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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Térmico de Resíduos EIA-Atento 1 de 248 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA UNIDADE DE TRATAMENTO TERMICO DE RESÍDUOS DE SAÚDE Agosto de 2008 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Térmico de Resíduos EIA-Atento 2 de 248 Apresentação A AMS Consultoria e Assessoria Ltda apresenta o presente ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA da Unidade de Tratamento Térmico de Resíduos de saúde do Grupo Atento, que pretende ser instalado no município de Moreno na Região Metropolitana de Recife, de forma a consubstanciar o licenciamento ambiental do referido empreendimento, dentro do processo CPRH nº 10062/06. A elaboração do documento está baseada integralmente no Termo de Referência - TR GT No. 08/08 emitido pela CPRH, bem como na legislação ambiental vigente que trata sobre a elaboração de estudos ambientais e regulamenta a obrigatoriedade do tratamento diferenciado da parcela perigosa dos resíduos de saúde. Assim, o documento em nove (9) capítulos e cinco (5) anexos descreve inicialmente todas as características da unidade proposta abordando todos seus aspectos tecnológicos e logísticos e posteriormente analisa de forma detalhada a área pretendida para a implantação do empreendimento. A superposição destes dois layers gera avaliação de impacto ambiental e correspondente proposição de medidas mitigadoras. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Térmico de Resíduos EIA-Atento 3 de 248 Protocolo do Documento

Eia Rima do incinerador da Atento

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  • 1. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 1 de 248ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA UNIDADE DE TRATAMENTO TERMICO DE RESDUOS DE SADE Agosto de 2008 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 2 de 248Apresentao A AMS Consultoria e Assessoria Ltda apresenta o presente ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA da Unidade de Tratamento Trmico de Resduos de sade do Grupo Atento, que pretende ser instalado no municpio de Moreno na Regio Metropolitana de Recife, de forma a consubstanciar o licenciamento ambiental do referido empreendimento, dentro do processo CPRH n 10062/06. A elaborao do documento est baseada integralmente no Termo de Referncia - TR GT No. 08/08 emitido pela CPRH, bem como na legislao ambiental vigente que trata sobre a elaborao de estudos ambientais e regulamenta a obrigatoriedade do tratamento diferenciado da parcela perigosa dos resduos de sade. Assim, o documento em nove (9) captulos e cinco (5) anexos descreve inicialmente todas as caractersticas da unidade proposta abordando todos seus aspectos tecnolgicos e logsticos e posteriormente analisa de forma detalhada a rea pretendida para a implantao do empreendimento. A superposio destes dois layers gera avaliao de impacto ambiental e correspondente proposio de medidas mitigadoras. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 3 de 248Protocolo do Documento Empreendedor a) Razo Social ATENTO Solues Ambientais b) Atividade Incinerao e Destinao Final de Resduos de servios de Sade c) Telefone (81) 3428-5237/ 8773-0221 d) CNPJ / M.F 00.812.377/0001-45 e) Endereo Comercial Rua Mirandpolis n 82, Ilha de Joana Bezerra Bairro de So Jos Recife-PE f) Endereo do projeto RDV. BR 232 KM 21,5 CEP 54.800-000 g) Representante Legal Joo Carlos Marques Empresa responsvel

2. pela elaborao do EIA/RIMA a) Razo Social AMS - Assessoria e Consultoria Ltda b) Atividade Consultoria Ambiental c) Telefone (81) 3222.2915 d) CNPJ / M.F 00539464/0001-70 e) Endereo Comercial Avenida Agamenon Magalhes, 2936, sl 1101 e 1102, Espinheiro (Recife) g) Responsvel Tcnico Jos Anchieta dos Santos ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 4 de 248Equipe Tcnica do EIA Coordenao Geral Jos de Anchieta dos Santos Engenheiro Eltrico IBAMA: 709042 CREA: 032827-D Assessoria Metodolgica Hctor Ivn Daz Gonzlez IBAMA: 25089 Aspectos Jurdicos Tiago Andrade Lima Advogado IBAMA: 643843 OAB/PE: 21596-D Aspectos Biticos (Fauna) Artur Galileu de Miranda Coelho Bilogo IBAMA: 42263 CRBio: 2774-5 Aspectos Biticos (Flora) Sergio Tavares Engenheiro Agrnomo Doutorado em Zoologia e Botnica Tecnolgicas IBAMA: 233976 CREA: 2992 - D/PE Aspectos Socioeconmicos Anastsia Brando de Melo Santos Veterinria Zootecnia IBAMA: CRMV 0439-Z Aspectos Socioeconmicos 3. Ana Paula Francelino Lira Arquiteta Urbanista IBAMA: CREA: 030889 D Cartografia e Geoprocesamento Sandro Barbosa Figueira Engenheiro Agrnomo IBAMA: 287861 CREA: Cartografia e Geoprocesamento Gustavo Sobral da Silva Engenheiro Florestal IBAMA: 791040 CREA: Cartografia e Geoprocesamento Arquelogo: Marcos Albuquerque. Arqueloga: Veleda Lucena. Arqueloga: Rbia Nogueira. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 5 de 248Ficha Ambiental Resumo Identificao do Empreendedor: O empreendedor a empresa denominada ATENTO SOLUES AMBIENTAIS LTDA, pertencente ao GRUPO ATENTO que atua em vrios segmentos comerciais no Nordeste, sendo o mais conhecido a prestao de servios de segurana privada. Tipo de Empreendimento: O projeto consiste na instalao de uma Unidade de tratamento por destruio trmica de Resduos de Servios de Sade, utilizando para isso dois (2) incineradores novos de alta tecnologia com capacidade para incinerar resduos slidos e semi-slidos resultantes de atividades de sade: d Um incinerador de alta-combusto RGL-300 da Empresa Luftech Solues Ambientais, com tecnologia de pirlese, ou seja, funciona por autocombusto, onde o poder calorfico do prprio lixo. a Um incinerador para resduos slidos e lquidos MODELO IEN- 120.RH(WM)-LG da empresa ENGEAPLIC. A capacidade instalada total, somando-se os dois incineradores de 220 kg/hora (3,52t/dia) no regime de trabalho de 16 horas por dia, das 07:00h s 23:00h, seis dias por semana. Localizao: O empreendimento localiza-se na margem direita da BR-232 (km 21) no municpio de Moreno, 500m aps a entrada para Matriz da Luz. Principais componentes do empreendimento: A rea total de propriedade do Grupo Atento de 20.120 m, dos quais 4. s 8.000 m esto previstos para albergar o projeto. O projeto arquitetnico prev trs tipos de reas: O Galpes com a unidade de incinerao Com 2 Depsitos de Bombonas, sendo 1 para recipientes com material para tratamento e 1 para recipientes limpos. rea para instalao de incinerador e lavadores de gases. 1 rea de cozinha, depsito de mantimentos, rea de alimentao, dormitrios, salo de recreao e WC. W Edifcio administrativo Dividido em recepo, copa, 2 salas administrativas, 2 escritrios 4 WCs, e hall. W Ptios e estacionamentos. J no tocante aos componentes principais das unidades de incinerao, tem-se: t Mdulo de Alimentao. M Mdulo de Secagem. M Mdulo de Combusto Primria e Cinzeiro. M Lavadores de Gases. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 6 de 248 Situao de licenciamento ambiental do projeto: A situao de licenciamento ambiental do empreendimento pouco convencional. O empreendedor estava de posse de toda a documentao requerida para iniciar o processo de instalao, a saber: Licena Prvia e Licena de Instalao n 00177/2007 deferidas pela CPRH, anuncia da Prefeitura de Moreno e demais autorizaes CONDEC/FIDEM, DER/DNIT, Corpo de Bombeiros. Depois de iniciados os trabalhos de terraplenagem na rea, chegou a solicitao da CPRH para elaborao de um Relatrio Ambiental Preliminar - RAP e, a posteriori, por solicitao do Ministrio Pblico, com concordncia da CPRH, esta Agncia solicitou um estudo mais completo, que vem a ser o documento aqui apresentado, consistente em um Estudo de Impacto Ambiental EIA/RIMA. Principais impactos Ambientais: Empreendimentos relacionados com incinerao de resduos tm no lanamento de gases pelas chamins, com compostos potencialmente nocivos sade, a sua principal causa de gerao de impactos ambientais. Este umbral que separa as emisses gasosas que so nocivas sade humana das que no so nocivas, est regulamentado no Brasil pela Resoluo CONAMA 316 de 2002. No caso dos incineradores adquiridos pelo Grupo Atento, os fabricantes dos equipamentos Empresas Luftech e Engeaplic garantem com dados fornecidos para o empreendedor que as emisses dos seus incineradores possuem concentraes inferiores s mximas permitidas pela citada Resoluo do Conama. Assim, o principal impacto do empreendimento estaria relacionado com uma operao inadequada dos incineradores ocasionando emisses acima das permitidas. Nesse cenrio, o principal receptor do impacto seria a comunidade do Loteamento Nossa Senhora das Graas, localizado a 700m do empreendimento, na direo sudeste. Mesmo nessa condio atpica de funcionamento inadequado do equipamento, o impacto foi qualificado como de BAIXA MAGNITUDE, 5. tendo em vista que a modelagem matemtica de disperso de poluentes, indica que a concentrao de poluentes na pluma, ao momento de atingir um receptor do entorno, estariam bem abaixo dos valores mximos estipulados pelo CONAMA. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 7 de 248ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL EIA UNIDADE DE TRATAMENTO TERMICO DE RESDUOS DE SADE AGOSTO DE 2008Contedo APRESENTAO ........................................................................................... ......................... 2 PROTOCOLO DO DOCUMENTO.............................................................................................. 3 EQUIPE TCNICA DO EIA...................................................................................................... 4 FICHA AMBIENTAL RESUMO................................................................................................. 5 1 - CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO.................................................................. 9 1.1 INFORMAES GERAIS........................................................................................................... 9 1.2 PANORAMA DO GERENCIAMENTO DE RSS EM PERNAMBUCO.............................................................. 9 1.3 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO ..................................................................... 11 2 - DESCRIO TCNICA DO EMPREENDIMENTO........................................................... 12 2.1 LOCAL PREFERENCIAL PARA IMPLANTAO................................................................................. 12 2.2 ANTECEDENTES................................................................................................................. 15 2.3 PORTE DO EMPREENDIMENTO................................................................................................ 17 2.4 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DE INCINERAO .............................................................. 22 2.5 GERAO DE EFLUENTES LQUIDOS, RESDUOS SLIDOS E EMISSES GASOSAS .................................... 32 2.6 INFRA-ESTRUTURA FSICA EXISTENTE NO LOCAL ......................................................................... 36 2.7 PROCESSO OPERACIONAL DO EMPREENDIMENTO ........................................................................ 36 3 - ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLGICAS ..................................................... 