meios de transporte, para movimentação de cargas dentro do
canteiro, de maneira a aperfeiçoar esse deslocamento.
b) O departamento de manutenção tem procedimentos específicos para
a inspeção ou avaliação de máquinas semanalmente, elaborando os
registros mensais, que são inseridos no cadastro das máquinas e
equipamentos. Através da leitura desses registros, pode-se avaliar a
quantidade de reparos e intervenções e os custos das mesmas.
Também, através destas análises, podem-se estabelecer mudanças
no equipamento ou pode-se substituí-los por outros mais resistentes
às características dos trabalhos.
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Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O estaleiro apresenta um bom nível de automação das máquinas e
equipamentos. As máquinas e equipamentos disponibilizados são novos ou
apresentam boas condições de operação, com um adequado programa de
manutenção. Deve ser ressaltado o emprego de equipamentos de alta
tecnologia nas atividades de corte e solda, com o uso de mesas de corte a
plasma e a maçaricos.
Foto 12 – Emprego de robôs em atividade de soldagem.
Os robôs são muito empregados em atividades onde há limitação à
permanência humana. Na foto anterior, verifica-se a existência de um dos
robôs realizando soldas entre cascos de embarcação.
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As máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial têm,
em sua proximidade, instruções específicas ou orientações afixadas no
próprio equipamento. Todos os instrumentos e equipamentos utilizados
são aferidos, existindo a necessidade da garantia desta aferição para que
os mesmos possam ser empregados pelos diversos profissionais. Esta
aferição é feita por órgãos especializados ou por padrões internos.
Os critérios adotados para a escolha das máquinas e equipamentos são
definidos em função da necessidade da utilização destes equipamentos.
Muitas vezes, devido ao limitado número de equipamentos existentes para
a execução das tarefas, há dificuldades para esta escolha. Também são
consideradas as condições técnicas e a competência necessária do
operador para a utilização do equipamento. Existem estudos para
padronização dos tipos e modelos de ferramentas, em função de sua
utilização. Estes estudos são conduzidos pelo departamento de
manutenção em conjunto com fornecedores credenciados.
Foto 13 – Máquina de corte de chapas com oxi-corte semiautomatizada.
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É realizado um planejamento específico em que se dimensionam ou se
escolhem os dispositivos mais bem indicados. Há alguns critérios básicos,
como o de as novas máquinas associarem qualidade de desempenho ao
atendimento aos requisitos de segurança. Ainda na fase do planejamento,
os gerentes dos setores são consultados sobre o que deve ser utilizado,
quando deve ser utilizado e se há um equipamento disponível em outro
local que poderá ser disponibilizado.
Foto 14 – Mesa de corte à plasma de chapas grossas com até quatro bicos de corte, onde
a atividade é programada.
Os critérios utilizados para definir os planos de manutenção, reparos,
liberação e identificação das máquinas, equipamentos e ferramentas são:
a) plano de manutenção preventiva dos guindastes, empilhadeiras, etc.,
focando o que deve ser feito e o momento em isso ocorrerá –
planejamento das ações; b) indicação, através de cores, dos
equipamentos que sofrem manutenção, associando-se as cores a um
período. Através desse processo, identifica-se com mais facilidade se o
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equipamento, máquina ou ferramenta está com a sua manutenção em dia
e quando irá ocorrer a próxima intervenção.
O estaleiro está sempre em busca de novas tecnologias, envolvendo os
processos ou equipamentos que venham a representar significativa
redução dos prazos de execução das atividades ou dos custos. O emprego
de robôs em substituição ao homem, na aplicação de soldas em espaços
confinados, é um desses exemplos. A mudança de processos em função
da aceleração das atividades de montagem é outro exemplo. A redução de
trabalhos em altura através da pré-montagem das peças junto ao solo é
outro exemplo. Os trabalhadores são sempre incentivados a apresentar
idéias inovadoras, sendo reconhecidos por isso.
Foto 15 – Seção modularizada da embarcação aguardando complementação da solda.
A equipe de SMS, independentemente dos trabalhadores, inspeciona as
máquinas e equipamentos que requeiram atenção especial. Os
trabalhadores, ao receberem as máquinas e equipamentos do
almoxarifado, também fazem uma inspeção em relação às condições
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normais de operação e segurança. Havendo algum problema, são
orientados a comunicar o fato aos seus supervisores e devolvê-las ao
almoxarifado para a substituição ou reparo.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam
mantidos em condições de uso imediato, para o aumento da
segurança dos trabalhadores e da produtividade da operação. As
máquinas e equipamentos que requerem uma operação especial
têm instruções específicas ou orientações afixadas no próprio
equipamento.
b) A empresa entende as vantagens da utilização de dispositivos
automatizados na produção, de maneira a aumentar as condições de
SMS, maximizar a produtividade e qualidade.
c) A organização tem uma preocupação constante em realizar a
melhoria continua e busca uma atualização também constante dos
recursos produtivos, visando a aumentar a produtividade, reduzir
riscos e aumentar a qualidade.
d) Há medidas preventivas, como planos de manutenção e reparo dos
equipamentos, com especial atenção para aqueles voltados a
movimentação de cargas; além da aplicação de boas práticas,
percebida na fácil identificação das máquinas, equipamentos e
ferramentas.
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Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
O processo de controle de estoques do estaleiro é integrado com
planejamento e controle da produção, através de sistema de gestão
informatizado (sistemas de compras, modelos 3D dos produtos, e
sistemas de controle de pacotes de trabalho e de materiais). Os estoques
são controlados por etiquetas com código de barras, que contêm
informações desde a fabricação dos componentes até sua localização.
Essas etiquetas acompanham os componentes até o posicionamento final
dos mesmos nos módulos, permitindo a rastreabilidade total de materiais
e equipamentos.
Os critérios para a disponibilidade de material para aplicação imediata e
futura e instalação dos equipamentos e máquinas levam em consideração
que só podem ser programadas atividades quando se tem material
disponível. Todo material é requisitado através do documento de
solicitação de pedido ao almoxarifado, que é o documento que antecede a
execução do serviço e disponibiliza o material para aplicação. Os materiais
são segregados por prateleira, área e layout.
A arrumação e condicionamento dos estoques apresentam-se dentro das
condições técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de paletes,
não estando armazenados sobre o chão. Dentro dos galpões, existem
prateleiras para uma perfeita armazenagem dos materiais estocados. Esta
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Relatório Final E&P - 27.6
prática facilita a gestão e controle dos estoques e aperfeiçoa o
aproveitamento dos espaços.
Em relação à armazenagem das peças e equipamentos, percebe-se que há
procedimentos, técnicas e rotinas que buscam evitar problemas de perda
da qualidade da peça, motivada, por exemplo, pela oxidação, umidade e
corrosão.
Existe um número adequado de equipamentos de elevação e transporte
de peças e materiais.
Para facilitar a localização de insumos, equipamentos e outros,
melhorando os processos de movimentação e montagem e reduzindo
custos com ociosidade, o estaleiro utiliza imensamente recursos de GPS
(Global Positioning System).
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Há procedimentos, técnicas e rotinas que visam garantir o controle
dos estoques no canteiro.
b) Há um número adequado de equipamentos de transporte e elevação
conforme as necessidades atuais do estaleiro.
c) O estaleiro utiliza as boas práticas em relação à guarda,
identificação, movimentação e gestão dos estoques.
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d) Existe a preocupação de utilizar os recursos de tecnologia de
informação, necessários para a boa prestação dos serviços.
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Os principais critérios que norteiam a definição do arranjo físico do
canteiro de obra são: segurança operacional; produtividade; qualidade;
flexibilidade e cumprimento de prazos. Os critérios relacionados à
qualidade e segurança, além de atenderem às características do projeto,
buscam também o atendimento quanto às exigências legais e contratuais.
Dentre eles, ressaltam-se a exigência de áreas mínimas por empregado,
nos prédios de vestiários, banheiros, refeitórios; o espaçamento mínimo
entre equipamentos ou áreas de armazenamento de produtos perigosos;
espaçamento mínimo entre prédios, a fim de garantir a ventilação e a
iluminação natural exigidas. Ocorre, também, que a disponibilização de
equipamentos mais modernos, eficientes e seguros propicia o aumento
não só dos níveis de segurança como também de agilidade dos processos.
O estaleiro modulariza fortemente seus produtos, em vários sites distintos
da própria empresa e de terceiros. Assim, são executados no site algumas
das atividades necessárias, mas não todas, para a montagem final. A
organização e a racionalidade do trabalho do canteiro evidenciam o
emprego da engenharia industrial, com desenvolvimento extensivo de
padrões próprios e de ferramentas de planejamento e controle de
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produção, desenvolvidas in-house, de forma total ou parcialmente, com
emprego de simulação.
A disposição física entre os postos de trabalho contempla os aspectos
ergonômicos e aqueles relacionados às atividades operacionais, de modo a
maximizar a utilização dos espaços. Assim, se o produto final do processo
é uma peça de grande porte ou peso, há previsão de emprego de pontes
rolantes, talhas ou veículos especiais. A disposição das atividades leva em
consideração também a questão dos cronogramas de execução, de modo
que uma atividade que pode ser entregue em um tempo mais dilatado não
venha a causar empecilho à remoção de um item cuja entrega seja
anterior.
O chão de fábrica apresenta boas condições de limpeza, iluminação,
segurança. Foram observadas boas condições de utilização dos
equipamentos de transporte, diminuindo as distâncias percorridas e os
tempos improdutivos.
Ainda no que se refere à SMS, foi possível observar ampla sinalização
relacionada a questões de segurança/acidentes, meio ambiente, saúde e
limpeza do local. Foi observado, ainda, o uso intensivo de equipamentos
de proteção individual. Observou-se a existência de procedimentos de
movimentação de material, havendo uma preocupação com o
estabelecimento de áreas para o deslocamento dos equipamentos de
elevação e transporte de cargas. Existem quadros impressos com
desenhos/instruções de execução e inspeção dos trabalhos técnicos da
produção, com ótima qualidade de impressão, facilitando o entendimento
e execução das tarefas.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) A cultura da organização possui um foco muito grande no
planejamento. O modelo de planejamento e controle adotado atende
a todas as atividades e contempla todas as disciplinas envolvidas.