40 3.1 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS ................................................................................................ 40 3.2 ALTERNATIVAS TECNOLGICAS.............................................................................................. 46 6. 3.3 PLANOS E PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO............................................................................ 48 4 - ANLISE JURDICA .................................................................................................... 53 4.1 DA COMPETNCIA PARA LICENCIAR O EMPREENDIMENTO ............................................................... 53 4.2 DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL E DA NECESSIDADE DE ELABORAO DE EIA/RIMA ............................. 54 4.3 DOS DOCUMENTOS REQUERIDOS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............................................... 55 4.4 DOS PRAZOS DE VIGNCIAS DA LICENA ................................................................................... 55 4.5 DA AUDINCIA PBLICA ....................................................................................................... 56 4.6DA OBRIGATORIEDADE DE INSCRIO NO CADASTRO TCNICO FEDERAL DE ATIVIDADES E INSTRUMENTOS DE DEFESA AMBIENTAL.................................................................................................................... 56 4.7 DA LOCALIZAO DO EMPREENDIMENTO................................................................................... 56 4.7.1 Em rea de proteo de mananciais............................................................................. 56 4.7.2 Dentro do permetro urbano de Moreno ....................................................................... 57 4.8 DA ANLISE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS, E INFRA-CONSTITUCIONAIS NA ESFERA FEDERAL .............. 59 4.9 DA ANLISE DAS NORMAS ESTADUAIS ..................................................................................... 61 4.10 DA LEGISLAO ESPECFICA DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE RSS................................................. 63 4.10.1 Dos Padres de Qualidade Ambiental dos Resduos Slidos de Sade............................ 63 4.11 DA PROTEO AO PATRIMNIO HISTRICO-CULTURAL.................................................................. 66 4.12 CONSIDERAES FINAIS DA ANLISE JURDICA........................................................................... 67 5 - REAS DE INFLUNCIA DO EMPREENDIMENTO........................................................ 68 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 8 de 248 5.1 REA DE INTERVENO ....................................................................................................... 68 5.2 REA DE INFLUNCIA DIRETA (AID) MEIOS FSICO / BITICO ....................................................... 68 5.3 REA DE INFLUNCIA DIRETA (AID) MEIO SOCIOECONMICO ....................................................... 68 5.4 REA DE INFLUNCIA INDIRETA (AII) ..................................................................................... 69 6 - DIAGNSTICO AMBIENTAL DA REA DE INFLUNCIA.............................................. 70 6.1 MEIO FSICO.................................................................................................................... 70 7. 6.2 MEIO BITICO.................................................................................................................. 86 6.2.1 Vegetao na AID ...................................................................................................... 86 6.2.2 Fauna na AID ............................................................................................................ 93 5.2.3 Unidades de conservao no entorno do empreendimento........................................... 100 6.3 MEIO SOCIOECONMICO ................................................................................................... 101 6.3.1 Caracterizao socioeconmica da AII (municpio de Moreno) ...................................... 101 6.3.2 Caractersticas da ocupao da AID ........................................................................... 107 6.4 PATRIMNIO HISTRICO E CULTURAL ................................................................................... 110 6.4.1 Metodologia............................................................................................................. 110 6.4.2 Caracterizao do contexto etno-histrico do Municpio de Moreno ............................... 112 6.4.3 Caracterizao da rea para fins arqueolgicos ........................................................... 115 6.4.4 Prospeco Arqueolgica de superfcie na ADA ........................................................... 115 6.4.5 Levantamento dos bens histricos existentes inseridos na AID. ................................... 119 6.4.6 Levantamento dos bens histricos existentes inseridos na AII. .................................... 124 6.4.7 Levantamento do estado atual do conhecimento acerca dos bens histricos existentes no municpio de Moreno. ....................................................................................................... 128 6.4.8 Levantamento do estado atual do conhecimento acerca do patrimnio arqueolgico existente na rea de Abrangncia Regional - AAR................................................................ 133 7 - PROGNSTICO E AVALIAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS..................................... 134 7.1 CENRIO DE IMPLANTAO DO EMPREENDIMENTO .................................................................... 135 7.1.1 Fase de Implantao das Obras civis.......................................................................... 135 7.1.2 Fase de Operao do empreendimento ...................................................................... 138 7.2 AVALIAO DE IMPACTO AMBIENTAL ..................................................................................... 147 7.2.1 Fase de Implantao do empreendimento .................................................................. 149 7.2.2 Fase de Operao do empreendimento ...................................................................... 152 8 - PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO.................................... 159 8.1 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS EMISSES ATMOSFRICAS ................................................... 159 8. 8.2 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO E OPERAO DA UNIDADE DE TRATAMENTO.................................... 160 8.3 PROGRAMA DE CAPACITAO PARA OPERRIOS E CLIENTES.......................................................... 161 8.4 PROGRAMA DE RECOMPOSIO VEGETAL................................................................................ 162 8.5 PROGRAMA DE MONITORAMENTO E RESGATE ARQUEOLGICO. ..................................................... 162 9 - CONCLUSES DO ESTUDO........................................................................................ 167 Anexo 1 Modelagem de disperso de poluentes Anexo 2 Explorao Geotcnica Anexo 3 Explorao Geofsica Anexo 4 Vistoria Arqueolgica Anexo 5 Plantas do Projeto ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 9 de 2481 - Caracterizao do empreendimento 1.1 Informaes gerais A OPAS (1997) preceitua que a quantidade de resduos gerada em um estabelecimento prestador de servios de sade est diretamente relacionada com a complexidade e freqncia dos servios de atendimentos prestados, com a eficincia obtida pelos profissionais no desempenho de suas tarefas, como tambm de acordo com a tecnologia utilizada. O Ministrio da Sade (2002) correlaciona a gerao de resduos de servios de sade ao desenvolvimento tecnolgico da seguinte forma: No que diz respeito s tipologias de estabelecimentos prestadores de servios de sade, estas so inmeras devido ao desenvolvimento, nos ltimos 50 anos, da cincia mdica, com tecnologias inovadoras incorporadas aos mtodos de atendimento sade, utilizao de novos materiais, substncias e equipamentos. De fato, o desenvolvimento de novos medicamentos e equipamentos propiciou um aumento da longevidade humana, com superior qualidade de vida. No entanto, Feeburg (2007) considerou que, apesar de todos os benefcios trazidos, essa transformao nos servios de atendimento sade, afetou no s a gerao dos resduos propriamente dita, mas tambm a sua composio e, como conseqncia, trouxe a necessidade de maiores cuidados no seu gerenciamento dentro e fora do estabelecimento gerador. Essa necessidade de gerenciamento perfeitamente justificada com dois episdios bastante divulgados pela mdia brasileira e 9. internacional: (i) Acidente com a cpsula de csio (ii) Manipulao de RSS pelos catadores do lixo de Aguazinha 1.2 Panorama do gerenciamento de RSS em Pernambuco A Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais ABRELPE, atravs do Panorama dos Resduos Slidos no Brasil 2005 (ABRELPE, 2005), apresenta informaes referentes concentrao da gerao dos RSS no pas onde se observa a macroregio Sudeste como a maior geradora de RSS, seguida pela macroregio Nordeste, conforme tabela a seguir. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 10 de 248 Tabela 1 Potencial de gerao de RSS perigosos na rea de Abrangncia do empreendimento Macrorregio Total gerado (t/d) Tratado (t/d) % Tratado Norte 56,33 0,00 0,00 Nordeste 261,40 40,07 15,33 Centro-Oeste 110,03 38,33 34,84 Sudeste 435,13 176,83 40,64 Sul 161,94 32,00 19,76 Brasil 1.024,84 287,03 28,03 Fonte: Pesquisa ABRELPE 2005. Apesar da regio Nordeste ter a segunda maior produo de RSS, a terceira em termos de quantidade tratada, estando apenas na frente da regio Norte que nada trata, conforme a fonte citada. No que diz respeito ao gerenciamento dos RSS em Pernambuco, aps 2000, o Governo do Estado, atravs da CPRH, iniciou o trabalho de controle da destinao final dos RSS, com o licenciamento dos estabelecimentos prestadores de servios de sade, uma vez que at ento todo o resduo com risco biolgico, qumico e perfurocortante era disposto em lixes juntamente com os resduos domiciliares. Aps a interveno da CPRH, no sentido de se gerenciar os RSS, pde-se de fato, contruir um panorama da situao da gerao desse tipo de resduo no estado de Pernambuco. Feeburg (2007) chegou s seguintes concluses importantes, em sua 10. dissertao, sobre o gerenciamento de RSS no estado de Pernambuco: No que diz respeito gerao de RSS por regio, destacam-se as da Zona da Mata (Regio Metropolitana do Recife, Mata Sul e Mata Norte) e a do Agreste Central, perfazendo 75% de todo RSS potencialmente gerado no Estado. Observou-se que o maior percentual do nmero de estabelecimentos de sade (66%), que tratam seus RSS, pertence aos de pequeno porte, contribuindo apenas com 2% do total de RSS tratado. Os estabelecimentos de grande porte representam 19% dos estabelecimentos de sade, contribuindo com a maior parcela dos RSS tratados (95%), ficando os de mdio porte com a menor representatividade em nmero de estabelecimento de sade (15%), totalizando 3% em quantidade de RSS tratado. Diante do exposto, o incentivo instalao de unidades de tratamento de resduos especiais, como os RSS, vem a calhar com o grande desenvolvimento tecnolgico experimentado pelo setor de sade e que no foi acompanhado por medidas minimizadoras de impactos ambientais. Tambm importante que haja outras empresas que tratem esse tipo de resduo para que seja propiciada a livre concorrncia de mercado, favorecendo preos mais competitivos, beneficiando os principais interessados, os prestadores de servios de sade. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 11 de 2481.3 Objetivos e justificativa do empreendimento A justificativa do empreendimento clara. Ele se insere no segmento do tratamento ambientalmente correto da parcela perigosa de resduos de sade (RSS), onde atualmente no Estado de Pernambuco, talvez at no nordeste em geral presta servio uma nica empresa. A concorrncia de mercado saudvel, abre as portas para uma melhoria na qualidade de prestao do servio, abre o leque de possibilidades para os geradores deste tipo de resduo, podendo mesmo desencadear uma diminuio da poltica tarifria com benefcios para as prefeituras e geradores particulares, facilitando o enquadramento dos geradores dentro da legislao ambiental em vigor. Visto assim, fica evidente que a ATENTO Solues Ambientais vem a somar nos esforos por melhorar a qualidade ambiental do Estado de Pernambuco, disponibilizando tecnologia de ponta e preos competitivos. Constituem-se em objetivos do empreendimento: C Disponibilizar no mercado uma alternativa de tratamento de RSS com tecnologia de ponta a preos de mercado competitivos; t Auxiliar no enquadramento dos geradores de RSS aos preceitos da proteo ambiental; a Impulsionar um aumento na quantidade de RSS que so tratados 11. adequadamente no Estado de Pernambuco; a Prestar um servio de qualidade e de interao permanente com o rgo ambiental; ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 12 de 2482 - Descrio tcnica do empreendimento O empreendimento em questo consiste em uma Unidade de tratamento por destruio trmica de Resduos de Servios de Sade, utilizando para isso dois (2) inicineradores de alta combusto, com capacidade para incinerar resduos slidos e semi-slidos resultantes de atividades de centros prestadores de servios de sade. 2.1 Local preferencial para implantao O empreendimento est sendo proposto para ser implantado na margem direita da BR-232 (km 21) no municpio de Moreno, 500m aps a entrada para Matriz da Luz, na regio denominada Chcara 4 de dezembro ou 4F. O Mapa EIA-ATENTO-001 do Anexo 5 mostra, de forma georrererenciada, a localizao do empreendimento em relao ao Municpio de Moreno, enquanto que a figura a seguir ilustra a localizao do empreendimento em relao rede rodoviria. Figura 1 Localizao do empreendimento ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 13 de 248 2.1.1 Descrio da rea A rea proposta para implantao do empreendimento apresenta uma conformao retangular com dimenses de 376,50 x 55,0m perfazendo uma rea em projeo horizontal de 20.946 m (Ver Mapa EIA-ATENTO-002 Anexo 5). Morfologicamente, o terreno corresponde a um pequeno morro de aproximadamente 20,0m de altura que foi cortado pelo seu lado sul quando da construo da BR-232, gerando um talude virio de pouca altura. Os limites da rea s podem ser identificveis em campo com ajuda de topografia, uma vez que no existe nenhuma cerca ou caracterstica natural que permita diferenciar in loco os contornos da rea. De fato, o nico limite claramente estabelecido pelo lado sul com a BR-232. Os 12. lados leste, oeste e norte, esto mimetizados pela ocorrncia de um remanescente de mata atlntica que, no s contorna toda a rea, mas recobre 59% da superfcie da mesma. A topografia regional da rea permite visualizar que o morro, onde se localiza o empreendimento, corresponde maior elevao topogrfica das imediaes, o que lhe confere ao local uma caracterstica estratgica de posio e visibilidade. Agregase a isto o isolamento que proporciona o cinturo de mata atlntica que contorna o local pelos lados norte, oeste e parte do lado leste. No permetro imediato, bem como no interior da rea, no foi verificada nenhuma ocupao humana. A presena humana comea a se insinuar em um raio de 300m, com chcaras e fazendas isoladas. Foto 1 Panormica do empreendimento sentido sudeste noroeste. Observe-se o remanescente de mata contorneando o local, o acesso e o corte no terreno j existente na parte alta do terreno. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 14 de 248 O uso do solo atual na Chcara 4F (quando do incio dos trabalhos para a elaborao do RAP que precedeu o presente Estudo de Impacto Ambiental EIA, est composto basicamente por 59% (1,23 ha) de remanescente de Mata Atlntica e 41% (0,87 ha) de rea escavada para implantao da primeira parte do empreendimento que, segundo imagem de satlite e contornos delineados nas plantas do Plano Diretor de Moreno, correspondiam a vegetao rasteira e arbustos esparsos). Foto 2 Panormica atual do uso do solo na rea. 59% de mata na rea de expanso e 41% de rea terraplenada Foto 3 Limite do empreendimento pelo lado oeste com barreira arbrea de remanescente de Mata Atlntica ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 15 de 248 2.1.2 Dados da propriedade A rea de 2,012 hectares faz parte de um terreno de aproximadamente 17,0 hectares que foi desmembrado em 7 chcaras como ilustra a Figura 2 a seguir. A Chcara F de 2,012 hectares pertence ao GRUPO ATENTO Solues Ambientais Ltda. O ttulo de propriedade est registrado no cartrio, Livro n 84 folhas 7 registro 13. R- 4 -3634 Livro. 2 t. folhas Quat. 20 Matricula sob n 3634. Registros de imvel. N14287. Figura 2 Localizao do empreendimento Area = 4,0067ha CHCARA 4G Area = 2,1163ha CHCARA 4 A Area = 2,0453ha CHCARA 4 B Area = 2,0726ha CHCARA 4 C Area = 2,1321ha CHCARA 4 D Area = 2,1916ha CHCARA 4 E E.18+16.50 E.18 E.17 E.16 E.15 E.14 E.13 E.12 E.11 E.10 E.9 E.8 E.7 E.6 E.5 E.4 E.3 E.2 E.1 E.0 PROP.DE ARMANDO DA FONTE GRANJA N11 GRANJA N102.2 Antecedentes O Termo de Referncia solicita neste item apresentar o cenrio atual de gerenciamento dos resduos slidos na regio sob influncia do empreendimento. A primeira dificuldade que se observa no atendimento deste item a determinao do que de fato ser a regio sob influncia do empreendimento. Dentro da gesto de resduos slidos como um todo, as unidades de tratamento de resduos de sade so diferenciadas, tendo em vista que no objetivam o atendimento de um nico municpio, o que seria invivel economicamente. Muito pelo contrrio, os incineradores so equipamentos de alto custo que para serem viabilizados precisam abranger um grande volume de resduos proveniente de uma rea de influncia que, em alguns casos, pode ter abrangncia mais do que regional. A Unidade de Tratamento Trmico de Resduos do Grupo Atento tem uma expectativa inicial nessa linha de abrangncia. A sua localizao estratgica na BR- 232 deixa visualizar uma clara possibilidade de captar uma parcela do mercado crescente da cidade do Recife e da RMR em geral, bem como da zona da mata ea regio do Agreste. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 16 de 248 O cenrio atual, no tocante a gesto de RSS neste territrio, est fartamente descrito no trabalho de mestrado de FEEBURG (2007) que, a partir de dados coletados ao 14. longo de vrios anos, consegue mostrar um panorama detalhado da situao de RSS no Estado de Pernambuco. A Tabela a seguir, adaptada do trabalho de FEEBURG (2007), mostra a gerao potencial da parcela perigosa dos RSS (aproximadamente 25% da gerao diria de um centro de sade) para o que poderia ser a rea de abrangncia do empreendimento. Tabela 2 Potencial de gerao de RSS perigosos na rea de Abrangncia do empreendimento REGIO DE DESENVOLVIMENTO SIGLA POPULAO 1 ESTAB. DE SADE 2 LEITOS 2 RSS 3 kg/ms RMR RMR 3.339.616 1.742 12.459 237.718 AGRESTE CENTRAL AC 962.696 583 1.855 35.393 MATA SUL MS 665.846 322 1.816 34.649 MATA NORTE MN 541.428 285 1.107 21.122 AGRESTE MERIDIONAL AM 594.890 307 1.017 19.404 AGRESTE SETENTRIONAL AS 436.282 288 845 16.123 TOTAL PE 6.540.758 3.527 19.099 364.409 Fonte: Adaptado de FEEBURG (2007) (1) IBGE (2000); (2) CNES (2006); (3) Estimado a partir da taxa de gerao de RSS de 19,08kg/letio/ms; (4) Estimado a partir da taxa de gerao de resduos de 0,5 kg/hab/dia Plano Estadual de Recursos Hdricos (SRH/ 2001). A estimativa acima no levou em considerao estabelecimentos de sade tais como Hemocentros, Clnicas (Oftalmologia, Odontologia, Nefrologia, Ortopedia, Dermatologia, Veterinria, odontologia, etc.), Laboratrios, e inclusive farmcias, que possuem tambm gerao de resduos perigosos, mesmo que em pequena quantidade, sendo em conjunto uma parcela de mercado interessante a ser considerada. J para visualizar, mesmo que de forma perifrica a situao de gesto dos estabelecimentos que geram este tipo de resduo, bem como sua situao de licenciamento ambiental, observe-se o seguinte. De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade CNES, encontravam-se em funcionamento, em 2006, 4.423 estabelecimentos de sade entre pblicos e privados, no entanto, to s 700 destes estabelecimentos tinham comeado seu processo de licenciamento junto CPRH, sendo que 550 estabelecimentos encontram-se em fase de regularizao de seus respectivos processos de licenciamento e 150 estabelecimentos j possuem a licena ambiental. 15. A porcentagem de estabelecimentos cadastrados na CPRH prxima de 15% parece no refletir o crescente compromisso ambiental que se vivencia hoje na maioria de ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 17 de 248 municpios do Estado de Pernambuco, onde as prefeituras, sem bem no conseguem ainda acabar com a prtica secular de destinao final dos resduos domiciliares em lixes, vm tentando evitar o despejo conjunto de RSS nestes locais que por muito tempo se constituiu em um dos mais graves impactos ambientais dos vazadouros a cu aberto. Esta conquista no somente vem sendo propulsada por um fortalecimento da fiscalizao da CPRH, mas tambm pela existncia de alternativas tecnolgicas com preos de mercado compatveis com a realidade do Estado de Pernambuco. 2.3 Porte do empreendimento 2.3.1 Capacidade total de Incinerao A capacidade do sistema de incinerao definida como o somatrio das capacidades individuais de todos os incineradores instalados no mesmo local. O projeto considera a instalao de dois (2) incineradores com capacidade total do sistema de 220 kg/hora, funcionando 16 horas por dia, ou seja, com capacidade de atender 3,5 t/dia de resduos RSS. Para adquirir uma ordem de grandeza sobre a capacidade de incinerao da unidade, observa-se o caso do municpio de Moreno, sede do empreendimento. Conforme cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade CNES/2006, existem no municpio um total de 100 leitos hospitalares entre pblicos e privados. Com esse dado possvel avaliar a gerao diria de RSS, atravs da sua relao com o ndice de Gerao por Leito, que conforme FEEBURG (2007) no Brasil gira em torno de 2,63 kg/leito.dia, dos quais aproximadamente 25% podem ser considerados como a parcela perigosa susceptvel de tratamento diferenciado. Assim, a gerao diria de RSS em Moreno seria da ordem de 263,0 kg/dia dos quais 66,0 kg/dia correspondem parcela perigosa encaminhada para incinerao. Por sua vez, os dois equipamentos do Grupo Atento, possuem capacidade para atender uma 16. demanda de 3.500 kg/dia. 2.3.2 Lay-out e caractersticas bsicas das instalaes O projeto da Unidade de Incinerao foi dimensionado pela firma ROBERTO LOPES E ASSOCIADOS Arquitetura e Construo e se encontra em nvel bsico de detalhamento. O Lay-out preliminar do empreendimento pode ser observado na planta EIAATENTO- 004, onde se observa que a rea a ser ocupada com a unidade de incinerao e seus perifricos totaliza 9.352m, sendo que os restantes 10.648m que complementam o terreno do Grupo Atento ficaro como reserva, uma vez que esto ocupados, ora com remanescente de Mata Atlntica, ora com gramneas. A distribuio de unidades dentro do terreno a ser ocupado pode ser observada no quadro a seguir. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 18 de 248 Unidades Descrio Acesso desde a BR-232 O acesso desde a BR-232 ser feito seguindo as diretrizes estabelecidas pelo DER, que, outrossim, j aprovou o projeto de acesso unidade apresentado pelo Grupo Atento. O projeto em essncia considera a criao de uma pista lateral BR-232 de 132m de comprimento e largura de 7,0m calada em paraleleppedo grantico. Adicionalmente esto sendo previstas faixas de desacelerao e acelerao que permitiro o acesso e sada de veculos com segurana. O detalhe do projeto de acesso pode ser conferido na Planta EIA-ATENTO-003 ANEXO 5. Guarita de controle de acesso Prdio de alvenaria de aproximadamente 25,0m composto por uma sala e um banheiro onde ser realizado o controle de entrada e sada de veculos. Bloco administrativo Prdio de alvenaria de 195,0m com dimenses de 5,0 x 13,0m composto por 3 salas administrativas, 2 salas de diretoria (uma com banheiro), 1 sala de reunio, 2 banheiros, recepo, depsito e copa. Bloco de servios Prdio de alvenaria de 116,0m com composto por vestirios, refeitrio, cozinha, depsito e salo de jogos. Bloco de banheiros para funcionrios Bloco de alvenaria de 3,90 x 3,00m com 2 sanitrios masculinos e 2 sanitrios femininos. Galpes de Incinerao Dois (2) galpes de Incinerao (um para cada incinerador) com dimenses de 38,0 x 16,0 perfazendo uma rea coberta de 608,0 m. construdos em estrutura 17. metlica com p direito de 6,0m, cobertura de zinco a duas guas e paredes de alvenaria levantadas s a uma altura de 1,80m para permitir uma grande circulao de ar. Cada galpo estar composto pelos seguintes setores: C rea de descarga de resduos Com dimenses aproximadas de 3,85 x 2,75 ser construda em concreto e elevada do nvel da rua para facilitar o descarrego das bombonas. Toda a unidade estar contornada por valetas de concreto com grades para evitar vazamentos da poro lquida dos RSS. Ditos efluentes sero descarregados no reservatrio de lavagem de gases que trabalha em circuito fechado com reaproveitamento de gua. f Depsito de resduos Cada galpo estar dotado de dois depsitos de resduos consistentes em plataformas de 4,35 x 2,75m com piso e mureta lateral revestidos em cermica conformando uma bacia de conteno, onde os resduos descarregados em bombonas, sero re-acondicionados em bombonas de volumetria adequada capacidade de alimentao do incinerador. Cada bacia ter uma nica sada de drenagem que conduzir os efluentes para o sistema de tratamento. e rea para depsito de bombonas Uma faixa lateral do galpo ser utilizada para a estocagem de bombonas bacias. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 19 de 248 2 rea de Incinerao A rea de incinerao ter aproximadamente 300 m com capacidade para receber 2 incineradores e um lavador de gases. Salienta-se novamente que nesta primeira etapa de licenciamento s est prevista a instalao de um nico incinerador. irea de Circulao Os galpes foram dimensionados para terem reas de circulao e escape que atendam as normas de segurana do trabalho. Ptios de circulao A unidade ter uma rea externa no coberta de aproximadamente 4.900 m, uma parte calada com paraleleppedo grantico e outra com escoria. A superfcie ter caimento para as laterais para o sistema de drenagem pluvial. A rea ter estacionamento para 12 veculos e ptio de estocagem externo. 2.3.3 Demanda de mo de obra na operao Durante operao do empreendimento, trabalhar-se- em dois turnos, com funcionrios distribudos nas seguintes funes: 18. Qtde Descrio Quadro Administrativo 01 Gerente da unidade 01 Secretaria 04 Assistente administrativo Turno 1 (7:00 14:30hr) 01 Vigias 01 Supervisor de turno 02 Recepo de resduos 01 Limpeza de bombonas 02 Incinerao de Resduos 01 Servios Gerais Turno 2 (14:30hr 22:00 hr) 01 Vigias 01 Supervisor de turno 02 Recepo de resduos 01 Limpeza de bombonas 02 Incinerao de Resduos Total empregos diretos: 21 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 20 de 248 2.3.4 Caractersticas dos resduos a serem tratados a. Classificao dos resduos a serem tratados Os resduos a serem tratados na unidade de destruio trmica do Grupo Atento so os correspondentes parcela perigosa dos RSS que se enquadram nos grupos AeB da Resoluo CONAMA n 05/93, a saber: Classificao do Resduo Descrio GRUPO A Incluem-se resduos de risco biolgico tais como excrees, secrees e lquidos orgnicos; meios de cultura; tecidos, rgos, fetos e peas anatmicas; kits de linhas arteriais endovenosas e dialisadores, quando descartados, filtros de ar e gases oriundos de reas crticas, conforme, ANVISA RDC 50/2002.; resduos advindos de rea de isolamento; restos alimentares de unidade de isolamento; resduos de laboratrios de anlises clnicas; resduos de unidades de atendimento ambulatorial; resduos de sanitrios de unidade de internao e de enfermaria, sangue e hemoderivados; animais usados em experimentao, bem como os materiais que tenham entrado em contato com os mesmos; Incluem-se tambm os objetos perfurantes ou cortantes, capazes de causar punctura ou corte, tais como lminas de barbear, bisturi, agulhas, escalpes, vidros quebrados, etc, provenientes de estabelecimentos prestadores de servios de sade. GRUPO B Incluem-se resduos de risco Qumico tais como medicamentos ou insumos farmacuticos quando vencidos, contaminados, parcialmente utilizados e demais medicamentos imprprios para consumo. Incluem-se neste grupo: Produtos Hormonais e Antibacterianos, Medicamentos Citostticos, Antineoplsicos, Digitlicos, etc. Incluem-se tambm neste grupo drogas quimioterpicas e produtos por elas contaminados; resduos farmacuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou no-utilizados); e, demais produtos considerados perigosos, 19. conforme classificao da NBR 10004 da ABNT (txicos, corrosivos, inflamveis e reativos). b. Caractersticas fsicas dos resduos a serem tratados A incinerao um mtodo de tratamento de resduos slidos que consiste na oxidao desses materiais, por meio de alta temperatura, o que fornece a quase que completa destruio do volume inicial. Essa queima, realizada em incineradores, pode ser realizada na maioria dos resduos, excluindo-se os radiativos e os recipientes pressurizados. Os incineradores operam com mxima eficincia quando os resduos que se queimam tm poder calorfico suficientemente alto, ou seja, quando a combusto produz uma quantidade de calor suficiente para evaporar a umidade dos resduos e manter a temperatura sem a necessidade de adicionar mais combustvel. Dessa maneira, o tipo ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 21 de 248 de resduo a ser incinerado, bem como o seu estado de umidade, so caractersticas importantes na escolha do tipo de incinerador e na sua operao. Como dentro de uma mesma tipologia de resduo, no caso de provenientes de servios de sade, as caractersticas de umidade variam de acordo com a origem (Ver Tabela 3), a proviso de um incinerador adequado condio bsica para que no se tenha problemas operacionais que possam gerar possvel poluio. Tabela 3 Caracterizao fsico-qumica dos Resduos Hospitalares Parmetro Maternidade Enfermarias Ortopedia Centro cirrgico Outros (pronto socorros, laboratrios, etc.) Umidade (%) 59,3 24,1 7,8 28,6 12,2 Carbono (%) 32,3 30,8 27,6 27,9 32,0 Hidrognio (%) 4,7 3,6 2,9 3,9 3,6 Enxofre (%) 0,3 0 1,4 0,5 0,3 Slidos Volteis (%) 94,3 95,8 - 89,5 95,9 PCI (Poder 20. Calorfico Inferior) kCal/kg 1589,17 2857,71 - 2417,33 3462,73 PCS (Poder Calorfico Superior) - 4990 4236 3826 3893 4303 Cloro (%) 0 0 0 0 0 Cloretos (%) 0,05 0,08 0,14 0,09 0,09 Fonte: (REGO e NODA, 1993) Observe-se da tabela acima a variao de umidade e de poder calorfico de um tipo de resduo para outro em funo de sua origem. Estas variaes nas propriedades fsicas dos resduos exibem uma variao maior que a suportada pela faixa de trabalho eficiente da maioria de incineradores, ainda hoje com o avano da tecnologia. Desta forma, em um empreendimento de incinerao recomendvel a presena de mais de um incinerador com caractersticas de trabalho diferenciadas. Incineradores de autocombusto para resduos secos com alto poder calorfico conseguem trabalhar na faixa de temperatura recomendada pelos fabricantes. J para resduos mais midos com baixo poder calorfico a maior eficincia se obtm com equipamentos alimentandos com o poder calorfico de um combustvel externo. A necessidade de equipamentos diferentes e adequados a cada tipo de resduo se faz porque, quando a operao de um incinerador no bem conduzida, pode gerar produtos to ou mais perigosos que o prprio resduo. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 22 de 2482.4 Caractersticas dos equipamentos de incinerao A concepo do empreendimento do Grupo Atento prev justamente a instalao de 2 incineradores de resduos de tecnologias diferenciadas como mecanismo a mais para garantir a completa proteo ao meio ambiente. Sero instalados os seguintes equipamentos: o Incinerador de autocombusto marca LUFTECH com capacidade de incinerao de 100kg/hora. (Informaes adicionais do equipamento podem ser consultadas no site http://www.luftech.com.br/). o Incineradora alimentado com gs natural da empresa ENGEAPLIC com capacidade de incinerao de 120 kg/hora. (Informaes adicionais do equipamento podem ser consultadas no site http://www.engeaplic.com.br). 21. Os incineradores de tecnologias diferentes esto sendo previstos para funcionarem paralelamente na unidade de incinerao do Grupo Atento, de tal forma a contornarem com eficincia as mudanas nas caractersticas dos resduos a serem incinerados, especialmente no concernente umidade, que conforme discutido no item anterior uma das principais variveis que pode influenciar as temperaturas de queima das unidades, que por sua vez, determinam e eficincia da queima e conseqentemente a qualidade do efluente gasoso a ser lanado na atmosfera. Cada uma das unidades estar composta por: (i) Incinerador multicmeras propriamente dito; (ii) Lavadores de Gases para controle da poluio ambiental. A seguir feita uma descrio detalhada das caractersticas tcnicas de cada unidade. 2.4.1 Incinerador de autocombusto da Empresa Luftech a. Incinerador O equipamento de incinerao a ser utilizado o modelo RGL 350 SE de Autocombusto tecnologia Alem da empresa LUFTECH, multi-cmaras, com capacidade de incinerao de 100 kg/hora gerando energia em torno de 350 kw (300.000 Kcal/h), com alimentao semi- automtica por bateladas com acionamento pneumtico. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 23 de 248 Foto 4 Aspecto do incinerador e lavador de gases LUFTECH RGL 350 SE O incinerador construdo em chapas de ao carbono, reforado externamente por cantoneiras e revestido internamente por camadas de isolante trmico e refratrio base de alumnio, o que lhe confere alta resistncia a temperatura e a determinados agentes qumicos. A grelha (onde se deposita o material a ser incinerado) fabricada de forma a conferir-lhe boa resistncia ao calor e aos agentes corrosivos. Os ventiladores garantem presso constante a fluxos de volumes diferentes, sendo acionados por motores eltricos de 220/380 volts. Para a partida do processo, ser utilizado querosene como combustvel, sendo o equipamento dotado de uma bomba injetora e um reservatrio apropriado para tal fim. O consumo mdio para cada incio de operao de cerca de 4 a 5 litros de querosene. O incinerador RGL 350 SE est composto pelos seguintes mdulos: O Modulo de Alimentao: 22. Capacidade de 150 litros fechada hermeticamente atravs de uma tampa externa e de uma interna. A alimentao do incinerador pode ser manual ou semi- automtica. A cmara de alimentao composta de duas comportas, evitando-se, desta forma, a fuga dos gases da cmara geradora. Atravs de um sistema especial, a eclusa lavada com ar antes da abertura da tampa superior, permitindo a eliminao dos gases que se encontram na mesma, protegendo a sade do operador. g Modulo de Secagem: Parte superior deste modulo foi elaborada para receber os gases e vapores do processo,que com o contato com o resduo proporciona a perda de umidade, ela fica localizada abaixo da cmera de alimentao com volume de 200 litros. lModulo de Combusto Primaria e Cinzeiro: Com volume de 160 litros est localizado em baixo da cmera de secagem e gaseificao e so separadas por um grelha basculante que tem funo de suporte do leito. Nesta cmera dar-se inicio a combusto dos gases combustveis (CO e H2) e dos hidrocarbonetos vindos do ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 24 de 248 modulo de secagens e combustveis . Nesta cmera ocorre a precipitao de parte do material particulado para cinzeiro. b. Lavador de gases Composto de: Resfriador adiabtico, sistema de exausto, lavador venturi, lavador separador hidrodinmico, tanque decantador, tanque de gua de processo, bombas, filtro, torre de resfriamento de gua, vaso para mistura e dosagem de reagentes, chamin e equipamento de monitoramento contnuo. c. Processo de Tratamento Trmico de Resduos O processo de incinerao utilizado pelo equipamento RGL 350 SE da LUFTECH apresentado no diagrama de blocos da Figura 3. T1 C 800 T2 C 1.000 T3 C 600 T4 C 80 T5 C 60 Q1 Nm3/h 1.400 Q1 m3/h 1.800 Cmara Primria Cmara 23. Secundaria Ciclone Lavador Venturi 1 Lavador Venturi 2 T1 T2 T3 T5 T4 Q1 Descarrego de Resduos Cinza Cinza Soluo Alcalina gua Emisso Atmosfrica Lodo Figura 3 Diagrama de blocos da seqncia de tratamento (Unidade RGL 350 SE) O resduo, com ou sem secagem prvia, colocado na cmara de alimentao do incinerador. Fechada a cmara, abre-se automaticamente a prxima comporta admitindo o resduo ao reator de gaseificao. Neste reator, o resduo passa de slido para gasoso a 650C, sem haver queima. O gs gerado neste reator passa para o reator de combusto, composto de trs cmaras consecutivas com temperaturas sucessivamente maiores, podendo chegar a ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 25 de 248 1200C na ltima. Este sistema reduz a formao de NOx e permite uma maior eficincia de combusto, prevenindo a formao de dioxinas e furanos, devido ao ambiente redutor sub-estequiomtrico. O gs, proveniente da ps-combusto, entra em um ciclone que abate de 98 99% do material particulado com dimetro superior a 10 m e resfria o gs por dissipao trmica. Aps o ciclone, o gs passa por um resfriador gs-ar, que possui a funo de diminuir a temperatura dos gases de combusto para menos de 200C em pouco tempo, evitando a formao de dioxinas e preparando o gs para entrar no lavador lquido. Saindo do resfriador, os gases passam por um lavador venturi, que tem a funo de impactar as partculas submicromtricas remanescentes do fluxo de gases e neutralizar os componentes cidos (SO2 e HCl) pela injeo em fluxo contnuo e de alta velocidade de uma soluo de NaOH. 24. A injeo da soluo alcalina se faz atravs de spray cnico que pulveriza a soluo alcalina na garganta do venturi. A corrente gs-lquido proveniente do lavador venturi entra tangencialmente no lavador decantador, onde os gases se dirigem para a chamin e o fluxo lquido decanta, levando para o tanque o material particulado aderido s gotas de gua. Essa gua bombeada para uma torre de resfriamento, que tem a capacidade de resfriar a gua de 60C para 30C. O tanque decantador tem a funo de reter os sedimentos resultantes do tratamento e partculas abatidas, e o tanque de gua de processo mantm uniforme o fluxo e demais parmetros no sistema lavador de gases. O filtro de linha tem a funo de complementar a clarificao da gua, possibilitando sua recirculao. Na chamin do lavador de gases se encontra o monitoramento contnuo de CO e O2 que mede de minuto em minuto a concentrao destes gases enviando os dados para uma Central Lgica de Processamento (CLP) e para um computador, para arquivamento. Estes gases so indicadores da qualidade da combusto, onde o teor de oxignio mostra se o gs est sendo diludo e o monxido de carbono indica se a combusto est sendo completa. Os outros gases so medidos uma vez por ano ou na freqncia exigida pelo rgo ambiental competente. Para assegurar que estes outros gases, que no so monitorados continuamente, estejam dentro da norma durante todo o ano, a combusto controlada atravs do CO e temperatura, pois estando estes dois elementos dentro dos limites, e no estando a gua do lavador de gases saturada, os demais gases devero estar nos nveis verificados durante o teste. 2.4.2 Incinerador MODELO IEN-120.RH(WM)-LG da Empresa ENGEAPLIC a. Incinerador (Tipo Retorta) Forno incinerador para resduos institucionais e hospitalares, projetado e construdo de acordo com as exigncias e regulamentaes da Lei 997, Legislao federal do CONAMA 5 e CONAMA 316 e conforme recomendaes da Organizao Mundial de Sade. O incinerador utiliza a tecnologia tipo retorta cmeras mltiplas ou cmaras em U, apropriados a unidades de tratamento de resduos de pequeno e mdio porte. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos 25. EIA-Atento 26 de 248 A construo do equipamento em estrutura de perfis de Ao Carbono laminados e fechamento em chapas de ao compondo um conjunto que transportvel montado pronto, depois de refratado. O incinerador possui 4 cmaras , cada uma cumprindo um objetivo especfico, obtendo - se ao final uma incinerao isenta de poluentes , resultando gases inertes no chamin, dentro dos padres dos Orgos de Controle Ambiental (FEEMA, CETESB, FEAM, FATEMA...). Foto 5 Modelo ENGEAPLIC Incinerador de Cmeras Mltiplas Tabela 4 Dados Tcnicos do Incinerador Caractersticas IEN - 120.RH(WM) - LG Capacidade incineradora 120 Kg/h Tempo de operao 10- 24 h/dia - varivel Densidade dos Resduos 150 a 450 kg/m Dimenses Externas Comprimento 2.250 mm Largura 2.200mm Altura 2.050mm Peso Total Aprox 12.800kg P Carga e porta de Carregamento Os sacos de resduos so colocados na plataforma de carga na frente do incinerador. A porta aberta atravs de dispositivo mecnico acionado a distncia pelo quadro de comando e controlada pelo pirmetro, que no permite a sua abertura, em caso de sobretemperatura, devendo portanto o operador aguardar, at que a temperatura baixe, para realizar nova carga. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 27 de 248 O Equipamento dotado de plataforma de carga, na qual ficam estacionadas as novas bolsas de resduos, em caso de excesso de temperatura, ou no haja decorrido o intervalo de tempo prefixado entre duas cargas. Aps a introduo dos resduos e fechamento da porta inicia-se o processo de incinerao com o acionamento do queimador da cmara de carga, e assim se processando a combusto. p Cmeras de Combusto: Na primeira cmara ocorre a incinerao com destruio da matria orgnica atravs de pirlise. Na segunda cmara os componentes gasosos gerados na primeira, e que no foram oxidados, pela ao do segundo queimador tm sua temperatura elevada 26. e so intensamente misturados com oxignio, para continuidade da queima e total oxidao dos gases. Assim completam-se os mecanismos de combusto e, tem-se assegurada uma perfeita incinerao. A temperatura dos gases no processo, na sada da primeira cmara atinge valores de 750 a 850 C, e esta temperatura elevada, conforme exigncia da Legislao, pela ao do segundo queimador e atinge valores da rdem de 950C a 1050C Na terceira cmara pela brusca mudana do sentido da corrente de gases, todo particulado que estava sendo arrastado retido e separado do circuito gasoso. garantido o tempo de permanncia de 1,0 segundo, sendo a temperatura mantida na faixa de 800C no trajeto entre a quarta cmara e a chamin pela ao do segundo queimador (ps queimador), instalado na ltima cmara. s Aspersor de gua: O forno dotado de 1 sistema aspersor de gua para umedecer os resduos, melhor controlando a queima, de modo a evitar que plsticos e outros resduos queimem rapidamente. A combusto mais lenta evita a gerao de fumaas pesadas, permitindo uma combusto completa, mantida pelo tempo de residncia dos gases nas cmaras do incinerador. n Revestimento Refratrio: O revestimento refratrio feito em tijolos refratrios (espessura de 4 1/2" ) e em tijolos isolantes e refratrio isolantes (espessura de 4 1/2" ). As portas so revestidas em concreto refratrio e em isolantes, bem como a chamin parcialmente. A abboda do tipo suspensa atirantada e construda em material refratrio com isolamento posterior em fibra cermica refratria. r Queimadores: Os queimadores sero do tipo ventilador incorporado, com motor, programador eletrnico, ignio automtica, regulador de presso de gs, com registro e ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 28 de 248 dispositivo sensor de segurana para o caso de ausncia de chama, comandando vlvulas solenide montadas no cavalete de alimentao. A instalao e operao dos mesmos segura e efetuada de acordo com as normas, regras e tcnicas de utilizao de gs vigentes, sendo nos trs queimadores o corte do combustvel em caso de anormalidade efetuado por duas solenides. 27. Tabela 5 Caractersticas dos Queimadores Queimadores 1 Camara 2 Camara Monobloco E.VIN-2-G(M) E.VIN-2-G(M) Consumo 80-150.000 kcal/h 80-150.000 kcal/h Combustvel Gs natural / GLP Gs natural / GLP O conjunto dispe de pirmetros para indicar a temperatura com termopares cromelalumel, faixa de 0-1200C. f Painel de Comando O fornecimento acompanhado do painel eltrico de comando, onde esto instalados botes de comando e instrumentos indicadores e controlador de temperatura. O controlador de temperatura opera controlando o queimador da cmara de incinerao, de forma a conservar energia aps atingido o 'set point'. O painel eltrico dotado de 1 contador de horas para registro acumulado das horas trabalhadas do equipamento. O painel de comando aciona tambm o sistema de travamento da porta, que tambm interligado ao pirmetro de controle da temperatura de combusto, em caso de sobretemperatura. A operao controlada do painel que possui os componentes necessrios a acompanhar a operao. Um alarme sonoro e visual permite ao operador estar alerta para o ocorrido. b. Lavador de gases O sistema lavador instalado imediatamente aps o flange de sada do forno incinerador, na passagem entre o forno e a chamin. Dessa forma a corrente de gases sados do incinerador, sofre a ao da grade liquida formada, com conseqente reteno dos particulados no espelho de gua do lavador. O equipamento permite atravs de portas de limpeza, retirar a lama ou lodo eventualmente formado depois de determinado tempo de operao, e que por sua vez novamente incinerada, nas cmaras do forno incinerador. A gua necessria constantemente renovada para repor a parte evaporada, e o sistema no apresenta portanto resduos lquidos. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 29 de 248 um sistema de circuito fechado; a gua dever ser tratada de forma a neutralizar a sua acidez pela alterao do PH, periodicamente verificado. s Princpio de Funcionamento O lavador funciona em circuito fechado de operao conforme o esquema anexo, sendo composto dos seguintes elementos: 28. Corpo rgido metlico - revestido de refratrio C Bomba de recirculao do meio liquido. B Tubulao de alimentao em 8 ramais. T Manifold de distribuo c/ 44 injetores. M Caixas de decantao e separao com filtros. Figura 4 Esquema do funcionamento do Lavador de Gases (Unidade IEN-120.RH(WM)-LG) Tabela 6 Dados Tcnicos do Lavador de Gases Modelo E.LGA - 2100/38 Vazo de Gases 1900/2300 Nm/h Vazo Lquido 6000 litros / hora Densidade dos Resduos 150 a 450 kg/m Presso 2 Atmosferas Peso do Equipamento 1.800 kg ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 30 de 248 d. Chamin Para a exausto dos gases gerados no processo de incinerao, ser implantado uma chamin central com 1.100mm de dimetro na base e altura total de 11,80m. A chamin tem sua base ancorada, a qual construda em chapa de ao estrutural, sendo revestida com material refratrio-isolante, at a altura da edificao do incinerador. As demais sees da chamin so fabricadas em ao inoxidvel resistente ao calor e sero suportadas por tirantes de cabos de ao. Na primeira seco da chamin metlico, existem aletas que contribuem para a dissipao do calor nessa regio. Na base da chamin, est instalado o ventilador de ar induzido, que garante presso negativa no equipamento, protegendo o operador e assegurando a sanidade do ambiente ao redor do incinerador. No topo da chamin ser instalado um pra- raios de proteo com seu respectivo aterramento conforme Normas. e. Processo de Tratamento Trmico de Resduos Aps a introduo dos resduos e fechamento da porta inicia-se o processo de incinerao com o acionamento do queimador da cmara de carga, e assim se processando a combusto. Na primeira cmara ocorre a incinerao com destruio da matria orgnica atravs de uma temperatura na ordem de 800 C. Na segunda cmara os componentes gasosos gerados na primeira, e que no foram oxidados, pela ao do segundo queimador tm sua temperatura elevada a mais de 1000 C e so intensamente misturados com oxignio, para continuidade da queima e total oxidao dos gases. A terceira e quarta cmaras proporcionam a mudana brusca do sentido da corrente gasosa, ocasionando a sedimentao dos materiais particulados. Sua concepo, 29. segundo normas EPA (Environmental Protection Agency), em conjunto com o efeito do lavador de gases Enge Aplic Grade Dgua garante que a emisso de gases na chamin se enquadre dentro dos padres exigidos pelos rgos ambientais. Assim completam-se os mecanismos de combusto e, tem-se assegurada uma perfeita incinerao. A temperatura dos gases no processo, na sada da primeira cmara atinge valores de 750 a 850 C, e esta temperatura elevada, conforme exigncia da Legislao pela ao do segundo queimador e atinge valores da rdem de 950C a 1050C. Na terceira cmara pela brusca mudana do sentido da corrente de gases, todo particulado que estava sendo arrastado retido e separado do circuito gasoso (Ver Figura 6) garantido o tempo de permanncia de 1,0 segundo, sendo a temperatura mantida na faixa de 800C no trajeto entre a quarta cmara e a chamin pela ao do segundo queimador (ps queimador), instalado na ltima cmara. O processo de incinerao utilizado pelo equipamento IEN-120.RH(WM)-LG da ENGEAPLIC apresentado no diagrama de blocos da Figura 5. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 31 de 248 T1 C 800 T2 C 1.000 T3 C 500 T4 C 80 Q1 Nm3/h 1.900 -2.300 Cmara Primria Cmara Secundaria Cmara de Extenso (Asegura o tempo dos gases em alta temperatura) Lavador de gases T1 T2 T4 T3 Q1 Descarrego de Resduos gua Emisso Atmosfrica Lodo Queimador Q1 Queimador Q2 Incio da Combusto Ps Combusto 30. Reposio e Correo de pH Gs Natural Gs Natural Figura 5 Diagrama de blocos da seqncia de Incinerao (Unidade IEN-120.RH(WM)-LG) Figura 6 Percurso dos gases no processo de incinerao (Unidade IEN-120.RH(WM)-LG) ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 32 de 2482.5 Gerao de efluentes lquidos, resduos slidos e emisses gasosas 2.5.1 Previso de gerao de efluentes lquidos Trs (3) tipos de efluentes sero gerados durante a operao do empreendimento: Tipo de Efluente Descrio Efluentes domiciliares provenientes de banheiros e cozinha Os efluentes domiciliares gerados na unidade pelos 21 funcionrios tero caractersticas convencionais de esgoto domstico. A previso de volume dirio de esgoto na unidade de 1.340 litros/dia. Para seu controle, o projeto prev um tratamento com sistema de fossa de 2,80m x 1,40m e sumidouro de 5,0m x 1,0m x 1,0 localizado 1,50m abaixo da superfcie do terreno. Efluentes industriais provenientes da lavagem de bombonas Os efluentes industriais resultantes da lavagem de bombonas sero direcionados atravs de um sistema de canaletas at o reservatrio de 1000 litros, onde sero armazenado temporariamente. A previso de efluente para uma situao de operao com a capacidade mxima instalada de 1720 litros /dia. Efluentes industriais provenientes da lavagem de gases Os efluentes resultantes da lavagem de gases nos dois incineradores sero recirculados em sistema fechado, no tendo descarte para o meio ambiente. O material de referncia de ambos equipamentos no especifica o volume de gua utilizada, contudo, o tanque de gua de processo tem uma capacidade de 800 litros. A estimativa da previso de efluentes lquidos apresentada a seguir: Efluentes domsticos N de Funcionarios /dia 21 Pessoas Consumo per capita de gua 80 L/funcionarioxdia Coeficiente de retorno 80% Volume dirio de Esgoto 1.344,00 litros Volume dirio de Esgoto 1,34 m ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA 31. Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 33 de 248 Efluentes Industriais - Lavagem de bombonas Quantidade de resduos tratados em capacidade mxima 3.520,00 kg / dia Densidade aparente dos resduos 1,10 kg/litro Litros de RSS recebidos diariamente 3.200,00 litros / dia Chegada de bombonas de 50 litros 50% da entrada total Chegada de bombonas de 200 litros 50% da entrada total N de bombonas de 50 litros 32,00 bombonas N de bombonas de 200 litros 8,00 Bombonas Jato de gua requerido para lavar bombona de 50 litros 5,00 litros Jato de gua requerido para lavar bombona de 200 litros 20,00 litros rea de descarga e de depsito a ser lavada diariamente 140,00 m gua de lavagem diria 10,00 mm/dia Total gua de lavagem 1,40 m/dia Efluente industrial total gerado 1.720,00 litros / dia 2.5.2 Previso de Emisses Gasosas As especificaes dos incineradores adquiridos pelo Grupo Atento mencionam uma liberao de emisses atmosfricas da ordem de 1.400 Nm/hora para o caso da unidade da LUIFTECH e de 1900 Nm/hora para o caso do equipamento da ENGEAPLIC. Conforme os fabricantes os padres de lanamento de gases do equipamento com o lavador de gases so inferiores s mximas especificadas na Resoluo CONAMA conforme apresentado na tabela a seguir. Entretanto, salienta-se que no Anexo 1 deste relatrio apresenta-se um estudo de disperso de poluentes, adotando um cenrio mais crtico como a emisso ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 34 de 248 atmosfrica sem lavador de gases, no intuito de avaliar seus efeitos sobre as comunidades do entorno. Tabela 7 Parmetros de emisses atmosfricas dos incineradores Parmetro Unidade CONAMA LUFTECH ENGEAPLIC CO ppm 100 10,1 0,05 SO2 mg/Nm3 208 1,4 39,5 NOx mg/Nm3 560 56,8 72,1 MP mg/Nm3 70 40 68,53 HCI mg/Nm3 80 14,4 72,73 HF mg/Nm3 5 n.m. 4,66 Dioxinas e Furanos Ng/Nm3 TEQ 0,5 0,033 - Metais Classe 1 mg/Nm3 0,28 0,002137 - Metais Classe 2 mg/Nm3 1,4 0,002773 - Metais Classe 3 mg/Nm3 7 0,049192 - 32. Fonte: Empresas LUFTECH e ENGEAPLIC, fabricantes dos equipamentos. 2.5.3 Previso de Gerao de Resduos Slidos Trs (3) tipos principais de resduos slidos sero gerados durante a operao do empreendimento: Tipo de Resduo Descrio Resduos slidos de caractersticas domiciliares Gerados em decorrncia das atividades humanas desenvolvidas no local pelos 21 funcionrios que operaro a unidade. Sero gerados no refeitrio, banheiros, administrao, varrio de ptios, etc. A previso de gerao aceitando uma taxa de gerao per capita de 0,5 kg/ operrio. Dia de 42 litros por dia. Os resduos slidos sero ensacados e acondicionados em um contentor de PEAD de 110 litros. A destinao final ser a incinerao no mesmo local, desde que aprovado pela CPRH, ou ento o Aterro Sanitrio licenciado CTR-Candeias. No se prev a coleta por parte da prefeitura de Moreno, tendo em vista que a destinao final dos resduos feita em aterro controlado no licenciado. Cinzas resultantes do processo de incinerao O processo de incinerao reduzir em torno de 90% o volume dos resduos que adentram o local, assim estima-se que sero geradas durante operao a capacidade plena da unidade da ordem de 350 litros de cinzas diariamente. O material ser acondicionado em continer metlico de 6m ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 35 de 248 protegido com lona e a destinao final ser o Aterro Sanitrio CTR-Candeias. Salienta-se que a bibliografia especializada registra que as anlises de classificao efetuadas sobre amostras de cinza denotam no periculosidade do material, ou seja, enquadramento como resduo Classe IIA da NBR 10.004/04, contudo, o empreendedor dever caracterizar o resduo para dar-lhe destinao final conforme legislao. Lodo do sistema de lavagem de gases O sistema de lavagem de gases sedimentar partculas em um tanque decantador, sendo requerida a remoo peridica do material como parte do programa de manuteno da unidade. Acredita-se que este material se enquadre dentro da classificao IIA da NBR 10.004/04, caso no qual ser acondicionado conjuntamente com as cinzas. No entanto, devero ser executados ensaios de classificao (NBR 10.005 lixiviao e NBR 10.006 solubilizao) para confirmar a classe do resduo. De ser classificado como Classe I perigoso, poder ser 33. incinerado no mesmo local, aps aprovao da CPRH. A previso de resduos slidos apresentada a seguir: Gerao de resduos slidos domiciliares N de Funcionarios /dia 21,00 Pessoas Gerao per capita de resduos 0,50 kg / operario.dia Gerao diria de resduos 10,50 kg / dia Densidade aparente dos resduos 0,25 kg / litro Volume dirio gerado 42,00 litros Gerao de cinza Quantidade de resduos tratados em capacidade mxima 3.520,00 kg / dia Densidade aparente dos resduos 1,10 kg/litro Litros de RSS recebidos diriamente 3.200,00 litros / dia ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 36 de 248 Reduo de volume no processo 10% Vf/Vo Volume dirio de cinzas 320,00 litros 2.6 Infra-estrutura Fsica existente no local A rea de implantao atendida com rede eltrica da CELPE, coleta de lixo e acesso atravs da BR-232. Destaca-se a no existncia do servio de gua da COMPESA. Os moradores do entorno relatam a utilizao de carros pipas. gua de poo no comum na regio em funo das caractersticas hidrogeolgicas. Para avaliar as possibilidades reais de abastecimento de gua atravs de um poo artesiano, foi executado um estudo hidrigeolgico com prospeco geofsica na rea de interesse, arrojando um resultado negativo, ou seja, carncia de anomalias geolgicas e altos valores de resistividade eltrica, situaes caractersticas de ausncia de gua no cristalino (Vide item 6.1.5). 