Esse planejamento é continuamente analisado, com discussões em
vários níveis gerenciais, repassando-se os resultados a intervalos
regulares semanais. Um exemplo disso são as reuniões de
planejamento das operações, visando seu aperfeiçoamento;
b) A disposição física entre os postos de trabalho contempla os
aspectos ergonômicos e de aprimoramento do espaço de produção,
respeitando as necessidades específicas das áreas de estocagem,
inspeção, operação e transporte;
c) O chão de fábrica é conservado obedecendo aos critérios de limpeza,
organização e sinalização, para operações de deslocamento de
cargas;
d) As atividades técnicas são suportadas por desenhos/instruções
expostas de maneira visível e próxima aos postos de trabalho.
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O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
Os critérios para a disponibilidade de material para aplicação imediata e
futura e instalação dos equipamentos e máquinas são identificados e
implantados a partir do projeto básico. Neste instante, o estaleiro realiza
as compras de materiais, que são armazenados nos depósitos do
estaleiro. Para os insumos já estocados, a remoção dos mesmos se dá por
ocasião da aplicação. Cada departamento decide quando será necessário o
uso dos produtos e um responsável por essa atividade verifica o que será
necessário, acionando o departamento de logística. Normalmente essas
ações são realizadas com antecedência de duas semanas. Há programas
próprios desenvolvidos pelo estaleiro para o controle das operações.
As ações de melhoria contínua no processo de organização da produção,
em todos os níveis do empreendimento, são promovidas através de planos
de ação, sugestões, reuniões específicas do departamento de qualidade e
outras. A cada ano o departamento de gestão atribui metas para o
departamento de produção, a serem alcançadas financeiramente (quanto
ao lucro) e produtivamente (através da aplicação de melhorias no
processo). São realizadas reuniões semanais para a discussão do
progresso e melhorias e de questões de segurança, qualidade e
produtividade.
A integração e controle das várias unidades de produção, quando se
encontram em sites distintos, se dá através da coordenação entre os
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diferentes estaleiros. São realizadas reuniões de análise crítica, planos de
ação, relatórios de inspeção e de acompanhamento de atividades, entre
outras. Para o suporte operacional, são empregadas técnicas de
integração próprias, como o WBS – Work Breakdown Struture e um
sistema informatizado de gestão de empreendimentos.
Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e
estruturados no nível de gestão, através de reuniões com as equipes de
gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida
em todas as reuniões.
Os critérios de SMS são considerados no processo de aquisição de bens e
serviços, desde o início do processo de planejamento das ações. Nessa
ocasião, faz-se a revisão do desempenho, as análises relativas à
qualidade, segurança, preço e desempenho anterior. Ou seja, analisam-se
as principais variáveis.
Em um segundo momento, essas questões voltam a ser reavaliadas,
durante a execução, observando-se o que está sendo feito, de que forma
está sendo feito e se os procedimentos estabelecidos estão sendo
cumpridos.
Em um terceiro momento, volta-se a avaliar o processo. Depois de
concluído o projeto, tem-se outro processo de avaliação, desta vez
realizado pelo gerente de projeto, observando as questões de qualidade,
segurança e produtividade. O processo de avaliação contempla também o
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desempenho dos profissionais que atuaram no projeto, residentes e não
residentes.
Os critérios estabelecidos para a gestão de produtos, aplicados no
empreendimento, são as análises de riscos do trabalho, com a
identificação de todas as etapas de trabalho e dos riscos relacionados com
as etapas de trabalho, implementando imediatamente as medidas de
controle. Essas análises podem ser alteradas quando necessário, de forma
a tornar a realização das atividades mais segura.
Os procedimentos necessários à execução das atividades são repassados à
força de trabalho através de reuniões específicas, que ocorrem pela
manhã com os trabalhadores, antes do início dos trabalhos diários. O
acompanhamento das atividades realizadas em sites externos por
terceiros são acompanhadas por funcionários do estaleiro e do cliente.
Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em sistemas
de gestão, sejam eles de produção/operação ou de projetos.
A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na utilização
de conceitos modernos como modularização, utilização intensa de
recursos de tecnologia da informação, entre outros.
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Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) Existe, claramente, uma cultura que visa obter competências em
sistemas de gestão, sejam eles de produção/operação ou de
projetos.
b) Especial atenção é dedicada à melhoria contínua, através da busca
de meios e tecnologias que aumentem a produtividade, segurança e
qualidade.
c) Um ponto positivo é a existência de software de gestão do
empreendimento que faz a gestão de todo o empreendimento,
possibilitando a análise e correção dos possíveis desvios.
d) A estratégia de planejamento/execução do projeto é baseada na
utilização de conceitos modernos como modularização, utilização
intensa de recursos de tecnologia da informação, entre outros.
e) Observou-se uma preocupação contínua em relação à integração das
áreas de gestão que são fundamentais para o sucesso nos projetos
e o alinhamento entre as equipes de produção, por meio das
reuniões gerais antes dos turnos de trabalho.
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As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
Foi observada a existência de uma integração plena do planejamento e
controle da área de SMS com o restante do planejamento (custo, prazo,
suprimentos, etc.), para os empreendimentos em execução. Durante a
visita ao chão de fábrica, verificaram-se evidências de práticas de SMS.
A estruturação do Sistema de Gestão do empreendimento, abrangendo
normas de SMS, ocorre com a integração dessas e o seu efetivo emprego
em todos os sites do empreendimento, com o cumprimento obrigatório
por toda a estrutura operacional da empresa e pelas empresas
subcontratadas. O empreendimento adota como normas internacionais
ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, respectivamente para as áreas de
Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional. O gerenciamento de
todas essas normas de gestão, associadas às exigências do governo local
e dos clientes, ocorre no “HSE Management System”.
Todos os funcionários próprios e contratados que atuam no site devem ter
conhecimento, compreender e praticar as determinações do sistema de
gerenciamento de SMS, contendo códigos de boas práticas, normas e
regulamentos.
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O sistema de gerenciamento de SMS possui elementos da organização dos
processos às práticas de trabalho e treinamentos específicos, fornecendo
as orientações necessárias para o estaleiro operar com os níveis de SMS
requeridos pela própria instituição, pelo cliente e pelos organismos
reguladores. Como o estaleiro possui várias docas e instalações, com
capacidade de atendimento a vários clientes simultaneamente, seus
empregados podem ter que atender a exigências distintas de cada cliente;
desta forma, foi estabelecido um programa de Gestão de SMS capaz de
atender ao máximo possível a todas essas exigências. Afora isso, o
sistema tem que atender também as exigências governamentais,
passando a ser esse o “pacote integrado de gestão de SMS local”, o que
torna mais fácil, não só a ambientação, compreensão e entendimento dos
trabalhadores, como também a fiscalização.
Para o controle de atendimento às normas e ou regulamentos legais e
contratuais, o estaleiro emprega programas (softwares), que integram as
normas de gestão nas quais a organização é certificada (ISO 14001 e
OHSAS 18001) com os demais procedimentos e regulamentos
operacionais.
As empresas subcontratadas são avaliadas através de check-lists
específicos, verificando, dentre outras coisas, como lidam com as
questões de SMS. Quanto a isso, o principal estaleiro da organização,
antes de qualquer sub-contratação, verifica o perfil e as qualificações das
empresas, principalmente nas questões relacionadas a SMS, realizando
auditorias periódicas antes de oferecer um contrato definitivo. Após a
contratação, são estabelecidas auditorias regulares. O comum é o fato de
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que a maioria dos procedimentos, quando pertinentes, contém lista dos
requisitos legais a serem atendidos ao longo do contrato.
b) Suprimentos
Os fatores que podem ter maior impacto positivo e negativo sobre os
prazos contratuais estão relacionados ao fornecimento de equipamentos e
materiais pelos clientes, podendo ocorrer atrasos. Nesses casos, em
função dos dispositivos contratuais, o cliente pode ter que pagar multas
por esses atrasos ou cobrir os custos dos eventuais atrasos.
A integração da área de suprimentos com o planejamento se dá, não
somente na convergência com os objetivos estratégicos do
empreendimento a ser realizado, como também nos mecanismos de
gestão para controle de prazos, da qualidade dos fornecimentos e de
otimização dos custos de aquisição.
Imagem 6 – O processo de gestão do empreendimento leva em consideração o sistema
Seis Sigma
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c) Custos
O controle de custos é realizado em reuniões regulares, em que são
discutidos os níveis de tolerância dos desvios de custos, as medidas para
contenção de gastos e as eventuais correções no projeto.
Além disto, foi observada uma forte preocupação com a redução de custos
do empreendimento. No entanto, há um foco da administração para que a
redução não prejudique a qualidade dos entregáveis.
Imagem 7 – Fluxo de produção empregado na organização, maximizando os resultados.
d) Qualidade
A qualidade adota medidas preventivas e corretivas. Como medida
preventiva, pode-se citar a elaboração do plano da qualidade para as
diversas áreas de operação do empreendimento. Existe um controle de
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inspeção da qualidade dos materiais utilizados no canteiro e de
preservação dos mesmos.
Como medida corretiva, o departamento de controle da qualidade
inspeciona todas as áreas de trabalho e verifica os processos e a
qualidade do que foi acrescentado ao produto, para descobrir se houve
qualquer desvio. Estes são relatados e colocados no sistema
informatizado, que pode ser verificado pela equipe de produção e
projeto.
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Estaleiro I
Resultados sumarizados ....................................................... 325
Organização e Condições Físicas do Canteiro ....................... 326 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 326
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 332
Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho ................. 335 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 335
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria .......................... 338
Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro ..... 339 Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 339 Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 341
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro . 341
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 341
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 344
Controle dos Estoques do Canteiro ....................................... 344
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 344
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 345
Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro ......... 346
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 346
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria .............................. 351
O Planejamento e o Controle do Empreendimento ............... 352
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 352
Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria ........................ 354
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas ............................................................................ 354
Análise das Condições do Estaleiro ............................................................. 354
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Resultados sumarizados
Em relação aos pontos fortes e oportunidades de melhorias, os principais
resultados observados, especificamente no estaleiro A e que serão
desenvolvidos a seguir, são:
• Existência de uma forte conscientização para a otimização do layout
para que as distâncias de movimentação sejam diminuídas.
• Estão sendo implantadas novas filosofias de gestão em SMS e de
sistema de gestão integrado os quais, após validação, serão
estendidas aos demais empreendimentos.
• Existe pleno conhecimento das vantagens da utilização da
modularização para se obter ganhos de produtividade.
• Existe um planejamento para a ocupação mais eficaz do chão de fábrica levando em consideração fatores como espaço, localização de guindastes, cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros.
• A organização emprega cuidados para que os equipamentos e
ferramentas sejam mantidos em condições de uso imediato para o
aumento da segurança dos trabalhadores e da produtividade da
operação.
• Há um número adequado de equipamentos de transporte e elevação
conforme as necessidades atuais do estaleiro.
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• Existência de cultura na organização para busca do aperfeiçoamento
através da discussão dos problemas ocorridos com as equipes do
cliente, assim como reuniões com a alta direção do
empreendimento.
Organização e Condições Físicas do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro O empreendimento possui uma área de 123 hectares de terreno,
totalmente plano, com uma “frente” para o mar de 1.500m.
Nessa área, encontram-se dispostos 26 workshops de grandes dimensões,
equipados com equipamentos para o corte, dobra, solda e montagem de
chapas de até 150mm.
O empreendimento possui instalações abrangentes no local, capazes de
acomodar simultaneamente a construção de grandes estruturas marítimas
em um grande pátio aberto de fabricação, além de contar com grandes
galpões industriais, docas secas em número de duas e guindastes de
grande porte. Também oferece um recurso exclusivo de docagem com um
dos maiores shiplift do mundo para navios de até 50.000 dwt. As docas
secas têm as seguintes características:
• Doca Seca 1, com capacidade de docagem de embarcações de até
450.000dwt, e dimensão física de 385m x 80m x 14m;
• Doca Seca 2, com capacidade de docagem de embarcações de até
140.000 dwt, e dimensão física de 270m x 46m x 12.5m;
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O empreendimento vem se transformando em um exclusivo ONE-STOP
CENTER, além de líder em conversão de FPSO/FOE, fabricação e
construção, construções voltadas para a indústria de óleo & gás,
fabricação de turrets (estruturas adaptadas em navios que atuam junto a
poços de petróleo) e reparação de navios-tanque de petróleo.
Recentemente, concluiu a primeira estrutura SPAR (jaqueta) a ser
instalado fora do Golfo do México.
O layout foi definido de modo que possa atender simultaneamente a
vários projetos, aplicando-se a filosofia de “arrendamento” ou “locação”
das áreas. Os clientes têm a possibilidade de utilizar os equipamentos de
movimentação de cargas, galpões industriais, equipamentos de grande
porte para a fabricação, montagem e reparos das embarcações.
As empresas que utilizam as áreas do empreendimento, nesses casos,
podem utilizar o cais ou uma das docas para reparos, ou utilizar também
um dos grandes galpões industriais. Há uma mão de obra, não própria,
que pode ser empregada por essas empresas e que atua nos vários
projetos.
Quando se analisa a questão da dimensão física do estaleiro em relação à
disponibilidade das máquinas, equipamentos, instalações e sistemas, sob
a forma de arranjo físico, verifica-se que o estaleiro foi construído para
atividades de reparação e conversão de navios e plataformas. Desta
maneira, todas as instalações auxiliares ficam ao redor.
Parte do estaleiro foi construída por outras empresas e alguns locais
passaram a ser inadequados, razão pela qual o estaleiro dobrou de
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tamanho nos últimos 30 anos. Hoje há 22 cais, 3 docas secas e 2 docas
flutuantes, afora as inúmeras instalações para suprir as demandas dos
vários projetos desenvolvidos em paralelo. Para isso, existe um rigoroso
planejamento e controle das atividades.
Uma das prioridades em vista de toda essa área e cais é a da minimização
das distâncias de transporte, posicionando-se os galpões o mais próximo
possível dos inúmeros cais e docas. As edificações formam 3 grandes
grupos, situados na parte mais central da área ocupada. Desses locais
partem linhas de pórticos transportando as peças e componentes
fabricados para as docas. Nos percursos intermediários, são utilizados
equipamentos de menor capacidade de carga e mais flexíveis para essas
atividades.
Quanto a essa atividade, a empresa prioriza não só o menor número
possível de movimentações como também a realização a baixa altura,
para reduzir os riscos. Para tal, empregam-se plataformas e veículos de
transporte mais baixos e o emprego de pórticos sobre trilhos, com até 800
ton de capacidade de carga. Em todos os galpões industriais, há pontes
rolantes, algumas de grande porte, que retiram as cargas e as posicionam
sobre as plataformas de transporte.
O arranjo físico contempla um cais de projeto e oficinas junto ao cais;
estas existem para racionalização dos transportes necessários. Percebe-se
uma grande quantidade de docas e cais que têm capacidade para atender
a vários clientes e a várias embarcações simultaneamente. No momento,
a dimensão física do canteiro influencia o total de embarcações em
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processo de reparo ou conversão. Contudo, havendo necessidade de se
aumentarem as áreas para novos projetos, isso pode ser considerado.
A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos,
dentre os quais a agilidade de fabricação e, por conseguinte, de entrega
da obra antes do prazo, redução de custos, quando as obras são
encaminhadas para locais onde os custos de materiais e de mão-de-obra
sejam menores. Quando a modularização ocorre no próprio estaleiro, uma
das razões é a da facilidade de montagem e do emprego de equipamentos
de movimentação de cargas de menor porte. Quando está se trabalhando
com estruturas elevadas e essa é modularizada, reduzem-se os riscos de
trabalhos em altura, já que esses passam a ser necessários somente na
interligação dos módulos ou na completação dos serviços.
O processo de terceirização é empregado no estaleiro por várias razões,
entre as quais a de serviços eventuais ou pontuais. Também podem ser
terceirizados serviços que tenham a chance de representar maiores riscos
ou custos e serviços cuja mão-de-obra exige especialização e, assim, seria
requerido maior esforço do estaleiro em capacitação de pessoal. Por fim,
esses fatores apresentados quase sempre se encontram associados.
Há no estaleiro cerca de 20 a 30 pessoas encarregadas das questões de
logística e layout, avaliando as necessidades e analisando os problemas
ocorridos em um projeto, de modo que não se repitam nos demais.
Há espaços suficientes para o atendimento a vários projetos
simultaneamente, já que o empreendimento foi estruturado como uma
grande área de apoio com aproximadamente 125 hectares. No momento,
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a dimensão física do canteiro influencia o total de embarcações em
processo de reparo ou conversão. Contudo, havendo necessidade de
aumentarem-se as áreas para novos projetos, isso pode ser considerado,
já que há espaço físico suficiente.
A modularização do projeto é definida em função de vários aspectos,
principalmente, redução de prazos, custos e facilidade de fabricação. No
caso de redução de custos, muitas vezes as obras são terceirizadas,
visando reduzir custos de materiais e de mão-de-obra. Quando a
modularização ocorre no próprio estaleiro, uma das razões é a da
facilidade de montagem e do emprego de equipamentos de movimentação
de cargas de menor porte. Quando está se trabalhando com estruturas
elevadas e essa é modularizada, reduzem-se os riscos de trabalhos em
altura, já que esses passam a ser necessários somente na interligação dos
módulos ou quando os serviços são completados.
O estaleiro possui rotas de escape e pontos de encontro em caso de
acidentes ou de necessidade de se abandonar o site. No entanto, esta
providência é comum em qualquer organização de porte grande ou médio.
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Foto 1 - Vista geral do empreendimento com suas várias edificações, navios em cais e
docas e equipamentos de movimentação de carga.
A área do empreendimento impressiona pelas dimensões, fora dos
padrões normais dos demais estaleiros. Outro fato interessante é o da
opção do empreendimento de oferecer serviços aos clientes. Caso o
cliente deseje docar uma embarcação, instalar um equipamento ou
qualquer outra atividade, pode contratar os serviços, assim como pode
empregar a mão de obra local ou levar sua própria equipe de trabalho.
Foto 2- Vista geral da área descoberta do canteiro empregada para a montagem de
estruturas.
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Essa área é utilizada na montagem de estruturas, pelas empresas
contratantes dos serviços ou pelo próprio empreendimento. São
estruturas que serão incorporadas a plataformas de petróleo. Em função
das suas dimensões, são feitas ao ar livre. As coberturas para a proteção
dos soldadores ficam posicionadas somente sobre os mesmos, não
atingindo a toda a estrutura.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
Os pontos fortes apresentados pelo empreendimento são seus
equipamentos e instalações, listados abaixo:
• Duas Docas Secas;
• Shiplift System (Sistema de elevação de navios ou comporta), com
capacidade para embarcações de porte de 50000 dwt, e dimensão de
188,4m x 33,8m x 8m;
• 11 guindastes à beira do cais com capacidades entre 15 a 80 tons;
• 1 guindaste com capacidade de 150ton e alcance de 100m Max., 80
tons com alcance de 50m;
• 6 guindastes sobre esteiras, 150 a 250 tons;
• 5 áreas de fabricação totalizando 224.600 m2 com uma capacidade de
fabricação anual de 45.000 MT;
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• Facilidades para reparo de Tanques de navios de LNG:
Ta n q u e s p a r a a t iv id a d e s c r io g ê n ica s
Ce n t ro s d e s o ld a g e m ( In va r )
Co n s o le m ó ve l d e in s t ru m e n t o s d e m o n it o r a m e n t o d o s t a n ques de
carga (GTCR)
Foto 3 – Galpão de fabricação de componentes de vasos de pressão
Workshops de corte e montagem
• Galpão com as seguintes dimensões: C: 115m, L: 100 m, H: 22.22 m e
máquinas diversas de porte a plasma e a gás, pontes rolantes e
equipamentos de transporte de equipamentos;
• Duas pistas de rolagem, com capacidade de carga máxima de 40,000
tons e comprimento de 300m cada;
• Dois berços em terra, sendo um com comprimento de 345m e
capacidade de 142ton/m e outro com comprimento de 315m e
capacidade de 125ton/m;
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• Cais: Os cais têm berço de atracação para navios com comprimento
variando entre 232m a 390m.