2.7 Processo Operacional do Empreendimento O presente item resume como ser a logstica de operao da Unidade de Tratamento Trmico de resduos do Grupo Atento. a. Acessos O nico acesso ao empreendimento a BR-232, os veculos transportadores de resduos de sade, prprios da empresa ou de particulares devidamente licenciados, sero provenientes de toda a rea de influencia do empreendimento que como j mencionado ser a Regio Metropolitana de Recife (RMR), Zona da Mata e Regio do Agreste. b. Transporte Salienta-se que o transporte de resduos desde os pontos de gerao no est includo no processo de licenciamento subsidiado atravs deste EIA, conforme 34. estabelecido no termo de referncia. No entanto, frisa-se que o Grupo Atento tem interesse de prestar o servio de coleta de resduos nos pontos de gerao e para isso seguir todas as normas exigidas pela legislao ambiental e ministrio do trabalho para estas atividades, sendo alguns aspectos resumidos a seguir: A equipe de coleta deve receber treinamento adequado e ser submetida a exames mdicos pr-admissionais e peridicos, de acordo com o estabelecido na Portaria 3.214/78 do Ministrio do Trabalho. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 37 de 248 O veculo coletor deve atender aos seguintes critrios: a. Ter superfcies externas lisas, de cantos arredondados e de forma a facilitar a higienizao; b. no permitir vazamento de lquido, e ser provido de ventilao adequada; c. sempre que a forma de carregamento for manual, a altura da carga deve ser inferior a 1,20 m; d. quando possuir sistema de carga e descarga, este deve operar de forma a no permitir o rompimento dos recipientes; e. quando forem utilizados continers, o veculo deve ser dotado de equipamento hidrulico de basculamento; f. para veculo com capacidade superior a 1,0 t, a descarga deve ser mecnica; para veculo com capacidade inferior a 1,0 t, a descarga pode ser mecnica ou manual; g. o veculo coletor deve contar com os seguintes equipamentos auxiliares: p, rodo, saco plstico (ver NBR 9190) de reserva, soluo desinfetante; h. devem constar em local visvel o nome da municipalidade, o nome da empresa coletora (endereo e telefone), a especificao dos resduos transportveis, com o nmero ou cdigo estabelecido na NBR 10004, e nmero do veculo coletor; i. ser de cor branca; j. ostentar a simbologia para o transporte rodovirio (ver NBR 7500), procedendo-se de acordo com a NBR 8286. Os veculos utilizados para a coleta e transporte dos resduos podero ser: O Bombonas de 200 litros: Caminho tipo ba; B Bombonas de 50 e 20 litros: Furgonete; c. Recepo e acondicionamento 35. Na chegada unidade os veculos da empresa sero direcionados para a plataforma de descarrego correspondente. O pessoal que manusear as bombonas estar devidamente treinado munido das EPIs adequadas para lidarem com segurana com resduos de sade. Ditos elementos de proteo sero os seguintes: r Uniforme - composto por cala comprida e camisa com manga, no mnimo de , de tecido resistente e de cor clara, especfico para uso do funcionrio do servio, de forma a identific-la de acordo com sua funo. s Luvas - Devem ser de PVC, impermeveis, resistentes, de cor clara, de preferncia branca, antiderrapantes e de cano longo. Para os servios de ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 38 de 248 coleta interna I, pode ser admitido o uso de luvas de borracha, mais flexveis, com as demais caractersticas anteriores. c Botas - Devem ser de PVC, impermeveis, resistentes de cor clara, de preferncia branca, com cano e solado antiderrapante. Para os funcionrios de coleta interna I, admite-se o uso impermeveis e resistentes, ou botas de cano curto, com as demais caractersticas j descritas. c Gorro - Deve ser de cor branca, e de forma a proteger os cabelos. G Mscara - Deve ser respiratria, tipo semi - facial e impermevel. M culos- Deve ser lente panormica, incolor, ser de plstico resistentes, com armao flexvel, com proteo lateral e vlvulas para a ventilao. a Avental - Deve ser de PVC, impermevel e de mdio comprimento. A Todos os EPI utilizados por pessoas que lidam com resduos de servios de sade tm que ser lavados e desinfetados diariamente; sempre que ocorrer contaminao por contato com material infectante, os EPI devem ser substitudos imediatamente e enviados para lavagem e higienizao. As bombonas descarregadas na unidade de tratamento sero pesadas e catalogadas, sendo preenchido formulrio de cadeia de custodia do material, que dever vir relacionando a origem e os detalhes de coleta de cada bombona. As bombonas sero esvaziadas nos setores de depsito de resduos para alimentao de cada um dos incineradores em funo do tipo e umidade do resduo contido. d. Alimentao dos incineradores A alimentao dos incineradores ser manual em um primeiro momento, aproveitando as caractersticas de segurana que oferece o equipamento. A cmara de alimentao possui uma capacidade de 150 litros sendo fechada hermeticamente atravs de uma tampa externa e de uma interna. Os gases so removidos por ventiladores que os envia para o reator de oxidao, desta forma o modulo de alimentao opera com presso negativa, evitando a fuga de gases, protegendo a sade do operador. 36. e. Manejo de bombonas O manejo de bombonas ser o mais assptico possvel evitando ao mximo o contato dos operadores com os RSS. O nmero de bombonas na unidade varia em funo da capacidade volumtrica das mesmas. Uma anlise de sensibilidade mostra que se fossem utilizadas somente bombonas de 50 litros a quantidade diria seria de 64. J no caso da utilizao s de bombonas de 200 litros o nmero cai para 16. As bombonas depois de esvaziadas sero lavadas com jato de gua a presso e desinfetante, evitando o contato com o operador. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 39 de 248 Depois de limpas sero submetidas a secagem natural ou com jato de ar, ensacamento e estocadas na rea correspondente do galpo de incinerao. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 40 de 2483 - Alternativas Locacionais e Tecnolgicas 3.1 Alternativas locacionais O estudo de alternativas locacionais tem uma relao direta com o sucesso do empreendimento, pois a seleo adequada de uma rea entre vrias alternativas, considerando critrios pr-estabelecidos, no uma tarefa simples. Para a seleo de reas para implantao de equipamentos relacionados com o tratamento de resduos slidos, como o caso em apreo do incinerador do Grupo Atento, o processo se torna mais complexo, uma vez que o equacionamento das questes sociais, principalmente a oposio das comunidades circunvizinhas motivada pelo temor de serem afetadas pelo lanamento de emisses, inevitavelmente geradas nos sistemas de tratamento de resduos slidos dificulta enormemente o processo de seleo de reas. Cabe anotar que o temor das comunidades vem motivado, em parte, pelo desconhecimento e desinformao dos processos desenvolvidos neste tipo de empreendimentos, alm da estigmatizao deixada pelos lixes, cuja degradao vira o padro de comparao no imaginrio popular. No caso do tratamento de resduos hospitalares este imaginrio vai muito alm. A conotao de estar-se trabalhando com resduos considerados perigosos pelo seu risco de contaminao biolgica, alm do impacto cultural e at religioso do manuseio de partes humanas, induz 37. comunidade a imaginar um cenrio de altssimo risco. A rigor, nem todos estes temores so infundados, incineradores mal operados com tecnologia obsoleta, sem monitoramento e localizados nas proximidades de comunidades ter potencial suficiente para causar impactos significativos na salubridade do coletivo. Este tipo de problema, muito comum na gesto de resduos slidos gerado pela falta de informao adequada, o chamado fenmeno NIMBY - Not In My Backyard (no no meu quintal), quando se prope a instalao de um equipamento de tratamento de resduos slidos o qual rejeitado pela sociedade, ainda que este venha a trazer benefcios maioria (SANTOS, 2007). O fenmeno ou sndrome NIMBY, como tambm conhecido, no um fenmeno recente. Nos Estados Unidos, foi sugerido que a disseminao do fenmeno NIMBY deu-se a partir dos anos 70 e foi provido por importantes mudanas nos valores sociais e estruturas legais, que foram realizadas entre as dcadas de 60 e 70, tais como: (i) o aumento de informao disponvel sobre os efeitos negativos das modernas tecnologias; (ii) o crescimento da conscientizao pblica; (iii) o declnio da confiana pblica no governo e nas indstrias; e (iv) o aumento das oportunidades legais e administrativas de participao dos cidados em assuntos dessa natureza (SHEN; YU, 1997; Apud. SANTOS, 2007). ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 41 de 248 Pesquisa realizada por Rahardyan et al. (2004; Apud. SANTOS, 2007) mostrou que a maior preocupao do cidado na gesto de resduos slidos reside nas questes relacionadas poluio e seus efeitos na sade pblica. Outras questes tais como confiabilidade, danos ao meio ambiente e custos, foram citadas como de menor preocupao. O mesmo estudo mostrou que o grupo de cidados que menos se preocupou com as questes relativas gesto de resduos slidos, era o mesmo que detinha os mais baixos nveis de informao sobre o assunto. O referido estudo conclui que a atitude opositiva instalao de equipamentos necessrios adequada gesto de resduos slidos, apresentada por um grupo de cidados, diminuiu aps conhecimento do tema por meio de seminrios e visitas. 38. Assim, pode-se concluir que todos os cidados so capazes de se opor s mudanas impostas, quando a percepo dos benefcios limitada. A proviso de informao adequada ao cidado necessria para que o mesmo possa compreender, participar e colaborar com as decises tomadas (SANTOS, 2007). Uma outra dificuldade que se verifica na escolha de reas para implantao de unidades de incinerao, a falta de critrios estabelecidos por norma para este tipo de equipamentos. Critrios a exemplo das normas da ABNT para aterro sanitrio so inexistentes no caso de incineradores de RSS. A tendncia seria a de aplicar os mesmos critrios utilizados para aterro sanitrio para o incinerador, porm so equipamentos completamente diferentes e isso deve ser considerado na anlise. Uma das principais diferenas radica na demanda de rea. Os incineradores so basicamente instalaes industriais que demandam uma rea muitas vezes menor que um aterro sanitrio, e onde normalmente menos de 1 hectare suficiente para atender com folga as demandas do lay-out. Como segundo ponto importante, salienta-se que as unidades de incinerao de RSS possuem uma abrangncia regional, onde pouco importa o porte do municpio sede da implantao, mas a localizao estratgica do mesmo. Municpios localizados de forma eqidistante de varias regies e de fcil acesso, como o caso de Moreno, so estratgicos para as pretenses de um empreendedor de sobreviver economicamente neste negocio, que mesmo com pouca concorrncia, apresenta uma grande dificuldade na captao de clientes. Embora as grandes diferenas, existem critrios comuns que devem ser atendidos como o afastamento de comunidades, de cursos dgua, ser de fcil acesso, e adicionalmente uma caracterstica importante no caso do incinerador: o efeito topogrfico. Devem-se priorizar locais altos para minimizar o efeito de possveis poluentes emitidos pela chamin. O leque de alternativas de reas, susceptveis de negociao que atendam estes critrios so reduzidas. O aumento do grau de urbanizao verificado nas ltimas dcadas nos municpios brasileiros somado a uma ocupao intensiva e, em geral, desordenada do solo, reduz a disponibilidade de reas adequadas. 39. Neste caso especfico do incinerador do Grupo Atento, frisa-se que os trabalhos de escolha da rea efetuados pelo empreendedor e iniciados previamente elaborao do EIA/RIMA apontaram a rea proposta como adequada para a implantao do empreendimento. O referido terreno, que serve como base para a elaborao deste ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 42 de 248 estudo, cumpre com todos os critrios citados acima, e coincidentemente, o local pertence ao Grupo Atento h mais de 15 anos (como pode ser atestado na escritura do terreno) sem que na poca estivesse planejada para ele nenhuma utilizao especfica. Quando da concretizao da idia de investimento neste ramo do tratamento de resduos slidos, a rea foi cogitada e aprovada, tendo em vista que alm de atender critrios tcnicos, privilegiada em termos de localizao estratgica. Esta seleo da rea foi aprovada pela CPRH atravs do deferimento da Licena de Instalao LI N 00177/2007 e da anuncia da prefeitura de Moreno, que autorizava o empreendimento a ser implantado em dito local. Resta assim para a equipe elaboradora do EIA/RIMA a realizao de uma anlise crtica tendente a analisar as potencialidades e restries da rea escolhida no intuito de inserir estes critrios na anlise posterior de impactos ambientais. Na legislao ambiental aplicvel (Vide Captulo 4) a resoluo CONAMA 316 de 2002 dos poucos regulamentos que cita algum tipo de critrio de localizao do empreendimento. O artigo 9 da citada Resoluo menciona que incineradores de resduos hospitalares no podero ser instalados em reas residenciais. Vejamos a adequao a este critrio. Hoje, o empreendimento atende de longe a restrio da Resoluo do CONAMA. A rea escolhida para implantao do empreendimento no residencial, embora esteja inserida dentro do permetro urbano do municpio de Moreno. O uso do solo atual como se mostra na Figura 07, predominantemente Rural, ainda com um amplo remanescente de mata atlntica que contorna o terreno do Grupo Atento pelos lados norte e oeste e leste em menor proporo. 40. Figura 7 Uso do solo atual no entorno da rea do Grupo Atento ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 43 de 248 Verifica-se ainda um uso misto de pequenas chcaras, equipamentos de lazer, cultivo de cana de acar e inclusive outros empreendimentos comerciais. Este confinamento com mata certamente uma potencialidade da rea. A ocupao humana residencial verifica-se em sentido sudeste com o loteamento Nossa Senhora das Graas, localizado aproximadamente a 600m do empreendimento do outro lado da BR-232, sendo a relativa proximidade desta comunidade a principal restrio da rea. Nesta abordagem do uso do solo em Moreno deve-se observar que as diretrizes do governo municipal no tocante vocao da faixa de terreno que acompanha a BR- 232 no parecem estar claramente definidas. A mesma anuncia deferida pela Prefeitura Municipal de Moreno autorizando a implantao do empreendimento so um indicativo que a prefeitura, embora considerando o setor como rea urbana, se interessa pela instalao de equipamentos de perfil industrial como o proposto pelo Grupo Atento. Aprofundando-se mais sobre este aspecto do uso do solo na Faixa aferente BR-232, chega-se necessariamente anlise do Distrito Industrial de Moreno. Este citado distrito consiste de um recorte de terreno de 26,0 hectares localizado a uma distncia de 3km do empreendimento na margem norte da BR-232, que, outrossim, ocupa a Faixa de domnio da BR-232. A alternativa de implantar o empreendimento neste setor do municpio, embora seu carter industrial, apresenta varias incertezas, seno vejamos: 1. O distrito industrial corresponde a uma Ilha de 26 hectares, mergulhada em uma grande mancha definida como permetro urbano, deixado-o igualmente suscetvel a ser abraado pela ocupao urbana. 2. O Vetor de crescimento de Moreno aponta justamente na direo do Distrito Industrial, j que este avana em faixas paralelas BR-232, assim, a possibilidade 41. de em um futuro a comunidade ocupar a margem da BR-232 aproximando-se do empreendimento grande. 3. Verificam-se grandes industrias de produo de ovos do lado norte e noroeste do distrito industrial, o que de fato seria um empecilho para a instalao nas proximidades de um empreendimento das caractersticas do proposto, muito embora, a tecnologia adotada pelo empreendedor garante as emisses das chamins dentro dos padres estabelecidos pela Resoluo CONAMA N 316. 4. A topografia abrupta do Distrito Industrial vem sendo um empecilho para a instalao de novos empreendimentos, tanto que neste momento s comporta duas industrias. 5. O Distrito Industrial faz vizinhana com a Mata do Engenho Moreninha, decretada como reserva Ecolgica pela Lei Estadual N 9989/87. Os aspectos acima relacionados podem ser observados na Figura 8 a seguir. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 44 de 248 Figura 8 Panorama do Distrito Industrial de Moreno em relao ao Empreendimento Grupo Atento Distrito Industrial Ind. Ovos Ind. Ovos Distrito Industrial (observe-se o vetor de crescimento em direo ao distrito Industrial) As consideraes acima citadas no so novidade para a Prefeitura de Moreno, muito pelo contrario, com supedneo nelas se pleiteia atualmente junto a AD-Diper um novo lugar para o Distrito Industrial. Esta reivindicao da Prefeitura de Moreno veio a se materializar atravs do oficio do Deputado Jos Queiroz de 04 de maro de 2008, encaminhado para a Secretaria de Desenvolvimento Econmico do Estado de Pernambuco (Ver Minuta na Figura 9). No texto, o deputado expe as motivaes ambientais e de desenvolvimento econmico para justificar a mudana do Distrito Industrial. Observe-se como a rea proposta para sediar o novo Distrito Industrial, situa-se s margens da BR-232 nas proximidades do Distrito de Matriz da Luz, no municpio vizinho de So Loureno da Mata, em terras do Engenho Pocinho. Sem ser conhecidos os limites exatos propostos para o novo Distrito Industrial, a priori, pode-se afirmar que a localizao proposta para o empreendimento do Grupo 42. Atento, nas proximidades do acesso a Matriz da Luz e em terras do Engenho Pocinho, parece ser compatvel com a idia de um novo Distrito Industrial no municpio de Moreno. Assim, depois de discutidos os principais aspectos tcnicos relacionados com a localizao do empreendimento, a equipe que elaborou o estudo ambiental no encontrou nenhum aspecto que inabilite, ou seja, impeditivo para implantao do empreendimento no local, ou mesmo fira a legislao ambiental em vigor. Contudo, o local apresenta algumas restries como a relativa proximidade da comunidade de Nossa Senhora das Graas e a possibilidade de uma ocupao no entorno, aspectos ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 45 de 248 estes que sero foco importante da abordagem do captulo de anlise de impactos ambientais. Figura 9 Minuta de solicitao de mudana do Distrito Industrial ESTADO DE PERNAMBUCO ASSEMBLIA LEGISLATIVA DE PERNAMBUCO Legislatura 16 Ano 2008 Indicao No. 2058/2008 Referncia: Implantao de Distrito Industrial Matria Indicamos Mesa, depois de ouvido Plenrio, obedecidas as normas regimentais, que seja enviado um apelo ao Exmo.Sr.Secretrio de Desenvolvimento Econmico Dr. Fernando Bezerra Coelho, no sentido de tomar as providncias necessrias para a implantao de um novo Distrito Industrial em Moreno,em rea pertencente ao Engenho Pocinho. Da deciso do Plenrio, d-se conhecimento ao Sr.Fernando Bezerra Coelho, na Praa do Arsenal da Marinha - s/n Bairro do Recife - 50030-360 - Recife - PE. Justificativa As reas existentes no Distrito Industrial de Moreno, no mais se prestam implantao de novas indstrias,face a irregularidade do seu relvo.Dessa forma a oportunidade de sediar empresas de grande e mdio porte,tornou-se impossvel.A falta de espaos para a expanso industrial vem causando prejuizos significativos cidade, dentre eles a limitao do seu potencial de crescimento e de sua capacidade de gerar empregos temporrios e permanentes,o que inibe a melhoria da qualidade de vida dos seus muncipes. Por este motivo e atendendo aos reclamos do seu povo, que tomamos a iniciativa de pleitear ao Governo do Estado, atravs da sua Secretaria de Desenvolvimento Econmico, a implantao de um novo "Distrito Industrial" em Moreno, objetivando possibilitar a absoro de futuros empreedimentos. Lideranas daquela cidade, entendem que a rea mais indicada, para o desencadeamento desta ao situa-se , s margens da BR-232, nas proximidades do Distrito de Matriz da Luz, no municpio vizinho de So Loureno da Mata, em terras do Engenho Pocinho. Mas para tal torna-se necessrio que o Governo do Estado, providencie sua desapropriao, transformando em realidade, o sonho cultivado por aqueles que se preocupam com o desenvolvimento de Moreno. Sua localizao na Regio Metropolitana do Estado, um fator importante para que isto venha acontecer.e como exemplo citamos os municpios de Jaboato dos Guararapes, Paulista e Cabo de Santo Agostinho, na mesma regio, que tiveram suas economias alavancadas pela instalao de novas indstrias. Considerando como plenamente justificado o pleito contido nesta 43. proposio,tendo em vista a sua relevncia,s nos resta solicitar dos nossos ilustres pares nesta Casa Legislativa, sua necessria aprovao, no intuito de do seu atendimento. . Sala das Reunies em 4 de maro de 2008. Jos Queiroz Deputado ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA Unidade de Tratamento Trmico de Resduos EIA-Atento 46 de 2483.2 Alternativas Tecnolgicas A resoluo CONAMA n 283/01 define um sistema de tratamento de Resduos de Sade como o conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as caractersticas fsicas, fsico-qumicas e biolgicas dos resduos e conduzam minimizao do risco sade pblica e qualidade do meio ambiente. Existem vrios procedimentos de tratamento dos RSS, estando estes associados aos diversos grupos de resduos conforme apresentado na tabela a seguir: Tabela 8 Tratamento adequado para cada grupo de RSS GRUPOS DE RSS Tipo de Tratamento Grupo A Risco Biolgico Grupo B Risco Qumico Grupo C Risco Radioativo Incinerao I Autoclave A Tratamento Qumico T Microondas M Ionizao I Decaimento D Fonte: Gerenciamento de RSS- Ministrio de Sade REFORSUS,2001 Dos mtodos de tratamento listados na tabela acima, apenas dois se constituem em verdadeiras alternativas tecnolgicas para tratamento de resduos no estado de Pernambuco: a incinerao e a autoclavagem. A incinerao uma das tecnologias trmicas existentes para o tratamento de resduos de servios de sade e se constitui em um processo de reduo do peso, volume e das caractersticas de periculosidade dos resduos. Consiste na queima controlada do material, em mistura com uma quantidade de ar adequada, durante 44. determinado intervalo de tempo. Assegura a eliminao de microrganismo