A área de operação e o mercado alvo são:
• Válvulas e portões para plantas hidroelétricas;
• navios com chapa de costado de até 150 mm espessura de parede, peso
máximo de até 200/300ton, (FCC reatores, tambores de coque, colunas).
Principais produtos típicos:
• recipientes sob pressão reatores;
• projetos de colunas EPCIC (ou seja, engenharia, aquisições, construção,
instalação e designação);
• trocadores de calor ar fan coolers;
• apoio às embarcações operando no mar;
• construção de tanques flutuadores e estruturas anexas para plataformas
e jaquetas;
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Racionalidade do Layout dos Postos de Trabalho
Análise das Condições do Estaleiro
O empreendimento disponibiliza cinco áreas de fabricação, totalizando
224.600m2, com capacidade anual de 45.000 toneladas métricas.
Também há disponibilização de 26 workshops cobertos, com um total de
53.880m2, incluindo todo o maquinário necessário à execução das
atividades; um galpão para corte e solda com as seguintes dimensões:
115m x 100m x 22,22m e possuindo 4 unidades de plasma (CNC); 1
unidade de corte a gás; vários outros equipamentos de corte e solda;
mesas de montagem; calandras; e pórticos rolantes (5 de 40ton, 1 de
60ton, 2 de 80ton e 2 de 160ton).
Foto 4 – Galpão de corte e montagem.
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Relatório Final E&P - 27.6
O galpão de corte e montagem possui os seguintes equipamentos /
utilidades:
Dimensões de 115m (L) x 100m (W) x 22.22m (H);
4 unidades de corte à plasma;
1 unidade de corte à gás;
1 unidade T-Bar line machine;
1 unidade VBA gas CNC machine;
2 unidades 20T magnetic overhead travelling crane;
2 unidades 20T overhead travelling crane Sub Assembly Shop 180m
(L) x 100m (W) x 37.4m (H);
1 unidade de solda automática c/ conveyor system;
1 unidade 10T semi-gantry crane;
1 unidade 20T semi-gantry crane ;
2 unidades de soldagem gantry c/w 16 FCAW machine & carriage;
1 ponte rolante elétrica com capacidade de 40 Tons para transferência
de equipamentos;
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Relatório Final E&P - 27.6
1 unidade de carro elétrico de transferência com capacidade de 60
Tons
4 unidades 40T overhead travelling crane Block Shop 105m (L) x
100m (W) x 49m (H);
4 unidades de solda gantry cranes c/16 FCAW welding machine;
2 unidades 80 Tons overhead travelling crane;
2 unidades 160 Tons overhead travelling crane
Foto 5 - Vista parcial de uma das áreas de montagem.
Pelo fato de a área do empreendimento ser utilizada, principalmente, para
atividades diversas desenvolvidas por terceiros, esses devem estruturar
suas próprias equipes. Deve ser considerado que o empreendimento
pertence ao governo local, que não tem nenhuma exigência específica no
que diz respeito à estruturação dessas equipes.
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A norma de certificação e gestão adotada é a ISO 9001. Como o
empreendimento está, atualmente, desenvolvendo ações no sentido da
busca em excelência, estão em desenvolvimento estratégias para a
implantação das normas ISO 14001 e OHSAS 18001.
As ações de melhoria contínua no processo de organização da produção,
em todos os níveis do empreendimento, são promovidas através de planos
de ação, sugestões, reuniões específicas do departamento de qualidade e
outras. Entretanto, deve ser ressaltado que houve uma afirmação de um
cliente, exercendo a função de gerente de contrato, de que, pelo fato de
utilizarem funcionários terceirizados, os resultados finais não são tão bons
como em outros estaleiros asiáticos, especialmente os coreanos.
Definição dos Pontos Fortes e de Oportunidades de Melhoria
a) Conscientização pela organização de que é necessário aprimorar
a excelência da gestão do estaleiro e, por isso, estão
desenvolvendo estratégias para a implantação das normas ISO
14001 e OHSAS 18001.
b) Planejamento da ocupação mais eficaz do chão de fábrica,
levando em consideração fatores como espaço, localização de
guindastes, cais, disponibilidade de equipamentos, entre outros.
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Dinâmica dos Transportes de Movimentação do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Uma vez que a capacidade dos guindastes é muito importante no processo
de reparo ou construção, e mesmo no de conversão de embarcações, os
projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e do local
do cais que poderá ser utilizado. Nos processos de conversão, há cargas
que precisam ser removidas – equipamentos, partes do casco e outras - e
cargas que precisam ser inseridas. Nesses casos, há necessidade de áreas
não só para a movimentação das cargas como também para o
armazenamento temporário.
Existem 11 guindastes dando suporte às atividades de cais, com
capacidades variando entre 15 a 80 toneladas, e 15 guindastes sobre
esteiras ou pneus com treliça de carga, com capacidades de 15 toneladas
a 100 metros até 80 toneladas a 50 metros. O estaleiro possui ainda 6
pontes rolantes, com capacidades de carga variando entre 150 a 250
toneladas. Para as cargas mais leves, são empregadas no transporte
empilhadeiras de várias capacidades e dimensões.
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Figura 6- Guindaste em operação.
Existem planejamento e procedimentos específicos para toda
movimentação e elevação de cargas pesadas e para desmontagem e
montagem de peças ou estrutura com elevado peso ou com geometria
especial.
Para a movimentação de cargas e equipamentos dentro do canteiro de
obras, há análises da capacidade de suporte do solo, elaboração dos
planos de rigging, avaliação das condições climáticas e elaboração dos
procedimentos necessários. As cargas de maior valor e aquelas com
geometria especial e pesos elevados são acompanhadas por profissionais
das sociedades classificadoras e das companhias de seguros, que avaliam
as características de segurança dessas operações. Também podem ser
elaborados planos de rigging pelos especialistas das empresas
responsáveis pelo fornecimento dos guindastes. Em todas essas
atividades, há sempre o envolvimento do gerente de segurança da
unidade.
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Como a capacidade dos guindastes é muito importante no processo de
reparo ou construção, e mesmo no de conversão de embarcações, os
projetos são avaliados sob a ótica da movimentação das cargas e dos cais
que poderão ser utilizados.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) O estaleiro apresenta boa capacidade em relação a equipamentos de
transporte.
b) Existe um planejamento das operações complexas de rigging e de
elevação de cargas. Existe uma preocupação em se dotar o canteiro
de áreas que permitam o deslocamento dos meios de transporte,
para movimentação de cargas dentro do canteiro, de maneira a
aperfeiçoar este deslocamento.
Máquinas, Equipamentos e Automação usados no Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Os critérios adotados para a escolha das máquinas e equipamentos a
serem utilizados dependem das demandas internas e externas,
produtividade requerida e outras. A empresa em foco possui três sites
especializados para atividades específicas, preparados para esses
serviços. Havendo necessidade, é realizado um planejamento específico
em que se dimensionam ou escolhem os dispositivos mais bem indicados.
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Há alguns critérios básicos, como o de as novas máquinas associrem
qualidade de desempenho ao atendimento aos requisitos de segurança.
Ainda na fase do planejamento, os gerentes dos setores são consultados
sobre o que deve ser utilizado, quando deve ser utilizado e, se há um
equipamento disponível em outro local, quando poderá ser disponibilizado.
Os critérios considerados para definir os planos de manutenção, reparos,
liberação e identificação das máquinas, equipamentos e ferramentas, são:
plano de manutenção preventiva dos guindastes, empilhadeiras, etc.,
focando o que deve ser feito e o momento em isso ocorrerá –
planejamento das ações; indicação, através de cores, dos equipamentos
que sofrem manutenção, associando as cores a um período. Através desse
processo, identifica-se com mais facilidade se o equipamento, máquina ou
ferramenta está com a sua manutenção em dia e quando irá ocorrer a
próxima intervenção.
Foi observado que o estaleiro não apresenta um bom nível de automação
das máquinas e equipamentos. Exemplificando, pode ser dito que as
atividades de pintura são executadas de forma vulnerável às ações do
tempo e não foi constatada a existência de cabine de pintura
automatizada que permitiria uma melhor qualidade e produtividade. Um
dos clientes entrevistados, que é gerente de contrato, declarou que o
acabamento final de pintura deixa a desejar.
A área de fabricação de pipe spools pode ter a utilização de gabaritos
intensificada, o que aumentaria a produtividade do setor e proporcionaria
uma melhor condição ergonômica para os funcionários.
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Figura 7 - Área de pintura do canteiro.
Figura 8 - Vista geral do chão de fábrica.
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Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Existe um cuidado para que os equipamentos e ferramentas sejam
mantidos em condições de uso imediato, para o aumento da
segurança dos trabalhadores e da produtividade da operação.
b) Há medidas preventivas, como planos de manutenção e reparos dos
equipamentos, com especial atenção para aqueles voltados a
movimentação de cargas; além da aplicação de boas práticas,
percebida na fácil identificação das máquinas, equipamentos e
ferramentas.
Controle dos Estoques do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e
estruturados, no nível de gestão, através de reuniões com as equipes de
gestão. A equipe de projeto é o elemento chave do processo e é ouvida
em todas as reuniões ocorridas.
Os critérios para a gestão dos produtos e as informações quanto à
preservação dos mesmos, desde o recebimento até a destinação final, são
definidos pelos próprios clientes, a quem cabem as responsabilidades pela
preservação dos produtos até suas aplicações.
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Pelo fato de a área do empreendimento ser utilizada, basicamente, para
atividades diversas desenvolvidas por terceiros, estes estruturaram suas
próprias equipes.
O processo de controle de estoques do estaleiro não se demonstrou
adequado. No entanto, deve ser ressaltado que a arrumação e o
acondicionamento dos estoques se apresentam dentro das condições
técnicas recomendadas. Estão dispostos em cima de paletes, não estando
armazenados sobre o chão.
A metodologia utilizada para identificação dos itens não utiliza recursos
tecnológicos modernos.
Existe um número adequado de equipamentos de elevação e transporte
de peças e materiais.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
a) Os procedimentos de arrumação e acondicionamento dos itens
apresentam-se dentro das técnicas recomendadas.
b) Há um número adequado de equipamentos de transporte e
elevação, conforme as necessidades atuais do estaleiro.
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Organização e Racionalidade do Trabalho do Canteiro
Análise das Condições do Estaleiro
Os principais critérios que norteiam a definição do arranjo físico do
canteiro de obra são: segurança operacional; produtividade; qualidade;
flexibilidade e cumprimento de prazos. Os critérios relacionados à
qualidade e segurança, além de atenderem às características do projeto,
buscam também o atendimento quanto às exigências legais e contratuais.
Em relação à modularização, esta pode ocorrer no próprio estaleiro, em
razão da facilidade de montagem e do emprego de equipamentos de
movimentação de cargas de menor porte. Quando se trabalha com
estruturas elevadas que são modularizadas, reduzem-se os riscos de
trabalhos em altura, já que eles passam a ser necessários somente na
interligação dos módulos ou na finalização dos serviços. Na prática, os
clientes fazem suas opções no momento em que encaminham as
embarcações para o site. Eles próprios podem contratar as empresas que
irão gerenciar suas obras e indicar, através destas, os critérios quanto à
modularização das estruturas.
O processo de terceirização é empregado no estaleiro por diversas razões,
entre as quais a de serviços eventuais ou pontuais. Também podem ser
terceirizados serviços que representem maiores riscos ou custos e
serviços que demandem uma mão-de-obra especializada não disponível
no estaleiro. A relação entre pessoal terceirizado e pessoal próprio é de 3
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para 1. Normalmente, essa estrutura que não é própria é utilizada em
serviços desenvolvidos para terceiros.
A empresa possui três estaleiros especializados para atividades específicas
e preparados para esses serviços. Havendo necessidade, um
planejamento é realizado, em que se dimensionam ou escolhem os
dispositivos mais bem indicados.
Em relação à gestão das atividades de SMS, existem três tipos em curso.
No primeiro, tem-se a gestão desenvolvida pela própria empresa,
subordinada à política de segurança do governo local. No segundo
modelo, há uma gestão desenvolvida por empresa especializada, na obra
de um dos acionistas do empreendimento, em que estão sendo
implantadas novas filosofias de gestão e de sistema de gestão integrado;
esse trabalho, após validação pelo governo, que é o principal acionista,
deverá ser estendido ao restante do empreendimento. No terceiro modelo,
tem-se a gestão de SMS desenvolvida pelos próprios clientes do
empreendimento. A harmonização de todos esses critérios é guiada pela
preservação da integridade física dos trabalhadores e pelo respeito ao
meio ambiente.
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Figura 9 - Workshops disponibilizados para as várias atividades.
Foram construídos 26 workshops, totalizando uma área de 53.880 m2,
com dimensões e maquinários compatíveis com as atividades que ali
podem ser desenvolvidas.
Foto 10 - Pistas de esquidagem para o lançamento dos módulos nas barcaças de
transporte.
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As pistas apresentam as seguintes características técnicas:
Capacidade individual de 40.000tons; Duas pistas fixas e duas pistas alternativas ou transversais, com 300m
de comprimento cada;
Foto 11 – Berços de atracação e de montagem sobre cais (também denominados de
docas secas).
Foto 12 – Docas secas para navios e plataformas
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As docas secas apresentam as seguintes características:
Berço 1 Comprimento de 345m;
Capacidade de 142 ton/m; Berço 2 Comprimento de 345m;
Capacidade de 125 ton/m;
Foto 13 – Cais à beira do mar.
Os cais de atracação à beira do mar possuem capacidade ou berços para
embarcações com comprimentos variáveis entre 232m a 390m.
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Foto 14 – Shiplift ou elevador de navios.
O shiplift possui competência para arraste e ou içamento de embarcações
com capacidade de até 50.000dwt, dimensões de 188,4 metros de
comprimento, 33,8 metros de largura e profundidade de 8 metros; são
capazes de operar as maiores plataformas de petróleo.
Definição dos Pontos Fortes e Oportunidades de Melhoria
A organização possui foco na definição do arranjo físico do canteiro da
obra, em relação aos aspectos de segurança operacional; de
produtividade; qualidade; flexibilidade e cumprimento de prazos. Além
disto, estão sendo implantadas novas filosofias de gestão e de sistema de
gestão, que após validação serão estendidas aos demais
empreendimentos.
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O Planejamento e o Controle do Empreendimento
Análise das Condições do Estaleiro
Os fatores que podem impactar os prazos contratuais estão relacionados
ao fornecimento de equipamentos e materiais pelos clientes, podendo
ocorrer atrasos. Nesses casos, em função dos dispositivos contratuais, o
cliente pode ter que pagar multas por esses atrasos ou cobrir os custos
dos eventuais atrasos.
Existem análises periódicas dos desvios ocorridos no projeto, que são
identificados por sistemas de controle, abrangendo a totalidade das
áreas/setores onde o empreendimento é executado. Nas demais áreas, os
controles são realizados pelos próprios clientes.
Há reuniões diárias para a discussão dos problemas ocorridos; reuniões
semanais entre o estaleiro e as equipes do cliente para a discussão dos
avanços dos cronogramas e dos progressos e reuniões com a alta direção
do empreendimento.
Os processos de engenharia, suprimento e produção são integrados e
estruturados no nível de gestão através de reuniões com as equipes de
gestão.
Os procedimentos necessários à execução das atividades são repassados à
força de trabalho através de reuniões específicas, que ocorrem pela
manhã com os trabalhadores, antes do início dos trabalhos.
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Independentemente dessas reuniões de divulgação das orientações, há os
supervisores de campo, encarregados de grupos de trabalhadores.
A integração e o controle das várias unidades de produção, quando estas
se encontram em sites distintos, acontecem através da coordenação entre
os diferentes estaleiros. São realizadas reuniões de análise crítica, planos
de ação, relatórios de inspeção e de acompanhamento de atividades,
entre outras.
No processo de fabricação, as empresas terceirizadas ou subcontratadas
podem executar os serviços no site do estaleiro ou em suas próprias
instalações, de acordo com as características dos serviços e dos contratos.
A indicação para a terceirização ou subcontratação depende de uma série
de fatores. Cada gerente tem autonomia para contratar as empresas que
necessitar, pois são os responsáveis pelos resultados obtidos. Havendo
subcontratações, são buscadas empresas que apresentem elevado
desempenho e qualidade e tenham capacidade reconhecida. Quando
ocorre essa terceirização, principalmente se externa, são realizadas
auditorias periódicas por empresas especializadas. Entretanto, um dos
clientes citou que os contratados com que a organização trabalha não têm
boa qualidade e boas práticas.
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Definição dos Pontos Fortes e das Oportunidades de Melhoria
a) São feitas análises periódicas dos desvios ocorridos no projeto,
identificados por sistemas de controle, abrangendo a totalidade das
áreas/setores onde o empreendimento é executado.
b) Existe uma cultura de busca do aperfeiçoamento, através da
discussão dos problemas ocorridos e de reuniões semanais entre o
estaleiro e as equipes do cliente, assim como reuniões com a alta
direção do empreendimento. Estas reuniões podem resolver, no
tempo devido, os problemas reportados por um dos clientes em
relação à qualidade e boas práticas.
As relações entre o planejamento e controle com as outras disciplinas
Análise das Condições do Estaleiro
a) SMS
O empreendimento prioriza as exigências estabelecidas pelas Sociedades
Classificadoras, nos casos de fabricação própria de equipamentos e
componentes de embarcações para a indústria offshore; e também
aquelas exigências determinadas pelos clientes, nos casos em que
participe de obras junto a eles.
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O sistema de gestão está sendo desenvolvido em parceria com empresa
que gerencia uma obra de seu principal acionista. A partir da validação
das ações naquela obra específica, os conceitos serão ampliados para todo
o restante do empreendimento.
Não se pode avaliar o dimensionamento das equipes de SMS em função
das características dos serviços existentes. Em cada serviço desenvolvido
há estruturas próprias dos clientes. O desse país determina um mínimo de
critério estabelecido, através de legislações específicas, cabendo ao
empreendimento ampliá-las em suas próprias obras.
O planejamento das atividades de SMS é realizado pelos próprios clientes,
nas atividades que não contam com o envolvimento dos empregados do
próprio empreendimento. As atividades desenvolvidas com o apoio do
empreendimento ou que utilizam suas instalações fabris são antecedidas
por um planejamento das atividades, que busca ajustar, não só as
necessidades do empreendimento e dos clientes, como também o
atendimento à Política de SMS deste. A norma de certificação e gestão
adotada é a ISO 9001. Como o empreendimento está desenvolvendo
ações de busca em excelência, estão em desenvolvimento estratégias
para a implantação das normas ISO 14001 e OHSAS 18001.
Todos os funcionários, próprios e contratados, que atuam no site devem
ter conhecimento das determinações do sistema de gerenciamento de
SMS, compreendê-las e praticá-las, por meio dos códigos de boas
práticas, normas e regulamentos.
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Para o controle de atendimento às normas e ou regulamentos legais e
contratuais, são empregadas sistemáticas distintas, de acordo com as
exigências dos clientes. Pode-se dizer que, para muitos clientes, as
exigências existentes no estaleiro encontram-se bem acima daquelas que
contratualmente o fazem. Assim, os controles existentes atendem a todos.
O estaleiro possui como legislação básica os quesitos determinados pelo
governo local, considerados como básicos. Junto a esses, são
incorporados os quesitos de SMS definidos pela Organização e pelos
clientes, integrados em um único sistema de gestão. Isso faz com que o
plano estabelecido seja cumprido por todos.
Ocorrendo um acidente, todos os responsáveis e envolvidos são
convocados para a análise e explicação das causas e conseqüências,
dando divulgação dessas a todos os empregados.
No planejamento das ações de SMS, são identificadas as tarefas críticas e
criados registros de riscos. Assim, reconhecem-se quais são as atividades
críticas e que impactos trarão para a segurança e saúde dos
trabalhadores. Esse planejamento é realizado antes do início de quaisquer
atividades. A responsabilidade de execução / cumprimento dos requisitos
de SMS no projeto recai sobre toda a estrutura organizacional.
Normalmente, no empreendimento há pessoas dedicadas às atividades de
SMS, com papéis e responsabilidades específicas.
O repasse das informações aos envolvidos ocorre antes do início das
atividades, através de palestras, treinamentos e diálogos de segurança.
Esse repasse reforça o que já foi estabelecido nos procedimentos de
produção, que incorporam as ações de SMS.
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As definições operacionais são definidas em conjunto com o
empreendimento e com os clientes, em virtude de as principais áreas
serem utilizadas por esses, em serviços de média e pequena duração.
Desta forma, a cada novo contrato, são avaliadas as necessidades de
espaços físicos, de cais ou docas, de galpões, equipamentos e pessoal.
Também são contemplados nesse momento as necessidades de
fornecimento de materiais e insumos e espaços físicos para a estocagem
provisória dos materiais.
b) Suprimentos
Os fatores que podem ter maior impacto positivo e negativo sobre os
prazos contratuais estão relacionados ao fornecimento de equipamentos e
materiais pelos clientes, podendo ocorrer atrasos. Nesses casos, em
função dos dispositivos contratuais, o cliente pode ter que pagar multas
por esses atrasos ou cobrir os custos dos eventuais atrasos.
c) Custos
O controle de custos é discutido nas reuniões entre as equipes do estaleiro
e o cliente.
d) Qualidade
As ações de melhoria contínua no processo de organização da produção,
em todos os níveis do empreendimento, são promovidas através de planos
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de ação, sugestões e reuniões específicas do departamento de qualidade
com os outros departamentos envolvidos.
Os conflitos entre as normas utilizadas no projeto são resolvidos
adaptando-se as normas do estaleiro às exigências do país do cliente ou
da sociedade classificadora. O cliente e o departamento de garantia da
qualidade se reúnem para a solução de eventuais conflitos.
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Empresa X
Histórico
A empresa atua nas áreas de desenvolvimento de tecnologias e na
fabricação e montagem de equipamentos e instalações, tendo elevada
experiência na área de logística / suprimento e compras. Em suas
instalações são desenvolvidos programas computacionais de simulação,
empregados principalmente em projetos de estruturas offshore.
Para atender a essa gama de serviços possui instalações situadas nas
Américas, Oriente Médio, Mar Cáspio e Ásia. Suas operações, dentre
outras, compreendem o projeto, fabricação, transporte e instalação de
plataformas offshore de petróleo e instalação de pipelines offshore. Seus
estaleiros são qualificados quanto às normas ISO 9000, e cada um possui
capacidade de produção de igual nível, para atendimento às exigências de
múltiplas atividades de fabricação e demandas.
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Figura 1 - Fabricação e montagem de jaquetas de plataformas fixas.
Seus serviços compreendem, dentre outros: jaquetas para plataformas
fixas, decks de “facilidades” e “utilidades”, seções de convés, módulos de
produção e de perfuração; instalações de processamento de gás natural,
transferência e armazenamento de petróleo; plataformas flutuantes e
instalações de produção; terminais flutuantes offshore; instalações
offshore submarinas; sistemas de controle de poços submarinos de
produção; fabricação de tubulações empregadas em processos industriais
offshore; vasos de processos, etc..
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Figura 2 - Construção de módulo de produção.
A empresa presta serviços diretamente aos proprietários e operadores das
empresas de energia e transporte. Sua expertise contempla estudos de
viabilidade e conceitual, em lugar de projeto e construção e engenharia de
inicialização.
A equipe de profissionais é altamente experiente, e seus engenheiros de
projeto e gerentes têm vasta experiência prática na execução de projetos
de grande porte.
Para a execução de suas atividades a empresa conta com softwares
desenvolvidos internamente, representando o estado da arte no
conhecimento desta área, fruto de uma grande experiência.
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Figura 3 - Portfólio de produtos e serviços desenvolvidos pela empresa nas áreas de
projetos, gestão e suply chain
Na área de controle de materiais a empresa desenvolveu sistemas
específicos, cuja idéia central é a função de controle de material que leva
a informação essencial de todos os materiais de outras fontes,
combinando-a e tornando-a facilmente acessível através de planilhas e
relatórios.
Esses sistemas fornecem o status dinamicamente atualizado de todos os
materiais de informação, incluindo quantidades necessárias, atribuídas,
requisitadas, na ordem e emitidas. Isso simplifica a avaliação do impacto
das mudanças que podem ocorrer em um ou mais sistemas, tais como
prioridade (planejamento), a ETA de compra, as quantidades de materiais
(take-off) e permite que o impacto global seja fácil e rapidamente
avaliado antes que os problemas possam ocorrer. O controle de material
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fornece também suporte e inventário completo do projeto, com a gestão
do estoque de materiais / insumos, simplificando a reconciliação no final
do projeto, com o cliente, bem como com a empresa que forneceu os
materiais e os detalhes a serem apoiados. Os detalhes são mantidos em
relação às quantidades recebidas, e as liberadas, tanto nos armazéns
quanto aplicados.
Datamart é um repositório que contém detalhes das informações-chave de
todas as áreas e disciplinas na solução de Gestão de Materiais. Todas as
informações relacionadas estão disponíveisl, com base em inquérito
somente leitura, para os utilizadores em causa.
Um número de opções de seleção permite ao usuário filtrar a informação
para que apenas os detalhes específicos estejam disponíveis. Essa
informação pode então ser manuseada e utilizada para criar relatórios
personalizados individuais. Há inúmeros relatos disponíveis para todas as
funções dentro do aplicativo, porém os requisitos individuais sempre
determinam que os adicionais precisam ser desenvolvidos. O Datamart
nega a exigência de quaisquer relatórios complementares a serem
desenvolvidas. Os usuários têm a opção de criar e manter seus próprios
relatórios em um modelo desenvolvido localmente. Posteriormente, esses
relatórios podem ser salvos ao meio ambiente local.
O Sistema de Gerenciamento de Materiais da empresa oferece uma
solução completa de dados para o gerenciamento das necessidades de
materiais. Além disso, possibilita que sejam administrados todos os
aspectos de um projeto de controle de estoque e material de aplicação
para uma solução completa de contratos.
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O âmbito do Sistema de Gestão de Materiais é caracterizado pelas
seguintes etapas:
• Aquisições
• Controle de Material
• Material de aplicação
• Controle de preços de aquisição
• Datamart
• Inventário
• Parte do sistema de numeração
• processamento de fatura
Figura 4 - Prestação de serviços em unidades fixas de produção de petróleo.
São contemplados nesses estudos e projetos: plataformas offshore e
instalações conexas; instalações de atracação e armazenagem;
arquitetura naval; amarras especiais; análise estrutural estática e
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dinâmica; análise de elementos finitos; análise harmônica e sísmica;
engenharia conceitual e front-end & design; design detalhado; suporte de
fabricação e instalação; conexões; apoio e comissionamento; serviços de
aquisições e suprimentos; plataforma de pipeline e reavaliação.
Figura 5 - Atividade de fiscalização de serviços na área offshore
A empresa utiliza o conceito EPCI de maneira a facilitar o gerenciamento
do empreendimento por parte do cliente, permitindo consistência de
métodos, padrões, gerenciamento da cadeia de suprimentos, alto
desempenho em SMS e bons métodos de fabricação e soldagem.
A área de engenharia é formada por um grupo altamente experiente em
projetos offshore, permitindo que os projetos sejam executados com
custos competitivos e o FEED (Front End Engineering Design) dos projetos
sejam realizados com base em estimativas e cronogramas realistas.
A área de suprimentos tem o controle centralizado das commodities-
chave, mas utiliza-se, também, do suporte dos escritórios regionais de
suprimentos para garantir o acompanhamento dos materiais para
entregas dentro dos prazos acordados.
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A área de construção está equipada com os equipamentos necessários
para a fabricação e montagem dos equipamentos offshore, e tem
instalações situadas nas principais regiões petrolíferas do globo.
A instalação visitada
A empresa possui uma instalação inaugurada em 1950. Atualmente, pode
fabricar jaquetas offshore, topsides, centrais de geração de energia,
módulos. Recentemente foi construída uma Multi-Joint Welding Facility
destinada para a soldagem de pipelines que operam em águas profundas
e que através de técnicas modernas de soldagem proporciona alta
qualidade de acabamento nas soldas.
O canteiro pode proporcionar, através dos recursos internos existentes de
gerenciamento de projetos combinados com recursos terceirizados,
serviços turnkey para vários tipos de empreendimentos.
A organização possui certificações ISO 9001 e ISO 14001.
Área de Fabricação:
• Área Total: 2.383.598 m2;
• Área Coberta: 141.610 m2 ;
• Galpão de soldagem: 3.720 m2 ;
• Armazenagem: 167.000 m2 de área coberta e 125.452 m2 de área
descoberta;
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• Há um cais com aproximadamente 4km, podendo atender navios com
comprimento de até 228m e calado de 7m. Esse cais dista 35 milhas do
mar aberto, através de um rio.
Figura 6 - Instalações da empresa, em New Orleans, ocupando as duas margens do rio.
Figura 7 - Área de fabricação de módulos de plataformas.
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A empresa executa seu processo de gestão de projetos através da
designação de um gerente de projeto dedicado e uma equipe totalmente
integrada ao projeto. A chave para o sucesso da equipe é a nomeação de
um gerente de projeto experiente, que é diretamente responsável,
perante o cliente, pela execução do projeto e plena capacidade de gestão
e autoridade necessária para controlar todas as etapas dos serviços. A
equipe do projeto, como um todo, tem os seguintes objetivos:
Configuração do time ideal para o projeto e execução do trabalho de
forma mais eficaz;
Alteração do time sempre que necessário, visando ao atendimento das
necessidades do projeto;
Simplificar a comunicação para uma resposta rápida e eficaz;
Dar continuidade da supervisão durante todo o projeto;
Fornecer pessoal competente e experiente para executar e controlar o
trabalho;
Manter adequado controle sobre a qualidade, custo e cronograma para
atender as necessidades do projeto;
Garantir a satisfação do cliente com o projeto de execução.
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Uma das instalações da empresa constrói jaquetas offshore, topsides,
centrais de geração de energia e módulos. Recentemente foi construída
uma oficina de soldagem de pipelines que operam em águas profundas e
que através de técnicas modernas de soldagem proporciona alta qualidade
de acabamento nas soldas.
Figura 8 - Vista interna do galpão de fabricação em Morgan City
Através dos recursos internos existentes de gerenciamento de projetos
combinados com recursos terceirizados o empreendimento oferece
serviços turnkey para vários tipos de projetos, possuindo certificações ISO
9001 e ISO 14001.
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Figura 9 - Vista parcial de uma das instalações da empresa
Principais observações
Atualmente a empresa utiliza as instalações de Morgan City para a
fabricação de topsides. A organização procura trabalhar procedimentada e
para isto, tem uma estrutura de procedimentos globais e procedimentos
operacionais.
Os projetos são elaborados a partir do “Projeto de partida” que é
transformado em uma estrutura analítica de projetos (WBS) que se
transforma no “Projeto Orçamentário”.
A contas são padronizadas para os diversos itens que compõem a
estrutura analítica de projeto, mas também podem trabalhar com as
contas dos clientes. A equipe de projeto faz um acompanhamento
detalhado do Projeto Orçamentário para verificar as alterações.
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A estrutura de projetos trabalha com indicadores-chave de desempenho
para acompanhamento da produtividade e acompanha o status dos
empreendimentos a partir de reuniões mensais. Nestas reuniões são
debatidas as lições aprendidas, os resultados obtidos em relação às
métricas históricas, prazos e custos estimados em relação ao real obtido.
A organização entende que a equipe de projetos é a responsável pelo
andamento do projeto e, deve analisar a situação, tomando as decisões
estratégicas para alcançar os objetivos propostos no Plano de Projeto.
Para o planejamento e detalhamento das atividades utilizam o software
Primavera 6.2.
De acordo com a equipe dirigente do estaleiro, uma das principais
vantagens competitivas é a existência de um grupo muito experiente com
aproximadamente 25 a 30 anos de prática em empreendimentos offshore.
Esta experiência é utilizada durante o denominado Front End Plan Process
quando os grupos de engenharia e fabricação em conjunto com o grupo
de planejamento discutem sobre empreendimento, procurando responder
os seguinte pontos: Onde? Quando? Como? Quanto tempo?
É uma prática corrente na organização a realização de uma reunião
denominada “Reunião de validação da linha de base da programação”
quando o cronograma base do projeto é validado pelos intervenientes.
Nesta reunião são definidas e aceitas as datas e milestones. Caso o
empreendimento seja similar a algum que tenha sido executado no
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passado, o mesmo é reutilizado com as devidas alterações devido a
mudanças (se houver) nos índices de produtividade.
Existe um software, desenvolvido internamente, que está na intranet da
empresa onde estão as lições aprendidas nos diversos projetos.
Atualmente, devido a restrições orçamentárias, esta base de dados sofre
algumas restrições por parte do pessoal da organização. São realizadas
reuniões trimestrais para discutir as lições aprendidas nos diversos
projetos em execução.
Os pacotes de trabalho (Work packages) são preparados tendo-se o
cuidado de verificar se os materiais, desenhos, especificações estão
contidos no pacote e se os equipamentos e máquinas a serem utilizados
estão disponibilizados. Ao término do trabalho os pacotes de trabalho
devem ser verificados pela Fabricação e pela Qualidade.
É prática da organização que se realize uma reunião denominada “Reunião
de Atividades futuras do cronograma”. Nesta reunião existe a preocupação
de se avaliar e verificar o quadro do projeto para os períodos vindouros. É
feito o monitoramento de todas as etapas futuras do empreendimento
para se verificar a disponibilidade de guindastes, equipamentos,
máquinas, mão de obra, materiais em relação ao cronograma estipulado.
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Os aspectos de SMS são discutidos em reunião para a manutenção e
aprimoramento dos padrões utilizados pela organização.
A organização possui um sistema, desenvolvido internamente,
denominado “Sistema de Gerenciamento de Mudanças” que tem
informações disponíveis sobre os projetos. Estas informações são
disponibilizadas de acordo com o nível de responsabilidade. O sistema
aponta as variações existentes entre o real e o estimado, permitindo que
ações corretivas sejam tomadas.
Outro ponto ressaltado pela equipe dirigente como uma boa prática da
organização é a realização de Project execution audits. Estas auditorias
verificam custos, prazos, qualidade para os diferentes projetos. São
realizadas quando o projeto alcança 30% e 60% de executado. É neste
momento, que são medidos os entregáveis do projeto em relação ao
planejado. São avaliadas as métricas chave, de modo a verificar onde está
o problema e , caso necessário, tomar decisões para resolver o problema
encontrado. Caso seja necessário, em alguns casos poderá haver uma
revisão no “Plano de Previsão”.
A organização utiliza a avaliação de riscos e oportunidades para cada
projeto e são traçados planos para resolvê-los. É utilizado o método de
simulação de Monte Carlo. O risco é transformado em possíveis unidades
monetárias.
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A empresa emprega uma série de programas computacionais não só para
o desenvolvimento de projetos, de várias complexidades, como também
para a avaliação e desempenho de instalações, controle de execução e
obras e até mesmo para a gestão de insumos.
Para a análise estrutural são utilizados, entre outros:
MICROSAS II (microcomputer structural analysis system),
compreendendo: Interactive Graphics Modeling, Wave System, Wave
Load, Wind Load, Gravity Load, Equipment Loads, Appurtenance Loads,
Manual Structural Loads, Super Elements, Structure-Pile Interaction
Analysis, Structural Analysis, Member Check, Joint Chech, Ring-Stiffened
Joint Design, Automatic Resizing, Fatigue Check, Wear Design, Pile
Design, Design Check of Flat Plate and Cylindrical Shells.
No segmento de arquitetura naval é utilizado o programa MOSES (multi-
operacional structural engineering simulator), desenvolvendo programas
como: classic hydrostatics, frequency domain analysis e time-domain
simulation.
Os programas computacionais em 3D mais utilizados são: RISCOM-3D,
FLEXCOM-3D, MODES, WAMIT, ANSYS, DMOOR (deterministic mooring
analysis), PMOOR )probabilistic mooring analysis) e SPMOOR (single-point
mooring analysis).
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Afora essas ferramentas computacionais são utilizados programas de
projetos de fundações, para plataformas fixas, programas de análise de
níveis de tensão em tubulações, projetos de vasos de pressão, design de
projetos, balanço de materiais, trocadores de calor, válvulas
controladoras, pipelines, destacando-se o programa PAULA (pipeline
algorithm unsteady liquid analysis).
Existe um acompanhamento do custo da qualidade através do custo da
qualidade dos projetos.
Figura 10 – Montagem de plataforma cilíndrica, projetada pelos programas
computacionais da empresa
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Figura 11 – Transporte de seção de plataforma cilíndrica.
Figura 12 - A área de fabricação de tubos é composta por 5 grandes edificações,com 9
calandras com capacidade máxima de 3000ton.
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Figura 13 - Área de preparação de estruturas e soldagem
A área de preparação de estruturas e soldagem conta com o emprego de
oxi-plasma, utilizando-se equipamentos semi automatizados, com a
mínima intervenção humana, aumento os níveis de qualidade exigidos
pelos clientes.
Figura 14 – Armazenamento de insumos
Todos os insumos empregados nos projetos são acondicionados e
mantidos em áreas específicas, com controle informatizado, o qual
possibilita a rápida localização e a informação sobre a aplicação do
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mesmo. O sistema possibilita a menor perda de tempo possível no
emprego dos insumos. Aqueles de maior porte são armazenados próximos
dos locais de suas aplicações, minimizando o emprego de equipamentos
de movimentação de carga de maior porte.
Figura 15 – Montagem de instalações offshore
As atividades de montagem de instalações offshore, jaquetas e módulos,
são empreendidas pela própria empresa, empregando, preferencialmente,
equipamentos próprios. Essas atividades, consideradas de elevado risco,
são continuamente acompanhadas pelas equipes de projeto, montagem,
SMS, sociedades classificadoras e brockers. Todas as etapas desse
processo são planejadas com grande antecedência.
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Figura 16 – Lançamento de dutos submarinos
O lançamento de dutos submarinos é outro tipo de serviço desenvolvido
pela empresa, com equipamentos próprios. Os dutos são fabricados em
uma de suas unidades de produção, com decks de montagem de 120m
por 240m. Nesses há guindastes de 20ton. Para o deslocamento das
estruturas a empresa conta com guindastes sobre rodas ou lagartas
sendo: 4 de 100ton, 14 de 125ton, 9 de 300ton e 2 de 350ton.
Nas linhas de produção há quatro galpões para a fabricação com solda de
arco submerso, para estruturas e tubulações, essas com comprimento de
até 115m e peso de 400kg/m.
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Figura 17 – Montagem de módulos
Atividade de montagem de módulos sobre jaqueta (fixa), de produção de
petróleo, empregando-se equipamentos próprios da empresa. Trata-se de
atividade de elevado risco, planejada com grande antecedência e
acompanhada por toda a equipe de produção.
Figura 18 – Soldagem de dutos com plasma
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Atividade de solda a plasma (GMAW-P) com emprego de sofisticada
tecnologia, propiciando elevada qualidade de execução.
Figura 19 – Soldagem automatizada de dutos
Unidade automatizada de soldagem de tubulação, a plasma. Esse tipo de
tubulação é empregado em jaquetas de plataformas e em linhas
submersas de transporte de petróleo.
A empresa disponibiliza algumas facilidades quanto a equipamentos,
tecnologias, processos e execução de atividades, como o controle da
qualidade das soldas automatizado, emprego de laser e demais
facilidades.
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Figura 20 – Transporte fluvial de jaquetas
O transporte de jaquetas em rios é outra atividade de elevado risco para o
qual a empresa especializou-se, contando não só com experiente equipe
operacional, equipamentos específicos e sistemas de controle inclusive
com monitoramento através de satélites.
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Empresa Y
Objetivo da visita
A visita guiada teve por objetivo maior tomar conhecimento dos avanços
obtidos pela empresa em atividades distintas, que não a de fabricação e
montagem e seus vários processos. Assim, em 01-04-2010 foi promovida
reunião com membros da diretoria da empresa a fim de melhor conhecer
suas atividades. Naquela ocasião foram apresentadas as várias atividades
desenvolvidas, com foco para os trabalhos voltados a softwares, como o
PlantWeb.
Introdução
A empresa encontra-se presente em mais de 150 localidades em vários
lugares do mundo, associando engenharia e tecnologia para fornecer
soluções inovadoras aos clientes nos mais diversos segmentos dos
mercados industrial, comercial e consumidor.
Sua prioridade é projetar, produzir e entregar produtos, sistemas e
soluções que melhorem a vida das pessoas.
Para os negócios ao redor do mundo, a marca representa tecnologia
global, liderança de mercado e foco no cliente. Para o investidor, o nome
simboliza o reconhecido modelo de gestão, uma bem sucedida estratégia
de crescimento e forte desempenho financeiro.
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As políticas de Recursos Humanos da companhia estão direcionadas para
a Gestão de Talentos, que inclui o desenvolvimento de carreira e
oportunidades de aprendizado com os melhores do ramo. O compromisso
da empresa é propiciar e fomentar um ambiente de trabalho fértil e
saudável, onde todos exerçam e desenvolvam suas habilidades pessoais e
seu potencial criativo.
Os colaboradores são reconhecidos ao redor do mundo por sua excelência
e desempenho, sendo providos a esses, oportunidades de carreira em
uma grande variedade de indústrias inovadoras.
A empresa se encontra constantemente entre as principais empresas da
área de softwares voltados a projetos e gestão eletrônica de dados. Em
um ranking global, a empresa ocupa:
• 2a posição na classificação geral;
• 1a posição em termos de qualidade de produtos e serviços, inovações,
investimentos, a longo prazo, uso de recursos corporativos e
responsabilidade social;
• 134a posição na lista das maiores empresas dos Estados Unidos da
Revista Fortune (com base em receita);
• 250a posição na lista da Revista Forbes das 2.000 maiores empresas
do mundo (com base em receita, lucratividade, ativos e valor de
mercado);
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• 2a posição na lista das maiores e mais inovadoras corporações usuárias
de informática;
• "Estrela Total" em 2003, pelos entrevistados para selecionar as 50
empresas mais respeitadas do mundo, em todas as indústrias.
Principal produto apresentado
A arquitetura de planta digital da PlantWeb® usa o poder da inteligência
preditiva para melhorar o desempenho de projetos, fornecendo dados de
melhor qualidade, de modo que os projetistas possam tomar as decisões
mais acertadas. Através do software se pode ter acesso e integração dos
dados de milhares de instrumentos e outros tipos de equipamentos em
toda a planta industrial — não apenas para processar variáveis, mas
disponibilizando as informações necessárias para a gestão dos processos e
seus desempenhos. Através dessa visão, consegue-se associar a eficácia
do processo comparando-o a metas pré-estabelecidas. A idéia que melhor
pode representar essa configuração de programa é a do controle total de
tudo aquilo que encontra-se envolvido no processo de produção, através
do monitoramento e controle os vários dispositivos nesse inseridos, como
válvulas, painéis, fontes de controle, fluxos de produtos, além dos
controles ditos normais, como: temperatura, pressão e vazão.
Após isso, por meio do programa computacional utilizam-se esses dados
para detectar ou mesmo prever condições que poderiam levar a
problemas de processo ou equipamentos, gerando alertas, de modo que
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os gestores operacionais possam atuar antes que se perca a planta em
função de um sinistro.
Como resultados, são obtidos recursos sem precedentes - e incomparáveis
- para melhorar a qualidade, produtividade e disponibilidade, reduzindo os
custos de operações e manutenção; SMS; energia & utilitários; e resíduos
& retrabalho.
Para melhor compreensão, os níveis de controle podem chegar ao ponto
de possibilitar que equipamentos considerados chave nos processos sejam
continuamente monitorados, permitindo que as intervenções sejam mais
preditivas do que preventivas ou corretivas. E, em assim sendo,
consegue-se realizar as atividades de manutenção sem que essas ocorram
após paralisações dos processos por perda ou disfunção dos
equipamentos. Isso quer dizer que passa-se a planejar os momentos de
intervenção. Como todos os equipamentos do processo podem ser
controlados, basta apenas rever periodicamente os gráficos e relatórios
dos controles para se avaliar o melhor momento das intervenções,
momentos esses que podem abranger um número maior de equipamentos
críticos. Essa visão de programa prioriza a produção, ao invés de
eventuais economias geradas com a utilização dos equipamentos em seus
limites últimos, o que pode ocorrer em função de uma parada por risco do
processo.
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Figura 1 -
Com base nos resultados das instalações de plantas em todo o mundo e
todos os setores, a empresa tem condições de assegurar que os projetos
possam ser mais eficientes e gerar menos perdas. Com essa visão a
empresa realiza auditorias de fábrica para a avaliação do desempenho.
Em seguida, depois da execução do projeto de automação, utilizando os
recursos do software e adotando sua arquitetura operacional. A seguir, é
realizada nova auditoria nas instalações no prazo de 3 meses de
inicialização do sistema de gestão para avaliar a economia e finalizar o
custeio do projeto. O programa de garantia de eficiência do software
compara as melhorias de eficiência empreendidas com base nos
desempenhos medidos através do estudo do projeto.
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Independentemente das metas de rentabilidade, na arquitetura do
software a segurança dos empregados, a das Comunidades ao redor e a
do Meio Ambiente vêm em sempre em primeiro lugar, nos programas
apresentados às empresas. Por exemplo, quando os materiais
empregados são explosivos, tóxicos ou prejudiciais ao ser humano são
apresentados os critérios necessários para se proteger desses riscos.
Os ativos de automação de processo proporcionados pelo software
oferecem condições de se prever e ou evitar situações anormais, em vez
de simplesmente reagir a eles.
A empresa possui uma ampla gama de equipamentos, softwares e
dispositivos de medição superior, controle, e tecnologias analíticas que
permitem a execução da operação segura e responsável - incluindo
analisadores de pilha-gás e sistemas de monitoramento de emissões,
válvulas de segurança e transmissores. Através da mudança de ações, de
preventiva para preditiva, e a integração de informações do software
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pode-se prever e evitar falhas de equipamentos que levem a falhas de
processos (upsets), melhorando os procedimentos operacionais e
reduzindo os riscos de não conformidade normativa. Pode-se impedir que
pequenos problemas terminem se tornando questões de grande
segurança. De acordo com a experiência da empresa, as principais causas
típicas de situações anormais de operação podem ser devidas a:
Assim, atuando-se no controle dos equipamentos e dos processos
consegue-se reduzir a menos da metade a probabilidade de ocorrências
anormais. Porém, uma parcela significativa, que envolve a participação
humana, na faixa de 40%, não é abrangida pelo software. Essa, contudo,
pode ser trabalhada pelas empresas através de programas de
monitoramento e controle, capacitação e supervisão. Como há
flexibilidade de programas, pode-se ter um maior controle naquelas
etapas de processo onde é maior a participação humana, criando-se
redundâncias, como por exemplo: se há um spray-drier a gás e o
processo de combustão se inicia através de uma chama piloto em uma
câmara inundada de gás. Quando essa se encontra no modo apagada e há
injeção de gás na câmara de combustão, o processo, ao cruzar esses
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dados, imediatamente programa a abertura das janelas de ventilação,
reduzindo o risco de explosão.
Outro programa fornecido pela empresa é o AMS Suíte - Gestor das
condições operacionais de máquinas, motores, bombas e outros
equipamentos mecânicos, gerando alerta precoce dos sinais de problemas,
como desgastes prematuros, fadigas, entre outros. O mesmo programa
possibilita a monitoração de desempenho e os desvios, aplicado não só a
equipamentos como também a partes de um processo ou ao processo
como um todo, através da detecção precoce de falhas catastróficas,
inclusive de equipamentos chave, como turbinas e compressores.
Com robustas e confiáveis informações disponíveis onde for necessário, o
PlantWeb ajuda a reduzir o risco de problemas introduzidos por erro
humano. Os operadores e pessoal de apoio, confiando no sistema de
gestão, podem responder rapidamente e corretamente às informações
oportunas, precisas, que apontam precisamente para onde está o
problema, com nenhum tempo perdido.
A empresa possui inúmeros outros programas computacionais de controle,
projetos, simulações de dados, entre outros:
• Gerenciador de dispositivos do AMS - documenta automaticamente
todas as alterações feitas por meio da estação de trabalho, incluindo a
data, hora, usuário e informações de como-encontrado como-
esquerda;
• Trilha de auditoria disponíveis – possibilita, com a coleta de dados, a
documentação e controle de requisitos de relatórios;
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• O sistema DeltaV - permite gerar relatórios facilmente para atender
aos requisitos normativos.
Uma das maiores fontes de problemas nos processos de qualidade nas
plantas industriais é a variabilidade do processo. E enquanto causas
típicas da variabilidade são aspectos normais de qualquer operação, são
muitas vezes não diagnosticadas, por várias razões. A variabilidade pode
se originar em qualquer lugar; aderências em válvulas de controle para
transmissores de fluxo; mal sintonia de loops manuais para controle de
vibrações excessivas na rotação de equipamentos, etc..
Individualmente, essas variações podem ser pequenas ou imperceptíveis.
Contudo, juntas podem propagar e aumentar os custos aumentando as
não-conformidades de fabricação e os retrabalhos.
O custo de má qualidade pode ser rebatível: em primeiro lugar, há o custo
de oportunidade perdida de produto não vendido por se encontrar fora das
especificações do produto. Em segundo lugar, há o custo dos desperdícios
de matérias-primas, energia, acrescido dos custos de eliminação.